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Era 15 de maio de 2011, segunda final
do Paulista de 2011, quando
Arouca
fez seu primeiro gol pelo Santos. O adversário era o Corinthians
de Tite, e o Peixe, na Vila Belmiro, se sagraria bicampeão estadual
vencendo por 2 a 1. O volante ainda acertaria a trave na peleja.
O camisa 5 (5) do Alvinegro, demoraria
a marcar outra vez. Antes, fez uma grande partida no segundo jogo da
final da Libertadores, contra o Peñarol, em 2011. Foi dele que veio
a assistência para Neymar fazer o primeiro da partida. Marcou seu
segundo contra o Guarani, na primeira fase do estadual de 2011. E o
terceiro na noite de ontem, (29), na goleada contra o Corinthians,
aos 12 minutos da primeira etapa.
Foi o tento que abriu a vitória
peixeira. Mas Arouca não fez só o gol. Deu assistência, após um
belo lance, para o segundo, de Gabriel, aos 22. E, aos 2 do segundo
tempo, desarmou uma bola na lateral esquerda, conduziu a redonda para
o campo rival e articulou o ataque que resultou no gol de Thiago
Ribeiro, “veterano” aos 27 anos em meio aos meninos da Vila.
Moleques como Gustavo Henrique, Alan Santos, Geuvânio e Gabriel. Na
etapa final, ainda entraram Leandrinho e o estreante, Stephano Yuri,
artilheiro da Copa São Paulo de Juniores.
A sensação térmica de 35 graus não
abalou o Santos, que começou a toda nos dois tempos. Mas foi o
terceiro gol, feito logo após o intervalo, que acabou com o
Corinthians. Os donos da casa, mais condicionados fisicamente e,
principalmente, mais tranquilos, botaram os rivais na roda em
diversos momentos, enervando-os ainda mais e levando perigo ao gol
corintiano ao realizar a transição rápida para o campo de ataque.
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Professor bate palmas, e aluno aplicado vibra (Ivan Storti/SantosFC) |
Oswaldo de Oliveira, que falou a
respeito da partida dizendo que este seria o verdadeiro teste do
estadual até então, já que ambos estariam no mesmo grau de
preparação física – enquanto alguns times do interior estariam
acima – não deu banana pra torcedor e nem fez gestos obscenos.
Conseguiu sua terceira vitória em quatro jogos e segue invicto à
frente do Santos. Um terço dos triunfos conquistados em sua primeira
passagem pelo Alvinegro, em 2005, quando obteve nove vitórias,
quatro empates e três derrotas em 16 jogos.
O Santos adotou quase na maior parte do
tempo um 4-2-3-1 da moda, mas diferente, já que os jogadores se
alternavam nas posições e confundiam a marcação corintiana.
Gabriel, 17 anos, mostrou personalidade, assim como Geuvânio, que
deu um drible da vaca desagradável para Ralf no quarto gol, de Bruno Peres, que acertou de primeira, e de esquerda... Thiago Ribeiro fez dois gols, e foi crucial. Mas o dono do jogo foi
Arouca, que pode não ter a regularidade que o torcedor gostaria, até
por conta de contusões, mas que não foge do embate e sempre aparece
nas partidas importantes, diferentemente de medalhões incensados
pela mídia.
Quanto ao Corinthians, quase equilibrou
o jogo na segunda metade do primeiro tempo, mas não mostrou o padrão
técnico-tático preciso para igualar o ímpeto santista. Em suma,
foi bipolar: quando quis ser aguerrido, foi nervoso; quando buscou
ser calmo, foi apático. E Mano tinha mesmo que tirar Guerrero, que
seria expulso, mas colocar Pato com 4 a 1 contra cheirou a provocação
contra o moço.
Agora, faltam quatro gols para o maior
time profissional artilheiro do planeta chegar aos 12 mil. E o Santos
bateu o Corinthians pela segunda vez em cinco (5) dias, contando a
final da Copinha. Quando as coisas ensaiam ficar difíceis, os
moleques costumam salvar.