Destaques

terça-feira, junho 26, 2007

Por que Heber Roberto Lopes ainda apita?

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Enquanto manguaças e abstêmios desse e de outros blogs e sites ainda tem como foco da arbitragem apenas Ana Paula Oliveira, barbaridades continuam sendo cometidas por aí. E, é claro, sem qualquer punição ou protesto mais veemente como aconteceu no caso da bandeira prestes a se despir.

Tem figuras que você olha e pensa "como esse cara ainda apita?". Fiquei entre perplexo e indignado (pra relembrar a expressão de um não-saudoso ex-presidente) ao ver Heber Roberto Lopes apitando uma final de Copa do Brasil. Sua lista de falhas e erros é imensa. E não é que o moço estava domingo no "clássico das multidões" no Mineirão? E não decepcionou, fez o que se espera dele. Errou. E feio.

Se é que é possível, Heber conseguiu errar duplamente ao marcar um pênalti a favor do Atlético (MG). Primeiro, porque a falta foi fora da área. Segundo, porque ela não existiu. A penalidade foi desperdiçada e o árbitro livrou a cara. Curioso é que Ziza Valdares, presidente do Alvinegro, havia protestado contra sua escalação, em uma guerra surda entre os dois clubes com a clara impressão de influenciar na arbitragem. O Galo levou a melhor, mas perdeu a partida.

A lista de erros medonhos do calvo árbitro daria uma lista telefônica. Estranhamente, mesmo tendo sido citado na CPI dos Bingos pelo empresário Nagib Fayad, vulgo Gibão, um dos artífices do esquema que derrubou Edilson Pereira de Carvalho e deu o título do Brasileiro de 2005 ao Corinthians, Heber recebeu pronta defesa à época do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Acusado de favorecer times cariocas em casa, o paranaense foi defendido no dia 20 de outubro de 2005 com a seguinte declaração do chefão do futebol tupiniquim: "Hoje mesmo, o nome do Heber foi desmentido pelos procuradores lá em Brasília. É isso o que dá dar credibilidade a bandido. Lugar de bandido é na cadeia". Sabe do que fala.

Naquele mesmo 2005, Heber teve uma atuação desastrosa na derrota do Cruzeiro para o Corinthians no Pacaembu, quando assinalou um pênalti inexistente contra o clube celeste e deixou de marcar um escandaloso em cima do lateral Maurinho. Tevez, que teria sofrido a penalidade, saiu de campo dizendo "não saber" se de fato a tinha sofrido.

Ainda em 2005, outra atuação, digamos, "polêmica" foi na partida entre Botafogo e Santos no estádio Luso-Brasileiro, empate em 3 a 3. além de não assinalar uma penalidade a favor da equipe paulista, inventou um pênalti aos 44 do segundo tempo, o que resultou na expulsão do lateral Flávio, que nada fizera. O goleiro Saulo defendeu a cobrança, mas Heber, como o árbitro vivido por Otávio Augusto no filme Boleiros, mandou voltar. O resultado rendeu inclusive um processo contra o paranaense, já que um advogado se sentiu lesado ao deixar de ganhar R$ 1,4 milhão na Loteria Esportiva com o resultado.

Se a Ana Paula tivesse essa ficha corrida, já teria sido jogada aos leões há muito tempo...

Os que falam de caos não usam

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A sabatina da Folha de segunda-feira do ministro da Saúde José Gomes Temporão rendeu matérias e manchetes por todo lado. O destaque, naturalmente, foi para o mais polêmico: aborto, medicamentos anti-Aids e políticas anti-álcool – cuja demagogia é tratada aqui críticas mais ou menos pilhéricas.

Uma que foi para o pé das notas foi a afirmação de que ele fica chateado quando lê manchetes que falam do "caos na saúde". Tomou uma vaia por isso. Devolveu com números de atendimento, que dizem muito pouco, e com a avaliação de que há crises pontuais e não de todo sistema. Não deixa de ser bom ouvir o dono da pasta defender o Sistema Único de Saúde (SUS).

Perguntado se usaria um hospital pública, usou uma saída politiqueira: "Eu tenho saúde muito boa". Mas devolveu numa direta sobre os jornalistas: "Os que falam do caos são os que não usam o sistema".

Canelada na imprensa. Faltou um repórter – ou alguém municiado de informações de repórteres – para retrucar com dados.

O Waldir Pires não pode usar o mesmo argumento para criticar a imprensa.

segunda-feira, junho 25, 2007

Palpites, palpites são

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Um dos meus primeiros posts no Futepoca, há um ano, comentava o motivo de minha falta de ânimo para torcer pela seleção brasileira. É fato: desde meados dos anos 80 que não vejo uma convocação ou escalação de time titular que me convença. No tal post, eu palpitava quais seriam meu convocados caso estivesse no lugar do (blah!) Parreira: uma mescla de alguns atletas do Santos de 2002/ 2003 com outros do São Paulo de 2005/ 2006, mais os craques indiscutíveis de sempre - Kaká, Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Alex (ex-Palmeiras e Cruzeiro) entre eles. Agora vejo que o Dunga, na Copa América, pretende armar o time com Alex (ex-Santos), Elano, Diego, Robinho, Mineiro e, talvez, Josué. Não acho uma heresia supor que Cicinho e Léo poderiam muito bem estar disputando vaga com Maicon e Gilberto. E vou além: será que Fábio Costa ou Rogério Ceni não poderiam figurar pelo menos no banco de reservas? Uma coisa é certa: para mim, Robinho e Elano (foto) seriam titulares de qualquer seleção possível ou imaginável. Mas visualizem um time com: Fábio Costa (ou Rogério Ceni); Cicinho, Juan, Alex e Léo; Josué, Mineiro, Elano e Diego; Robinho e Vágner Love. Não se trata de reunir "os melhores" ou mesmo "os craques" (como na última Copa), mas sim um "conjunto" mais coeso. Tá, tudo bem, não se pode prescindir do Kaká e do Ronaldinho entre os titulares. Mas eles tentaram pedir dispensa do torneio, não estão motivados. E a Copa América deveria priorizar quem está realmente afim de mostrar serviço. Será que a escalação sugerida seria tão ruim quanto parece? Não sei. Depois do time da última Copa, acho que nada pode ser considerado mais sofrível. Por fim, uma dúvida: se o meu raciocínio coincidiu com o do Dunga, sou tão tosco quanto ele ou também poderia assumir o comando da selecinha? Até cobraria menos, sem crise...

Caluniado abaixo, Richarlyson diz que quer ver Ana Paula na Playboy

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Na linha Fofoca, futebol, política e cachaça, mais uma.

O meia do São Paulo Richarlyson se mostrou interessado nas fotos da auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira. "Quero ver como ela é", entusiasmou-se o atleta. "A Ana Paula tem a beleza brasileira que eu admiro", explicou à imprensa. Ele acha que a função exercida dentro de campo vai ser prejudicada.

Outro colega do São Paulo, Hernanes, disse que não vai comprar a revista. O motivo é não se deixar contaminar com a necessidade de elogiar a moça. Ele diz que "vai ficar ruim para ela, pois os torcedores vão querer elogiar, e isso pode atrapalhar o desempenho dela durante as partidas".

Diante de desculpa esfarrapada e do interesse do Richarlyson, sempre alvo de preconceito e discriminação em todos os outros fóruns que não o Futepoca, será que algum dos comentadores do texto abaixo vai querer rever seu palpite?

Jogador de clube paulistano quer assumir que é gay

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Deu na coluna Zapping, do Folha On-line. Um jogador de um grande clube paulistano está disposto a assumir que é homossexual. Ele estaria negociando uma entrevista exclusiva com o Fantástico. No entanto, dirigentes do clube e o empresário do rapaz são totalmente contra, acham que seria o fim de sua carreira. Sempre segundo a coluna, contrataram até uma assessoria jurídica.

Comentários:
- Talvez seja respondida a pergunta do Glauco, num comentário sobre a Ana Paula, se o preconceito contra as mulheres é maior do que o contra homossexuais.
- Alguém se habilita a chutar o nome do jogador?

2 a 0, sem prepotência

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Ricardo Saibun/ Gazeta Press

Dessa vez não teve time reserva em campo, mas parece que o Santos sentiu mais os desfalques de Kléber e Maldonado do que o São Paulo os de Alex Silva e Josué. O que mais espantou, ontem, não foi o domínio relativamente tranqüilo do Tricolor. Mas, sim, a apatia, falta de poder ofensivo do Peixe, que sempre toma a iniciativa e dá sufoco jogando em casa.
Não é prepotência dizer que o São Paulo poderia ter marcado pelo menos mais um além dos 2 a 0. Ilsinho perdeu um gol feito na cara do Fábio Costa e oito boas jogadas de ataque ou de bola parada foram desperdiçadas por Jorge Wagner, Hugo, Hernanes e Dagoberto. O Santos também poderia ter marcado e tentado uma reação, se tivesse explorado o buraco que Ilsinho sempre deixa atrás de si quando vai ao ataque.

Mas não era o dia de Carlinhos e Hernanes conseguiu o milagre de tirar em cima da risca o gol de Morais que poderia, finalmente, acordar o time do Santos. Quanto à arbitragem, acompanho o veredito de Luxemburgo: não comprometeu. Revendo os lances na Bandeirantes, fica claro que quatro pênaltis poderiam ter sido marcados, dois para cada lado. Mas Paulo César foi coerente: não marcou nenhum.

Só achei que ele economizou cartões para o Santos no primeiro tempo. Domingos deve ter se inspirado no Sandro Goiano, ontem: só o Dagoberto levou uns quatro pontapés dele. No segundo tempo, o santista ainda deu um murro na cara de um são-paulino, fora do lance de bola, e ninguém viu. Wesley também acertou uma cotovelada em André Dias (em lance parecido com o de Lenílson na mesma Vila, em 2006), e ficou por isso mesmo.

Hugo foi expulso corretamente por reclamação, mas, no lance, ele havia sido claramente derrubado com um bico na canela. No fim do jogo, Marcel ia sair sozinho na cara de Fábio Costa, mas foi derrubado. A falta nem foi marcada e com isso o jogador santista, último homem, não foi expulso e nem levou amarelo. Mas ainda bem que essas coisas não influíram no resultado. Deixo registradas essas observações apenas para mostrar que, muitas vezes, o São Paulo é prejudicado - e não beneficiado - pela arbitragem.

Ao fim e ao cabo, a vitória foi importante para o time se reencontrar. E garante uma certa tranqüilidade, pelo menos até o (sempre) perigoso clássico contra o Curíntia. É óbvio que o São Paulo não é nada dessas coisas. Porém, se Júnior reassumir a lateral esquerda e Jorge Wagner passar para o meio, pode tentar alguma coisa no campeonato. Tomara que o Muricy dê uma organizada nas idéias.
Ps.: Vi o compacto de Palmeiras x Atlético-PR. Impressionante: o alviverde escapou de uma goleada. Já o Atlético-MG não teve a mesma sorte.

domingo, junho 24, 2007

Ana Paula, expulsa dos quadros da Fifa, está assustada com a repercussão

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Após apitar mais um jogo da quarta divisão, desta vez vestida de cor-de-rosa, a árbitra Ana Paula Oliveira, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, se disse surpresa com a repercussão da notícia de que posaria nua para a revista Playboy.

O jornal espanhol Marca deu ampla cobertura, com foto e tudo, destacando que "'Aninha' se equivocou na última partida".

O espantou decorre, segundo ela, de que todo árbitro tem uma segunda profissão. Em seu caso, são palestras e o trabalho de modelo, ainda sem "nada tão grande" quanto as páginas da revista masculina. Pessoalmente não entendo a grandeza que representa para a profissão de modelo o ato de tirar a roupa para uma publicação dessa natureza, embora os moços tarados que têm no Futepoca informações quentes sobre a moça provavelmente discordam da minha pessoa.

Consta que Ana Paula só volta a apitar em setembro. Ela tem que cumprir a geladeira mais longa da arbitragem brasileira – casos registrados na minha memória – e vai aproveitar para compromissos nos Estados Unidos em agosto. A auxiliar de arbitragem já foi fotografada por JR Duran, na sexta-feira, 22.

Sobre o teor delas, nada de detalhes. Só há garantia de que não há referências ao manto sagrado dos homens-de-preto.

Parece que os velhinhos da Fifa conseguiram...

Quer dizer, aquele papo de que uniforme de bandeirinha havia virado fantasia sexual, declaração proferida à mesma revista à qual ela agora posa nua, era tudo conversa mole?


P.S.: A redação teve acesso bloqueado a fotos da Ana Paula na internet. Mas é só clicar aqui que tem um monte, de posts anteriores.

Relutei, não precisava. Fora Caio Jr.

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Os 2 a 0 em pleno Palestra Itália do Atlético Paranaense com a repetição da mesma lenga-lenga de que o time não está tão mal e blá, blá, blá me cansaram. Relutei, não precisava tanto. Mas me contive a aderir a campanha "fora Millhouse", ou melhor, "fora Caio Jr.".

É óbvio que a culpa não é exclusivamente dele. O centro-avante Max, recém-chegado do América-RN foi bem, mas não o suficiente.

Ajuda o mau-humor um fim de semana de trabalho que ainda não acabou.

Não dá idéia, não dá idéia

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Foto: Governo de Foz do Iguaçu
Do blog do Josias de Souza vem a notícia de que o PSDB teria encomendado pesquisa de opinião para saber a quantas anda o brasileiro. A tabulação das respostas de 3.500 pessoas, segundo o blogueiro, são guardadas a sete chaves.

O motivo: Lula teria hoje apoio de 56% dos entrevistados para um terceiro mandato. O Congresso, mais sem moral do que nunca, teria seu fechamento aplaudido por 58%. Claro que não seria o caso, mas não dá idéia...

O dado é superior aos tradicionais 50% que não vêem vantagem de um regime democrático sobre uma ditadura averiguados pelo Latino Barômetro. O último dado é de 2004. Os escândalos recorrentes no Congresso Nacional não ajudam, mas registre-se que o cruzamento dos dois dados não pode ser automático, porque não necessariamente todos os que apoiariam um fechamento do Congresso atrelam a medida a uma ditadura. Escrevendo de outro jeito: a pergunta provavelmente não explicitava se o fechamento seria definitivo ou temporário.

Ainda assim, é grave.

Foto: Senado

Entrevistados queriam ver o Congresso fechado. Assim ficou, por ora, só o bico do tucano.

Mais umas
Ainda pelo levantamento do PSDB, o PT segue o partido mais prestigiado, seguido pelo PMDB e, depois, pelos tucanos. Os democratas ex-pefelistas são desconhecidos. O dado bate com levantamento do próprio DEM. Em 1989, o Datafolha mostrava os petistas como preferidos de apenas 6%, metade do que tinha o PMDB. O curioso é que ao mesmo tempo em que a corrupção é apontado como um problema do governo, os entrevistados também identificam a gestão do ex-sapo barbudo com o combate às falcatruas. A turma acha o Bolsa Família bom, que foi o Lula que inventou (40%), mas talvez em cima de alguma coisa do Fernando Henrique Cardoso (25%). Falando no ex-presidente, um terço nem querem ouvir falar em privatização (ó que bom). José Serra, Geraldo Alckimin e Aécio Neves são, na ordem, os mais conhecidos do tucanato.

Paraná proíbe quentão e vinho quente

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Na reta final das festas juninas, o Ministério Público do Paraná proibiu o uso de cachaça no quentão e de vinho, no vinho quente. Desde 2003, a venda de quentão para menores de 18 nas escolas estava em vigor. Para evitar problemas, adotaram suco de uva, limão, gengibre e outros ingredientes para servir as duas modalidades de chá. Sim, porque o nome adequado para a novibebida implantada nos convescotes do mês de junho merecem esse nome.

O uso da criatividade para achar novos ingredientes consumiu toda a capacidade de inovação das cozinhas escolares, que se viram restritas a adotar o nome de "esquentão" para o chazinho.

O promotor de Justiça Cleyton Maranhão considera que não há lógica nem cabimento em oferecer bebidas com álcool "considerando que a festa junina é um ambiente de confraternização entre pais e crianças".

A frequência de brigas nas escolas levaram algumas a antecipar a festa junina para maio. Solicito intervenção dos especialistas em trocadilhos a sugestão de nome para o evento.

Seria mais uma investida do estado cujo governador, Roberto Requião (PMDB) é notório fã de Hugo Chávez e alinhado ao governo federal brasileiro com suas políticas anti-álcool?

sábado, junho 23, 2007

Ninguém na Copa América

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Seleção mista para a Copa América na Venezuela. Entre os 22 convocados por Bob Bradley, técnico dos Estados Unidos, há apenas nove atletas na disputa da Copa Ouro, o análogo promovido pela Concacaf na América do Norte e Central. Apenas sete atuam na Europa, o restante ganha a vida na Liga Americana de Futebol (MLS). A satisfação de desconhecer 100% dos nomes é sem igual (desafio?). Sorte da Argentina no Grupo C.

Enquanto isso, Hugo Sanchéz, o dono da caneta na seleção do México, não terá Pável Pardo, Ricardo Osorio e Carlos Salcido. Todos três pediram dispensa. Sorte do Brasil?

Dunga, como se sabe, não conta com Kaka, nem Ronaldinho Gaúcho. Não dá para dizer que é um mistão, mas os meias vinham sendo, com ou sem razão, os grandes nomes das convocações do capitão do tetra (que orgulho).

Tantos desfalques levantam a suspeita: tudo não passa de um boicote ao presidente venezuelando Hugo Chávez, por aquilo que ele representa para ele representa para o pimpolismo de esquerda no continente?

Nem tanto. Registre-se que o canal de TV educativo que ocupa a banda concessionada antes à RCTV, TVes, será o dono dos direitos de transmissão da Copa, como forma de garantir audiência ao evento esportivo mais importante sediado no país desde o Panamericano de 1983. Mas Chávez, que investiu US$ 1 bilhão no evento, promete se esconder. Embarca para a Rússia e o Irã na terça-feira, 26.

Até ele boicota?

Foto: AloPresidente.gob.ve

"¡Uh, ah, Chávez no se va!" Nem o presidente venezuelano
estará no país para assistir à competição de futebol. Se for por
radicalismo de preferência ao beisebol, pode haver uma
debandada definitiva do Futepoca para a oposição.

Sonhos em campo

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A companheira Bia, do blog parceiro do Futepoca que leva seu nome, acaba de lançar o livro Sonhos em Campo, uma série de entrevistas feitas por ela e por Silvia Kuntz, falando dos sonhos estimulados pelo mundo da bola sob os mais diversos prismas. Abaixo, o release das moças:

Quando a bola rola nas ruas, quadras ou campos de futebol ao redor domundo, inicia-se, além da corrida lúdica do esporte em questão, uma corrida ideológica, onde sonhos estão em jogo. Seja o de ascensão social ou o de suceder no esporte mais popular do mundo.

No Brasil, por questões óbvias, a primeira opção é a mais recorrente:é em busca de uma profissão, que milhares de meninos participam depeneiras em clubes de futebol espalhados pelo país. Além do talento (ou mais do que o talento), é preciso sorte, estrela... Estar no local certo, na hora certa.E isso não faltou a Neymar, jovem promessa do Santos F.C., com 14 anos, mas salário e empresário de gente grande.

No Palmeiras desde os 13 anos, o goleiro Bruno Cardoso ainda vive as incertezas da profissão. Incertezas que mudam do dia para a noite. Hábem pouco tempo, era a quinta opção para o gol do clube. Hoje, é a segunda. Amanhã, só o futuro dirá! Afinal, uma carreira como Rogério Ceni constrói há 16 anos no São Paulo F.C. é exceção. Uma raridade nofutebol atual, em que os atletas colecionam camisas.

E a mais desejada delas é a de um clube europeu. Edu, por exemplo,saiu do "terrão" do Corinthians para vestir a do Arsenal (Inglaterra),desfrutar os benefícios de viver em um país de primeiro mundo e atuarem um futebol organizado. O mesmo fez Diego, campeão pelo Santos comapenas 17 anos. Assim como a ascensão na carreira, sua ida à Europa foi precoce.

Europa? O Dr. Sócrates Brasileiro até acha válido. Pela experiência devida, o intercâmbio cultural apenas. Sonha com o dia em que o Brasil passe a exportar o "produto final"-campeonatos de qualidade para o mundo assistir. Aquilo que os europeus fazem hoje, com a nossa matéria-prima.


Já as mulheres no futebol configuram um capítulo à parte. Para elas, o fator "sorte", "estrela", pouco conta. Hora e lugar certo, será queisso existe? Para a maioria, de fato, não. Mas Roseli, medalha de prata com a seleção na Olimpíada de Atenas, em vez de aceitar o fardo, optou por traçar seu próprio caminho.

Seja lá qual for o apito inicial, quando ele soa, é hora dos sonhos entrarem em campo!

Em tempo: para adquirir o livro, é só escrever para sonhosemcampo@gmail.com e falar com Renata. São 20 reais + frete (ou menos de cinco Originais em qualquer bar por aí).

Acabaram com a provocação-arte

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Quem apostou que a volta do veterano volante-manguaça Vampeta ao Corinthians seria a retomada das provocações bem-humoradas aos adversários, não perguntou ao técnico Paulo César Carpegiani o que ele achava disso.

O epicentro nem foi Vampeta, mas Pedro e Cadu. O lateral prometeu empenho ("do pescoço para baixo é canela") e o zagueiro, "derrubar" o Palmeiras.

Carpegiani não gostou quando a reportada foi perguntar o que ele achava disso. "Futebol é para ser decidido em campo e essas declarações podem transformar tudo em uma guerra. Não interessa para ninguém. Não vou proibir ninguém de falar o que deseja, mas pedi mais moderação", afirmou Carpegiani.

Registre-se a infelicidade da míope ampliação da canela proposta pelo corinthiano, péssima para o futebol e para a saúde da faringe dos adversários – sem falar no estômago e na própria canela, maltratada mais do que a bola.

Adoradas pelos setoristas de treino sem assunto, as provocações a adversários salvam as páginas de fofoca, quer dizer, de esportes. Quando a piada é boa, o torcedor se diverte, o adversário xinga. As declarações dos jogadores foi providencial para ter notícia sobre o time de Parque São Jorge, cujo jogo contra o Botafogo deste fim de semana foi adiado.

Mas ninguém espera de um atleta do Corinthians além de "derrubar" o Palmeiras. Isso não é ruim para ninguém. Muito super-ego, junto com nenhum amor à camis... quer dizer, ao contrato, deixam o futebol mais morno e os times com menos cara.


sexta-feira, junho 22, 2007

Então tá, Oscar Ruiz

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Retirado do portal Terra, uma pérola filosófica de Oscar Ruiz, árbitro colombiano que apitou a final da Libertadores, a respeito do anúncio da decisão da auxiliar Ana Paula de Oliveira de posar nua para a Playboy:


"A mulher de César (Imperador italiano - grifo nosso pelo absurdo, seguido de "sic"), não tem de ser apenas a mulher dele, mas aparentar sê-la. O padre não deve apenas vestir a batina, deve agir como padre. O mesmo serve para o árbitro, que não basta vestir o uniforme tem de manter o respeito. Ana Paula deveria ter pensado nisso. Eu nunca posaria nu e repudio isso", disse.

Futurologia dos treinadores do Brasileiro

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O poeta Augusto dos Anjos reclamara em certo poema que "um urubu pousou na minha sorte". A tal ave, que no caso não tem nada a ver com o mascote do Flamengo, anda rondando diversos times no Brasileiro e pode acabar ceifando alguns treinadores nas próximas rodadas. De acordo com o nível técnico apresentado na competição, pode ser mais divertido fazer bolões de que técnicos vão cair do que perder tempo adivinhando qual time vai ganhar tal partida. E tem muita gente esperando de camarote a desgraça alheia para voltar. Vamos à futurologia, pois.

O Flamengo está na zona de rebaixamento e o Vasco, com uma partida a mais, está entre os cinco primeiros, embora tudo indique que vá despencar algumas posições nas próximas rodadas. Se um time carioca entra em crise, qual é a solução? Ele mesmo, o da foto, Joel Santana, que, em caso de um resultado catastrófico para um dos dois rivais no clássico de domingo, já pode tirar sua prancheta da gaveta. Se não, ainda vai ter que esperar algumas rodadas.

Já o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians e depois pega uma seqüência em tese mais tranqüila, América (RN) no Palestra Itália e Naútico fora. Mas, para um treinador cambaleante, as partidas fáceis podem ser fatais. Tropeços podem fazer com que Caio Júnior ceda lugar a, quem sabe, Abel Braga, hoje no Marítimo de Portugal. Mas não ficaria desempregado por muito tempo: o carioca em crise que não ficar com Joel, fica com o possível futuro ex-palestrino.

A proximidade da eleição e a falta de contratação que frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo também podem precipitar a saída o técnico do Santos. Ainda mais com o mercado europeu aberto, que tanto seduz o "caipira" (para relembrar termo utilizado pelo não-saudoso FHC). Assim, técnico e clube chegariam a um acordo, resultando em uma bela economia para os cofres da Vila Belmiro. No caso, se a separação não for litigiosa, Luxemburgo poderia indicar seu sucessor. Mas se a saída dele de fato aocntecer, vai ser fruto de conflitos pouco amistosos (não propriamente uma novidade na carreira) e, o mais provável, é que Marcelo Teixeira busque outro nome que tanto lhe apraz. Seria Emérson Leão, hoje desempregado e esperando alguém que lhe pague algo próximo da metade da fábula que ganhava no Corinthians.

Já Muricy Ramalho enfrenta Santos, Flamengo e Corinthians. Grandes partidas, bastante mídia. Fracassos inevitavelmente resultariam na derrubada do técnico, e o curioso é que poderia se inverter uma lógica recente. O Tricolor, que tem derrubado treinadores do Alvinegro paulistano, pode perder o seu justamente após o clássico com sua vítima predileta. Claro, contando também que o Corinthians quebre o tabu contra seu algoz. Seria uma bênção para os corintianos e também para Paulo Autuori, treinador preferido da diretoria sãopaulina.

E existem ainda outros técnicos que podem entrar na dança das cadeiras de outros times. Giba, recém-saído do Sport, e Vadão, que também saiu do Atlético (PR), podem ocupar vagas de outros clubes que já se candidatam ao rebaixamento. Agora, é sentar e torcer.

Bigode de branco

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Três jornalistas deixam a redação. A pé. Antes de alcançar a esquina, o bar quase termina de encerrar as portas. Antes que a tristeza abalasse aos ainda não-embreagados, um cidadão de bigodes que mal se agrisalhavam, calva avançada e vestido de branco da cabeça aos pés pára e coça a barriga modelo tiozão:

— Que delícia essa vila. Era meu sonho de consumo uma assim, mas nunca tem pra alugar, né?

Solícito e, talvez, farejando álcool no ar, o primeiro se adianta e responde que viesse um mês antes teria achado a casa do sonho. O bigode de aparência que lembra o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh quer saber o preço, se é bom, se é grande. Olha de novo, e sem ser questionado explica:

— A localização não é a que a gente queria, mas é uma tranquilidade...

O silêncio constrangedor se instala por pouco tempo. Ele explica a origem sorocabana como motivo da bucólica fuga da agitação da metrópole dentro dela própria. Quer saber de onde são os transeuntes que até então nunca vira na vida. Não se interessa pelo paulistano, nem pelo santista. Mas...

– Ah, Rio Claro, que cidade. Em Sorocaba, se você sai nessa hora para jantar, vai achar o restaurante do hotel no centro e só. Em Rio Claro não, você acha pelo menos uns cinco... (pausa) Exagerei? Três tem, vai?

Mais dois comentários desconexos, seguidas de confirmação sem jeito de quem não está na mesma altura etílica são a senha para a despedida.

O manguaça parte. Denuncia seu estado deplorável ocultado na fala quase sem enrolar. Ao caminhar, aderna na calçada, pende para um lado e outro. A queda, iminente, não ocorre.

– Putz, ninguém perguntou qual era a profissão do cara pra escrever no Futepoca... – lamenta um dos que ficam depois de algumas exclamações de surpresa e gargalhadas.

O Conselheiro Acácio ameniza:

– De branco, devia ser dentista, ou médico.

– Vai ver era medium.

Luxemburgo não quer se comprometer

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Depois de melar a negociação do Palmeiras com o atacante Kleber, do Necaxa do México – em ação considerada anti-ética pelo bastião do comedimento Chico Lang –, o Santos enfrenta um probleminha pra acertar com o centro-avante. O jogador quer contrato de um ano e não de seis meses como oferece o time da Baixada.

A mesma exigência era pendência que atrasou a negociação com o alvi-verde e permitiu que, com um troquinho a mais, o Peixe passasse o Palestra para trás. Marcelo Robalinho, apresentado como representante do atleta, reclamou que a família do cabra estaria tentando fazer um leilão entre os interessados.

A sugestão para o comandante do escrete alvi-negro da Vila Belmiro Vanderlei Luxemburgoveio do cunhado Fabiano, que garantiu que o camisa 9 é o goleador que o time precisa. Mas é justamente de Luxemburgo, informa o Estadão, que vem a resistência aos 12 meses de contrato.

Diz a nota: "como provavelmente o técnico vai para o futebol europeu após o encerramento do seu contrato, em 31 de dezembro, Luxemburgo não poderia assumir um compromisso de mais de seis meses com Kléber."

As eleições na diretoria do clube também são apontadas como uma dificuldade para a transação.

A Luxemburgo, assíduo leitor do Futepoca, fica a pergunta: já de malas prontas?

quinta-feira, junho 21, 2007

Secretaria do Ensino Superior é ilegal

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e agora, Mr. Burns?

do Última Instância

Magistrado diz que Secretaria de Ensino Superior é ilegal, mas nega liminar

Danielle Ribeiro

O desembargador Palma Bissom, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), negou pedido de liminar da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo contra os Decretos 51.460 e 51.460, de 2007, que criaram a Secretaria de Ensino Superior e a vinculou às universidades paulistas.

Ao tomar a decisão, Brissom reconheceu a inconstitucionalidade dos decretos, mas entendeu que o Decreto Declaratório 1/07, expedido posteriormente pelo governo do Estado, esvaziou a real utilidade da secretaria e, por isso, deixou de existir a urgência da liminar.

“Somente por lei da iniciativa do governador, portanto via Assembléia Legislativa, vale dizer, mediante obrigatória observação do processo legislativo, podem ser criadas e extintas Secretarias de Estado”, disse o desembargador.

Ação

Na Adin (ação direta de inconstitucionalidade), o PT alegou que a criação da secretaria violou a Constituição Estadual, “já que somente por lei, nunca por decreto, se poderia criá-la”. Ainda de acordo com o partido, a vinculação das universidades paulistas à secretaria fere o princípio da autonomia universitária.

Além disso, o PT afirma que, ao criar a Secretaria de Ensino Superior, o governo do Estado extinguiu a Secretaria de Turismo, ao contrário do que afirmavam os decretos, que tratavam de mera transformação de nomes. “Turismo nada tem a ver com ensino superior. Diferem uma coisa da outra como água do vinho, evidentemente”, diz o partido na Adin.

Para o desembargador, é evidente que as secretarias de Estado deverão ser criadas ou extintas somente por lei, o que configura a inconstitucionalidade dos decretos. No entanto, ele explica que o governo, “buscando reforçar a autonomia universitária” editou o Decreto Declaratório 1, de 30 de maio de 2007, que deu nova redação a vários dispositivos do Decreto 51.461 e retirou a possibilidade de intervenção nas universidades.

“Fico com a forte impressão de que o decreto declaratório em questão por assim dizer extrapolou o reforço a que se propôs, chegando mesma a esvaziar a real utilidade da Secretaria de Educação Superior e o perigo que a criação dela representava à autonomia universitária”, concluiu Palma Bissom, ao indeferir a liminar.

Bolas paradas

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Um dado interessante saiu na Folha do dia 18: 56% dos gols feitos pelo Botafogo no Brasileirão foram em lances de bola parada. Dos 18 gols marcados, 10 foram em faltas, escanteios e adjacências. Ainda mais curioso, nenhum gol de pênalti.

A porcentagem é muito acima da média do campeonato. Tirando o Botafogo (sempre de acordo com o Datafolha), 36% dos gols foram em lances de bola parada.

O dado pode ser interpretado como mais uma prova do equilíbrio do Brasileiro. O time que se destaca o faz por treinar mais ou ter jogadores melhores ou ter mais sorte em uma situação específica.

Ainda não vi nenhum jogo do Bota, por isso não falar nada sobre o futebol de seu time. Mas esse número é estranho para o time que vem sendo cantado e decantado pelos comentaristas como o de futebol mais bonito de se ver até agora.

Para os treinadores de outros clubes, por favor, vamos caprichar mais nos treinamentos!

Terceirona: maior que a Série B?

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O ótimo blog Longe dos Holofotes fez um post conclamando "mais respeito à Série C". O argumento do autor para pedir maior consideração à Terceirona está no glorioso passado de alguns dos clubes que jogarão o campeonato.

A quantidade de títulos é expressiva: a Série C tem dois Brasileirões (Guarani-78 e Bahia-88), uma Taça Brasil (Bahia-59), uma Copa dos Campeões (Paysandu-02) e tantos outros.

Agora vejam que curiosidade. A falta de "gigantes" na Série B de 2007 faz com que, se analisarmos por esses critéirios, a Série C fique até à frente - ou pelo menos em "empate técnico", o que é bem interessante, já se considerarmos o buraco sem fundo como a Terceirona geralmente é tratada.

A Série B de 2007 tem apenas um título brasileiro (Coritiba-85) e nenhuma Taça Brasil. A vantagem estaria na Copa do Brasil, com três títulos: Criciúma-91, Santo André-04 e Paulista-05.

O jeito é esperar que um grande caia no atual brasileirão pra essa disputa voltar a ser desigual...

Terceira Via

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O jornal esportivo espanhol As traz hoje em sua página uma matéria que diz que o Real Madrid já estaria conversando com uma terceira opção de contratação, para o caso de as negociações com Kaká e Cristiano Ronaldo darem em água. E não é que o salvador da pátria em questão é o Tevez?

De acordo com o diário, Pedja Mijatovic, diretor esportivo do Real Madrid, reuniu-se na terça passada com o corintiano (provoquei) Kia Joorabchian, representante da MSI e empresário do argentino.

Tevez tem contrato com o West Ham até 2010, mas, segundo consta, não quer cumpri-lo até o final. Lembrando que em 26 partidas pelo time inglês, o jogador marcou 7 gols. Decisivos para salvar o time do rebaixamento, é verdade. Mas só sete. Não merece a badalação.


Calma, que o Brasil AINDA é nosso!

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No programa Provocações, da TV Cultura, Antônio Abujamra (foto) perguntou ao estadunidense Matthew Shirts - editor da National Geographic, correspondente do Estadão e (blah!) curintiano - se é verdade que lá nos Estados Unidos dizem às crianças, na escola, que a Amazônia não é do Brasil. A resposta, digna de nota, foi: "Não, acho que ainda é dos brasileiros" (o grifo é nosso). Faltou só a pergunta seqüencial: "Até quando?".
(Colaborou Isabella Holanda)

Pedindo ajuda aos universitários

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Por absoluta incompetência lingüística, não consegui decifrar a manchete de hoje do jornal Olé, da Argentina. Algum hermano - ou uma pessoa com conhecimentos reais da língua espanhola - poderia me ajudar nessa empreitada?

Negócio atravessado

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Parece que o atacante Kléber, ex-Atlético/PR, de saída do Necaxa (MEX), que estava praticamente acertado com o Palmeiras, resolveu não cumprir o acordo verbal que, segundo o Alviverde, teria sido "fechado" entre ambos. Kléber não compareceu a uma reunião marcada com dirigentes do Palestra, na terça.
O jogador estaria promovendo um "leilão" de seu futebol e o negócio teria sido atravessado pelo Santos, que "furou" o acordo entre atleta e Palmeiras. "O Palmeiras não vai ficar esperando o jogador se manifestar e já estamos trabalhando em outras frentes para reforçar nosso ataque", disse o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, o que parece revelar que o Verdão desistiu do atacante.

Esse tipo de caso é comum, e sinceramente não cheguei a uma conclusão sobre se é antiético ou se o jogador está simplesmente exercendo um direito, profissionalmente falando. Fico mais para a antiética. Neste caso, do Santos e do Kléber. São Paulo e Santos têm protagonizado várias disputas do tipo nos últimos anos, um dos elementos da rivalidade crescente entre os dois clubes. Mas o caso Kléber deve azedar a relação entre o Peixe e o Verdão, o que é uma pena, já que os dois clubes têm tradicionalmente muito boas relações.

Campeonato começa de verdade

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O Campeonato Brasileiro (nada de brasileirão, dado o nível) começa de verdade nesta rodada. Sem contar o fato de que não há mais Libertadores, Copa do Brasil ou qualquer outro campeonato para dividir as atenções, a rodada é cheia de clássicos e bons jogos.

Destaque para Botafogo x Corinthians, Santos x São Paulo, Cruzeiro x Atlético, Vasco x Flamengo e Internacional x Grêmio.

Sem desculpas de outras disputas, os times não podem esperar mais para reagir. Principalmente Grêmio e Flamengo, nas portas do rebaixamento, e Santos, que está lá pertinho...

Pelo que vêm jogando e pelos times que têm, Santos e Grêmio ainda devem dipsutar as primeiras posições.

Já os rubronegros, bem, acho que vão ficar lá embaixo na tabela e, se tudo der certo, cumprirão o plano de ir para a segundona, ensaiado há anos. O Vasco não fica longe não.

O jogo é jogado

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"Um dia, um jogador vai quebrar a perna dele. Os jogadores começam a ficar com raiva, a não gostar dessas atitudes antifutebol e um deles quebra sua perna. Aí ele vai dizer que os atletas das outras equipes são desleais.". A pérola é do goleiro Danrlei, depois da semifinal do campeonato brasileiro de 2002, e a "ameaça" era dirigida a Robinho, que marcou um gol na vitória por 3 a 0 do Santos na primeira das duas partidas daquela eliminatória.

Naquela ocasião, foi 3 a 0, mas poderia ter sido seis, sete, oito, tal a superioridade da equipe santista. Na volta, o Grêmio precisava devolver os três de diferença, já que precisava somente igualar a vantagem. Venceu por 1 a 0, o Santos cozinhou a partida e Leão aconselhou Robinho a não fazer o que sabe, o que dá graça ao futebol: driblar. Sacou o garoto na segunda etapa. E guardou seu repertório para enfrentar o Corinthians na final e materializar outras jogadas memoráveis.

A "ética" de Danrlei é a ética de boa parte dos fãs do Grêmio. Driblar é "antijogo", mas "quebrar a perna" não é uma atitude típica da deslealdade se o atleta for "provocado". Dessa vez, o Grêmio não tinha um Danrlei pra tentar intimidar o jogador que praticava o "antijogo" frente ao adversário: Riquelme.

Às vezes, principalmente no primeiro tempo, Riquelme parecia aquele cara que joga no time dos solteiros da praia. Aproveita a idade e a falta de técnica dos já dormentes casados e prende a bola, caminha em campo, espera um dos dois finais inevitáveis do lance de quem sabe jogar. Ou completa a jogada ou sofre a falta. Na opção dois, o Tricolor gaúcho não decepcionou e fez o que sabe. Mas não foi o suficiente. E quando pôde, Riquelme, que resgata a mística da dez, decidiu

Embora o ex-árbitro que favoreceu groterscamente o Flamengo em uma Libertadores estar dando chiliques por conta de uma dita "condescendência" de Oscar Ruiz quanto à cera portenha, ele esqueceu de dizer que quem parava a partida era o Grêmio, com sua sucessão de faltas. A mesma cera que os gaúchos fizeram contra o Santos, desta vez provaram da sua fórmula.

Gerson Sicca, do blog parceiro Limpo no Lance, já tinha feito uma análise a respeito da forma dos gaúchos jogarem, principalmente usando a marcação-pressão no campo adversário. Mas o recém-promovido a gênio Mano Menezes só não contava que o Boca, ao contrário de outros times, não fosse recuar totalmente, sempre preservando dois a três jogadores no campo do Grêmio. Desta forma, o arqueiro Caranta (avacalhado por comentaristas tupiniquins, como se Saja fosse um baita goleirão) sempre buscava colocar a bola no espaço em que os tricolores ficavam no mano a mano com os portenhos.

Diante da tática boquense, os defensores gremistas, dois zagueiros que não sabem sair com a bola junto com dois laterais fracos tecnicamente (embora tenha comentaristas esportivos que ache o pra lá de medíocre Lúcio um ótimo atleta) erraram diversos passes diante da pressão gaúcha. Jogar com uma zaga desprotegida é diferente da postura que foi adotada em Buenos Aires, com o meio recuado, dando oportunidade dos homens de trás saírem pro jogo.

E Paulo Pelaipe, o dirigente gremista que disse que o Boca era um "Caxias com grife", teve que se calar, assim como o jornalista e torcedor Eduardo Bueno, que foi além dizendo que o clube argentino era um "Caxias piorado". Na prática, o que se viu é que o Grêmio é um "Caxias com história", no que diz respeito à qualidade de seus atletas. Não foi suficiente para um time que precisava marcar pelo menos três tentos e não conseguiu fazer sequer um.

quarta-feira, junho 20, 2007

Nem chance

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Não foi a ausência de Sandro Goiano. Nem os truques na manga que nunca existiram do treinador Mano Menezes.

Muitos antes do primeiro gol do Riquelme, na segunda etapa, já estava na cara. Antes do jogo, confesso, comecei a desconfiar.

Prometi tentar, mas não consegui nem começar a torcer pelo Grêmio. Sem chances. Nem sendo o mortificado tricolor pateticamente mais fraco.

É que, pra ser assim, risível, o time gaúcho ainda teria que jogar bola. Na primeira canelada, no primeiro passe-bisteca, estava claro que o outro tinha que ganhar. Quem gosta de futebol sabe que não se escolhe para quem se vai torcer. Aos 10 do primeito tempo, eu queria, com gosto e raiva até, não a derrota gremista, mas a consagração do camisa 10 do Boca.

E que chutaço do Riquelme. O segundo, que acaba de sair aos 35 do segundo, só o coroa.

Será que ele topa uma temporadinha no Palestra Itália?

P.S.: Chamem nosso pseudo-argentino (mas verdadeiro boludo) Esteban, de Mendoza, pra tomar uma gelada.

Vai começar

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São 21h54. Vai começar a finalíssima da Libertadores. Minha maior curiosidade é saber o que vai acontecer com o Grêmio (que destrói os adversários jogando com marcação, marcação, marcação e contra-ataque) tendo que jogar o tempo todo no ataque, ou seja, aberto. Contra o time de Riquelme.

A torcida do Grêmio vaia o hino argentino. Isso é um grande incentivo aos boquenses.

E quem é o tal Maurício Saraiva, que vi comentar no Sportv, no início da transmissão? Nossa, nunca vi tanta bobagem dita em tão pouco tempo. Mudei pro Cléber Machado.

Grêmio 3 a 0? Faz-me rir...

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Comovente a tentativa do companheiro Anselmo de fazer média com os gremistas em mais um exercício esquizofrênico de quem, há uma semana atrás, assumia torcida pelo Boca (embora corresponda a sua opção de torcer pelo mais fraco). Seria medo das ameaças e xingamentos proferidos contra os membros desse blog (especificamente contra este escriba?).

Bom, primeiro, vou fazer minha média também. Nada contra os gremistas, os gaúchos e blablabla. A história do Grêmio é feita de superação, raça, garra, virtudes admiráveis em qualquer atividade humana e blablabla. A única questão é que não gosto do futebol jogado por eles. Ponto. Principalmente o do time atual, que se locupleta da mediocridade geral do futebol sulamericano e brasileiro e da lógica algo imprevisível de um torneio mata-mata que já consagrou o glorioso Once Caldas.

Quanto à partida de hoje, o Boca tem uma bela vantagem, não é um "Caxias" da vida, como disse o falastrão Paulo Pelaipe, que não pára de fornecer mais motivos ainda para se torcer contra o Tricolor sulista. Os portenhos são um time que tem camisa e, acima de tudo, tem jogadores. Riquelme, Palacio e o oportunista Palermo (alguém vai dizer que o Tuta é melhor?) fazem a diferença em relação ao Grêmio. Do meio defensivo pra trás, sem dúvida os atletas podem até se equivaler, com pequena vantagem pros argentinos.

O conjunto e a raça podem ser fatores que decidam um jogo? Até que podem, mas aí seria dizer que o Boca vai pro gramado sem conjunto e sem raça. Entrar em uma partida perdendo de três em uma final é dose pra qualquer um, pra uma equipe pouco criativa e burocrática, pior ainda.

Pelo menos o Sandro Goiano, mais famoso pelas suas "dez verdades" do que pela sua bola, não vai estar em campo, o que pode favorecer um futebol um pouco menos... travado. Já dei os meus motivos e não vou torcer pra um time que joga como uruguaio. Sou Boca (mesmo tendo apostado nele como vice no bolão), pelo bem do futebol.

PS: Caso o Grêmio consiga um árbitro bem companheiro que o ajude nessa missão - única possibilidade de sair campeão - os gremistas podem vir achincalhar este blogueiro cantando suas "façanhas".

Grêmio 3 a 0. É possível

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Só não é provável. Todos os jornais usam variações da mesma manchete envolvendo a idéia de "milagre" ou "missão impossível", do "criativo" Chico Lang.

A torcida tentou impedir que os jogadores do Boca Juniors pegassem no sono, com foguetes, gritos e barulho nos arredores do hotel Holiday Inn, na avenida Carlos Gomes. Foi assim até às 4h, quando, cansados de atirar objetos pela janela, os hóspedes – da delegação argentina ou não – preferiram chamar a polícia.

Sandro Goiano, suspenso, prometeu carrinhos nas cadeiras cativas. O time gremista conseguiu viradas em partidas de volta contra o São Paulo e Defensor. Mas tomou uma virada – insuficiente – do Santos, uma série de goleadas no Brasileiro e um chocolate na Bombonera.

Contra o Tricolor Paulista, os gaúchos perderam de 1 a 0 e venceram por 2 a 0. Contra os uruguaios, a derrota no jogo de ida foi por 2 a 0, e a classificação veio nos pênaltis no Olímpico.

O desafio é tirar 3 gols, sem vantagem de gol fora de casa. Ao analisar o comportamento do Grêmio, arrisco dizer que é a primeira vez em que a torcida de um time francamente azarão chega quase de salto alto para a decisão. É possível, mas improvável.

Sem ironias, vou tentar torcer para o Grêmio. Não prometo sucesso na empreitada.

terça-feira, junho 19, 2007

Fica Ana Paula!

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Foto: Divulgação


Isso é um comentário ao post anterior. Por minha própria sugestão (a esquizofrenia se agrava?), publico como novo texto.

Concordamos com os excessos dos comentaristas seduzidos pelas curvas, ou melhor, pelos acertos nas primeiras atuações da Ana Paula. Se ela estava bem, tem que elogiar. Se erra, tem que criticar. Se peca por excesso de personalismo e por posar pra Playboy (acharam as fotos*) e fica fora de forma, não acompanha os lances etc., também tem que criticar – ao que consta, ela permanece em forma, embora seja discutível se desconcentrou-se ou não com tanto assédio.

Mas o "cavalheirismo" criticado não é explicitado no texto link. Diz -se que os testes são femininos, mas não que pontos não são exigidos. Acho que valeria tentar descobrir qual a diferença nos testes.

Ainda assim, desqualificar uma mulher por ela ter passado por um teste físico menos pesado é tão ruim quanto atribuir-lhe capacidades extraordinárias. A crítica do "cavalheirismo" desconsidera toda e qualquer possibilidade de política de ação afirmativa, de cotas para negros nas universidades, a cota de mulheres nas eleições legislativas (1/3 das listas) até incentivos fiscais para setores com dificuldades conjunturais ou estruturais.

Há diferença do objetivo dessas políticas para a presença de mulheres na arbitragem do futebol. Deseja-se negros nas universidades. Deseja-se mulheres na política. Deseja-se que setores economistas não sejam levados à bancarrota. Pergunta-se: deseja-se mulheres na arbitragem?

Senão, proíba-se de vez, como ao sacerdócio na Igreja (forcei, forcei). Se sim, deixa o teste pras moças menos rigoroso.

O que não pode é ter critério diferente para avaliar a atuação na prática. Adianto que discordo que um teste físico menos rígido cause atuações mais fracas.


P.S.: No site da Ana Paula Oliveira, tem uma enquete com a pergunta: "Você acha que a Ana Paula deve continuar na arbitragem?" Às 21h10, o resultado era 53,6% "Não", contra 45,6% "Sim". Apenas 0,8% optaram por "Talvez", muito abaixo dos 3% históricos que "não souberam ou não quiseram opinar". Ao contrário do histórico, votei "Sim". Faltou a opção: "Agradeço se não for nos jogos do meu time", para evitar que minhas convicções sejam postas à prova.

*O parênteses descontextualizado continua a ser um esforço para atrair acessos de buscadores tarados.

Arbitragem feminina: precisa-se falar sério

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Tem se tornado chato e repetitivo o debate sobre a arbitragem feminina. Os argumentos e posições costumam ser sempre os mesmos. De um lado, machistas inveterados como Carlos Augusto Montenegro, presidente do Botafogo; de outro, pessoas que defendem a "presença da mulher" e nem param para pensar que a "não-presença" delas, em alguns casos, não se faz por questões comportamentais ou preconceituosas, e sim por razões científicas e técnicas.

É essa linha que quero focar. Acho que ninguém aqui discorda de que o fato de mulheres e homens não competirem entre si em quase todos os esportes (acho que hipismo e automobilismo são as únicas exceções, se alguém souber mais, avise) não se trata de "machismo" ou "preconceito". Isso é fruto das composições diferentes que os sexos possuem, coisa que vem da criação divina ou do que quer que se creia.

Transporto agora esse ponto para a questão da arbitragem. Desconheço análises sérias e focadas, de profissionais da área e desprovidas de caráter emocional - para ambos os lados - sobre o assunto. Se temos conhecimento de que há limitações para que os sexos executem determinadas tarefas, porque não pensar que isso também se aplica à arbitragem? Será que é realmente "machismo" e "preconceito" acreditar que as complexões do seu físico tornam para uma mulher a tarefa de arbitrar um jogo masculino de futebol do que seria para um homem - ainda mais se temos em conta que há diferenças entre os sexos e que, no esporte, estas se personificam nas separações de competições entre homens e mulheres?

Claro que existe machismo de muita parte, como eu citei acima. Mas também é irritante da mesma forma ver o efeito contrário, que fez julgamentos sobre as mulheres que deixariam qualquer machista com inveja - não foram raras as vezes que vi, por exemplo, comentaristas dizendo que as bandeirinhas acertam mais que seus colegas homens porque "são mais atentas". E falando sobre essa distorção, aponto artigo da Revista Invicto que mostra algo que, visto de forma séria, é um absurdo - as mulheres que atuam na Federação Paulista de Futebol são submetidas a testes físicos inferiores aos dos homens. Ora, isso é ou não um atestado de inferioridade e/ou incompetência? Uma mulher que queira encarar seriamente essa tarefa deveria recusar esse "cavelheirismo".

Tradução simultânea

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Sem clube, depois de despencar do Betis para o Bordeaux, e de lá para o Al Nasr, o ex-"bailarino" Denílson (foto) treinou esses dias no CT do Palmeiras, pra não perder o costume. Questionado sobre a possibilidade de jogar no alviverde, o sem-contrato soltou a seguinte pérola: "Acredito que ainda tenho futebol e condições de atuar fora do país". Bonito isso. Em outras palavras, significa: "Só quando eu estiver no bagaço completo e irreversível é que me dignarei a tirar os últimos trocados em algum clube brasileiro".

Mais Sandro Goiano

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Ídolo dos futepoquenses, o astro Sandro Goiano aparece nesse campo virtual (graças que é virtual) para mostrar um pouco de sua habilidade. Uma seleção que faz jus ao craque, embora faltem milhares de lances em que ele mostra o que sabe fazer melhor.
Sintomático, aliás, o ato falho de Juca Kfouri no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil. Sobre o atleta ele falou que "sua ausência preenche uma lacuna". Sensacional.

"Ele é muito bom, pena que..."

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Uma tendência quando se analisa futebol é considerar que alguns atletas seriam grandes jogadores (ou maiores do que realmente foram) não fossem algumas circunstâncias específicas. Fatalidades, como o acidente que encerrou a carreira de Manuel Maria, que na década de 1970 caminhava para ser o novo Pelé; comportamento exageradamente complicado - e aí temos inúmeros, como Almir Pernambuquinho, da década de 1960 e, mais recentemente, Luís Fabiano e Edmundo; e mesmo lesões agressivas, como as que impediram que Marco Van Basten tivesse uma carreira mais prolongada.

Atualmente, há dois jogadores que encaixam-se perfeitamente nessa definição. Tiveram um início de carreira meteórico e depois entraram na lista do "pena que...". Acontece que, em 2007, eles estão superando o "pena que..." e, mesmo assim, não estão conseguindo mostrar um grande futebol. Falo de Pedrinho e Dagoberto.

Pedrinho passou por inúmeras lesões que começaram lá em 1998, quando ele era jogador do Vasco. Às vésperas de se apresentar pela primeira vez à seleção brasileira, teve uma contusão seríssima, e daí pra frente nunca mais foi o mesmo. No Palmeiras, alternava boas apresentações com meses de inatividade. E no Fluminense, de onde vem essa foto, sua passagem foi ridícula.

Então Pedrinho chegou ao Santos. E, como que em um milagre, seu verdadeiro problema de saúde - uma lesão no quadril - foi detectado e ele tem jogado initerruptamente desde o início do ano. Um verdadeiro recorde. Acontece que o futebol dele não deslanchou. Esperava-se, que em condições ideais, Pedrinho chegasse para ser o titular do Peixe - até porque Rodrigo Tabata estava em baixa e ninguém dava um tostão furado pelo "queimador de línguas" Rodrigo Souto. Mas Pedrinho foi pro banco. E de lá mal saiu. Agora, que o Santos passa por uma transição com a saída de Zé Roberto, Pedrinho terá sua chance. Mas precisa jogar mais bola do que fez até agora para ser considerado um titular.

No caso de Dagoberto, foram dois seus males: lesões sérias e problemas jurídicos. Ele vinha arrebentando no Atlético-PR vice-campeão brasileiro de 2004 e sofreu uma contusão gravíssima na reta final do campeonato. Quando começou a se curar, entrou num imbróglio com a diretoria do Atlético e ficou praticamente inativo por dois anos.

A transferência para o São Paulo parecia a tábua da salvação. A boa estrutura do Tricolor evitaria problemas físicos do atacante e, com a cabeça livre das pendências burocráticas, Dagoberto teria que decolar. Mas até agora não fez isso. Estreou bem contra o Grêmio e depois disso não fez muita coisa - tanto que até agora não foi às redes com a camisa do São Paulo. Espero mais dele que do Pedrinho, mas o mais provável é que a carreira de Dagoberto seja consolidada como a de um "bom jogador", e não do craque que ele parecia ser.

No domingo, 40º clássico mineiro no Brasileirão

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Roberto Assaf, do Lance!, atenta para um marco importante da próxima rodada do Brasileirão: o 40º confronto entre Atlético MG e Cruzeiro pela competição. A vantagem é do Galo: 15 vitórias contra nove da Raposa. Dos 15 empates, oito terminaram em 0 a 0. Os atleticanos marcaram 47 vezes, contra 37 gols dos cruzeirenses - o que dá uma média de 2,15 gols por partida. As maiores goleadas aconteceram em 1999, quando o Atlético-MG de Marques e Guilherme enfiou 4 a 2 no Cruzeiro de Müller e Paulo Isidoro; e em 2000, quando a Raposa de Fábio Júnior e Sorín devolveu os 4 a 2 sobre o Galo de Neguete. Mas o que chama a atenção, na história desse clássico pelo nacional, é a média de público, superior a 57 mil. Na última vez que os dois se enfrentaram pelo Brasileiro, em 16 de outubro de 2005, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, gol de Adriano Gabiru (aquele mesmo que decidiu o Mundial para o Inter de Porto Alegre). A partida comemorava os 40 anos do Mineirão e contou com a presença de Telê Santana, em sua última aparição pública.

segunda-feira, junho 18, 2007

Ana Paula de Oliveira + Playboy + machismo + mulher

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O título mostra a finalidade do post. Facilitar o acesso dos nobres visitantes do Futepoca que, amantes do esporte bretão, encaram apenas com curiosidade o anúncio da Playboy de que a capa da revista mensal da editora de Veja terá a árbitra Ana Paula Oliveira. Não foi confirmado o mês.

Depois de apitar a quarta divisão (numa "atuação considerada boa" pelos jogadores), a bandeirinha – conforme definição de próprio site da moça – foi à redação da revista masculina assinar contrato para tirar a roupa e dar margem a chamadas de capa "astutas" e trocadalhescas. Deixo as sugestões para os comentaristas.

O que é terrível é que a moça foi entrevistada na edição da junho, com direito a comentário no Futepoca com foto machista disfarçada em um texto pseudo-analítico.

Tanto machismo não impediu que, depois de ser acusado de "editor de Ana Paula Oliveira no Futepoca", venha eu confirmar meu posto, pra não perder o emprego nem a oportunidade de esquizofrenicamente condenar o machismo reinante neste blog.

Reprodução: BlablaGol

A homenagem do parceiro BlaBlaGol, aos botafoguenses foi a
foto com mais relação com a notícia que encontrei. Diferente de
outra feita, nem tenho a desculpa de que achei no
Google Images.
É uma foto-denúncia a tanto machismo. Que feio.

A hora do chute é agora

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Sei que todo mundo tá dizendo por aí que o campeonato está nivelado (por cima ou por baixo, sei lá) e que é impossível fazer qualquer tipo de previsão etc. Tá certo, só que previsão depois que o campeonato acaba não adianta.

Para enriquecer (ops) a discussão, fiz levantamento de com quem jogou quem em relação aos 5 primeiros colocados. Sem contar a confusão da tabela, dá para ver que alguns times tiveram o caminho mais complicado que os outros.

Enquanto outros cavalos paraguaios (olha o preconceito contra os cavalos paraguiaos) apareceram na ponta da tabela mais pela fraqueza dos adversários.

Sem enrolação, o principal exemplo desses times que só jogaram contra pangarés (olha o preconceito com os pangarés) é o Vasco. Enfrentou nas primeiras rodadas três times que estão na zona de rebaixamento: América (RN), Sport e Náutico, além dos reservas do Grêmio na quinta rodada. Quando pegou Bota, Flu e São Paulo começou a queda livre. Que não deve parar até a disputa do rebaixamento (taí, prognostiquei). Até porque está com um jogo a mais que os outros.

O Paraná também teve caminho relativamente simples. Reservas do Grêmio, Juventude, Cruzeiro, Náutico. Dos que aparentam ser os melhores times, apenas São Paulo e Corinthians. A previsão é que também caia daqui por diante, mas deve ficar longe do rebaixamento, pode chegar a uma sul-americana.

O Curinthia teve um caminho mais ou menos até agora. Juventude, Cruzeiro e América (RN) não deram tanto trabalho assim. Mas já pegou Santos, Paraná e Atlético (MG).

Agora, o Galo teve uma das mais difíceis trajetórias até agora. Dos fracos, pegou só o Náutico. Dos mais ou menos, Figueirense e Atlético (PR). E as pedreiras Botafogo, Corinthians e São Paulo, tudo fora de casa. Só perdeu até agora para o Bota. Se continuar assim disputa uma sul-americana e, se der sorte, chega perto da Libertadores. Bem longe do rebaixamento apregoado pela oposicionista Carminha.

Já o Bota, é cada vez mais líder e candidato ao título. Já pegou Inter (RS), Atlético (MG), Flamengo (está mal, mas é clássico). Além de Palmeiras, reservas do Grêmio, Vasco e Náutico, que não deram tanto trabalho assim. Se não amarelar, como costuma fazer, pode ser....

Taí, agora cada um que dê seu palpite.

Num dos próximos capítulos, o temido rebaixamento...

Fora Dualib: ato dia 28 de junho

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Encontrei esse texto no site da Gaviões da Fiel. Não pude acompanhar a primeira reunião do movimento Fora Dualib, mas vou tentar ir a esse ato.

O MOVIMENTO FORA DUALIB CONVOCA A TODOS OS CORINTHIANOS

Atenção Nação Corinthiana,

O Movimento Fora Dualib convoca todos os Corinthianos a comparecer no dia 28 de junho, a partir das 18h, no Parque São Jorge (Rua São Jorge, 777). Acompanharemos -pacificamente e do lado de fora do clube- a reunião que decidirá a aprovação ou não das contas referentes ao ano de 2006.

Essa reunião é muito importante para o futuro do Sport Club Corinthians Paulista, que já acumula dívida de mais de R$ 70 milhões. É essencial que os Corinthianos compareçam em peso, para mostrarmos nossa insatisfação e exigirmos uma administração clara e honesta para o clube .

Pedimos que todos compareçam usando a camiseta do movimento ou a camisa do Corinthians.

FORA DUALIB

No domingo, não tem clássico paranaense

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Um dia antes de o pai do Mauro Beting ser o mestre de cerimônia de um evento para atrair sócios remidos com a presença do governador de São Paulo José Serra (PSDB) – que orgulho – os 3 a 1 diante do Goiás, no Serra Dourada, tiveram a previsível repercussão de ampliar o anúncio, na imprensa, de que a cabeça do técnico Caio Jr. estaria a prêmio.

Quando o jogo é em casa, foi a torcida que atrapalhou. Não nesses termos, mas o discurso oficial é de que a demora em fazer gol deixa a torcida irritada e o time perde o prumo. Quando o jogo é no adversário, foi a sorte, o mérito do adversário... Às vezes entra a trave para dificultar. Na próxima, a culpa provavelmente será da bola.

No sábado, a torcida protestou contra a síndrome de time pequeno do Palmeiras, metonimizada pelo zagueiro Edmilson e pelo atacante Cristiano, ambos ex-Paraná. Não incluíram nas reclamações o volante Francis, titular.

Os cinco desfalques atrapalham em Goiânia, e o adversário, normalmente, quer ganhar. "A bola parada está definindo a maioria das partidas e precisamos analisar o que aconteceu para trabalhar em cima disso", concluiu Caio Jr.

Tudo isso é verdade, embora treinar marcação também é importante. O que anda incomodando é o time jogar bem e "merecer a vitória", mas deixá-la para o adversário. Vá ser generoso assim treinando o Corinthians.

No próximo domingo, no Parque Antártica, a partida é contra o Atlético-PR. Se os 30 barulhentos da Mancha Verde tiverem razão, Caio Jr. vai encarar a disputa como clássico. Se depender da imprensa e de parte cada vez mais numerosa da torcida, clássico é ótimo para derrubar técnico.

domingo, junho 17, 2007

Manguaça pouca é bobagem

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Vem do blog Nonsense a notícia sobre alcoolismo na Rússia.

Lá, a rapaziada manda ver, deixando envergonhada essa aprendiz. Segundo a pesquisa, 43% de todas as mortes de homens em idade produtiva são causadas por fatores ligados ao álcool. 72% dos homicídios e 42% dos suicídios também têm a ver com a manguaça.

A expectativa de vida dos homens é de apenas 59 anos. A das russas é de 72. A discrepância já causa alarme no país, que vê a taxa de natalidade cair vertiginosamente.

Assustador.

Matador

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Com oito jogadores fora de combate, o São Paulo venceu o Vasco por 2 a 0, dois gols de Borges, agora artilheiro do time ao lado de Rogério Ceni. Destaque para os primeiros gols do ataque são paulino no torneio.

Com o resultado, o São Paulo sobre para a 6ª colocação no campeonato, com 10 pontos. Já o Vasco cai para quinto.

Como torcedora, tenho que agradecer ao Vasco pela lambança executada na jogada do segundo gol! Sensacional!

Real campeão

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O Barcelona bem que fez parte dele, mas não conseguiu evitar que o Real Madri fosse, pela 30ª vez campeão espanhol. Até 30 minutos do segundo tempo dos dois jogos, ainda dava Barça, que venceu o patético Gymnastic por 5 a 1, dando show.

Mas 0 Mallorca, apesar de fazer o primeiro gol do jogo e perder pelo menos três contra-ataques com claríssimas chances de gol, não conseguiu segurar a pressão madridista, infelizmente (estava torcendo para o Barça. Não nutro simpatia alguma pelo Real).

Robinho não marcou, mas ainda assim deve chegar com moral para a disputa da Copa América. Einh? Copa América?

sábado, junho 16, 2007

Medidor de fidelidade

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É sempre uma discussão interessante - e em boa parte das vezes inútil pela falta de racionalidade - saber qual torcida é mais ou menos fiel. Existem aqueles que carregam esse rótulo pelo que fizeram em uma ocasião, há mais de 30 anos. A mentira repetida vira realidade. Mas o blog parceiro Onde a Coruja Dorme fez uma fórmula interessante para testar a "real" fidelidade das torcidas. Claro que a dita cuja vale apenas para o campeonato em questão e não pra todos os torneios. Segue abaixo o post e a fórmula:

Lembram aquela loucura que inventei no ano passado de torcidas mais fiéis? Criei até uma formulinha bem simples (posição no campeonato - posição no ranking de público = índice de fanatismo) pra ver quais eram as torcidas mais apaixonadas e as mais geladas das Séries A e B.

No ano passado, deu como campeões de fidelidade o Fortaleza na Série A e o Paysandu na B. Como ambos foram rebaixados, acho que os milhões de leitores do OCD desistirão de ir ao estádio apoiar seu time, já que é melhor um estádio vazio para um time que não cai do que um estádio lotado para um time rebaixado, não é?

Bom, fiquei curioso de saber quem seria o líder das torcidas mais fiéis do Brasileirão 2007 até o momento. Os reestreantes na Série A América e Sport fazem campanhas horríveis, mas suas torcidas comparecem e estão entre as mais presentes nos estádios. Por outro lado, o Paraná e o Botafogo estão bem, mas quem os acompanha é uma meia dúzia de gatos-pingados.

Na B, os torcedores de Santa Cruz e Ceará são os mais parceiros, e os de São Caetano e Gama os mais ausentes.Acho que vou atualizar esse ranking toda semana. Então, segura aí a classificação até a quinta rodada:

Torcidas mais fiéis

Série A

América: +16 (20º colocado/4º melhor em público)
Sport: +15 (18º/3º)
Grêmio: +12 (14º/2º)

Série B

Santa Cruz: +9 (13º/4º)
Ceará: +8 (11º/3º)
Paulista: +5 (18º/13º)

Torcidas mais geladas

Série A

Paraná: -15 (4º/19º)
Botafogo: -14 (2º/16º)
Juventude: -8 (12º/20º)

Série B

São Caetano: -14 (3º/17º)
Gama: -12 (2º/14º)
Criciúma: -4 (4º/8º)

sexta-feira, junho 15, 2007

Denúncias: mais assunto pra Marta Suplicy explicar na CPI do Apagão

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No pedido de convocação da ministra do Turismo Marta Suplicy à CPI do Apagão Aéreo (foto), feita pelo deputado Vic Pires (DEM-PA) e descartado por Marcelo Castro (PMDB-PI), a justificativa era "ela esclarecer o que vem fazendo [no cargo], até para as pessoas relaxarem e fazerem outras coisas".

Pois Xico Sá, em seu PonteAéreaSP, põe mais lenha na fogueira:

Relax for man

Ao sugerir o clássico relaxe e goze, a ministra Marta Suplicy lembra o seu tempo de TV Mulher, da Globo, quando dava belos conselhos, coisa de fêmea livre e muito bem psicanalisada, às pacatas donas-de-casa. No caso dos aeroportos, no entanto, o conselho saiu com algum atraso. Os donos das saunas e clínicas de massagem dos arredores de Congonhas, em fases mais graves do apagão, mantinham até um serviço de vans para buscar os clientes VIPs. Foi aí que algumas casas, como a Brooklin, por exemplo, criaram até um programa especial de milhagem. Ninguém lucrou mais com a crise aérea do que esses cafetões de luxo!

Se confirmadas as denúncias das vans a serviço dos lupanares aos VIPs do aeroporto, Veja vai recuperar a matéria que relacionava os irmãos Tatto com o PCC via sindicatos de lotações?

P.S.: Recuso-me a pôr link pra página da revista da Abril. Quem quiser saber que matéria é essa, que procure no São Google.

Dez verdades sobre o Sandro Goiano

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Reproduzido do blog parceiro Bla Bla Gol sobre o ídolo gremista Sandro Goiano, dez verdades sobre o mesmo.


- O maior feito na carreira de um jogador de futebol não é fazer 1.000 gols. É levar um carrinho do Sandro Goiano e ainda estar vivo para contar.

- Originalmente, o DVD da Batalha dos Aflitos se dividia em duas partes: “Sandro Goiano” e “Os aflitos”.

- No Winning Eleven, você pode controlar mais de 2 mil jogadores do mundo inteiro. Só não pode controlar Sandro Goiano.

- Garrincha tinha as duas pernas perfeitas. Até disputar uma bola com Sandro Goiano.

- A teoria da relatividade diz que Sandro Goiano pode te dar um carrinho ontem.

- Sandro Goiano pediu uma camisa do Grêmio na Inter Sport do Beira-Rio. Foi atendido.

- Sandro Goiano não olha para os dois lados antes de atravessar a rua. Ele simplesmente dá um carrinho nos automóveis para passar.

- Quando Saddam Hussein foi condenado, ele tinha duas opções: enforcamento ou um carrinho do Sandro Goiano. Ele preferiu ser enforcado.

- Sabe por que a lua tem crateras? Sandro Goiano costumava treinar chutes à noite!

- O que passa na cabeça dos adversários durante um jogo contra o Grêmio? A chuteira de Sandro Goiano!

Enquanto isso, no Congresso Nacional...

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Sei que o assunto não é tão emocionante quanto a final da Libertadores, mas está rolando no Congresso uma discussão importante. Trata-se de parte da Reforma Política,q ue de tão cantada e decantada durante as últimas eleições, mereceu até as iniciais maiúsculas que utilizei. A etapa em discussão no momento é a do sistema eleitoral , mais precisamente o tipo de voto que adotaremos nas eleições proporcionais.

A discussão está acontecendo na Câmara dos deputados. Nessa semana, um projeto que previa a implantação do voto em lista fechado foi rechaçada no plenário, sem conseguir consenso mesmo entre os partidos maiores, defensores e beneficiários da mudança. Agora, as lideranças dos grandões estão se articulando para propor a alternativa de listas flexíveis, intermediário entre o sistema aberto que temos hoje e a lista totalmente fechada.

A mudança, seja ela qual for, tem potencial para modificar substancialmente a relação entre os eleitores (vulgo, nós) e os partidos políticos. Hoje, no sistema de lista aberta, cada eleitor vota em um candidato, tendo como opção o voto na legenda. O número de votos recebido por cada postulante determina seu lugar na lista dos futuros representantes do povo. O problema é que, nesse sistema, cada candidato trabalha apenas para si mesmo, gerando uma disputa fratricida com seus colegas de partido. Isso desvaloriza a instituição partidária, que deveria aglutinar e representar idéias presentes na sociedade e passa a ser um guarda-chuva para pretensões pessoais.

A lista fechada forçaria uma visibilidade dos partidos, levando o eleitor a considerar mais as idéias e interesses que cada um defende. Por outro lado, diminui a influência do eleitor na escolha de seus representantes e dá uma força muito grande para as direções partidárias, que ganham a possibilidade de manipular a lista,colocando seus preferidos no topo. Para piorar, a proposta que foi debatida na Câmara previa que as primeiras colocações na lista pertenceriam sempre aos deputados já eleitos, praticamente anulando a renovação da Casa.

As listas flexíveis pretendem unir as vantagens dos dois modelos, utilizando uma lista fechada na qual o eleitor tem a possibilidade de modificar a ordem dada pelos partidos. É mais democrático que a lista fechada nesse sentido e menos bagunçado que a lista totalmente aberta.

Por outro lado, muita gente argumenta que mudanças desse tipo são superficiais, não atingindo os problemas reais de nosso sistema político. Que o poder econômico continuará definindo os vencedores de qualquer maneira. Que a grande mídia vai manter o monopólio da discussão pública, forjando falsos consensos . E que os partidos continuarão com discursos vazios, sem defender propostas objetivas, eliminando o debate público de idéias, fundamento primevo da democracia. Meu pessimismo congênito diz que essas pessoas têm grandes chances de estarem com a razão.

Mulher do Souza tem medo dos jogos do São Paulo

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O meia Souza (foto), do São Paulo, é um boquirroto de marca maior e, geralmente, só fala besteira. Com isso, desperta a antipatia dos adversários, deixa os técnicos do tricolor de orelha em pé e faz a alegria dos jornalistas sem assunto. Uma coisa não se pode negar: algumas vezes ele é apenas sincero. Como agora, quando seu modesto futebol sumiu de vez e o time tropeça numa seqüência espantosa de atuações pífias. Souza conta que as desclassificações no Paulista e na Libertadores o deixaram muito abatido e revela que até a família está reclamando. “Eu chego em casa e meu filho Kevin me pergunta por que o São Paulo não ganha mais”, entrega o jogador. Mas o pior, segundo ele, é que asua mulher, Daniele, está desesperada. “Ela diz que fica com medo em dias de jogos.” Taí uma potencial concorrente ao posto de Regina Duarte das esposas de boleiro. Mas, pra falar a verdade, eu também tenho medo dos próximos jogos do São Paulo...

quinta-feira, junho 14, 2007

Cuba apóia Bolívia pela altitude. Segure-se Joseph Blatter

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Deu no Vermelho.

A Associação Cubana de Futebol aderiu à Bolívia em sua oposição à recente decisão da Fifa de não permitir a realização de partidas internacionais oficiais em estádios situados a mais de 2.500 metros de altura sobre o nível do mar. O apoio foi expresso em comunicado emitido na quinta-feira.

Dizendo respaldar "firmemente" os argumentos da Bolívia em oposição à "injusta, discriminatória e arbitrária" decisão da Fifa, a Associação Cubana afirma: "Tal proibição desumaniza o esporte, despoja de direitos e afronta as possibilidades dos países de praticar futebol e competir em sua terra natal". O comunicado é dirigido ao presidente da Federação Boliviana, Carlos Alberto Chávez.
O secretário-geral da Fifa, o suíço Urs Linsi, deixou o cargo na terça-feira, 12, depois de cinco anos esquentando o lugar. As más línguas da imprensa ironizaram o fato de ter sido de Linsi o fax que reconhecia o título da Copa Rio de 1951 como mundial do Palmeiras.

Agora, com o apoio de Cuba à Bolívia contra a proibição de jogos na altitude, em 27 de maio, o Joseph Balatter que se segure.






Diante de ameaças tão fortes, Blatter nem vai precisar tomar aulas com o João Havelange sobre como permanecer no cargo por 24 anos, três vezes mais do que o suíço até agora.

Começou de novo

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Um dia após a primeira partida da final da Libertadores, com o Campeonato Brasileiro em andamento e notícias importantes em outros esportes - como os preparativos para os Jogos Panamericanos e o Grande Prêmio de Indianápolis da Fórmula 1 - e o Sportv está gastando grande parte da sua programação matinal com a cobertura do treino da seleção para a Copa América.

E o que é essa "cobertura"? É uma sequência chata e repetitiva de atividades físicas, bola pra um lado, bola pro outro, e rigorosamente nada que interesse ao telespectador - até porque os comentaristas não aproveitam a oportunidade para tentar caçar informações do treino, e sim ficam repetindo chavões sobre o time de Dunga.

Inevitavelmente vêm as lembranças da época da preparação para a Copa da Alemanha, quando o mesmo Sportv passava horas, horas e horas de rodas de bobinho e abria mão de fazer uma cobertura mais inteligente do esporte como um todo.

Lamentável.

P.S.: a foto, como vocês podem desconfiar, não tem nada a ver com o post. É que eu queria uma imagem das rodas de bobinho da época da Copa e, ao digitar "roda de bobinho" no Google, veio essa foto. Fica como ilustração.

1 motivo para torcer para o Grêmio

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Depois da polêmica lista dos 7 motivos para torcer para o Boca na final da Libertadores e passada a primeira partida (3 a 0 para los bosteros) que deram razão à paulistada folgada de secadores – hall em que estive incluído durante os 90 minutos na capital argentina – faço questão de propor um, pelo menos um, motivo para torcer pelo tricolor gaúcho no jogo de volta:

1. Torcer pro pateticamente mais fraco
É que sou esquerdinha, sabe como é? A tendência é torcer pelo oprimido, pelo esmerilhado, pelo escorraçado... Enfim, esse lenga-lenga de comunista. É fato que isso seria a antí-tese do item sete do já citado post, mas a desproporção de forças ficou beeeeem mais clara após a primeira partida. E o Grêmio não mostrou nem a raça gaúcha, nem o futebol de verdade propalado em verso e prosa. Vai Tcheco!

Foto: Ambiente Brasil


A da foto, assim como as piabas sofridas pelo Grêmio na
Bombonera como contra o Santos (3 a 1) no segundo jogo
da semi-final na Vila Belmiro, como contra o Botafogo (3 a 0)
e Vasco (4 a 0) pelo Brasileirão, apesar da diferença de
gravidade, são conhecidas também como lambari,
dependendo da região do país. Mas, no futebol, são
rigorosamente a mesma coisa.


Ilusionismo

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O ano era 1989 e Mike Tyson ainda era campeão mundial de pesos pesados. Um confronto entre o nº 1 e o nº 2 do ranking da CMB definiria aquele que seria seu principal desafiante. De um lado, Adilson Maguila Rodrigues, de outro, Evander Holyfield.

Começa a luta em Lake Tahoe. Maguila consegue aplicar bons jabs de esquerda, mantendo seu adversário, que possui maior envergadura, a uma distância segura. Baila bem, se defende, se esquiva. Ao fim do primeiro round, dá até mesmo a impressão de superioridade. No segundo assalto, entra mais confiante. Novos jabs de esquerda. Maguila, seguro, encurta a distância. Tenta aplicar sua potente direita e toma o contragolpe mortal. Nocaute no meio do segundo round. A sua superioridade não existia de fato.

Ontem, o ufanismo dos locutores brazucas viam o Grêmio superior ao Boca. Um lance quase faz o torcedor tricolor levantar do sofá, uma carga de um atleta gaúcho, não marcada pelo árbitro, faz a bola quase cair no pé de Tuta. Quase. Tirando isso, o clube quase uruguaio faz o que Maguila fez, mantém o Boca distante. Uma falta pra os portenhos e a ilusão de superioridade cai por terra.

"Gol irregular!", bradarão os gremistas. Os mesmo que disseram, em relação ao pênalti inexistente marcado a seu favor contra o Santos na primeira partida da semifinal, que reclamar era "choradeira de paulista". Por conta disso, os santistas com quem falei após o gol inaugural do Boca não escondiam sua satisfação.

Depois do gol, o Grêmio não consegue chegar. O Boca ameaça algumas vezes, mas já opta pelo controle da partida. no intervalo, o narrador tenta empolgar a torcida sulista. "O Grêmio teve bons momentos", força, sendo desmentido pelo teipe dos melhores lances, que só mostram o já citado lance de Tuta (aliás, o que ele rumina tanto durante a partida?).

Segundo tmepo, a mesma toada do primeiro, mas agora o Boca volta com mais ímpeto. Cria chances. O Grêmio também tem a sua. Os brasileiros não se entregam. São raçudos. Sandro Goiano, louvado e aclamado pelos comentarista tricolores que vieram até esse blog, é o simbolo da raça. Não sei que "raça" ele representa mas, pelo futebol jogado, seria um crime associar os elegantes mangalargas a ele, por exemplo. Mas o bravo não decepciona sua torcida. Vai lá e faz o que sabe. É expulso, com um jogo de atraso. Talvez devesse já iniciar as partidas com um cartão amarelo. Proteção aos adversários.

O Boca parece não alterar seu ritmo com um a mais. Só parece. Riquelme sofre falta próximo à área. Lembro de um lance semelhante na partida contra o Cúcuta. Na ocasião, ele colocou brilhantemente a bola no canto esquerdo do goleiro. Agora, a jogada ensaiada. O canto não é o esquerdo, o chute é forte.

Mas Juan Róman não estava satisfeito. Talvez os gaúchos finalmente tenham entendido o que é a "mística da dez". E o custo de ter como ídolo Sandro Goiano. Riquelme pega a bola, avança, finge uma finalização. Mais um raçudo atleta rival tenta o carrinho na jogada que era só ilusão. Cai. Abre espaço para o chute real. Saja defende. Palermo pega a sobra e cruza. O gol contra sepulta os brasileiros na partida.

Futebol não é só raça. É habilidade, é inteligência, é técnica. Mas às vezes muitos se iludem.

quarta-feira, junho 13, 2007

3 a 0

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Riquelme fez um golaço de falta (quem diz que gol de falta nunca é golaço?). E, aos 44 do segundo tempo em La Bombonera, o craque que está voltando ao Villarreal, para infelicidade do Boca Juniors, deu um tirombaço que o goleiro Saja, do Grêmio, defendeu, mas deu (desculpem a rima) rebote e os argentinos fizeram aquele gol de abafa, típico deles.

O Boca tem 3 a 0 e ainda Riquelme. Vamos ver se o Olímpico se transforma mesmo num santuário milagroso.

Robinho (Real ou Santos) x CBF

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Acho sinceramente ridícula a "postura" da CBF de exigir que Robinho se apresente antes do jogo de domingo do Real Madrid com o Mallorca, quando o Real (infelizmente) deve ser campeão espanhol.

Independentemente de minha antipatia pelo time de Madri, acho um absurdo que os clubes que pagam os craques, que formam ou investem neles, percam esses seus jogadores para seleções, sejam quais forem, em momentos decisivos. Curiosa essa ironia que novamente envolve Robinho. Em 2005, a CBF também não abriu mão do garoto (e, de quebra, do lateral Leo) e o Santos perdeu aquele jogo para o Atlético/PR na Vila Belmiro, apitado pelo gaúcho Carlos Eugênio Simon.

O Santos formou Robinho, o Real Madrid pagou e paga pelo jogador. No calendário agora de meio de ano, tudo quanto é seleção joga. Copa América, sub-20, sub-não-sei-o-quê... O campeonato brasileiro só terá sentido a partir de julho ou agosto. Para mim, hoje, seleção só tem uma função: é um shopping center de jogadores de futebol. Todos ganham, menos quem tem paixão por uma bandeira.

Naquele 2005, a rivalidade me impediu de torcer pro São Paulo na final da Libertadores, mas achei muito bem feito o Atlético perder.