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O slogan "Rumo a Tóquio" imperou nos clubes brasileiros por muito tempo. Flamengo, Grêmio e São Paulo foram campeões lá, e Cruzeiro, Vasco e Palmeiras foram derrotados na decisão do Mundial Interclubes, antes de sua oficialização pela Fifa. Veio a formalização do torneio, em 2005, e o campeonato passou para Yokohama; e aí o São Paulo conquistou o mundo novamente, e no ano seguinte foi a vez do Internacional.
Mesmo com a mudança de cidade, a sede continuava sendo o Japão. E assim os brasileiros se acostumaram a ver na "terra do sol nascente" um sinônimo de Mundial de Clubes.
Pois bem, agora isso terá que mudar. A Fifa anunciou que o Mundial de Clubes sairá um pouco do Japão nos próximos anos. A "rotatividade meia-boca" determinada pelos dirigentes máximos do futebol prevê que o Mundial de Clubes sairá do Japão em 2009 e 2010, voltando ao país natal de Kazu em 2011. Enquanto isso, a sede do torneio será os Emirados Árabes.
O país, localizado na Península Arábica, tem vivido um verdadeiro boom no turismo nos últimos anos. A nação já é naturalmente rica por conta das inúmeras reservas de petróleo; os xeiques locais aproveitaram esse dinheiro para transformar a geografia local, fazendo das belas praias naturais empreendimentos turísticos de altíssimo padrão.
O Mundial de Clubes vem para coroar esse momento.
Será, certamente, o ponto mais alto dos Emirados Árabes no futebol mundial. Com a bola rolando o país não fez praticamente nada. Jogou apenas uma Copa do Mundo, em 1990, e perdeu os três jogos (contra Iugoslávia, Colômbia e Alemanha Ocidental, que levantaria a taça do torneio). Na Copa da Ásia, a seleção dos Emirados Árabes nunca foi campeã.
Como país-sede, os Emirados Árabes terão um clube entre os competidores do Mundial. A tradição futebolística local é nula; por outro lado, o dinheiro pode motivar a contratação de pesos-pesado da bola para encorpar a equipe local. E aí?