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CLÓVIS MESSIAS*
CPI virou farra. O oportunismo toma conta das comissões parlamentares de inquérito. Por qualquer motivo, desde que seja eleitoral e não para apuração de irregularidades, convoca-se. É na Câmara Federal, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais que estão proliferando as CPIs, principalmente quando há chance de aparecer na mídia. Aí, o que acontece? Nada se apura, faz-se o uso político e o dinheiro público, que deveria retornar para nós, desaparece.
Aqui no boteco, a moçada está ficando indignada. Não se justifica a ineficiência parlamentar afirmando que o presidente da República, o governador ou o prefeito têm maioria. Não é verdade absoluta. Sim, eles têm maioria, mas a atividade parlamentar, quando bem feita, consegue esclarecer. O que não dá mais para ouvir é eles ficarem falando, nos três níveis, federal, estadual e municipal, que não dá para enfrentá-los.
Porque, próximo das eleições, os parlamentares conseguem convocar, de afogadilho, as CPIs. Só no início deste mês, em São Paulo, a Assembléia Legislativa convocou cinco. Agora, se vão atingir o objetivo, é outra história. Aqui no butiquim ninguém é contra CPI, aliás, acreditamos que o legislativo é a mola mestra da democracia. Mas, quando o legislador se esconde atrás de um argumento oportunista qualquer, é sinal de que nós temos que reciclar o parlamento.
É tanta conversa fiada sobre CPI que as eleições estão quase escondidas. Não se deixe iludir pela cortina de fumaça eleitoral.
*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.


Saiu o vencedor da promoção 











Volta e meia uma dúvida toma meus miolos encharcados. E essa semana, graças ao descomunal Michael Phelps (à esqurda), ela voltou a me fustigar. Quem teria sido, independentemente da modalidade que pratica, o maior esportista de todos os tempos? É claro que essa é uma contenda sublinhada por critérios subjetivos e relativos. Pelo índice CS (Chico Silva), o eleito seria alguém que fez em seu esporte algo que nenhum outro esportista em nenhuma outra modalidade repetiu. Antes do golden boy de Baltimore, que além de água clorada aprecia outros líquidos (em certa ocasião chegou a ser preso por dirigir sob o efeito deles), eu tinha três outros nomes em mente.
O primeiro era Michael Schumacher (à direita). Nenhum piloto em tempo algum se aproximou dos recordes e números deste sisudo alemão que reescreveu a história da F-1 moderna. O segundo é o surfista Kelly Slater. Se Schumacher abocanhou sete títulos na F-1, o surfista americano conquistou oito no WCT, o circuito mundial de surf. Só que, enquanto Schumacher passa o tempo dando pitos na Ferrari e caneladas nas peladas, Slater ainda rema para o outside. Ele é o atual líder do circuito e dá vigorosas braçadas para o seu nono título mundial.
O ultimo nome da minha lista era Roger Federer (à esquerda). O suíço obteve os melhores resultados da história em um esporte que teve gênios como Rod Laver, Björn Borg, John McEnroe, Jimmy Connors, André Agassi e Pete Sampras, entre outros. Tudo bem que, ultimamente, anda tomando coça do touro espanhol Rafael Nadal. Mas ninguém conquista 12 Grand Slams e fica por quatro seguidos na liderança do ranking da ATP por acaso.


















