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Os blogues de Idelber Avelar, Luís Nassif e Luiz Carlos Azenha já trataram adequadamente do assunto. Mas como o Futepoca já entrou no assunto, vale persistir, por ser bastante interessante discutir isso na mesa do boteco, já que só com bastante "combusível" será possível analisar a postura dos jornalões, principalmente a Folha de S.Paulo e O Globo.
Os dois, principalmente, mas não só eles, adotaram a tática de publicar "matérias" para esquentar a CPI da Petrobrás. Os textos vão da inviabilidade da mamona na produção de biodiesel a supostas irregularidades em contratos etc. Com a tática de sempre: alguém vaza, o jornal publica sem provas, depois o mesmo jornal é usado como prova por quem vazou, normalmente algum parlamentar da oposição...
Ok. O script é conhecido. A novidade é que a Petrobrás desta vez resolveu responder a todas as acusações num blogue, clique aqui para ver. Inclusive todas as perguntas que são feitas pelos jornalistas e as respostas encaminhadas a eles.
Para quem não conhece como funciona a grande imprensa, cabe uma pequena explicação. Quando existe uma denúncia, qualquer que seja, os jornalistas fazem de conta que ouvem o outro lado. Na realidade, quase sempre já estão com a matéria pronta e enviam perguntas burocráticas, não importando o que o outro lado responda, publica-se a matéria e uma parte das respostas que não contradiga aquilo que já estava escrito.
Daí vem o desespero.
Quando a Petrobrás resolve publicar na íntegra o que foi perguntado e respondido prejudica, e muito, o funcionamento do esquema de lançar a denúncia e depois não dar direito de resposta, alegando liberdade de imprensa.
Não foi à toa que a Associação Nacional de Jornais (ANJ) – dos donos dos meios de comunicação – publicou nota oficial chamando a iniciativa da petroleira de antiética. “É uma falta de ética total porque você está fazendo com que todos os demais concorrentes da imprensa tomem antecipadamente conhecimento de uma determinada reportagem de um determinado órgão de imprensa”, diz o presidente da ANJ, Júlio César Mesquita.
Para quem reparou, o presidente da ANJ apela contra a publicação antecipada que avisaria os concorrentes dos “furos”. Ou seja, o problema é avisar os outros jornais. Sem comentários.
Na mesma linha, a Folha de S.Paulo,, segundo o G1, site das organizações Globo, informou que não considera adequado que questionamentos jornalísticos endereçados à Petrobrás sejam publicados pelo blogue antes que as respostas possam ser avaliadas e utilizadas pelos veículos que enviaram as interpelações.
Para O Globo, as perguntas encaminhadas por escrito são de propriedade do jornalista e do veículo. E, por esse motivo, a iniciativa da Petrobrás desrespeita profissionais e atenta contra a liberdade de imprensa, ao violar o direito da sociedade de ser informada, sem limitações.
Como o post já está longo demais, deixo os comentários para quem quiser fazer.







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