Compartilhe no Facebook
E o time da Vila Belmiro não conseguiu a sua sexta vitória consecutiva, ficando de fora do G-4 de forma definitiva. O empate em 1 a 1 com o Rio Claro só serviu pra sacramentear o rebaixamento do clube do interior. A reação espetacular do Santos no campeonato foi digna de nota, mas também tardia, já que mesmo que tivesse vencido no sábado e superasse a Ponte na Vila, o Peixe provavelmente ficaria de fora do G-4, pois ainda dependeria de insucessos de Barueri e Corinthians.
Agora, o destino do time do Parque São Jorge está com o Santos. Não basta ao Corinthians derrotar o Noroeste, fora de casa. Ele precisa contar com a ajuda do Alvinegro Praiano, que tem que arrancar um empate na Vila pra ajudar o Timão. A questão que vai ser discutida até cansar os ouvidos é: qual o esforço que o Santos vai fazer pra vencer o clube campineiro?
Sem papas na língua, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi claro e sugeriu até uma "mala preta" para o Santos, observando, entretanto, que o clube não possui dinheiro para isso. "Seria até a favor [do incentivo ao rival]. Mas na situação em que estamos não dá para falar nisso" afirmou o cartola, que disse que está difícil fechar as contas do mês no clube. "Todo mundo sabe que essas coisas existem no futebol. Se sobrar [dinheiro], não sou hipócrita", disse à Folha de São Paulo.
Já o treinador Mano Menezes, que nesta temporada lidera o ranking de choro à frente de Luxemburgo, Muricy e Leão, apelou ao "profissionalismo" do comandante santista, a quem o Corinthians deveria dinheiro por sua passagem anterior no clube. "Não costumo julgar outros profissionais pela sua trajetória. Mas sempre se vale disso. E a trajetória do Leão é séria. Ele classificou o Cruzeiro quando dirigia o Atlético-MG", declarou Mano ao mesmo periódico, recordando a vitória do Atlético-MG sobre o Palmeiras, em 2007, que deu a vaga na Libertadores ao rival azul-celeste.
A imprensa vai bater, vai exigir o tal "profissionalismo" do Santos, mas o óbvio é o time entrar com os reservas. Não se trata de descaso, mas sim de cuidar dos próprios interesses que, a esta altura, se resumem a Libertadores. Depois da partida contra a Ponte Preta, na quarta, o time tem um duro compromisso contra o Chivas Guadalajara, no México. Alguém colocaria os titulares em uma partida sem importância três dias antes, contando com o desgaste de uma viagem longa?
Agora, aguardem, leitores. Com pouco assunto, a mídia esportiva vai bater o tempo todo nessa tecla, e façam as contas de quantos jornalistas/comentaristas repetirão a cantilena de que o Santos tem que encarar uma partida, sem motivação, e com outra importante a seguir, como se fosse uma decisão. Triste vai ser se, cedendo a pressões talvez originadas de um prédio próximo à estação Barra Funda, em São Paulo, a diretoria e o treinador possam ceder e escalar a equipe titular.