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Serei sincero aos leitores: prefiro ver uma vitória meia-boca do meu time do que um bom jogo do qual o Peixe deixa o campo sem os três pontos na conta. Então seria hipocrisia da minha parte dizer que fiquei satisfeito com o que vi nessa quarta. Mas, apesar disso, não posso dizer que deixei o Urbano Caldeira fulo da vida.
Defino como dois os principais aspectos positivos da partida. O primeiro é a recuperação - ao menos temporária - de Kléber Pereira. Centroavante vive de fazer gols. Se não faz, não há "pivô", "parede", "movimentação" que deem conta do recado (e nem isso Pereira vinha fazendo). Mas Pereira fez um belo tento contra o Goiás e hoje mostrou confiança para ir às redes duas vezes. O primeiro gol foi um golaço e o segundo teve certo grau de dificuldade, o que valoriza a conquista.
Outro ponto digno de nota foi a determinação do time. Pode se falar tudo do Santos de hoje, menos que o time foi relapso. Faltou atenção e até mesmo qualidade, mas não empenho para buscar os três pontos.
Em termos negativos, é preciso que se ressalte a péssima atuação (mais uma) do setor defensivo do Santos. Nem Felipe, que havia mostrado qualidade contra Goiás e Cruzeiro, foi bem hoje. O miolo de zaga assistiu ao Internacional fazer os gols e Rodrigo Souto, que deveria dar o primeiro combate (principalmente após o intervalo, quando Rodrigo Mancha deu lugar a Germano) fez uma de suas piores atuações pelo Santos.
Evasão
Pra fechar, mais um questionamento da série "perguntas mais do que manjadas, mas que sempre devem ser feitas": o que foi o público oficial da Vila Belmiro hoje? A contagem marcou menos de 8 mil pessoas e arrisco dizer que tinha muito mais gente por lá. Na contagem oficial, a Vila Belmiro pode receber 20 mil pessoas. Pergunto ao presidente santista Marcelo Teixeira: o senhor se responsabilizaria em chamar 12 mil pessoas na rua e convidá-las para o estádio?