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Debate. O pior da campanha política começou. Tanto se fala. Tanto se reúnem as equipes dos candidatos à prefeitura. Tanto se faz exigências, que distraidamente a gente começa, sem perceber, a acreditar. Vamos tomar um banho de civilidade. Tanto se toca em comportamentos éticos, tanto se fala em respeito aos oponentes, tanto se diz sobre a autoridade dos entrevistados, que a gente esquece que, entra campanha, sai campanha, com pompas de moralidade, e nada acontece.
O debate deveria ter respeito pelo eleitor, sim o eleitor. Os candidatos fazem uso do marketing, estão preocupadas apenas em se beneficiarem do espetáculo. Veste-se o apresentador de autoridade. A empresa está salva. O esclarecimento à opinião pública até pode acontecer. A beleza plástica. Os cabelos, os ternos, os vestidos ficaram bem, está tudo em harmonia com o cenário. A produção está perfeita, diz o diretor do debate. O espetáculo vai começar. Vamos ao debate, instrumento maior da democracia. Vamos nos arrumar nas cadeiras.
As informações começam a surgir, o debate vai trazer esclarecimentos, é o que se presume. Agora vamos construir mais um pilar da democracia. Ledo engano. Com o modelo de debate que aí está, o desrespeito ao eleitor começou. Cada candidato, polidamente, e não poderia ser diferente, fala o que bem entende. Todos olhamos perplexos as sandices. Nem pra papo de boteco serve. Butiquim que é butiquim, nas conversas, tem viagens e imaginações à vontade sobre ações factíveis. Mentira é inadmissível. O papo rola. Alguém observa: parece que eles tomaram todas. O outro completa: "-Não, é que eles não têm respeito nem por eles próprios".
"-Mas sabe que a rapaziada tem razão?", penso com meus botões. Debate pelo debate não esclarece. Afinal, debate político presume esclarecimento aos eleitores. Nossa democracia tem costas largas, aceita espetáculo como esclarecimento. Deixemos os "tantos". Aliás, no butiquim não temos que achar nada, temos que lembrar da primeira frase do samba de Noel Rosa e Vadico, Feitio de Oração que diz: "Quem acha vive se perdendo...".
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*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico. 
Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

Amigos e amigas, volto a ocupar esse nobre espaço. Ainda pegando carona no Dia dos Pais, lanço aqui um desafio para os meus cinco leitores (seriam tantos assim?): gostaria de saber qual é, na opinião de vocês, a melhor dupla de pilotos pai e filho da história da Fórmula 1. Obviamente, os critérios de avaliação são subjetivos. É geneticamente impossível compará-los utilizando os métodos convencionais, pois correram em épocas diferentes e com carros muito distintos. Filho do melhor piloto brasileiro de todos os tempos, Nelsinho Piquet é o 13º herdeiro a seguir as aceleradas do seu genitor. O primeiro a ter algum sucesso foi o alemão Hans-Joachim Stuck (acima). Nos anos 1970, o filho do lendário Hans Von Stuck, um mito das corridas de montanha e piloto dos primórdios da F-1, até conseguiu alguns pódios. Mas ficou a léguas do seu velho.
Outro que ficou longe do pai foi David Brabham (à esquerda), filho do tricampeão Jack Brabham. Nos anos 1990, David fez duas temporadas, uma pela equipe que leva seu sobrenome (e que foi fundada por seu pai), e outra pela Simtek, que ficou macabramente famosa por ser a equipe de Roland Ratzemberger, o austríaco que foi deste para algum lugar na véspera do acidente fatal de Ayrton Senna, em Ímola, 1994. Melhor sorte tiveram Jacques Villeuneuve (abaixo) e Damon Hill, respectivamente filhos do maluco genial Gilles Villeneuve e do inglês bicampeão mundial Graham Hill.
Villeneuve e Hill Junior foram campeões do mundo ao volante da Willians nos anos 1990. Hill, inclusive, é até hoje o único campeão filho de campeão do mundo da história da F-1. Este colunista torce para que Nelsinho seja o sócio número 2 deste restritíssimo clube e aproveita a ocasião para fazer um brinde aos pais, pilotos ou não, que visitam esse blogue.













