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domingo, dezembro 06, 2009

Ranking sobre uma década de Brasileirão

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Hoje, além da última rodada do Brasileirão atual, encerrou-se uma década de futebol brasileiro. A década em que, seguramente - e falo sem ironia - o futebol nacional mais se mostrou sério. Afinal, depois da pataquada da João Havelange em 2000, chegamos a 10 Campeonatos Brasileiros consecutivos sem uma virada de mesa sequer. Quem caiu, foi rebaixado e jogou à Segunda Divisão, voltando para a elite (ou não) dentro de campo. E tudo isso é muito bom.

Com 10 anos também se pode fazer análises mais precisas sobre o desempenho dos clubes. Ver quem foi bem, quem foi "fogo de palha" e quem se sustentou como referência no futebol.

O Futepoca fez um levantamento com o "pódio" dos Campeonatos Brasileiros de 2000 pra cá. Com a listagem dos primeiros, segundos e terceiros colocados de cada edição elaboramos dois rankings, com os seguintes critérios: o primeiro, para continuar o espírito levantado pela palavra pódio, é o Olímpico - nele, uma única medalha de ouro vale mais que milhares de medalhas de prata, a mesma coisa valendo para a combinação de pratas e bronzes. E outro critério tem como inspiração uma referência cultural aos jovens da minha geração, o jogo Jogos de Verão, do Master System. Nele, para se definir a classificação final dos competidores após o término das provas, se adotava o seguinte critério: o primeiro lugar em cada prova rendia cinco pontos, o segundo três, e o terceiro apenas um. Aí se fazia a somatória dos pontos para se chegar à tabela definitiva.

Antes dos rankings, só a citação rápida de todos os pódios. Respectivamente, primeiro, segundo e terceiro colocados. 2000: Vasco, São Caetano, Cruzeiro; 2001: Atlético-PR, São Caetano, Fluminense; 2002: Santos, Corinthians, Grêmio; 2003: Cruzeiro, Santos, São Paulo; 2004: Santos, Atlético-PR, São Paulo; 2005: Corinthians, Internacional, Goiás; 2006: São Paulo, Internacional, Grêmio; 2007: São Paulo, Santos, Flamengo; 2008: São Paulo, Grêmio, Cruzeiro; 2009: Flamengo, Internacional, São Paulo.

Critério Olímpico:


Critério "Jogos de Verão":


Agora, um pouco de reflexão sobre os números encontrados.

Natural a ponta do São Paulo em ambos os critérios. Por pouco que o Tricolor não dispara ainda mais nestre 2009, já que passou perto de levantar a taça mais uma vez. E o segundo lugar é do Santos - confirmando que a relação "boa administração" e "bom desempenho em pontos corridos" não é tão precisa quanto se fala.

Mais relevantes são as ausências. Do grupo dos 12 times mais geralmente considerados grandes, não figuram na lista Atlético-MG, Botafogo e o Palmeiras. Também não há nenhum nordestino - o "bronze" solitário do Goiás é a única consagração de um time de fora do eixo Sul-Sudeste.

E quais as reflexões de vocês a respeito?

quinta-feira, novembro 19, 2009

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

sábado, setembro 26, 2009

Palmeiras sofre contra o Atlético-PR, mas mantém liderança

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Com um 2 a 1 apertado, o Palmeiras venceu o Atlético-PR no Palestra Itália. O zagueiro Danilo foi o nome do jogo, por ter dado o passe para um e feito o outro gol. No de empate, a bola desviou no cidadão.

Segundo consta, ele não poderia atuar na noite deste sábado por uma cláusula contratual inserida na transferência dele do rubronegro paranaense para o time paulistano. Uma multa de R$ 100 mil seria cobrada pelo descumprimento.

O lateral paraguaio Figueroa abriu o placar aos 42 do primeiro tempo, o zagueiro Chico empatou aos 17 do segundo. O camisa 23 fez o gol da vitória, sete minutos depois.



Robert, apagado contra o Cruzeiro, deu lugar a Obina. Figueroa jogou no lugar de Wendel machucado. Marcão foi para a vaga do suspenso Armero e Cleiton Xavier, punido com o terceiro amarelo no último jogo, deu lugar a Jumar. Edmilson, recuperado, voltou, mas Maurício Ramos foi substituído por contusão.

Seja pelos remendos, seja por ainda ter buracos esporádicos na defesa, Marcos, o Goleiro, teve trabalho, tanto na primeira quanto na segunda etapa. Os visitantes perderam pelo menos duas chances claras de virar a partida. O meia Marcinho foi bem, mas Paulo Baier ficou mais apagado.

O Palmeiras criou oportunidades, mas não mostrou futebol de líder de campeonato nem muito menos o de um campeão. Mas o episídio dos R$ 100 mil para escalar Danilo seguido de seu protagonismo na partida é sorte de time vencedor.

Isso significa que o time dorme com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado São Paulo, que pega o Corinthians neste domingo, 27.

Nota
Se não houve erros de arbitragem a serem comentadas nesta partida do Palmeiras, diferente do que ocorreu na última, o Cruzeiro venceu o Barueri com gol de Gilberto, impedido. Um erro (ou dois ou quatro) não justifica e muito menos compensa o outro. É só uma ironia. Ou, dependendo do grau da teoria da conspiração, prova inconteste de que a própria teoria está confirmada.

segunda-feira, setembro 14, 2009

A gangorra dos atléticos

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Domingo, Galo e Furacão fizeram uma partida bem diferente do primeiro turno, mas com o mesmo resultado, vitória dos mineiros. A diferença entre os turnos foi que os paranaenses se organizaram e têm um time longe de ser brilhante, mas bem arrumado pelo delegado Lopes (incrível), e com jogadores de bom nível, mas bem rodados, com o Paulo Bayer e Alex Mineiro.

Foto: Estado de Minas/Uai



Tardelli em domingo
de contrastes: belo
gol, mas duas
chances incríveis
perdidas no
domingo em que
a torcida voltou





O Galo, por sua vez, ainda vem remontando o time depois de vários jogadores, como Serginho, Márcio Araújo, Aranha e Welton Felipe, se machucarem. Dos novos, Correa entrou bem e ontem fez um lançamento digno de Gérson (reparem, não estou comparando os dois) para o segundo gol, o do Tardelli. Mas é ainda um time em reconstrução, o que explica duas partidas medíocres com vitórias por 2 a 1 de virada (Santo André e Atlético-PR). Não é nada, não é nada, mas são duas vitórias importantes.

Resta saber o que anda acontecendo com Diego Tardelli. Fez um golaço ontem, definiu também no jogo do ABC, mas contra o Atlético-PR errou dois gols que até minha avó de muletas faria. Pior é que parace mais lento, parado em campo. Espero que seja apenas uma fase de falta de confiança, que volte logo a jogar como no começo do campeonato. Agora é esperar as estreias de Carini e Ricardinho, as duas principais contratações do Galo junto com o colombiano Rentería, que ontem fez seu primeiro gol.

No meio da semana, na quarta, ainda tem a definição da vaga contra o Goiás, pela Sul-americana, em que o Galo vai de novo com quase todo o time reserva. Acho bom nem ver o jogo, embora o Goiás ande caindo pelas tabelas.

Cruzeiro e Inter
Só para lembrar a ironia de que quando o outro time de Minas vence e bem ajuda ao Galo, que ficou mais próximo dos líderes. De resto foi um ótimo jogo, em que o Inter sentiu muito a ausência de seus zagueiros titulares. O que volta a trazer a desconfiança de que o melhor elenco, que tem tudo para ganhar o brasileirão, está com uma vontade danada de jogar o título no lixo.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Derrota merecida, fim da sequência e a hora da verdade

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Por Moriti Neto

Depois de nove jogos de invencibilidade, com oito vitórias e um empate, o São Paulo teve a boa série de resultados quebrada pelo Atlético Paranaense. Ontem, na Arena da Baixada. o Tricolor saiu de campo derrotado por 1 a 0.

Em um jogo pautado por muita marcação, correria e pouca técnica (o que vem sendo a tônica deste Brasileirão), o time paulista não tem do que reclamar. A derrota foi merecida, pois ainda que o adversário não tenha feito uma grande exibição, os tricolores não foram dignos de melhor sorte.

Além de alguns jogadores terem jogado abaixo do que vinham rendendo, casos de Dagoberto – revelado pela equipe paranaense e vaiado a cada toque na bola pela torcida atleticana – Júnior César e Jorge Wagner, a equipe sentiu demais a falta de Hernanes. Arouca é bom jogador, no entanto não está no nível do titular, que realmente é o motor são-paulino.



Outro ponto importante para o insucesso foi a falta de ousadia de Ricardo Gomes, que poderia ser audacioso nas substituições e colocar o time no ataque na segunda etapa, buscando continuar somente um ponto atrás do Palmeiras, o que daria a possibilidade de ser líder com um êxito no confronto direto da próxima rodada.

Entretanto, ao invés de tentar os três pontos, o treinador trocou Washington por Borges e Dagoberto por Hugo, perdendo ofensividade. Talvez a entrada de Marlos fosse uma boa opção, substituindo um zagueiro, contudo técnico e jogadores pareciam satisfeitos com o empate. Com essa postura, pagaram o preço da covardia, quando Paulo Baier, aos 41do tempo final, numa bela jogada, aliás, o único momento da partida em que as torcidas puderam apreciar um lance bem trabalhado, fez o justo gol do Furacão .

Perder fora de casa para o Atlético num campeonato tão nivelado – por baixo é bom que se diga – não é nenhuma anormalidade. A quebra da sequência invicta, hora ou outra, iria acontecer, mas vejo dois problemas. Primeiro: o time já não havia jogado bem contra o Fluminense e só não empatou em casa porque os cariocas estão numa draga danada. A má atuação na Arena pode ser indício de queda de rendimento. Segundo: o momento da derrota foi péssimo. Às vésperas de um jogo contra o Palmeiras, com o rival cheio de moral depois de uma importante vitória sobre o Internacional, a barra pode pesar psicologicamente. E neste campeonato tão equilibrado e sem brilho, a confiança é decisiva.

Como ressaltei no post anterior, acredito que as partidas contra Atlético, Palmeiras e Cruzeiro são definitivas para o destino do Tricolor na competição. Dos nove pontos possíveis, três foram para o vinagre. No jogo do próximo domingo, no Morumbi, às 16h, o vitorioso, certamente, sairá fortalecido demais para conquistar o título. Ingredientes não faltam para que tenhamos um confronto, se não tão bom tecnicamente, muito emocionante. È um clássico, tem briga pelo topo da classificação e uma questão especial chamada Muricy Ramalho.

Enfim, apesar da derrota no Paraná, a oportunidade do São Paulo mostrar que tem condições de ganhar o tetra do Brasileiro é agora. Mas, para tanto, terá que jogar muito mais bola do que na murcha apresentação da tarde de ontem.



Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

quinta-feira, agosto 06, 2009

Derrota azul e a zona de rebaixamento

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Quem me conhece sabe que torço sempre contra os time de azul, Cruzeiro, Argentina, Itália etc... Ontem, então, foi dia em que a secagem funcionou. Com exceção do Avaí, que derrotou outro time de azul (Santo André), Cruzeiro e Corinthians decepcionaram suas torcidas (ok, estou exagerando chamando aquele roxo da ZL de São Paulo de azul, mas vá lá...).


O time de Minas perdeu em casa para o Atlético Parananense, num jogo de seis pontos para se livrar do rebaixamento. Isso mesmo, já que o Cruzeiro só não entrou na zona ontem porque o Coxa perdeu para o Santos no jogo das máscaras (uma juíza de Cascavel obrigou todos os torcedores a usarem).

Mais uma vez o time de Minas teve dois jogadores expulsos, e creio que não tem do que reclamar. Até porque o Atlético (PR) teve um jogador expulso antes. Os jogadores do Cruzeiro já tinham amarelo e fizeram faltas para um segundo... Kléber, por exemplo, fez falta por trás para matar um contra-ataque. Vai reclamar de quê?

Ficou marcada para hoje reunião entre Adilson Batista e a diretoria para decidir se o técnico continua. Acho bobagem dispensarem o Adilson e creio que o Cruzeiro vai escapar fácil da zona do rebaixamento, porque tem bom elenco. Mas não vou dizer que não estou feliz com o Galo disputando os primeiros lugares e a Raposa estacionada no fim da tabela.

Agora, situação que preocupa é a do Fluminense. Está na lanterna com 11 pontos e precisa de pelo menos três vitórias seguidas para sair da degola. Quem vê o time jogar sabe que, apesar da melhora com Renato Gaúcho, não será fácil. Hoje, enfrenta o Sport em outro triste jogo de seis pontos para decidir quem reforçará a série B no ano que vem.

quinta-feira, julho 23, 2009

A reestreia do "gênio"

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Quando vi a escalação do Santos, com três volantes (Paulo Henrique Ganso no banco) e somente um atacante nato com um meia improvisado na frente, em plena Vila Belmiro, contra um rival que era o primeiro depois da zona do rebaixamento, pensei: o que e isso? Mas aí lembrei que o novo técnico santista é “gênio”, claro que, embora os incautos torcedores alvinegros não saibam, ele nos proverá com sapiência e resultados frutíferos.

Mas no momento que vi os relacionados para a partida, virei para a editora de arte e eminência parda deste blogue, também é santista, e falei: esse time não vai dar certo, ele vai desfazer o esquema depois do intervalo e ainda vão dizer “puxa, como o Luxemburgo mexe bem no segundo tempo”. Não precisou nem esperar o começo da etapa final para um comentarista de rádio falar que “o Vanderlei enxergou muito bem o jogo” ao colocar Neymar e Ganso no intervalo. Como é bom contar com a mídia do lado...

A segunda etapa, que consegui ver pela TV, foi medíocre. Mas Neymar, em um lampejo daqueles que salvam o desempenho de um time, de uma torcida, de um “gênio”, deu a vitória ao Peixe. Merecida do ponto de vista da justiça ideal que não existe no futebol, já que o Alvinegro teve algumas pseudo-chances de marcar e o Atlético-PR, no auge da sua mediocridade e candidatíssimo à Série B, nem isso teve.

Vai ser essa a toada. Virão alguns reforços, talvez veteranos ganhando alto como Emerson e que não renderão nada ao clube quando saírem. Assim como Luxemburgo, que pode sair no fim do ano para ser candidato a senador pelo PT de Tocantins. Como já brincamos por aqui, nem ele conseguirá piorar o nível do Senado...

segunda-feira, junho 08, 2009

Atléticos nas pontas da tabela

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Na partida entre o vice-líder e o lanterna do Brasileirão, deu a lógica, mas engana-se quem acha que foi um jogo fácil, como se supõe pelos 4 a 0 de ontem.


O jogo na Arena da Baixada é sempre difícil. O Galo entrou bem e nos primeiros 5 minutos perdeu duas ou três chances daquelas em que se passa a temer o "não faz, leva", um dos jargões mais antigos do futebol. Mas o gol, em lindo toque-de-letra do Tardelli e conclusão precisa do Júnior, abriu o caminho para a vitória no primeiro tempo. Ajudada, e muito, pela expulsão de Marcinho, depois de entrar com os cravos da chuteira na coxa do Thiago Feltri.

Depois, o Atlético Paranaense ainda perdeu algumas chances de gol, mas a cada minuto que passava ia aumentando o nervosismo. Ao final não acertava nenhum passe e abriu-se para o contra-ataque dos mineiros. Veja os principais lances.


Além da assistência e do gol, Tardelli voltou a jogar bem, o que faz toda a diferença nesse time do Galo. Marcos Rocha, um promissor lateral direito, também entrou bem substituindo Carlos Alberto e fez cruzamentos precisos para os gols de Éder Luís, outro que voltou a jogar.

No domingo, o Galo pega o Náutico no Mineirão, num jogo difícil. Até porque a principal arma do time de Celso Roth é o contra-ataque, que não funciona tão bem assim jogando no Mineirão, com a torcida pressionando.

Mas é na sétima rodada que será possível ver até que ponto esse time do Galo é competitivo, porque vai enfrentar o Santos, na Vila, confronto entre dois times que estão na ponta da tabela nesse início de campeonato.

Do outro lado da tabela, as luzes estão piscando no vermelho para o Atlético Paranaense. Nem tanto pelo último lugar na tabela, porque ainda faltam 33 rodadas. Mas sim pelo nervosismo e pela baixa qualidade dos jogadores mostrados em campo no domingo. O técnico que assumir no lugar do demissionário Geninho terá muito trabalho.

segunda-feira, maio 18, 2009

S.Paulo: ladeira abaixo em campanha espelhada

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A duras penas e com ajuda do juiz, o São Paulo conseguiu arrancar um empate em 2 a 2 com o Atlético-PR, em pleno Morumbi, depois de sair duas vezes atrás do placar. O zagueiro Rafael Santos fez os dois do Furacão, enquanto Borges e André Lima (foto), aos 43 do segundo tempo e impedido, liquidiram a fatura. Com apenas uma vitória nos últimos seis jogos (frente o América de Cali, contra três derrotas, uma para o Fluminense e duas para o Corinthians, mais o empate de ontem), o time de Muricy Ramalho segue ladeira abaixo, aliando a péssima fase de jogadores cruciais como Washington e Hernanes com uma série surpreendente de contusões e desfalques. No duelo com o Atlético-PR, mais dois para o Departamento Médico: Borges, que levou uma pancada na cabeça e foi parar no hospital, e o goleiro Bosco, que sofreu, provavelmente, um entorse no joelho esquerdo - em lance com o mesmo Rafael Santos que fez os gols paranaenses. Outros contundidos que seguem de fora são André Dias, Jean, Dagoberto, Rodrigo, Aislan e Rogério Ceni (este, até agosto). A bruxa, definitivamente, tá solta.

"Não vi o lance do Bosco, mas dizem que a bola estava saindo e o cara caiu em cima do joelho dele. Parece ser um negócio sério, mas tomara que não", comentou Muricy, diante da desesperadora situação de recorrer ao terceiro goleiro, Fabiano, que não atua desde outubro de 2007, quando pegou um pênalti no 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã. Pra completar o cenário sombrio, os próximos compromissos do São Paulo são o clássico com o Palmeiras, pelo Brasileirão, no domingo, e os jogos de vida ou morte contra o forte Cruzeiro, pelas quartas de final da Libertadores da América. Na competição nacional, um empate com o alviverde poderá confirmar a campanha espelhada com a de 2008, quando o Tricolor iniciou com derrota por 1 a 0 para Grêmio, no Morumbi, empatou com o Atlético-PR por 1 a 1, fora de casa, e repetiu o 1 a 1 contra o Coritiba, em São Paulo (ainda empataria sem gols contra o Santos, na quarta rodada, antes de conquistar a primeira vitória, diante do Atlético-MG, por 5 a 1). Este ano, perdeu a primeira por 1 a 0, contra o Fluminense, e empatou novamente com o Atlético-PR. Os próximos jogos, depois do Palmeiras, serão contra o Cruzeiro (em casa) e Avaí (fora). Já pela Libertadores, o São Paulo fará o segundo jogo no Morumbi. Mas, se continuar jogando como está, não será páreo para o embalado Cruzeiro. A não ser que a gripe suína assole Minas Gerais...

quinta-feira, maio 07, 2009

O bom Corinthians - e o bom corintiano

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Mais uma vez, Ronaldo Nazário calou a boca dos críticos e classificou o Corinthians para as quartas-de-final da Copa do Brasil, marcando os dois gols da vitória sobre o Atlético-PR. Mas o post não é sobre a partida, deixemos a função com o Nivaldo e o DeMarcelo. Narro aqui a forma como vi (ou quase) o jogo. Eram sete e meia da noite quando a fome bateu, pois não tinha almoçado, e resolvi gastar meus únicos dez reais num salgado ou cachorro quente. Quando me encaminhava para a porta, o dono do apartamento entrou, esbaforido, e intimou:

- E aí, véio pinguço, vamo bebê? - e já foi sacando uma garrafa de vinho.

Buenas, desisti do cachorro quente e busquei o saca rolhas. O manguaça voltava de uma aula particular de latim (estudo necessário para seu trabalho de mestrado) e contou várias coisas interessantes que, posteriormente, pretendo reproduzir aqui no blogue. Mas, como era de se esperar, a garrafa não durou 50 minutos. Resolvemos descer para buscar mais uma "ampôla" e, no caminho, eu tentaria comer um salgado ou o que quer que fosse. Quando saímos do prédio na calçada da Avenida Paulista, porém, uma enxurrada de corintianos descia em direção ao Pacaembu.

- Ê, véio, que zona é essa? Tem jogo hoje? - perguntou o manguaça, que, apesar de ser corintiano, consegue ser mais alheio e desinformado de futebol do que eu.

- Tem sim, palestino. O Corinthians precisa só de um gol pra seguir na Copa do Brasil.

- Ah, então a gente tem que ver esse jogo! E comprar duas garrafas, não uma! Quanto cê tem aí?

Me lembrei do vinho de mesa argentino Santa Ana (foto), honesto, por R$ 9,88, e dei adeus aos projetos alimentícios. Mas fiquei me perguntando em que raio de lugar a gente ia assistir esse jogo, pois não há televisão no apartamento. Ou melhor, tem, mas está enconstada num canto, empoeirada e abandonada há séculos. Não perguntei nada: compramos as garrafas, um maço de cigarro e rumamos pra casa.

- Agora é rezar pra essa porcaria funcionar, senão a gente escuta pelo rádio - comentou o manguaça, dirigindo-se para o desgastado aparelho, que, de tão velho, é daqueles que tinham uma abertura para fita VHS, um videocassete acoplado (como a da foto à direita). Uma relíquia dispensada ali por algum habitante longínquo daquele apartamento, que chamamos hoje de "Lar de Repouso José de Anchieta", acostumados que estamos com nossa decrepitude.

Pensei que a televisão ia explodir assim que fosse ligado na tomada, mas resistiu bem e, ao toque do botão, apareceu uma mancha azulada no centro da tela, o negócio deu três engasgadas e apareceu uma imagem do Pacaembu bem chuviscada, em branco e preto e sem som. Dane-se, já era um milagre! O corintiano ainda tentou melhorar a coisa mas, a cada vez que mexia nos botões de troca de canal, a imagem sumia, o espectro azulado voltava e, dois minutos depois, ressurgia a chuvisqueira. Resolvemos deixar como estava. No mais, tínhamos som "ao vivo", pois a gritaria da torcida, no Pacaembu, chegava até o recinto como se estivesse a uma quadra dali.

Mas não deu nem dez minutos de jogo (ou do que conseguíamos enxergar dele) para que o papo regado a vinho fosse retomado - e a TV, ignorada. O corintiano não tava nem aí pra coisa. Bebemos, fumamos, contamos nossos causos e, quando vimos, o jogo já tava no segundo tempo. Nisso, o manguaça levantou pra ir à cozinha ou ao banheiro e eu pude prestar atenção nuns dois ou três minutos de jogo. Vi o camisa 7 do Atlético-PR perder um gol incrível, na pequena área, e pensei que, se tivesse assistindo o jogo no Minhoca's, a bola teria entrado. Mas, na sequência, o Corinthians engatou um ataque e eu pensei, involuntariamente: "-Vai ser gol. E o palestino nem vai ver". Dito e feito: houve um passe até a entrada da grande área, um jogador corintiano dominou, cortou o zagueiro e bateu no canto. Não dava pra identificá-lo, mas, no momento em que deram um close no Ronaldo comemorando, o manguaça voltou pra sala e perguntou, espantado:

- Foi gol do Timão? Gol do gordo? - repetia, atônito.

- Foi sim. Filhodaputa, esse cara é foda! - respondi, resignado.

O corintiano não gritou, não comemorou e nem esboçou reação. Permanceu abismado, com os olhos esbugalhados, sem dizer palavra. E, pouco depois, o gordo sofreu um pênalti e marcou mais um gol, numa paradinha humilhante. Matei o último copo de vinho, apaguei o último cigarro e me despedi do manguaça.

- Vou dormir, véio. Fica aí com teu time, que tá jogando muito bem, e com o Ronaldo, que é mesmo "o cara".

Foi então que, mesmo antes do apito final, a TV enguiçou, o espectro azulado voltou na tela e o corintiano despertou do transe hipnótico.

- Vai, véio, vai dormir. E vaaaaiiii Curíntiaaaaaaaa!!!

Pois é. Se continuar jogando desse jeito, o Corinthians vai mesmo. Os adversários que se cuidem. E o meu fígado que segure as pontas...

quinta-feira, abril 30, 2009

Corinthians "rebola" e perde invencibilidade

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“O time entrou rebolando”, reclamou Mano Menezes no intervalo da partida Atlético PR 3 x 2 Corinthians, na Arena da Baixada. No momento do comentário do treinador gaúcho, o jogo estava 2 a 0 para o Furacão, fora o baile. E pra fechar a tragédia, quem dava os melhores passos no salão era Rafael Moura, o famigerado He-Man (que já fez comentários sobre economia aqui), autor de um gol de cabeça e do passe para o tento de Wallyson (o filho de Wally, que foi encontrado em um boteco obscuro de Curitiba, segundo fontes).

A tal “rebolada”, traduzida do gauchês, é o tal do salto alto. E Mano tinha razão de reclamar. O Corinthians entrou nitidamente desconcentrado, o que bateu com minha própria atitude: liguei a TV pra ver uma vitória, com gols de Ronaldo, não para ver um jogo difícil. Quando percebi, já tava 3 a 0 no início do segundo tempo e a classificação estava indo pro saco. Pra piorar, a notícia de que Ronaldo, que não voltou para a segunda etapa, tinha suspeita de haver quebrado uma costela. Perdia-se a classificação, a moral e o craque do time.

O time só acordou a partir da metade do segundo tempo, quando colocou a bola no chão e tocou a bola. As chances começaram a aparecer. Chicão bateu penalti questionável sofrido por Morais e a bola bateu nas duas traves e voltou, coilocando o fator zica na noite já trágica.

Depois de apresentar o pior cenário possível, a sorte começou a virar. Mas só aos 41 minutos. Christian acertou um petardo numa bela cobrança de falta e tornou mais possível buscar o resultado no Pacaembu. E aos 47 minutos, Dentinho aproveitou cruzamento de Alessandro para fazer 3 a 2 e deixar a classificação a uma vitória simples em casa de distância. Ufa!

Atuações

Duas coisas ficaram claras pra mim no jogo dessa noite. Primeiro, que Chicão, que é um baita zagueiro, não sabe marcar bola cruzada na área. É a terceira vez que vejo ele olhar só para a bola, tentando cortar o cruzamento, e deixar o atacante sozinho pra cabecear. Hoje o presenteado foi o He-Man, nas ioutras vezes foi o zagueiro Miranda, no primeiro jogo da semi-final do Paulista contra o São Paulo.

A outra constatação é que Alessandro faz falta ao time. Com Fabinho em seu lugar, não tem saída de bola pela direita, a bola fica menos tempo rodando no meio campo, as jogadas pelo lado funcionam bem menos e mesmo a marcação fica prejudicada. Não imaginava que o lateral viria a ter essa importância, que talvez venha mais da noção tática do que da habilidade do jogador.

Isso me leva a terceira constatação: o time só funciona quando está muito focado. A força do Corinthians vem da aplicação, da entrega dos jogadores. Se entra fora de foco, não funciona. Não tem craque no Timão, com a exceção do Gordo. Que, aliás, não quebrou nada e pega o Santos domingo.

O lado bom

Se o jogo tivesse terminado 3 a 0 não teria como dizer isso, mas sendo otimista, é possível dizer que a derrota veio em bom momento. Entrar com esse salto alto na decisão contra o Santos seria suicídio. O time da Baixada é bom e tem condições de ganhar da gente no Pacaembu. Vamos precisar de toda essa concentração pra garantir o título.

Falando no Santos, não pude ver a partida passada por motivos profissionais e preferi não fazer post em cima dos melhores momentos. Mas vale uns comentários. O Santos massacrou o Corinthians quase o tempo todo, pelo que vi. E ainda tem corintiano detonando Felipe pelo falha no gol. Se trocasse o goleiro, dava pra ter sido 5 a 3 para o Santos.

Mas o fato é que, novamente, o time jogou recuado e quase leva um chocolate. Quem salvou a pele de Mano Menezes, além de Felipe, foi Ronaldo. Não dá para não falar dos dois golaços feitos pelo centroavante. A matada de bola no primeiro e toda a jogada do segundo são alguns degraus acima do que se vê no futebol brasileiro. O craque fez a diferença e espero que continue fazendo.

Domingo é entrar jogando sério e pressionando o Santos, fazendo valer o fator casa. Mano Menezes que dê um jeito do pessoal não ficar “rebolando” de novo. E que bote o time pra frente. Outras idéias podem custar.

terça-feira, abril 28, 2009

Os azares dos tempos modernos

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Deu no UOL (e em mais um monte de lugares): Atlético-PR demite funcionário responsável por gafe no site oficial. Como mostra a imagem abaixo, a lambança do empregado do rubro-negro do Paraná foi soltar na internet uma matéria que falava do título estadual que o clube conquistou no domingo passado, dia 26... título este que não ocorreu, já que o Coritiba venceu o rival por 4x2 e adiou a decisão para a próxima rodada.


A gafe do Atlético foi descoberta no próprio domingo, antes do jogo. Segundo circula na internet, por volta do meio-dia a notícia foi colocada no ar e começou a ser divulgada informalmente pelos usuários da rede. Antes de ser retirada da página, foi impressa e, como esperado, serviu como fator motivador para o Coritiba - o técnico Renê Simões mostrou o texto aos seus jogadores, para mexer com o brio dos atletas.

A reação indignada chega a ser cômica. Muitos falam de "desrespeito", "despreparo", e a própria demissão do funcionário sugere que o Atlético concorda com essa avaliação. Não que eu não ache que o rapaz tenha pisado na bola, mas, na boa: seu erro pode ser muito mais classificado como "burrice" do que "soberba" ou outra coisa parecida.

Quem é do jornalismo sabe (e quem não é, deduz): sempre que se tem um evento previsível pela frente, uma boa medida é antecipar o trabalho. Escrever um texto sobre o assunto, destacando os fatos de um "pode ser" provável; e depois, basta ajustar um ou outro detalhe para que a tarefa esteja concluída.

Exemplos célebres disso no jornalismo são as mortes iminentes de famosos. Como o ocorrido com o papa João Paulo II, que permaneceu dias e mais dias agonizante até seu falecimento definitivo em 2005. Quem aí acha que tudo o que foi publicado após o falecimento do pontífice só começou a ser produzido depois que o velho efetivamente bateu as botas?

A questão é que o funcionário do CAP deu um baita azar de viver em um tempo em que as pisadas na bola repercutem mais do que nunca. Aí, só resta mesmo ao cidadão lamentar o que fez e ter boa sorte na hora de arrumar emprego...

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Dois toques

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Rodrigo Ponce Santos*

Quem acompanha meus posts já deve ter percebido que a lentidão está entre meus maiores defeitos como “blogueiro”. Estipular prazos nunca funcionou direito pra mim. Mas aos poucos estou aprendendo que a coisa funciona melhor assim: aconteceu ontem, tem que publicar ontem. Para tanto, é preciso sentar e começar. Pensar um pouco ajuda, mas só desenhar mentalmente o assunto não funciona. Não dá pra ficar prendendo a bola. O tempo te rouba a oportunidade e ninguém vai gritar “ladrão!”.

Em sua última coluna na Carta Capital, Thomaz Wood Jr. falou sobre a procrastinação . O famoso hábito de “empurrar com a barriga” foi objeto de pesquisa científica que apontou o seguinte: costumamos adiar a execução de uma tarefa que parece mais distante e abstrata. A dica dos pesquisadores é “apresentar certas tarefas de forma mais detalhada e objetiva”. O problema, acredito, é que detalhe não rima com objetivo. Como uma das infelizes pessoas que adoram chamar reuniões e discutir tudo em seus pormenores, estou em posição confortável para admitir que planejar demais deixa tudo mais distante e abstrato, ou seja, fácil de ser adiado.

Tanto pior se as intermináveis reuniões são uma conversa entre eu e eu mesmo. Pois ainda mais do que a conversa, o pensamento carrega esta terrível sina de ser intangível, incerto e inútil do ponto de vista prático. Hannah Arendt, ao defender a tarefa do pensamento nas considerações morais, também definiu sua inextricável consequência: “quando começamos a pensar em qualquer coisa, interrompemos tudo o mais” (A Dignidade da Política, Ed. Relume-Dumará, p. 149). Ora, definir os detalhes de uma ação é pensá-la exaustivamente e, portanto, se afastar dela. Não me entendam mal. Pensar é preciso e cada vez mais necessário em um mundo onde tudo se faz no modo automático. Mas se existe o momento (e por que não a tarefa) da ponderação, também existe o momento de agir sem planejar. Ninguém vai negar que existem coisas que precisam ser feitas quase sem pensar. Entre elas, o futebol.

Não prender a bola foi um dos méritos do time do Atlético na partida contra o Iguaçu. Basta ver os dois gols do Marcinho (foto) para entender o que estou falando. No primeiro, a bola atravessou todo o campo e chegou até a rede adversária na base do “dois toques” – um deles a letra do garoto Renan. No outro, depois de boa jogada individual de Wallyson (driblar é diferente de prender a bola e também exige uma boa dose de “irracionalidade”), Renan pegou o rebote e deu um tapa para o novo camisa 10, que arrematou de primeira.

A semana do Atlético teve duas notícias importantes: a saída de Ferreira e a entrada de alguns garotos da Copa São Paulo no time principal. Se a promoção dos guris deixa a torcida animada, a atuação de Marcinho serviu para tranqüilizar a torcida depois do empréstimo do colombiano para o Dallas após quatro anos sem títulos na Baixada. Apesar do carinho da torcida, acho que desta vez não vai ficar saudade. Se não houve jogada de craque, sobrou objetividade. Além dos gols, Marcinho jogou com velocidade, coisa que ainda falta para o Atlético. Pela esquerda, Márcio Azevedo também voltou muito bem e ajudou a fazer a bola correr. Mas o destaque na minha opinião é mesmo o outro cabeludo, Renan, que tem boas chances de ganhar a vaga ao lado do Valência. Tenho birra de dois volantes, mas dou aqui o braço a torcer. Nem precisa pensar muito.



*Rodrigo Ponce Santos é torcedor do Atlético-PR, escreve sobre o futebol do Paraná para o Futepoca e é autor do blogue Pretexto.


terça-feira, fevereiro 17, 2009

Meu último "post" sobre juízes mineiros

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Ok, confesso que exagerei ao chamar o Alício Pena Júnior de ladrão. Por questão de justiça e ética, só posso atribuir crime a alguém quando tiver provas. E não as tenho, apenas indícios e a repetição de práticas que só beneficiam um lado, o Cruzeiro, como se verá até final deste "post".


Vamos à descrição encontrada no UOL Esportes e selecionada por mim dos cinco jogos que o Cruzeiro fez este ano pelo Campeonato Mineiro, do último para o primeiro:

Cruzeiro e Atlético:
Foi um jogo disputado intensamente, especialmente no primeiro tempo, quando houve tumulto também. Antes mesmo da expulsão do zagueiro atleticano Welton Felipe, aos 37min do primeiro tempo, os jogadores atleticanos e o técnico Emerson Leão já reclamavam muito do árbitro Alício Pena Júnior. Quando acabou a etapa inicial, o treinador atleticano aumentou seus protestos.

Comentário
Um zagueiro do Cruzeiro fez pênalti com 5 minutos, num jogador que ia sozinho em direção ao gol. Deveria dar o pênalti e expulsar. Nada disso aconteceu. O juiz era Alício Pena Júnior, e é bom ver a coincidência daqui a pouco em outro jogo que ele apitou do time azul.

Cruzeiro e Guarani de Divinópolis
O primeiro tempo foi um pouco mais disputado e o goleiro Andrey, que atuou no lugar de Fábio, foi obrigado a fazer duas boas defesas. O Cruzeiro marcou o seu gol, aos 22min, por intermédio de Alessandro. No segundo tempo, no entanto, a história foi diferente e o clube celeste ampliou o seu triunfo sem dificuldade.  

Comentário
O que aconteceu: a expulsão de Diego Paulista (do Guarani).

Villa Nova e Cruzeiro 
"O atacante Soares, que entrou na vaga de Wellington Paulista, aproveitou a oportunidade e marcou dois gols. O terceiro foi do volante Ramires, que chegou a três gols na competição. O Villa Nova descontou com Everton e Marcelinho e pressionou no final. O Cruzeiro atuou boa parte do segundo com um jogador a mais, uma vez que Rodrigão foi expulso no time de Nova Lima."

Sem comentário

Cruzeiro e Social
"O Cruzeiro levou um susto, aos 8min, quando Nei Bala teve a oportunidade de concluir a gol de dentro da área cruzeirense, mas a bola saiu pela linha de fundo. "Foram criadas situações, eles tiveram a sua no comecinho do jogo e não fizeram, nós tivemos as nossas. Com a expulsão acabou facilitando um pouco mais", disse Adilson Batista, que apesar do marcador, destacou "erros a serem corrigidos". "Tem muita coisa a melhorar", acrescentou.
Ele se referiu ao cartão vermelho dado pelo árbitro Alício Pena Júnior ao zagueiro Thiago, aos 21min do primeiro tempo, imediatamente após o gol marcado por Jonathan, aos 20m. O defensor do Social fez falta em Wellington Paulista, que arrancava em direção ao gol.
Comentário
Notem, quem fala que a expulsão facilitou foi o técnico do Cruzeiro. O árbitro foi o mesmo Alício Pena Júnior, que expulsou um zagueiro do adversário do Cruzeiro na metade do primeiro tempo porque fez falta em um jogador que ia em direção ao gol. Alguma coincidência com o jogo contra o Atlético?

Cruzeiro e Uberlândia
O Cruzeiro abriu o placar ainda no primeiro tempo, com Gérson Magrão, substituto do meia Wagner, vetado pelo departamento médico. Na etapa final, o time celeste diminuiu o ritmo e o Uberlândia empatou com Rogério Corrêa. A vitória celeste veio Fernandinho em cobrança de pênalti, sofrido pelo volante Ramires.

Comentário
Vi parte desse jogo, não foi pênalti e o juiz ainda expulsou um jogador do Uberlândia quando o jogo estava empatado. Vale notar na ficha do jogo a seguir o nome do árbitro:
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG)
Cartões vermelhos: Ley (Uberlândia)
Após as denúncias desta semana, descobriu-se que o Ricardo Marques Ribeiro trabalha com o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro. Apesar das reclamações do Sport e do Flamengo no ano passado por conta de arbitragens suas foi indicado para a Fifa pelo chefe da arbitragem de Minas, Afonso Lincoln Bicalho.

O Cruzeiro não teve nenhum jogador expulso nem pênalti marcado contra si nos primeiros quatro jogos. Foi marcado pênalti a favor do Atlético, que parece que nem aconteceu, e expulso o atacante Thiago Ribeiro aos 43 minutos do segundo tempo. A compensação tentada só denigre mais quem apitou.

Vou evitar comentar mais porque está longo e os fatos falam por si.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Experiências (no Paranaense)

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Rodrigo Ponce Santos*

Como todos os regionais, o Campeonato Paranaense vive um momento de experiências e mudanças.

No Alto da Glória, não existe uma só pessoa que não chore ao ver os gols do Keirrison no Palmeiras. O Coritiba é o pior ataque da competição com apenas 2 gols em 4 partidas. Agora o atacante Hugo vai ter sua chance contra o Paranavaí, depois de marcar o gol da vitória contra o Foz. Além desta experiência, o time sofre três alterações: Ariel, Paraíba e Dinélson estão no Departamento Médico. Melhor para Renatinho, meia da base que foi emprestado ao Londrina no ano passado e agora tem a oportunidade de compor o elenco principal do Coxa. Outro atleta da base deve retornar para ajudar o time. Tiago Real, que disputa o Paranaense pelo Iguaçu, deve retornar como opção para o lugar de Marlos, outra revelação que migra para “os grandes” depois de Maio.

Também por falta de gols, Abuda deixa o Paraná Clube. Sem marcar durante cinco jogos, o ex-corintiano rescindiu o contrato e deverá disputar o Paulistão pelo Marília. Os paranistas esperam agora a estreia do atacante Osmar e do lateral-esquerdo Fabinho. Além do retorno do zagueiro Luis Henrique, que pode tomar o lugar de Jonathas se Paulo Comelli decidir manter o atual esquema de dois zagueiros. Diante de tantas possíveis alterações, o que já mudou no Paraná foi o salário e a multa rescisória do meia Elvis, de apenas 18 anos e destaque neste início de ano.

Fora de campo, o tricolor quer ainda mudar a arbitragem. Depois da derrota contra o Londrina dentro de casa (1x2), o clube protocolou junto à Federação Paranaense de Futebol (FPF) um pedido de afastamento do trio que apitou a partida e anulou dois gols do anfitrião. Parece que a Federação já havia decidido pelo afastamento do bandeirinha José Amilton Pontarolo, mas isto não é o bastante, na opinião de Aurival Correia, presidente paranista. Além da punição, o Correia apela: “Não façam mais laboratórios conosco”.

Enquanto isto, tudo vai “muito bem, obrigado” para o Londrina, que fez 2x1 no Foz do Iguaçu. Com a segunda vitória fora de casa, o Tubarão alcançou os 10 pontos e a terceira colocação. Pertinho de Londrina está a cidade de Maringá. A rivalidade entre as duas estrelas do norte é tradicional dentro e fora de campo. Mas, neste ano, os maringaenses ficaram sem time e o campeonato sem o clássico Tubarão x Galo. Agora surgem boatos de que o J. Malucelli – futuro Corinthians do Parque Barigui – pode se mudar para Maringá. O presidente desmente a mudança imediata, mas confirma que o time deve mandar jogos no interior. Provavelmente serão como testes da recepção do novo produto pelo público consumidor, para ver até onde pode chegar a expansão do negócio. Diante da hipótese, fica a pergunta: para quem vão torcer os milhares de corintianos que vivem em Londrina?

Também perto de Londrina, mas na tabela do campeonato, está o Toledo. O time – que tem uma parceria muito mais digna com o São Paulo FC – empatou com o Atlético nesta quarta-feira e mostrou que tem boas chances de se manter nas primeiras colocações. Apesar de Rafael Moura (foto) afirmar que o Atlético ficou “abaixo da crítica”, a verdade é que o jogo foi difícil e do outro lado tinha um time muito bem montado e com alguns destaques individuais, caso do veterano Marcos Aurélio (ex-Flamengo), dos jovens Rafael, Bruno, Hernani e principalmente do goleiro Fabiano, principal responsável pelo empate.

As experiências do Geninho já estão mostrando alguma coisa. Como o próprio técnico afirmou, “a zaga titular é o Valencia, o Ferreira e o Rafael pelos gols que fez também”. As duas alas seguem em versão beta. Zé Antônio foi bem ontem pela direita, mas apresenta defeitos típicos da improvisação. Já Alex Sandro entrou meio desligado. Nas suas costas o Toledo fez suas principais jogadas no primeiro tempo e quando subiu pro ataque o moleque foi meio displicente. Deu pra ouvir aqui de casa o Geninho gritando: “Joga sério! Você não está sozinho”.Ele melhorou, mas não o bastante pra tomar o lugar do Netinho. Pelo meio, apesar de uma apresentação mediana contra o Toledo, acredito que Marcinho seja o titular no lugar de Julio dos Santos.

Agora o Furacão tem duas partidas em casa. Primeiro, o Nacional de Rolândia, e depois o Paraná. Com duas vitórias o time dá largos passos em direção ao primeiro lugar nesta fase classificatória, o que significa dois pontos de lambuja na próxima fase. A outra vantagem, esdrúxula, foi alterada ontem pela FPF e a Rede Globo. É isso ai mesmo: o regulamento do Campeonato Paranaense foi alterado assim, no meio da competição. O artigo 9 previa que o time campeão da primeira fase jogasse todos os jogos em casa. Ok, era uma norma ridícula. Mas isto é hora de experiências?


*Rodrigo Ponce Santos é torcedor do Atlético-PR, escreve sobre o futebol do Paraná para o Futepoca e é autor do blogue Pretexto.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Futebol paranaense: para o Zênite ou Nadir?

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Rodrigo Ponce Santos*

Depois de três rodadas dá pra sacar que teremos uma boa disputa no Paranaense 2009. No meio da semana, durante a transmissão de Iguaçu (de União da Vitória) e Coritiba, Raul Plasmann destacou a qualidade que vem apresentando algumas equipes do interior. Sem dúvida a vontade de aparecer marca a participação de clubes com calendários que se resumem à disputa estadual. Além de garra e da correria, aqui e ali aparecem também um bom planejamento tático e alguns destaques individuais. Mas esta não é uma grande novidade. Nós é que esquecemos muito rápido das coisas ou temos esta mania muito paranaense de desvalorizar o que aparece por aqui.

Naquele jogo, o Iguaçu deu uma canseira no Coxa e se a zaga tivesse dado um chutão ou evitado o cruzamento do Marlos aos 48 do segundo tempo, o clube da capital não estaria hoje nem entre os dez na tabela. Aliás, na rodada seguinte o Iguaçu (que fez apenas dois jogos) conseguiu seu primeiro pontinho contra o J. Malucelli e impediu que o time alcançasse o Atlético na liderança. Com o empate no clássico deste domingo (Coxa 0 x 0 Atlético), o rubro-negro garantiu o primeiro lugar com dois pontos de vantagem sobre o rival. Mas entre eles estão Foz do Iguaçu, J.Malucelli e Toledo. Logo atrás vem o Nacional, Cianorte (também com dois jogos), Engenheiro Beltrão e só depois o Paraná Clube.

A próxima partida do Atlético é contra o J. Malucelli. E não adianta querer mudar de nome, porque vai ser sempre o Malita, o Jotinha, irmão mais novo, chato pra caralho. Mas agora, pra piorar, aquele irmão rebelde que não quer ser ele mesmo, foge de casa e muda de identidade. Ora, eu sempre achei legal você ter o direito de mudar de nome quando alcança a maioridade. Afinal, ninguém merece a má sorte de ser batizado com um nome escroto. O nome de J. Malucelli é sem dúvida um dos maiores erros de batismo da história do futebol mundial. Seria absolutamente compreensível se este fosse o único motivo da mudança. Afinal, como é que você pode conquistar torcedores para um clube que carrega o sobrenome de uma família? Até ditadores como Franco e Berlusconi foram espertos o bastante pra comandarem clubes de futebol sem emprestarem suas alcunhas.

O Malita já tinha uma tarefa difícil: ser o quarto maior clube de uma cidade. É só olhar para a Portuguesa em São Paulo ou o Vasco no Rio (gostou, Yuri? hehe). Que força de vontade, que disposição, que empenho para manter um clube e uma torcida nestas condições. Mas os dois exemplos ainda carregam toda a tradição da colônia portuguesa. E o Malita? Bom... Agora ele quer carregar a história de um dos maiores clubes do país. Assim, de lambuja. De uma hora para outra, deixar de ser um time quase sem apoio para se transformar em uma paixão. O Corinthians Paranaense. Mas não é bem assim... Aqui em Curitiba, pelo menos, o que estão conseguindo é perder a simpatia dos rivais.

Li em algum lugar o presidente Malita chorando porque o time não tinha torcida. Mas se eles tem a estrutura, porque não investir em uma parceria e montar um time realmente forte no interior? Lá, infelizmente, a maior parte de quem gosta de futebol prefere acompanhar apenas os times de São Paulo e Rio de Janeiro. Isto ficou evidente na pesquisa que aponta o Corinthians como clube de maior torcida no estado. Assim... de boa... é uma vergonha. Entre as dez maiores torcidas, apenas três são do Paraná. Sei que a informação é antiga, mas olhe a lista:

1 – Corinthians, 12,5%
2 – Atlético-PR, 9,6%
3 – Palmeiras, 7,6%
4 – Coritiba, 7,5%
5 – São Paulo, 6,5%
6 – Flamengo, 6,2%
7 – Santos, 4,3%
8 – Paraná, 3,2%
9 – Grêmio, 2,6%
10 – Internacional, 1,4%

Considerando que os números que apontam os três clubes de Curitiba são, em sua grande maioria, de curitibanos, fica evidente que pelo menos no futebol o interior do Paraná não é paranaense. E onde é que estão os clubes do interior? Não é brincadeira não! Em Londrina, segunda maior cidade do Estado com mais de 500 mil habitantes, o clube da cidade fica atrás de cinco clubes paulistas e cariocas na preferência dos torcedores. O diretor de marketing do Corinthians, Luís Paulo Rosemberg, que classificou o negócio como uma “grande tacada mercadológica”, expôs com todas as letras o provincianismo do nosso Estado: “O norte paranaense é paulista”.

Não pensem que estou defendendo algum tipo de bairrismo ou segregação. De jeito nenhum. Direita pra mim é apenas uma posição dentro do campo, não na esfera política. Mas a subserviência é uma posição política. E quem invoca a posição de “democrático, liberal e livre de preconceitos” para defender um negócio cujo único objetivo é o lucro, está de fato defendendo apenas um “direito comercial”. Mas ok, pra terminar, vou dar o braço a torcer. O J. Malucelli nunca foi nada diferente disto, quer dizer, como Linhares Junior – defendeu hoje em sua coluna, um “clube” que nasceu pra ser uma empresa, revelar jogadores e dar lucro para seus empresários. Eu ainda acho que embora o futebol possa ser comprado e vendido, não se pode dizer o mesmo da relação de uma torcida com seu clube ou sua cidade.

*Rodrigo Ponce Santos é torcedor do Atlético-PR, escreve sobre o futebol do Paraná para o Futepoca e é autor do blogue Pretexto.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Muricy vai re-editar ataque do Atlético-PR de 2004

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O São Paulo venceu o Guarani por 2 a 0, em Campinas, mas a dupla Washington e Borges não marcou. Por isso, na próxima partida, domingo, contra o Santo André, o técnico Muricy Ramalho vai testar a terceira dupla de ataque diferente neste ano. E a opção será exatamente a que o Atlético-PR usou em 2004 para liderar o Brasileirão até a penúltima rodada: Washington e Dagoberto. Curioso é que o time paranaense perdeu a liderança para o Santos - que seria o campeão - justamente quando Dagoberto se machucou, dando lugar a Dênis Marques. A contusão foi tão grave que ele só voltaria a jogar em julho de 2005. Sem Dagoberto, Washington viu sua equipe ser derrotada por 1 a 0 pelo Vasco. O Santos, que estava dois pontos atrás, venceu o São Caetano por 3 a 0 e assumiu a ponta (interessante é que Muricy Ramalho tinha treinado o Azulão até o fim do primeiro turno). Na última rodada, o mesmo Vasco perdeu por 2 a 1 para a equipe santista e o Atlético-PR, do técnico Levir Culpi, deu adeus a um título que, pouco antes, era quase uma certeza. Como consolo, Washington terminou a competição como artilheiro, com 34 gols - a maior soma na história da competição até hoje, superando os 31 marcados por Dimba em 2003, pelo Goiás. Será que o centroavante se entrosará com o ex-parceiro Dagoberto novamente?

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Corinthians vence com mudança tática em tarde "inspirada" do comentarista Neto

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Desfalcado de seu principal armador, Mano Menezes mudou o jeito do Corinthians jogar na vitória de ontem contra o Bragantino, por 1 a 0, gol de Lulinha. Douglas e Jorge Henrique ficaram de fora, machucados. Sem substituo que cumpra a mesma função de Douglas, o treinador sacou Túlio, colocou Lulinha na direita, Wellington Saci na meia esquerda, Otacílio Neto no ataque e recuou Elias para segundo volante.

O comentarista e ex-craque corintiano Neto - meu primeiro ídolo no Corinthians, ao lado do goleiro Ronaldo - achou a escalação totalmente errada: para ele, Saci é lateral, Otacílio Neto jogava bem no Noroeste como “quarto homem de meio campo” e, se Mano não tinha nem colocado Lulinha no banco no jogo anterior, como poderia escalá-lo de titular? Disse também que era um risco, pois o Bragantino era uma boa equipe, que vinha de uma goleada de 4 a 2 na primeira rodada.

Pois o time começou, pressionando o Bragantino, marcando no campo do adversário e criando boas oportunidades. O destaque foi exatamente Saci, que fez boa partida jogando como meia à européia, começando as jogadas pelo meio e caindo nas pontas - fez algumas boas tabelas com André Santos. Lulinha fazia o mesmo do lado direito, mas sem tanto sucesso, talvez pela escassa participação de Alessandro. Otacílio Neto, que já deu dois passes para gol em dois jogos do Paulista, se movimentou pelos dois lados e levou perigo. Mais uma vez, o Corinthians dominava a posso de bola, criava boas chances, mas faltava contundência na definição da jogada. Neto passou a dizer que Saci estava jogando muito bem. “Ao contrário do que eu disse”, reconheceu.

No segundo tempo, Alessandro passou a descer mais e a jogar com Lulinha, que cresceu de produção. De uma tabela bem construída dos dois – com participação de Otacílio Neto – nasceu o gol corintiano, de Lulinha. O garoto se soltou e passou a arriscar uns dribles e passes mais interessantes. Num deles, deixou Souza na cara do gol, mas o centroavante chutou a bola bisonhamente pra longe. Apesar disso, de ser lento e muito pouco habilidoso, Souza fez várias vezes o papel de pivô e criou algumas oportunidades durante a partida. Nada grandioso, pelo contrário, mas dá para imaginá-lo sendo útil ao time. Aqui, Neto passou a elogiar Lulinha: “Está jogando demais”.

O Timão relaxou um pouco depois do gol e o Braga conseguiu algumas finalizações, mas nada que assustasse – evolução, considerando que foi apenas um chute a gol do time da casa no primeiro tempo, contra 12 do Corinthians (apenas um acertou o alvo, é verdade). Mas a folga durou pouco e o Corinthians retomou o controle da partida, que ficou nessa até o final, contando ainda com um chute para fora de André Santos na cara do gol, depois de passe de Souza. A essa altura, Neto já estava dizendo que o Bragantino era “muito inferior” ao Corinthians. Fique impressionado, tanto com a abrangência da previsão equivocada do comentarista, quanto com sua capacidade de mudar de opinião durante a partida.

E Mano Menezes mostrou que, de fato, o time tem opções táticas. O futebol foi bastante econômico e nada brilhante, mas seguro e com total domínio sobre o adversário – que me pareceu bem fraco, diga-se. Faltou melhorar a conclusão das jogadas, seja em termos de assistências ou finalizações. Vamos ver o que acontece daqui pra frente.

É Campeão!

O Corinthians venceu o Atlético-PR no domingo de manhã e sagrou-se heptacampeão da Copa São Paulo de Juniores. O time começou o torneiro desacreditado, mas na base do esforço coletivo conseguiu surpreender. Agora, imagine o que sente um garoto de 17 anos jogando uma final pelo Corinthians no Pacaembu com mais de 30 mil pessoas? Coisa linda mesmo, parabéns ao pessoal!

Sobre as revelações do time, vi muito pouca coisa pra falar. Mas como isso não é coisa de me segurar, digo que, do que eu vi, o lateral Bruno Bertucci e o meia Marcelinho têm potencial. Ouvi comentários positivos a respeito do goleiro André Dias, do meia Boquita e do volante Sacha, cujo nome/apelido deve lhe causar vários problemas...

Bons Presságios? - Para os supersticiosos, o título traz bons presságios: basta lembrar das temporadas de 1995, 1999 e 2005. E ignorar a de 2004, que foi uma lástima apesar do título da Copinha...

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Mais um texto técnico

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Rodrigo Ponce Santos*


Nunca assisti ao treinamento de um time de futebol profissional. Ou melhor, até que assisti alguns treinos do Londrina na infância. Mas tinha lá meus 12 anos e aparecia no Estádio do Café muito mais pela graça de matar aula do que por qualquer interesse no treinamento em si. Além do mais, não entendia patavinas sobre esquema de jogo. Pra mim era nós contra eles. Acabou.

Ando pensando bastante nesta carência da minha formação, especialmente quando tento montar um time na cabeça. Você pode dizer que isto é problema do técnico de futebol, como meu computador é problema do técnico em computação e minha bicicleta é problema do bicicleteiro. Mas é sempre bom entender e conhecer um pouco melhor essas coisas todas com as quais a gente tem uma ligação tão íntima e diária, ainda que no caso do futebol o conhecimento signifique pouco poder efetivo. Sendo menos do que um cronista esportivo de relativa audiência, o máximo que a gente vai conseguir é assunto pro boteco. Mas já está valendo.

Acompanhando um programa esportivo algumas semanas atrás, ouvi que o Geninho (à direita, em foto de Giuliano Gomes) pretendia montar um time no 4-4-2. Ainda estava no ar a novela sobre a transferência do Netinho para Grécia. Ora, caso o negócio fosse concretizado estaríamos com os cofres cheios e com um buraco na ala esquerda. Mesmo com a permanência do guri, nossa fragilidade canhota é evidente num esquema de dois zagueiros e dois laterais. Neste esquema, o Netinho voltaria a jogar no meio (o que seria uma boa), mas a lateral ficaria entre Márcio Azevedo e Alex Sandro. O primeiro chegou a disputar boas partidas ano passado, mas caiu de rendimento vertiginosamente e sem explicações. O segundo é ainda uma promessa das divisões de base. Isto significa que sair do 3-5-2 agora seria fazer uma aposta na recuperação de um atleta ou na revelação de outro.

Felizmente ficou mais claro depois que o técnico estava falando em treinar algumas possibilidades, não em mudar o esquema de jogo. Tudo bem que o Paranaense é o campeonato de menos expressão a ser disputado neste ano, mas não se trata de desconsiderar a briga e tomar o certame como pré-temporada, de jeito nenhum! O Paranaense é pra ganhar. O Geninho sabe disso, a diretoria sabe, a torcida, os jogadores, todo mundo sabe que tem que entrar rasgando. Mesmo que a primeira fase classifique 8 de 15 times, o campeonato começa dia 25 e o único amistoso foi contra o Batel de Guarapuava. Agora é valendo ponto.

Mas já que falamos em promessa, não dá pra deixar de lado o fio de esperança que a Copa São Paulo trouxe para a torcida rubro-negra. Aliás, um fio não, trouxe logo um novelo ou já uma trama muito bem costurada. Porque o time-base do Furacão está muito bem organizado, além de ter jogadores que se destacam individualmente. E o assunto da Copinha cabe aqui muito bem, porque esse time também está no 3-5-2. Se o Manoel jogar durante o ano o que ele fez contra o Cruzeiro, quem sabe a gente possa ver o Chico ao lado do Valência. Ali pelo meio ainda tem o Willian, que parece ser um guri bom: quieto, com personalidade, toque de bola e muito raçudo. Pela direita tem o Raul, que é um baita jogador e deve ser uma sombra atrás do Nei e do Alberto, um se recuperando de lesão e outro que infelizmente foi habitué do Departamento Médico no ano passado. Lá na frente, Patrick e Eduardo Salles são bons centroavantes, mas a briga já está quente...

Posso queimar a língua, mas acho que o Lima vai ser opção de segundo tempo e que a briga pela vaga ao lado do He-Man fica entre Júlio César e Preá. No meio, Geninho está apostando suas fichas no Julio dos Santos, o que cria outra “briga” entre Ferreira e Marcinho. Puta merda... essa é boa! Deixar um no banco com certeza vai ser uma pressão violenta para quem entrar jogar tudo o que sabe e o que não sabe. Mas outra opção pode ser o Ferreira no meio e o Marcinho no ataque, como ele mesmo disse que gosta de jogar.

Enfim, me perdoem o absurdo da comparação, mas acho que montar um time deve ser mais ou menos como escrever. Primeiro você tem alguma formação e experiência nisso. Entende alguma coisa técnica, manja umas jogadas, estuda umas regras. Depois tem algumas idéias e vai ensaiando na sua cabeça aquilo que quer fazer dentro das quatro linhas. Então começa. Coloca uma peça aqui, outra ali. Elas se movimentam. Algumas do jeito que você esperava, outras não. Então você apaga, substitui, joga de novo. Nada estava pronto antes de começar a partida e no final você tem um resultado impossível de ser alterado. Definitivo. Para o bem ou para o mal. Uma diferença óbvia e com vantagens para quem escreve é que seu resultado pode continuar sendo debatido com argumentos contra ou a favor de suas escolhas. O técnico não. Seu resultado aparece em um placar. O escritor lida com palavras. O técnico de futebol, apesar de toda a magia do jogo, com a frieza dos números.

*Rodrigo Ponce Santos é torcedor do Atlético-PR, escreve sobre o futebol do Paraná para o Futepoca e é autor do blogue Pretexto.

domingo, novembro 23, 2008

São Paulo quase campeão

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A sensação ao fim da 36ª rodada do Brasileirão foi um grande "como assim?". Como assim o Grêmio toma uma sacolada do Vitória? Como assim o Cruzeiro vence o Flamengo com um pênalti não marcado para os cariocas (não vi, mas estou lendo nos sites que foi pênalti mesmo)? Como assim deu tudo certo para o São Paulo?



Toda a teoria da decisão na última rodada foi por água abaixo depois dessa. A suada vitória do São Paulo sobre o Vasco abriu um abismo de 5 pontos entre líder e vice-líder. Só duas combinações de resultados tiram o título do Tricolor paulista, e nas duas o Grêmio tem que ganhar os dois jogos restantes. Já o São Paulo precisaria perder as duas ou perder uma e empatar outra. Difícil... o São Paulo já é 80% campeão.

Rebaixamento

Assim como na parte de cima da tabela, lá na rabeira tem time se aferrando à matemática para acreditar que ainda dá. O Ipatinga perdeu para o Palmeiras, como era esperado, e viu a diferença para o Náutico chegar a 6 pontos. A única possibilidade para time mineiro é vencer as duas próximas partidas e torcer para que nenhum dos companheiros na zona da degola ultrapassem os 40 pontos. Mais difícil do que o São Paulo perder o título.

Portuguesa e Vasco, com 37 pontos cada, também têm tudo para deixar as colônias portuguesas decepcionadas. Até dá para escapar, mas os times são ruins demais para dar esperança aos torcedores. Repetindo o que já é senso comum por aí, pena que o Vasco vá cair com Roberto Dinamite na presidência. Deve ser praga do Eurico.

Figueirense e Náutico disputam a última "vaga" na Segundona, mas o Atlético-PR e até o Santos ainda têm chances.