Compartilhe no Facebook
Deitando por terra a tese de que "não existe mais bobo no futebol", alguns clubes ainda querem pagar pra ver (e muito!) a ressurreição do ex-Imperador Adriano. Pelo o que parece, o alviverde de Campinas tem um trunfo...
Deitando por terra a tese de que "não existe mais bobo no futebol", alguns clubes ainda querem pagar pra ver (e muito!) a ressurreição do ex-Imperador Adriano. Pelo o que parece, o alviverde de Campinas tem um trunfo...
Quando alguém gosta de cachaça, e gosta de gostar da bebida, começa a querer saber o local onde a chambirra é plantada, colhida, prensada, fervida, fermentada e destilada. Torna-se curiosidade tão importante quanto conhecer a madeira que compõe os tonéis onde o precioso líquido descansa. Mesmo que, eventualmente, a "madeira seja aço-inox" (isso é detalhe).
Quando ouvia a clássica marchinha de Mirabeau Pinheiro, Lúcio de Castro, Héber Lobato e Marinósio Filho, imortalizada no Som na Caixa Manguaça nº 51", "Você pensa que cachaça é água", sempre entendi, na letra, um teor de um "pres'tenção". Uma dose de toque amigo para manguaças profissionais buscarem uma hidratação mais convencional.
Ao assistir a "O Mestre", de Paul Thomas Anderson, ocorreu-me uma leitura um pouco diferente. Em vez de uma crítica a hábitos etílicos exacerbados do interlocutor, imaginei que para a marchinha um diálogo em grau mais professoral, um ensinamento para explicar a diferença entre cachaça e água. A distinção, entendam, está praticamente dada por uma questão de fonte dos recursos (alambique versus ribeirão), quase uma denominação de origem controlada (DOC, como em vinhos, espumantes, queijos e quetais).
O devaneio, inspirado pela aspiração de chegar ao bar, decorre de algumas das sequências do referido longa-metragem. A produção mostra a relação peculiar (lá de onde eu venho, o nome disso seria "doida de pedra") entre Freddie Queuel (Joaquin Phoenix) e Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffmann), livremente inspirado em Lafayete Ron Hubbard, fundador da Cientologia -- ideário que teve repetidos quinze minutos de fama em 2001, quando o galã Tom Cruise trocou sua então esposa Nicole Kidmann pela doutrina -- não foi assim tão simples, mas me falta informação para redator de coluna de celebridades.
![]() |
Deivid Dutra / Agência Freelancer |
Em setembro de 2012, depois de longa "novela", o São Paulo acertou a contratação de Paulo Henrique Ganso. Fiquei feliz, claro. Mas, logo em seguida, no início de outubro, o meia Alex anunciou sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, e avisou que voltaria ao Brasil. Fiquei chateado. Porque, com a contratação de Ganso, dificilmente o meu time se meteria no "leilão" por mais um grande jogador da posição. E porque, apesar do ex-santista ser muito jovem e ainda poder jogar muito mais tempo (e possivelmente dar grande retorno financeiro quando sair do clube), eu prefiro Alex. Sim: na minha seleção brasileira, o veterano meia, que encantou palmeirenses, cruzeirenses e turcos, seria titular absoluto. Mesmo ao 35 anos.
Neste sábado liguei a TV para ver sua reestréia no Coritiba, clube que o revelou, em um amistoso contra o argentino Colón. O jogo foi fraco e nem teve nada de amistoso: cinco expulsões. O Coxa perdia até os 47 da segunda etapa, quando Deivid cabeceou para definir o 1 a 1. Mas Alex, mesmo desentrosado, mostrou a velha categoria. Armou jogadas, ajudou a marcação e cadenciou o meio-campo com uma propriedade raramente vista em colegas brasileiros da posição. E ainda acertou duas bolas na trave, em cobranças de falta, e fez um incrível gol olímpico - que foi anulado (justamente) porque a bola fez a curva por fora da linha de fundo. Craque! É uma pena que mais esse veterano não terá uma passagem pelo São Paulo.
O Santos faturou hoje a
Copa São Paulo de Júniores ao vencer o Goiás por 3 a 1, o seu
segundo título da competição – o primeiro foi em 1984. É o
resultado do trabalho nas divisões de base que vem dando atletas ao
time de cima há algum tempo e também conquistas como o campeonato
paulista sub-20 no ano passado.
![]() |
Garotos comemoram o título da Copa São Paulo |
![]() |
Romarinho jogou mal ou preguiçou? (Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians) |
Mais uma vez, devo iniciar uma análise de jogo do São Paulo com "guardadas as devidas considerações sobre a fragilidade do adversário". Ainda assim, a convincente goleada de 5 a 0 sobre o Bolívar, no Morumbi, pelo jogo de ida da pré-Libertadores, teve diversos "heróis". Ney Franco, muito corajoso ao botar Paulo Henrique Ganso no banco e apostar (certeiramente) em Aloísio na ponta-direita; Luís Fabiano, que voltou a ser convocado pela seleção brasileira e marcou dois gols (apesar de mais um cartão amarelo bobo no fim do jogo); o agora quarentão Rogério Ceni, com três belas defesas e um gol; Jadson, que está voando baixo nesse início de temporada, com dois gols em dois jogos. Mas o melhor em campo, sem dúvida alguma, foi Osvaldo. Com a saída de Lucas, ele agora é "o cara" no ataque do São Paulo.
Primeiro, abriu o placar com um golaço de perna esquerda (após belo passe de Jadson), deixando o goleiro boliviano atônito. Depois, no segundo tempo, retribuiu a assistência para Jadson marcar o quarto e sofreu o pênalti que originou o quinto gol, de Rogério Ceni. Atuação perfeita, impecável, nota 10. E o que mais me impressionou foi que, aos 37 minutos do segundo tempo, depois de correr sem parar todo o jogo, Osvaldo ainda estava dando piques de 40 metros atrás de bolas na linha de fundo... Monstro. O preparo físico do camisa 17 salta aos olhos, principalmente se comparado a figuras sonolentas, desatentas e improdutivas como Ganso. Cañete, mais uma vez, entrou na ponta-direita no final e mostrou disposição. Bem como Casemiro, que está com fome de bola. Bons sinais. Que venha o jogo de volta.
![]() |
Neymar: um chapéu diferenciado (Reprodução) |
No livro "Assessora de encrenca" (Ediouro, 2006), a produtora Gilda Mattoso, última companheira de Vinicius de Moraes, conta alguns episódios sobre o poeta. Em 1980, pouco antes de morrer, Vinicius foi operado de hidrocefalia. Ao saber do ocorrido, o escritor Fernando Sabino protestou:
- Não pode ser! Vinicius não bebe água. Talvez seja uma uísquecefalia...
![]() |
Felipão gesticula ao explicar seu objetivo: resgatar o futebol-bailarino (Silvia Izquierdo/AP) |
![]() |
Ele voltou, mas não vai marcar ninguém (Getty) |
![]() |
"Essa é campeã!" é uma proposta de slogan |
Guardadas as devidas considerações sobre a tradicional fragilidade do time do Mirassol, a estreia do São Paulo no Paulistão 2013, no Morumbi, teve como saldo positivo não apenas a vitória por 2 a 0, mas principalmente a boa atuação do meia Jadson, deslocado para o setor direito do ataque, onde antes desfilava Lucas, hoje no Paris Saint Germain. A fracassada negociação com o ponta Eduardo Vargas, do Napoli, que acabou sendo emprestado ao Grêmio de Porto Alegre, abriu espaço para Jadson, que iria para o banco de reservas com a efetivação de Paulo Henrique Ganso como homem de armação no meio-campo.
Durante a fase de preparação para a nova temporada, o técnico Ney Franco chegou a testar um losango com Ganso e Jadson no meio e apenas dois atacantes, Luís Fabiano e Osvaldo. No jogo-treino contra o Red Bull Brasil, dia 16 (vídeo abaixo), o time titular, com essa configuração, não conseguiu produzir nada no ataque e perdeu por 2 a 0 no primeiro tempo, com duas falhas de Rogério Ceni (os reservas sãopaulinos conseguiram empatar e evitar o vexame na segunda etapa). Diante disso, Ney decidiu improvisar Jadson na ponta-direita e manter o esquema 4-3-3 que deu padrão de jogo ao time no segundo semestre de 2012.
![]() |
Ele, sempre |
![]() |
Olha o Zizao aí. (Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians) |