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quinta-feira, março 11, 2010

Primeira Lei da Política

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Lendo no Valor Econômico sobre uma possível chapa com Aloizio Mercadante (PT) para governador paulista e Paulo Skaf (PSB) como vice, um amigo jornalista comentou sobre o que, para ele, é a Primeira Lei da Política:

- Nenhum amigo é tão amigo que não possa virar seu inimigo; e nenhum inimigo é tão inimigo que não possa virar seu amigo.

sexta-feira, março 05, 2010

Decisões importantes, fóruns adequados

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O PT paulista ainda aguarda novidades sobre a chapa que disputará o governo do Estado. Mas não perde por esperar:

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) participa nesta segunda-feira, dia 8, a partir das 17h30, do Programa do Ratinho, no SBT, comandado pelo apresentador Carlos Massa.

Isso é que é debate político em alto nível! Quem procura, acha!

quinta-feira, março 04, 2010

Serra, saia da moita!

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O Estadão de hoje traz novo balão de ensaio sobre a sucessão paulista, na linha do "se não há novidade, a gente teoriza". Que a militância petista de São Paulo prefere como candidato ao governo do Estado o senador Aloizio Mercadante, em vez do deputado federal Ciro Gomes, não resta a menor dúvida. Que Marta Suplicy e seu grupo também torcem para que isso aconteça, para que a ex-prefeita aproveite a brecha e se candidate ao Senado, é outra verdade (os deputados federais do PT por São Paulo também engrossam o caldo, pois assim Marta não se candidataria à Câmara Federal e deixaria de dividir os votos deles). Da mesma forma, o presidente Lula e Dilma Rousseff já escancararam que Mercadante é a melhor opção caso Ciro bata o martelo de vez sobre não disputar o governo de São Paulo - o que ainda não fez.

Mas...e daí? A materinha do Estadão, que misteriosamente saiu de forma simultânea na edição de hoje do jornal gratuito Metrô News, não passa de uma costura de todas essas constatações embrulhada para o leitor como fato consumado. Mercadante (que se recupera de uma cirurgia feita na terça-feira) viajou com Lula para o Uruguai e o Chile e, contra as expectativas, nada foi acertado sobre a chapa do PT em São Paulo. Ficou naquela: o senador mantém a disposição de disputar sua reeleição (é líder nas pesquisas), Lula segue com um fio de esperança na capitulação de Ciro e todos continuam aguardando o (des)governador José Serra oficializar (ou não) sua candidatura à Presidência da República.

Tudo como d'antes. Serra encolhido quietinho na moita, matutando sobre o surpreendente empate técnico com Dilma nas pesquisas. E, na fila, Ciro aguarda sua decisão para saber o que fazer, Lula aguarda Ciro e Mercadante aguarda Lula. Fora disso, tudo é pastel de vento na mídia paulistana. Mas que o grupo da Marta trabalha bem nos bastidores, ah, isso trabalha...

terça-feira, março 02, 2010

'Título mundial de futebol não enche barriga'

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Esse era Luiz Inácio Lula da Silva às vésperas da Copa da Espanha, em 1982. Presidente do Partido dos Trabalhadores e candidato ao governo de São Paulo, o político avisava ao jornal, sem medo de nenhum Larry Rohter, que ia beber "muita" cerveja vendo os jogos da seleção. Naquele ano, infelizmente, o time comandado por Telê Santana, com Falcão, Cerezo, Sócrates e Zico no meio-campo, empolgou mas não ganhou. Lula também perdeu a eleição para Franco Montoro, do PMDB, mas viu seu Corinthians vencer o Campeonato Paulista com Sócrates e a jovem revelação Casagrande. Vinte anos depois, na Coréia e Japão, o Brasil garantiria o pentacampeonato contra a Alemanha, com gols de Ronaldo Nazário, hoje no Parque São Jorge. E, no final do ano, Lula chegaria à Presidência da República. Mas seu Corinthians perderia a decisão do Campeonato Brasileiro para o Santos, de Robinho, Diego, Elano & Cia.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Nos primórdios do PT

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Com 30 anos recém-completos, o Partido dos Trabalhadores já acumula uma interminável lista de histórias folclóricas. Umas delas ouvi hoje: em uma cidade do Vale do Paraíba, o diretório local realizava sua primeira grande campanha de arrecadação de roupas, que seriam destinadas a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Foi então que um dos militantes do partido, ao chegar fora de hora em casa, foi expulso pela esposa, que jogou todas as suas coisas na rua. Sem ter para onde ir, juntou as trouxas e rumou para a casinha que servia como sede do PT.

No dia seguinte, acordou cedo e saiu procurando alguma pensão ou casa de amigo que o abrigasse uns dias. A secretária do partido apareceu logo depois, sem saber que o infeliz militante havia pernoitado ali. Nisso, uma kombi estacionou e o motorista perguntou onde estavam as roupas para o MST. A secretária apontou o único quarto da casa, onde o rapaz logo recolheu todas as roupas que encontrou. Depois de carregar a kombi, partiu para o acampamento, na outra ponta do estado, quase divisa com o Mato Grosso.

- Cadê as minhas roupas?, perguntou, ao voltar da rua, o pobre militante expulso de casa pela mulher.

- Suas roupas? O que tinha aí foi tudo para o MST, respondeu a secretária.

O resultado é que a segunda - e extraordinária - campanha de arrecadação do PT local foi de roupas para o tal militante...

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Revolta no busão

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Agora há pouco, vindo de ônibus (Terminal Pirituba) da rua Teodoro Sampaio em direção à avenida Heitor Penteado, bairro Pinheiros, presenciei uma situação que nunca imaginei passar em todos os seis anos que já pago meus pecados nessa paulicéia alagada. Logo que subi no busão, abarrotado com umas 50 ou 60 pessoas, percebi um clima tenso de revolta. Todas as pessoas nervosas, resmungando, xingando. De orelhada, fui me informando de que, pelo que parece, diminuíram o número de veículos por linha.

- Agora tem cota de 21 ônibus por linha, não pode ter mais. E cortaram várias linhas diretas, tem que fazer baldeação nos terminais - comentava um rapaz que, pelo uniforme, parecia funcionário de alguma empresa de transporte.

- Onde já se viu? Esse homem é bizarro! E pensar que eu votei nele! Tive que acordar às 5 da manhã e ainda não cheguei. Não tem mais ônibus direto. Maldito Kassab! - reclamava uma senhora, muito transtornada.

- Mas ele vai pagar! - dizia outra. Meu dedinho tá coçando pra castigar ele na urna! Ele vai ver só!

- É vagabundo! Olha aí, tá tudo alagado, tudo sujo. Ele aumentou o IPTU, por que não limpa a rua? É vagabundo! Cachorro! Merece uma bela duma peia! - rosnava um homem de boné, os olhos saltados.

Nisso, a cobradora, que tentava dormir, despertou com o alarido das reclamações e não deixou barato, descascou um belo de um sermão:

- Vocês votaram tudo no Kassab, que eu sei! Vocês tem que se ferrar! A Marta fez corredor de ônibus, criou o bilhete único, trocou os ônibus velhos por novos, acabou com perueiro clandestino. E quando precisou de vocês, não teve nada! Vocês votaram no Kassab, tem mais é que se ferrar, mesmo!

Atônito, perplexo e sem palavras, eu ainda consegui ouvir duas coisas antes de me esgueirar para descer no ponto certo:

- Eu voto no PT. Eu sempre votei no PT, não votei no Kassab, não! - defendia-se um homem bem humilde, com o filho (ou neto) que levava para a escola.

- Mar-ta! Mar-ta! Mar-ta! - gritavam algumas meninas no fundo do busão.

Juro, isso aconteceu. Se o Kassab sair na rua hoje, apanha. Ou morre.

E se a Marta quiser fazer campanha para qualquer coisa, na rua, esse é o dia.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Improvável. Mas perturbador

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Eu sei, é balão de ensaio. Mas bota uma pulga bem gorda atrás de nossas orelhas esquerdas (ou esquerdistas). A materinha que o IG soltou ontem à noite, sobre Ciro Gomes (foto à direita) bater o pé para manter a candidatura à presidência da República, contrariando o desejo do PT de trazê-lo para a disputa ao governo de São Paulo, deixou no ar uma perturbadora possibilidade: uma aliança entre PSB e PSDB na chapa majoritária para o Palácio do Planalto. Maluquice? É o que parece. Mas tem suas sutilezas.

Diz o texto que, ontem, Ciro parou no plenário da Câmara para cumprimentar o deputado Humberto Souto, do PPS mineiro. "Aposto com você que o (José) Serra vai desistir de ser o candidato do PSDB a presidente. Ele está caindo nas pesquisas. Não aguenta. Vai desistir, sim. E o seu governador (Aécio Neves) voltará a ser candidato", teria dito Ciro. No que Souto alfinetou: "Você sabe que o Aécio só será candidato a presidente se você aceitar ser o vice da chapa. Você aceita, Ciro?". Segundo a reportagem do IG, Ciro "parou por alguns segundos, sorriu e saiu rapidamente do plenário".

A improbabilidade dessa dupla acontecer é óbvia, pois a desistência de José Serra seria uma covardia muito perigosa para seu futuro político. Mas dá o que pensar. O deputado federal Márcio França (foto à esquerda), presidente do PSB em São Paulo, é um tucano indisfarçável. Políticos do PSB ocupam cargos de terceiro escalão no governo Serra e seus deputados o apoiam na Assembléia Legislativa. Segundo o IG, Ciro Gomes "se diz muito amigo de Aécio".

No exercício hipotético, é incômodo imaginar Serra disputando em São Paulo, para vencer com sobras, e Aécio enfrentando Dilma Rousseff com Ciro de metralhadora giratória a tiracolo. Isso também mexeria muito com as disputas estaduais. Hoje é o "Dia C" (de Ciro), quando o presidente Lula terá a conversa definitiva com o deputado do PSB para tentar convencê-lo a disputar o governo do estado paulista, com um vice do PT.

Mas tá difícil. Mesmo sabendo de suas parcas chances de ser presidente, Ciro parece intransigente. "Agradecerei a todos e direi claramente que não quero disputar o governo de São Paulo. Sou candidato a presidente da República e teria muito prazer em montar uma chapa com todos esses partidos para a eleição presidencial", garantiu ontem, segundo a matéria do IG.

Participam do encontro de hoje em Brasília representantes do PSB, PT, PDT, PCdoB, PTC, PRB, PSC e PTN. O PPL (Partido Pátria Livre), surgido do MR8 e ainda sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PHS e o PR também negociam a adesão ao grupo, que poderia chegar a 11 partidos.

Façam suas apostas. E suas preces!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

30 anos

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Não, não vou falar aqui sobre o aniversário do Partido dos Trabalhadores, comemorado ontem. Mas o assunto tem relação direta com o PT: avaliação do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) aponta que no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Brasil registrou o menor período de recessão nos últimos 30 anos, que foi de seis meses, entre julho de 2008 e janeiro de 2009. Não bastasse, foi também no governo Lula que o país registrou seu período de maior expansão econômica nas últimas décadas, que durou cinco anos e um mês, entre junho de 2003 e julho de 2008. Alguém aí ouviu o Fernando Henrique Cardoso resmungar alguma coisa?

Falou e disse

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Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, em Brasília, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT) disse que o (des)governador José Erra, digo, Serra (PSDB), é o "candidato errado" pela segunda vez. E explicou:

- Em 2002 o Serra foi o candidato da continuidade quando o povo queria mudança. Agora ele vai ser o da mudança quando o povo quer continuidade.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Ôôôô...o FHC voltou, o FHC voltou, o FHC voltou...

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Eleitores e simpatizantes da ministra Dilma Rousseff (PT) para a presidência da República podem comemorar: driblando a vigilância do PSDB, o língua de trapo Fernando Henrique Cardoso (à direita) distribuiu ontem, em artigo no Estado de S.Paulo, mais pérolas de sua inesgotável e autosuficiente sapiência. Depois de quase ter enfartado com o prêmio de Estadista Global concedido a Luiz Inácio Lula da Silva, FHC desceu às raias do desespero em seu texto ao classificar nosso atual presidente de "tosco", "mentiroso" e "dissimulado". E a baixaria não parou por aí.

O artigo, intitulado "Sem medo do passado" (óbvio que ele não tem medo, quem tem somos nós!), ainda compara Dilma a "um boneco", manipulado pelo "ventríloquo" Lula. E emenda trechos risíveis como "É mentira dizer que o PSDB 'não olhou para o social'. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área". Fez mesmo? E fez o que? Por que não diz? Mais pra frente, FHC, o eterno "sociólogo que falava francês", que chamou os aposentados de vagabundos e as críticas de "nhém-nhém-nhém" reveste-se agora de indignação e chama Lula de "autoritário" e "de direita" (!): "Por trás dessas bravatas estão o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. (...) Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita".

Mudo e escondido nesses tempos de enchentes e escalada da violência no abandonado estado de São Paulo, o (des)governador e provável candidato à Presidência José Erra, digo, Serra, deve estar com vontade de mandar matar o coleguinha tucano - ou, pelo menos, de cortar sua língua. Para nosso deleite, FHC perdeu mais uma chance de permanecer calado.

terça-feira, novembro 24, 2009

Por que será, hein?

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Consequência daquilo que comentei no post de ontem:

Cúpula do PSDB planeja 'esconder' FHC na campanha
A cúpula do PSDB vai "esconder" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha presidencial de 2010. Assim como ocorreu na última eleição municipal, em que candidatos tucanos como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, até "dispensaram" a participação de FHC no programa eleitoral de televisão, dirigentes do PSDB e do DEM dizem que ele não é candidato e o PT não vai transformá-lo em personagem na eleição.
(O Estado de S. Paulo, 24/11/2009 - Foto: Agência Estado)

segunda-feira, novembro 23, 2009

Contra FHC, qualquer um ganharia para presidente

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O dado mais significativo da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje não é a diferença de apenas 10 pontos percentuais entre o preferido nas intenções de voto, José Serra, do PSDB (31,8%), para a segunda colocada, Dilma Rousseff, do PT (21,7%). Para mim, o maior aval que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber da população é que 49,3% responderam que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Isso significa simplesmente que qualquer um, mas QUALQUER UM mesmo, até o bonecão inflável do posto de gasolina, ganharia em primeiro turno contra um candidato de FHC. Impressionante! Conhecendo o mau gênio do governador de São Paulo, eu temeria pela minha vida se fosse o Fernando Henrique...

Mas o folclórico presidente que falava francês continua dando motivos e mais motivos para amealhar a antipatia popular. Senão, vejamos:

Não fumou e não gostou, mas defende
Incomodado com a popularidade de Lula (segundo a mesma pesquisa CNT/Sensus, 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado pelo presidente da República, ao mesmo tempo que sua aprovação pessoal subiu para 78,9%), FHC arrumou mais um factóide para voltar à mídia. Como forma de rivalizar com a polêmica criada pelo filme "Lula, o filho do Brasil", que será visto pelo protagonista em São Bernardo do Campo, Cardoso resolveu tocar em um ponto melindroso de sua carreira (ops), a maconha. Mesmo jurando que não fumou e não gostou, o tucano aparece no documentário "Rompendo o silêncio", do xará Fernando Grostein Andrade, defendendo a descriminalização da Canabis sativa, como integrante da Comissão Latino Americana de Drogas e Democracia. Pois é, a democracia permite a circulação de drogas. Prova disso é o próprio FHC, que circula livre por aí.

Um pé na cozinha, outro na cozinheira
Há 15 anos, quando venceu as eleições para presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique se enrolou ao responder questões sobre a miscigenação brasileira por afirmar que também tinha "um pé na cozinha" - o que ele tentou negar depois, mas a Falha de S.Paulo garantiu ter a frase gravada. Porém, só agora é que a afirmação ganha sentido, pois, segundo o nefasto Cláudio Humberto, o ex-presidente estaria para reconhecer mais um filho, Leonardo, de 20 anos, que teve fora do casamento, dessa vez com sua ex-cozinheira Maria Helena Pereira. Consta que a mulher teria ameaçado fazer teste de DNA no Programa do Ratinho (mais povão que isso, nem o Lula conseguiria ser!). Neste ano, FHC já havia decidido reconhecer Tomás, de 18 anos, fruto de outra pulada de cerca, com a jornalista da Globo Miriam Dutra (foto). Os reconhecimentos são um gesto nobre, mas pegam mal por acontecerem só agora, após a morte da esposa oficial do tucano, Ruth Cardoso. E pensar que Lula foi avacalhado pela mídia em 1989 por causa de sua filha Lurian...

Pois então: FHC é ou não é um mito? Bota ele na campanha já, Serra!

segunda-feira, outubro 26, 2009

Luxemburgo: o novo quadro do novo PT

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O treinador do Santos e recém ingresso no time dos boleiros-políticos, Vanderlei Luxemburgo, em entrevista à Folha de São Paulo deste domingo, falou que sai do Santos se Marcelo Teixeira não for reconduzido à presidência, deixou em suspenso sua ida para o Internacional, destilou seu ódio, raiva e rancor sobre o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, que o demitiu e comentou sobre .... sua ida para o PT.


Segue um pequeno trecho, com alguns necessários negritos.


FOLHA - E a ida para a política?
LUXEMBURGO - É outra possibilidade que pode existir na minha vida, de ir para o outro lado. Nunca me filiei a partido. Filiei-me ao PT agora, no Tocantins, porque acho que é um Estado que promete, tem só 20 anos e muita coisa a ser feita.

FOLHA - Por que o PT?
LUXEMBURGO - Sempre me identifiquei com coisas que o PT fazia, mas achava o partido radical. Passou a ser mais moderado e se encaixa mais com a minha cabeça, com o meu pensamento político-ideológico.

FOLHA - É amigo do Lula? O Lulinha [filho do presidente e auxiliar no Santos] já é seu companheiro...
LUXEMBURGO - Tenho amizade com o Lula, que foi o petista que mais evoluiu. Se você pegar o Lula de anos atrás e pegar o de hoje, verá que evoluiu na ideologia política, algumas coisas que tomava com radicalismo no partido foram mudando. Isso mostra que o PT evoluiu.

FOLHA - Por que o Tocantins? Está preparado para as críticas por não ter identificação com esse Estado?
LUXEMBURGO - O mundo está globalizado, qual é o problema? Por que você não pode trabalhar no Rio se for convidado? É anormal? Vocês têm tendência à crítica. Como se fosse proibido eu entender que o Tocantins possa ter uma situação em que seja possível desenvolver um trabalho melhor do que em São Paulo. Num mundo globalizado, com possibilidades, alternativas de trabalho, você fala inglês fluente e o convidam para um jornal em Nova York. Vai deixar de ir porque é brasileiro? É crescimento. No Norte, é onde precisam de um projeto de esporte, pois não tem.

terça-feira, março 24, 2009

No butiquim da Política - Novos rumos. É esperar.

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CLÓVIS MESSIAS*

O buteco, no domingo, 15 de março, teve um dia sui generis. Um olho no jogo que rolava na TV e outro na Assembléia Legislativa. A Mesa Diretora do Palácio 9 de Julho estava sendo eleita. O contencioso da administração está pesado. O esqueleto do prédio anexo, 500 ou mais vetos, ausência de CPIs. Enfim, nada acontece no Legislativo, mais parece uma extensão do Executivo do que um poder. Sobre a obra inacabada, ninguém quer falar. Já consumiu R$ 24 milhões - e nada. Os corredores estão cheios de móveis novos estragando. Aliás, nenhum partido fala do "dinheiro consumido até agora". E é o nosso "troco", é dinheiro público. Não se sabe porque, nenhuma nota de bancada fez referência a este amontoado de concreto e ferro.

O plenário continua sendo utilizado, com consentimento geral, para explicações pontuais, mas sem solução. Tipo: "entro, marco posição, mas permaneço para ser derrotado na votação". Infelizmente, é comum. Entre as bancadas, deputados se justificam para seus eleitores. E está todo mundo satisfeito. É comportamento cartorial, agrada os parlamentares, mas transforma o Legislativo em apêndice e não em poder. O Legislativo é o pulmão da democracia. Fraco ou cartorial, transforma a democracia nisto que aí está. Todos reclamam. o povo não tem a assistência que deveria e os políticos viram democratas de plantão.

Nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo: Carlinhos Almeida (PT), Barros Munhoz (PSDB) e Aldo Demarchi (DEM)

Surge a quantificação democrática. Eu sou (ou não) mais democrata que você. É uma das formas de se desviar da regra geral. Aí a porta fica aberta para o Executivo ser truculento e legislador, escondido no oportunismo. É o status quo. Bom, o deputado Barros Munhoz (foto acima) foi eleito o presidente da Assembleia Legislativa, num grande acordão: 92 dos 94 deputados participaram do processo aleitoral. Apenas dos dois deputados do PSol se rebelaram. Esperamos que o "grande acordão" por escrito seja cumprido. Estamos observando, há uma semana, o comportamento geral. A nova Mesa Diretora ainda está se acomodando. Nós, povo, agradecemos a futura democracia legislativa. Sem desvios.

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

terça-feira, dezembro 09, 2008

No butiquim da Política - O PT se agita

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CLÓVIS MESSIAS*

O buteco se agitou. Um de seus freqüentadores chegou animado, garantindo que haverá mudança no ministeriado do presidente Lula. Assim que terminou sua afirmativa, todos se voltaram ao "gole". Mas, como se sentisse desacreditado, o manguaça foi mais fundo: "-A disputa pelas eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados mudará as forças políticas do governo federal, precisando de um realinhamento". Arlindo Chinaglia (acima), presidente da Câmara dos Deputados, está ativíssimo, demonstrando habilidade e livre trânsito junto ao presidente Lula.

O realinhamento político, assim, é necessário. O parlamentar paulista, que deixará a presidência da Câmara, servirá como um ponto de equilíbrio com uma possível indicação a um ministério. O PT reivindica mais um posto para o partido e Chinaglia poderá ser seu ocupante. Os ministérios especulados são o da Articulação Política ou Saúde. Alguém até perguntou se o presidente Lula sabe disso. A resposta foi imediata: "-Sabe. E também sabe que o Chinaglia será candidato ao Senado com o Aloizio Mercadante, para compor a chapa. Assim, os dois pretentem levar as duas cadeiras para o partido".

Neste cenário, é possível perceber claramente que os petistas começam a se movimentar com a velocidade política que o momento exige. Ainda mais porque corre a notícia, nos setores moderados, da possível indicação do atual ministro da Educação, Fernando Haddad (ao lado), como candidato ao governo do Estado de São Paulo. Luiz Marinho, prefeito eleito de São Bernardo do Campo (SP), defensor da dinâmica partidária, também trabalha para a ampliação do leque de alianças. Diz ele: "-Se ficarmos debatendo prévias, fecharemos as portas para a vitória, como já aconteceu em eleições passadas".

Não sei se foi por falta ou por excesso da "loira gelada" que o fôlego acabou. Mas os freqüentadores do butiquim estão se recuperando para uma próxima rodada...


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

terça-feira, dezembro 02, 2008

No butiquim da Política - Em causa própria

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CLÓVIS MESSIAS*

Os deputados estaduais de São Paulo apresentaram uma emenda à Constituição que prevê dobrar, praticamente, os salários da elite do funcionalismo até 2011. Os salários desses servidores serão equiparados aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, carreira com os mais alto vencimentos no Estado, R$ 22.111,25. Hoje, há uma guilhotina que iguala o salário desses servidores ao do governador, R$ 14.850,00.

As categorias beneficiadas pelo aumento do teto são: fiscais de renda, coronéis da Polícia Militar e procuradores de autarquias. Estes servidores já têm seus salários retidos iguais ao do governador. Estas classes têm incorporações que ultrapassam o atual limite. Qualquer emenda constitucional entra em vigor imediatamente após a sua aprovação em plenário, e para isso são necessários 63 votos, dos 94 deputados. O governador nada pode fazer, cabe a ele cumprir a norma constitucional.

Embora o governador tucano José Serra tenha se manifestado contra o aumento para alguns "marajás", muitos deputados da base governistas já assinaram a proposta. Dos 13 do DEM, 11 assinaram; do PSDB, 3 dos 21; até gente da oposição já assinou a favor, como, por exemplo, 15 dos 20 do PT. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, do PSDB, disse desconhecer o teor do projeto - mesmo depois de ter sido publicado no Diário Oficial. Porém, seu colega tucano e líder do Governo Serra no Palácio 9 de Julho, Barros Munhoz, afirmou: "O projeto é uma temeridade. Não é o momento de aumentar os maiores salários do Estado".

Segundo Munhoz, Vaz de Lima deverá apoiar o aumento do teto, já que é fiscal de rendas (na sua origem, uma das categorias beneficiadas). Prossegue o líder do governador: "O Vaz de Lima diz para quem quiser ouvir que não vota contra a categoria profissional dele, onde nasceu e onde se fez político". Ou seja: o presidente da Asssembléia Legislativa está legislando em causa própria. A sua necessidade, eleitor, será analisada quando ele precisar se reeleger. Por isso, não esqueça em quem votou para vereador e para deputados estadual e federal. Eles se escondem com grande facilidade.

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

quinta-feira, novembro 13, 2008

É ela

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Na contramão do histórico nacional de baixa participação política das mulheres, e como o José Dirceu já havia especulado para o Futepoca, a ministra Dilma Rousseff (foto) deve ser mesmo a candidata do PT para as eleições presidenciais de 2010. Durante sua viagem oficial à Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a possível candidatura: "Depois de mim, quero que o Brasil seja governado por uma mulher. E a pessoa certa é Dilma Rousseff", afirmou, segundo o La Repubblica. "Proporei ao PT de indicá-la como candidata. Mas vencer (a eleição) não será fácil. Na política, os cenários mudam rapidamente e ainda faltam dois anos", ponderou Lula. A atual ministra da Casa Civil ganhou moral depois de ter espinafrado, em frente às câmeras de TV, o senador José Agripino (DEM-RN), em maio deste ano. Mas e aí, será que ela vai aceitar a "indicação" do Lula? E se aceitar, ganha?

terça-feira, outubro 28, 2008

No butiquim da Política - A eleição na capital

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CLÓVIS MESSIAS*

Todo mundo sabe que os candidatos Geraldo Alckmin, do PSDB, e Marta Suplicy, do PT (fotos à direita), foram os grandes derrotados nas eleições municipais de São Paulo. E essa também é a avaliação da maioria dos deputados e assessores aqui no Palácio 9 de Julho. Segundo se afirma, o remédio principal para os dois será o tempo. As projeções de um mês atrás não servem para mais nada, devido os resultados atuais. Aqui no buteco especulam-se nomes para as futuras eleições majoritárias. Os partidos não rejuvenesceram, não apareceram novos líderes. As agremiações, em nome dos debates internos, sufocam novidades administrativas. Os militantes votam em cima do convencionalismo partidário e, conseqüentemente, o novo desaparece. Nesse momento, as conversas vão do céu ao inferno num estalar de dedos.

Amuados, os perdedores estão retornando com a impressão de que a Assembléia Legislativa não os projeta, não lhes dá destaque. Mas os culpados são eles mesmos, já que não sabem politizar os debates sócio-econômicos (afinal, o poder se destaca através dos seus membros). A verdade é que as convenções partidárias, com ou sem acordos, deixaram hematomas que não desaparecerão tão cedo. Dessa vez, a omissão das direções partidárias não foi o senhor da sabedoria. No PSDB, como se nada estivesse acontecendo, Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil do governador José Serra, continua acertando os ponteiros com o PTB, PV, PR e PMDB. Ninguém faz contraponto, mas o partido está em notória ebulição.

Do outro lado, com sua forma descontraída de participar da eleição, votando em Luiz Marinho (foto à esquerda) para prefeito de São Bernardo do Campo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, projetou um novo líder petista estadual. Agora, com quase todos os nomes desgastados no PT, Marinho surge como um nome forte para futuras eleições. Numa das mesas alguém comenta que ele é um sindicalista vencedor. Como líder metalúrgico, por hábito, ouve bastante antes de tomar atitudes. Está na hora do partido voltar às origens, mas com novas lideranças. Na capital, o PT perdeu nas zonas Leste e Sul da capital e também nos bolsões da classe média. As propostas, aqui no buteco, são de reestruturação total. Lógico, isso é um pouco de exagero. Mas o novo é a construção.

Já os DEMocratas, vencedores na capital com Gilberto Kassab, não se abalam. Continuam compondo chapas. Estão contentes aqui no Legislativo de São Paulo.


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

quinta-feira, outubro 23, 2008

MP dá parecer favorável à cassação da candidatura de Kassab pelo cheque dado ao metrô

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É claro que vão fazer de tudo pra não dar em nada, mas não custa registrar: o promotor eleitoral Eduardo Rheingantz apresentou parecer favorável à ação em que Marta Suplicy (PT) pede a impugnação da candidatura de Gilberto Kassab (DEM), com quem disputa a Prefeitura de São Paulo. Em solenidade na quarta-feira passada, dia 15, o atual prefeito repassou R$ 198 milhões ao governo do Estado para investimentos em obras do metrô. No ato, em que recebeu uma réplica de um cheque de 1 metro e meio das mãos de Kassab, o governador José Serra (PSDB) exaltou a parceria com o prefeito. O parecer do procurador é levado em conta pelo juiz eleitoral no momento de proferir a decisão final no processo. A representação ainda será julgada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da capital paulista e Kassab só tem a candidatura cassada caso a decisão seja confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pergunta que não quer calar: por que, em vez de dar dinheiro ao metrô, a Prefeitura de São Paulo não faz o dever de casa e resolve os problemas do trânsito que são de sua própria alçada?

O TRE deve julgar o pedido nos próximos dias. O TSE anunciou que vai acelerar o julgamento dos recursos de impugnação de candidaturas para que não haja atraso até a posse dos eleitos. A representação foi protocolada no último dia 17 por Marta, que acusa - corretamente - Kassab de utilizar a máquina na campanha à reeleição. A foto com Serra e o cheque foi veiculada no site do candidato. "Com efeito, os representados - especialmente o presidente do Metrô e o candidato Kassab, que são agentes públicos - usaram bens públicos móveis e imóveis para fins eleitorais", diz o procurador, no parecer. "De fato, fosse uma mera cerimônia administrativa de repasse de recursos, -como sustentam os representados -não precisava ser um espetáculo, que contou inclusive com artifícios visuais", completou o procurador, que defende que a representação deve ser julgada procedente.

Cinicamente, a assessoria do candidato do DEM alega que a cerimônia foi realizada respeitando-se a legislação eleitoral. A mídia finge que acredita e todo mundo fica feliz. Ah, se fosse a Marta a fazer um negócio desses...

Ps.: Visite o blogue coletivo clicando aqui e veja outros motivos para apostar na virada de Marta Suplicy no segundo turno.

Atualização:
Só multa: "Justiça" eleitoral premia crimes
Kassab e Marta vão recorrer de decisão sobre "checão do metrô"

terça-feira, outubro 21, 2008

No butiquim da Política - 'Muro das lamentações' OU esqueceram o 2° turno da capital

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CLÓVIS MESSIAS*

"Pequeno expediente" é a denominação que se dá para a primeira fase da sessão ordinária da Assembléia Legislativa. O deputado usa a tribuna, fala sobre o que quiser, sem ser interrompido: é o momento do monólogo. Pois esse palco foi o escolhido pelos parlamentares, na volta ao "trabalho", para "muro das lamentações". O comportamento mais incisivo, nesse sentido, foi o dos tucanos. Na tribuna, pregaram vingança contra os membros do partido que se distanciaram da campanha do candidato Geraldo Alckmin na capital. O mais irritado foi o deputado Pedro Tobias (foto à esquerda), da região Lins/ Bauru, que pediu punição para o que ele chamou de "traidores", com o objetivo de que fatos semelhantes não venham a ocorrer no futuro. Depois disso, em apoio ao colega, vários membros do PSDB têm esbravejado pelos corredores do Palácio 9 de Julho.

Aqui no butiquim dizem que, se as manifestações forem acolhidas, mesmo passadas as eleições, haverá desdobramento. Parece até que nem teremos 2ª turno na capital. Vários deputados vieram derrotados de seus redutos, falaram de suas decepções, mas ninguém ostentava o mesmo amargor do deputado Pedro Tobias em suas palavras. No buteco, ninguém acredita que as coisas vão ficar paradas. Tem muito tucano de bico caído.

O contraponto a isso foi feito pelo Mário Reali, do PT (foto à direita), eleito prefeito em Diadema, que agradeceu aos eleitores que entenderam suas propostas administrativas para a sua cidade. Por outro lado, seu concorrente (e perdedor), o também deputado José Augusto da Silva Ramos, do PSDB, reclamou que houve reflexos na sua cidade e em outras da grande São Paulo das posições negativas da campanha do PSDB na capital. Enquanto isso, prosseguem as conversas sobre as candidaturas tucanas para governador do Estado e para a Presidência da República. Na bolsa de cotações, Aloísio Nunes Ferreira e José Serra seguem favoritos.


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.