Destaques

Mostrando postagens com marcador juvenal juvêncio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador juvenal juvêncio. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, julho 05, 2013

Ney Franco não chegou ao feriadão de 9 de julho no São Paulo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ney Franco disse que tinha 'força' na diretoria...
Faz um mês que o Futepoca já vinha avisando:

"Questionado sobre o clamor dos torcedores, o 'He Man' Ney Franco garantiu: 'Eu tenho força!' Mas, com esse time horrível e sem opções no elenco ou perspectiva de contratações, o prazo de validade do treinador parece menor do que o Nelson Ned. A informação de que Muricy Ramalho passará duas semanas em férias nos Estados Unidos dá a entender que ele já conversou com o Velho Barreiro, digo, o Juvenal Juvêncio, que o aconselhou a aguardar quietinho os próximos jogos (e maus resultados) do São Paulo e o fim do recesso futebolístico por causa da Copa das Confederações." - em 6 de junho, após derrota por 1 a 0 para o Goiás pelo Brasileirão, em pleno Morumbi. 
"Ney Franco que se cuide. O time joga mal e outra derrota para o Corinthians, dessa vez na Recopa, acionará a guilhotina sobre seu pescoço." - em 13 de junho, após empate em 1 a 1 com o Grêmio pelo Brasileirão, em Porto Alegre. 
"Muricy vem aí. (...) Ney Franco não vai durar muito - mesmo não tendo muita culpa no cartório." - em 4 de julho, após a derrota por 2 a 1 para o Corinthians pela Recopa Sul-Americana, novamente no Morumbi.
Agora, é fato: hoje, "em comum acordo entre ambas as partes" (de acordo com o site do clube), Ney Franco foi demitido do cargo de técnico do São Paulo. Em 79 jogos,  deixou um saldo de 41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas (59% de aproveitamento). "Hoje, completa um ano que cheguei. Não posso sair sem destacar todo o incentivo que eu tive no clube. Porém, por muitas questões, não conseguimos objetivos. Saio frustrado porque meu pensamento era que a gente conseguiria muitos títulos. Infelizmente, não aconteceu", lamentou-se, em sua despedida. De minha parte, não há muito o que comentar, além do que já foi pisado e repisado aqui nesse blog: Ney Franco pode ser mediano ou mesmo fraco, mas esse time do São Paulo - com Lúcio, Tolói, Ganso e, principalmente, Juan e Douglas - nem Jesus Cristo pode dar jeito.

Agora, já especulam os nomes de Paulo Autuori e Muricy Ramalho. Como se vê, depois de Paulo César Carpegiani e Emerson Leão, o presidente Juvenal Juvêncio continua pensando "pra frente"...

segunda-feira, junho 10, 2013

Os caminhos que cruzam Muricy e o São Paulo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Além de a torcida gritar seu nome nas arquibancadas do Morumbi, durante a derrota para o Goiás, mais um fato cruzou os caminhos de Muricy Ramalho e do São Paulo na semana passada. Dessa vez, nos bastidores. Tudo começou quando o ex-volante Teodoro, titular do clube nos anos 1970, decidiu ligar para o colega Muricy, seu parceiro de meio-de-campo naquela época, para pedir uma ajuda. Depois de morar muitos anos em Dallas, nos Estados Unidos, onde comandava uma escolinha de futebol, Teodoro está de volta ao Brasil e precisa fazer um tratamento de saúde. Acionado, Muricy passou a demanda para outro colega, o hoje vereador, ex-dirigente do São Paulo e médico Marco Aurélio Cunha. Que, por sua vez, pediu ajuda a Kalil Abdalla, manda-chuva da Santa Casa de Misericórdia da capital paulista - que também é diretor jurídico do São Paulo Futebol Clube.

Kalil Abdalla e Marco Aurélio Cunha
Teodoro foi encaminhado para aquela casa de saúde e, pelo o que dizem, foi feita uma foto dele junto com Marco Aurélio e Kalil, em agradecimento, publicada na rede social Facebook. Aí, ferrou. Marco Aurélio, que se desligou do São Paulo em 2011, por discordar da atual gestão do clube, é um dos nomes que vêm sendo especulados pela oposição sãopaulina como possível candidato à presidência nas eleições de 2014, contra o grupo do "Deus Todo-Poderoso do Morumi" Juvenal Juvêncio. Quando o "Velho Barreiro" Juvenal viu a foto de Kalil com Marco Aurélio no Facebook, deu um "passa-moleque" no diretor jurídico, que respondeu no mesmo tom. Essa briga rachou o grupo de situação entre os "cardeais" sãopaulinos, pois Kalil tem força no clube e, se passar para a oposição, pode arrastar muita gente com ele. Mas o curioso, na confusão toda, é que Teodoro residia nos Estados Unidos - justamente onde Muricy Ramalho está passando férias com a família e assistindo de camarote aos apuros de Ney Franco, em campo, e de Juvenal, nos bastidores.

TÚNEL DO TEMPO

Delegação da Ponte Preta, treinada por Cilinho, em uma viagem à Poços de Caldas (MG), no início da década de 1970:  à partir da esquerda, o lateral-direito Nelsinho Baptista, o meio-campista Pedro Paulo ("Pepê"), o goleiro Waldir Peres e o volante Teodoro. Com exceção de Pedro Paulo, os outros três seriam contratados logo em seguida pelo São Paulo, onde conquistariam o Paulistão de 1975 (Waldir e Teodoro ainda seriam campeões brasileiros jogando juntos dois anos depois). Cilinho treinaria o São Paulo na década seguinte, quando revelou Muller, Silas e Sidney, entre outros.

quinta-feira, junho 06, 2013

Nem 1.000 nem 1. E Muricy já incomoda o He-Man

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pois é. Pelo jeito, ao contrário do que escrevi, o Túlio (ex-)Maravilha vai acabar fazendo seu suposto milésimo gol antes de o São Paulo ultrapassar os 999 já marcados no Brasileirão dentro do Morumbi. Ontem, como eu já previa no post sobre a goleada sofrida para o Atlético-MG (dizendo que aquilo não seria "o último vexame de 2013"), o time - time?!?!? - de Ney Franco sofreu a humilhação de perder em casa para o Goiás, que estava na zona de rebaixamento e não tinha uma vitória sequer em três jogos, tendo levado um vareio de 5 a 0 do Cruzeiro logo na primeira rodada. Pior: o São Paulo finalizou 23 vezes (VINTE E TRÊS VEZES!) e não conseguiu marcar nem um golzinho, condenando ao fiasco a campanha divulgada no site do clube que alardeou o possível gol 1.000, em Brasileiros, no próprio gramado - o que iludiu e convenceu quase 9 mil infelizes a testemunhar a vergonha (mais uma) no estádio.

Como o jogo começou às 19h30, cheguei em casa a tempo de acompanhar apenas os 15 minutos finais, pelo rádio. Nenhuma surpresa: locutor, comentarista e repórteres de campo frisavam a todo instante o futebol apático, descoordenado, inofensivo, feio e lamentável do São Paulo. Anteontem, com a notícia de que Juan assumiria a titularidade na lateral-esquerda (e também sem novidade jogou pessimamente ontem) eu já havia postado aqui no blog: "Vai mudar alguma coisa com os NULOS Douglas e Juan nas laterais? Com os sofríveis Lúcio, Tolói ou Edson Silva na zaga? Com os pouco produtivos Luís Fabiano ou Aloísio como centroavantes? Rodrigo Caio? Maicon? Negueba? Silvinho?" A partida de ontem respondeu as perguntas: sim, vai mudar - pra pior! E vai sobrar para o Ney Franco. Além das vaias, a torcida gritou o tempo todo: "É Muricy!". E dizem que o recém-desempregado treinador, que levou um pé do Santos, parece estar disposto a encarar novamente o bafo (de cana) do Juvenal Juvêncio em seu cangote...

Questionado sobre o clamor dos torcedores, o "He Man" Ney Franco garantiu: "Eu tenho força!" Mas, com esse time horrível e sem opções no elenco ou perspectiva de contratações, o prazo de validade do treinador parece menor do que o Nelson Ned. A informação de que Muricy Ramalho passará duas semanas em férias nos Estados Unidos dá a entender que ele já conversou com o Velho Barreiro, digo, o Juvenal Juvêncio, que o aconselhou a aguardar quietinho os próximos jogos (e maus resultados) do São Paulo e o fim do recesso futebolístico por causa da Copa das Confederações. Ou seja: o mesmo dirigente que mandou Muricy embora e que, desde aquela intempestiva atitude (mais uma), viu o time fracassar por quatro temporadas seguidas (e no início da atual), agora, meia dúzia de técnicos depois, não tem pudor de recorrer justamente a quem demitiu. TUDO ERRADO. Nem Muricy, nem Tite, nem Cuca, nem Pepe Guardiola, nem Deus podem fazer algo de útil com esse timinho do São Paulo. Pelo menos enquanto Juvenal estiver lá.



terça-feira, junho 04, 2013

Equivalência (na ruindade)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Juan jogou muito mal em 2011
Se neste início de Brasileirão eu dizia que o São Paulo já estava entrando em campo com um a menos, pelo fato de Douglas ser titular, agora vai passar para uma fase ainda mais difícil neste "videogame", começando os jogos com dois desfalques: na lateral-esquerda, após a grave contusão no joelho que impedirá Carleto de jogar até 2014, o "morto-vivo reencarnado" Juan assume o posto. Sim, aquele mesmo que veio do Flamengo e jogou muito mal em 2011; que foi emprestado ao Santos, onde enfrentou ameaça de punição severa num caso esquisito de antidoping e terminou seus dias na Vila melancolicamente no banco de reservas; que voltou ao São Paulo e foi preterido do elenco, permanecendo no "exílio" de Cotia. Daí, depois do chilique de Juvenal Juvêncio, que afastou intempestivamente sete jogadores do elenco após as eliminações no Paulistão e na Libertadores deste ano, Juan foi retirado da "tumba" onde jazia, sendo recusado até pela Ponte Preta, e agora, do nada, ganha de presente uma titularidade que nunca mereceu no São Paulo.

O grosso Piris fazia a alegria de Neymar
Então, vejam "que beleeeeza" (como diria Milton Leite): o São Paulo Futebol Clube, hexacampeão brasileiro, tricampeão da Libertadores e tricampeão mundial, cantado em verso e prosa pela imprensa esportiva como tendo uma gestão "moderna e eficiente", "de primeiro mundo", e dono de "um dos elencos mais fortes do país" (não sei onde!), está há 5 anos - CINCO ANOS! - sem um lateral minimamente decente, nem direito e nem esquerdo. Desde a saída do (hoje ex-jogador) Júnior em 2008, e mesmo antes disso, com as improvisações do meia Souza como lateral-direito e do volante Richarlyson como lateral-esquerdo, o "melhor elenco" do país já carecia de jogadores qualificados (ou pelo menos de origem) em duas posições cruciais dentro de qualquer esquema tático do futebol moderno. É inaceitável.

Douglas: ruim até como reserva
E ficou ainda pior quando Juvenal jogou dinheiro fora trazendo de volta o também "morto-vivo" Cicinho (recém-rejeitado pelo Sport e também pelo São Paulo) e, principalmente, contratando os MEDONHOS Juan, Piris e Douglas - ou mesmo Cortez, que custou R$ 7 milhões e pegou a vaga de Juan no "exílio" de Cotia. Todos são equivalentes: NA RUINDADE. Graças a Deus, Piris, que fazia os santistas darem gargalhadas quando Neymar partia pra cima dele, está emprestado ao Roma. Juan, que a gente pensava ter se livrado, voltou e agora vai nos assombrar por um tempo como titular. E Douglas, um dos piores jogadores que já vi com a camisa do São Paulo nos mais de 30 anos que acompanho o clube, é xodó e tem vaga fixa no time de Ney Franco. Repito: é inaceitável. Um time que se propõe - corretamente, a meu ver - a jogar com dois pontas abertos no ataque, sem tanta obrigação de voltarem para compor a defesa, precisa ter dois laterais de ofício, prioritariamente marcadores e que saibam municiar os meias e o ataque.

No São Paulo, simplesmente não existem. Assim, simples! E o futuro imediato, mais uma vez, mostra-se muito nebuloso - e desanimador - pelos lados do Morumbi.

TEMPORADA FRACA - Não vi os dois últimos jogos pelo Brasileirão, por isso não postei nada aqui no Futepoca. A certeza é que a goleada sobre o Vasco não diz nada, pois o time carioca é hoje um dos candidatos ao rebaixamento, e o empate com o Atlético-MG, apesar do "heroísmo" do São Paulo por jogar a maior parte do segundo tempo com um a menos, também significa pouca coisa, pois os mineiros estão (com toda justiça) focados na Libertadores, onde as eliminações de Corinthians, Boca Juniors e Fluminense praticamente jogaram o título no colo do (competente) técnico Cuca. Ou seja, o time de Ney Franco só joga bem quando o adversário é mais fraco ou está desinteressado. De janeiro pra cá, só mostrou serviço durante os 35 minutos iniciais daquela partida contra o Atlético-MG pela Libertadores, até a expulsão de Lúcio, que decretou a virada e a derrota por 2 a 1 para o Galo. Fora isso, toda vez que pegou pedreira (o Santos com Neymar na Vila, o Corinthians completo, o Palmeiras no Morumbi e o Atlético-MG quando jogou pra valer), perdeu sem contestação ou empatou com futebol pífio. Essa é realidade.

Pergunto: vai mudar alguma coisa com os NULOS Douglas e Juan nas laterais? Com os sofríveis Lúcio, Tolói ou Edson Silva na zaga? Com os pouco produtivos Luís Fabiano ou Aloísio como centroavantes? Rodrigo Caio? Maicon? Negueba? Silvinho? É esse "um dos melhores elencos do país"? Tem certeza? Tá certo, o clube é o "da fé". Mas está cada vez mais difícil acreditar em algum milagre...

sexta-feira, maio 10, 2013

7 vazam no 'Bonde do Juvenal'. Douglas fica. E Juan volta!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Bufão: Juvenal nunca vai admitir que está afundando o São Paulo
" - Você sabe, eu acho que não tenho (culpa). Eu procurei fazer o máximo. Nós procuramos dar o melhor, trazer exemplos, dar condições, e não conseguimos. Não transfiro a culpa para os atletas, estou dentro do processo, mas não contribuí para ele. Tanto que estou aqui tentando reverter esse quadro."

Com esta singela declaração, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal Juvêncio, anunciou o afastamento de sete jogadores no elenco profissional: o volante Fabrício, o meia-atacante Cañete, o atacante Wallyson, os laterais-esquerdos Cortez e Henrique Miranda e os zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo. São eles que vão pagar o pato pelas crise aberta com as recentes eliminações no Paulistão e na Libertadores, para Corinthians e Atlético-MG. Enquanto os sobreviventes (ou náufragos) vão treinar com a comissão técnica no CT de Cotia até a estreia no Brasileirão, contra a Ponte Preta, dia 26, os sete excluídos ficarão isolados no CT da Barra Funda.

“ - Ficarão treinando com outros. Eles vão ser emprestados, sobretudo Luiz Eduardo e Miranda, esse é nosso processo de reciclagem, porque acreditamos neles", argumentou Juvenal.

Muito bem, muito bom. Mas o resumo da Ópera (Bufa) é: (o péssimo) Douglas permanece no elenco. E o (horrível) lateral-esquerdo Juan, ex-Flamengo, que o Santos devolveu às pressas e estava encostado em Cotia, foi reintegrado! Por isso, eu rezo e repito: SEJA O QUE DEUS QUISER.

quinta-feira, maio 09, 2013

Com direito à cosquinha na cabeça do Wellington

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ronaldinho Gaúcho tripudia e faz cosquinha em Wellington, que cai e simula falta
Que show de bola! Que baile! Considerando que os espetáculos anteriores do Atlético-MG pela Libertadores no estádio Independência, pela fase de grupos, tenham sido contra The Strongest (2 x 1) e Arsenal de Sarandí (5 x 2), times medianos sem conquistas internacionais, a goleada de ontem por 4 a 1 sobre o São Paulo, tricampeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, foi a confirmação incontestável de que o time do técnico Cuca é, hoje, o de futebol mais vistoso e eficiente no Brasil. Pessimista como sou, já previa derrota e, na pior das hipóteses, uma noite de pesadelo. Ao fim do jogo, respirei aliviado: o meu time escapou do que poderia ter sido uma das piores goleadas de toda a sua história, comparável à maior delas até aqui, o 8 x 1 que o Botafogo-RJ nos aplicou no Torneio Rio-São Paulo de 1940.

Bernard: craque
O Atlético-MG fez o que quis em campo. Duas imagens, ambas do segundo tempo, ficarão guardadas em "minhas retinas tão fatigadas" (citando o cruzeirense Carlos Drummond de Andrade): a primeira foi uma jogada de futebol de salão, com Ronaldinho Gaúcho partindo para o ataque pela esquerda, trocando de pé em velocidade e tocando quase sem olhar para Diego Tardelli, no meio, que tocou da mesma forma, em milésimo de segundo, para Bernard, na direita, numa sintonia e sincronia que não vejo há anos no futebol nacional, síntese da plena afinação da "orquestra" que Cuca montou na linha de ataque do Galo; e a segunda imagem, a do Ronaldinho Gaúcho tripudiando e fazendo cosquinha na cabeça do pobre e inoperante Wellington, resumo da humilhação e da zombaria sofridas pelo atropelado São Paulo

Jô abre o placar: 1 x 0 foi pouco no 1º tempo
E o estrago, repito, poderia ter sido bem maior. Com 10 minutos de jogo, o Atlético-MG já tinha perdido um gol feito, mandado uma bola no travessão e sufocava o time de Ney Franco como se fosse uma partida de adultos, profissionais, contra um combinado Sub 15. O primeiro gol saiu com uma naturalidade espantosa, golaço de Jô em troca de passes fulminante. O São Paulo se segurava como podia: jogador tirando bola em cima da linha, Rogério Ceni fazendo defesa de reflexo dentro da pequena área, pressão e mais pressão. O primeiro tempo ter acabado com placar de 1 x 0 foi um espanto: poderia ter sido 4 ou 5 x0 fácil, fácil. Eu, que tinha aberto uma garrafa de vinho e tirado o som da televisão para ouvir um CD (porque detesto todo e qualquer comentarista esportivo, de qualquer emissora), acompanhava o jogo como quem assistisse as Torres Gêmeas pegando fogo, na iminência de desabarem.

Gaúcho e Jô comemoram segundo gol
Veio a segunda etapa e voltou a sensação de que meu time levaria um vareio épico, daqueles de virar manchete na mídia esportiva de todo o planeta. Sensação que surgiu quando o jogo começou e vi Douglas em campo. Ali, entendi que não seria apenas uma derrota. Poderia ser "A" derrota. Na segunda etapa, colocaram o coitado do Silvinho, ex-Penapolense ("Que faaaaaseee...", diria Milton Leite), mais perdido que surdo-mudo em tiroteio. O São Paulo, pateticamente, se jogava para o ataque na base do chutão para qualquer lado, da bola área rifada, do "bumba-meu-boi". Triste de ver. Em todos os lances, os passes chegavam 30 centímetros atrás de quem ia receber a bola, o jogador tinha que voltar para buscá-la, o posicionamento dos colegas se embaralhava, tudo saía errado. O time perdia a bola. E o Atlético-MG partia para o contra-ataque - rápido, coordenado, entrosado, com toques de primeira, fatal. Numa dessas, Jô fez 2 x 0. E iniciou o previsível massacre...

Tardelli engana Tolói e encobre Rogério Ceni
Na saída de bola, o São Paulo desembestou e se atrapalhou mais uma vez, houve um chutão para o alto e Rafael Tolói correu para tentar atrasar a bola, de cabeça, para Rogério Ceni. Quem assistiu ao clássico entre São Paulo e Corinthians pela primeira fase do Campeonato Paulista já fazia ideia do que poderia acontecer. Naquele jogo, Tolói tentou atrasar uma bola para Ceni, Alexandre Pato chegou antes, sofreu pênalti e depois fez o gol da vitória para o time de Parque São Jorge. Ontem, não deu outra. O ex-sãopaulino Diego Tardelli estava na cola do atrapalhado zagueiro e só esperou ele cabecear errado para dar o bote e, com um toque sutil, encobrir o goleiro e marcar um golaço: 3 x 0.

Jô faz 3º, após passe de Ronaldinho
Dois gols em dois minutos. E ainda tinha mais. Cinco minutos depois do terceiro gol, Ronaldinho Gaúcho, que mandou e desmandou na partida, numa das melhores atuações de sua carreira, fez outra jogada de futebol de salão e, à la Mário Sérgio Pontes de Paiva, olhou para a esquerda e deu passe para a direita, Jô recebeu e tocou no canto para selar o inapelável atropelo do Galo sobre o Tricolor. Naquele momento, faltando mais de 20 minutos para o jogo acabar, enchi minha derradeira taça de vinho e orei: "Meu Deus, já tá de bom tamanho! Por favor, faça com que o Atlético-MG tire o pé!". Graças a Ele, fui atendido. O time de Cuca não chegou a tirar o pé, mas também não aumentou a conta da sova. E o (eternamente) apagado Luís Fabiano ainda fez o golzinho de honra. Ficou de bom tamanho.

Silvinho: mais um "craque" do Juvenal
Falar mais o quê? Já cansei de repetir, aqui neste blogue, que o São Paulo não é um time. Não tem padrão de jogo, esquema tático. Não tem laterais, nem volantes, nem zagueiros que prestem. Não consegue finalizar no ataque. Não vai chegar a lugar algum com Douglas titular. Com Lúcio, Luís Fabiano, Ademilson. Continuo defendendo Ney Franco, mas uma campanha que teve seis derrotas em dez jogos é pura e simplesmente o reflexo do que é o São Paulo na era Juvenal Juvêncio: contrata mal, planeja mal, administra mal. Perde jogos, perde títulos, perde dinheiro, perde boas contratações, perde bons negócios. E, cada vez mais, vai perder torcedores. Para o Corinthians. Para o Atlético-MG. Não acredito que vá mudar alguma coisa daqui para o final do ano. Ney Franco vai tentar tirar leite de pedra para, quem sabe, beliscar outra vaguinha na Libertadores de 2014. Mas não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013. Já que o clube é o da fé, vamos rezar muito. Seja o que Deus quiser!


terça-feira, maio 07, 2013

Quem ri por último...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


quinta-feira, abril 11, 2013

Presa fácil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título do post tem duplo sentido: tanto serve para designar o (frágil) União Barbarense, que perdeu para um improvisado São Paulo ontem, por 2 a 1, e segue ameaçado de rebaixamento no Paulistão, quanto para resumir a condição do mesmo São Paulo contra o (forte) Atlético-MG na próxima quarta-feira, pela Libertadores, no Morumbi. Se jogar como ontem na semana que vem, o time de Ney Franco corre o risco de levar um vareio ainda maior que o aplicado (duas vezes) pelos atleticanos contra o argentino Arsenal. Imaginem Carleto contra Marcos Rocha, Aloísio contra Rever, Edson Silva contra Diego Tardelli, Fabrício (ou Denílson, tanto faz) contra Ronaldinho Gaúcho... Medo!

Isso sem contar que, pelo que parece, o substituto do (bom) Jadson será mesmo o (péssimo) Douglas.  Paulo Henrique Ganso voltou a tomar seu sonífero habitual e Paulo Miranda, se for titular, poderá consagrar Júnior César. Mesmo com Juvenal Juvêncio prometendo manter o técnico frente a uma (bem provável) desclassificação na primeira fase da Libertadores, a iminência de uma goleada vexatória em pleno Morumbi, com possível show de bola e olé do Galo, permite conjecturas plausíveis sobre a manutenção dessa "garantia". Porque, se o São Paulo já era mediano com Jadson e Luís Fabiano, sem eles - e com Douglas (!) e Aloísio substituindo -, a maionese desandou de vez.

Resta saber se Ney Franco, ao sobreviver a um temível sacode do Atlético-MG, terá condições de juntar os cacos para tentar alguma coisa na reta final do Paulistão. A boa campanha na (interminável) primeira fase, que garantiu mandos de campo caso o time vá avançando na fase posterior, não significa absolutamente nada. Tirando Corinthians, Palmeiras e Santos, mais Ponte Preta, Botafogo e Mogi Mirim, os outros clubes são uma piada. E o São Paulo não conseguiu vencer um clássico sequer, perdendo para santistas e corintianos e empatando com palmeirenses. Daqui pra frente, ou Juvenal Juvêncio turbina o elenco, como prometeu, ou teremos mais uma temporada sem títulos

Aliás, se esse (tedioso) Paulistão não serve pra muita coisa, pelo menos a diretoria devia ficar de olho em alguns atletas promissores dos times interioranos, que, se não são nenhuma Brastemp, pelo menos serviriam para dar alternativas viáveis ao elenco do Tricolor - afinal, se Douglas é titular, qualquer um pode ser! Ontem, o União Barbarense mostrou que tem um lateral-direito muito ofensivo: Alex. Essa é uma das lacunas mais gritantes do São Paulo. Desde as saídas de Cicinho e Ilsinho, o clube nunca mais acertou o setor, o que obrigou os técnicos a improvisarem, por exemplo, o meia Souza (hoje na Portuguesa) e, atualmente, os volantes Paulo Miranda e Rodrigo Caio. Abre o olho, Juvenal!


quinta-feira, março 28, 2013

Ney Franco vai comer ovo de Páscoa no Morumbi - mas será que chega ao Dia do Trabalho empregado?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sim, o São Paulo venceu mais uma pelo Campeonato Paulista, com Luís Fabiano confirmando sua vocação para decidir apenas quando não interessa: 2 x 0 no Paulista de Jundiaí, fora de casa, com dois gols do camisa 9. De útil, a excelente atuação de Wallyson (que, apesar de ainda não estar totalmente em forma, já merece ser titular pela ponta-direita), a volta de Paulo Miranda na lateral e a surpreendente recuperação de Douglas, que, pela primeira vez, jogou bem. Fabrício, como volante, também correspondeu. Já Lúcio e Cortez continuam dando razão à Ney Franco para permanecerem no banco (com o perdão da rima involuntária). Falando no treinador, aliás, ele conseguiu ficar no cargo até essa Páscoa, ao contrário do que prenunciava o clima de fritura pós-vexames contra o argentino Arsenal pela Libertadores.


Três vitoriazinhas pelo Paulistão - contra São Bernardo, Bragantino e Paulista - garantiram o fôlego extra. Como eu já disse aqui, não sou favorável à demissão de Ney Franco. Muito pelo contrário. Demitir técnico por má fase ou botar culpa por derrota em goleiro são duas das maiores besteiras do futebol. Só que o Juvenal Juvêncio é louco (ou bêbado; ou os dois!) a ponto de ninguém botar a mão no fogo, no dia seguinte, por qualquer coisa que ele garantiu na véspera. Vejamos: há quatro anos, em outro período de Páscoa, Muricy Ramalho chegava às semifinais do Campeonato Paulista com moral, por ter sido o 2º melhor na primeira fase. Pegou o Corinthians. Levou um 2 a 1 (com comemoração polêmica de Cristian) no Pacaembu e um 2 a 0 no Morumbi (com arrancada hilária do gordo Ronaldo sobre o tosco Rodrigo).

A batata de Muricy começou a assar ali. Pouco depois, chegou às quartas-de-final da Libertadores e foi eliminado pelo Cruzeiro com placares idênticos: 2 a 1 e 2 a 0. E o técnico tricampeão brasileiro caiu. Guardadas as devidas - e imensas - proporções, vejamos a coincidência com a situação do Ney Franco. Pega o Corinthians, no próximo domingo de Páscoa. O time ainda não venceu um clássico no ano (perdeu por 3 a 1 para o Santos e empatou sem gols com o Palmeiras). Vai que, num desses dias trágicos, o Tricolor leva uma goleada humilhante do rival, com comemoração polêmica e/ou lance humilhante sobre a zaga. Imagine como seria o clima do embarque para a Bolívia, para enfrentar o The Strongest... E, mesmo se vencer lá, pega outro time mineiro na sequência  da Libertadores, o Atlético, que, como o rival Cruzeiro naquele início de 2009, está "voando baixo" nessa temporada...

Na dúvida, Ney Franco já poderia sondar o vaivém dos técnicos nos outros clubes.


Nada de novo sob o Mirassol - Não poderia terminar esse post sem comentar a inacreditável goleada de 6 (SEIS!!!) a 2 do imponente Mirassol sobre o Palmeiras. Sim, o alviverde vive uma crise eterna há mais de dez anos, com dois rebaixamentos no Brasileirão e inúmeros vexames no período terra arrasada pós-Parmalat. Mas até má fase tem limite! O Mirassol estava na zona de rebaixamento e não vencia há cinco jogos! Perder para time fraco acontece. Mas perder por goleada já é mais complicado. Perder por goleada de 6 (SEIS!!!) é ainda pior. E perder por goleada de 6 (SEIS!!!) levando todos os gols logo no primeiro tempo (!) é fim de feira completo. Não há atraso de salário e de direitos de imagem, não há elenco sofrível ou técnico e diretoria idem que expliquem. A COISA TÁ FEIA. Aliás, pensando nessa música do Tião Carreiro (que o Glauco gosta de cantar), acho que o time do Palmeiras não é "filho de Deus", pois "tá na unha do Capeta" - e ele tem como número 666 (SEIS! SEIS! SEIS!)...


sexta-feira, março 15, 2013

Ney Franco comerá ovo de Páscoa no Morumbi?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Retranca improvisada queimou o técnico
O São Paulo passou mais um vexame na Libertadores ontem, perdendo na Argentina por 2 a 1 para o mesmo Arsenal (pior time do grupo) com quem havia empatado sofrivelmente na semana passada, em pleno Pacaembu. Dessa vez, a derrota nem foi o maior prejuízo - até porque, mesmo que pareça praticamente impossível, o Tricolor ainda tem chance de passar às oitavas-de-final pelas próprias pernas. O pior, para o time, foi constatar como o técnico Ney Franco está perdido, isolado e sem moral. Ao escalar três zagueiros pela primeira vez nos oitos meses em que dirige a equipe, desfigurou totalmente qualquer esquema ou tática. Libertadores é torneio de tiro curto, com partidas decisivas, onde não há lugar para testes. Os três zagueiros, que nunca tinham jogado juntos, bateram cabeça e falharam mais do que o habitual de quando atuam em dupla. O meio-campo praticamente não existiu, só observou. Os laterais reviveram os piores pesadelos da torcida. O ataque não rendeu. O time não jogou nada. E, com justiça, perdeu.

Rifado pelos atletas - O fracasso ao improvisar uma retranca contra um time fraco - e de segundo (ou terceiro) nível - queima os créditos que Ney Franco ainda tem com a torcida, que, em sua maioria, aprova o trabalho mostrado principalmente no fim do ano passado. Só que muito mais grave do que isso foram os sinais de que o técnico está perdendo o respeito do elenco. Ainda no Brasil, pouco antes de entrar no avião, Paulo Henrique Ganso rifou a cautela excessiva do treinador, que fez vários treinos secretos, ao entregar para um jornalista que não seria titular na Argentina. E isso porque no domingo, no clássico contra o Palmeiras, ele já havia saído xingando em altos brados, na cara do técnico, ao ser substituído. Situação semelhante aconteceu com Lúcio, ontem: saiu correndo para o vestiário e não olhou pra trás quando foi sacado, no segundo tempo, e nem esperou a equipe no vestiário, preferindo se isolar ostensivamente no ônibus.

Rifado pelo presidente - Para complicar ainda mais esse clima de isolamento, Ney Franco, que parece visivelmente nervoso, acuado e pressionado, se enrolou ao dizer que seu trabalho é "nota 10" em uma entrevista após o jogo contra os palmeirenses. Ao comentar a declaração, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, canelou dizendo que dá nota 8... Até quis consertar, observando que aumentaria a nota do técnico para 9, se o time ganhasse do Arsenal em Avellaneda. Como perdeu, o conceito do técnico deve ter baixado pra 7 ou 6, num esforço de otimismo. E o horizonte de Ney Franco se mostra ainda mais sombrio. Como liderar o Paulistão não vale nada para a diretoria, a bóia de salvação será uma - improvável - classificação para a próxima fase da Libertadores. Um time que em dois jogos não conseguiu vencer o medíocre Arsenal dificilmente vencerá o The Strongest em La Paz e o azeitado e embalado Atlético-MG na capital paulista.

Com atletas afrontando o técnico publicamente e o presidente do clube afirmando que nem o Papa conseguiu garantia de ficar no cargo, há uma grande chance de o Coelho da Páscoa não encontrar Ney Franco no Morumbi para entregar sua encomenda...


Ps.1: Há que se considerar, em defesa de Ney Franco, que treinar o São Paulo, com Juvenal Juvêncio como presidente, não deve ser coisa das mais agradáveis. Aliás, para usar um termo do técnico Leão, deve ser bastante desagradável. Além desse episódio de nota 10 ou nota 8, o atual treinador já trocou farpas com o fiel escudeiro de Juvenal, João Paulo de Jesus Lopes, e dá mostras de que só escala (o inoperante) Ganso por pressão da diretoria, que pagou caro pelo jogador e o deseja na vitrine. Mais centelhas para esquentar o óleo sob a frigideira que embala Ney Franco.

Ps.2: Falando em Leão, ele se envolveu nessa semana em polêmica justamente contra o foclórico ex-patrão Juvenal Juvêncio. Primeiro, o cartola-mor do São Paulo afirmou que a segunda passagem de Leão pelo Morumbi foi "uma barbaridade" - no sentido pejorativo, mesmo. "A gente comete essas coisas assim. É um bom sujeito, mas não quero trazer mais ele, não", disse Juvenal à Fox Sports, em meio a gargalhadas. Aproveitando o Conclave que escolheu o Papa, Leão também resolveu brincar e disse que Juvenal deveria imitar Bento XVI e renunciar ao cargo.

Ps.3: Juro que esse post quilométrico acaba aqui! (se é que alguém teve paciência de ler alguma coisa...) Não posso falar em Emerson Leão sem citar um episódio nebuloso ainda não comentado pelo Futepoca, a revelação do presidente do Sport, Luciano Bivar, de que pagou para o volante Leomar ser convocado pela seleção brasileira em 2000. Lembro que, na época, a convocação pegou todo mundo de surpresa. Mas como Leão, técnico da seleção, tinha feito um belo trabalho no Sport pouco antes, e com Leomar como homem de confiança em campo, pareceu plausível. Agora, a batata assou. Leão disse que Bivar "devia ser preso". Mas não escapou de ser convocado pelo STJD, junto com Antônio Lopes, seu auxiliar técnico na época, para dar explicações. Outra pizza?

quarta-feira, março 13, 2013

'Ufanoso' ?!?!???

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"- Ó, ó, ó, ó, ó..."
O Velho Barreiro, digo, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, voltou a dar entrevista depois de molhar o bico. Referindo-se ao técnico Ney Franco, que afirmou, após o clássico contra o Palmeiras, que seu trabalho é "nota 10", Juvêncio soltou o seguinte (o grifo é nosso):

- O Ney, quando se deu 10, ele não foi ufanoso, ele foi razoável. A nota dele é boa, é oito. Se for bem na Argentina, eu passo para nove - declarou o manguaça, à rádio Fox Sports.

Melhor voltar pro bar... (O Juvenal não, dessa vez vou eu!)

segunda-feira, outubro 22, 2012

Crise no São Paulo!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Parece que as eleições de 2012 causaram um racha entre ícones do São Paulo Futebol Clube. Na semana passada, Rogério Ceni, junto com o ex-dirigente e vereador reeleito pelo PSD, Marco Aurélio Cunha, declararam seu apoio a José Serra, com direito a pênalti cobrado pelo candidato pretensamente boleiro. A piada foi que conseguiram a proeza de juntar a rejeição de Serra à do goleiro tricolor, que não é exatamente bem quisto pelos rivais...

Trio Parada Dura
Mas hoje o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, anunciou o apoio a Haddad em cerimônia na qual estiveram presentes o diretor da CBF Andrés Sanches e o presidente do clube do coração de Serra, Arnaldo Tirone. "Só o Haddad para unir eu e o Andres numa mesma causa”, disse o presidente do São Paulo.

Haddad e os poderosos da bola em SP

A postura do mandatário tricolor é diferente da adotada em 2008, quando o candidato à reeleição e são-paulino Gilberto Kassab recebeu uma homenagem por parte da cúpula do Morumbi, com a confecção de uma camisa com a porcentagem de seus votos no segundo turno, 60,72%, dificultando a vida de seus torcedores de esquerda.


Pelo jeito, Juvenal gosta de acompanhar o time que está ganhando. Já Ceni e Marco Aurélio Cunha têm outras convicções.

terça-feira, junho 26, 2012

A queda de Leão e a reflexão de Juvenal Juvêncio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"O Brasil não é muito brilhante em técnicos. É muito penoso contratar técnico"
(Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, ao justificar a demissão de Emerson Leão. Pode-se trocar a palavra "técnico" por "cartola" também?)

quinta-feira, outubro 20, 2011

Resort Tricolor

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

 

Se no banco havia mudança de cara com a troca de Adilson Batista por Milton Cruz, o São Paulo, dentro de campo, não foi diferente dos últimos jogos. O futebol mostrado ontem contra o paraguaio Libertad, no Morumbi, na vitória por 1 x 0 pela Copa Sul-Americana, foi o mesmo dos últimos seis jogos sem vencer pelo Campeonato Brasileiro. O time continua sem qualidade pelos lados, seja na marcação ou nas subidas ao ataque. O meio cria pouco. Lucas segue mal. Casemiro não acha a posição certa. De novidade, só Luis Fabiano ter desencantado com um gol bem ao estilo. Tento chorado, que só saiu aos 31 minutos do segundo tempo.

Falar em detalhes da partida é chover no molhado. Minha parca capacidade de análise não permitiria ir muito além das últimas colunas. Prefiro evitar o mais do mesmo que, certamente, não alimentaria a paciência de quem lê. Para resumir: o Tricolor prossegue um time com cara de indisposto, parece sem grandes ambições e possui alguns jogadores que acham que são craques, mas nem chegam perto disso.


Técnico: só um entre os muitos problemas

Como disse o Maurício recentemente, às vezes, na curva dos dias, a gente não consegue escrever sobre momentos importantes. A saída de Adilson do comando técnico são-paulino era esperada. Como nas demais experiências pós-Cruzeiro, ele foi muito mal. Em 20 jogos pelo Tricolor no Brasileiro, conquistou apenas 45% dos pontos disputados. No Morumbi, o aproveitamento foi pífio, na casa de 42%. Na disputa do segundo turno, em 11 jogos, ganhou 13 em 33 pontos possíveis – 39% aproveitados. Campanha de time que briga para não cair. Difícil segurar o cargo assim.

Só que, no São Paulo, há tempos, o problema não é somente o técnico. A diretoria faz bobagem atrás de bobagem. Contratou Ricardo Gomes, testou Sérgio Baresi, trouxe Paulo César Carpegiani e Adilson. A questão central não foi demiti-los, mas tê-los contratado. A direção são-paulina entrou na onda de contratar técnicos não exatamente pela capacidade, mas por serem “baratos”. Desde as conquistas entre 2005 e 2008, passou-se a considerar que os treinadores são peças sem grande relevância na engrenagem de uma equipe de futebol e que, em um clube bem estruturado, com elenco razoável, técnicos medianos poderiam dar conta do recado.

Não que eu seja defensor da ideia do super-técnico. Existem treinadores “baratos” que mostram capacidade. Contudo, das últimas aquisições do São Paulo, fora Baresi, que era novato no profissional, os nomes, pelos históricos, não animaram já nas chegadas.

De fato, a gestão de Juvenal Juvêncio é um caso à parte. E merece muitas críticas. A maneira arrogante como a coisa é tocada na administração do clube, contamina inclusive o elenco de jogadores. O “fenômeno" foi batizado no CT da Barra Funda de "Resort Tricolor", ou seja, um ambiente em que o pessoal se acomodou com as benesses e glórias das conquistas. A situação, não sem motivos, desembocou num acúmulo de derrotas dentro e fora de campo nos últimos anos.

Os sucessos seguidos criaram uma cultura de grandeza, principalmente entre os cartolas, que adoram falar que o time é de primeiro mundo, “diferenciado”, como se fosse o Barcelona das Américas. A obsessão de JJ pelo Morumbi na Copa foi péssimo negócio. Convencido de que o São Paulo era o clube mais poderoso do universo, o presidente resolveu brigar com Federação Paulista e CBF e, ao contrário de costurar alianças com outras agremiações, decidiu rachar com o Corinthians e abalar relações com Palmeiras e Santos. Pura falta de competência administrativa e inabilidade política.

Outro ponto é que os dirigentes continuam (exceção feita a Luis Fabiano que, mais do que qualquer coisa, é jogada de Juvenal para eleger o sucessor) ancorados na política de contratações de jogadores em fim de contrato. Tá. Foi boa sacada lá em 2004/2005, mas os clubes, em geral, agem atualmente de forma parecida e, muitas vezes, oferecem salários melhores aos atletas (há clubes que estão na frente do São Paulo em termos de gestão e isso não se mede apenas pela capacidade de contratar).

Com essa contaminação emanada da direção, não é de se estranhar que a postura de superioridade atinja atletas e comissão técnica. Talvez sejam as tintas do resort que pintem a fotografia de um time indiferente dentro de campo, quase sempre se comportando como se cada jogo pudesse ser decidido a qualquer momento. Só pretensão.

terça-feira, maio 17, 2011

Sem dinheiro, Juvenal Juvêncio cria caos no São Paulo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tá tudo errado. Mas muito errado! Depois de Rivaldo dizer que foi humilhado por Paulo César Carpegiani, por não ter entrado no jogo contra o Avaí, e de o técnico ter insinuado que o veterano jogador não tem caráter, o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, afirmou com todas as letras que era impossível os dois profissionais prosseguirem trabalhando juntos. E o que aconteceu na sequência? O treinador se isolou com a família em um balneário de Santa Catarina e avisou que, se fosse demitido, ia cobrar R$ 1 milhão referentes aos salários até o fim do ano, como manda seu contrato. Paralelo a isso, Cuca garantiu que não sairá do comando do Cruzeiro e a multa para tirar Dorival Júnior do Atlético-MG é proibitiva. Sem dinheiro e opções de treinadores no mercado, o que faz Juvenal, o "gênio"? Convoca Rivaldo e Carpegiani para "fazer as pazes" (só pra inglês ver, ou melhor, a imprensa ver, pois não há possibilidade de reconciliação). E o resultado é: elenco rachado, técnico desmoralizado e sem autoridade, atletas insatisfeitos e torcida em fúria, protestando e danificando automóveis na porta do Centro de Treinamento. Parabéns, Juvenal Juvêncio!

O mais impressionante, além da burrice e incompetência de Juvêncio, é a arrogância de Rivaldo (tradução do poder que tem dentro do clube), que disse não ter feito nada de errado, e a pusilanimidade de Carpegiani, que afirmou não se sentir ofendido com a entrevista do jogador/cartola, para quem ainda pediu desculpas (!). Tudo errado, absolutamente errado. As cenas dos próximos capítulos? Rivaldo será escalado "goela abaixo"; o time, que estava quase consolidando um esboço de padrão tático, voltará à estaca zero das indefinições (e ingerências da diretoria); os jogadores preteridos ou insatisfeitos vão aproveitar todas as oportunidades para esculachar o técnico, pois, mirando o exemplo de Rivaldo, já viram que não serão punidos; e Carpegiani vai se equilibrar na corda bamba do "não saio, daqui ninguém me tira", pressionado pela maior parte da torcida e dos diretores do clube e, principalmente, pela "dupla dinâmica" Juvenal/Rivaldo, até que uma derrota mais vexaminosa o obrigue a pedir demissão e/ou ser demitido de fato - pois trata-se de um demitido-tampão.

Diante deste cenário caótico criado pela presidência do São Paulo, ainda é preciso fazer algum prognóstico sobre o destino do time no resto da temporada? Se TUDO DER CERTO, não cairemos para a série B...

sexta-feira, maio 13, 2011

A 'ética' de Juvenal Juvêncio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Leio agora sobre a demissão de Paulo César Carpegiani. Não quero entrar nas virtudes, defeitos, erros ou acertos do treinador em sua segunda passagem pelo São Paulo - nem na fatídica derrota que selou a eliminação do clube da Copa do Brasil. Já não vem ao caso, é página virada. Não quero falar da "boiada", mas sim do "dono dos bois": Juvenal Juvêncio. O erro já começou quando ele contratou Carpegiani, que não estava desempregado. Cumpria contrato com o Atlético-PR, clube que abandonou sem o menor constrangimento - por isso, apesar de reconhecer que o técnico conseguiu melhorar muita coisa no São Paulo, como frisei num post outro dia, não lamento sua saída e nem o defendo. Quem falta com a ética - e faz negócio com dirigente que age igual - recebe na mesma moeda. Sim, a "ética" de Juvêncio, o "algoz" de Carpegiani, está aí, nua e crua. Precisando de um novo treinador, vejam a desfaçatez de sua declaração, ao desembarcar no Aeroporto de Congonhas, na volta do "desastre" em Santa Catarina:

- Os bons técnicos estão empregados. É assim mesmo. Mas é claro que existe a chance de o São Paulo ir atrás de um técnico empregado. Esta é a lei do futebol, e eu não sou diferente.

Essa é a "ética" do digníssimo cartola. A mesma "ética" que outro colega de profissão, o também cartola Rivaldo, que é presidente do Mogi Mirim, teve ao final da partida contra o Avaí. O desabafo de um jogador descontente com o técnico, por não ter tido a chance de entrar em campo, tem sua razão. Mas também tem seu limite. O jogador é, antes de tudo, subordinado ao treinador e, no mínimo, lhe deve respeito. Dizer que foi "humilhado" e que a derrota foi "uma vergonha" significa exatamente o contrário: ele humilhou e envergonhou Carpegiani. No que foi prontamente corroborado pelo colega cartola Juvenal Juvêncio, que demitiu o técnico e confessou que o motivo não foi a derrota na Copa do Brasil:

- Acho muito difícil o Rivaldo e o Carpegiani continuarem juntos no São Paulo. Não posso ser cínico. Houve uma discussão pública entre o técnico e o atleta, o que deixa a convivência dos dois mais complicada.

Por isso, acho que Carpegiani foi muito feliz ao declarar: "Todo mundo tem um caráter e num momento adequado que a gente nota as pessoas". Carapuça justa para Rivaldo - e para Juvêncio também. Ficou bem claro que o jogador já sabia que Carpegiani seria demitido caso o São Paulo fosse eliminado da Copa do Brasil. Caso contrário, não teria dado entrevista tão ofensiva ao treinador, se este fosse continuar a comandá-lo. E como é que Rivaldo sabia e tinha segurança da demissão do técnico? Porque, com Juvenal Juvêncio, ele não tem conversa de jogador com presidente de clube. É papo de cartola com cartola. Ficou nítido que, nesse conflito, o único subordinado era Carpegiani...

Essa é mais uma das incoveniências do estranho contrato com um jogador que é presidente de outro clube. Quando Rivaldo foi contratado pelo São Paulo, escrevi aqui neste blogue que achava isso, no mínimo, complicado. E se o clube enfrentasse o Mogi Mirim numa partida eliminatória pelo Paulistão? Cadê a ética, a isenção? Porém, além dessas "ligações perigosas", a contratação significou (mais) uma "saia justa" para o treinador. Ficou nítida a pressão de Juvêncio para que Carpegiani escalasse Rivaldo, assim como o finado Marcelo Portugal Gouvêa pressionava a escalação de Lugano por Oswaldo Oliveira, em 2003 (o técnico caiu, assumindo Roberto Rojas, que botou o zagueiro pra jogar), e depois a de Falcão, astro do futebol de salão, em 2005, por Emerson Leão (que barrou o rapaz e decidiu sair do clube por cima, assim que ganhou uma taça).

E esse é outro aspecto que ajuda a entender a vitória de Rivaldo nessa queda de braço contra o treinador. Além de reconhecer o visível progresso do São Paulo com Carpegiani, pela sua liderança, seu pulso e autoridade (que nem Ricardo Gomes e muito menos Sérgio Baresi tinham), eu gostei de sua segunda passagem pelo clube exatamente por peitar e enfrentar as pirotécnicas contratações de Juvenal Juvêncio. Antes de Carpegiani, o time enfrentou a estapafúrdia baciada de 11 contratações para 2010, sem planejamento, sem critério, sem respeito ao rumo traçado pelo(s) técnico(s) da época. Isso criou um caos e os reflexos (e derrotas) estão aí, pra alegria dos adversários. E era pra situação estar pior, caso Carpegiani não chegasse impondo respeito. Isolou Cléber Santana, mandou Carleto e Marcelinho Paraíba para empréstimo, dispensou Fernandão e nem sequer cogitou a hipótese de escalar para o banco o tal de Edson Ramos - sintomaticamente, uma indicação de Rivaldo. Juvêncio engoliu calado. Até hoje.

Não importa qual técnico o São Paulo vai contratar agora. Ele terá problemas com Juvenal Juvêncio, sem dúvida nenhuma. E, óbvio, com Rivaldo.

Sobre obviedades
E por falar em obviedade, é mais do que óbvio que a eliminação do São Paulo em duas competições, num prazo de duas semanas, foi o principal motivo da demissão de Carpegiani. Isso não se discute. Só quis ponderar a falta de ética geral no desfecho desse caso, entre o técnico, o presidente do clube e o cartola/jogador Rivaldo. Também é óbvio que Carpegiani errou feio em escalações e substituições, na insistência com alguns (caso de Juan, por exemplo) e isolamento de outros (caso de Junior Cesar), além de outros defeitos. Mas é óbvio, também, que o São Paulo não tinha condições de levantar uma taça com o time que está aí - e eu também já havia alertado para isso no post que fiz sobre o jogo de ida. No caso particular do Avaí, afirmo com segurança que o time catarinense que entrou em campo ontem é, neste momento, mais time que o São Paulo. A vitória foi justa, a eliminação dos paulistas também. Chega de chororô e churumelas.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Let it be

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na lista de vexames da diretoria do São Paulo nos últimos anos, que incluiu o Roberto Justus entrando em campo com o time e o Gilberto Kassab recebendo uma camiseta personalizada, podemos agora listar mais um: segundo o diário Lance!, "durante o show de Paul McCartney no Morumbi, Juvenal Juvêncio recebeu em seu camarote o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o atual governador, Alberto Goldman". Aproveitando a nostalgia beatlemaníaca, os três patetas, digo, políticos, que fizeram um esforço "hercúleo" para manter o Morumbi na Copa de 2014, devem ter dito a Juvêncio: "o sonho acabou". E, com o estádio recebendo tais figuras em um camarote, virou pesadelo. Mas, como diria Sir McCartney, "deixa estar". Sua hora chegará, Juvenal. Pode apostar nisso.

terça-feira, julho 27, 2010

Veja especula sobre o Morumbi

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na coluna Radar on Line de hoje, no site da Veja, Lauro Jarim questiona: "O que Lula quer com Juvenal?". "Hoje, no final do evento em que sancionou a lei que modificou o Estatuto do Torcedor, Lula chamou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, num canto e fez uma convocação ao pé do ouvido: - Juvenal, passa lá no meu gabinete para conversarmos ainda hoje", garante o colunista. E emenda: "Lula e Juvenal estão neste momento reunidos. O assunto é, naturalmente, o Morumbi e o imbróglio da abertura da Copa. Lula, como se sabe, apóia o Morumbi para sediar o jogo de abertura, algo que a FIFA e Ricardo Teixeira dizem que está fora de cogitação". Para encerrar, Jardim deixa as seguintes questões no ar: "Mas o que será que Lula quer dizer a Juvenal? Que vai peitar a FIFA e Teixeira? Ou teria ele uma solução para a encrenca?". Querem a minha opinião? Lula com Juvenal Juvêncio só pode ser encontro pra tomar pinga, com certeza! E o que a cachaça não remedia, remediado está.

quarta-feira, março 10, 2010

Será que Belluzzo também quis culpar o elenco?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Alexandre Lozetti, do Lance!, entrevistou na última sexta-feira o folclórico presidente do São Paulo F.C., Juvenal Juvêncio ("Não me acho folclórico. Às vezes falo coisas fora do diapasão" - defendeu-se, folcloricamente, o dirigente). Numa sala com ar condicionado congelante e odor de cachimbo apagado, segundo o repórter, Juvenal, o "intelectual", contou uma historinha interessante (se é verdade não se sabe) sobre o colega Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras:

- Em 2009, me perguntaram por que não ganhamos o campeonato. "Porque fomos incompetentes!". No dia seguinte o Belluzzo me telefonou: "Juvenal, você falou que o time é incompetente?". "Falei". Ele deu parabéns.