Destaques

sexta-feira, março 28, 2008

Aranhas e caranguejos

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O camarada Mouzar Benedito, que já colaborou no Futepoca com uma prodigiosa receita ou método de produção de cachaça de abacaxi usado por presos políticos brasileiros, publicou outro dia um livro muito interessante. É um romance situado na virada dos anos 1920 para os 30, na Vila Nova de Resende, localidade de Minas Gerais onde o autor viria a nascer uns tantos anos depois.

O título meio esquisito, O tropeiro que não era aranha nem caranguejo (editora Limiar), é desvendado logo no início: aranhas e caranguejos eram duas facções de um mesmo partido, o Republicano Mineiro, e constituíam os dois pólos de oposição no vilarejo. O tropeiro Marcelino, que conduz a narrativa, tenta entender aquele jogo político em que cada hora um assumia o discurso do outro, se dizendo "conservador" ou "revoltoso" conforme a situação. Isso tudo em meio às disputas do final da "política do café com leite", o golpe que impediu a posse do presidente paulista Júlio Prestes e colocou Getúlio Vargas no poder, e finalmente a chamada Revolução Constitucionalista, que para a surpresa do tropeiro uniu aranhas e caranguejos na luta contra os paulistas.

É um livro pra ler em uma tarde, de linguagem simples e direta, como quem acompanha um causo. Se eu conhecesse alguém que vai prestar vestibular, presenteava com esse livrinho, que é daqueles que organizam e ajudam a fixar o conhecimento de história do Brasil, sem esforço e com prazer.

quinta-feira, março 27, 2008

Assembléia do Piauí contesta resultado do Big Brother

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O companheiro Olavo fez um post a respeito da produtividade da Assembléia Legislativa de São Paulo, mas a correspondente do Piauí mostrou que de fato trabalha. Os deputados estaduais estão revoltados com a vitória de Rafinha (quem?) sobre a piauiense Gyselle Soares (quem também? Na foto).

A casa parlamentar aprovou uma proposta de solicitação do regulamento e critérios de desempate da final do BBB 8 à Rede Globo. O líder do PMDB Warton Santos fez um discurso questionador na Assembléia e pediu explicações. "O Piauí não entendeu qual a razão do desempate ser de apenas um minuto de votação e não dois, cinco ou dez, por exemplo".

A defesa prosseguiu com argumentos pra lá de consistentes, como a acusação de "propaganda subliminar" para desfazer o suposto empate na votação. "Não é possível que em mais de 70 milhões de votos exista empate. A Globo mostrou-se tendenciosa desde as citações da apresentadora Ana Maria Braga como também ao colocar um conjunto de rock todo tatuado para tocar na final, assim como o roqueiro que disputava com Gyselle. Isso é propaganda subliminar", acusou.

Na seqüência de seu valoros trabalho, a Assembléia Legislativa também aprovou, por unanimidade, um voto de louvor para a dita modelo pela sua participação no programa, atendendo a uma proposta do deputado estadual Antônio Uchôa (PTB), que afirmou: "Estamos aqui para defender a Gyselle de todo jeito, quantos sonhos não foram destruídos em uma votação que aparentemente é fútil, mas que é um reality show?". Quem puder explicar a oposição entre futilidade e reality show, nos acuda.

Com informações do Babado.

Primeiro passo para o Manguaça Cidadão

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Em discurso no fórum empresarial entre Brasil e México (foto), em Recife (PE), o presidente Lula deu a deixa para que seja apresentado o programa Manguaça Cidadão, proposta do Futepoca de complemento ao Bolsa Família, para que o trabalhador brasileiro tenha garantida uma cota mensal de bebida alcoólica, ainda que mínima - para, dessa forma, não desviar a verba da comida. E foi exatamente isso o que Lula argumentou: "Nós, além de dar (dinheiro) aos pobres, estamos dando para as mulheres. Porque o homem ainda pode parar no bar e tomar aperitivo com o dinheiro do Bolsa Família. Pode! Se ele tiver vontade, ele pode!", frisou. Ora, presidente, se "ele pode", faça um benefício a parte, desvinculado do Bolsa Famíla! Manguaça Cidadão já!

Ps.1: Lula deu dois motivos para o homem "parar no bar": "Se o Curintia (sic) perdeu, se a seleção perdeu". Considerando o resultado do clássico paulista disputado ontem, ele deve ter tido vontade de "parar no bar"...

Ps.2: Sarcástico, o presidente afirmou que o Brasil tem know-how para salvar bancos, citando o vergonhoso PROER de Fernando Henrique Cardoso: "Se (os EUA) precisarem, podemos mandar esta tecnologia", tripudiou Lula. Taí: esse governo arruma emprego até para o FHC!

Ps.3: Voando no céu de brigadeiro da economia brasileira, Lula não perdeu a chance de provocar o "império": "Eu liguei para ele para falar: Bush, o problema é o seguinte, meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo vocês vêm atrapalhar. Resolve a tua crise!".

Política de saúde tucana é "Noite do Pijama"

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Alguém pode até achar que é perseguição contra o governo de São Paulo, mas, com mil perdões, não posso deixar de reproduzir mais essa pérola da newsletter da gestão estadual:

"Nesta sexta-feira, dia 28, 280 crianças e adolescentes da Casa da Solidariedade I, mantida pelo Fundo de Solidariedade do Estado, participam da Noite do Pijama. Após o jantar, as crianças realizarão diversas atividades culturais. É que elas vão passar a noite na escola para garantir o jejum da manhã seguinte para a realização de uma série de exames médicos como sangue, peso e altura. A avaliação, que inclui entrevista sobre hábitos alimentares, faz parte do projeto Alimentação para a Saúde, idealizado pela presidente do FUSSESP Monica Serra que, em parceria com o SESI, vai introduzir novo cardápio na merenda escolar da Casa da Solidariedade II com o aproveitamento integral dos alimentos (folhas, talos e cascas, que são ricos em nutrientes)."

Contrasenso - As crianças farão jejum em função do projeto "Alimentação para a Saúde";

Fim de feira - A maravilhosa merenda terá "folhas, talos e cascas", "ricos em nutrientes".

Para quem se recusa a acreditar, segue o serviço:

Noite do Pijama
Dia 28 de março
Horário: 19h00
Local: Casa da Solidariedade I – Rua Guaianazes, 1112 – Campos Elíseos, São Paulo

Clássico mostra deficiências dos Alvinegros

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Pouco antes da segunda partida da final do Brasileiro de 2002, lembro de ter escutado no rádio um repórter dizendo que o treinador do Corinthians, Carlos Alberto Parreira, usaria o jogo aéreo para tentar derrotar o Santos e reverter a vantagem do primeiro jogo. O comentarista desdenhou, lembrando que o Santos tinha na dupla de zaga "as torres gêmeas" Alex e André Luiz.

O que o comentarista esqueceu é que um time não ataca só com dois na área. E os outros defensores do Santos, como Paulo Almeida e o lateral esquerdo Léo, eram baixinhos; Maurinho e Renato também não são atletas altos. Coube ao Santos matar a jogada antes do cruzamento. Qaundo a bola chegou na área, sempre perigosamente, o Timão marcou dois gols.

Ontem, Mano Menezes usou tática similar, abusando das bolas alçadas na área. E elas foram o terror da defesa santista. Willian (1,89), Fabinho (1,86), Diogo Rincon (1,85) e depois Acosta (1,88) são mais altos que qualquer jogador da zaga peixeira, Betão e Domingos têm 1,81. O mais alto jogador santista de linha, Sebástian Pinto, tem 1,85 e marcou Fabinho nas bolas paradas. Não é à toa que foi da cabeça do volante corintiano que surgiu o gol do time da capital. Qaundo Leão colocou Marcelo, a pressão diminuiu. Com a entrada de Fabão, mesmo com um a menos, a pressão foi estéril.

Aí entra a deficiência da equipe de Mano Menezes. O meio campo é pouco criativo e, tirando as jogadas aéreas, nem mesmo os chutes de longe levaram perigo a Fábio Costa. Dentinho jogou isolado e precisa de alguém que encoste pra jogar com ele, um atacante, um meia ou o lateral. Herrera é brigador, sabe se movimentar, mas jogou distante do companheiro de frente.

O Santos tem um ataque móvel, com o inconstante Molina que, quando faz uma jogada interessante, não é daquelas mais comuns. No futebol brasileiro, isso é um diferencial. Mas o time carece de uma saída de bola mais qualificada e é aí que Rodrigo Souto fez falta ontem. Quando pressionado, o Santos isolava a bola e, tirando Kléber e Kléber Pereira, os garotos como Adriano - nervoso e afoito demais - e Wesley não tinham tranqüilidade e rifavam a bola a todo momento, assim como Marcinho Guerreiro e Adoniran (nesses casos, pesava mais a falta de técnica).

Lances polêmicos

De novo, caímos na questão da interpretação no lance do Kléber Pereira. Ele vira e olha bola à direita, mas fica a impressão de que empurra Carlão, que o marca logo atrás. Conforme o ângulo da jogada, o lance parece uma ou outra coisa. Na Globo, o comentarista de arbitragem (que função!) José Roberto Wright defendeu que foi falta, enquanto o ex-jogador Caio achou que não foi. Achei que não foi, mas minha interpretação é enviesada.

Quanto ao "gol anulado", a jogada já tinha sido parada por falta antes do cabeceio, como mostra o replay, tanto que os jogadores do Santos nem se mexem para marcar. Já na expulsão de Betão, poderia até ser justa em função de um segundo amarelo, e não por um vermelho direto, já que não houve agressão propriamente dita. Herrera, no lance, não só "montou" em cima do zagueiro peixeiro como ainda, de forma pouco sutil, colocou o pé entre suas pernas, próximo a "partes sensíveis", quando levanta. Isso ocorreu do lado do bandeira. O corintiano também merecia o vermelho.

Prea dá sorte aos 48

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Quando saíram os dois gols santistas no clássico, a vizinhança gritou impropérios aos corintianos. A recíproca foi verdadeira, embora no singular. Nada fora do normal. Ao fundo, o também tradicional som das arquibancadas do Palestra Itália era ouvido por mim. Quando acabou o jogo na Baixada, três santistas comemoraram na hora. Um, com atraso de segundos.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Em casa, me levantei do sofá para desligar a TV. Claro que tem controle remoto, mas era só uma estratégia não-pensada de retardar a ação. A Bandeirantes vai para o comercial, a Globo para o Parque Antártica. Corte da arquibancada, do goleiro luso, falta a dez metros da grande área rubroverde. A cobrança de Leandro, a bola na trave, Diego Souza joga para a confusão e um pulo de Jorge Preá resolve.

Sem Kléber, suspenso por três jogos pela cotovelada em André Dias do São Paulo, a entrada de Preá no lugar de Alex Mineiro foi uma sorte danada contra a implacável marcação da Lusa que segurou bem o time da casa.

Gol Mãe Dinah aos 47 minutos e 54 segundos. "Eu falei com o Denílson e com o Makelele que se eu entrasse no jogo eu faria um gol", revelou o aprendiz de vidente.

Parênteses: Lembro-me de que, às vésperas da final da Copa de 1994, o atacante Viola declarou à imprensa que tinha sonhado que entrava em campo e marcava o gol do título. Houve quem atribuísse à superstição sua estréia em Mundiais ter ocorrido na prorrogação da final, opção diferente das adotadas por Carlos Alberto Parreira e Jorge Lobo Zagallo. A decisão foi para os pênaltis e a premonição, à cucuia.

Digressões à parte, o importante é que a estrela de Preá funcionou na 17ª rodada no Paulistão. Tá ótimo.

Líder
A liderança isolada alcançada pelo Palmeiras na noite de quarta-feira, com um com o gol, pode durar só um dia. O Guaratinguetá vai a Mirassol enfrentar o time da casa. Não é o caso de secar nem nada, importante é a classificação.

O Palmeiras é o time que apresenta maior evolução dentro da competição. Claro que eu espero que a trajetória continue, mas lamento a ação dos secadores.

Na sequência de ascensão, vem o Santos, com a quinta vitória seguida, agora por 2 a 1 contra o Corinthians – o que não vence clássicos. Agora, o Timão precisa torcer para que o Tricolor não vença para permanecer entre os quatro primeiros nesta rodada (o alvinegro tem saldo de gols maior). Só nesta rodada. As polêmicas da partida da Vila ficam para outro texto.

Cidadão Kane: fakes & remakes

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Segue mais uma colaboração do convidado do Futepoca, Marcelo Peron, aquele que não quer mais dar moleza ao perueiro.

Peron escreveu agora sobre outra paixão, o cinema e a mídia.

Aí vai:

Cidadão Kane: fakes & remakes

Uma das questões mais interessantes sugeridas pela sociologia da arte pode ser formulada do seguinte modo: quem pode sonhar sonhos novos? A resposta parece emergir do universo paralelo que é Minas Gerais, à moda Beto Guedes, talvez: "recusar o poder". O esoterismo mineiro, contudo, anda a par com o pragmatismo dos tropeiros: ora, e quem acalenta sonhos velhos? Muitos e inúmeros, mas para nós da terrinha é delicioso observar como editores de semanários, gestores de portais e afins aninham sonhos que só são seus, na medida em que reproduzem os cacuetes de Charles Foster Kane, no antológico Cidadão Kane, de Orson Wells. Bem lida, contudo, a fábula que perpassa o filme não trata do domínio da realidade, mas de sua instituição. Portanto, notícia e ficção, verdade e mentira, análise e estratégia, matéria e propaganda são, a rigor, uma única e mesma coisa, fundidas que estão por uma ânsia de poder total. Esse sonho, obviamente, só pode ser sonhado em uma época como a do capital monopólico, concentrado, em que as escalas são imensas e descomunais, desproporcionais, a rigor, ao pequenino do homem. Mais ainda: em um momento em que a produto dileto do capitalismo é a própria produção da realidade, a partir da estetização do real – razão pela qual a indústria do entretenimento e a mídia são as jóias da coroa, na empresa capitalista contemporânea. Como se combate em um era de poderes totais? Foucault, Deleuze, Walter Benjamin indicaram um caminho promissor: a pequena luta, a guerrilha, inclusive no campo simbólico e artístico. O cinema acrescentou a essa tese um personagem exemplar: Carlitos. Para vencer é preciso aceitar a condição insólita do marginal e do palhaço, opor-se ao imenso nessa pequenas escala, que é a do corpo humano. É provável que assim a vitória seja total. Em tempo: o personagem pândego de Chaplin, que aceita ser patético, excêntrico e extemporâneo, é um espelho que reflete não o seu próprio ridículo, mas a natureza patética de toda vitória que se baseia na desproporção. E não é sempre esse o caso quando intervém o capital como poder concentrado? Como máquina midiática?



Outras dicas de links do Peron:
Lux: censura a PHAmorim atenta contra a democracia
PHAmorim pergunta: foi o Citi que me demitiu?
Rovai: Um editorial “tucano” de Caio Túlio no IG
O medo de amar e o medo de ser livre (Beto Guedes)

Tipos de cerveja 1 - A alemã Altbier

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Logo na página principal, o site português CdM (Cervejas do Mundo) pergunta de sola: "Você sabe o que é uma Lambic? E uma Gueuze? Já terá experimentado uma Barley Wine ou uma Smoked?". Pois é, tem muita gente que se considera expert em cerveja, mas esse ainda é um universo muito vasto a ser - deliciosamente - explorado. São várias as classificações possíveis para essa bebida tão apreciada: pelo tipo de fermentação (as Ale e as Lager, com inúmeros subgrupos), pela cor (clara, castanha ou escura), teor alcoólico (baixo, médio, alto) ou pelo teor do extrato primitivo (fracas, normais, extras ou fortes).

Com esse post, passamos a difundir a classificação feita pelo parceiro Bruno Aquino, do CdM. Para iniciar, veremos as cervejas do tipo Ale (de alta fermentação). Elas são feitas pelo processo mais antigo e eram as únicas disponíveis até meados do século 19, quando foi descoberta a baixa fermentação. Uma das cervejas do tipo Ale é a Altbier, de cor castanha, uma especialidade de Düsseldorf, Alemanha. Em língua germânica, "alt" significa literalmente "velho", em alusão à capacidade que essa cerveja tem para envelhecer além do tempo habitual. O paladar das Altbier, segundo o amigo Bruno, "é balanceado e delicado, com boa presença de frutas, equilíbrio entre malte e lúpulo e presença mediana de gás".

Já a Sticke é uma versão mais forte das Altbier, com mais malte e lúpulo. Para experimentar: Schlösser Alt (foto), Uerige Doppel Sticke e Widmer Brothers Winternacht. Essas e outras (milhares) de informações você encontra no www.cervejasdomundo.com

quarta-feira, março 26, 2008

Fred, do Lyon, com os dois pés no Santos

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Fred, atacante do Lyon, já estaria acertado com o Santos. Isso é o que garantiu o irmão de um importante empresário aproximadamente uma hora antes do clássico, hoje à noite na Vila Belmiro. Ele assegurou a algumas pessoas, em frente ao portão 10 do estádio Urbano Caldeira, que o ex-cruzeirense já teria contrato assinado e viria para o time para a segunda fase da Libertadores.

"Mas e o Leão?", questionou alguém recordando o péssimo relacionamento que o técnico peixeiro tem com o empresário. "Isso é uma bobagem", minimizou o irmão. "O Fred fez dois gols na última partida, o Lyon vai liberar?", perguntou um outro. "Pode fazer quantos gols quiser. Está tudo acertado".

Evo Morales vai jogar pela Segundona boliviana

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A notícia é real. O presidente de Bolívia, Evo Morales, está inscrito como jogador da segunda divisão do seu país e faz parte do elenco do Litoral. O "atleta", que tem 48 anos, decidiu jogar profissionalmente como uma forma de fazer campanha a favor da prática do futebol na altitude e contra o veto da Fifa aos estádios como os de La Paz para partidas internacionais.

A equipe do Litoral pertence à polícia nacional e o capitão Juan Carlos Apaza, também diretor do clube, confirma que o presidente-jogador deve estrear contra o Deportivo Zuraca no próximo sábado. Na segunda divisão do futebol boliviano podem atuar apenas atletas com até 26 anos de idade, abrindo-se exceção para dois jogadores por equipe.

O técnico do Litoral Elmer Pardo disse ao diário La Prensa que "é uma honra" queMorales tenha concordado em jogar pela equipe e tem a esperança de que o presidente em "algum momento se apresente" aos treinos "a fim de avaliar especialmente a parte física". "Creio que está em boa forma porque joga sempre", disse Pardo ao elogiar o rendimento físico do político.

Pra quem nunca viu o boliviano jogando, é só conferir o vídeo acima do amistoso entre um combinado de seu país contra um time comandado por Maradona. O prélio foi disputado no último dia 17, a 3.577 metros de altitude, e o astro argentino declarou à imprensa local: "Com 47 anos demonstrei que se pode jogar aqui. Nem a FIFA, muito menos Blatter podem proibir que alguém jogue onde nasceu."

Pé redondo na cozinha - Carne com pinga de milho

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Por Marcos Xinef

Nicarágua, interior do país, fronteira com Honduras, 1982. Fazenda de café e base do exército sandinista. Acordávamos às cinco da manhã, vestíamos o uniforme e recebíamos nossa primeira refeição: café, tortilla (panqueca de milho), arroz e feijão. Observação: tudo frio. Pegávamos nosso canastro (cesto), o cantil repleto de chicha de maíz (pinga de milho) e íamos para as montanhas. Colhíamos café até o meio-dia e recebíamos nosso delicioso almoço: café, tortilla, arroz e feijão. Observação 2: tudo frio. Almoçávamos ao belíssimo som de metralhadoras .50 e morteiros. Voltávamos ao trabalho até as 17 horas e, quando a temperatura já estava por volta de 1ºC, tomávamos banho em um lindo rio, com sensação térmica de -5ºC. Depois, recebíamos nosso prêmio, o jantar. Adivinhem: café, tortilla, arroz e feijão. Observação 3: tudo frio. Isso se repetiu, invariavelmente, por três meses.

No último dia, festa de despedida. Mataram um boi e foi então que me deparei com minha primeira experiência gastronômica internacional. “-Quem vai cozinhar o bicho?”, alguém intimou. “-Eu!”, me apresentei, orgulhoso. O animal estava inteiro. Piquei em pedaços disformes e coloquei em um tacho enorme para ferver com água e sal, e fui jogando tudo o que encontrava na frente - batata, cenoura, cebola, alho, etc. E é claro, o grand finale: peguei vários cantis com chicha de maíz e joguei no caldeirão para dar o toque especial. Não sei se isso influiu no ânimo dos comensais, mas fui aplaudido e ovacionado. Vamos à receita:

COZIDÃO À NICARÁGUA

Ingredientes:
Um monte de pedaços de qualquer tipo de carne e de qualquer tamanho
Várias rodelas de tudo quanto é legume que esteja ao alcance
Alho e cebola a dar com pau
Muita água
Muita cachaça de milho
Sal (a gosto)

Modo de preparo:
Jogue tudo em um tacho enorme e cozinhe. Se quiser beber pinga de milho enquanto espera, é recomendável. Quando a fome for insuportável, sirva.


Boa sorte. Ou então, se vire com café, tortilla, arroz e feijão frios, três vezes ao dia, por três meses...

Nicarágua, 1982, exército sandinista: Marcos Xinef (à esquerda) e os camaradas brasileiros Ronald (centro) e Reinaldo, com os canastros e cantis de chicha de maíz (Foto: arquivo pessoal)



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

O dia em que Zidane perdeu um pênalti contra Suplicy

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A história é contada pela eminência ruiva do blogue Brunna Rosa e vem de fonte segura, presente na inauguração de uma quadra poliesportiva na favela de Heliópolis, em São Paulo. O evento realizado no dia 16 de março contou com a presença do ex-craque francês Zinedine Zidane, além de diversas autoridades e personalidades.

Dentre os convidados, estava o senador paulista e petista Eduardo Suplicy. Por um equívoco da organização, acabou não sendo anunciado nem chamado para o lugar reservado às autoridades. Ficou sentado um pouco atrás, misturado à multidão.

Obviamente a situação começou a incomodar o parlamentar. Segundo a pessoa que sentou próxima a ele, resmungava e reclamava discretamente pelo fato de não estar entre os vips. Enquanto isso, os holofotes das televisões e a atenção dos jornalistas estava voltada ao eterno dez da França e às outras personalidades.

Como para um político qualquer, de direita ou de esquerda, bem ou mal intencionado, ser obscurecido equivale à morte, o senador precisava sair daquela situação. Então, surge a iluminação.

Suplicy se aproxima de Zidane e faz a proposta: "Cobra um pênalti que eu pego". Pronto. Criado o fato, desviado o foco. A foto abaixo mostra o senador como goleiro e Zidane errando a penalidade, excepcionalmente cobrada do meio da quadra. Ou não, já que a bola bateu em um fotógrafo e entrou. Ainda deu tempo para o petista soltar uma pérola: "Ele foi um grande jogador, um dos maiores do mundo. Na Copa, xingaram a mãe dele, por isso ele fez aquilo".

Suplicy no gol: o rei do marketing na política

terça-feira, março 25, 2008

Galo 100 anos: uma vez até morrer

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A estrofe do hino representa o maior patrimônio do centenário do Clube Atlético Mineiro, sua torcida. O que nem dados, nem estatísticas nem títulos podem explicar.

Para entender um pouco a paixão, vou recorrer à história de um menino. Em 1976, sua família volta a Minas, da qual antes emigrara na esperança de vida melhor para São Paulo década antes. Saudade da terra, reunião da família, nascimento do primo, muita coisa acontecendo...

No futebol, a primeira lembrança, aos 11 anos. A semifinal do brasileiro entre Galo e Inter. Na TV, em Perdões (MG), passava Fluminense e Corinthians. De vez em quando entravam os gols de Porto Alegre. A criança diz: “toda vez que mostram o jogo de lá, sai gol”. Tio Albertino, com toda a paciência possível em meio ao nervosismo, explica que só passavam porque o gol já tinha saído. Na prática, o descobrimento do replay da forma mais dolorida, 2 a 1, com direito a um dos gols mais bonitos que o menino veria na vida, mesmo contra, a tabelinha de cabeça entre Falcão e Escurinho que sacramentaria a passagem dos gaúchos para a final e o título.

Próxima cena, final de brasileiro, Atlético e São Paulo, 1977, Mineirão. A certeza da vitória do maior time que vira. Campanha invicta, 10 pontos a mais que o segundo colocado, Reinaldo entraria em campo, não tinha como perder. Primeira decepção, Reinaldo, expulso num jogo na primeira rodada, fica de fora. Mesmo assim não tinha como dar errado. Cerezo estava lá. João Leite, Marcelo, Paulo Isidoro etc. Mas deu. Ângelo caído no chão com o joelho quebrado, Chicão pisa em cima. Arnaldo César Coelho não dá nem cartão amarelo. 0 a 0. Pênalties. A decepção para o resto da vida. Mas naquele dia o menino aprendeu, na derrota, que seria atleticano para o resto da vida. “Uma vez até morrer.”

Tão fanático quanto o tio Albertino a quem essa crônica é dedicada. Por ter levado pela primeira vez ao Mineirão, por ter ido a Lavras (MG) apresentar num jogo amistoso a simpatia de Telê Santana para o menino. O que está até hoje registrado numa foto perdida em algum álbum da família. A vida seguiu longe de Minas, mas sempre com o Galo.

Nessa quase memória, rompeu-se uma das poucas coisas que o menino aprendeu na vida de jornalista, não escrever em primeira pessoa, pois não é personagem. Mas desculpem, são 100 anos do Clube Atlético Mineiro. “Uma vez até morrer”. Na pele, a camisa em preto-e-branco vestida até na derrota e para sempre...

Política de saúde tucana é o clima

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Do governador José Serra (PSDB), ex-ministro da SAÚDE (é bom frisar novamente: da SAÚDE), durante inauguração de obra no Km 26 da Via Anchieta nesta terça-feira, 25 de março:

"Eu tô vendo que aqui começou a chover, agora, e me lembrei que esse friozinho é o que salva São Paulo de ter aquelas epidemias de dengue, igual tem no Rio. O mosquito odeia esse friozinho".

Pois é, governador. E quando fizer calor?

Fluminense e Bragantino condenados por virada de mesa

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Uma decisão de primeira instância proferida pelo juiz Wilson Marcelo Kozlowski Junior, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro fez pelo menos "meia-justiça" a um dos capítulos mais vergonhosos da história do futebol tupiniquim. Ele condenou o Fluminense, o Bragantino e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao pagamento de reparação moral no valor de 2% da receita arrecadada no Campeonato Brasileiro de 1996, por conta do não-rebaixamento dos dois clubes à Série B de 1997.

A sentença se refere a uma ação ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e, de acordo com ela, a virada de mesa atenta contra um patrimônio cultural do país: o futebol. "Não há como fugir ao truísmo de se referir ao nosso país como o país do futebol , sendo o único a conseguir ser pentacampeão mundial dentre os profissionais masculinos e a possuir a 'tríplice coroa' , além de contar com o atleta do século - Pelé", diz a sentença, que continua mais à frente. "Desta feita, a violação ao correto desenvolvimento do futebol é uma ofensa direta ao patrimônio cultural brasileiro, verdadeiro patrimônio dos que não possuem patrimônio".

Para comprovar o dano real, o juiz relembra inclusive a festa com champanhe feita por dirigentes do Fluminense após o "rearranjo". Diz a sentença: “Bem se sabe o sentimento de dor, vexame e humilhação que inundou e inunda o coração daquela parcela da população que passou a experimentar as maiores pilhérias e até hoje é lembrado dos dissabores advindos da decisão contrastada, tal qual um filme de terror sem fim em que o clímax ocorre com a cena do estouro da ‘champanhe da virada de mesa’”, relata.

Contudo, Koslowski não declarou nula a manutenção do Bragantino e do Fluminense na primeira divisão de 1997, negando também a declaração de ineficácia dos jogos que tenham participado, como pedia o Ministério Público. "Há, aqui, o surgimento do chamado fato consumado, dado que se passaram bem mais do que dez anos do campeonato fustigado, não havendo razão jurídica ou fática que suportasse a insegurança trazida com o desfazimento dos atos derivados do campeonato de 1996".

A íntegra da decisão pode ser lida aqui. À decisão, cabe recurso.

Pato planeja casamento

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Deu no Globoesporte.com. O milanista Alexandre Pato (18 anos) e a atriz Sthefany Brito (20) planejam casar-se ainda em 2008. "A gente ainda não sabe, vamos ver. Estamos querendo casar até o fim do ano, mas ainda não está marcado", disse o jogador.

Eles namoram desde o final de 2007. Os pimpolhos se conheceram por intermédio do irmão dela, Kayke. Começaram a conversar pela internet e logo começaram a namorar.

Eu sei que a notícia é desimportante, mas eu fiquei tão surpresa que quis compartilhar. Deixo as observações maldosas para a caixa de comentários.

Treinador de time inglês envolvido em escândalo sexual

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E a moda dos escândalos sexuais não pára. Depois do caso envolvendo o ex-governador de Nova Iorque, agora é a vez da primeira divisão inglesa de futebol ter o seu fait diver. O treinador do Derby County, Paul Jewell, teve um vídeo divulgado pelo tablóide sensacionalista News of the World em que aparece tendo relações sexuais com uma amante.

O treinador já recebeu da imprensa britânica o apelido de "Paris Hilton", famosa também por ter seus encontros íntimos repercutidos na internet. No entanto, ao contrário do que aconteceu nos EUA, o comandante da equipe não renunciou e conta com total apoio do presidente da agremiação, Adam Pearson, que assegurou a continuidade de Jewell frente à equipe.

"Isso não afeta nossa relação com ele em nada. A história é antiga, de seis anos atrás. É assunto particular dele, que ele resolverá com sua família", disse o dirigente Adam Pearson, ressaltando que as filmagens teriam sido feitas quando Jewell ainda orientava o Wigan, time que deixou no final da temporada 2006/07.

Independentemente do caso, o time dirigido por Jewell é o lanterna do campeonato inglês, com uma vitória, sete empates e fabulosas 23 derrotas. Maldosamente, o texto do jornal britânico afirma que o treinador "faturou" mais vezes durante o vídeo do que o Derby durante toda a temporada.

segunda-feira, março 24, 2008

Assembléia paulista é improdutiva, diz Voto Consciente

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O Movimento Voto Consciente divulgou um levantamento interessante sobre a Assembléia Legislativa do estado de São Paulo. Num resumo grosseiro: a pesquisa verificou que os deputados lá presentes não primam pela eficácia, perdem tempo com medidas inúteis e não participam de atividades na qual a presença seria, em tese, imprescindível.

Um dos primeiros dados trazidos pela pesquisa diz respeito ao número de comissões. Estas, como se sabe, são os locais onde os deputados passam grande parte da sua rotina de trabalho. São divididas de acordo com temáticas variadas - finanças, saúde, habitação, etc. - e sediam reuniões dos parlamentares para discussões de projetos sobre essas temáticas. A Assembléia Legislativa tem 22 comissões, contra 20 da Câmara dos Deputados. Diferença pequena? Não se olharmos em termos proporcionais. Enquanto em Brasília estão 513 deputados, na AL são apenas 94 parlamentares. Duas comissões a mais para um número quase seis vezes menor de deputados.

Claro que essa "abundância" de comissões resulta em um desprezo por algumas delas. A de Administração Pública teve apenas três reuniões no período avaliado (março de 2007 a março de 2008), e a de Assuntos Municipais, apenas duas.

A pesquisa também identificou quais os deputados mais presentes às sessões ordinárias e aos encontros das comissões. A lista é heterogênea, não dando destaque a nenhum partido em especial. Entre os que estiveram presentes em todas as sessões das comissões que integram, estão o petista Adriano Diogo, o tucano Fernando Capez e o pedetista Aloisio Vieira, entre outros.

Nos destaques negativos, também se vê essa variância. Sete deputados não estiveram em no mínimo 30% das votações nominais da Casa; entre eles, o petista Vanderlei Siraque e o democrata João Mellão Neto.

Vale a pena ler o texto na íntegra. Eu sempre tive uma impressão curiosa sobre a Assembléia. É impressionante como a Casa, no mínimo, não produz notícias; ouve-se falar muito mais da Câmara de Vereadores da capital do que da Assembléia Paulista.

(E só pra não passar em branco, cabe uma crítica ao ótimo levantamento da Voto Consciente: uma pesquisa tão boa merecia um texto mais elaborado, hein? Esse que tá no link que deixei acima é dos mais sofríveis, com erros de digitação, concordância e um estilo bem fraquinho. A causa é nobre, o pessoal podia dar uma caprichada.)

100 anos do Galo, o time dos sonhos

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Para quem não agüenta, este é o penúltimo "post" sobre o centenário do Galo. Amanhã, 25 de março, data do aniversário, termina a série.

Vale dizer que a torcida está em vigília desde as 18h desta segunda-feira e promete bonita festa madrugada adentro. Alías, o último texto será exatamente sobre essa torcida, o maior patrimônio do clube.

Mas, antes, vai o time que gostaria de ter visto jogar um dia, a seleção do Galo, meu time dos sonhos, com alguns comentários. Observação, será um 4-2-4, como no tempo em que comecei a gostar de futebol.

O critério é pessoal, são apenas os jogadores que vi entrar em campo.

Goleiro:
João Leite
Recordista de atuações com a camisa do Galo, chegou a ser convocado para a seleção brasileira. Tinha muito sangue frio, presença no gol e sabia defender pênalties. Lembro de sua estréia, no campeonato brasileiro de 1977, quando o Galo dispensou o argentino Ortiz depois da final do mineiro de 1976. Participou do time do Galo vice-campeão brasileiro em 1977, defendeu dois pênalties na final contra o São Paulo. Poderia escalar o Taffarel, mas ele jogou pouco tempo no Galo.

Lateral direito:
Getúlio
Posição que tive mais dificuldades, porque o melhor mesmo que vi foi Nelinho, que terminou a carreira no Galo, mas foi excluído por ser cruzeirense. Getúlio era um lateral voluntarioso, que marcava gols e chegou a ser convocado pela seleção. Foi campeão brasileiro, ironicamente, pelo São Paulo contra o Atlético (em 1977) e Fluminense (1986). Começou no Galo aos 14 anos, em 1968.

Zagueiros
Luizinho
Foi contratado junto ao Villa Nova em 1978 e participou de toda a campanha do hexacampeonato mineiro. Sempre foi reconhecido por sua classe na hora de sair jogando e pela eficiência para desarmar o adversário sem fazer faltas. Foi titular da seleção brasileira de 1982, a melhor que vi jogar. No Galo, conquistou conquistou dez títulos estaduais.

Cláudio Caçapa
Zagueiro vigoroso, com boa recuperação e capacidade de dar arrancadas e sair para o ataque. Veio dos juniores do Galo e foi vice-campeão brasileiro no time de 1999. Chegou à seleção, disputou poucas partidas, até se transferir e ficar por anos no Lyon. Está atualmente no futebol inglês. Poderia escalar também o Cléber (Clebão) formado no Galo, mas que ficou mais famoso por sua passagem pelo Palmeiras.

Lateral esquerdo
Dedê
Foi lançado por Leão em sua primeira passagem pelo Galo, conquistando o título da Conmebol. Transferiu-se muito novo para a Alemanha, onde joga há quase dez anos no Borrussia Dortmund.

Meio campo
Gilberto Silva
Único jogador do Atlético campeão mundial como titular da Seleção Brasileira, Gilberto Silva chegou ao clube em janeiro de 2000. O volante conquistou o estadual de 2000 e ajudou o Galo a chegar as semifinais do Brasileirão de 2001. Após a conquista do pentacampeonato em 2002, foi vendido para o Arsenal, da Inglaterra.

Toninho Cerezo
Menino pobre, filho do palhaço Moleza, Cerezo chegou ao Atlético após de destacar no Ferroviário, time amador de Belo Horizonte. Em 1974 fez a sua estréia no time profissional e logo se firmou como uma das principais estrelas do clube com o seu forte poder de marcação, agilidade, velocidade e grande capacidade para armar as jogadas. Nas entrevistas coletivas, sempre se referiu ao Atlético como o 'Glorioso'. Foi o jogador do Atlético que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira, 50 jogos, e participou das Copas de 78 e 82. Participou de todas as conquistas do hexacampeonato regional do clube de 1978 a 1983.

Atacantes
Marques
Como é time dos sonhos, vou jogar com quatro atacantes, com Marques de ponta-direita, embora ele atue mais pela esquerda, mas ali é do Éder. Marques chegou ao Galo em 1997. Sua primeira passagem durou cinco anos e meio. Virou ídolo da torcida. Conquistou quatro títulos: Copa Centenário e Copa Conmebol (1997) e o bicampeonato mineiro (1999/2000). Voltou ao Galo em 2005, mas amargou o rebaixamento do time à segundona do Brasileiro. Em 2008, foi carregado em volta triunfal pela torcida. É o 9º maior artilheiro do clube com 126 gols e um dos maiores ídolos da história recente atleticana.

Reinaldo, o Rei (foto: arquivo Estado de Minas)
“Rei Rei Rei, Reinaldo é o nosso Rei”. O grito contagiava o Mineirão no período em que me tornei atleticano, no final da década de 1970. Maior artilheiro da história do Galo, com 255 gols, Reinaldo chegou ao clube em 1973, vindo de Ponte Nova, interior do Estado. No seu primeiro treino no time profissional, enfiou uma bola entre as pernas de um zagueiro e teve de sair para não apanhar.

Subiu para o profissional com 16 anos, quando já havia marcado 53 vezes nas categorias de base. Com seu talento, técnica insuperável, habilidade e capacidade para executar dribles em espaços mínimos, tornou-se o maior goleador da história do Mineirão, com 153 gols marcados.

Tem também a melhor média de gols em uma edição de Campeonato Brasileiro, em 1977, com 28 gols em 19 jogos, média de 1,47. Foi o artilheiro do Atlético na campanha do hexacampeonato mineiro (1978 a 1983), com 46 tentos. Encerrou a carreira precocemente aos 27 anos vítima da violência dos adversários e dos joelhos que já haviam sido operados diversas vezes.

Dario
Sem grande técnica, Dada Maravilha soube inventar-se. É o jogador que fez o gol mais importante da história, no campeonato brasileiro de 1971.

Depois de uma infância e adolescência de sofrimentos ao ver a sua própria mãe se suicidar e de fugir da polícia após furtos, o jogador chegou ao Galo em 1968, comprado por 100 mil cruzeiros junto ao Campo Grande, do Rio de Janeiro. Depois de ser vaiado pela torcida em várias oportunidades, em 1969, Dario começou a dar a volta por cima com a chegada do técnico Yustrich que teve paciência para tornar aquele camisa 9 desengonçado, que fazia a torcida rir com a sua falta de habilidade e arrancadas desajeitadas, em um dos principais atacantes do Brasil.

Em 1969, foi o artilheiro do Campeonato Mineiro e brilhou nas vitórias alvinegras sobre a Seleção Brasileira e da União Soviética. Além de fazer gols de todas as formas imagináveis, o atacante também tinha como principais características a sua dedicação, velocidade e impulsão. Dario se define com a célebre frase: 'Só três coisas param no ar: o helicóptero, o beija-flor e Dadá'. É o segundo maior artilheiro da história do Atlético. Em 290 jogos, marcou 211 gols.

Éder
Éder chegou ao Galo em 1980, numa troca por Paulo Isidoro, do Grêmio. Habilidoso com a perna esquerda, com um chute forte e incrível capacidade para colocar a bola onde queria, ganhou o apelido de “Bomba de Vespasiano”. Sempre teve uma identificação muito grande com a torcida e nunca escondeu que seu time do coração é o Atlético. Participou da Copa do Mundo de 1982.

Timão contrata Douglas e Diogo Rincón pode pegar o Santos na quarta

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Após a vitória por 1 a 0 sobre o Rio Claro, que manteve o Timão na zona de classificação para as semifinais do Paulistão, duas boas notícias chegam pra o Corinthians.

A primeira vem do departamento médico, que liberou Diogo Rincón, Alessandro e Finazzi para treinamento. Os três dependem agora de avaliação do preparador físico. Rincón jogou poucas partidas, mas parece ser o único meia com alguma competência no elenco corintiano. A falta que o rapaz faz ao time fica evidenciada em seu substituto direto: Marcel.

Alessandro vinha fazendo um bom campeonato e pode melhorar o toque de bola na lateral-direita. Carlos Alberto corre muito, marca bem, mas é fraco no resto. Sobre Finazzi, bom, sei lá. De repente, engata outra boa seqüência e ajuda a diminuir a falta de pontaria do time.

A outra boa notícia e a contratação do meia Douglas, do São Caetano. O alvinegro estava namorando faz tempo o jogador. A negociação chegou a esfriar por conta de supostas propostas do exterior, mas agora parece que vingou. O Corinthians pagou R$ 3 milhões por 50% dos direitos federativos do jogador, que se torna a contratação mais cara do elenco até agora. Douglas assinará por três anos e chega ao time no dia 7 de abril.

Douglas é um bom meia, indicação de Mano Menezes. Se for mal, vai melhorar o setor só por empurrar Marcel para a reserva. Se Diogo Rincón e Douglas se acertarem e Dentinho continuar trabalhando bem, acho que o futebol de Acosta cresce. E teremos um time principal bem mais interessante. Vão continuar faltando opções, mas é um grande avanço.

domingo, março 23, 2008

No sábado de Aleluia, a quinta vitória

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Poderia durar 20 minutos. Foi o tempo suficiente para o Palmeiras vencer o Galo do Japi por dois a zero. Alex Mineiro fez aos cinco e Valdívia aos 18. O time nem precisou do gol corretamente anulado do zagueiro Gustavo para igualar os 31 pontos do líder Guaratinguetá, mas fica uma atrás do adversário do Santos neste domingo, 23, pela 16a rodada.

Contra a Portuguesa, no Palestra Itália, pode assegurar a classificação. Se não der, tem ainda a contenda contra o São Caetano também em casa. Enquando ela não está matematicamente classificado, só se comemoram as vitórias.

O segundo tempo foi morno e Marcos ainda teve de trabalhar para assegurar o resultado (e o time não saiu atrás no placar). Mas as notícias são boas. Com a partida do Jayme Cintra, os últimos cinco jogos foram todos de vitórias verdes (limão-siciliano, se quiserem). São nove partidas sem derrota.

Uma boa recuperação.

_______________
Corrigido às 0h50 do dia 24/03

Blogues palmeirenses pedem intimação de cartona tricolor

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Blogues de torcedores do Palmeiras publicam uma carta aberta ao tribunal de Justiça Desportiva e à Federação Paulista de Futebol defendendo a intimação de Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo. A "Mídia Palestrina" sustenta que é preciso esclarecer as acusações do superintendente de futebol Tricolor de que haveria uma conspiração contra seu clube no Campeonato Paulista.

Ao comentar a derrota do São Paulo diante do Palmeiras em Ribeirão Preto, no domingo, 16, em entrevista à rádio Bandeirantes, Cunha declarou que seu time é alvo de um "complô" da arbitragem" voltado a prejudicá-lo. Os autores da carta citam a multa de R$ 50 mil aplicada a Vanderlei Luxemburgo, técnico do alvi-verde, por declarações consideradas desrespeitosas ao comando da arbitragem da Federação como justificativa suficiente para que o diretor são paulino seja chamado a esclarecer.

"Tal acusação, gravíssima, coloca sob suspeita o campeonato paulista de 2008, a integridade da Federação Paulista de Futebol e a atuação da comissão de arbitragem do Estado de São Paulo", conclui a carta.

A carta foi formulada pelos blogues Palmeiras Todo Dia, Mondo Palmeiras, Observatório Verde,
Só Palmeiras, Parmerista, Terceira Via Verdao e Planeta Palmeiras. Outras adesões foram realizadas por torcedores que republicaram a carta.

Leia a íntegra:

Carta aberta ao TJD - FPF

Prezados auditores, relatores e procuradores do TJD, presidente e diretores da Federação Paulista de Futebol, e membros da comissão de arbitragem de SP.

Nos últimos anos o Palmeiras foi um dos times com maior número de jogadores/técnicos envolvidos em casos de julgamento na justiça esportiva. Foram casos “denunciados” por imagens de transmissões de TV, pela mídia esportiva e por rivais.

Para citar apenas o caso mais recente, nosso treinador, Vanderlei Luxemburgo, teve de dar explicações por supostamente desrespeitar a chefia da arbitragem paulista. Tais declarações custaram ao técnico uma salgada multa de R$ 50 mil.

Respeitando a punição aplicada a Luxemburgo, pedimos agora ao tribunal e à F.P.F. que se utilizem dos mesmos critérios, e que seja levado a julgamento o superintendente de futebol do São Paulo Futebol Clube, Marco Aurélio Cunha. Afinal, este, ao ver seu time goleado pelo Palmeiras no último domingo, deu declarações tão ou mais polêmicas que as de Luxemburgo.

Dentre outras coisas, Cunha declarou que seu time é alvo de um “complô” da arbitragem para prejudicar o São Paulo Futebol Clube. O dirigente são-paulino ainda desmereceu o campeonato paulista, afirmando que o seu clube tem objetivos maiores na temporada.

Sendo assim, nós, Palmeirenses que compomos a Mídia Palestrina, pedimos que o tribunal seja imparcial e julgue também o sr. Marco Aurélio Cunha.

Se o nosso treinador foi multado por ter dado declarações contextualmente semelhantes, é de se esperar que, no mínimo, as declarações de Cunha sejam examinadas pelo pessoal competente do tribunal, e que ele seja chamado a apresentar provas do suposto “complô”. Tal acusação, gravíssima, coloca sob suspeita o campeonato paulista de 2008, a integridade da Federação Paulista de Futebol e a atuação da comissão de arbitragem do Estado de São Paulo.

Esperamos sua resposta frente à opinião pública e perante todas as torcidas, palmeirenses inclusos, o mais rápido possível.

Atenciosamente,

Palmeiras Todo Dia - www.palmeirastododia.com
Mondo Palmeiras - www.mondopalmeiras.net
Observatório Verde - www.observatorioverde.net
Só Palmeiras - www.sopalmeiras.com
Parmerista - www.parmerista.com.br
Terceira Via Verdao - http://terceiraviaverdao.blogspot.com
Planeta Palmeiras - http://planetapalmeiras.blogspot.com

quinta-feira, março 20, 2008

100 anos do Galo: o primeiro campeão brasileiro

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A maior conquista nacional do Atlético aconteceu em 19 de dezembro de 1971. Nesse dia foi conquistado o primeiro Campeonato Brasileiro, com vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, no Maracanã, gol de Dario aos 16 minutos da etapa final.

No banco, mestre Telê Santana (foto, crédito Central de Mídia), começando carreira, em sua primeira vitória nacional, bem antes de ganhar a fama de pé-frio, depois desmentida.

Na campanha, 12 vitórias, dez empates e cinco derrotas, com 39 gols marcados e 22 sofridos. Interessante é que no jogo decisivo no Maracanã houve a invasão de cerca de 20 mil atleticanos ao estádio.

Outra curiosidade: o Galo ganhou o título simbólico de “campeão da disciplina”, já que não teve nenhum jogador advertido com cartão amarelo ou vermelho durante toda a disputa.

FICHA TÉCNICA DA FINAL
BOTAFOGO 0 X 1 ATLÉTICO

Motivo: decisão do Campeonato Brasileiro
Data: 19/12/1971
Local: Estádio Maracanã - Rio de Janeiro
Gol: Dario
Árbitro: Armando Marques
Público: 46.458 pagantes
Renda: CR$ 294.420,00
Atlético
Renato; Humberto, Grapete, Vantuir e Oldair; Vanderlei, Humberto Ramos e Ronaldo; Lola (Spencer), Dario e Tião. Técnico: Telê Santana.
Botafogo
Wendell; Mura, Djalma Dias, Queirós e Valtencir; Carlos Roberto, Marco Aurélio (Didinho) e Careca (Tuca); Zequinha, Jairzinho e Nei Oliveira. Técnico: Paraguaio

Fonte: site oficial do Galo, www.atletico.com.br

No Sábado de Aleluia...

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Em protesto contra a privatização da CESP (Companhia Energética de São Paulo), o Sindicato dos Eletricitários, junto com outras entidades sindicais, fará neste sábado (22/03), ao meio-dia, a malhação de um boneco do governador José Serra (PSDB) na Praça da Sé, Centro de São Paulo. O ato pretende, segundo a entidade, "demonstrar o descontentamento com a atual gestão e o desacordo dos sindicalistas com a venda de mais uma estatal". A CESP irá a leilão na Bovespa no próximo dia 26.

“Antes mesmo da venda da empresa, todos já sentem a defasagem do serviço de energia elétrica. Acontecerá o mesmo que na Eletropaulo, ou seja, demissão em massa de funcionários e precariedade dos serviços prestados à população”, diz Antonio Carlos dos Reis, o "Salim", presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Federaluz (Federação dos Empregados nas Empresas de Geração, Transmissão e Distribuição de Eletricidade no Estado de São Paulo). E aí, alguém se habilita a malhar o "Judas"?

Corinthians ganha do Fortaleza e reservas mostram sua (falta de) qualidade

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O Corinthians ganhou de virada do Fortaleza, ontem, na capital cearense. Bom resultado, contra um rival da Série B.

O time jogou desfalcado, com 15 dos 31 jogadores do elenco machucados. Isso foi determinante para o mau primeiro tempo alvinegro. Mano Menezes surpreendeu duas vezes na escalação, uma para o bem, outra para o mal. Positivamente, preferiu escalar o time com dois armadores e dois atacantes, dando mostras de que a retranca desenvolvida até agora é contingencial, não sua intenção final. Por outro lado, escalou Marcel, esse craque, no meio campo, ao lado do garoto Everton Ribeiro. Com eles, o time não conseguia organizar as jogadas e acabou tomando pressão.

No segundo tempo, Mano mudou de idéia e colocou Fábio Ferreira no lugar de Everton e Acosta no lugar de Marcel. A primeira mudança melhorou a marcação e a segunda qualificou o passe só pela saída de Marcel. O time virou e teve boas chances de matar o jogo de volta em contra-ataques, duas desperdiçadas por Carlos Alberto e um por Dentinho.

Acosta deu pistas de que, com ritmo de jogo, será um ganho e tanto de qualidade no ataque do Timão. Interessante, aliás, ver a diferença de qualidade entre alguns jogadores em fundamentos mesmo, como matadas de bola, passes, movimentação, proteção. O time reserva do Corinthians, que incluí Marcel, Herrera, Carlos Alberto (reserva de Alessandro) e mesmo Perdigão (que havia perdido a vaga para Bruno Octávio, antes deste se machucar feio) maltrata a bola em diversos momentos. Quando ela passa por Dentinho, Acosta e André Santos o nível sobe um pouco, o bastante para fazer a diferença.

Enfim, o time titular do Corinthians não é tão ruim, mas o reserva é de doer. Vai precisar contratar mais um pessoal para qualificar esse elenco. A volta de Fábio Ferreira e Acosta é boa notícia e o volante Nilton ter sido relacionado no banco traz certa esperança, porque o rapaz começou bem no ano passado, antes de se machucar. E assim, na falta de Carbone, Luizinho, Cláudio e Balthazar (nostalgia de tempos que não vi), a esperança nos mantém.

quarta-feira, março 19, 2008

100 anos do Galo: por que Campeão do Gelo

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Ontem falei que escreveria hoje sobre o título de 1971 no centenário do Galo. Não vou manter a palavra porque achei material que considero melhor no site http://www.alterosa.com.br/html/centenariogalo_capa/
centenariogalo_capa.shtml.

Se der, depois volto ao primeiro Brasileiro.

“Nós somos campeões do gelo, nosso time é imortal.” A parte da letra do hino que permanece até hoje refere-se a uma excursão que o Atlético fez , em 1950, pela Europa. Foi o primeiro clube brasileiro a viajar para o Velho Continente depois da implantação do profissionalismo no futebol. Na foto 1, do arquivo do Estado de Minas, a estréia com vitória por 4 a 3 sobre o Munique 1860.

Lá, em gramados quase sempre cobertos de neve, o Galo foi proclamado pela imprensa como o “Campeão do Gelo”.

Após 38 horas de viagem e com temperaturas abaixo de zero, no dia 1º de novembro, o Atlético venceu o Munique 1860, por 4 a 3. Ao todo, foram 10 jogos (cinco na Alemanha, dois na Áustria, um na Bélgica, um em Luxemburgo e um na França), com seis vitórias, dois empates e duas derrotas. Na foto 2, a volta a BH, de O Cruzeiro, arquivo Estado de Minas.




Confira a campanha

10 jogos: 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas

24 gols a favor e 18 contra

Artilheiro: Vaguinho e Lucas Miranda; seis gols cada

Jogos do Atlético:
Atlético 4 x 3 Munique 1860
Atlético 4 x 0 Hamburgo
Atlético 1 x 3 Werder Bremem
Atlético 3 x 1 Schalke 04
Atlético 3 x 0 Rapid Viena
Atlético 2 x 0 Sarrebruck
Atlético 2 x 1 Anderlecht
Atlético 3 x 3 Eintracht Brauschweig
Atlético 3 x 3 Seleção de Luxemburgo
Atlético 2 x 1 Stade Français

Jogadores que participaram da campanha:
Goleiros: Kafunga e Mão de Onça
Defesa e meio-campo: Afonso, Oswaldo, Juca, Moreno, Vicente, Zé do Monte, Haroldo, Barbatana, Vicente Perez e Márcio
Atacantes: Lucas, Lauro, Cezinho, Alvinho, Vavá, Nívio, Vaguinho e Murilinho
Técnico: Ricardo Diez

Pé redondo na cozinha - primeira edição

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Por Marcos Xinef


Olá, amigos e visitantes do Futepoca! Sou Marcos Xinef, chef de cozinha, e, como já adiantou meu xará Marcão, vou escrever uma coluna semanal com receitas que incluam, entre seus ingredientes, bebida alcoólica – o que justifica o nome da coluna. Em minha estréia, trago uma receita que aprendi quando visitei Bruges (foto), na Bélgica, em 2000. Trata-se de uma cidade cheia de mosteiros e vielas, cortada por rios, o que lhe rendeu o apelido de "Veneza do Norte". Em um cenário de paz, harmonia e beleza, sua característica principal são as mais de 400 marcas de cervejas, a maior parte fabricadas de forma artesanal, dando vários sabores e aromas a essa bebida tão famosa e consumida no mundo. E esse é o ingrediente que faz a diferença em nossa primeira receita:

MARISCOS NA CERVEJA

Ingredientes:
Meio quilo de mariscos com casca
Quatro tomates maduros
Uma cebola grande
Dois pimentões verdes
Dois dentes de alho
Um copo de 300 ml de cerveja de trigo
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto

Preparo:
Em uma panela, refogue no azeite os temperos picados, por ordem: alho, cebola, pimentões e tomates. Depois, acrescente a cerveja e os mariscos, coloque a pimenta do reino e o sal, a gosto, tampe a panela e ferva em fogo baixo. Quando os mariscos abrirem a casca, está pronto para servir.


Espero que gostem. Grande abraço e até a próxima semana!



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

terça-feira, março 18, 2008

Paulo H Amorim demitido: vitória do PIG?

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Como só o blog do Azenha está publicando, repasso aqui no Futepoca as informações sobre a demissão do Paulo Henrique Amorim do IG, feita nesta terça-feira, por volta das 17h, e sem nenhuma justificativa.

Seguem as informações do Azenha:

O jornalista Paulo Henrique Amorim confirmou por telefone, há alguns minutos, que foi demitido pelo portal IG por fax. De acordo com o jornalista, ele foi informado há uma hora (por volta das 17 horas), de que o portal não mais hospedaria o "Conversa Afiada" imediatamente sumiu do ar.

O jornalista disse que não poderia gravar entrevista por não ter consultado seu advogado.

O jornalista disse que não foi informado do motivo que levou à decisão do IG. Paulo Henrique Amorim, que também é repórter da TV Record, é crítico tanto de José Serra quanto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Paulo Henrique Amorim lidera a votação do prêmio Ibest, promovido pelo próprio IG, na categoria Cidadania, sites de política:


Algumas considerações minhas

À primeira vista, a demissão de PHA parece uma vitória do PIG (Partido da Imprensa Golpista), da qual o diretor do IG Caio Túlio Costa fez parte por muito tempo, na Folha de S.Paulo. E de seus protegidos, José Serra e FHC.

O fato de Reinaldo Azevedo e o pessoal da Veja ter a informação e publicar rapidamente contribui para essa versão.

Mas a questão pode ser mais simples. O IG pertence à Brasil Telecom, cuja proposta de incorporação/fusão com a Telemar vem sendo criticada por PHA. Não seria nada estranho se alguém da diretoria da empresa pediu sua cabeça e Caio Túlio entregou.

Caio Túlio e os controladores das empresas precisam esclarecer esse ponto...

Há quase cem anos

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Peço licença aos futepoquenses para nesta semana que falta para o centenário do Galo fazer um “post” diário sobre meu time. Prometo que isso só se repetirá daqui 100 anos.

Um pouco de história:

O Athlético Mineiro Football Club foi fundado em 25 de março de 1908 por 22 torcedores do primeiro clube de futebol de Belo Horizonte, no coreto do Parque Municipal. O nome foi mudado para o atual, Clube Atlético Mineiro, em 1912.

O primeiro jogo ocorreu um ano depois da fundação. Em 21 de março de 1909, com vitória sobre o Sport Club Futebol por 3 a 0, na casa do adversário. Coube a Aníbal Machado, que mais tarde se tornaria escritor, marcar o primeiro gol com a camisa alvinegra.

O primeiro troféu foi a Taça Bueno Brandão, primeiro torneio de futebol realizado em Minas Gerais. O Galo venceu de forma invicta sem sofrer um gol. No ano seguinte, tornou-se o primeiro campeão oficial do Estado, desbancando o grande rival, o América.

Em 1929, pela primeira vez, foi convocado para a seleção brasileira um jogador fora do eixo Rio-São Paulo. Mário de Castro, reza a lenda, não aceitou a convocação porque não vestiria nenhuma camisa que não fosse a do Galo. Ainda em 29, o clube disputou o primeiro jogo internacional de um time mineiro, vencendo o então Campeão Português Victória de Setúbal por 3 a 1.

Em 1937, a Federação Brasileira de Futebol (FBF) reuniu em um torneio os campeões de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. O Atlético se sagrou Campeão dos Campeões do Brasil, feito que até hoje faz parte da letra do hino do time.

Outro símbolo, o Galo, foi criado nos anos 1940 pelo cartunista Mangabeira.

Em 1950, o Atlético fez uma inédita excursão pela Europa, disputou dez partidas, contra equipes da Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e França. Foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas. A campanha rendeu o título simbólico de ‘Campeão do Gelo’.

Amanhã, a campanha do primeiro campeonato brasileiro...

Fonte das informações: site oficial, www.atletico.com.br

Separados no nascimento?

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O pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama (à direita - opa!), e o piloto da McLaren, Lewis Hamilton.

Alex, o 10

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É só uma homenagem.

Atualmente no Fenerbahçe, o meia Alex é uma raridade no futebol. Joga muito, passa uma barbaridade e resolve. A função de meia clássico e habilidoso é desenvolvida por muito poucos atletas no futebol.

A identificação com o Palmeiras é inevitável. Dos 753 jogos realizados como profissional, o atleta vestiu a camisa verde em 241 ocasiões, 30% a mais do que no Fenerbahçe e o dobro de Coritiba e Cruzeiro. Fez mais gols pelo time turco (um a cada dois jogos) e, progressivamente, foi se transformando em monstro das assistências. Fico pensando se ter Zico como técnico ajuda para o cidadão se aprimorar. Mais estatísticas aqui.

Mas isso não impediu que Alex fosse apelidado de "Soneca" e "cabeção" (esse mais de outros jogadores do que da imprensa). Foi o principal jogador de dois torneiros em especial: a Libertadores de 1999 pelo Verdão e do Brasileiro pelo Cruzeiro em 2003. Claro que havia times bons, o que só valoriza o melhor.

Confira a seleção de vídeos do Youtube.

Alex de placa, chapelando Rogério Ceni. "Alex, sempre aparecendo na hora difícil, camisa 10", diz o locutor José Silvério, cuja narração é sobreposta às imagens da TV Record.


Semi-final contra o River Plate, na Libertadores de 1999. Jogo de volta precisando vencer por 2 a 0. Foi de 3 com um golaço de Alex.


Seleção de gols principalmente pelo Cruzeiro, Palmeiras e Fenerbahçe. Lá pelos 3min15 tem um voleio genial.


Uma versão alternativa está aqui.

Alex completo, um vídeo de 9 minutos com gols e jogadas. Parece Winning Eleven ou alguma das séries do Fifa.

Protesto político via "santos populares" de cemitério

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Acabo de ler "Cidades dos vivos", do arquiteto Renato Cymbalista. Produzido inicialmente como trabalho acadêmico, o livro faz uma interessante análise das origens e transformações dos cemitérios em mais de 30 cidades do interior paulista, entre os séculos 19 e 20. No aspecto histórico, conta que, antes, os sepultamentos ocorriam nas igrejas - assim, os vivos mantinham proximidade com os mortos e não havia lápides para identificar ou diferenciar ricos e pobres. Com as correntes científicas e higienizadoras do século 19 e a proliferação de epidemias, o poder imperial determina a construção de cemitérios, mas não destina dinheiro para isso.

Assim, muitos desses novos espaços "públicos" surgiram a partir de doações da elite branca ou da igreja católica (ainda aliada ao Estado), que determinam a distribuição e segregação dentro dos cemitérios de acordo com a posição social. Lá, ao contrário do interior das igrejas, os ricos passam a ostentar suas diferenças com terrenos privilegiados e túmulos monumentais, enquanto os pobres e párias sociais (moradores de rua, ciganos, prostitutas) são "varridos" para sepulturas na terra ou espaços precários. Porém, uma das respostas da população a essa convivência forçada - e nada favorável - é a mistificação de mortos oriundos das camadas que sofrem mais preconceitos.

Todo cemitério paulista tem, pelo menos, um "santo popular". E, na maioria das vezes, trata-se justamente de um escravo, uma prostituta, uma criança miserável, um líder operário, um soldado, um ladrão que ajudava pobres, um morador de rua ou um preto-velho, figuras que sofreram muito na vida e na morte - por ojeriza e desprezo absolutos da classe dominante. Diz o autor do livro: "As almas veneradas revelam toda uma maneira de se relacionar com as injustiças sociais e dificuldades de ordem pessoal, um modo bastante específico de se fazer política, no qual não valem muito as distinções entre o bem e o mal, entre o sagrado e o profano".

Entre os "santos populares", Cymbalista cita o garimpeiro e contrabandista de ouro Isidoro, que distribuía dinheiro aos pobres e morreu torturado em 1809; Chaguinhas, líder de uma revolta trabalhista em Santos e enforcado em 1821; os escravos Elesbão, de Campinas, e Eduardo, de Araraquara; os irmãos Brito, mortos a mando de um "coronel" em Araraquara, em 1897; o ladrão "Robin Hood" Guaracy Marques Pinto, de Marília; a Cigana Ivana, de Rio Preto, e a prostituta Maria Nunes, de Bauru. O autor encerra observando que "do ponto de vista dos produtos da cultura, acessar o centro a partir daquilo que é produzido na periferia é algo que possui a mesma legitimidade do que fazer o caminho inverso". Leitura interessante.

Interney publica resultado do dia da "Blogagem inédita"

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O blogue de Edney Souza, o Interney, publicou as 168 postagens participantes do Dia da Blogagem Inédita. A proposta foi de concentrar esforços de produção de textos relevantes com apuração precisa e sem referências a veículos da mídia convencional (jornalões, TVs e rádios), mas apenas a outros blogues ou com produção 100% própria.

O Futepoca participou com a reportagem sobre a feijoada solidária e a entrevista com o ídolo corintiano Carbone. Leia aqui.

A relação completa dos posts participantes está no Interney. A iniciativa é bem interessante. Na lista dos 168, há itens de interesse para mais ou menos autores e leitores do Futepoca. É possível saber como descobrir sua cerveja preferida de forma científica, formas de economizar em alianças de casamento, ou quanto custa a aprovação de uma lei. Só pra citar três.

segunda-feira, março 17, 2008

Sábado de festa no parque São Jorge

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Fiquem tranqüilos, não estou comemorando o 2 a 2 com o Juventus. Confesso que não assisti ao jogo, e para mais informações recomendo o parceiro Retrospecto Corintiano.

Na realidade, eu e o Nicolau tivemos nosso dia de Amauri Júnior, e sabadão fomos ao castelo dos mosqueteiros acompanhar a primeira Feijoada Solidária do Timão. O evento foi organizado em apoio à Cooperativa Craques de Sempre, formada por ex-jogadores do Corinthians. Um sucesso: comida excelente e samba nota 10, com cavaco, violão, timbatera e pandeiro.

Como se sabe, muitos ídolos do ludopédio deixam suas carreiras para uma triste decadência, sendo esquecidos por aqueles que tanto os adoraram. Sem condições de construir uma nova vida a partir dos trinta e poucos anos de idade, muitas vezes vão viver o inferno na terra que os manteve como deuses. No caso do Corinthians, um exemplo é Adãozinho, que hoje faz hemodiálise duas vezes por semana e está com a visão prejudicada por causa da diabetes. Agora vai ter o apoio da comunidade corintiana.

A feijuca foi portanto um gol de placa do Corinthians, que contou com a presença de craques como Geraldão (que traumatizou toda uma geração de são-paulinos), João Paulo, Dinei, o inconfundível Biro-Biro (na foto, com Dinei em primeiro plano), o espanta-fila Basílio, o próprio Adãozinho, o herói da década de 50 Carbone (ver entrevista abaixo) e tantos outros.
Quem brilhou entre craques, enquanto o porco fervia aos pedaços na panela, foi a vice-presidente social do clube, Marlene Matheus. Sempre muito simpática, com um largo sorriso no rosto, Marlene prometeu conceder uma entrevista ao Futepoca (aguardem). Os organizadores contabilizaram mais de 500 pessoas no evento, e esperam que no próximo, marcado para 5 de abril, esse número ultrapasse a marca dos mil.

Carbone

Carbone foi uma das figuras mais reverenciadas da feijoada solidária do Corinthians. Um dos protagonistas naquele que talvez tenha sido o maior elenco alvinegro de todos os tempos, juntamente com o Luizinho “Pequeno Polegar”, Gilmar, Balthazar e Cláudio (o time marcou 103 gols em 28 jogos no Paulistão de 51), nesta entrevista exclusiva ele fala de suas recordações e também do futuro do Corinthians. Confira.

Maurício (à direita) e Nicolau entrevistam o lendário Carbone.

Futepoca – Qual a importância de um evento como esta feijoada?
Carbone – É muito importante fazer assim uma reunião mensal, rever os amigos. Uma vez por ano é muito pouco. E para as gerações que estão vindo agora, é importante conhecer a história do clube, os jogadores do passado que fizeram história dentro do Corinthians. E também porque ajuda os craques que estão hoje em má situação, que estão passando dificuldades. É o caso do Adãozinho (ver acima), que vai receber um auxílio.

Futepoca – De todas as suas conquistas, quais são as que ficaram mais marcadas na memória?
Carbone – Teve o campeonato paulista de 1954, do IV Centenário, o Paulista de 1951, em que eu fui artilheiro, e o bi de 1952. Teve também a Copa de Caracas [Pequena Copa do Mundo, que reuniu Roma, Barcelona e a Seleção de Caracas em 1954, da qual o Timão foi campeão invicto], o torneio internacional de Montevidéu. Enfim, tem bastante lembrança, bastante recordação.

Futepoca – O senhor que viveu momentos tão gloriosos do Corinthians, como é que vê esse momento de reconstrução do clube?
Carbone – Bom, agora a gente está sempre com um pé atrás, mas acho que está melhorando. O ano passado foi um sofrimento só, agora parece que o time engrena. Eu fico preocupado porque neste campeonato paulista nós perdemos ou empatamos justamente com aqueles que vamos enfrentar na Série B do Brasileiro, que são o Bragantino (1x1), o Barueri (1x1), o São Caetano (1x3). Então a gente tem que ficar com o pé atrás.

Futepoca – O que o senhor acha da proposta de termos eleições diretas no Corinthians?
Carbone – Acho importante que o associado faça parte das eleições. Porque essa história de ficar ala contra ala, conselheiro contra conselheiro, é um negócio que se perpetua há cinqüenta anos. Quando um entra, o outro é renegado, é deixado pra trás, aí começa a meter o pau na gestão que está atuando. Então tem que acabar com isso aí.

Futepoca – De todas as gerações do Corinthians, qual é a aquela que você mais gosta de se lembrar?
Carbone – Os corintianos mais velhos, o pessoal que ainda freqüenta o clube, dizem que o melhor time que eles viram jogar foi o Corinthians entre 1950 e 1960. Foi o melhor time que teve. Com Gilmar; Homero e Olavo; Idário, Goiano e Julião; Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário. Ou Carbone e qualquer um, como diziam. Então, pode falar, mas não teve em época nenhuma um time igual ao de 50.

(As fotos foram feitas por Gabriel Maretti. Contatos para saídas ou consulta de banco de imagens, entrar em contato pelo e-mail gabriel_maretti@hotmail.com)
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Participante do dia da Blogagem inédita. Para ler mais, clique aqui.

"Vamos ser tri, Santos..."

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O grito que os santistas - inclusive este que vos escreve -, que dá título a esse post, entoado no final da partida entre Santos x São Caetano, ontem, pelo Paulista, tem um quê de fanatismo cego e de otimismo irracional. Ainda mais se pensarmos que essa mesma torcida, no mesmo Bruno José Daniel de Santo André, e também com a participação desde que vos escreve, entoou mantras bem menos animados, como "Ô, ô, ô, queremos jogador" e "Marcelo Teixeira, com esse time você tá de brincadeira", após a derrota contra o Juventus, por 3x1.

Mas olhando sem um viés de torcedor, é fácil perceber que o Santos de hoje é bem superior ao que iniciou 2008. O que não é tarefa das mais difíceis, já que o time do começo do ano tinha qualidade das mais sofríveis.

São basicamente duas as principais mudanças daquele período pra cá: a primeira é a entrada do colombiano Molina no meio-campo. Ele não é um craque, indiscutivelmente; mas tem reais condições de ser o meia-ofensivo que o Santos tanto precisa para as competições desse ano. E a outra razão que levou à melhora do Santos foi a troca do esquema tático. Leão deixou de lado um inútil 3-5-2 e agora coloca o time num 4-4-2 disfarçado de 4-3-3, em que dois de seus atacantes fazem a ponte para o centroavante de ofício, Kléber Pereira.

Na vitória santista de ontem, outro nome digno dos maiores elogios é Fábio Costa. Ele fez uma, senão A, defesa mais difícil que vi em um estádio. Um tiro à queima-roupa, rápido e forte, e uma defesa digna de figurar nos clipes de melhores momentos do futebol nacional.

Ainda falta muito para que esse Santos seja realmente confiável. Ou simplificando - falta muito para que o Santos se classifique entre os quatro do Paulistão, já que terá que fazer milagres para recuperar os pontos tolamente perdidos no início do certame. Mas se a torcida não acreditar, ninguém acredita, e é por isso que eu digo: "vamos ser tri, Santos, vamos ser tri Santos...".

Chef socialista fará coluna de gastronomia no blogue

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Mais uma adesão ao Futepoca: o chef de cozinha internacional Marcos Xinef (foto - crédito de Luciano Vicioni) será o responsável por uma coluna de gastronomia em nosso blogue. A intenção é apresentar, toda semana, uma receita de algum lugar do mundo que tenha, entre os ingredientes, bebida alcoólica. Xinef tem colunas semanais no ABCD Maior no Ar (via Rádio ABC) e no ABCD Maior em Revista (via RedeTV), intitulados "Pé na cozinha". Na adaptação "etílica" para o Futepoca, sua coluna será "Pé redondo na cozinha".

Mas não é só a cachaça na culinária que liga o chef ao blogue. Foi a militância política que o introduziu na gastronomia. Na década de 1980, aos 22 anos e participante da Juventude Socialista do PDT, foi para a Nicarágua colher café, durante o governo sandinista. Lá, Xinef descobriu seu dom. Em seguida, viajou para Cuba, onde teve a oportunidade de cozinhar no tradicional restaurante La Bodeguita Del Medio, onde o escritor Ernest Hemingway tomava seus drinques. Xinef viajou por 56 países e é especialista em 14 cozinhas, entre elas, a mediterrânea, italiana, suíça, belga e francesa.

No Brasil, o chef trabalhou em diversos restaurantes. Foi responsável pela cozinha do renomado Fidel, em São Paulo. E agora, claro, dá um salto em sua carreira, agregando-se ao Futepoca. Aguardemos a estréia.

Russos lançam "vodka feminina"

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O já bastante movimentado mercado de vodkas na Rússia ganhou um novo produto em dezembro e ele já começa a preocupar especialistas na área de saúde. Damskaya é o nome da bebida destinada ao público feminino, produzida pela empresa Deyros. De acordo com o criador, Igor Volodin, em depoimento ao jornal espanhol El Pais, trata-se de uma vodka "mais inofensiva que chocolate", que sepresenta como como "ideal para acompanhar uma salada e depois de uma sessão na academia para manter a linha".

No entanto, os dados sobre alcoolismo na Rússia são alarmantes. Segundo o Instituto Moscovita Serbsky de Psiquiatria Social e Forense, dados oficiais mostram que o país tem 2,5 milhões de alcóolatras, mas a entidade acredita que a cifra real deva superar sete vezes essa marca. Já Yuri Sorokin, psicólogo de un centro de reabilitaçãopara alcoólatras e drogadictos, aproximadamente 60% de seus pacientes que têm problemas com bebida são mulheres.

Mesmo assim, dentro do jogo do "mercado", algo que a Rússia parece ainda ter dificuldades para se adaptar, o fabricante da bebida se defende sofísticamente. "As russas precisam dispor de sua própria bebida. Em Moscou há táxis rosas só para mulheres, cigarros menores, mas não havia vodka. Há mais gente com diabetes do que alcoólatras neste país e mesmo assim proibiram anúncios de chocolate?", questiona Volodin, impávido.

Homens

Segundo pesquisadores, 43% das mortes de homens em idade economicamente ativa na Rússia decorrem do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, incluindo aí extratos de ervas vendidos em farmácias, loção pós-barba e produtos para limpeza, que são de fácil acesso e contêm até 97% de álcool. O que mata, nestes casos, não são os produtos tóxicos, mas sim o alto teor alcoólico dos produtos.
Também por isso, a expectativa média de vida dos homens russos é pra lá de baixa: 59 anos, cinco a menos que o estado brasileiro onde os homens vivem menos, Alagoas (a expectativa de vida do homem brasileiro é de 68,5 anos). A mortalidade dos homens em idade para trabalhar é 3,5 vezes maior do que a do mesmo grupo na Grã-Bretanha.

Palmeiras 4 x 1 São Paulo - polêmica a rodo

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Considerações dispersas sobre o chocolate verde:

Crítico birrento sobre o custo-benefício de Vanderlei Luxemburgo, considero a virada sobre o São Paulo o primeiro "cala boca" de respeito. Pelo menos a minhas reclamações sobre o estilo do cidadão (que guardarei para meus botões).

O que não param são as críticas aos trocadalhos com "chuva" (de gols, de polêmica, de emoção etc.) por aí. Mas que gramadinho safado. Por isso, o trocadalho do título continua infame, mas muda de foco.

Contra a maior parte da crônica, acho que Borges estava impedido no gol anulado de Adriano no primeiro tempo. Se não fosse marcado, porém, seria difícil reclamar. O contrário aconteceu na última partida entre os times, no Brasileiro, mas o favorecido foi o São Paulo.

Kléber tentou se desvenciliar, com exagero, do braço de André Dias sobre seu ombro. Deveria ter sido expulso. Mas não vi a maldade que Rogério Ceni percebeu ao assistir o lance no vestiário durante o intervalo. Assim como o pilhado Bosco, o cidadão vai acabar sendo suspenso depois.

Na comemoração do gol, Adriano tomou a bandeira de escanteio para usar como "cetro" de Rei da Cocada Preta. Quem tirou a bandeira, me parece, foi Calos Alberto. Até onde sei, pela regra, ambos mereciam um cartão amarelo.

Os três pênaltis foram claros. Mas Marco Aurélio Cunha criou, em declaração ao Estado, a cota para pênalti por equipe em clássico. Uma pérola. Muricy deu uma bela canelada em Luxemburgo e Leão ao não-reclamar da arbitragem alegando distância e falta de condições para opinar. Iria parecer desculpa pela derrota, disse ele. E arrematou: "Não faço isso". Faz sim, mas a canelada é divertida.

Adriano teve a chance de matar o jogo depois de dominar a bola num lançamento de classe de Jorge Wagner. Dominou, girou para tirar o zagueiro e chutou sem tanta força, mas ainda a queima roupa. Méritos também para Marcos, que já havia feito uma defesa de mão trocada, como se dizia antigamente, num chute de fora da área que tinha endereço certo.

Palmeiras/Divulgação
Valdívia jogou muito, mais por raça do que por técnica no campo encharcado. Kléber é muito mais importante do que Alex Mineiro para o ataque. Léo Lima tem um papel crucial para o meio do Palmeiras, apesar de ser menos presente em lances decisivos. Denílson comemorou bastante (foto). Foi divertido.

Depois da paralisação no segundo tempo, o São Paulo voltou melhor, e o pênalti do ex-palmeirense Júnior em Valdívia foi providencial para o sucesso verde.

Viva!

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Alterado às 12h

Perigo: britânico morre após beber água demais

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Já fui flagrado comprando água e quero agradecer a preocupação de meus amigos futepoquenses. A inglesa BBC noticiou que um homem morreu na Grã-Bretanha após beber grande quantidade de água, segundo inquérito de um legista, em York, no norte do país. Shaun McNamara, de 35 anos, foi encontrado caído no chão do banheiro de sua casa em setembro do ano passado. Resultados preliminares da autópsia apontaram que ele havia sofrido um ataque cardíaco, mas um exame post-mortem mostrou que McNamara morreu porque seu cérebro inchou devido a uma "intoxicação por água".

A intoxicação por água, ou hiponatremia, ocorre quando a ingestão de uma grande quantidade do líquido em curto período de tempo dilui minerais vitais para o organismo, como o sódio, a níveis baixíssimos. Entre os efeitos da intoxicação estão fortes dores de cabeça, confusões mentais e em casos mais graves, como o do britânico, o inchaço do cérebro, podendo levar à morte. A investigação não apontou a quantidade de água ingerida por McNamara e sugeriu que casos como esse podem estar ligados a problemas psicológicos.

Nunca ouvi falar de nada parecido em relação à cerveja ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica. Preciso tomar cuidado com a água...

domingo, março 16, 2008

Site Cervejas do Mundo é novo parceiro do Futepoca

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Esse post tem a honra e o orgulho de anunciar a nova parceria do Futepoca com o excelente site português Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com). A quantidade de informações compiladas sobre cerveja nesse portal é tão gigantesca e impressionante que vou me abster de resumir o que é possível encontrar lá – praticamente TUDO. "Não há motivos para que a cerveja seja tratada como o é, quase como um simples refrigerante e muito longe da aura quase divina que envolve o vinho. Se bebida de forma moderada, a cerveja é excelente para a saúde e pode acompanhar perfeitamente as mais requintadas receitas gastronómicas", resume Bruno Aquino, responsável pelo site. Se você é um amante da loira gelada, não perca tempo: mergulhe de cabeça no Cervejas do Mundo. Com o tempo, parte de todo esse conhecimento será reproduzida, em uma série de posts, aqui no Futepoca. Abaixo, nosso bate-papo com o Bruno.

FUTEPOCA - Quando, onde e como surgiu o Cervejas do Mundo? Por qual motivo?
Bruno Aquino -
O meu interesse por cervejas começou quase por acaso, numa viagem que fiz há alguns anos com a minha namorada à Bélgica. Lá, pude me aperceber das variedades e subtilezas que uma cerveja pode atingir. Quando regressei a Portugal, um amigo que tinha um site sobre pescas me desafiou a lançar um espaço na internet sobre cervejas. A dificuldade que existia em encontrar um espaço onde pudesse contactar pessoas com o mesmo interesse que eu levou-me a avançar para a criação do Cervejas Do Mundo. Já conheci dezenas de pessoas que partilham esta paixão, sejam elas coleccionadoras, homebrewers (fabricantes caseiros) ou simples apreciadores desta nobre bebida.

FUTEPOCA - Quem faz o site? Como funciona a manutenção, a divisão de responsabilidades?
Bruno -
O site é essencialmente desenvolvido por mim, isto é, sou eu que ponho a matéria no servidor para depois estar disponível online. Mas os temas abordados têm inúmeras proveniências: ou são questões levantadas por visitantes que depois aproveitamos para desenvolver um artigo sobre o assunto, ou são discussões iniciadas no fórum e que, pela relevância, acabam por originar um texto que depois é colocado no site e assim por diante. Para perguntas sobre produção de cerveja, por exemplo, tenho a ajuda de amigos como César, Pedro Sousa, Edson, Fernando, entre muitos outros. Os amigos brasileiros, como o Pedro Pinto, Rogério Alves, Carlos Coutinho e Giovanni Calmon vão-me mantendo actualizado relativamente ao que se passa no mercado brasileiro. Todos partilhamos informações e novidades pois só assim conseguiremos divulgar a cultura cervejeira.

FUTEPOCA - De onde vocês tiram tantas – e tão diversas – informações? A pesquisa é sistemática ou vocês partiram de um material que já tinham em mãos?
Bruno -
A pesquisa é diária. Obviamente, existem assuntos que constituem a coluna vertebral do site e que são essenciais para uma melhor compreensão do que é a própria cerveja. A definição dos estilos, tipos de copos, formas de servir, ingredientes, pareceu-nos de grande importância para iniciar as pessoas menos informadas. Muitos outros assuntos partem de sugestões de visitantes, pesquisas que fazemos nos muitos (e bons) sites sobre cerveja que existem em língua inglesa e também portuguesa, artigos de jornais, livros sobre o tema e ainda factos relacionados com a experiência própria que, apesar de por vezes subjectiva, é ainda uma das melhores fontes de transmissão de conhecimentos.

FUTEPOCA - Quais os objetivos do site, a médio e longo prazo?
Bruno -
O site pretende ser um ponto de encontro de todos aqueles que nutrem interesse pelos diferentes aspectos que envolvam cerveja, disponibilizando informação, organizando eventos, ajudando naquilo que nos for possível por forma a colocarmos a cerveja no lugar que achamos que ela merece. O Cervejas Do Mundo continuará a procurar divulgar as pequenas microcervejarias que produzem cervejas de qualidade, tentando sempre ajudar aqueles que nos procuram para esclarecerem as suas dúvidas, assim como para ouvir as sugestões que nos queiram dar.

E então, o que estão esperando? www.cervejasdomundo.com