Destaques

sexta-feira, junho 22, 2007

Futurologia dos treinadores do Brasileiro

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O poeta Augusto dos Anjos reclamara em certo poema que "um urubu pousou na minha sorte". A tal ave, que no caso não tem nada a ver com o mascote do Flamengo, anda rondando diversos times no Brasileiro e pode acabar ceifando alguns treinadores nas próximas rodadas. De acordo com o nível técnico apresentado na competição, pode ser mais divertido fazer bolões de que técnicos vão cair do que perder tempo adivinhando qual time vai ganhar tal partida. E tem muita gente esperando de camarote a desgraça alheia para voltar. Vamos à futurologia, pois.

O Flamengo está na zona de rebaixamento e o Vasco, com uma partida a mais, está entre os cinco primeiros, embora tudo indique que vá despencar algumas posições nas próximas rodadas. Se um time carioca entra em crise, qual é a solução? Ele mesmo, o da foto, Joel Santana, que, em caso de um resultado catastrófico para um dos dois rivais no clássico de domingo, já pode tirar sua prancheta da gaveta. Se não, ainda vai ter que esperar algumas rodadas.

Já o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians e depois pega uma seqüência em tese mais tranqüila, América (RN) no Palestra Itália e Naútico fora. Mas, para um treinador cambaleante, as partidas fáceis podem ser fatais. Tropeços podem fazer com que Caio Júnior ceda lugar a, quem sabe, Abel Braga, hoje no Marítimo de Portugal. Mas não ficaria desempregado por muito tempo: o carioca em crise que não ficar com Joel, fica com o possível futuro ex-palestrino.

A proximidade da eleição e a falta de contratação que frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo também podem precipitar a saída o técnico do Santos. Ainda mais com o mercado europeu aberto, que tanto seduz o "caipira" (para relembrar termo utilizado pelo não-saudoso FHC). Assim, técnico e clube chegariam a um acordo, resultando em uma bela economia para os cofres da Vila Belmiro. No caso, se a separação não for litigiosa, Luxemburgo poderia indicar seu sucessor. Mas se a saída dele de fato aocntecer, vai ser fruto de conflitos pouco amistosos (não propriamente uma novidade na carreira) e, o mais provável, é que Marcelo Teixeira busque outro nome que tanto lhe apraz. Seria Emérson Leão, hoje desempregado e esperando alguém que lhe pague algo próximo da metade da fábula que ganhava no Corinthians.

Já Muricy Ramalho enfrenta Santos, Flamengo e Corinthians. Grandes partidas, bastante mídia. Fracassos inevitavelmente resultariam na derrubada do técnico, e o curioso é que poderia se inverter uma lógica recente. O Tricolor, que tem derrubado treinadores do Alvinegro paulistano, pode perder o seu justamente após o clássico com sua vítima predileta. Claro, contando também que o Corinthians quebre o tabu contra seu algoz. Seria uma bênção para os corintianos e também para Paulo Autuori, treinador preferido da diretoria sãopaulina.

E existem ainda outros técnicos que podem entrar na dança das cadeiras de outros times. Giba, recém-saído do Sport, e Vadão, que também saiu do Atlético (PR), podem ocupar vagas de outros clubes que já se candidatam ao rebaixamento. Agora, é sentar e torcer.

Bigode de branco

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Três jornalistas deixam a redação. A pé. Antes de alcançar a esquina, o bar quase termina de encerrar as portas. Antes que a tristeza abalasse aos ainda não-embreagados, um cidadão de bigodes que mal se agrisalhavam, calva avançada e vestido de branco da cabeça aos pés pára e coça a barriga modelo tiozão:

— Que delícia essa vila. Era meu sonho de consumo uma assim, mas nunca tem pra alugar, né?

Solícito e, talvez, farejando álcool no ar, o primeiro se adianta e responde que viesse um mês antes teria achado a casa do sonho. O bigode de aparência que lembra o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh quer saber o preço, se é bom, se é grande. Olha de novo, e sem ser questionado explica:

— A localização não é a que a gente queria, mas é uma tranquilidade...

O silêncio constrangedor se instala por pouco tempo. Ele explica a origem sorocabana como motivo da bucólica fuga da agitação da metrópole dentro dela própria. Quer saber de onde são os transeuntes que até então nunca vira na vida. Não se interessa pelo paulistano, nem pelo santista. Mas...

– Ah, Rio Claro, que cidade. Em Sorocaba, se você sai nessa hora para jantar, vai achar o restaurante do hotel no centro e só. Em Rio Claro não, você acha pelo menos uns cinco... (pausa) Exagerei? Três tem, vai?

Mais dois comentários desconexos, seguidas de confirmação sem jeito de quem não está na mesma altura etílica são a senha para a despedida.

O manguaça parte. Denuncia seu estado deplorável ocultado na fala quase sem enrolar. Ao caminhar, aderna na calçada, pende para um lado e outro. A queda, iminente, não ocorre.

– Putz, ninguém perguntou qual era a profissão do cara pra escrever no Futepoca... – lamenta um dos que ficam depois de algumas exclamações de surpresa e gargalhadas.

O Conselheiro Acácio ameniza:

– De branco, devia ser dentista, ou médico.

– Vai ver era medium.

Luxemburgo não quer se comprometer

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Depois de melar a negociação do Palmeiras com o atacante Kleber, do Necaxa do México – em ação considerada anti-ética pelo bastião do comedimento Chico Lang –, o Santos enfrenta um probleminha pra acertar com o centro-avante. O jogador quer contrato de um ano e não de seis meses como oferece o time da Baixada.

A mesma exigência era pendência que atrasou a negociação com o alvi-verde e permitiu que, com um troquinho a mais, o Peixe passasse o Palestra para trás. Marcelo Robalinho, apresentado como representante do atleta, reclamou que a família do cabra estaria tentando fazer um leilão entre os interessados.

A sugestão para o comandante do escrete alvi-negro da Vila Belmiro Vanderlei Luxemburgoveio do cunhado Fabiano, que garantiu que o camisa 9 é o goleador que o time precisa. Mas é justamente de Luxemburgo, informa o Estadão, que vem a resistência aos 12 meses de contrato.

Diz a nota: "como provavelmente o técnico vai para o futebol europeu após o encerramento do seu contrato, em 31 de dezembro, Luxemburgo não poderia assumir um compromisso de mais de seis meses com Kléber."

As eleições na diretoria do clube também são apontadas como uma dificuldade para a transação.

A Luxemburgo, assíduo leitor do Futepoca, fica a pergunta: já de malas prontas?

quinta-feira, junho 21, 2007

Secretaria do Ensino Superior é ilegal

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e agora, Mr. Burns?

do Última Instância

Magistrado diz que Secretaria de Ensino Superior é ilegal, mas nega liminar

Danielle Ribeiro

O desembargador Palma Bissom, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), negou pedido de liminar da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo contra os Decretos 51.460 e 51.460, de 2007, que criaram a Secretaria de Ensino Superior e a vinculou às universidades paulistas.

Ao tomar a decisão, Brissom reconheceu a inconstitucionalidade dos decretos, mas entendeu que o Decreto Declaratório 1/07, expedido posteriormente pelo governo do Estado, esvaziou a real utilidade da secretaria e, por isso, deixou de existir a urgência da liminar.

“Somente por lei da iniciativa do governador, portanto via Assembléia Legislativa, vale dizer, mediante obrigatória observação do processo legislativo, podem ser criadas e extintas Secretarias de Estado”, disse o desembargador.

Ação

Na Adin (ação direta de inconstitucionalidade), o PT alegou que a criação da secretaria violou a Constituição Estadual, “já que somente por lei, nunca por decreto, se poderia criá-la”. Ainda de acordo com o partido, a vinculação das universidades paulistas à secretaria fere o princípio da autonomia universitária.

Além disso, o PT afirma que, ao criar a Secretaria de Ensino Superior, o governo do Estado extinguiu a Secretaria de Turismo, ao contrário do que afirmavam os decretos, que tratavam de mera transformação de nomes. “Turismo nada tem a ver com ensino superior. Diferem uma coisa da outra como água do vinho, evidentemente”, diz o partido na Adin.

Para o desembargador, é evidente que as secretarias de Estado deverão ser criadas ou extintas somente por lei, o que configura a inconstitucionalidade dos decretos. No entanto, ele explica que o governo, “buscando reforçar a autonomia universitária” editou o Decreto Declaratório 1, de 30 de maio de 2007, que deu nova redação a vários dispositivos do Decreto 51.461 e retirou a possibilidade de intervenção nas universidades.

“Fico com a forte impressão de que o decreto declaratório em questão por assim dizer extrapolou o reforço a que se propôs, chegando mesma a esvaziar a real utilidade da Secretaria de Educação Superior e o perigo que a criação dela representava à autonomia universitária”, concluiu Palma Bissom, ao indeferir a liminar.

Bolas paradas

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Um dado interessante saiu na Folha do dia 18: 56% dos gols feitos pelo Botafogo no Brasileirão foram em lances de bola parada. Dos 18 gols marcados, 10 foram em faltas, escanteios e adjacências. Ainda mais curioso, nenhum gol de pênalti.

A porcentagem é muito acima da média do campeonato. Tirando o Botafogo (sempre de acordo com o Datafolha), 36% dos gols foram em lances de bola parada.

O dado pode ser interpretado como mais uma prova do equilíbrio do Brasileiro. O time que se destaca o faz por treinar mais ou ter jogadores melhores ou ter mais sorte em uma situação específica.

Ainda não vi nenhum jogo do Bota, por isso não falar nada sobre o futebol de seu time. Mas esse número é estranho para o time que vem sendo cantado e decantado pelos comentaristas como o de futebol mais bonito de se ver até agora.

Para os treinadores de outros clubes, por favor, vamos caprichar mais nos treinamentos!

Terceirona: maior que a Série B?

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O ótimo blog Longe dos Holofotes fez um post conclamando "mais respeito à Série C". O argumento do autor para pedir maior consideração à Terceirona está no glorioso passado de alguns dos clubes que jogarão o campeonato.

A quantidade de títulos é expressiva: a Série C tem dois Brasileirões (Guarani-78 e Bahia-88), uma Taça Brasil (Bahia-59), uma Copa dos Campeões (Paysandu-02) e tantos outros.

Agora vejam que curiosidade. A falta de "gigantes" na Série B de 2007 faz com que, se analisarmos por esses critéirios, a Série C fique até à frente - ou pelo menos em "empate técnico", o que é bem interessante, já se considerarmos o buraco sem fundo como a Terceirona geralmente é tratada.

A Série B de 2007 tem apenas um título brasileiro (Coritiba-85) e nenhuma Taça Brasil. A vantagem estaria na Copa do Brasil, com três títulos: Criciúma-91, Santo André-04 e Paulista-05.

O jeito é esperar que um grande caia no atual brasileirão pra essa disputa voltar a ser desigual...

Terceira Via

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O jornal esportivo espanhol As traz hoje em sua página uma matéria que diz que o Real Madrid já estaria conversando com uma terceira opção de contratação, para o caso de as negociações com Kaká e Cristiano Ronaldo darem em água. E não é que o salvador da pátria em questão é o Tevez?

De acordo com o diário, Pedja Mijatovic, diretor esportivo do Real Madrid, reuniu-se na terça passada com o corintiano (provoquei) Kia Joorabchian, representante da MSI e empresário do argentino.

Tevez tem contrato com o West Ham até 2010, mas, segundo consta, não quer cumpri-lo até o final. Lembrando que em 26 partidas pelo time inglês, o jogador marcou 7 gols. Decisivos para salvar o time do rebaixamento, é verdade. Mas só sete. Não merece a badalação.


Calma, que o Brasil AINDA é nosso!

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No programa Provocações, da TV Cultura, Antônio Abujamra (foto) perguntou ao estadunidense Matthew Shirts - editor da National Geographic, correspondente do Estadão e (blah!) curintiano - se é verdade que lá nos Estados Unidos dizem às crianças, na escola, que a Amazônia não é do Brasil. A resposta, digna de nota, foi: "Não, acho que ainda é dos brasileiros" (o grifo é nosso). Faltou só a pergunta seqüencial: "Até quando?".
(Colaborou Isabella Holanda)

Pedindo ajuda aos universitários

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Por absoluta incompetência lingüística, não consegui decifrar a manchete de hoje do jornal Olé, da Argentina. Algum hermano - ou uma pessoa com conhecimentos reais da língua espanhola - poderia me ajudar nessa empreitada?

Negócio atravessado

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Parece que o atacante Kléber, ex-Atlético/PR, de saída do Necaxa (MEX), que estava praticamente acertado com o Palmeiras, resolveu não cumprir o acordo verbal que, segundo o Alviverde, teria sido "fechado" entre ambos. Kléber não compareceu a uma reunião marcada com dirigentes do Palestra, na terça.
O jogador estaria promovendo um "leilão" de seu futebol e o negócio teria sido atravessado pelo Santos, que "furou" o acordo entre atleta e Palmeiras. "O Palmeiras não vai ficar esperando o jogador se manifestar e já estamos trabalhando em outras frentes para reforçar nosso ataque", disse o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, o que parece revelar que o Verdão desistiu do atacante.

Esse tipo de caso é comum, e sinceramente não cheguei a uma conclusão sobre se é antiético ou se o jogador está simplesmente exercendo um direito, profissionalmente falando. Fico mais para a antiética. Neste caso, do Santos e do Kléber. São Paulo e Santos têm protagonizado várias disputas do tipo nos últimos anos, um dos elementos da rivalidade crescente entre os dois clubes. Mas o caso Kléber deve azedar a relação entre o Peixe e o Verdão, o que é uma pena, já que os dois clubes têm tradicionalmente muito boas relações.

Campeonato começa de verdade

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O Campeonato Brasileiro (nada de brasileirão, dado o nível) começa de verdade nesta rodada. Sem contar o fato de que não há mais Libertadores, Copa do Brasil ou qualquer outro campeonato para dividir as atenções, a rodada é cheia de clássicos e bons jogos.

Destaque para Botafogo x Corinthians, Santos x São Paulo, Cruzeiro x Atlético, Vasco x Flamengo e Internacional x Grêmio.

Sem desculpas de outras disputas, os times não podem esperar mais para reagir. Principalmente Grêmio e Flamengo, nas portas do rebaixamento, e Santos, que está lá pertinho...

Pelo que vêm jogando e pelos times que têm, Santos e Grêmio ainda devem dipsutar as primeiras posições.

Já os rubronegros, bem, acho que vão ficar lá embaixo na tabela e, se tudo der certo, cumprirão o plano de ir para a segundona, ensaiado há anos. O Vasco não fica longe não.

O jogo é jogado

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"Um dia, um jogador vai quebrar a perna dele. Os jogadores começam a ficar com raiva, a não gostar dessas atitudes antifutebol e um deles quebra sua perna. Aí ele vai dizer que os atletas das outras equipes são desleais.". A pérola é do goleiro Danrlei, depois da semifinal do campeonato brasileiro de 2002, e a "ameaça" era dirigida a Robinho, que marcou um gol na vitória por 3 a 0 do Santos na primeira das duas partidas daquela eliminatória.

Naquela ocasião, foi 3 a 0, mas poderia ter sido seis, sete, oito, tal a superioridade da equipe santista. Na volta, o Grêmio precisava devolver os três de diferença, já que precisava somente igualar a vantagem. Venceu por 1 a 0, o Santos cozinhou a partida e Leão aconselhou Robinho a não fazer o que sabe, o que dá graça ao futebol: driblar. Sacou o garoto na segunda etapa. E guardou seu repertório para enfrentar o Corinthians na final e materializar outras jogadas memoráveis.

A "ética" de Danrlei é a ética de boa parte dos fãs do Grêmio. Driblar é "antijogo", mas "quebrar a perna" não é uma atitude típica da deslealdade se o atleta for "provocado". Dessa vez, o Grêmio não tinha um Danrlei pra tentar intimidar o jogador que praticava o "antijogo" frente ao adversário: Riquelme.

Às vezes, principalmente no primeiro tempo, Riquelme parecia aquele cara que joga no time dos solteiros da praia. Aproveita a idade e a falta de técnica dos já dormentes casados e prende a bola, caminha em campo, espera um dos dois finais inevitáveis do lance de quem sabe jogar. Ou completa a jogada ou sofre a falta. Na opção dois, o Tricolor gaúcho não decepcionou e fez o que sabe. Mas não foi o suficiente. E quando pôde, Riquelme, que resgata a mística da dez, decidiu

Embora o ex-árbitro que favoreceu groterscamente o Flamengo em uma Libertadores estar dando chiliques por conta de uma dita "condescendência" de Oscar Ruiz quanto à cera portenha, ele esqueceu de dizer que quem parava a partida era o Grêmio, com sua sucessão de faltas. A mesma cera que os gaúchos fizeram contra o Santos, desta vez provaram da sua fórmula.

Gerson Sicca, do blog parceiro Limpo no Lance, já tinha feito uma análise a respeito da forma dos gaúchos jogarem, principalmente usando a marcação-pressão no campo adversário. Mas o recém-promovido a gênio Mano Menezes só não contava que o Boca, ao contrário de outros times, não fosse recuar totalmente, sempre preservando dois a três jogadores no campo do Grêmio. Desta forma, o arqueiro Caranta (avacalhado por comentaristas tupiniquins, como se Saja fosse um baita goleirão) sempre buscava colocar a bola no espaço em que os tricolores ficavam no mano a mano com os portenhos.

Diante da tática boquense, os defensores gremistas, dois zagueiros que não sabem sair com a bola junto com dois laterais fracos tecnicamente (embora tenha comentaristas esportivos que ache o pra lá de medíocre Lúcio um ótimo atleta) erraram diversos passes diante da pressão gaúcha. Jogar com uma zaga desprotegida é diferente da postura que foi adotada em Buenos Aires, com o meio recuado, dando oportunidade dos homens de trás saírem pro jogo.

E Paulo Pelaipe, o dirigente gremista que disse que o Boca era um "Caxias com grife", teve que se calar, assim como o jornalista e torcedor Eduardo Bueno, que foi além dizendo que o clube argentino era um "Caxias piorado". Na prática, o que se viu é que o Grêmio é um "Caxias com história", no que diz respeito à qualidade de seus atletas. Não foi suficiente para um time que precisava marcar pelo menos três tentos e não conseguiu fazer sequer um.

quarta-feira, junho 20, 2007

Nem chance

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Não foi a ausência de Sandro Goiano. Nem os truques na manga que nunca existiram do treinador Mano Menezes.

Muitos antes do primeiro gol do Riquelme, na segunda etapa, já estava na cara. Antes do jogo, confesso, comecei a desconfiar.

Prometi tentar, mas não consegui nem começar a torcer pelo Grêmio. Sem chances. Nem sendo o mortificado tricolor pateticamente mais fraco.

É que, pra ser assim, risível, o time gaúcho ainda teria que jogar bola. Na primeira canelada, no primeiro passe-bisteca, estava claro que o outro tinha que ganhar. Quem gosta de futebol sabe que não se escolhe para quem se vai torcer. Aos 10 do primeito tempo, eu queria, com gosto e raiva até, não a derrota gremista, mas a consagração do camisa 10 do Boca.

E que chutaço do Riquelme. O segundo, que acaba de sair aos 35 do segundo, só o coroa.

Será que ele topa uma temporadinha no Palestra Itália?

P.S.: Chamem nosso pseudo-argentino (mas verdadeiro boludo) Esteban, de Mendoza, pra tomar uma gelada.

Vai começar

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São 21h54. Vai começar a finalíssima da Libertadores. Minha maior curiosidade é saber o que vai acontecer com o Grêmio (que destrói os adversários jogando com marcação, marcação, marcação e contra-ataque) tendo que jogar o tempo todo no ataque, ou seja, aberto. Contra o time de Riquelme.

A torcida do Grêmio vaia o hino argentino. Isso é um grande incentivo aos boquenses.

E quem é o tal Maurício Saraiva, que vi comentar no Sportv, no início da transmissão? Nossa, nunca vi tanta bobagem dita em tão pouco tempo. Mudei pro Cléber Machado.

Grêmio 3 a 0? Faz-me rir...

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Comovente a tentativa do companheiro Anselmo de fazer média com os gremistas em mais um exercício esquizofrênico de quem, há uma semana atrás, assumia torcida pelo Boca (embora corresponda a sua opção de torcer pelo mais fraco). Seria medo das ameaças e xingamentos proferidos contra os membros desse blog (especificamente contra este escriba?).

Bom, primeiro, vou fazer minha média também. Nada contra os gremistas, os gaúchos e blablabla. A história do Grêmio é feita de superação, raça, garra, virtudes admiráveis em qualquer atividade humana e blablabla. A única questão é que não gosto do futebol jogado por eles. Ponto. Principalmente o do time atual, que se locupleta da mediocridade geral do futebol sulamericano e brasileiro e da lógica algo imprevisível de um torneio mata-mata que já consagrou o glorioso Once Caldas.

Quanto à partida de hoje, o Boca tem uma bela vantagem, não é um "Caxias" da vida, como disse o falastrão Paulo Pelaipe, que não pára de fornecer mais motivos ainda para se torcer contra o Tricolor sulista. Os portenhos são um time que tem camisa e, acima de tudo, tem jogadores. Riquelme, Palacio e o oportunista Palermo (alguém vai dizer que o Tuta é melhor?) fazem a diferença em relação ao Grêmio. Do meio defensivo pra trás, sem dúvida os atletas podem até se equivaler, com pequena vantagem pros argentinos.

O conjunto e a raça podem ser fatores que decidam um jogo? Até que podem, mas aí seria dizer que o Boca vai pro gramado sem conjunto e sem raça. Entrar em uma partida perdendo de três em uma final é dose pra qualquer um, pra uma equipe pouco criativa e burocrática, pior ainda.

Pelo menos o Sandro Goiano, mais famoso pelas suas "dez verdades" do que pela sua bola, não vai estar em campo, o que pode favorecer um futebol um pouco menos... travado. Já dei os meus motivos e não vou torcer pra um time que joga como uruguaio. Sou Boca (mesmo tendo apostado nele como vice no bolão), pelo bem do futebol.

PS: Caso o Grêmio consiga um árbitro bem companheiro que o ajude nessa missão - única possibilidade de sair campeão - os gremistas podem vir achincalhar este blogueiro cantando suas "façanhas".

Grêmio 3 a 0. É possível

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Só não é provável. Todos os jornais usam variações da mesma manchete envolvendo a idéia de "milagre" ou "missão impossível", do "criativo" Chico Lang.

A torcida tentou impedir que os jogadores do Boca Juniors pegassem no sono, com foguetes, gritos e barulho nos arredores do hotel Holiday Inn, na avenida Carlos Gomes. Foi assim até às 4h, quando, cansados de atirar objetos pela janela, os hóspedes – da delegação argentina ou não – preferiram chamar a polícia.

Sandro Goiano, suspenso, prometeu carrinhos nas cadeiras cativas. O time gremista conseguiu viradas em partidas de volta contra o São Paulo e Defensor. Mas tomou uma virada – insuficiente – do Santos, uma série de goleadas no Brasileiro e um chocolate na Bombonera.

Contra o Tricolor Paulista, os gaúchos perderam de 1 a 0 e venceram por 2 a 0. Contra os uruguaios, a derrota no jogo de ida foi por 2 a 0, e a classificação veio nos pênaltis no Olímpico.

O desafio é tirar 3 gols, sem vantagem de gol fora de casa. Ao analisar o comportamento do Grêmio, arrisco dizer que é a primeira vez em que a torcida de um time francamente azarão chega quase de salto alto para a decisão. É possível, mas improvável.

Sem ironias, vou tentar torcer para o Grêmio. Não prometo sucesso na empreitada.

terça-feira, junho 19, 2007

Fica Ana Paula!

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Foto: Divulgação


Isso é um comentário ao post anterior. Por minha própria sugestão (a esquizofrenia se agrava?), publico como novo texto.

Concordamos com os excessos dos comentaristas seduzidos pelas curvas, ou melhor, pelos acertos nas primeiras atuações da Ana Paula. Se ela estava bem, tem que elogiar. Se erra, tem que criticar. Se peca por excesso de personalismo e por posar pra Playboy (acharam as fotos*) e fica fora de forma, não acompanha os lances etc., também tem que criticar – ao que consta, ela permanece em forma, embora seja discutível se desconcentrou-se ou não com tanto assédio.

Mas o "cavalheirismo" criticado não é explicitado no texto link. Diz -se que os testes são femininos, mas não que pontos não são exigidos. Acho que valeria tentar descobrir qual a diferença nos testes.

Ainda assim, desqualificar uma mulher por ela ter passado por um teste físico menos pesado é tão ruim quanto atribuir-lhe capacidades extraordinárias. A crítica do "cavalheirismo" desconsidera toda e qualquer possibilidade de política de ação afirmativa, de cotas para negros nas universidades, a cota de mulheres nas eleições legislativas (1/3 das listas) até incentivos fiscais para setores com dificuldades conjunturais ou estruturais.

Há diferença do objetivo dessas políticas para a presença de mulheres na arbitragem do futebol. Deseja-se negros nas universidades. Deseja-se mulheres na política. Deseja-se que setores economistas não sejam levados à bancarrota. Pergunta-se: deseja-se mulheres na arbitragem?

Senão, proíba-se de vez, como ao sacerdócio na Igreja (forcei, forcei). Se sim, deixa o teste pras moças menos rigoroso.

O que não pode é ter critério diferente para avaliar a atuação na prática. Adianto que discordo que um teste físico menos rígido cause atuações mais fracas.


P.S.: No site da Ana Paula Oliveira, tem uma enquete com a pergunta: "Você acha que a Ana Paula deve continuar na arbitragem?" Às 21h10, o resultado era 53,6% "Não", contra 45,6% "Sim". Apenas 0,8% optaram por "Talvez", muito abaixo dos 3% históricos que "não souberam ou não quiseram opinar". Ao contrário do histórico, votei "Sim". Faltou a opção: "Agradeço se não for nos jogos do meu time", para evitar que minhas convicções sejam postas à prova.

*O parênteses descontextualizado continua a ser um esforço para atrair acessos de buscadores tarados.

Arbitragem feminina: precisa-se falar sério

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Tem se tornado chato e repetitivo o debate sobre a arbitragem feminina. Os argumentos e posições costumam ser sempre os mesmos. De um lado, machistas inveterados como Carlos Augusto Montenegro, presidente do Botafogo; de outro, pessoas que defendem a "presença da mulher" e nem param para pensar que a "não-presença" delas, em alguns casos, não se faz por questões comportamentais ou preconceituosas, e sim por razões científicas e técnicas.

É essa linha que quero focar. Acho que ninguém aqui discorda de que o fato de mulheres e homens não competirem entre si em quase todos os esportes (acho que hipismo e automobilismo são as únicas exceções, se alguém souber mais, avise) não se trata de "machismo" ou "preconceito". Isso é fruto das composições diferentes que os sexos possuem, coisa que vem da criação divina ou do que quer que se creia.

Transporto agora esse ponto para a questão da arbitragem. Desconheço análises sérias e focadas, de profissionais da área e desprovidas de caráter emocional - para ambos os lados - sobre o assunto. Se temos conhecimento de que há limitações para que os sexos executem determinadas tarefas, porque não pensar que isso também se aplica à arbitragem? Será que é realmente "machismo" e "preconceito" acreditar que as complexões do seu físico tornam para uma mulher a tarefa de arbitrar um jogo masculino de futebol do que seria para um homem - ainda mais se temos em conta que há diferenças entre os sexos e que, no esporte, estas se personificam nas separações de competições entre homens e mulheres?

Claro que existe machismo de muita parte, como eu citei acima. Mas também é irritante da mesma forma ver o efeito contrário, que fez julgamentos sobre as mulheres que deixariam qualquer machista com inveja - não foram raras as vezes que vi, por exemplo, comentaristas dizendo que as bandeirinhas acertam mais que seus colegas homens porque "são mais atentas". E falando sobre essa distorção, aponto artigo da Revista Invicto que mostra algo que, visto de forma séria, é um absurdo - as mulheres que atuam na Federação Paulista de Futebol são submetidas a testes físicos inferiores aos dos homens. Ora, isso é ou não um atestado de inferioridade e/ou incompetência? Uma mulher que queira encarar seriamente essa tarefa deveria recusar esse "cavelheirismo".

Tradução simultânea

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Sem clube, depois de despencar do Betis para o Bordeaux, e de lá para o Al Nasr, o ex-"bailarino" Denílson (foto) treinou esses dias no CT do Palmeiras, pra não perder o costume. Questionado sobre a possibilidade de jogar no alviverde, o sem-contrato soltou a seguinte pérola: "Acredito que ainda tenho futebol e condições de atuar fora do país". Bonito isso. Em outras palavras, significa: "Só quando eu estiver no bagaço completo e irreversível é que me dignarei a tirar os últimos trocados em algum clube brasileiro".

Mais Sandro Goiano

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Ídolo dos futepoquenses, o astro Sandro Goiano aparece nesse campo virtual (graças que é virtual) para mostrar um pouco de sua habilidade. Uma seleção que faz jus ao craque, embora faltem milhares de lances em que ele mostra o que sabe fazer melhor.
Sintomático, aliás, o ato falho de Juca Kfouri no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil. Sobre o atleta ele falou que "sua ausência preenche uma lacuna". Sensacional.

"Ele é muito bom, pena que..."

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Uma tendência quando se analisa futebol é considerar que alguns atletas seriam grandes jogadores (ou maiores do que realmente foram) não fossem algumas circunstâncias específicas. Fatalidades, como o acidente que encerrou a carreira de Manuel Maria, que na década de 1970 caminhava para ser o novo Pelé; comportamento exageradamente complicado - e aí temos inúmeros, como Almir Pernambuquinho, da década de 1960 e, mais recentemente, Luís Fabiano e Edmundo; e mesmo lesões agressivas, como as que impediram que Marco Van Basten tivesse uma carreira mais prolongada.

Atualmente, há dois jogadores que encaixam-se perfeitamente nessa definição. Tiveram um início de carreira meteórico e depois entraram na lista do "pena que...". Acontece que, em 2007, eles estão superando o "pena que..." e, mesmo assim, não estão conseguindo mostrar um grande futebol. Falo de Pedrinho e Dagoberto.

Pedrinho passou por inúmeras lesões que começaram lá em 1998, quando ele era jogador do Vasco. Às vésperas de se apresentar pela primeira vez à seleção brasileira, teve uma contusão seríssima, e daí pra frente nunca mais foi o mesmo. No Palmeiras, alternava boas apresentações com meses de inatividade. E no Fluminense, de onde vem essa foto, sua passagem foi ridícula.

Então Pedrinho chegou ao Santos. E, como que em um milagre, seu verdadeiro problema de saúde - uma lesão no quadril - foi detectado e ele tem jogado initerruptamente desde o início do ano. Um verdadeiro recorde. Acontece que o futebol dele não deslanchou. Esperava-se, que em condições ideais, Pedrinho chegasse para ser o titular do Peixe - até porque Rodrigo Tabata estava em baixa e ninguém dava um tostão furado pelo "queimador de línguas" Rodrigo Souto. Mas Pedrinho foi pro banco. E de lá mal saiu. Agora, que o Santos passa por uma transição com a saída de Zé Roberto, Pedrinho terá sua chance. Mas precisa jogar mais bola do que fez até agora para ser considerado um titular.

No caso de Dagoberto, foram dois seus males: lesões sérias e problemas jurídicos. Ele vinha arrebentando no Atlético-PR vice-campeão brasileiro de 2004 e sofreu uma contusão gravíssima na reta final do campeonato. Quando começou a se curar, entrou num imbróglio com a diretoria do Atlético e ficou praticamente inativo por dois anos.

A transferência para o São Paulo parecia a tábua da salvação. A boa estrutura do Tricolor evitaria problemas físicos do atacante e, com a cabeça livre das pendências burocráticas, Dagoberto teria que decolar. Mas até agora não fez isso. Estreou bem contra o Grêmio e depois disso não fez muita coisa - tanto que até agora não foi às redes com a camisa do São Paulo. Espero mais dele que do Pedrinho, mas o mais provável é que a carreira de Dagoberto seja consolidada como a de um "bom jogador", e não do craque que ele parecia ser.

No domingo, 40º clássico mineiro no Brasileirão

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Roberto Assaf, do Lance!, atenta para um marco importante da próxima rodada do Brasileirão: o 40º confronto entre Atlético MG e Cruzeiro pela competição. A vantagem é do Galo: 15 vitórias contra nove da Raposa. Dos 15 empates, oito terminaram em 0 a 0. Os atleticanos marcaram 47 vezes, contra 37 gols dos cruzeirenses - o que dá uma média de 2,15 gols por partida. As maiores goleadas aconteceram em 1999, quando o Atlético-MG de Marques e Guilherme enfiou 4 a 2 no Cruzeiro de Müller e Paulo Isidoro; e em 2000, quando a Raposa de Fábio Júnior e Sorín devolveu os 4 a 2 sobre o Galo de Neguete. Mas o que chama a atenção, na história desse clássico pelo nacional, é a média de público, superior a 57 mil. Na última vez que os dois se enfrentaram pelo Brasileiro, em 16 de outubro de 2005, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, gol de Adriano Gabiru (aquele mesmo que decidiu o Mundial para o Inter de Porto Alegre). A partida comemorava os 40 anos do Mineirão e contou com a presença de Telê Santana, em sua última aparição pública.

segunda-feira, junho 18, 2007

Ana Paula de Oliveira + Playboy + machismo + mulher

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O título mostra a finalidade do post. Facilitar o acesso dos nobres visitantes do Futepoca que, amantes do esporte bretão, encaram apenas com curiosidade o anúncio da Playboy de que a capa da revista mensal da editora de Veja terá a árbitra Ana Paula Oliveira. Não foi confirmado o mês.

Depois de apitar a quarta divisão (numa "atuação considerada boa" pelos jogadores), a bandeirinha – conforme definição de próprio site da moça – foi à redação da revista masculina assinar contrato para tirar a roupa e dar margem a chamadas de capa "astutas" e trocadalhescas. Deixo as sugestões para os comentaristas.

O que é terrível é que a moça foi entrevistada na edição da junho, com direito a comentário no Futepoca com foto machista disfarçada em um texto pseudo-analítico.

Tanto machismo não impediu que, depois de ser acusado de "editor de Ana Paula Oliveira no Futepoca", venha eu confirmar meu posto, pra não perder o emprego nem a oportunidade de esquizofrenicamente condenar o machismo reinante neste blog.

Reprodução: BlablaGol

A homenagem do parceiro BlaBlaGol, aos botafoguenses foi a
foto com mais relação com a notícia que encontrei. Diferente de
outra feita, nem tenho a desculpa de que achei no
Google Images.
É uma foto-denúncia a tanto machismo. Que feio.

A hora do chute é agora

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Sei que todo mundo tá dizendo por aí que o campeonato está nivelado (por cima ou por baixo, sei lá) e que é impossível fazer qualquer tipo de previsão etc. Tá certo, só que previsão depois que o campeonato acaba não adianta.

Para enriquecer (ops) a discussão, fiz levantamento de com quem jogou quem em relação aos 5 primeiros colocados. Sem contar a confusão da tabela, dá para ver que alguns times tiveram o caminho mais complicado que os outros.

Enquanto outros cavalos paraguaios (olha o preconceito contra os cavalos paraguiaos) apareceram na ponta da tabela mais pela fraqueza dos adversários.

Sem enrolação, o principal exemplo desses times que só jogaram contra pangarés (olha o preconceito com os pangarés) é o Vasco. Enfrentou nas primeiras rodadas três times que estão na zona de rebaixamento: América (RN), Sport e Náutico, além dos reservas do Grêmio na quinta rodada. Quando pegou Bota, Flu e São Paulo começou a queda livre. Que não deve parar até a disputa do rebaixamento (taí, prognostiquei). Até porque está com um jogo a mais que os outros.

O Paraná também teve caminho relativamente simples. Reservas do Grêmio, Juventude, Cruzeiro, Náutico. Dos que aparentam ser os melhores times, apenas São Paulo e Corinthians. A previsão é que também caia daqui por diante, mas deve ficar longe do rebaixamento, pode chegar a uma sul-americana.

O Curinthia teve um caminho mais ou menos até agora. Juventude, Cruzeiro e América (RN) não deram tanto trabalho assim. Mas já pegou Santos, Paraná e Atlético (MG).

Agora, o Galo teve uma das mais difíceis trajetórias até agora. Dos fracos, pegou só o Náutico. Dos mais ou menos, Figueirense e Atlético (PR). E as pedreiras Botafogo, Corinthians e São Paulo, tudo fora de casa. Só perdeu até agora para o Bota. Se continuar assim disputa uma sul-americana e, se der sorte, chega perto da Libertadores. Bem longe do rebaixamento apregoado pela oposicionista Carminha.

Já o Bota, é cada vez mais líder e candidato ao título. Já pegou Inter (RS), Atlético (MG), Flamengo (está mal, mas é clássico). Além de Palmeiras, reservas do Grêmio, Vasco e Náutico, que não deram tanto trabalho assim. Se não amarelar, como costuma fazer, pode ser....

Taí, agora cada um que dê seu palpite.

Num dos próximos capítulos, o temido rebaixamento...

Fora Dualib: ato dia 28 de junho

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Encontrei esse texto no site da Gaviões da Fiel. Não pude acompanhar a primeira reunião do movimento Fora Dualib, mas vou tentar ir a esse ato.

O MOVIMENTO FORA DUALIB CONVOCA A TODOS OS CORINTHIANOS

Atenção Nação Corinthiana,

O Movimento Fora Dualib convoca todos os Corinthianos a comparecer no dia 28 de junho, a partir das 18h, no Parque São Jorge (Rua São Jorge, 777). Acompanharemos -pacificamente e do lado de fora do clube- a reunião que decidirá a aprovação ou não das contas referentes ao ano de 2006.

Essa reunião é muito importante para o futuro do Sport Club Corinthians Paulista, que já acumula dívida de mais de R$ 70 milhões. É essencial que os Corinthianos compareçam em peso, para mostrarmos nossa insatisfação e exigirmos uma administração clara e honesta para o clube .

Pedimos que todos compareçam usando a camiseta do movimento ou a camisa do Corinthians.

FORA DUALIB

No domingo, não tem clássico paranaense

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Um dia antes de o pai do Mauro Beting ser o mestre de cerimônia de um evento para atrair sócios remidos com a presença do governador de São Paulo José Serra (PSDB) – que orgulho – os 3 a 1 diante do Goiás, no Serra Dourada, tiveram a previsível repercussão de ampliar o anúncio, na imprensa, de que a cabeça do técnico Caio Jr. estaria a prêmio.

Quando o jogo é em casa, foi a torcida que atrapalhou. Não nesses termos, mas o discurso oficial é de que a demora em fazer gol deixa a torcida irritada e o time perde o prumo. Quando o jogo é no adversário, foi a sorte, o mérito do adversário... Às vezes entra a trave para dificultar. Na próxima, a culpa provavelmente será da bola.

No sábado, a torcida protestou contra a síndrome de time pequeno do Palmeiras, metonimizada pelo zagueiro Edmilson e pelo atacante Cristiano, ambos ex-Paraná. Não incluíram nas reclamações o volante Francis, titular.

Os cinco desfalques atrapalham em Goiânia, e o adversário, normalmente, quer ganhar. "A bola parada está definindo a maioria das partidas e precisamos analisar o que aconteceu para trabalhar em cima disso", concluiu Caio Jr.

Tudo isso é verdade, embora treinar marcação também é importante. O que anda incomodando é o time jogar bem e "merecer a vitória", mas deixá-la para o adversário. Vá ser generoso assim treinando o Corinthians.

No próximo domingo, no Parque Antártica, a partida é contra o Atlético-PR. Se os 30 barulhentos da Mancha Verde tiverem razão, Caio Jr. vai encarar a disputa como clássico. Se depender da imprensa e de parte cada vez mais numerosa da torcida, clássico é ótimo para derrubar técnico.

domingo, junho 17, 2007

Manguaça pouca é bobagem

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Vem do blog Nonsense a notícia sobre alcoolismo na Rússia.

Lá, a rapaziada manda ver, deixando envergonhada essa aprendiz. Segundo a pesquisa, 43% de todas as mortes de homens em idade produtiva são causadas por fatores ligados ao álcool. 72% dos homicídios e 42% dos suicídios também têm a ver com a manguaça.

A expectativa de vida dos homens é de apenas 59 anos. A das russas é de 72. A discrepância já causa alarme no país, que vê a taxa de natalidade cair vertiginosamente.

Assustador.

Matador

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Com oito jogadores fora de combate, o São Paulo venceu o Vasco por 2 a 0, dois gols de Borges, agora artilheiro do time ao lado de Rogério Ceni. Destaque para os primeiros gols do ataque são paulino no torneio.

Com o resultado, o São Paulo sobre para a 6ª colocação no campeonato, com 10 pontos. Já o Vasco cai para quinto.

Como torcedora, tenho que agradecer ao Vasco pela lambança executada na jogada do segundo gol! Sensacional!

Real campeão

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O Barcelona bem que fez parte dele, mas não conseguiu evitar que o Real Madri fosse, pela 30ª vez campeão espanhol. Até 30 minutos do segundo tempo dos dois jogos, ainda dava Barça, que venceu o patético Gymnastic por 5 a 1, dando show.

Mas 0 Mallorca, apesar de fazer o primeiro gol do jogo e perder pelo menos três contra-ataques com claríssimas chances de gol, não conseguiu segurar a pressão madridista, infelizmente (estava torcendo para o Barça. Não nutro simpatia alguma pelo Real).

Robinho não marcou, mas ainda assim deve chegar com moral para a disputa da Copa América. Einh? Copa América?

sábado, junho 16, 2007

Medidor de fidelidade

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É sempre uma discussão interessante - e em boa parte das vezes inútil pela falta de racionalidade - saber qual torcida é mais ou menos fiel. Existem aqueles que carregam esse rótulo pelo que fizeram em uma ocasião, há mais de 30 anos. A mentira repetida vira realidade. Mas o blog parceiro Onde a Coruja Dorme fez uma fórmula interessante para testar a "real" fidelidade das torcidas. Claro que a dita cuja vale apenas para o campeonato em questão e não pra todos os torneios. Segue abaixo o post e a fórmula:

Lembram aquela loucura que inventei no ano passado de torcidas mais fiéis? Criei até uma formulinha bem simples (posição no campeonato - posição no ranking de público = índice de fanatismo) pra ver quais eram as torcidas mais apaixonadas e as mais geladas das Séries A e B.

No ano passado, deu como campeões de fidelidade o Fortaleza na Série A e o Paysandu na B. Como ambos foram rebaixados, acho que os milhões de leitores do OCD desistirão de ir ao estádio apoiar seu time, já que é melhor um estádio vazio para um time que não cai do que um estádio lotado para um time rebaixado, não é?

Bom, fiquei curioso de saber quem seria o líder das torcidas mais fiéis do Brasileirão 2007 até o momento. Os reestreantes na Série A América e Sport fazem campanhas horríveis, mas suas torcidas comparecem e estão entre as mais presentes nos estádios. Por outro lado, o Paraná e o Botafogo estão bem, mas quem os acompanha é uma meia dúzia de gatos-pingados.

Na B, os torcedores de Santa Cruz e Ceará são os mais parceiros, e os de São Caetano e Gama os mais ausentes.Acho que vou atualizar esse ranking toda semana. Então, segura aí a classificação até a quinta rodada:

Torcidas mais fiéis

Série A

América: +16 (20º colocado/4º melhor em público)
Sport: +15 (18º/3º)
Grêmio: +12 (14º/2º)

Série B

Santa Cruz: +9 (13º/4º)
Ceará: +8 (11º/3º)
Paulista: +5 (18º/13º)

Torcidas mais geladas

Série A

Paraná: -15 (4º/19º)
Botafogo: -14 (2º/16º)
Juventude: -8 (12º/20º)

Série B

São Caetano: -14 (3º/17º)
Gama: -12 (2º/14º)
Criciúma: -4 (4º/8º)

sexta-feira, junho 15, 2007

Denúncias: mais assunto pra Marta Suplicy explicar na CPI do Apagão

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No pedido de convocação da ministra do Turismo Marta Suplicy à CPI do Apagão Aéreo (foto), feita pelo deputado Vic Pires (DEM-PA) e descartado por Marcelo Castro (PMDB-PI), a justificativa era "ela esclarecer o que vem fazendo [no cargo], até para as pessoas relaxarem e fazerem outras coisas".

Pois Xico Sá, em seu PonteAéreaSP, põe mais lenha na fogueira:

Relax for man

Ao sugerir o clássico relaxe e goze, a ministra Marta Suplicy lembra o seu tempo de TV Mulher, da Globo, quando dava belos conselhos, coisa de fêmea livre e muito bem psicanalisada, às pacatas donas-de-casa. No caso dos aeroportos, no entanto, o conselho saiu com algum atraso. Os donos das saunas e clínicas de massagem dos arredores de Congonhas, em fases mais graves do apagão, mantinham até um serviço de vans para buscar os clientes VIPs. Foi aí que algumas casas, como a Brooklin, por exemplo, criaram até um programa especial de milhagem. Ninguém lucrou mais com a crise aérea do que esses cafetões de luxo!

Se confirmadas as denúncias das vans a serviço dos lupanares aos VIPs do aeroporto, Veja vai recuperar a matéria que relacionava os irmãos Tatto com o PCC via sindicatos de lotações?

P.S.: Recuso-me a pôr link pra página da revista da Abril. Quem quiser saber que matéria é essa, que procure no São Google.

Dez verdades sobre o Sandro Goiano

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Reproduzido do blog parceiro Bla Bla Gol sobre o ídolo gremista Sandro Goiano, dez verdades sobre o mesmo.


- O maior feito na carreira de um jogador de futebol não é fazer 1.000 gols. É levar um carrinho do Sandro Goiano e ainda estar vivo para contar.

- Originalmente, o DVD da Batalha dos Aflitos se dividia em duas partes: “Sandro Goiano” e “Os aflitos”.

- No Winning Eleven, você pode controlar mais de 2 mil jogadores do mundo inteiro. Só não pode controlar Sandro Goiano.

- Garrincha tinha as duas pernas perfeitas. Até disputar uma bola com Sandro Goiano.

- A teoria da relatividade diz que Sandro Goiano pode te dar um carrinho ontem.

- Sandro Goiano pediu uma camisa do Grêmio na Inter Sport do Beira-Rio. Foi atendido.

- Sandro Goiano não olha para os dois lados antes de atravessar a rua. Ele simplesmente dá um carrinho nos automóveis para passar.

- Quando Saddam Hussein foi condenado, ele tinha duas opções: enforcamento ou um carrinho do Sandro Goiano. Ele preferiu ser enforcado.

- Sabe por que a lua tem crateras? Sandro Goiano costumava treinar chutes à noite!

- O que passa na cabeça dos adversários durante um jogo contra o Grêmio? A chuteira de Sandro Goiano!

Enquanto isso, no Congresso Nacional...

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Sei que o assunto não é tão emocionante quanto a final da Libertadores, mas está rolando no Congresso uma discussão importante. Trata-se de parte da Reforma Política,q ue de tão cantada e decantada durante as últimas eleições, mereceu até as iniciais maiúsculas que utilizei. A etapa em discussão no momento é a do sistema eleitoral , mais precisamente o tipo de voto que adotaremos nas eleições proporcionais.

A discussão está acontecendo na Câmara dos deputados. Nessa semana, um projeto que previa a implantação do voto em lista fechado foi rechaçada no plenário, sem conseguir consenso mesmo entre os partidos maiores, defensores e beneficiários da mudança. Agora, as lideranças dos grandões estão se articulando para propor a alternativa de listas flexíveis, intermediário entre o sistema aberto que temos hoje e a lista totalmente fechada.

A mudança, seja ela qual for, tem potencial para modificar substancialmente a relação entre os eleitores (vulgo, nós) e os partidos políticos. Hoje, no sistema de lista aberta, cada eleitor vota em um candidato, tendo como opção o voto na legenda. O número de votos recebido por cada postulante determina seu lugar na lista dos futuros representantes do povo. O problema é que, nesse sistema, cada candidato trabalha apenas para si mesmo, gerando uma disputa fratricida com seus colegas de partido. Isso desvaloriza a instituição partidária, que deveria aglutinar e representar idéias presentes na sociedade e passa a ser um guarda-chuva para pretensões pessoais.

A lista fechada forçaria uma visibilidade dos partidos, levando o eleitor a considerar mais as idéias e interesses que cada um defende. Por outro lado, diminui a influência do eleitor na escolha de seus representantes e dá uma força muito grande para as direções partidárias, que ganham a possibilidade de manipular a lista,colocando seus preferidos no topo. Para piorar, a proposta que foi debatida na Câmara previa que as primeiras colocações na lista pertenceriam sempre aos deputados já eleitos, praticamente anulando a renovação da Casa.

As listas flexíveis pretendem unir as vantagens dos dois modelos, utilizando uma lista fechada na qual o eleitor tem a possibilidade de modificar a ordem dada pelos partidos. É mais democrático que a lista fechada nesse sentido e menos bagunçado que a lista totalmente aberta.

Por outro lado, muita gente argumenta que mudanças desse tipo são superficiais, não atingindo os problemas reais de nosso sistema político. Que o poder econômico continuará definindo os vencedores de qualquer maneira. Que a grande mídia vai manter o monopólio da discussão pública, forjando falsos consensos . E que os partidos continuarão com discursos vazios, sem defender propostas objetivas, eliminando o debate público de idéias, fundamento primevo da democracia. Meu pessimismo congênito diz que essas pessoas têm grandes chances de estarem com a razão.

Mulher do Souza tem medo dos jogos do São Paulo

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O meia Souza (foto), do São Paulo, é um boquirroto de marca maior e, geralmente, só fala besteira. Com isso, desperta a antipatia dos adversários, deixa os técnicos do tricolor de orelha em pé e faz a alegria dos jornalistas sem assunto. Uma coisa não se pode negar: algumas vezes ele é apenas sincero. Como agora, quando seu modesto futebol sumiu de vez e o time tropeça numa seqüência espantosa de atuações pífias. Souza conta que as desclassificações no Paulista e na Libertadores o deixaram muito abatido e revela que até a família está reclamando. “Eu chego em casa e meu filho Kevin me pergunta por que o São Paulo não ganha mais”, entrega o jogador. Mas o pior, segundo ele, é que asua mulher, Daniele, está desesperada. “Ela diz que fica com medo em dias de jogos.” Taí uma potencial concorrente ao posto de Regina Duarte das esposas de boleiro. Mas, pra falar a verdade, eu também tenho medo dos próximos jogos do São Paulo...

quinta-feira, junho 14, 2007

Cuba apóia Bolívia pela altitude. Segure-se Joseph Blatter

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Deu no Vermelho.

A Associação Cubana de Futebol aderiu à Bolívia em sua oposição à recente decisão da Fifa de não permitir a realização de partidas internacionais oficiais em estádios situados a mais de 2.500 metros de altura sobre o nível do mar. O apoio foi expresso em comunicado emitido na quinta-feira.

Dizendo respaldar "firmemente" os argumentos da Bolívia em oposição à "injusta, discriminatória e arbitrária" decisão da Fifa, a Associação Cubana afirma: "Tal proibição desumaniza o esporte, despoja de direitos e afronta as possibilidades dos países de praticar futebol e competir em sua terra natal". O comunicado é dirigido ao presidente da Federação Boliviana, Carlos Alberto Chávez.
O secretário-geral da Fifa, o suíço Urs Linsi, deixou o cargo na terça-feira, 12, depois de cinco anos esquentando o lugar. As más línguas da imprensa ironizaram o fato de ter sido de Linsi o fax que reconhecia o título da Copa Rio de 1951 como mundial do Palmeiras.

Agora, com o apoio de Cuba à Bolívia contra a proibição de jogos na altitude, em 27 de maio, o Joseph Balatter que se segure.






Diante de ameaças tão fortes, Blatter nem vai precisar tomar aulas com o João Havelange sobre como permanecer no cargo por 24 anos, três vezes mais do que o suíço até agora.

Começou de novo

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Um dia após a primeira partida da final da Libertadores, com o Campeonato Brasileiro em andamento e notícias importantes em outros esportes - como os preparativos para os Jogos Panamericanos e o Grande Prêmio de Indianápolis da Fórmula 1 - e o Sportv está gastando grande parte da sua programação matinal com a cobertura do treino da seleção para a Copa América.

E o que é essa "cobertura"? É uma sequência chata e repetitiva de atividades físicas, bola pra um lado, bola pro outro, e rigorosamente nada que interesse ao telespectador - até porque os comentaristas não aproveitam a oportunidade para tentar caçar informações do treino, e sim ficam repetindo chavões sobre o time de Dunga.

Inevitavelmente vêm as lembranças da época da preparação para a Copa da Alemanha, quando o mesmo Sportv passava horas, horas e horas de rodas de bobinho e abria mão de fazer uma cobertura mais inteligente do esporte como um todo.

Lamentável.

P.S.: a foto, como vocês podem desconfiar, não tem nada a ver com o post. É que eu queria uma imagem das rodas de bobinho da época da Copa e, ao digitar "roda de bobinho" no Google, veio essa foto. Fica como ilustração.

1 motivo para torcer para o Grêmio

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Depois da polêmica lista dos 7 motivos para torcer para o Boca na final da Libertadores e passada a primeira partida (3 a 0 para los bosteros) que deram razão à paulistada folgada de secadores – hall em que estive incluído durante os 90 minutos na capital argentina – faço questão de propor um, pelo menos um, motivo para torcer pelo tricolor gaúcho no jogo de volta:

1. Torcer pro pateticamente mais fraco
É que sou esquerdinha, sabe como é? A tendência é torcer pelo oprimido, pelo esmerilhado, pelo escorraçado... Enfim, esse lenga-lenga de comunista. É fato que isso seria a antí-tese do item sete do já citado post, mas a desproporção de forças ficou beeeeem mais clara após a primeira partida. E o Grêmio não mostrou nem a raça gaúcha, nem o futebol de verdade propalado em verso e prosa. Vai Tcheco!

Foto: Ambiente Brasil


A da foto, assim como as piabas sofridas pelo Grêmio na
Bombonera como contra o Santos (3 a 1) no segundo jogo
da semi-final na Vila Belmiro, como contra o Botafogo (3 a 0)
e Vasco (4 a 0) pelo Brasileirão, apesar da diferença de
gravidade, são conhecidas também como lambari,
dependendo da região do país. Mas, no futebol, são
rigorosamente a mesma coisa.


Ilusionismo

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O ano era 1989 e Mike Tyson ainda era campeão mundial de pesos pesados. Um confronto entre o nº 1 e o nº 2 do ranking da CMB definiria aquele que seria seu principal desafiante. De um lado, Adilson Maguila Rodrigues, de outro, Evander Holyfield.

Começa a luta em Lake Tahoe. Maguila consegue aplicar bons jabs de esquerda, mantendo seu adversário, que possui maior envergadura, a uma distância segura. Baila bem, se defende, se esquiva. Ao fim do primeiro round, dá até mesmo a impressão de superioridade. No segundo assalto, entra mais confiante. Novos jabs de esquerda. Maguila, seguro, encurta a distância. Tenta aplicar sua potente direita e toma o contragolpe mortal. Nocaute no meio do segundo round. A sua superioridade não existia de fato.

Ontem, o ufanismo dos locutores brazucas viam o Grêmio superior ao Boca. Um lance quase faz o torcedor tricolor levantar do sofá, uma carga de um atleta gaúcho, não marcada pelo árbitro, faz a bola quase cair no pé de Tuta. Quase. Tirando isso, o clube quase uruguaio faz o que Maguila fez, mantém o Boca distante. Uma falta pra os portenhos e a ilusão de superioridade cai por terra.

"Gol irregular!", bradarão os gremistas. Os mesmo que disseram, em relação ao pênalti inexistente marcado a seu favor contra o Santos na primeira partida da semifinal, que reclamar era "choradeira de paulista". Por conta disso, os santistas com quem falei após o gol inaugural do Boca não escondiam sua satisfação.

Depois do gol, o Grêmio não consegue chegar. O Boca ameaça algumas vezes, mas já opta pelo controle da partida. no intervalo, o narrador tenta empolgar a torcida sulista. "O Grêmio teve bons momentos", força, sendo desmentido pelo teipe dos melhores lances, que só mostram o já citado lance de Tuta (aliás, o que ele rumina tanto durante a partida?).

Segundo tmepo, a mesma toada do primeiro, mas agora o Boca volta com mais ímpeto. Cria chances. O Grêmio também tem a sua. Os brasileiros não se entregam. São raçudos. Sandro Goiano, louvado e aclamado pelos comentarista tricolores que vieram até esse blog, é o simbolo da raça. Não sei que "raça" ele representa mas, pelo futebol jogado, seria um crime associar os elegantes mangalargas a ele, por exemplo. Mas o bravo não decepciona sua torcida. Vai lá e faz o que sabe. É expulso, com um jogo de atraso. Talvez devesse já iniciar as partidas com um cartão amarelo. Proteção aos adversários.

O Boca parece não alterar seu ritmo com um a mais. Só parece. Riquelme sofre falta próximo à área. Lembro de um lance semelhante na partida contra o Cúcuta. Na ocasião, ele colocou brilhantemente a bola no canto esquerdo do goleiro. Agora, a jogada ensaiada. O canto não é o esquerdo, o chute é forte.

Mas Juan Róman não estava satisfeito. Talvez os gaúchos finalmente tenham entendido o que é a "mística da dez". E o custo de ter como ídolo Sandro Goiano. Riquelme pega a bola, avança, finge uma finalização. Mais um raçudo atleta rival tenta o carrinho na jogada que era só ilusão. Cai. Abre espaço para o chute real. Saja defende. Palermo pega a sobra e cruza. O gol contra sepulta os brasileiros na partida.

Futebol não é só raça. É habilidade, é inteligência, é técnica. Mas às vezes muitos se iludem.

quarta-feira, junho 13, 2007

3 a 0

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Riquelme fez um golaço de falta (quem diz que gol de falta nunca é golaço?). E, aos 44 do segundo tempo em La Bombonera, o craque que está voltando ao Villarreal, para infelicidade do Boca Juniors, deu um tirombaço que o goleiro Saja, do Grêmio, defendeu, mas deu (desculpem a rima) rebote e os argentinos fizeram aquele gol de abafa, típico deles.

O Boca tem 3 a 0 e ainda Riquelme. Vamos ver se o Olímpico se transforma mesmo num santuário milagroso.

Robinho (Real ou Santos) x CBF

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Acho sinceramente ridícula a "postura" da CBF de exigir que Robinho se apresente antes do jogo de domingo do Real Madrid com o Mallorca, quando o Real (infelizmente) deve ser campeão espanhol.

Independentemente de minha antipatia pelo time de Madri, acho um absurdo que os clubes que pagam os craques, que formam ou investem neles, percam esses seus jogadores para seleções, sejam quais forem, em momentos decisivos. Curiosa essa ironia que novamente envolve Robinho. Em 2005, a CBF também não abriu mão do garoto (e, de quebra, do lateral Leo) e o Santos perdeu aquele jogo para o Atlético/PR na Vila Belmiro, apitado pelo gaúcho Carlos Eugênio Simon.

O Santos formou Robinho, o Real Madrid pagou e paga pelo jogador. No calendário agora de meio de ano, tudo quanto é seleção joga. Copa América, sub-20, sub-não-sei-o-quê... O campeonato brasileiro só terá sentido a partir de julho ou agosto. Para mim, hoje, seleção só tem uma função: é um shopping center de jogadores de futebol. Todos ganham, menos quem tem paixão por uma bandeira.

Naquele 2005, a rivalidade me impediu de torcer pro São Paulo na final da Libertadores, mas achei muito bem feito o Atlético perder.

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Procurando informações sobre a seleção feminina de futebol, resolvi entrar no site da CBF para pegar a lista das convocadas, saber onde jogam, essas informações básicas.

Qual não foi a minha surpresa quando encontrei um site sem UMA notícia sobre a preparação para o Pan. Como a página também não tem sistema de busca, apelei para o Google, e mais uma vez nada: foram listadas espetaculares 8 notícias, todas antigas.

Eu disse surpresa? Por que será que eu pensei que pudesse ser melhor?

Afinal, como dizem nossos amigos radialistas de Santos e do Rio Grande do Sul, futebol é para macho.

PIB sobe e Brasil entra no primeiro mundo social

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Saiu hoje o resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2007, calculado pelo IBGE. Em relaçaõ ao mesmo período do ano passado, alta de 4,3%. Com parado com o último trimestre de 2006, o crescimento é de 0,8%. É o primeiro resultado depois da mudança de metodologia feita pelo IBGE em março, que, ao dar a cada setor a importância devida, revelou uma economia maior do que se imaginava.

Os resultados aumentaram o otimismo de economistas, porta-vozes do companheiro Mercado, o que não aparece pra beber. A meta de crescimetno de 4,5% neste ano, prevista no PAC, pode se tornar realidade.

O que puxou o PIB foram o consumo das famílias, que aumentou junto com a renda, os investimentos privados (destaque para aumento de 7,2% no item Formação Bruta de Capital Fixo, que indica investimento das empresas em máquinas e construção, ou seja, preparação para produzir mais), e a recuperação do setor agrícola (mesmo baleado com a queda do dólar).

O crescimento é boa notícia, gera empregos e aumenta a renda. Aliás, resgato no Terra Magazine outra boa nova, que deixamos escapar em abril: na próxima divulgação dos números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pela ONU, o Brasil deverá figurar orgulhoso entre o grupo de países com “alto desenvolvimento humano”.

O principal responsável pela mudança, segundo o site, ocorrida em 2005, foi a mudança no cálculo do PIB, que levou o IBGE a “descobrir” 10,9% a mais de economia que era ignorada pela metodologia antiga. O ONU avalia três dados para determinar o IDH: critérios renda, escolaridade e longevidade da população. Assim sendo, só com o PIB recalculado de 2005, saltaríamos de 0,792 (sendo 0 o pior e 1 o melhor índice) para 0,8, saindo dos países de “médio” (onde temos companhia de Colômbia, Venezuela e Albânia) para os de “alto desenvolvimento humano” (junto com Noruega, Argentina, Chile e Uruguai). E, como os dados de educação e longevidade também têm apresentado melhora nos últimos anos, estaremos ainda melhor na próxima divulgação, que deverá ocorrer em 2008.

Assim sendo, do ponto de vista do IDH, nosso país é um lugar bastante bom para se viver (dos 177 países avaliados pela ONU, apenas 63 têm “alto desenvolvimento”). “E que vantagem Maria leva?”, poderia perguntar minha mãe. Sei lá. Na prática, já deveríamos estar sentindo essa melhora toda. Parece que o tal do primeiro mundo não é tão legal assim.

Procura-se atacante

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Quando Finazzi, agora assediado por empresários, chegou ao Corinthians, foi motivo de jocosidade pelos adversários. Ele parece fazer melhor o trabalho de pivô do que o de definir jogos, mas na conjuntura, ele parece ser a melhor solução de frente entre os paulistas. A falta de um atacante matador, que resolve, nos times paulistas se arrasta e soa a disco riscado.

A falta de gols do centroavante Aloísio, do São Paulo, dispensa comentários. No Santos, desde Deivid, segundo me lembra o Glauco, no primeiro semestre de 2005, não há um desbravador da grande área.

No caso do Palmeiras, como cita o Lance, há quatro partidas nenhum atacante marca gols. Um trecho de uma frase do técnico Caio Jr. virou destaque da capa da edição de hoje. Parafraseando Carlos Alberto Parreira, às vésperas da Copa de 1994, o palmeirense, ex-Paraná, disse que "a questão de fazer o gol é um detalhe onde entra a competência na hora de finalizar". Antes de dizer isso, ele disse que sua preocupação maior como treinador é a de fazer com que a equipe crie jogadas, o que vem acontecendo, vide quatro bolas na trave contra o Cruzeiro.

Parreira, o atual comandante dos Bafana-Bafana, a seleção sul-africana, disse que "o gol é apenas um detalhe". Não me lembro o contexto exato, mas era parte da explicação de como ele preferia ver seu time jogando: com a posse de bola, tocando de lado para, de repente, fazer um gol. O que entrou para o folclore do futebol, com ou sem razão, é que a própria criação de chances de gol seriam um detalhe para o comandante do escrete canarinho em 1994 e em 2006...

Mesmo diante da campanha do Lance para derrubar Caio Jr. que (ainda?) não tem meu apoio, me sinto impelido a condenar qualquer um que diga que o objetivo do esporte é um detalhe. Ninguém vai no campo para ver chutes na trave ou cruzamentos na área.

Seria como dizer que a cerveja na mesa de boteco é um detalhe.

Uma heresia, afinal, parafraseando o poeta – o mitológico mundrungo Flavião –, ninguém iria para o boteco tomar iogurte. Nada contra o iogurte.


terça-feira, junho 12, 2007

Tristeza no esporte: Sonny Anderson deixa o futebol

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Deu no Lance: O atacante Sony Anderson se despediu ontem do futebol em Lyon. O jogo foi “Amigos do Sonny Anderson” contra “Campeões do Lyon”. Participaram da festa Raí, Roberto Dinamite, Thuram, Dugarry, Guardiola e outros “craques do passado”, como os denomina o Lance. O futebol sentirá falta dessa lenda.

Dia dos namorados o Cazzo!

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Do novo parceiro Parmerista, sempre citado, agora também linkado:

Dia dos namorados o cazzo. Depois de 1993, o dia 12 de junho será sempre lembrado como o dia daquele jogo. Sábado, frio, névoa. Palmeiras e Corinthians decidiriam aquele que foi talvez o último Campeonato Paulista de verdade, como nos velhos tempos. (...)

Para não me alongar demais, não vou contar a história do jogo. Todos sabemos que foi 4x0, com 3x0 no tempo normal e 1x0 na prorrogação, que Evair acabou com o jogo, que tínhamos um esquadrão, que Luxemburgo ainda era humilde, etc etc etc. (...)

Hoje completam-se 14 anos dessa que foi uma das maiores glórias da Sociedade Esportiva Palmeiras, e os corintianos reclamam até hoje de uma suposta arbitragem tendenciosa a nosso favor - pura choradeira de perdedor, eles não se conformam até agora de termos saído da fila exatamente em cima deles e com um 4x0. Todos que tiveram a chance de viver esse jogo devem ter alguma história para contar - e os comentários deste post estão aí pra isso mesmo.
O melhor é que ele pachou até a gravação da narração de Osmar Santos, sempre lembrado com saudades entre os autores do Futepoca.

Do time de 1993 quem tem saudade aqui é apenas a minha pessoa.

Cerveja é saúde

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Deu na BBC (este post é dedicado ao Marcão). Freiras de três conventos espanhóis da província de León aceitaram beber meio litro de cerveja sem álcool durante 45 dias como parte de um estudo para comprovar os efeitos benéficos da bebida para a saúde. As 50 religiosas, com idade média de 68 anos, foram escolhidas pelos pesquisadores por "seu estilo de vida ordenado, regrado e equilibrado". O estudo da Sociedade Espanhola de Dieta e Ciências da Alimentação (Sedca) e Universidade de Valência, concluiu que o consumo moderado de cerveja - com ou sem álcool - pode diminuir o risco de problemas cardiovasculares e reduzir o colesterol.

O responsável seria o lúpulo, considerado um antioxidante que pode funcionar como remédio. "Em uma dieta adequada, o consumo de cerveja sem álcool pode contribuir para a redução de patologias associadas à idade e, portanto, promover um envelhecimento mais saudável", disse Jesús Román Martínez, um dos responsáveis pelo estudo.

Vejam bem a ressalva do cara: “Em uma dieta adequada”. Traduzindo, sem excessos!


(A matéria da BBC está aqui).

Paris Hilton: "Costumava agir como boba"

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Paris Hilton diz que mudou. Que não é mais uma dolescente, e que seu comportamento era uma represerntação. E que Deus lhe deu uma nova chance e que pretende usar sua influência de forma mais positiva.

Ela escolheu uma forma estrnaha de dizer que não vai mais ser só uma celebridade irresponsável: chamou a jornalista Barbara Walters para uma conversa na ala médica de uma cadeia em Los Angeles, onde está cumprindo pena por violar sua condicional.

"Não sou a mesma pessoa que era", disse Paris Hilton a Walters. "Costumava agir como boba. Era uma representação. Tenho 26 anos de idade, e esse papel já deixou de ser bacana. Não é quem eu sou, e não quero ser essa pessoa diante das garotas que me viam como exemplo." "Andei pensando que, quando eu sair daqui, quero fazer coisas diferentes. Eu fiquei muito mais espiritual. Deus me deu essa nova chance", observou.
A moça foi sentenciada h á45 dias de prisão ao dirigir embriagada. No meio do caminho, o xerife Lee Baça, de Los Angeles, decidiu deixar que ela cumprisse o resto de sua pena em prisão domiciliar, porque ela estaria apresentando problemas psicológicos. "Eu não estava conseguindo comer ou dormir. Estava gravemente deprimida, me sentia numa jaula. Eu não era eu mesma. Foi uma experiência horrível", contou Hilton.

A idéia foi encarada como favorecimento por ela ser uma celebridade e um juiz mandou a donzela de volta pra cadeia. "Sinto que o objetivo de minha vida é estar onde estou agora", afirmou Paris Hilton. "Meu espírito ou minha alma não gostavam da maneira como eu estava sendo vista, e é por isso que fui mandada para a cadeia. Deus me libertou."

Para finalizar, disse que sua pele está muito ressecada por não ter permissão de usar hidratante. "Não faz mal", disse. "Não sou aquela garota superficial. Não me olho no espelho desde que vim para cá." As informações são da Reuters.

"É bom tomar cerveja"

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Ainda de ressaca pelos recentes insucessos frente os dois maiores rivais gaúchos, o técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo, resolveu desencanar e deu dois dias de folga para seus jogadores. E explicou didaticamente ao site da Gazeta Esportiva:
"- Eles precisam fazer outra coisa que não seja jogar futebol. É bom tomar cerveja, fazer churrasco, ficar com a família."
Precisa repetir a "instrução tática"?

8 estão fora. Miranda é dúvida. Segure-se, Muricy

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Para o jogo contra o Vasco, Muricy Ramalho não poderá relacionar para o São Paulo 8 dos 25 atletas do elenco: Leandro e Dagoberto (suspensos), Reasco, Josué e Alex Silva (na Copa América), Júnior, Fredson e Maurinho (contundidos). E o zagueiro Miranda, ainda convalescendo do pontapé de Edmundo, é dúvida. Com isso, tipos inusitados como Breno, Rafinha e Francisco Alex, ou em franca descendência, como Jadílson, Richarlyson e Lenílson, devem ser improvisados no desespero. A balada fúnebre começa a soar no Morumbi...

Sete motivos para torcer pro Boca

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Como admiradores do futebol bem jogado e tipicamente brasileiro, eu e o companheiro Anselmo não subiremos no muro e já fizemos nossa opção na final da Libertadores: somos Boca. Não me venham com nacionalismos tacanhos pois, já diria Samuel Johnson, "o patriotismo é o útimo refúgio dos canalhas". Como ninguém falou se nesse refúgio tem cerveja gelada, adotamos como nossa pátria o futebol. Por ter um jogo mais bonito e bem mais parecido com o futebol verde-amarelo, optamos pelos xeneizes e listamos abaixo mais alguns motivos para quem quiser nos acompanhar na torcida:

1 - Riquelme contra Tcheco
Um é o camisa dez do Boca. O outro é o camisa dez do Grêmio. Ali está a grande diferença entre os dois clubes. Enquanto o Boca joga um futebol de velocidade, que conta com passes precisos, assistências e gols primorosos de Juan Róman, a equipe tricolor tem em um jogador burocrático, que só fez sucesso em um time da Arábia Saudita usando uma camisa emblemática para a torcida brasileira. Quem honra mais a mística da dez?

2 - Campeão da virada de mesa
Único time considerado grande brasileiro que caiu duas vezes pra Série B do nacional, o Grêmio protagonizou em 1993 talvez a virada de mesa mais estapafúrdia da história do ludopédio tupiniquim, pródigo em eventos do gênero. Em 1992, o time não conseguiu o acesso para a primeira divisão (ficou em nono lugar na Segunda). Como fazer os gaúchos subirem? Simples, elimine-se a segunda divisão. Subiram 12 clubes. Curioso é que, além disso, o Grêmio garantiu um “seguro anti-queda”. Para 1994, seriam rebaixados somente os 4 últimos colocados dos grupos C e D, que abrigavam todos os clubes que vinham da Série B, menos o... Grêmio. Virada pra ninguém botar defeito.

3 – Falta de originalidade
O uniforme é parecido com o de algumas seleções celestes por aí, que primam pela “raça”. A bandeira do clube é uma referência à bandeira do antigo Império Alemão, por motivo da “nobre” ascendência britânica e germânica de seus fundadores. Seus torcedores agora resolveram adotar hinos da torcida argentina e reproduzem seu comportamento nos estádios. A bola de um paulista garantiu a primeira lição de futebol dos fundadores do time. Tem alguma coisa que seja original de fábrica nesse time?

4 – O povo contra a elite
Enquanto o Boca Jrs. se originou de um bairro popular de Buenos Aires, tendo seus torcedores o apelido de “bosteiros” por conta de o estádio da Bombonera ter sido construído em um terreno de uma antiga fábrica de tijolos que exalava mau cheiro; o Grêmio nasceu em um clube burguês, sendo que seu primeiro campo era localizado na área nobre da capital gaúcha.

5 – Que bela torcida!
Se os argentinos gostam de chamar brasileiros de “macaquitos”, o termo “macaco” também é usado por boa parte dos gremistas contra seus principais rivais, o Inter, um dos primeiros clubes de futebol brasileiros a aceitar negros em seus elencos. Claro que não dá pra generalizar, não são todos que têm esse tipo de comportamento (ainda bem). Mas quem quiser, pode conferir no site de uma sintomática torcida, intitulada Alma Castelhana (nome bem brasileiro), a série de músicas que usam o termo para provocar os colorados. A expressão pode até ter perdido a conotação racista original, de tão usada que foi e também pelo fato da torcida do Inter ter assimilado, mas cabe aos ofendidos se manifestarem. De todo jeito, é de um extremo mau-gosto.

6 - Não sabem ganhar
A manifestação de gremistas nos comentários do Futepoca e em outros blogs mostra que, pior que não saber perder, é não saber ganhar. Mesmo vitoriosos, os tricolores não deixam de se manifestar de forma agressiva. Que o digam os dirigentes gaúchos. Após a vitória contra o Santos, o diretor de futebol Paulo Pelaipe provocou o presidente santista: “O que ele vai fazer agora, desclassificado? Vai vender o Robinho e o Diego de novo?”. E atacou Luxemburgo: “Este aí quase quebrou o Real Madrid. O Luxa é o maior freguês do Grêmio”. Quando eliminou o São Paulo, Pelaipe não fez diferente. “Podemos não ter o melhor time, mas nossos jogadores são mais homens. Nós não tiramos o pé, vamos para o pau e não pipocamos”. “Ser mais homem” e “ir pro pau” parecem coisa que só podem ser resolvidas em um divã.

7 - Você vai torcer pra um perdedor?
Ninguém gosta de perder. Você vai torcer pra um time que não é seu sabendo que há grandes chances dele ser derrotado? Não, né. Então esqueça o Grêmio. O Boca já enfrentou dez vezes em mata-mata ou finais times brasileiros. Saiu-se melhor em nove. A última vez em que ele se deu mal foi em 1963 contra o Santos. Pode até perder, mas as chances disso acontecer são remotas...

segunda-feira, junho 11, 2007

Cinco estão fora. Três voltam. Segure-se, Caio Jr.

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O empate em casa com o Botafogo, segundo a análise do parceiro Observatório Verde, foi um jogo morno com estádio cheio, ao contrário do que previa (torcia?) a imprensa. Curioso foi ver no Ceasa e nas ruas pelo menos quatro torcedores com camisas de jogo ou de treino do Palmeiras. Isso tem a ver com uma certa tranquilidade que o torcedor anda tendo com o time no Brasileiro, embora vá cobrar mais do que dignidade na competição.

Digna foi a palavra usada por Alberto Helena Jr. em seu blog atípico. Para ele, o time de Parque Antártica fica perto da zona de classificação para a Libertadores, enquanto os favoritos São Paulo e Santos fazem feio até agora, cada qual com suas desculpas.

Mesmo assim, é pouco para um time grande com a tradição do Palestra. Mas é suficiente para ainda garantir esperanças da torcida. O centro-avante que o técnico pediu deve vir, só não se sabe se é para resolver. Mas falta ainda mais peças no banco.

A campanha iniciada pelo Lance pela queda do técnico alvi-verde pode ganhar adeptos se houver um revés em Goiânia. Na absoluta falta de treinadores de alto nível à disposição, considero uma troca contraproducente para o time, até porque, não há uma crise propriamente dita no Palestra.

O que anda preocupando a este parmerista é que, contra o Goiás, no Serra Dourada, além de não ter as camisas verdes, o Palmeiras não contará com cinco atletas. Amaral e David, na seleção sub-20, e Valdívia, no escrete chileno não jogam. Edmundo e Michael, suspensos, acompanham a partida da TV. William, com o músculo posterior da coxa esquerda lesionado, está de molho por 15 dias.

O Só Palmeiras lembra que o zagueiro Dininho que não atuou contra os cariocas deve voltar. O meia Francis, também recuperado, está à disposição, assim como Martinez depois de cumprir suspensão. Nem e Gustavo, recém-contratado, formam a dupla de zaga.

A previsão do Conselheiro Acácio é de um time mais defensivo dependente de contra-ataques cuja fórmula ainda não foi desenvolvida com o uso de só um atacante. Sem el mago e na dependência do paraguaio Florentin. Segure-se, Caio Jr.

Capa de "O Globo" de hoje

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Vejam a capa do caderno de esportes de "O Globo" de hoje. Tanto criticamos o "Que time é teu?" do "Lance!", o que dizer dessa do periódico carioca? Acho que chutaram o balde.

A semana de Paulo Henrique

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Até para quem torce para o Galo, Paulo Henrique é um quase desconhecido até esta semana inesquecível.

O atacante de 18 anos voltou com o Galinho de uma excursão pela Europa, em que disputou dois torneios. Foi artilheiro, o Galo ficou em terceiro num, perdeu a final para o Chelsea noutro, mas não é isso que conta.

No começo da semana passada, Zetti, o novo técnico do Galo, marcou amistoso contra o Villa Nova (MG) para conhecer os jogadores reservas e outros que não vinham sendo nem realcionados. Resumindo a história, o moleque entrou no segundo tempo, fez dois gols da vitória por 3 a 1 e por isso acabou relacionado para o jogo contra o São Paulo.

No Morumbi, entrou aos 12 minutos do segundo tempo jogando pela primeira vez no profissional e, cerca de 20 minutos depois, fez o gol que deu a vitória para o Atlético.

Pode não ser nada, mas mostrou que tem estrela.

É interessante também notar que o time do Galo que terminou o jogo tinha seis jogadores com cerca de 20 aos e criados nas divisões de base. Parece que é o caminho que sobrou e tomara que continue seguido, até porque os grandes times do Galo sempre foram feitos com jogadores da casa.

Sobre o Sampaulo, nada a declarar, apenas que é um time que vai sofrer muito neste campeonato e também acho que o Muricy (destaque-se injustamente) não deve durar muito.

Aliás, é interessante ver como a imprensa vive louvando em discursos a continuidade dos técnicos, mas é a primeira a ficar pedindo cabeças quando os resultados não vêm. Ouvi o jogo pelo rádio, na CBN, e eram só críticas ao técnico, que, segundo eles, escalara errado, mexera errado, a torcida pedia sua cabeça etc. A ira era enorme, até parece que estavam mais raivosos com a derrota que os próprios torcedores.

Isenção, ah, isenção....

O Corinthians e as garrafas vazias

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A rodada foi boa para mim nesse fim de semana. O Corinthians ganhou, o Parmera empatou em casa, Santos e São Paulo perderam. Foi divertido.

Vi o jogo do Corinthians e não tenho nada a dizer que a grande mídia não tenha dito: primeiro tempo horrível, com erros de passe inviabilizando a saída de bola, segundo tempo melhor (méritos ao Carpegiani pela bronca no intervalo). O América RN é um time fraco, bem fraquinho, e tem boas chances de acabar rebaixado.

O blog parceiro Retrospecto Corintiano destaca que os próximos jogos do Timão devem mostrar com mais clareza o verdadeiro potencial do time. Pega o Paraná Clube, que começou muito bem o campeonato; o Botafogo, vice-líder e espécie de sensação-frustrada do país no momento, muito elogiado por seu futebol, mas sem ganhar nada até agora; e o arqui-rival Palmeiras.

São jogos importantes mesmo, que serão testes mais difíceis que os até agora enfrentados pelo time em formação do alvinegro. Santos e Cruzeiro foram clássicos, mas as circunstâncias (disputa da Libertadores para o primeiro, time horrível no caso do segundo) atenuaram a dificuldades das pelejas.

No entanto, pode ser muito cedo para prever qualquer coisa. O campeonato ainda não me parece nada estabilizado, e talvez continue assim por um bom tempo. Os times estão muito nivelados, e quem poderia estar um passo à frente pelo passado recente (Santos, São Paulo e Grêmio, principalmente), começaram mal por estarem participando da Libertadores, o que no mínimo ainda as definições do campeonato por mais duas semanas.

Mas o São Paulo não absorveu bem a desclassificação, e o mesmo pode ocorrer com o Santos, que ainda perde seu principal jogador (Zé Roberto) e ficará sem Kleber e Maldonado durante a Copa América. O São Paulo também perde Josué e Alex Silva, o que vai atrapalhar. E ninguém sabe como o Grêmio pode reagir a uma eventual derrota para o Boca.

Além disso, outros times perderão jogadores para as seleções sub-20 e sub-17, que tem umas coisas para disputar. O Corinthians, por exemplo, fica pelo menos sete jogos sem William, seu principal organizador.

Enfim, a coisa está bem embolada e não deve mudar nos próximos dois meses, mais ou menos. Talvez, só no segundo turno tenhamos uma contabilidade mais clara das garrafas vazias de propriedade de cada time. Pelo jeito, ninguém vai vender no atacado, a decisão vai ser no varejo. Espero que o Corinthians continue vendendo as suas.

PS (inserido depois da publicação).: Quase esqueci de comentar o passe de peito do Zelão para o gol do Marcelo Oliveira, primeiro do Timão. Impressionante para um zagueiro.

Mesa Redonda revela: São Paulo tem maior torcida da Parada Gay

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Ontem perdi meia hora da minha vida assistindo a Flávio Prado e companhia no Mesa Redonda da Gazeta. O principal motivador desse desperdício de tempo vital, além de certa insônia, curada com uns goles de um vinho Góes que meu pai tinha lá, foi aguardar os resultados de uma pesquisa sobre a preferência clubística dos participantes da Parada Gay, que ontem teve público recorde.

Foi consenso na mesa, de que fazia parte meu colega de torcida (fazer o que?) Roberto Citadini, que o Corinthians deveria repetir a vitória do ano passado ( da qual não sabia). No entanto, a tosca e nada científica pesquisa (uma urna foi colocada na concentração da parada e o Osmar Garrafa ficou fazendo barulho pra encaminhar gente pra opinar. Devem ter recolhido umas 300 opiniões entre 3,5 milhões de participantes do evento) surpreendeu: deu São Paulo na cabeça, bem à frente dos outros competidores.

Os números aproximados (não anotei) foram:
São Paulo – 41%
Corinthians – 24,1%
Palmeiras – 14,6%
Santos – 14,3%
Outros – 4,5%
Nenhum – 1,5%

Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Dou o braço a torcer: o Mauro Beting tem razão

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Começo a acreditar no que nos disse o Mauro Beting lá no Bar do Vavá, sobre o São Paulo: Muricy Ramalho perdeu mesmo o comando do elenco e não deve durar muito. Nem sou dos que o consideram "burro", "fraco" ou "incompetente". O conjunto de sua obra ainda é melhor que as recentes mancadas seqüenciais. Porém, quando o técnico perde a ascendência sobre os atletas e o time começa a cair, não tem retrospecto que segure. Meu palpite é que a cabeça do Muricy vá rolar em menos de um mês, após derrota em um dos clássicos que se avizinham, contra Santos (na Vila) ou Corinthians (no Pacaembu). Mais provável que seja na segunda ocasião.