Destaques

sábado, junho 04, 2011

Mais cinema e futebol

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Até este domingo, 5, São Paulo recebe o 2° Cinefoot - Festival de Cinema de Futebol. A etapa paulistana não é competitiva, diferentemente do que aconteceu no Rio de Janeiro na última semana. As exibições serão no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu.

Os vencedores, que se tornam pedidas relevantes, foram Copa Vidigal, de Luciano Vidigal, na categoria melhor longa-metragem. Entre os curtas, o caneco foi para o espanhol Porque há coisas que nunca se esquecem.

O primeiro conta a história de um campeonato de futebol de favelas promovido no morro que dá nome à produção. O objetivo da disputa era colocar as comunidades para disputar em um campo que constrói, e não em batalhas entre facções do crime organizado.

Foto: Divulgação
 Copa Vidigal, disputa relevante entre comunidades

O segundo entrou para o livro dos recordes como o filme mais premiado da história, com pra lá de 300 agraciações. Quatro meninos jogam bola em uma arena inigualável: a rua onde moram. Aí, o atacante se empolga e dá uma de Palermo (ou de Baggio) e isola a redonda para a casa da velha má. O drama é se a gorduchina poderá ser resgatada e sobre as revanches maquinadas pela molecada.


Porque hay cosas que nunca se olvidan por laorilla

Além desses, há um que especialmente me interessa, "Primeiro Tempo", de Rogério Zagallo. O documentário conta como foi a despedida da torcida palmeirense do Estádio Palestra Itália, que, demolido, dará lugar à Arena homônima. O documentário é curto mas mostra torcedores e funcionários na hora do "até breve" para a casa alviverde.

Até uma persona non grata no Futepoca, o ex-governador José Serra, concordou que vale a pena: "Bela dica!!!!! Futebol e Cinema é tudo de bom!!! Abraços palestrinos!!!" (cá entre nós, não sei o que achar pior: o excesso de pontos de exclação ou a lembrança de que se trata de um palmeirense...)

Mas tem produções sobre São Paulo, Corinthians e por aí vai. A programação está aqui.

sexta-feira, junho 03, 2011

Neste sábado tem Marcha das Vagabundas em SP

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Depois do Churrascão de Gente Diferenciada, outra mobilização bem humorada, mas muito séria acontece neste sábado, em São Paulo. Trata-se da “Marcha das Vagabundas”, versão brasileira (ainda que não do Herbert Richers) de uma mobilização originada no Canadá chamada Slut Walk ( a tradução é essa mesmo) que visa denunciar a culpabilização das vítimas de estupro.

A manifestação começou, segundo o site oficial, por conta de uma declaração de um policial numa palestra em uma universidae de Toronto que, numa palestra de prevenção contra abusos sexuais, disse que as mulheres não deveriam se vestir como vagabundas (sluts) para não serem vítimas de estupro. As moças então foram para as ruas com roupas das mais variadas e cartazes com dizeres como “Não me diga oq eu devo vestir, diga aos homens para não estuprarem” – que entra para a série “difícil ou fácil?”.

O resumo é esse: as mulheres têm o direito de usar e fazer o que quiserem e não serem estupradas no processo. De novo, difícil ou fácil?

Em matéria da Rede brasil Atual, Solange De-Ré, uma das organizadoras da marcha brasileira, afirma que julgar uma pessoa pela roupa é retrógrado. "Não é a roupa que causa o estupro, por exemplo, é a mente doentia de um homem que sente prazer no medo e humilhação que uma mulher sente nessa hora", diz.

A matéria informa ainda que a Slut Walk já foi realizada em outros países como Argentina, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, Nova Zelândia. Neste sábado haverá novas edições norte-americanas, em Los Angeles e Chicago, além de outra canadense (Edmonton), e também em Estocolmo (Suécia), Amsterdã (Holanda) e Edimburgo (Escócia).

Menção honrosa

Na linha dos manifestos bem humorados, legal esse garoto britânico de 12 anos que decidiu ir à escola usando saia para protestar contra a proibição de uso de bermuda na instituição. O moleque leu o novo regulamento de vestuário da escola e viu que não havia nada proibindo garotos de irem de saia. Juntou uma galera e boralá. Conseguiu que a escola discutisse uma revisão do regulamento, segundo essa matéria do IG. Cheers!

Um 'incômodo' incomoda muita gente

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Outro dia eu tava passando a vista por notícias sobre o São Paulo e li que o Dagoberto tinha sentido um incômodo no joelho esquerdo. Incômodo?!? O que é esse incômodo? Por que não - e simplesmente - dor? Pior é que, em quase todos os portais, a informação sobre o atacante foi veiculada de forma absolutamente idêntica: incômodo. Esse eufemismo tem sido bastante utilizado pela mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...). Há um mês, o flamenguista Felipe estava com um incômodo no ombro. No final de abril, circulava a notícia de que o vascaíno Leandro tinha "sofrido" um incômodo. E muitas, muitas outras notícias com esse mesmo termo aparecem em rápida busca no Gúgou. Virou chavão - e todo mundo macaqueia. Isso me parece preguiça de perguntar. Porque o médico do clube, ou preparador físico, deve chegar para os jornalistas depois do treino e dizer, no seu "dialeto" próprio: "Fulano tá com um incômodo". E ninguém pergunta o que é isso, se é dor, se é fisgada, se está latejando, sei lá. Contentam-se com o incômodo e repassam a (des)informação para o leitor. Quanta bobagem! Comentando o fato com o camarada Glauco, ele lembrou muito apropriadamente do slogan de um velho comercial de absorvente feminino: "Incomodada ficava a sua avó!". É verdade: naquele tempo, os jogadores ficavam só contundidos, mesmo.

Vamos ter que partir para o sacrifício

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Materinha do site Uol afirma que nossa exportação de cachaça caiu 22,5% entre janeiro e abril deste ano, comparado com mesmo período de 2010. O motivo: a famigerada crise nos países ricos, que aqui foi marolinha, e lá é um interminável tsunami. Diz a materinha que, no primeiro quadrimestre deste ano, o Brasil exportou somente 2,39 milhões de litros de cachaça, enquanto em igual intervalo do ano passado foram 3,09 milhões. Ou seja: nós, bravos manguaças, temos um excedente de 1,3 milhão de litros para dar conta! Avante, cachaceiros, digo, companheiros! Brasil, verás que um filho teu não foge à pinga!

Deus e o diabo no bar de sinuca

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Ao assistir à disputa entre filósofos alemães e gregos, na versão do Monty Python, e ao Coríntios contra Apocalipse, da TV Pirata, me lembrei de um post que está na gaveta há um tempão.

Assisti mês passado ao episódio sobre a evolução das espécies da série A Espiritualidade e a Sinuca, dirigida por Lírio Ferreira (de Baile Perfumado, Cartola - Música Para os Olhos e O homem que engarrafava nuvens).

Embora a definição de "documentário" não seja perfeita – pelo menos não em strito sensu – a produção da Somos 1 Só é bem interessante até nas experimentações de misturar depoimentos reais com atuações e muito humor.

Ao que consta, a série foi ao ar na Sesc TV e na TV Cultura, onde assisti ao trem. Há outros episódios sobre outros temas dirigidos por outros diretores. Mas vamos logo ao que vi.

De um lado, eles entrevistam para lá de 20 religiosos de profissões de fé variadas sobre temas diversos, com ênfase para a evolução em oposição à visão criacionista do mundo e do ser humano. O teólogo, filósofo (e salva-repórter que precisa de aspa) Mário Sérgio Cortella é quem costura, com linha-dura, as idas e vindas.

A coisa já vai bem demais porque os depoimentos são intercalados por um hipotético diálogo entre Deus e o diabo, hereticamente irmanados na cachaça. Tudo se passa, como sugere o título, em torno de uma mesa de sinuca. Melhora ainda porque a figura de Deus é desempenhada por ninguém menos do que José Mojica Marins, consagrado como Zé do Caixão. Mário Bortolotto, igualmente divertido, é o diabo.

A conexão com o bar já mereceria a menção no Futepoca. Mas o que o post do Marcão me lembrou foi de um trecho da produção, em que o escritor, jornalista e genial manguaça Xico Sá aparece como repórter de campo em uma partida de futebol.

No gramado estão os evolucionistas do Big Bang contra os criacionistas do Fiat Lux. O treinador dos primeiros é ninguém menos do que Charles Darwin (Joça Reiners Terron).

Em meio a um monte de trocadalhos ("o time está evoluindo bem" e "faltou mais criação no meio"), a peleja ludopédica é o instrumento para tratar das duas visões antagônicas em grande medida.

Como não achei o trecho em questão, fica só o vídeo com o início de A Espiritualidade e a Sinuca - Demografia, de Lírio Ferreira, para sentir o clima.

quinta-feira, junho 02, 2011

Cerro Porteño 3 X 3 Santos - na final, depois de oito anos

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Era assim que Neymar encarava aquilo que muitos jogadores brasileiros que disputam o torneio continental reclamam. Torcida adversária perturbando no hotel, jogando pedras no campo, pressão o tempo todo... Para uns, a mais pura várzea institucionalizada, não punida e, às vezes, louvada. Para outros, como Neymar, motivo de diversão.

E o tal menino feliz correndo atrás da sua bola conseguiu uma falta com menos de dois minutos. A torcida do Cerro Porteño (clube que nunca chegou a uma final de Libertadores mas que tem um vizinho, o Olímpia, que já levou três vezes o título) acreditava que o um a zero santista na ida era insuficiente. Os jogadores também achavam, tanto que comemoraram a sobrevida no fim da partida no Pacaembu, temendo que pudessem ser eliminados já no primeiro duelo.

Mas Zé Eduardo, o artilheiro improvável, praticamente acabou com o jogo ao fazer o gol na falta batida por Elano. O imponderável, que desfila fagueiro tal qual Gisele Bündchen nas competições de mata-mata, ainda deu as caras no grotesco gol contra dos paraguaios. Mesmo assim, a atuação de Barreto não se compara ainda a de Garcés, do Universidad Católica, mãe e pai da classificação dos uruguaios às semifinais

Mesmo diminuindo a vantagem, nova ducha de água fria com o belo gol de Neymar, no fim da primeira etapa. Ali se configuravam três gols de vantagem santista e, provavelmente, o técnico Leonardo Astrada deve ter pensado no intervalo se ia pra cima e arriscava tomar uma goleada histórica ou se ia em busca do milagre. Já a Muricy cabia a missão de fazer seu time melhorar a saída de bola, mas não era fácil por conta do time que estava em campo. Jonathan, válvula de escape da equipe muitas vezes, se contundiu e deu lugar a Pará; do outro lado, o importante Léo não jogou e deu lugar a um assustado Alex Sandro, como lembra o Edu aqui. O menino viu que nem se compara disputar um Sul-americano sub-20 e uma Libertadores. No meio, Danilo errava bastante a Adriano, tecnicamente o de sempre, marcava, fazia faltas desnecessárias, mas não conseguia sair com a bola limpamente.

Astrada optou pelo risco menor e o segundo tempo seguia razoavelmente equilibrado, com os paraguaios se expondo menos e o Alvinegro tocando mais a bola. Se fosse uma luta de boxe, o Santos era o adversário que vencia por larga margem nos pontos e esperava o tempo passar, enquanto o Cerro tentava levar a luta para uma tentativa de nocaute no final. O gol de Lucero aos 15, porém, mudou a cara da partida. E foi didático. No lado direito, Adriano tinha Pará a dois metros, mas, por algum tipo de convulsão mental que faz alguns acreditarem na hora errada que Libertadores é raça, garra, e que se manifesta por meio de petardos enviados pra Lua, ao invés de passar a bola, ele isolou. A bola fica com o Cerro, que vai pro ataque pelo outro lado e consegue sair do coma.


Daí pra frente, os paraguaios jogaram no campo do Santos e alguns meninos sentiram claramente. E recuaram. Elano, que parece ter um problema crônico de condicionamento físico, saiu e deu lugar a Rodrigo Possebom. O time ia mais pra trás e o Cerro quase acreditou no tradicional “si, si puede”, quando aos 36 marcou o terceiro gol.

Era a primeira vez que o time de Muricy tomava três gols em uma partida. Neymar meteu uma bola na trave e teve uma chance cara a cara para definir e peleja, mas os paraguaios depois também carimbaram o travessão. Claro, eram necessários dois gols e o tempo era escasso, mas não se brinca com o imponderável e àquela altura o torcedor peixeiro orava com a cabeça mais quente que a dos zagueiros que tiveram que tirar um sem número de bolas alçadas na área, especialidade da equipe guarani.

No fim, com mais um duelo decidido com uma vitória e um empate no mata-mata, a classificação para a quarta final do time do Santos na competição. Nas finais, contra Vélez ou Peñarol, será preciso mais sangue frio, mas também mais técnica e treino para sair de marcação por pressão. Assim como Cerro de ontem, forjado nas batalhas anteriores, não era o mesmo da primeira fase, o Santos deve chegar à final mais maduro. E contando que o garoto lá na frente continue se divertindo.


O futebol filosófico e bíblico

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Alemanha x Grécia:



Coríntios x Apocalipse:

quarta-feira, junho 01, 2011

Governo tem que priorizar a segurança etílica

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terça-feira, maio 31, 2011

A diferença do futebol italiano, inglês e espanhol

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Entrevistado ontem pelo programa Arena SporTV, o ex-santista Robinho, atualmente no Milan, definiu assim a diferença entre o estilo de jogo dos três países onde atuou, na Europa:

- Gosto do futebol na Itália porque tem muito toque de bola, muita tabelinha, o jogo é corrido. Já na Inglaterra era só chuveiro na área, muito contato, não era meu estilo. Mas o melhor é na Espanha, onde todas as equipes atacam muito, até as pequenas. Na Itália, só os grandes clubes vão pro ataque, os pequenos se fecham muito.

Projeto Cidade Suja

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Tenho ouvido muitas pessoas reclamarem da limpeza urbana da cidade de São Paulo. Gente da Zona Leste, Centro, Zona Sul, enfim, de todo canto, tem observado o acúmulo de sujeira pelas ruas e espaços públicos. Agora há pouco, no curto trajeto que percorro entre a casa e o trabalho, umas oito ou nove quadras, resolvi fotografar o desleixo em vias como a rua Teodoro Sampaio e avenidas Henrique Schaumann e Brasil (as imagens ilustram o post). Faço esse caminho há quase um mês e posso assegurar que o lixo permaneceu intacto todo esse período. E olha que esse bairro da Zona Oeste, Pinheiros, é considerado um dos mais "nobres" da cidade. Por aí, dá pra imaginar como está a situação na periferia.

Numa rápida olhada pela internet, descobri que, há um ano, a Prefeitura já admitia que o serviço de limpeza, terceirizado, é falho e que tinha dificuldades para fiscalizá-lo. Na época, o secretário municipal de Serviços, Alexandre de Moraes, dizia que, quando problemas eram detectados, as empresas contratadas procuravam se eximir, empurrando a responsabilidade umas para as outras. O nó da questão, na verdade, parecia ser financeiro: em agosto de 2009, depois de anunciar um corte de 20% no Orçamento da varrição, o prefeito Gilberto Kassab (DEM ou PSD, sei lá) voltou atrás, mas com a condição de que os contratos com as empresas não seriam reajustados.

A ideia era reduzir em até 9% os gastos com varrição, que em 2009 foram de R$ 348 milhões. O resultado está aí, nas ruas. Agora, neste mês, a Prefeitura anuncia mais um plano mirabolante para tentar resolver um serviço tão básico para a população. Segundo a Rádio CBN, Kassab "planeja mudar todo o modelo de contrato e fiscalização da limpeza urbana na cidade de São Paulo". Para isso, mandou contratar uma empresa de consultoria, por R$ 37 milhões, que terá três anos para "elaborar o projeto" (até lá, salve-se - da sujeira - quem puder!). Em resumo: Kassab fez uma economia porca de mais ou menos R$ 30 milhões e agora gasta R$ 37 milhões com uma consultoria, para resolver a bagunça que criou. E o lixo está aí, do mesmo jeito.

O comentarista da rádio observou: "É incrível como se planeja, como se contrata consultorias, como se contrata empresas para pensar o que vai acontecer. E nunca se ouve quando esses planos estão sendo implantados na cidade. Esse projeto do lixo já deveria ter sido implantado há cinco, seis anos na cidade de São Paulo". Segundo ele, na gestão de José Serra (PSDB), as metas do contrato firmado por Marta Suplicy (PT) com duas grandes empresas responsáveis pela limpeza urbana foram ampliadas mas, como consequência negativa, muitos dos resultados que estavam previstos para agora foram jogados mais para a frente. Ou seja: mais jogo de empurra-empurra.

Enquanto isso, a gestão de Kassab continua lucrando horrores com as multas do Projeto Cidade Limpa. Para o prefeito, a poluição visual é pior que a sujeira nas ruas. Ou, talvez, o intuito seja esse mesmo: deixar a cidade bem suja, assim, quando os eternos problemas de enchente acontecem, todo início de ano, ele pode botar a culpa na população, que é porca e entope bueiros e bocas-de-lobo com lixo, impedindo o fluxo das águas. Como disse minha filha Liz, de 9 anos, é o Projeto Sujeira Limpa: o lixo fica livre para sujar à vontade. Na maior e mais rica cidade da América do Sul...

segunda-feira, maio 30, 2011

Quase!

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Médica: "-Ela já teve pneumonia?"

Pai (manguaça): "-Não."

Filha - "-Quase tive!"

Pai (manguaça): "-Como assim? Não lembro disso!"

Médica: "-Quando foi isso, menina?"

Filha: "-Todo dia! Quando eu acabo de tomar banho, o papai fala pra eu vestir meu roupão, senão pego uma pneumonia! Daí, eu visto rapidinho e escapo da doença por pouco!"

Homenagem da camisa foi para a Ferroviária

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Outro dia brinquei, aqui, com a nova camisa do Corinthians, cor de vinho, ou grená - a mesma usada no uniforme principal do colombiano Tolima (à direita), de triste memória para o clube paulistano. Pois ontem, quando a equipe de Parque São Jorge jogou pela primeira vez com a nova camisa, na vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, o que me chamou a atenção foi que a partida foi realizada na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, no interior de São Paulo. Estádio da histórica Ferroviária, que disputa a série A-2 do Campeonato Paulista e, curiosamente, também tem uniforme... cor de vinho (foto abaixo, à esquerda)! Será que essa nova camisa do Corinthians não foi estratégia de marketing para agradar e atrair os torcedores do time de Araraquara? Sendo assim, enquanto o Itaquerão não fica pronto, a equipe também poderia mandar jogos na Rua Javari, propriedade do igualmente grená (ou cor de vinho) Juventus, da Mooca. Ou então no estádio Frederico Dalmaso, do também cor de vinho (ou grená) Sertãozinho (foto abaixo, à direita) - cuja camisa, além do Guaraná Xamêgo, tem como patrocinadora a mesma Neo Química Genéricos dos corintianos (foto abaixo, ao centro). Como se vê, opções não faltam.

domingo, maio 29, 2011

Cruzeiro e Palmeiras: Um a um de limitações

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No confronto entre os ex-Palestra Itália em Sete Lagoas-MG, Cruzeiro e Palmeiras empataram em 1 a 1. O time da capital paulista ficou em quinto lugar na tabela.O resultado na segunda rodada do campeonato Brasileiro foi bom para os visitantes alviverde-limão-siciliano, mas poderia ter sido um pouquinho melhor se a defesa estivesse mais concentrada e atenta.

Poderia ter sido pior, é verdade, se Anselmo Ramon, autor do gol cruzeirense, não tivesse desperdiçado uma outra oportunidade bem anterior, ainda antes de o Palmeiras abrir o placar com Luan. Os mineiros tiveram ainda outras oportunidades e deixaram claro que têm jogadores melhores do que o Palmeiras.

Só que o Verdão conseguiu equilibrar a partida por boa parte do jogo – eu arriscaria dizer que por metade do tempo. Em dois momentos do jogo, logo antes de sair o empate e no final do segundo tempo, o domínio cruzeirense se ampliou bastante. A opção de três volantes coloca uma primeira limitação ao time de Luiz Felipe Scolari, que fica com poucas opções até de contra-ataque, já que Patric é o único meia de ofício em campo.

Kléber com sua camisa 30 tem que voltar o tempo todo para tentar construir alguma coisa. Acaba sendo muito marcado e rendendo pouco por não ter ninguém mais adiantado com qualidade para quem passar a bola.

A falta de atenção da retaguarda, especialmente da parte do zagueiro Danilo e dos laterais Cicinho e Gabriel Silva são uma faceta da defesa que não aparecia tanto assim no Campeonato Paulista. Essa limitação pode nem ser nova, mas foi exibida com, digamos, mais clareza na Arena do Jacaré neste domingo.

O destaque positivo da partida do lado palmeirense foi o golaço de Luan. Fraco tecnicamente e pouco efetivo no ataque, ele acertou um chute inédito. A bola rolada por Marcos Assunção tinha açúcar e até quicou no morrinho-amigo para subir uns quatro dedos do gramado e ficar no jeito certo para o petardo de perna esquerda do atacante-volante preferido de Felipão.

A torcida pega no pé do jogador pelas falhas, pelos chutes errados e por não ser um companheiro à altura de Kléber nem esperança de momentos melhores em uma partida. Ele foi o principal alvo das críticas da torcida quando o time tomou a surra do Coritiba pela Copa do Brasil.

Mas o cara acertou um chute daqueles. Eu tampouco sou fã do cara, porém reconheço a plasticidade da jogada. Mas reconheço também que o que me ocorreu instantes depois do gol foi: "Putz, com esse ele cumpriu o contrato inteiro com o Palmeiras".

Se esse pensamento catastrofista tiver alguma pontinha de sentido – o que não é o caso – o cenário pode até ser considerado alvissareiro se Luan continuar no Palmeiras. É que o contrato de empréstimo do jogador termina em junho. Consta que muito cartola não gosta do futebol dele, mas o técnico sim. Felipão considera que, além dos três volantes-volantes ele ainda precisa de um jogador de frente que ajude a compor o meio na hora da marcação.

Facilitaria para a torcida se ele acertasse mais chutes durante os jogos.

Como na transmissão do jogo o comentarista da Globo Walter Casagrande Jr. desafiou a torcida a pichar de novo os muros do Palestra Itália com agradecimentos ao atacante, o Futepoca aceita a ideia. Só que como depedrar o patrimônio alviverde não é uma boa ideia – até porque é melhor gastar o dinheiro da demão de tinta em reforços – vai uma montagem sobre foto "emprestada" de Zanone Fraissat, da Folhapress.

Montagem sobre foto de Zanone Fraissat/Folhapress.
Valeu, Luan! Pichação virtual na sede do Palmeiras.
A tosqueira da montagem é por conta da casa

Como em 2006, vitória suada nos acréscimos

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Há quase cinco anos, fui ao Morumbi no final da tarde de um sábado, 15 de julho, para ver o São Paulo enfrentar o Figueirense pelo primeiro turno do Brasileirão. Apesar de ter aberto o placar com Ricardo Oliveira, o Tricolor cedeu o empate e levou pressão dos catarinenses por quase todo o segundo tempo. Por pura sorte, já nos acréscimos, aos 46 da segunda etapa, uma cobrança de escanteio de Lúcio encontrou a cabeça do zagueiro André Dias, que decretou a suada vitória: 2 a 1. A partir daquele jogo, o São Paulo de Muricy Ramalho assumiu a liderança da competição e seguiu firme até ganhar o primeiro dos três títulos brasileiros que conquistaria em sequência.

Ontem, novo confronto entre as duas equipes, e também pelo primeiro turno - porém, apenas pela segunda rodada do nacional deste ano. E com horário diferente: 21 horas. Dessa vez, o frio que fazia na capital paulista me levou a optar por escutar o jogo pelo radinho de pilha. O péssimo primeiro tempo me convenceu de que tinha sido bom negócio ter ficado em casa. Já na segunda etapa, o São Paulo meteu duas bolas na trave, o Figueirense deu alguns sustos, mas o resultado só seria decidido - outra vez - nos acréscimos. Aos 47 minutos, no rebote de uma dividida de Rivaldo com a zaga adversária, o meia Lucas pegou a bola fora da área, girou e acertou um tirambaço: 1 a 0.

Molecada
O São Paulo, pra variar, jogou mal. Mas o mérito da partida contra os catarinenses foi a entrada de Wellington como volante titular e de Henrique Miranda na lateral-esquerda (a partir do segundo tempo). O volante foi um dos destaques da partida, merece a vaga de Rodrigo Souto, que, aliás, está sendo poupado para não fazer as seis partidas que o impossibilitariam de torcar de clube. Na minha modesta opinião, se o São Paulo contratar um lateral-direito, daqueles mais marcadores e que não sobem tanto, Jean poderia voltar para a função na qual sempre rendeu melhor, a de segundo volante. Porque Wellington é como Josué, protege a defesa e desarma.

E Henrique Miranda foi bem no lugar de Juan, que, como já observei, não tem condições de ser titular de um time de série A. É lento, não ajuda a defesa e não municia o ataque. A ida do preterido Junior César para o Flamengo remete à desastrosa troca de Arouca por Rodrigo Souto, no ano passado. Mas não adianta chorar o leite derramado - ou o lateral desperdiçado. Quem sabe o São Paulo também não busca na base um lateral-direito de fato? Assim, um esboço de time poderia ser: Rogério Ceni; lateral-direito, Rhodolfo, Xandão (ou Bruno Uvini ou Luiz Eduardo) e Henrique Miranda; Wellington, Jean, Casemiro (ou Rivaldo) e Lucas (ou Ilsinho); Dagoberto (ou Fernandinho) e Henrique (ou Luís Fabiano).

Claro, teria que combinar com Paulo César Carpegiani antes. Mas seria intressante, pois priorizaria os moleques da base. E Marlos poderia pegar o boné.

A vitória no último minuto, ontem:



A vitória no último minuto, em 2006:

sexta-feira, maio 27, 2011

Discípulos de Braguinha

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Na década de 1980, muitos dos garotos de Taquaritinga (SP), entre 7 e 17 anos, passaram por uma escolinha de futebol que, se não foi a única, com certeza foi a primeira da cidade. O professor era o ex-jogador Braguinha, que foi campeão paulista da 2ª Divisão pelo Clube Atlético Taquaritinga (CAT), em 1982, garantia de acesso à divisão de elite do estado, que disputaria nos dois anos seguintes. Na foto acima, do elenco campeão, Braguinha é o quarto da esquerda pra direita, sentado.

Nos primeiros tempos, a escolinha funcionou em um campinho anexo ao ginásio municipal. Depois, Braguinha comprou um terreno e contratou meu pai para nivelar e demarcar o campo. Foi assim que, aos 11 anos, ganhei bolsa integral para jogar lá, duas vezes por semana. Como já comentei algumas vezes neste blogue, sempre fui "doente do pé" pra futebol. Gordo, míope, desajeitado, sem habilidade, sem noção. Em resumo: grosso, mesmo. Como a única vantagem era ser alto, virei zagueiro. De muitos vexames, pauladas e algumas pequenas "glórias".

Convocado pra 'seleção'
Dessas "façanhas", lembro de duas. Toda semana Braguinha escolhia os 11 melhores garotos, entre as quatro ou cinco dezenas que lá jogavam, para compor a seleção que, no sábado, enfrentava o time mais forte da escolinha, de garotos na faixa de 14 a 15 anos. Ciente de minha ruindade, nunca sequer considerei a hipótese de ser selecionado. Mas fui! Teve uma semana que eu mandei muito bem na defesa, e até fui pro ataque, fiz um gol de cabeça numa cobrança de escanteio.

No sábado eu estava lá, com um uniforme especial da escolinha, reservado para essas partidas (que depois tive que levar pra casa pra lavar, passar e devolver). Foi um jogo debaixo de muita chuva, com o campo todo enlameado. Acho que perdemos, pois um bando de moleques de 11 ou 12 anos não podia competir com caras de 15 ou 16. Mas deve ter sido um placar apertado, vendemos caro a derrota e fomos elogiados pelo Braguinha. Melhor que isso: joguei bem e, na medida do possível, consegui desarmar um dos atacantes adversários algumas vezes. Lembro de chegar em casa coberto de lama, como o sobrevivente de uma guerra. Como um herói. Orgulhoso.

Outra pequena "glória" foi ter sido escolhido, depois disso, para representar a escolinha numa partida em uma cidade próxima, Catanduva. Dentro do ônibus, na estrada, nos sentíamos como jogadores profissionais, viajando para enfrentar mais uma partida decisiva. Doce ilusão: apanhamos de 4 a 0, ou coisa parecida, de uns moleques baixinhos que driblavam e tocavam a bola de forma alucinada. Mas valeu a aventura. Ontem, fuçando coisas velhas, encontrei minha carteira da escolinha (reprodução acima). Não faço ideia do destino de Braguinha, mas guardarei sempre na lembrança, graças a ele, aqueles dias de "boleiro" mirim.

Ou, como diria Chico Buarque, "ah, que saudades que eu tenho dos meus 12 anos, que saudade ingrata!".

quinta-feira, maio 26, 2011

Santos 1 X 0 Cerro Porteño - de novo a vantagem mínima

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Mais uma vez, na fase de mata-mata da Libertadores, o Santos venceu sua primeira partida por 1 a 0. E, mais uma vez, poderia ter feito uma vantagem maior. Após um primeiro tempo em que o Alvinegro, depois de muito tempo, oscilou um pouco na parte defensiva (em especial nas bolas aéreas) perdeu algumas oportunidades, outras foram desperdiçadas no segundo tempo, especialmente a de Alan Patrick, aos 48, que facilitaria e muito o trabalho para a partida de volta.

Muricy preferiu adiantar Elano para que se aproximasse de Zé Eduardo e Neymar, sacando Alan Patrick, que só entrou no fim do jogo. A ideia foi válida, mas teve duas consequências: o meia santista, atuando nessa função, já não havia rendido bem em algumas ocasiões quando Adílson Batista era técnico. Novamente, o excesso de passes errados dele mostraram que ele sentiu pouco à vontade na função. Mas o pior foi Pará na lateral direita. Era por ali que o Cerro tentou atacar o Peixe durante o primeiro tempo e o reserva de Jonathan (contundido) demonstrou uma intranquilidade ímpar, além da condição técnica de sempre. Por aquele lado, a bola foi maltratada e quem assistia a partida também foi.

E era Neymar quem chamava a responsabilidade. E era ele quem buscava o jogo. E era ele quem armava. E era ele quem criava as chances. Após a contusão de Ganso, o garoto se agigantou e se tornou protagonista da equipe não só por conta da técnica e habilidade, mas por conta de sua personalidade. E foi dele que saiu o lance do gol santista. Dois dribles na área do Cerro Porteño, a jogada de linha de fundo e o cruzamento perfeito para Edu Dracena marcar. Ele, que quase enterrou o time na partida contra os paraguaios ao fazer um pênalti desnecessário na primeira fase, se redimiu. Como a bola tocou dentro do gol e depois saiu, Léo ainda fez o favor de mandá-la definitivamente para as redes, provavelmente tentando evitar que o claudicante Jorge Larrionda repetisse seu feito histórico do confronto entre Inglaterra e Alemanha na Copa de 2010.


Logo na sequência do tento alvinegro, o Cerro quase empatou em cobrança de falta na área, uma bola perigosa que Rafael defendeu com os pés. E essa foi a oportunidade paraguaia. Embora tenha chegado próximo à área santista algumas vezes, essa foi a única defesa efetiva do goleiro peixeiro. No primeiro tempo, os donos da casa chegaram, mas Zé Eduardo fez o favor (ao adversário) de tirar uma bola do pé de Danilo, que chegava de frente para o gol de Barreto. O arqueiro evitou também um gol de Léo, que finalizou na grande área depois de bela assistência de Neymar.

Na segunda etapa, com a marcação arrumada no lado direito, o Santos voltou a criar. Quase sempre com Neymar, que quase fez um golaço por cobertura, de bate pronto, mas Barreto espalmou. Enquanto isso, seu companheiro de ataque, Zé Eduardo, que parece vítima de “coisa feita”, perdia bolas, arruinava contra-ataques, não alcançava a redonda e ainda tinha tempo de atrapalhar os companheiros. Com a volta de Maikon Leite, que entrou bem no segundo tempo, deve perder o lugar no ataque. É bom lembrar, inclusive, que foi a velocidade do reserva alvinegro que deu a vitória ao Santos no jogo contra os paraguaios na casa deles, na fase de grupos.

E partida terminou com a já citada oportunidade perdida por Alan Patrick, quando Larrionda já se preparava para encerrar sua via crucis. Como não deixam esquecer os comentaristas, não tomar gol dentro de casa é muito bom nesse tipo de competição, mas a vantagem mínima deixa o clube paraguaio, que sofreu sua primeira derrota fora, vivo no duelo. Mas vão deixar espaços para o contra-ataque santista. Diante desse cenário, Muricy vai deixar Maikon Leite no banco?

quarta-feira, maio 25, 2011

Em tempos de alta do combustível...

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Frase colhida em uma dessas tralhas, digo, mídias sociais:

"O amor é como a gasolina da vida. Custa caro, acaba rápido e pode ser substituído pelo álcool."

A gambiarra e o jeitinho brasileiro

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Certa vez, quando morava na Irlanda, estava num pub manguaçando com um amigo polonês e nos divertíamos ensinando um ao outro palavras ou expressões dos respectivos idiomas. Lembro-me de ter aprendido o significado de curva, que, em português, caberia na expressão "vá pra curva que o pariu!". Foi então que tentei pensar numa coisa que fosse bem "brasileira", e me lembrei de "gambiarra". Mas como explicar o que é isso? Tentei linkar com "jeitinho brasileiro", mas, já meio zonzos e cada um tentando se expressar num inglês pra lá de macarrônico, ficou difícil. Tudo teria sido mais fácil, para explicar ao gringo "gambiarra" e "jeitinho brasileiro", se eu dispusesse das seguintes imagens:




Tipos de cerveja 67 - As Barley Wine

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Apesar de wine significar vinho, em inglês, trata-se mesmo de uma autêntica cerveja, forte e intensa. E é daquelas que o Glauco gosta: frutada, por vezes doce, por vezes ácida - mas sempre com alto teor alcoólico, entre 7% e 12%. A cor varia entre o âmbar e o castanho escuro, e os aromas vão do frutado ao gosto acentuado de lúpulo. É uma cerveja espessa, onde o álcool é facilmente perceptível. As variedades inglesas de Barley Wine são bem diferentes das estadunidenses, já que estas últimas costumam ter um sabor mais forte de lúpulo (por vezes em demasia). Já as inglesas apresentam um melhor equilíbrio entre malte e lúpulo. "A maior parte das Barley Wine podem ser conservadas e envelhecidas, como se de um bom vinho se tratassem", observa Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. Para experimentar, ele recomenda a AleSmith Barrel Aged Old Numbskull, a Victory Old Horizontal ou a Dogfish Head Olde School Barleywine (foto).

Singela homenagem

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Três anos depois da camisa roxa, com versões ainda mais fúnebres, o Corinthians lança outro terceiro uniforme: cor de vinho (!). E por que cor de vinho? Tão dizendo aí que é pra homenagear o italiano Torino. Quase isso. Trata-se de um outro time cujo uniforme é cor de vinho e o nome também começa pela sílaba "To". Mas é colombiano e enfrentou recentemente o Corinthians, na fase pré-classificatória da Copa Libertadores. Que bonita essa homenagem! Isso é que é fair play...

Camisa do Tolima (à esquerda) e a nova do Corinthians (à direita): a cor é coincidência?