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Independentemente de quem ganhe, embora com grandes chances para o São Paulo, o campeão brasileiro deste ano deve ser o pior time da era dos pontos corridos, pelo menos o que fez menos pontos.
Independentemente de quem ganhe, embora com grandes chances para o São Paulo, o campeão brasileiro deste ano deve ser o pior time da era dos pontos corridos, pelo menos o que fez menos pontos.
O São Paulo deu mais uma razão de constrangimento para seu torcedor de orientação político-ideológica mais à esquerda. O prefeito reeleito da capital paulista Gilberto Kassab (DEM) recebeu da diretoria tricolor uma camisa do time comemorativa de sua vitória (aqui, em matéria do Terra). A peça, produzida especialmente para o prefeito, leva o seu nome às costas e tem o número 60,72%, referente ao número de votos válidos recebidos no segundo turno da eleição, quando derrotou a petista Marta Suplicy.
No mesmo pleito, o superintendente de futebol do clube do Morumbi , Marco Aurélio Cunha, elegeu-se vereador, também pelo DEM de Kassab. Segundo achei neste blog sãopaulino, Marco Aurélio disse em nota que só decidiu ser candidato “após conversas e pedidos do Prefeito Kassab, São Paulino, e de trabalho destacável”, nas palavras do dirigente.
Voltando um pouco mais no tempo, o ídolo sãopaulino Rogério Ceni, em entrevista ao programa Roda Viva, assumiu seu voto em Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006, por avaliar que Lula “não conseguiu fazer um grande mandato”. Uma das críticas do goleiro foi feita ao Bolsa Família. Segundo ele, o programa “é muito legal se for o complemento do salário de um cidadão brasileiro”, mas estaria sendo um incentivo para que a população pobre não procure emprego. Veja o trecho: “Então, o que o cidadão quer, [o que] ele deveria querer? Ele deveria querer um emprego e, logicamente pela situação precária econômica que o nosso país tem, isso deveria servir como um complemento salarial. Hoje a gente vê muitas... hoje, um emprego é tão difícil de conseguir em cidades do interior, de você conseguir gente para trabalhar, porque a pessoa raciocina assim: ‘Não, mas eu tenho Bolsa Família, Bolsa Escola. Isso me dá cento e tantos reais [gesticulando]. Eu prefiro ficar em casa do que arriscar ter que trabalhar’. Então, assim, eu vejo que seria muito legal tudo isso que é feito, é uma idéia louvável, mas como um complemento salarial. Porque eu vejo isso como um fator determinante para o não crescimento do nosso país.”
O goleiro contradiz fatos que o companheiro Glauco levantou neste excelente e completo comentário. Ceni é o mesmo que, em entrevista num programa do Jorge Kajuru, se bem lembramos eu e o Anselmo, disse que era muito importante para um presidente da república saber falar inglês, no que foi prontamente detonado pelo Dr. Sócrates, ali presente. Enfim, o pessoal não facilita a vida do sãopaulino esquerdista.
No meu blog pessoal, o Mais ou menas, eu mantinha, tempos atrás, uma série chamada Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim. A idéia era discutir episódios do chamado passado recente, que geraram repercussão em sua época e depois caíram no pleno esquecimento.
Agora trago essa série ao Futepoca. Apresentarei assuntos ocorridos há, no máximo, cinco anos e que sumiram em definitivo da memória coletiva - mas, que em sua época de acontecimento, despertaram paixões e geraram polêmicas respeitáveis.
Não falarei, por exemplo, da anulação dos jogos do Brasileirão de 2005, ou do fracasso da seleção na Copa de 2006. Esses são assuntos que ainda aparecem nas discussões por aí. A idéia é meio que tirar temas do fundo do baú.
Isto posto, vamos à primeira edição de...
Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim - Santos, Bragantino e a drenagem do Morumbi (2007)A rivalidade entre São Paulo e Santos esteve em alta nos últimos anos. Por questões puramente esportivas, como a eliminação do favorito Tricolor no Brasileiro de 2002, e também por assuntos extra-campo, como as acirradas disputas pelas contratações de Zé Roberto, Tcheco (!) e Lenílson (!!).
Nos primeiros meses de 2007, essa contenda ganhou novos capítulos com a definição das semifinais do Paulistão. Santos e São Paulo, respectivamente primeiro e segundo colocados na fase inicial do Estadual, apareciam como os principais favoritos para a disputa do título do certame. E muito antes de se confirmarem como finalistas do Campeonato já travavam uma verdadeira guerra nos bastidores - onde seriam jogados os clássicos san-são que decidiriam o título?
O Santos requisitava a Vila Belmiro, seu alçapão, e apresentava como justificativa o fato de ter tido a melhor campanha na fase primeira do Paulista. Já o São Paulo dizia que o Morumbi era o estádio mais seguro do estado e o único em condições de receber uma final de grande porte. A FPF, por sua vez, mantinha-se em cima do muro com um impreciso regulamento que dizia que as finais teriam "mando de campo da Federação". Pois é.
O "detalhe" é que todos se esqueciam que Santos e São Paulo ainda teriam que superar Bragantino e São Caetano, respectivamente, para chegar à final do torneio. Coisa que o Tricolor não conseguiu - com um incontestável 4x1, o Azulão, comandado pelo hoje corintiano Douglas, despachou o São Paulo em pleno Morumbi e garantiu-se na final do campeonato.
Era a vez do Santos fazer a sua parte. Peixe e Bragantino se enfrentaram em 22 de abril de 2007, pelo segundo jogo das semifinais do Paulista, no Morumbi. Na primeira partida, 0x0, o que decretava que um novo empate seria o suficiente para o elenco comandado por Vanderlei Luxemburgo. O Santos tinha um ótimo meio-campo, em que se destacavam Zé Roberto e Cléber Santana, e discutia se jogaria pelo resultado ou se faria jus ao renomado elenco e atropelaria o Bragantino.
Mas o futebol acabou ficando em segundo plano. A capital paulista foi castigada, naquele domingo, por uma chuva agressiva que deixou o Morumbi em condições impraticáveis. Nunca, ao menos na minha pequena memória, o gramado do estádio são-paulino esteve tão ruim em um jogo.
E aí começaram as acusações. Os santistas diziam que o São Paulo havia desligado a drenagem do estádio, para dificultar a vida do Peixe; já os tricolores diziam que a drenagem era automática e rebatiam afirmando que o Santos não cuidara bem do Morumbi. Um episódio nos camarotes envolvendo o presidente Marcelo Teixeira só fez aumentar a ira dos praianos.
No fim das contas, o Santos repetiu o 0x0 com o Bragantino e foi a final do estadual. Semanas depois, acabaria superando o São Caetano (também fazendo uso da vantagem do empate) para ser bi-campeão paulista, no mesmo Morumbi que anteriormente amaldiçoara.
E, de lá pra cá, o gramado do Cícero Pompeu de Toledo nunca mais apresentou condições tão péssimas quanto naquele 22 de abril de 2007.
Foto: Sports Magazine
Mumu é um conhecido bêbado da região do ABC, na Grande São Paulo, além de ser coordenador de um paint ball (guerrilheiro das bolinhas de tinta). Após os combates de todas as noites, lá pelas 23h, meu sócio Bruno me pergunta: "-E aí, o Mumu já tá vindo aqui pro bar?". No que respondo: "-Deve estar escolhendo a viatura". Ele sempre aparece de forma inesperada, um dia de moto, no outro de bicicleta. Até aí, normal. Quando vem de bicicleta, ele toma algumas latinhas e vai pedalando praticamente em zigue-zague pelas ruas. Já quando vem de moto, teoricamente deveria conseguir chegar em casa mais rápido, mas demora em torno de 20 minutos ou 50 pedaladas, mais ou menos, para ligar a máquina, que não tem partida elétrica.
Mas o grande problema é quando ele vem de "caveirão" (um Citröen velho, pintado de preto fosco, com um decalque de guerrilha nas portas). Nessas noites, ele já chega meio torto e, quando termina de se encharcar, pede: "-Marcão, manda aquela caponata de berinjela pra dar uma curada". Aí, lascou-se, pois nossa receita de berinjela tem cerveja preta e um leve toque de rum. É a mesma coisa que dar kriptonita ao Super Homem, pois o prato pulveriza o Mumu no mesmo instante. Por isso, batizamos a receita de Kripto-Caponata. Vamos a ela:
KRIPTO-CAPONATA DO MANGUAÇA MUMU
Ingredientes
150g de berinjela
50g de abobrinha italiana
50g de cebola
50g de pimentão vermelho
50g de pimentão amarelo
20g de uva passa sem caroço
20g de azeitona sem caroço
30ml azeite extra virgem
1 lata (350ml) de cerveja preta extra forte
100 ml de rum ouro
3 ml de vinagre de vinho branco
pimenta do reino a gosto
sal a gosto
orégano a gosto
Preparo
Corte os legumes em cubos médios. Arrume-os em uma assadeira e tempere com azeite, sal, pimenta do reino, orégano, cerveja e rum. Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré aquecido a 180ºC e asse até estarem macios. Retire do forno, adicione o vinagre e misture bem. Resfrie e sirva frio. Dica: compre um pão italiano, corte em fatias e coma junto com a caponata.
É isso aí, moçada. E vamo que vamo no The BOBs! Abraços!
Nem bem assumiu o comando da seleção argentina e Maradona (à esquerda) já partiu pra cima dos "inimigos" brasileiros. "-Se minha equipe vai jogar como a de Dunga? Não, não jogo como Dunga. Ele dava botinadas e eu me esquivava delas", disse o ex-jogador, que gostava mesmo era de dar botinadas com o nariz. Tudo bem que ele não está mentindo completamente ao relembrar as pauladas do ex-volante Dunga. Mas também não é pra sair chutando o balde assim, do nada - o que leva a crer que as últimas derrotas da Argentina para o Brasil ainda estão doendo.
Ao saber da provocação, Dunga (à direita) foi humilde: "Sem dúvida, o Maradona foi um dos mais importantes da Argentina e torcemos para que ele se dê bem. E quanto à comparação, Deus fez uns com talento e outros com menos talento. Com a liberdade de expressão, cada um se coloca da sua forma", disse o treinador da selecinha. "Em termos de seleção, ganhei tanto quanto ele, mesmo tendo um talento menor", arrematou.
Mas, para não perder a chance de rebater o cutucão, Dunga lembrou que durante sua carreira de jogador um dos principais trunfos era a parte física, diferente de Maradona, que costumava ter problemas de sobrepreso e, principalmente, com o uso de drogas. "Tive que cuidar muito do meu corpo, da minha carreira, da minha postura ", completou o ex-volante. Pensando bem, falar de "postura" para o Maradona também não deixa de ser uma botinada...
Timo Glock (foto) é um piloto alemão nascido em 18/03/1982, na pequena cidade de Lindenfels, no estado de Hesse, no Oeste do país de Goethe e Rainer Werner Fassbinder. Segundo dados do último censo, de dezembro de 2006, o município abriga 5.220 habitantes. Algumas avenidas de São Paulo certamente têm população maior do que a dessa tranqüila cidade alemã. Como todo companheiro de profissão, Glock se apaixonou cedo por carros e corridas. Mas, ao contrário de Lewis Hamilton e Felipe Massa, começou tarde na profissão. Inspirado pelas conquistas do compatriota Michael Schumacher, fez sua primeira temporada de kart apenas aos 15 anos, em 1998. Dois anos depois, veio seu primeiro título, na ADAC Fórmula BMW Júnior. Nos seguintes faturou mais uma temporada na ADAC, dessa vez na categoria principal, foi terceiro na F-3 alemã e quinto na F-3 Euroséries. Em 2004 teve o seu primeiro contato com um F-1. Foi contratado para ser piloto de testes da extinta equipe Jordan. Ainda teve a oportunidade de disputar algumas corridas pela escuderia do irlandês Eddie Jordan, substituindo o italiano Giorgio Pantano, então titular do time.
Em 2005, Glock foi se aventurar na América profunda, onde disputou um campeonato na finada Champ Car, categoria genérica da F-Indy. Conseguiu a proeza de terminar a temporada em oitavo. Mesmo assim, lhe deram o título de "estreante do ano". De volta à Europa, tentou a sorte na GP2, categoria que se transformou na divisão de acesso para a Fórmula-1. Se deu bem e conquistou o título de 2007. O título foi seu passaporte de regresso para a principal categoria do automobilismo mundial. Foi escolhido para ser um dos pilotos da Toyota. Nem quando está sem luvas e capacete Glock consegue se desligar das pistas. Nas folgas, gosta de tirar "rachas" de kart com os amigos. Solteiro, o alemão tem a Austrália como destino preferido de férias. No quesito preferências pessoais, ele gosta de massas, é fã dos Red Hot Chilli Peppers e Guns'n'Roses e tem como vício jogar poker. Seu grande ídolo é o pai. Em linhas gerais, esse é o perfil do homem que, involuntariamente, definiu o título da temporada 2008 da F-1.Ao ceder o quinto lugar para Lewis Hamilton a 500 metros da linha de chegada do enlouquecido GP de Interlagos, Glock se transformou no mais novo vilão dos brasileiros. Tudo porque insistiu em se manter na pista com pneus para pista seca quando um dilúvio desabava na pista nas voltas finais da corrida. É óbvio que Glock não teve nenhuma responsabilidade pelo motor estourado de Massa na Hungria, na estratégia equivocada da Ferrari no encharcado GP da Inglaterra, nos erros de Massa nas primeiras provas da temporada e na incrível trapalhada ferrarista no pit-stop do brasileiro no GP de Cingapura (acima, à esquerda). Falhas que tiraram pontos vitais na batalha de Massa contra Hamilton. Mas, de toda a forma, Glock acabou pagando a conta. Ainda nos molhados pit-lanes de Interlagos, torcedores insinuavam que ele e a Toyota haviam levado um troco para entregar o campeonato para Hamilton e a McLaren. E só para botar um pouco mais de pimenta nesse vatapá, Glock e Hamilton são grandes amigos desde os tempos da GP2.
O novo e também mais novo campeão mundial tentou encaixar o amigo na vaga aberta por Fernando Alonso quando este saiu brigado da McLaren no fim do ano passado. Mas Ron Dennis, o chefe da equipe, preferiu trazer o chocho finlandês Heikki Kovalainen. É claro que uma coisa pode não ter a ver com a outra. Mas fica a informação.Interlagos, 02/11/2008 - Acompanho a Fórmula-1 desde 1980. E nesses anos todos posso afirmar com segurança que nunca vi uma decisão como essa de Interlagos. Houve grandes finais como Adelaide 1986, quando Alain Prost (foto à direita), Nigel Mansell e Nelson Piquet chegaram à última prova brigando pelo título da temporada. Prost acabou levando a melhor, depois de uma batalha que teve Mansell estourando pneu a 290 quilômetros por hora e Piquet rodando quando era líder e rumava para o tricampeonato. Ou então nessa mesma Adelaide em 1994, ocasião em que Schumacher e Damon Hill protagonizaram um duelo suicida pelas retas e curvas do circuito de rua australiano. E quem não se lembra de Jerez 1997, em que num ato desesperado esse mesmo Schumacher jogou sua Ferrari contra a Williams do rival Jaques Villeneuve?
Mas, para usar uma frase que caiu na boca do povo, nunca antes na história deste esporte se viu um piloto cruzando a linha de chegada como campeão do mundo para 38,9 segundos depois ver o título escorrer como água da chuva pelo S do Senna. Foi realmente eletrizante! Quem esteve em Interlagos pode, daqui a anos ou décadas, contar para filhos e netos que assistiu a um dos maiores capítulos da história da F-1. Voltando um pouco no tempo, algumas colunas atrás eu disse que não enxergava em Massa um campeão mundial. E uma das razões era justamente a falta de sorte do brasileiro. E ela apareceu de novo. Na hora errada, no lugar errado e na circunstância errada. Claro que a perda do título não pode ser apenas creditada na conta do piloto. O erro da Ferrari em Cingapura, quando tirou uma vitória certa de Felipe ao autorizá-lo a sair do boxe antes do final do abastecimento, foi crucial para a perda do campeonato.
Mas a sorte é um ingrediente fundamental na receita de um campeão do mundo. Lewis Hamilton não me deixa mentir. A Fórmula-1 viu, pela primeira vez em sua história, um negro conquistar um título mundial. Tomara que ele inspire os eleitores americanos a eleger o primeiro presidente negro de sua história. O mundo agradecerá.
No dia de Finados, logo depois no dia de Todos os Santos, um empate parecia das melhores coisas. Quando vi que Marcos, o Goleiro santificado pela torcida, não entraria em campo, achei que era um mau presságio. Com gols no primeiro e no último minuto, o Palmeiras quebrou uma sequência de quatro anos sem vencer na Vila Belmiro.
O jogo foi tenso, com muita pressão do Santos. Mas os gols foram, no mínimo, inusitados. A um minuto e trinta da primeira etapa, a um da segunda e no último minuto do tempo regulamentar.
Kléber abriu o placar em contra-ataque bem armado. Aliás, o jogador foi muito bem no primeiro tempo apesar de estar tenso como de costume. Se a dividida dura com o xará nem falta foi marcada, ele logo garantiu o amarelo que lhe tira da partida contra o Grêmio. Com um pouco mais de cabeça fresca (e menos desinteligência) seria um atacante para disputar vaga na seleção. Mas pelo desfile de braços abertos e o sangue nos olhos na hora das divididas, isso fica só no condicional.
O arqueiro Bruno foi escalado porque Marcos, o Goleiro, foi ao enterro do pai, morto em Marília. Ao tentar espalmar um escanteio de Molina, a bola foi para dentro na cobrança. A trombada com Kléber Pereira foi polêmica e poderia ser considerada falta. Mas Bruno salvou a nação alviverde em outros lances.
Foi a "ajuda" involuntária do defensor que mostrou que a opção de Vanderlei Luxemburgo no intervalo do jogo havia sido um erro. Sem contar que o treinador foi ainda expulso na hora da reclamação do gol adversário, ainda disse que entrou para ajudar o árbitro. Então tá.
É que sacar Evandro (o autor do passe para Kléber) para pôr o terceiro volante Sandro Silva significava retranca. Com o empate, teve que mexer de novo. E, convenhamos, o gol da vitória no último minuto dos pés de Leo Lima, é muita sorte. Em uma jogada pela lateral-esquerda que trouxe a bola para a área, o volante fez uma das primeiras coisas úteis com a camisa verde no Brasileirão. Desde sua contusão no Paulista, que o tirou da partida final, o atleta não ia bem.
A próxima partida é contra o Grêmio, no Palestra. Agora, tanto tricolores gaúchos quanto alviverdes paulistanos vão secar o São Paulo.
Assum preto, o meu cantar
É tão triste com o teu, Também roubaram o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meu.
Arrepia, zagueiroLateral esquerda, essa fica com Paulinho da Viola, a enciclopédia do samba, criador da Velha Guarda da Portela, por analogia com Nilton Santos, a enciclopédia do futebol. Também porque prefiro um jogador criativo, técnico, capaz de inventar pelos lados do campo. Mesmo sendo vascaíno fanático, nunca escreveu que eu saiba sobre futebol, vão versos sobre a sinuca, de Pelos 20:
Zagueiro
Limpa a área, zagueiro
Zagueiro
Sai jogando, zagueiro
Zagueiro
Você me deixou pelo vinteNo meio de campo, como já disse serão quatro meias criativos, sem volantes. Os dois pela direita são Caetano Veloso, perdido há muito tempo por aí, mas que já bateu um bolão em outras fases, e Adoniran Barbosa, com suas jogadas geniais de malandro italiano do Bixiga. De Caetano, versos de Tieta:
No golpe da sorte
Entre a rosa e a preta
Na mesa da vida
Você me deixou sem saída
Sinuca de bico
A preta e a rosa
Na noite perdida.
Por debaixo do lençolPela esquerda, vão Chico Buarque e Gilberto Gil. Chico diz que joga bem pelada e tem das mais belas músicas sobre futebol como:
Nessa terra a dor é grande
E a ambição pequena
Carnaval e futebol
Quem não finge
Quem não mente
Quem mais goza e pena
É que serve de farol.
Para estufar esse filóGil completaria a jogada, com:
Como eu sonhei
Só
Se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual
Ao jogador
Qual
Compositor
Para aplicar uma firula exata
Que pintor
Para emplacar em que pinacoteca, nega
Pintura mais fundamental
Que um chute a gol
Com precisão
De flecha e folha seca.
Prezado amigo AfonsinhoO ataque fica para dois gênios, Tom Jobim e Dorival Caymmi, ataque bem mais técnico e criativo que corredor, óbvio. Tom jogava com classe a cada nota. Como curiosidade a Bossa Nova começou a ganhar o mundo mais ou menos na época em que ganhávamos a primeira Copa do Mundo, em 1958, na Suécia. Tom compôs Radamés y Pelé, melodia maravilhosa, mas sem letra.
Eu continuo aqui mesmo
Aperfeiçoando o imperfeito
Dando tempo, dando um jeito
Desprezando a perfeição
Que a perfeição é uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na seleção
E eu não sou Pelé, nem nada
Se muito for eu sou um Tostão.
Quem não gosta de samba [e de futebol?]Na reserva ainda ficam gênios como Noel Rosa, Cartola, João Gilberto, João Bosco, Milton Nascimento e outros, até porque só posso escalar onze.
bom sujeito não é
É ruim da cabeça
ou doente do pé...
A cachaça degustada na entrevista com Luiz Gonzaga Belluzzo foi a Vale Verde. E desde então este post está incubado.
Eleita em 2007 a número 1 do ranking da revista Playboy, a bendita é envelhecida por três anos em tonéis de carvalho. Ela desbancou a mitológica Anísio Santiago/Havana.
Realmente é interessante, daquelas que descem leves, mas tem o traço do carvalho que não é meu preferido (sou da amburana). Mas é uma danada responsa.
Curioso que tenho um exemplar em casa engarrafado em 2003, herdada já aberta. O primeiro dado curioso: a tampa era de plástico, e não de metal como as atualmente vendidas. Segundo detalhe: pode até ser que o armazenamento não tenha sido dos melhores, mas é fato que o sabor é completamente diferente. Será que desde então o paladar foi modificado? Não consegui descobrir. Preciso de outro espécime da mesma época.As receitas da venda são revertidas para projetos de sustentabilidade. Isso porque o alambique fica dentro do Parque Ecológico homônimo, em Betim (MG) onde há também um museu da marvada. Até casamentos podem ser realizados no local, na capela de São Miguel Arcanjo, mas não há informações a respeito de restrições de oferta da que matou o guarda para os noivos.
Do mesmo alambique vem outra marca, a Minha Deusa, uma branquinha que faz jus ao apelido, que fica em dornas de grápia depois de descansar menos de dois meses em carvalho.
Em pleno 31 de outubro, Dia do Saci, a colunista Mônica Bergamo sustenta que Maurício de Sousa e Pelé querem fazer do personagem Pelezinho o mascote da Copa do Mundo de Futebol de 2014, programada para o Brasil.
Personagem do desenhista criador da Turma da Mônica, Pelezinho tinha sua turma em meados da década de 70, mas a série parou na década seguinte, quando terminou o contrato com o rei do futebol, em quem o personagem foi inspirado.
Apesar do nome, não é comum encontrar muitos exemplares desse tipo de cerveja na Escócia, terra natal do ex-James Bond Sean Connery e do manguaça David Coulthard, conhecida também pela sua produção de uísque. Já nos Estados Unidos ou no Canadá, as Scotch Ale são mais acessíveis, geralmente com a designação de Strong Scotch Ale ou Wee Heavy. Segundo Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo, são cervejas fortes, escuras, maltadas e com teor alcoólico variando entre 6,5 e 8,5% ABV. "Elas têm a particularidade de serem fermentadas a temperaturas mais baixas do que a maior parte das Ales e, além disso, possuem caráter maltado e com pouco lúpulo", observa Aquino. "Isso faz com que sejam cervejas não aconselháveis para todo tipo de refeição, apesar de podermos bebê-las como se fossem uma sobremesa", completa. O álcool têm, em geral, presença acentuada no sabor, o que ajuda a equilibrar o possível excesso de malte e de açúcar. Exemplos: McEwan's Scotch Ale (foto), Bitter End Whiskey Wee Heavy e Stoudts Scotch Style Ale.
A Futebol Brasil Associados (FBA), que organizou a Série B desse ano, divulgou a lista dos indicados ao prêmio de melhor jogador do campeonato. O Corinthians emplacou Douglas e André Santos na lista de doze, gerando reclamações de parte do elenco, que acha injusto o esquecimento de William, Chicão, Felipe e Dentinho. Quer dizer, o povo queria metade da lista, quase nada abusados.O prêmio não me interessa em nada, e creio que para a maioria dos leitores também não. Mas a lista dos outros indicados chama a atenção: além de André Santos e Douglas, Marquinhos e Válber (Avaí), Marcelinho Carioca (Santo André), Túlio (Vila Nova), Adrianinho (Brasiliense), Giuliano (Paraná), Nunes (Bragantino) e Saulo (América-RN).
Ter Túlio Maravilha, Marcelinho Carioca e, pasmem, Adrianinho, aquele da Ponte e do Corinthians, como possíveis melhores da competição da uma idéia do nível das equipes que disputaram com o Corinthians. Ainda acho que o time não é pior que 80% das equipes da Série A desse ano, mas convém ter os pés bem plantados no chão quanto às expectativas alvinegras para 2009.
Acabou agora a apuração da eleição do novo presidente do Galo. Alexandre Kalil foi eleito por 271 votos contra 130 de Sergio Bias Fortes.
A partida entre Palmeiras e Goiás, dois alviverdes, no Palestra Itália terminou 1 a 0 para o time da casa. O placar foi definido no primeiro tempo com um pênalti batido por Alex Mineiro.
A falta dentro da área foi bizonha, o defensor goiano aplicou sobre Kléber o que, no futebol americano, seria um tackle.
Não, a atuação não foi boa. Foi razoável para o primeiro tempo e retrancada para o segundo.
Marcos
Além de salvar a vitória simples, Marcos, o Goleiro, mandou avisar que não é porque falta empenho que ele não vai se dedicar. Salvou o time em duas defesas espetaculares, incluindo um lance em que o atacante Iarley saiu cara a cara com o arqueiro. Vale notar que o goleiro do Goiás, quase xará do citado atacante, Harlei também fez uma defesaça em cobrança de falta do sempre criticado e sempre "quase", Evandro.
O mais divertido foi ouvir, na substituição de Diego Souza, a torcida num misto de vaia e gritos de "Marcos, Marcos". Quem mandou reclamar.
E outra: Marcos tinha razão, na visão do torcedor, como se demonstrou nesse caso e na pichação na porta do Centro de Treinamento do clube, na Barra Funda pedindo "Raça verdão".
Pierre, o maior ladrão de bolas do Brasil, e Kléber com seu estilo desgovernado, foram os destaques de ontem, depois do Goleiro. São os dois que mostram mais disposição para o jogo (ok, no caso do Kléber a disposição se confundiu com cotovelos durante o Brasileirão).
Crise versus raivaQue não tem motivo para crise no Palmeiras, eu até concordo. Mas dá muita raiva de torcedor pensar em dois ou três vacilos no mínimo evitáveis na trajetória do Verdão.
Aí o Vanderlei Luxemburgo joga o Marcos na fogueira, compara-o com Rogério Ceni – dando moral para o capitão tricolor em vez de ao santos de todas as horas – o Diego Souza permanece instável, e a arbitragem começa a funcionar para fazer o tricampeão.
O motivo porque São Paulo e Cruzeiro aparecem mais cotados agora do que o Palmeiras e até do que o líder Grêmio tem a ver com ascensão no campeonato. Embora todos tenham passado por momentos difíceis, os times de Muricy Ramalho e de Adilson Batista são os que parecem crescer. Parecem, porque a cada rodada muda um pouco. E porque minha função de secador é torcer para não ser de fato.
O próximo jogo, contra o Santos na Vila Belmiro, vai ser um jogo difícil como qualquer partida diante da torcida do time da Baixada. Nem quero pensar no que acontecerá se faltar a raça que Marcos e a torcida pedem.
No exercício do nada pra fazer, eu e meu amigo Barão começamos a elencar as sete bestas do Apocalipse da TV brasileira. Depois de muita divergência, fechamos em Gugu Liberato, Luciano Huck, Jorge Kajuru, Amaury Júnior, Ronaldo Esper, João Kléber e Serginho Groissman (Sílvio Santos foi considerado o próprio Anticristo e Fausto Silva, Datena e Ratinho, seus serviçais). Mas, para não sermos acusados de machismo, elencamos também o time das bestas femininas: Xuxa, Hebe Camargo, Luciana Gimenez, Regina Duarte, Angélica, Ana Maria Braga e Miriam Leitão. Como sempre vai ficar muita "gente boa" de fora, de repente nos lembramos do glorioso Galvão Bueno (acima). Daí, o Barão saiu com a solução perfeita: "Bom, se o Galvão não é uma das bestas do Apocalipse, com certeza ele vai narrar o fim do mundo!". Nisso, imaginamos como seria essa transmissão:
- Olha lá, olha lá! Eu não falei? O Belzebu só marca infração contra a gente! Contra os argentinos, nada! Cadê a CBF que não toma uma providência nesse Julgamento Divino? Aquele anjo tocando trombeta estava completamente impedido! Um absurdo! Não é verdade, Arnaldo? (não, Arnaldo, não precisa responder, fica quieto!) Eu cansei de falar que nesse Juízo Final ia ter marmelada. Já começa que hospedaram a seleção no Sétimo Círculo do Inferno. Assim não dá! E pode apostar: o Dunga vai tirar o Apóstolo João! E quem vai entrar? Sim, porque tem que entrar alguém no lugar dele. No futebol, quando você faz uma substituição, tem que botar outro no lugar! Não é, Arnaldo? A regra é clara! (não, Arnaldo, fica aí, cala a boca!) Olha lá: de novo! O Cramunhão tá mal intencionado! Um inferno isso! Mas vamos a um rápido intervalo e já voltamos com a cobertura exclusiva do Apocalipse. Globo e você, todo mundo vai morrer!
Leio no Lance! que o piloto David Coulthard (à esquerda) vai se aposentar da Fórmula 1 no GP brasileiro do próximo domingo. Aos 37 anos, ele já disputou 246 provas, fez 535 pontos e venceu 13 vezes - inclusive no Brasil, em 2001, naquela que considera a maior vitória de sua carreira. Mas Coulthard, como bom escocês, é conhecido pela dedicação à manguaça, assim como os finlandeses Kimi Raikkonen e Mika Hakkinen. Questionado sobre as farras, Coulthard não fez cerimônia: "Olha, nas festas a gente costumava ficar tão bêbado que não conseguíamos lembrar de nada do que acontecia". Realmente, é impressionante imaginar que um bêbado tão militante tenha conseguido passar 14 anos acelerando a mais de 200 quilômetros por hora e nunca tenha provocado um acidente mais grave - para ele ou para outros pilotos. E agora, aposentado, ninguém segura o cabra. Haja uísque escocês!