Destaques

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Bom de bola e ruim de conta

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O Santos saiu na frente na temporada de contratações que se abre e selou o retorno do ótimo meia Elano (foto), que estava no Galatasaray, da Turquia, por R$ 6,4 milhões (e três anos de contrato). O jogador foi uma das peças principais daquele timaço montado a partir de 2002, que revelou Robinho, Diego, Renato & companhia e que levantou dois títulos brasileiros e dois paulistas. Elano está com apenas 29 anos, em boa fase e tem muita bola pra mostrar ainda. Contratação certeira, a diretoria santista merece reconhecimento. Mas, em entrevista ao diário Lance!, Elano pareceu meio confuso ao responder sobre o tempo gasto nas negociações entre Santos e Galatasaray:

- Me preparei para duas ou três semanas de dor de cabeça, mas foi tudo muito rápido. Acho que foram 20 dias no total.

Ué, se três semanas representam 21 dias, por que então o tempo gasto (20 dias) foi "muito rápido"? Enfim, bom retorno ao Brasil e à Vila Belmiro, que você joga muito melhor do que faz contas, Elano.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Onde sobram mulheres - até nos bares!

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O site G1 soltou materinha hoje destacando que Santos (foto), no litoral paulista, é o município com a maior proporção de mulheres no país, segundo os novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 54% da população. Do total de 419,7 mil habitantes, a cidade tem 192 mil homens e 227,7 mil mulheres - equivalentes a 45,8% e 54,2%, respectivamente. E a reportagem colheu lá em Santos um depoimento curioso - e indignado (grifo nosso):

“- Tem muito mais mulher do que homem. No bar, na balada, no shopping, na praia, em praticamente todos os lugares da cidade”, diz a estudante de nutrição Maria Fernanda Araújo, de 22 anos, enfatizando o “muito”.

Lendo isso, muito manguaça solitário e acostumado com os butecos de público exclusivamente masculino, em São Paulo, vai começar a reservar uma graninha pra descer a serra todo final de semana...

Seleção sub-20, mercado e meninos que não são mais meninos

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Ontem o técnico Ney Franco, coordenador das divisões de base da CBF, divulgou a convocação dos jogadores que vão disputar o Sul-Americano da categoria entre 16 de janeiro e 12 de fevereiro no Peru. A competição vale duas vagas para os Jogos Olímpicos de 2012 e os quatro primeiros colocados vão disputar o Mundial de 2011. Abaixo, a relação, que tem como base Santos e São Paulo, com quatro atletas convocados cada:
 
Goleiros: Aleksander (Avaí), Gabriel (Cruzeiro) e Milton (Botafogo)

Laterais: Alex Sandro (Santos), Danilo (Santos), Gabriel Silva (Palmeiras), Rafael Galhardo (Flamengo) 

Zagueiros: Alan (Vitória), Bruno Uvini (São Paulo), Juan (Internacional), Romário (Internacional), Saimon (Grêmio) 

Volantes: Casemiro (São Paulo), Fernando (Grêmio), Zé Eduardo (Parma-ITA) 

Meias: Alan Patrick (Santos), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional), Philippe Coutinho (Inter de Milão-ITA), João Pedro (Palermo-ITA) 

Atacantes: Diego Maurício (Flamengo), Henrique (Vitória), Lucas Gaúcho (São Paulo), Neymar (Santos) William (Grêmio Prudente)

O jovem milionário Neymar será cobrado como gente grande
Interessante observar que clube tradicionais como Corinthians e Atlético-MG ficaram sem jogadores convocados. Isso significa que suas divisões de base são fracas? Não necessariamente. Talvez reflita apenas a opção das comissões técnicas que passaram pelos dois times no último ano. O veterano Corinthians atual, por exemplo, deu pouco espaço a atletas que vieram debaixo nesta temporada. Já o Galo, com Luxemburgo trazendo seu tradicional caminhão de jogadores (23, mais que dois times), padeceu do mesmo problema. Teve, na verdade, um jovem ex-jogador entre os convocados: João Pedro, hoje no Palermo, que disputou apenas 15 partidas como profissional antes de ser negociado.

Junto com João Pedro, há outros dois "estrangeiros", o ex-cruzeirense Zé Eduardo e o ex-vascaíno Philippe Coutinho. Isso, aliado ao fato de que a maioria dos atletas recebe uma remuneração maior que a média de seus companheiros, mostra que o perfil do jogador "da base" mudou totalmente nas últimas décadas. É só a "promessa" pintar que o clube passa a ter duas opções: ou vende o jogador se sua situação financeira assim exigir ou faz um contrato com ele com alta multa recisória, o que vai implicar em alto salário também.

Com a vitrine do Sul-Americano e a janela de transferências, cabe guardar essa convocação acima e verificar, no meio do ano, quantos desses jogadores se transferiram para outros clubes do exterior. E constatar novamente o quanto o futebol brasileiro ainda precisa se fortalecer economicamente para enfrentar a concorrência externa.

terça-feira, novembro 30, 2010

Nova pelada do Futepoca OU Ai, minha perna!

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Da esquerda pra direita, em pé: Frédi, Anselmo, Maurício e Glauco; sentados: Marcão, Thalita e Nicolau (falta Brunna, a "8ª passageira", que chegou mais tarde e aparece na foto abaixo)


Quase três anos após o primeiro vexame, digo, churrasco do Futepoca, nossa equipe entrou novamente em quadra no sábado, dia 27, no condomínio do Glauco, para mais um tradicional "quebra-canela" (que quebra mesmo!). Como desculpa pra beber, os anfitriões Glauco e sua companheira Cris providenciaram churrasco, farofa e pães, com estoque abastecido pelo Anselmo, mas os alvos principais dos convidados foram mesmo as cervejas (de várias marcas e tipos), pinga (pra batida) e uísque (irlandês). O que atraiu, além dos três citados, o Frédi, a Thalita e seu companheiro Victor "Alemão", o Nicolau e sua companheira Débora, o Maurício, sua companheira Cris e seu filho Chicão, eu (Marcão), minha companheira Patricia e minha filha Liz, e a Brunna (foto ao lado), que, como dito, chegou depois.

Buenas, a pelada futebolística começou com as seguintes formações: de um lado, Glauco no gol, Nicolau e Alemão na linha; e de outro, Liz no gol, Marcão, Frédi e Thalita (o fato de termos uma menina de 8 anos no gol justificava ter um jogador a mais). Entre caneladas, encontrões e lances patéticos, muitas boas jogadas, tabelas, triangulações e gols, fora as defesas arrojadas que o Glauco sempre reserva para essa ocasiões - e registrando que a Liz também fez uma ou outra defesa improvável. Eu fui o primeiro a desistir, porque era muito desperdício deixar tanta cerveja esquentando. Depois voltei para tirar a Liz do jogo, pois, com o entusiasmo etílico, as boladas ficaram mais perigosas.

Grosso como só eu consigo ser, já tinha (involuntariamente) distribuído alguns pontapés, mas o castigo veio na sequência. Num lance em que o Nicolau saiu na cara do gol, estiquei a perna e senti a agulhada no mesmo segundo. Distendi o músculo da coxa, surgiu um ponto quase preto de tão roxo no local e tive que passar o domingo todo na base do gelo e pomada. Isso me convenceu a deixar definitivamente a quadra e me dedicar só aos trabalhos manguacísticos. Foi aí que apareceu o Maurício e, mesmo com uma inseparável latinha na mão, protagonizou os melhores dribles, assistências e gols do entrevero, comprovando suas habilidades de ex-boleiro.

Frédi também marcou um golaço, Thalita mostrou seu talento, Glauco foi pra linha pra também anotar os seus e as tabelas entre Nicolau e Alemão renderam outros tentos. No final, até o Chicão entrou na quadra para bater uma bolinha. Finda a refrega entre as quatro linhas, e com a chegada do Anselmo e da Brunna, todos se uniram na confraternização dessa grande família que é o Futepoca. Deixando aqui um grande abraço ao camarada Olavo Soares, mirando 2011 com a perspectiva de novos projetos e com a esperança no futuro simbolizada pelo Chicão e pela Liz. Abraços e beijos a todos - e mais algumas imagens abaixo:

A anfitriã Cris tentando fazer o Glauco comer, em vez de só beber

Papai Maurício entretido com algum brinquedo do filhão Chicão

Goleira Liz, que segurou a bronca no meio dos marmanjos, e Patricia

Cris, mãe do Chicão, sendo recepcionada pelo Victor "Alemão"

Patricia, Débora e Frédi vistos por quem já tinha caído (eu)

Parte do Frédi, Glauco, Cris e a atrasada Brunna Rosa

Voto de boas festas dos futepoquenses para os leitores e colaboradores

segunda-feira, novembro 29, 2010

O Brasileirão acabou

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Pelo menos para mim, com o Galo não correndo mais risco de rebaixamento, juro que no próximo final de semana nem ligo a TV para ver nada.


A disputa pelo título? Ah, entre Fluminense, Corinthians e Cruzeiro, só se os azuis tivessem alguma chance. Posso queimar a língua, mas o Guarani tirar o título do Flu tem as mesmas probabilidades de eu ganhar na Mega-Sena...

Na zona de rebaixamento, três vagas definidas sem nenhuma surpresa. O Flamengo de Luxemburgo até fez a sua parte, perdeu para o Cruzeiro em casa, mas foi ajudado pela incompetência de Atlético-GO e Vitória, que conseguiram empatar com Inter e São Paulo, que não disputavam mais nada.

Como na última rodada têm confronto direto, que o mais incompetente vá para a segundona, os dois merecem. Na verdade, torço para o Vitória ficar por ter mais tradição e junto com o Bahia poderem fazer um espetáculo bonito de torcidas em Salvador no ano que vem. Sobre Goiás ficar sem nenhum time na primeira divisão???? Bem, a vida é assim.

Aliás, com a queda do Grêmio Prudente e do Guarani, São Paulo perde dois representantes, ficando apenas com os quatro grandes na primeira, o que é bom para o futebol brasileiro.

No próximo ano serão:

Dois gaúchos: Grêmio e Inter.

Dois catarinenses: Avaí e Figueirense.

Dois paranaenses: Atlético (PR) e Coritiba

Quatro paulistas: São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos.

Quatro cariocas: Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense.

Três mineiros: Atlético, Cruzeiro e América.

1 ou 2 baianos: Bahia e Vitória (?)

Um cearense: Ceará

0 ou 1 goiano: Atlético (GO)?

domingo, novembro 28, 2010

Contra o Fluminense, Palmeiras dificulta. Para o Corinthians

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Os titulares do time que não conseguiu segurar o empate contra o penúltimo colocado do campeonato perderam para o líder, neste domingo, 28. O Palmeiras foi derrotado por 2 a 1 do Fluminense nas Laranjeiras, mas escapou de uma goleada histórica. Com o resultado, uma vitória contra o Guarani no próximo domingo deixa o caneco nas mãos de equipe de Muricy Ramalho.

O Palmeiras realmente dificultou. Ao final do jogo, o prejuízo ficou para o Corinthians. Mas durante a partida, não se pode dizer isso. O pior: o Palmeiras saiu na frente (assim como no meio de semana quando foi desclassificado pelo Goiás da Copa Sul-Americana).

Aos quatro minutos, o atacante Dinei acertou um chute como ele nunca mais vai acertar enquanto durar seu contrato com o clube. No ângulo de Ricardo Berna, que pulou atrasado e meio desengonçado, já que a bola parecia dirigir-se para a linha de fundo até fazer uma curva incrível.

Talvez tenha sido um gol mais comemorado pelos corintianos do que o segundo do Goiás na quarta-feira.

A virada aconteceu depois de um massacre do Fluminense. Foram dezenas de lances de perigo até que um chute de Carlinhos, aos 18, da entrada da área foi inalcançável para o adiantado Deóla. O goleiro fez um monte de defesas em outros lances.

O segundo ocorreu na etapa final, numa rebatida do arqueiro que voltou para Tartá dentro da grande área, já aos sete minutos.



Alguém pode dizer que o time do Palmeiras fez corpo mole. Pode até ser. Mas em comparação aos jogos anteriores, a defesa foi pior do que o normal, e o ataque não funcionou como já não vinha operando mesmo. E, convenhamos, o Fluminense é muito mais time do que o Goiás, de modo que mais pressão tende a representar mais erros do que a média para qualquer retaguarda (ou pelo menos para as frágeis).

Foi a terceira derrota seguida no campeonato.

Torcida ao contrário

Contra um "momento Grafite", a partida teve pelo menos dois lances curiosos do ponto de vista da torcida. Um torcedor com a camisa palmeirense parece ter virado a casaca para evitar que o maior rival do alviverde paulistano se beneficiasse de um eventual revés do Fluminense. Ele empunhava uma bandeira do Tricolor carioca, ao lado de outro torcedor do Flu (aqui).

Quem preferir enxergar a versão otimista (ou o "copo meio cheio"), poderia ser um torcedor do time do Rio de Janeiro tentando um agrafo não ortodoxo aos adversários, sonhando com uma moeda de troca dentro de campo. Meio improvável, é verdade...

O outro lance bizarro foi a torcida vaiando uma descida ao ataque do Palmeiras, quando tudo estava empatada, no fim do primeiro tempo (aqui). Pela qualidade do futebol, o estranho seria aplaudir...

Se o meu time estivesse apresentando melhor futebol nas partidas anteriores, eu poderia me dedicar a argumentar sobre motivos para entregar ou não entregar para o Fluminense. Pela bolinha praticada, foi o time carioca que, por vários momentos, parecia pouco disposto a guardar os três pontos no bolso.

Pelo menos o martírio verde da temporada está a uma rodada do fim.

sexta-feira, novembro 26, 2010

E... Se o Flamengo (de Luxa) cair...

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As probabilidades não são as maiores do mundo, mas fica a torcida.


Dependendo dos resultados da próxima rodada, as chances de o Flamengo cair serão muito grandes.

O time carioca está com 43 pontos, à frente do Galo (42), Atlético-GO (40), Avaí (40), Vitória (40), este o último na zona de rebaixamento. Ainda há o Guarani com 37 pontos, mas esse creio que já foi.

Mas os confrontos e o número de vitórias não favorecem o time de Luxa. Vejamos:

O Flamengo pega
Cruzeiro (em casa) e Santos (fora)


Atlético GO
São Paulo (em casa) e Vitória (fora)

Vitória
Internacional (f) e Atlético GO (c)

Avaí
Santos (c) e Atlético PR (f)

Se na próxima rodada, Atlético GO, Vitória e Avaí ganharem e o Flamengo perder, ficam todos com 43 pontos, mas o time da Gávea vai para a última rodada na zona de rebaixamento por ter o menor número de vitórias (9).

Para o Galo, basta uma vitória contra os reservas do Goiás para ficar definitivamente fora de qualquer risco.

A sorte do Flamengo é que na última rodada Vitória e Atlético Goianiense se enfrentam, mas mesmo o que perder pode se salvar se o Flamengo não ganhar do Santos, na Vila. O camarada Glauco já disse que os meninos da Vila iriam com muita disposição para cima do "profexô".

Claro que tudo isso é conjectura e torcida contra quem quase acabou com o Galo este ano, mas que não custa secar não custa.

A coisa já tava russa pro velhinho manguaça...

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Polad Bülbüloglu foi um ídolo da música jovem soviética nos anos 1960, trasnformando-se depois num expoente da música romântica - uma espécie de Roberto Carlos dos comunistas, mais ou menos. Curioso é que, após a extinção da URSS, tornou-se político e embaixador do Arzebaijão na Rússia. Na foto acima, aparece cumprimentando o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Mas gostaria de registrar aqui um vídeo de 1967 com sua hilária interpretação da não menos hilária "Shake", musiquinha estilo "jovem guarda" (expressão que, ironicamente, foi criada por outro Vladimir russo, o Lenin). Polad se esmera na dancinha, nos gritos "ô-ô-ô-ô" e num intraduzível "arabá-papêrebê-pepepê", ou coisa que o valha. Porém, o mais bizarro é o velhinho manguaça que aparece lá pelo 01:22, com sua garrafa de vodka e batendo palma sem saber pra onde ou por quê. No finzinho do vídeo, ele nem espera a música acabar para abastecer o copo novamente:



Ps.: E pra quem ainda conjectura sobre a origem da expressão "trololó", comumente usada por José Serra, vai uma pista na voz do "feliz" barítono russo Eduard Khil, o "Senhor Trololó", em performance incrível, indescritível, inenarrável e inacreditável de 1976. Absolutamente imperdível:

Bahia invade São Paulo

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Passados 24 dias da onda antinordestina nas redes sociais de internet brasileiras – e também fora delas – a capital paulista será palco de uma festa baiana. Ou melhor, do Bahia.

Em frente ao metrô Anhangabaú, recebi um panfleto da campanha Invasão Esquadrão de Aço, que convoca os torcedores desgarrados pela pauliceia desvairada a comparecer ao Morumbi neste sábado, 27, às 17h, para assistir o time de Márcio Araújo carimbar, diante do Bragantino, a passagem para a primeira divisão do Brasileirão.

A promessa é deixar o Morumbi mais ou menos assim

Em segundo lugar na Série B, com 65 pontos, a vaga está assegurada matematicamente para o ascenso, mas é a última partida da temporada. Adeus segundona! A promessa é de 30 mil pessoas com "alto astral" e jeito de "festa baiana", quiçá com trio elétrico e abadá – pena que ninguém mencionou acarajé e abará.

"Vamos possibilitar aos nossos torcedores que moram em São Paulo participar ativamente desta festa. Afinal, sempre que jogamos na capital paulista nossa torcida comparece para nos apoiar", convidou Marcelo Guimarães Filho, presidente do Bahia.

O evento acaba sendo incorporado às comemorações de 80 anos do clube, o que ocorre em 35 dias. Os ingressos variam de R$ 15 a R$ 80.

Também sobem Coritiba e Figueirense. A última vaga fica entre América-MG e Portuguesa – sendo que a Lusa precisa ganhar do Sport em Recife e torcer por tropeço dos mineiros contra a Ponte Preta em Campinas.

Mais:

Morumbi é ideal para parada gay, diz promotor

Serra não larga o osso e Aécio rosna

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O beijo do Judas

Quando o derrotado José Serra apareceu no Congresso Nacional em Brasília, anteontem, a irritação dos tucanos que são aliados do senador eleito Aécio Neves foi visível. Sem compromissos programados, Serra deu as caras "aparentemente em busca de espaço na mídia", conforme o jornal Valor Econômico. Depois das eleições presidenciais, como era de se esperar, o racha no PSDB se aprofundou ainda mais. Os aliados de Serra e de Aécio trocam farpas publicamente. Quando Aécio criticou a hegemonia paulista e propôs uma "refundação" do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa de Serra, ao negar que o PSDB seja "muito avenida Paulista" ou precise ser refundado. Agora, a proposta de recriação da CPMF cava um novo abismo entre as duas facções tucanas.

Há três anos, quando a CPMF foi derrubada no Congresso, o partido já havia se dividido. Serra liderava a ala dos governadores tucanos favoráveis à continuidade da CPMF, enquanto senadores do PSDB e do DEM a combatiam. No cenário atual, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, defende a volta da CPMF. Já Serra, agora sem cargos e de olho apenas na oposição, apelou para que o PSDB marche em bloco contra a volta do imposto, sob o risco de "quebrar" o partido. Para um dos principais deputados aliados a Aécio, Serra tenta, de forma "autoritária" e "à base de cotoveladas", liderar a fragilizada oposição. Até a serrista Folha de S.Paulo considerou a "visita-supresa" ao Congresso como o "primeiro passo do ex-governador de São Paulo para tentar ocupar a presidência do PSDB a partir de 2011".

O Valor Econômico publicou que "a postura de Serra, subindo o tom das críticas a Lula, foi interpretada pelos companheiros de partido como manifestação da intenção de comandar a oposição. Os tucanos que o acompanharam no Congresso dão como certo que Serra tentará disputar a Presidência da República novamente — projeto que não encontra entusiasmo no partido". Nisso, o deputado aecista Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB mineiro, mandou um recado aos tucanos paulistas: "Vão ter que nos engolir. Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin e, em 2010, de Serra. Agora é a nossa vez". Das duas, uma: ou Aécio atropela Serra no PSDB ou sai e funda outro partido. Façam suas apostas.

Tipos de cerveja 57 - As German Hefeweizen

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Tipo de cerveja de trigo (wheat beer ou weissbier) surgido no sul da Alemanha, com forte presença de frutos no aroma e sabor, como banana e maçã. O volume alcóolico de 5% a 7%, sendo que as Hefeweizen são bastante refrescantes apesar de não muito ácidas. O prefixo "Hefe" significa algo similar a "com fermento", pois estas cervejas, em geral, são opacas e não filtradas. Se servidas num tradicional copo de Weizen, as Hefe produzem abundante espuma e ficam com excelente aparência. "Relativamente a este tipo de cerveja há que ter um aspecto em atenção: é habitual servirem-nas com uma rodela de limão, seja isso para cortar o sabor do trigo ou do fermento. Recuse uma cerveja servida desse modo, pois o limão apenas altera o sabor desta, para além de dificultar a formação de espuma", recomenda Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. Quando fui pra Irlanda, durante a escala no aeroporto de Frankfurt, pude provar uma cerveja desse tipo no Goethe-Bar (foto acima), a Paulaner, tirada em torneira. Uma delícia! Não senti gosto de fruta nenhuma, só o azedo (na medida) do trigo. Além da Paulaner Hefeweissbier, vale experimentar a Franziskaner Hefe-Weissbier e a Weihenstephaner Hefe Weissbier.

quinta-feira, novembro 25, 2010

"Parece um filme, só que ao vivo"

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Foi na edição do Jornal Hoje que a âncora Sandra Annenberg resumiu o que se viu durante o dia nas redes de TV noticiosas.

– Parece um filme, só que ao vivo, né? 10 milhões de brasileiros assistiram Tropa de Elite 2, a gente vive falando dessas invasões de favelas, e estamos acompanhando ao vivo.

Tá logo no comecinho. Vale assistir (apesar do comercial).



O noticiário virou um reality show, com notas de Tropa de Elite. Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), roteirista do filme, foi fonte obrigatória tanto para a Globo (promovido a assessor de segurança da emissora), como para outros veículos. Ele foi assertivo em todas as suas falas, apesar de dizer que a operação "superou a ficção", porque José Padilha não poderia ter imaginado algo assim.

A história deve ter garantindo ibope gordo à atração da emissora, porque a edição se estendeu e foi monopolizada pelo tema.

As cenas foram mesmo impressionantes. O deslocamento de pessoas, a maioria de homens, entre a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, mostrava uma ação de formiguinha dos supostos traficantes, que estariam levando armas e sabe-se lá mais o quê.

Em toda a cobertura televisiva de todos os canais, mais do que nunca, a terminologia "bandidos" predominou. "Criminosos" e "suspeitos" por pouco não desapareceram. Estes últimos só eram mencionados ao referir-se aos mortos. Todos foram julgados, condenados e taxados da forma mais pejorativa que poderia ser publicável.

Reality show e o retrato jornalístico

O mais curioso foi a sequência da ter se dado no mesmo dia em que JB Oliveira, o Boninho, diretor do Big Brother Brasil, o reality show de ofício mais visto da TV brasileira, ter se pronunciado sobre o programa. Primeiro, disse, pelo Twitter, que valeria tudo "até porrada" e bebida alcóolica ("chega de bebida de criança") etc.

Depois, mais a noite, ponderou: "BBB11 não será um ringue".

Ufa.

Mas não consigo parar de pensar que ele passou o dia assistindo à GloboNews e percebeu que se o Capitão Nascimento virasse reality show, o BBB ficaria sem graça.

Ficou difícil

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Na Holanda, o time do Ajax tinha que devolver a bola para o time de amarelo, num lance de fair play. Mas o manguaça, na tentativa de jogar para o goleiro adversário, fez um golaço. Daí, eles tiveram que deixar o time de amarelo marcar um gol, para empatar e consertar a mancada. Mesmo sem marcadores, a dificuldade que encontraram pra anotar esse tento é digna de registro:

Palmeiras perde e deixa 2010 no lixo

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O Palmeiras conseguiu o que parecia o mais difícil. Perdeu, na Copa Sul-Americana, para o penúltimo colocado no campeonato nacional. O Goiás venceu o alviverde paulistano por 2 a 1, de virada, em pleno Pacaembu.

Vergonha.

No encontro de times frágeis, quebrou-se a equipe que acreditou que um gol na partida de ida e outro na de volta garantiam a vaga na final. Não foi o que aconteceu.

Luan abriu o placar aos 33 minutos do primeiro tempo. O empate veio aos 47 da etapa inicial, com Carlos Alberto, em uma sobra de falta. Ernando selou o placar , aos 36 do segundo tempo.

Escrever de cabeça quente é mais difícil.

O ano de 2010, que começou com Muricy Ramalho, teve Antonio Carlos e terminou com Luiz Felipe Scolari, termina na lata do lixo. Uma temporada que não serviu nem para revelar atletas, nem para formar time para o próximo período, nem para trazer alento ao torcedor.

As falhas cantadas nos posts anteriores vinham sendo contornadas na competição continental, mas não é todo dia que a sorte de Felipão, os chutes de Marcos Assunção ou o bom trabalho de Deóla salvam a pátria.

Muito trabalho para a formação do elenco em 2011.


quarta-feira, novembro 24, 2010

Confira o vídeo da entrevista de Lula a blogueiros

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Mais:

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Encontro de blogueiros progressistas: a cachaça, bordeaux e o óleo de rícino

Toda cachaça é de esquerda. 

Let it be

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Na lista de vexames da diretoria do São Paulo nos últimos anos, que incluiu o Roberto Justus entrando em campo com o time e o Gilberto Kassab recebendo uma camiseta personalizada, podemos agora listar mais um: segundo o diário Lance!, "durante o show de Paul McCartney no Morumbi, Juvenal Juvêncio recebeu em seu camarote o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o atual governador, Alberto Goldman". Aproveitando a nostalgia beatlemaníaca, os três patetas, digo, políticos, que fizeram um esforço "hercúleo" para manter o Morumbi na Copa de 2014, devem ter dito a Juvêncio: "o sonho acabou". E, com o estádio recebendo tais figuras em um camarote, virou pesadelo. Mas, como diria Sir McCartney, "deixa estar". Sua hora chegará, Juvenal. Pode apostar nisso.

terça-feira, novembro 23, 2010

Para os que querem mudar de profissão

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Só repassando: o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo iniciou ontem seu primeiro curso de Sommelier de Cervejas, na unidade da Barra Funda. O curso, uma parceria com o centro de estudos alemão Doemens, abrange a história da cultura cervejeira, os pratos que podem ser combinados com a bebida e seus derivados e - melhor de tudo - degustações de diversos tipos de cerveja.

"As pessoas que se formam no curso, além de otimizar o tempo de uma cerveja na mesa, aprender a degustá-la e conhecer as possibilidades gastronômicas, passam a ser embaixadores do assunto e divulgam que é melhor beber menos, mas beber melhor", diz a professora Cilene Saorin (que aparece na foto com o engenheiro alemão Michael Zepf, doutor em Tecnologia de Cervejas e Bebidas e diretor técnico do centro Doemens).

Segundo Cilene, o mercado das cervejas "especiais", que necessita muito desse tipo de profissional, cresce 11% ao ano, enquanto o de cerveja comum cresce 5%. O curso custa R$ 2.100 e tem carga horária de 100 horas. O candidato deve ter ensino médio completo e ser maior de 18 anos. A próxima turma tem inscrições previstas a partir de março de 2011. A primeira edição do curso de Sommelier de Cervejas do Senac atraiu 40 alunos com perfis diversificados, entre profissionais da área, proprietários de cervejarias e bares, jornalistas de gastronomia e curiosos.

Campanha contra o desperdício

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Encostado no balcão do buteco, traçando uma costelinha de porco com limão e pimenta, observo o manguaça que chega e pede um pingado (leite com café). Pouco depois, o atendente destampa uma garrafa da temível cachaça Riopedrense e passa a completar um vidrão com umas cascas velhas indefiníveis e a inscrição "carqueja" - um daqueles recipientes que já trazem acoplada uma torneirinha, estilo filtro de água (à direita). Os olhos do manguaça brilham. O rapaz vai enchendo o vidrão até a tampa, depois pega a garrafa com um restinho de pinga e faz que vai guardá-la num caixote.

- Ô, amizade! Num desperdiça, não. Bota aqui esse restinho.

Ato contínuo, o atendente do buteco despeja o finzinho da temível pinga (à esquerda) no pingado do manguaça. Que, não contente, ainda resolve pedir também uma costelinha igual a que eu degustava. E come a engordurada iguaria acompanhada do café com leite e cachaça, lambendo os beiços. Mais um daqueles momentos em que, como diz o Glauco, se diferenciam os homens dos meninos...

segunda-feira, novembro 22, 2010

Juntando os cacos

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Depois de sete temporadas seguidas, o São Paulo não disputará a Libertadores da América em 2011. Talvez seja até bom - para a necessária reformulação do elenco, fique claro, pois economicamente é óbvio que será um desastre. De minha parte, acho natural essa queda. É impossível manter-se no topo durante tanto tempo. Se lembrarmos da última passagem de Telê Santana como técnico (à esquerda), o período mais vencedor do clube, veremos que foram quatro temporadas disputando em alto nível, de 1991 a 1994. Na temporada de 1995, ainda com Telê no comando, o São Paulo não disputou as finais de nenhum dos torneios que enfrentou, Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão. O time foi do excelente ao sofrível de uma temporada para outra. E demorou para se reerguer.

Lentamente, ao custo de várias reformulações de elenco e trocas de técnicos, o clube foi beliscando alguns vice-campeonatos (Paulistão de 1996 e 1997, Supercopa de 1997, Rio-São Paulo de 1998 e 1999) até que conquistou um Paulista, em 1998, ano em que quase foi rebaixado no Brasileirão, e outro em 2000, mais um Rio-São Paulo em 2001. Mas sempre sem montar nenhum esquadrão ou emplacar um técnico por mais de uma temporada. Quando finalmente conseguiu apresentar um bom time e fazer ótima campanha no nacional, em 2002, foi atropelado pelo Santos de Robinho & Cia, entrando em novo período de crise.

Surpreendentemente, a última grande fase do São Paulo começou com uma solução caseira, o preparador de goleiros e técnico interino Roberto Rojas (à direita), que classificou o time para a Libertadores da América depois de dez anos. Mas ficou chupando o dedo, pois a disputa da competição já trazia Cuca como técnico, esse mesmo que hoje está no Cruzeiro. Ele adotou o esquema 3-5-2 e deixou a base pronta para o sucessor, Emerson Leão, que levantou a taça do Paulistão de 2005 e entregou o time para Paulo Autuori conquistar a Libertadores e o Mundial. Depois disso, Muricy Ramalho assumiu e venceu três Brasileiros seguidos, sempre com o mesmo esquema e quase os mesmos atletas.

Mas o fantasma de quatro desclassificações na Libertadores o apeou do cargo e, ao fim dessas quatro temporadas vencedoras, de 2005 a 2008, exatamente como na Era Telê, o time começou a despencar em queda livre. É natural, faz parte de um novo ciclo. Agora é juntar os cacos dessa fase ruim e rezar para que o próximo bom período não demore mais uma longa década de intervalo. Porém, para os próximos dois anos, eu não espero títulos. Se conseguir priorizar a base, manter um treinador, um esquema tático e voltar à Libertadores, já será uma vitória e tanto. O clube é o da fé e, por isso, sabemos que um dia ressurgirá como uma das maiores forças do continente. Sem dúvida. Vai, São Paulo!

A origem do 'relaxa e goza'

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É comum, entre jornalistas proletários, bêbados e de esquerda (qualquer coincidência com a gente é mera realidade), usar o termo "pau alado" para situações extremamente difíceis - em português claro, que vai ferrar tudo e não tem jeito de evitar. Pois ouvi hoje de uma fonte insuspeita, muito próxima ao nosso estimado presidente Lula, que ele sempre costumava dizer (com o perdão do palavrão):

- Em chuva de caralho, a melhor arma é um pote de vaselina!