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Hoje, 25 de março de 2009, acaba oficialmente a maldição do centenário do Galo. Aniversário que foi importante, apesar dos pesares, para o time encontrar um rumo.
Hoje, 25 de março de 2009, acaba oficialmente a maldição do centenário do Galo. Aniversário que foi importante, apesar dos pesares, para o time encontrar um rumo.
Não é culinária nem Valtinho Coalhada. O paraguaio Ortigoza marcou dois gols na vitória do Palmeiras sobre o Bragantino de virada no Palestra Itália. Conhecido como Coalhada por sua ascendência não reconhecida do personagem do humorista Chico Anísio, o atacante ficou no banco, mas foi a campo ainda no primeiro tempo, no lugar de Jeci, autor do gol contra para os visitantes.
O problema do Ortigoza são todos os trocadalhos que emanam quase naturalmente de sua alcunha. Por isso prefiro o bordão: "Mas hein, mas hein? Que o coalhada é isso, que o coalhada é aquilo."
Foi dos pés de Diego Souza que saíram os dois gols, um no último minuto do primeiro tempo e outro aos oito do segundo. Os lances teriam feito todo mundo nem notar que a atuação do atleta havia sido apagada, afinal quem decide vai bem. Mas o puxão na camisa do volante Moradei do Bragantino garantiu-lhe o segundo amarelo. Nada do camisa 7 no clássico contra o São Paulo.
Cleiton Xavier confirma que parou de jogar bem. E é dúvida para o próximo jogo. As bolas paradas vem deixando de ser uma arma sem a participação do 10 com o brilho do início da temporada. Keirrison tampouco resolveu.
Na volta de Marcos, a opção de Vanderlei Luxemburgo na retaguarda foi uma formação bem estranha. O 4-4-2 tinha três zagueiros atrás mais o lateral-esquerdo Jefferson. Tudo para tapar o tradicional buraco do lado direito criado pela presença (ou ausência) de Fabinho Capixaba na posição. Com um gol de desvantagem, o mesmo treinador sacou o autor do gol contra para colocar aquele que resolveria a partida para o líder.
O fato de o Palmeiras não apresentar grande futebol no Paulista vem se tornando regra desde o clássico contra o Corinthians. Espera-se que, mesmo sem o cara que andou resolvendo as partidas para o lado alviverde, a turma da Turiassu acorde para o jogo do fim de semana.
MELÔ DO BÊBADO
(Composição: DJ Marlboro)
Mc Batata
1, 2, 3
você foi na minha casa me chamando de safado
dizendo pra minha família que só ando embriagado
embriagado é minha sina, eu nasci pra ser bebum
vô te dá uma boa ideia se pagar 51
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
na barriga da mamãe planejaram sem dinheiro
que eu seria um grande homem invés (sic) de um cachaceiro
mas meus pais se embriagavam, gravidez, que desespero!
os desejos só passavam tomando Velho Barreiro
no dia do nascimento levei meu primeiro tapa
e chorei o tempo todo com a cara de babaca
minha mãe não aguentava, disse: "-Que coisinha chata!"
descobriram, era dengo pra brincar com uma garrafa
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
na hora do batizado não usaram água benta
me jogaram uma bebida que ardia igual pimenta
e o padre assustado disse: "-Que coisa nojenta!"
vendo eu passar a língua lambendo licor de menta
as chupetas só viviam mergulhadas num potinho
dentro, um Rabo de Galo - só para pegar um gostinho
Rabo de Galo para pegar um gostinho
de Pitu, Fogo Paulista ou então de Tatuzinho!
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
e o tempo foi passando, fui deixando de pirraça
"gente boa" me chamavam, fui ficando um boa praça
mas a turma só dizia: "-Dos vinte, você não passa!"
nesse ritmo o seu fim é afogado na cachaça
já fizeram é de tudo pra tentar me convencer
que a cachaça é uma desgraça, pouco tempo vou viver
na sarjeta me encontraram, não lembro fazendo o quê
eu só lembro de um cachorro a minha cara lamber
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
você diz pra todo mundo que o de "bêbo" não tem dono
adormecido com a bebida, eu não sei se eu vou ou "fomo"
te garanto, eu não reclamo, desse jeito eu também como
eu só bebo, bebo, bebo, mas às vezes também como
a primeira namorada só andava do meu lado
dizendo que eu era lindo mas um pouco acanhado
ela era muito quente, tinha um fogo danado
para encarar a fera, só tomando um traçado...
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
profissão copo na mão, provador de caninha
isso é um dom e não fique de gracinha
quando pego a Praianinha só confiro se é purinha
se for de primeira linha bebo até com a tampinha
agora vou pra casa desfazer essa quizumba
você, pra fazer fofoca, é pior do que o Bussunda
se você ficar me olhando com essa cara de bunda
vou mandar você tomar...Pirassununga!
Óóóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
Óóóóóó, a-a-á, bebo (ic!) cachaça
e se você tivesse no meu lugar, o que você faria?
você ia beber ou não ia?
tem que me dar um pouquinho de razão, eu não bebo demais
eu bebo só um pouquinho!
(Do LP "Funk Brasil", Polydor, 1989)
Fuçando no blog da corintianíssima Yule encontrei, em um post sobre o Casagrande, um vídeo falando de um 5 a 1 em cima do Palmeiras em 1982, com três gols do centroavante. Assisti o vídeo, fiquei impressionado com os passes do Sócrates e do Zenon e com o oportunismo do Casão nos gols.
Mas o que me deixou abismado de verdade foi a atitude do zagueiro palmeirense Luiz Pereira. Após o final da partida, ele voltou ao gramado para pagar uma aposta que havia feito com o lateral-esquerdo alvinegro Wladimir: se o Palmeiras perdesse o clássico, ele botava uma camisa do Corinthians.
Pois botou mesmo, e deu uma volta olímpica com ela, batendo palmas para a Fiel torcida. Fiquei abismado: alguém aí consegue imaginar um gesto desse tipo no futebol de hoje, ainda mais depois de um chocolate de 5 a 1?
Aliás, pergunto: o que o leitor acharia se um ídolo de seu time desfilasse em campo com a camisa do rival após uma goleada?
A frase que dá título ao post é um fragmento da canção "Meu caro amigo", que Chico Buarque e Francis Hime endereçaram ao diretor de teatro Augusto Boal em 1976. O trecho completo diz: "Muita mutreta pra levar a situação/ Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça/ E a gente vai tomando, que também, sem a cachaça/ Ninguém segura esse rojão". Pois então, desde que tive a feliz (ou infeliz) ideia de me enfiar no jornalismo, uma dúvida cruel, no estilo Tostines, passou a rondar meu cérebro: será que virei jornalista por ser um bêbado ou virei um bêbado por ser jornalista? Perguntas difíceis, mas acho que foi um pouco de cada coisa. Eu já era um bêbado, só que, uma vez no exercício da maldita profissão, meu consumo de álcool subiu à estratosfera (aliás, "maldita" é sinônimo de pinga). Porque, como diz a música, "sem a cachaça ninguém segura esse rojão" - ou "esse patrão" ou "esse cliente" ou "essa pauta entrolhada" ou "esse salário mixo" ou "essa jornada de trabalho 24 horas" ou "essa enganação de leitores" etc etc. Haja mutreta pra levar a situação!
Mas há um outro sentido nisso. Porque o próprio vício de escrever acaba sendo uma espécie de "cachaça". Veja só o exemplo do coletivo de jornalistas aqui do Futepoca: todos se matam de escrever nos seus empregos ou freelances e, na hora de relaxar e descontrair, o que fazem? Escrevem mais ainda, aqui no blogue! Não é coisa de viciado? Ou antes: não é coisa de bêbado? No blogue "Invasão bárbara", Amanda Luz escreve justamente: "Jornalismo é uma cachaça". E descreve: "O jornalista, em geral, não tem horários certos de trabalho, quase não tem férias, vive com a cara no computador". Em outro blogue, "Os olhos da lua", Luana Dias completa: "Confesso que às vezes a rotina é desgastante e eu tenho vontade de mandar tudo às favas, porém, quando percebo, já me embebedei de outra história e estou com vontade de saber qual será a próxima. Um amigo me disse que esta profissão 'é uma cachaça'. Concordo. Eu já estou viciada". E eu também viciei: na escrita e na bebida.
Luana utiliza ainda, como epígrafe, uma frase da genial escritora Clarice Lispector: "Escrever é abençoar uma vida que não foi abençoada". Gostei, tem a ver comigo. Mas acrescento, em relação ao meu trabalho de cada dia (cara de pau para entrevistar qualquer pessoa ou escrever qualquer porcaria, por exemplo), a máxima do médico Willian Osler: "O álcool não faz as pessoas fazerem melhores as coisas; ele faz com que elas fiquem menos envergonhadas de fazê-las mal". É exato. E tá na hora de ir ao buteco tomar mais uma "branquinha" e brindar aos pobres dos (meus) leitores!
JÚNIOR BARRETO*
Clássico não é jogo para testes? O time santista deveria ter iniciado com o Madson e não com o Lúcio Flávio? Enfim, a escalação da equipe da baixada realmente surpreendeu a todos, até mesmo ao Mano Menezes, que havia afirmado na semana que duvidava encontrar o adversário jogando o clássico com três atacantes. Contudo, o fato é que o Corinthians teve mais pegada e marcou forte, deixando poucos espaços aos atacantes santistas, em especial ao garoto Neymar.
Para infelicidade dupla dos santistas, além da má escalação do time, alguns jogadores do Corinthians fizeram suas melhores partidas no ano. Foi o caso do volante Christian, que marcou muito o jogo todo, e de quebra ainda deixou a torcida feliz logo de cara quando chegou junto do Neymar, que estava irritando com aquelas chuteiras verdes. Outros destaques foram o Dentinho e o Elias. O primeiro, autor do gol, fez a melhor partida do ano desde que voltou da Seleção Brasileira sub-vinte. O segundo, eficiente como na maioria dos jogos, vibrou muito quando ganhava alguma bola disputada.
Confesso que o Neymar com aquela camisa sete me fez lembrar repentinamente do até então desconhecido Robinho da final de 2002. Mas, foi um temor que passou rápido, que se desfez com o decorrer do jogo e com a contribuição de outra lembrança, reavivada provavelmente para suprir esta. É claro que estou falando do jogo dos setes gols sacramentados contra o time da baixada neste mesmo Pacaembu. Depois deste jogo a relação dos torcedores corintianos com o time da Vila quando joga no Pacaembu nunca mais foi à mesma. Sempre ficamos na expectativa de um placar elástico.
O gol logo no início do Dentinho, com passe magistral de Douglas, ainda deixou acesa a esperança de uma goleada. Mas que parou logo por aí. O placar magro, com a cara de Corinthians, trouxe a realidade de um time que pode render muito mais do que apresentou, principalmente do que se espera de seu meia de ligação.
Há tempos que o Douglas vem errando muitos passes e perdendo gols feitos. Ontem, teve uma chance cara-a-cara com o Fábio Costa e conseguiu errar. Diga-se de passagem, ambos os goleiros tiveram boa atuação no clássico.
As boas atuações do meia em 2008 ainda convencem o técnico corintiano a apostar nele, mas que já passou da hora para perceber onde o Ronaldo deve receber as bolas, ah já. A mesma imagem de Ronaldo voltou a se repetir neste jogo: as duas mãos abertas apontando a direção correta para receber o passe e a bola teimou em não chegar. Em uma das más bolas enfiadas pelo meia, o atacante corintiano se deslocou e recebeu a bendita no calcanhar. Assim não dá.
E ainda tem que ouvir da torcida os gritos de “gordo”. Vai gordo, se mexe, chuta, marca. A verdade é que hoje o Ronaldo, como está, é melhor do que a maioria dos atacantes em atividade no país, e com um pouco menos de peso, certamente será o melhor. Bola, inteligência e faro de gol ele não perdeu, só precisa mesmo é de um pouco menos de peso.
No segundo tempo, algumas chances desperdiçadas de ambos os lados. Mas, nenhum dos dois times com o domínio da partida. A melhor jogada do lado santista foi com o jovem Neymar, que desperdiçou. A entrada do pequeno notável Madson ainda deu novo alento a equipe, e deixou claro que o time renderia muito mais com outra formação. Ao final, uma inusitada cobrança de lateral, que foi invertida, mesmo sem ter sido cobrada, e rapidamente desfeita pelo juiz. O lance resultou na expulsão do Mano por reclamação e em um quase gol corintiano no contra ataque.
Depois do encerramento da partida, ocorreu a lamentável briga da torcida santista com os policiais. No início do jogo a torcida ainda ensaiou um “olê lê, olá lá, o Neymar vem aí e o bicho vai pegar”. Bicho que na verdade “pegou” a eles próprios. Sobraram socos e pontapés no confronto com os policiais. Até mesmo o presidente santista, acusado pelos corintianos de jogar objetos na torcida que estava na área vip, foi até o local do confronto e logo foi cobrado para que seja enérgico e que tome medidas quando receber o rival na Vila.
*Júnior Barreto é jornalista, corintiano e acompanhou a vitória corintiana no Pacaembu.
CLÓVIS MESSIAS*
O buteco, no domingo, 15 de março, teve um dia sui generis. Um olho no jogo que rolava na TV e outro na Assembléia Legislativa. A Mesa Diretora do Palácio 9 de Julho estava sendo eleita. O contencioso da administração está pesado. O esqueleto do prédio anexo, 500 ou mais vetos, ausência de CPIs. Enfim, nada acontece no Legislativo, mais parece uma extensão do Executivo do que um poder. Sobre a obra inacabada, ninguém quer falar. Já consumiu R$ 24 milhões - e nada. Os corredores estão cheios de móveis novos estragando. Aliás, nenhum partido fala do "dinheiro consumido até agora". E é o nosso "troco", é dinheiro público. Não se sabe porque, nenhuma nota de bancada fez referência a este amontoado de concreto e ferro.
O plenário continua sendo utilizado, com consentimento geral, para explicações pontuais, mas sem solução. Tipo: "entro, marco posição, mas permaneço para ser derrotado na votação". Infelizmente, é comum. Entre as bancadas, deputados se justificam para seus eleitores. E está todo mundo satisfeito. É comportamento cartorial, agrada os parlamentares, mas transforma o Legislativo em apêndice e não em poder. O Legislativo é o pulmão da democracia. Fraco ou cartorial, transforma a democracia nisto que aí está. Todos reclamam. o povo não tem a assistência que deveria e os políticos viram democratas de plantão.Nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo: Carlinhos Almeida (PT), Barros Munhoz (PSDB) e Aldo Demarchi (DEM)
Surge a quantificação democrática. Eu sou (ou não) mais democrata que você. É uma das formas de se desviar da regra geral. Aí a porta fica aberta para o Executivo ser truculento e legislador, escondido no oportunismo. É o status quo. Bom, o deputado Barros Munhoz (foto acima) foi eleito o presidente da Assembleia Legislativa, num grande acordão: 92 dos 94 deputados participaram do processo aleitoral. Apenas dos dois deputados do PSol se rebelaram. Esperamos que o "grande acordão" por escrito seja cumprido. Estamos observando, há uma semana, o comportamento geral. A nova Mesa Diretora ainda está se acomodando. Nós, povo, agradecemos a futura democracia legislativa. Sem desvios.
*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.
Até onde pesquisei, o São Paulo não possui um terceiro uniforme porque seu estatuto não permite (leia mais detalhes nesta página). Porém, apesar de os rivais tirarem sarro da questão, o clube já fez algumas tentativas. Em 1984, por exemplo, o time chegou a jogar com uma camisa totalmente branca, com o distintivo no alto, à esquerda. Em janeiro deste ano, na apresentação dos uniformes da atual temporada, o recém-contratado Washington apareceu com uma opção que está à disposição apenas da torcida (foto à direita). Esse figurino, porém, lembra muito uma das primeiras alternativas de terceiro uniforme, desenvolvida na década de 1960 pelo jornalista Paulo Planet Buarque, à época, conselheiro do clube. Veja, abaixo, a equipe do São Paulo que bateu o Comercial por 3 a 0, em 4 setembro de 1966 - foto do site de Milton Neves:
Em pé: Osvaldo Cunha, Tenente, Bellini, Carlos Alberto Rodrigues, Fábio e Nenê. Agachados: Paraná, Prado, Babá, Fefeu e Adíber
Ps.: Os gols no estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto, foram marcados por Paraná e Prado (2). O primeiro disputou a Copa da Inglaterra naquele ano e Prado é o 9º maior artilheiro da história do São Paulo, com 122 gols. Também jogou pelo Corinthians. Hoje, tem uma lotérica na capital paulista.
Finalmente o volante Eduardo Costa, ex-Grêmio e Espanyol-ESP, entre outros, estreou com a camisa do São Paulo (foto). E teve participação decisiva: aos 36 minutos do segundo tempo, quando o Tricolor segurava o empate em 1 a 1 com o Paulista, em Jundiaí (que seria o placar final), o lateral direito Marcelo Toscano recebeu atrás da zaga e tocou na saída de Rogério Ceni, mas Eduardo Costa salvou na hora H. Naquele momento, o São Paulo, que havia dominado amplamente no primeiro tempo (tendo, inclusive, um gol anulado de forma polêmica), tomava um senhor sufoco do time de Jundiaí. Por esse equilíbrio, cada equipe comandando uma das etapas, o empate pareceu um resultado justo. Rodrigo abriu o placar no início da segunda etapa (o 10º gol dele com a camisa tricolor) e o atacante Zé Carlos igualou na sequência. Mesmo com o empate, o São Paulo manteve a terceira posição, atrás de Palmeiras e Corinthians. Na quarta-feira, encara o Noroeste, em Bauru. Será que Eduardo Costa começa o jogo como titular?
O técnico Vágner Mancini teve méritos inquestionáveis na vitória contra o São Paulo. Mas ontem, foi ridículo, pra ser bastante sincero a respeito da forma como armou a equipe. Ao tirar Neymar aos 13 minutos do segundo tempo, ele simplesmente acabou com o jogo. Depois disso, o Santos teve posse de bola, mas não teve chances claras de marcar.
Por que substituir Neymar? As duas oportunidades mais agudas da equipe foram justamente do moleque. Lúcio Flávio deve ser uma pessoa ótima, educado, agradável, pois só isso justificaria a permanência dele no gramado. Se Madson tivesse entrado em seu lugar, e não do menino, o baixinho e o garoto poderiam ter tabelado e arranjado, no mínimo, uma expulsão no rival, apesar do árbitro ser Rodrigo Cintra. E foi jogando próximos que os dois atuaram bem nas últimas pelejas.
Mas Mancini quis ser mais realista que o rei. E se deu mal. Quando colocou Pará contra o Rio Branco, até tive esperança que o mesmo entraria no lugar de Luisinho, que foi uma triste e pálida figura na quarta-feira, e igualmente inócuo hoje. Se a vitória naquele clássico da Vila foi mais sua que de qualquer outro, caro comandante, neste domingo foi a derrota é quase toda sua.
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Neymar tomou três cotoveladas no jogo do meio de semana. Ontem, levou um soco e um puxão pela camisa no mesmo lance com o volante Cristian. Nem cartão amarelo o rival tomou. Na quarta, só um encontrão motivou a punição devida ao atleta adversário. Depois dizem que é necessário privilegiar o futebol bonito, que é preciso punir a violência, mas a imprensa esportiva não dá um piu sobre isso.
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O Santos emprestou o lateral-esquerdo Anderson Planta para a Portuguesa Santista. Alguém que o tenha visto jogar tem dúvida de que Triguinho, que falhou no primeiro gol e em tantos outros lances, está atuando pior do que ele?
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Mais cenas de violência no Pacaembu. A segurança da partida, quem deve assegurar, é o MANDANTE. Ponto. É por isso que a Vila Belmiro foi interditada muitas vezes, por conta de um chinelo em uma ocasião. Acontecerá alguma coisa com o Corinthians?
Mais um empate que saiu barato. Só que desta vez eram os titulares. E contra o Guaratinguetá, fora de casa, time que vinha de três derrotas consecutivas. Diego Souza fez o gol de pênalti, no início do segundo tempo, já que o artilheiro Keirrison estava suspenso. A confirmação matemática da classificação pode vir contra o Bragantino.
Muito distante da equipe que liderou a primeira fase da competição em 2008, o time de Márcio Araújo não é muita coisa. Com mais ousadia, poderia ter quebrado a invencibilidade. Mas também poderia ter quebrado a cara em algum contra-ataque, claro.
O resultado de 1 a 1 só se garantiu pela baixa eficiência do ataque do time da casa nas oportunidades criadas em cima das bobeadas da defesa. E porque o time tomou vergonha no segundo tempo. A novidade nessa partida foi o número de passes errados no meio, um prato cheio pros chutões do Guaratinguetá para os atacantes se virar.
O Palmeiras foi novamente no 4-4-2, sem Edmilson nem Marcão. O fato do último ter ficado no banco mostra que o treinador Vandelrlei Luxemburgo ou não tem gostado do que o lateral-zagueiro tem mostrado, ou acha que ele só serve para a Libertadores. Parece mais a primeira. Se a zaga vai mal e o reforço que se mandou trazer fica no banco, alguma coisa não funcionou nos planos. Fabinho Capixaba ficou no banco. Um buraco a menos.
No ataque, Lenny foi mal, Ortigoza melhor, sofreu o pênalti, mas nada de gols. Ainda bem que o quase acidentado Keirrison volte logo. Aliás, a polícia de Curitiba dá conta de que um motorista embriagado foi o responsável pela batida no carro do irmão do nove palmeirense (o Kimarrisson).
Mais de seis anos se passaram depois da radical – e parece que definitiva – mudança no regulamento do Campeonato Brasileiro, que deixou de ser disputado de forma diferente a cada ano para o simples e claro pontos corridos. Mas nem por isso o torcedor deixou de ter que se acostumar com novas formas de disputa a cada ano. Afinal, os estaduais estão aí, para exercitar a criatividade dos cartolas locais.
Neste ano nenhum dos campeonatos estaduais é disputado como o Brasleiro. Isso não é um problema, claro. O problema é o excesso de inovações, que seguem.
Baiano e Capixaba
Ambos são disputados no sistema de ida e volta, quatro se classificam para as semifinais e os piores são rebaixados – na Bahia apenas um cai, no Espírito Santo são dois. Bastante razoável.
Carioca e Cearense
A lógica dos dois torneios é semelhante: dois turnos, cada um com semifinais e final. Os campeões de cada turno disputam a grande final. No Ceará não há divisão por grupos, enquanto no Rio os times são divididos em duas chaves. Não é de todo ruim, mas há quem não goste do número excessivo de jogos “decisivos”, que no fim não valem nada. Como cada turno tem um nome e um troféu específico, fica a impressão de que é assim para que vários times possam dizer que ganharam alguma coisa no ano. Ou será muita maldade?
Pernambucano
Bastante semelhante aos torneios do Rio e do Ceará. O detalhe é que, em cada um dos turnos, se duas equipes ficarem empatadas em primeiro lugar em número de pontos, haverá um jogo desempate. Aqui, os critérios de desempate servem apenas para decidir na casa de quem esse jogo acontece. Um detalhezinho para o cartola não dizer que não inovou.
Gaúcho
Segue a lógica dos três anteriores. A diferença? A taça para o campeão do primeiro turno leva o nome de Fernando Carvalho, enquanto a do segundo chama-se Fábio Koff. Homenagear cartolas dos dois principais times do estado, que ainda por cima estão vivos e atuantes em seus clubes, é muita egotrip. Qualquer outro time vai querer esconder o troféu, se conquistá-lo.
Paulista
Não é porque estamos acostumados ao regulamento que ele deixa de ser estranho. Vinte equipes (o mais inflado do país), que jogam em jogos só de ida. Quatro passam para as semifinais. Qual a dificuldade em diminuir o número de participantes para que possa haver ida e volta?
Mineiro
Em Minas, o sistema de disputa é até normal. Doze equipes, jogos só de ida, os melhores classificam e os piores caem. O que pega é que, dos doze, oito passam para a fase seguinte. Que moleza!
Catarinense
São 10 times, todos contra todos, em duas fases, ida e volta. Os campeçoes de cada fase se classificam para o quagrangular final. As outras duas equipes a avançar para a próxima fase serão aquelas com o melhor desempenho na soma das duas fases. As equipes campeãs dos turnos entram no quadrangular já com um ponto. Se a mesma equipe ganhar os dois turnos, ela chega com dois pontos de vantagem. Nessa fase são todos contra todos em jogos de ida e volta. Depois de tudo isso ainda tem as finais entre os dois melhores classificados do quadrangular. Regulamento três-em-um é isso aí.
Paranaense
Começa errado. São 15 times. Número ímpar. O que significa que a cada rodada um time ganha uma folga! Isso eu nunca tinha visto. Talvez nosso colaborador Rodrigo Ponce Santos possa explicar o motivo.
A primeira fase é disputada em pontos corridos, só ida. Oito times se classificam e três caem (o que provavelmente significa que no próximo ano teremos um número par de equipes). Na segunda fase, a fórmula se repete. Todos contra todos, só ida. Só que, como no catarinense, os melhores times chegam com vantagem. O primeiro colocado entra na fase final com dois pontos e o segundo, com um. Quem tiver mais pontos nessa fase é campeão.
Goiano
A competição é brava, mas esse é o meu campeão! São 12 clubes, divididos em duas chaves. Na primeira fase, as equipes do Grupo A enfrentam as do Grupo B em turno e returno e, depois, se enfrentam dentro dos próprios grupos, em turno único. Ou seja, os time jogam duas vezes com os da outra chave e uma vez só com as equipes do seu próprio grupo. Como assim? Três turnos também é novidade pra mim. Depois disso, os dois melhores de cada chave passam para as semifinais, e são rebaixados os dois piores times em número de pontos, independente do grupo.
E para você, qual o pior regulamento? Ou eu deixei de fora algum Estado ainda mais incrível?
Update
Descobri mais uma pérola no Campeonato Paranaense
"Na segunda fase, as oito equipes classificadas se enfrentam em turno único, com mando de campo da equipe que teve melhor classificação geral na fase anterior".
O campeão do primeiro turno joga TODAS as partidas em casa, e o oitavo, nenhuma. E ainda tem a bonificação de dois pontos ao primeiro da fase anterior.
Desse jeito não precisa nem de fase final.
Com o golaço de perna esquerda que marcou contra o time uruguaio Defensor, na quarta-feira, o atacante Borges (à esquerda) chegou a 46 com a camisa do São Paulo, tornando-se o 37º maior artilheiro do clube, ao lado de Marcelinho Paraíba (à direita) e Pita.
À sua frente, no ranking, estão apenas cinco jogadores em atividade: França, com 182 gols (4º colocado), Luís Fabiano, com 118 (11º), Dodô, com 94 (18º), Rogério Ceni, com 83 (22º) e Kaká, com 48 gols (36º). Borges já marcou sete vezes desde o início do ano. Se nessa temporada ele igualar os 26 marcados em 2008, chegará a 65 com a camisa tricolor (o mesmo tanto que Kléber Pereira já fez pelo Santos).
Com isso, subiria para a 28ª posição na artilharia geral do clube, só um gol atrás de Zezinho (à esquerda), artilheiro do Campeonato Paulista de 1956. Desde Luís Fabiano, que deixou o São Paulo há cinco anos, ninguém mais alcançou ou ultrapassou a barreira dos 100 gols. E eu defendo que o França encerre a carreira no São Paulo e, quem sabe, chegue aos 200 gols. Aos 33 anos (mais novo que Washington e Kléber Pereira e pouco mais velho que Ronaldo Gordo), ele defende atualmente o clube japonês Kashiwa Reysol.
A presidente da Argentina Cristina Kirchner enviou ao congresso do país um projeto de lei para reduzir a concentração midiática. A legislação atual é do tempo da ditadura. Além de reduzir o número máximo de concessões públicas detidas por uma mesma pessoa ou grupo, a nova Lei de Serviços de Comunicação Audiovisuais inclui restrições ao controle de mais do que 35% do mercado de TV aberta. As empresas de telefonia poderiam ter autorização para entrar no mercado de TV paga. Mas o ponto mais importante para ser debatido (pelo menos no Futepoca) é o que envolve a transmissão de jogos de futebol de interesse nacional na TV aberta.
Foto: Casa Rosada/Divulgação
O pesquisador Santiago Marino analisou a peça no observatório Direito à Comunicação, destacando a reserva de um terço das licenças para agentes sem fins lucrativos – enquanto atualmente existe apenas a comercial – e concessões para redes de rádio e TV públicas para os governos de províncias e municípios.
A grita foi muito rápida, apesar de a previsão é que os debates durem três meses antes da votação. Coincidentemente é o período de eleições parlamentares. A oposição acredita que o anúncio é só um factóide para chamar a atenção do eleitorado por um lado, e ameaçar a mídia do outro. Ainda não localizei, na blogosfera argentina, o termo "media golpista".
O principal prejudicado, o grupo O Clarín, possui 24 concessões pelo território argentino e 70% do mercado de TV a cabo. A empresa teria de ser fatiada para atender às medidas. Embora ainda não tenham se manifestado publicamente, executivos de empresas do setor e parlamentares ligados a elas já manifestaram, em off, que a linha da disputa vai se dar na comparação do Casal K com Hugo Chávez. Em 2007, o presidente venezuelano não renovou a concessão de TV da RCTV.
Futebol
Um importantíssimo ponto diz respeito à intervenção estatal nos contratos de direitos de transmissão de jogos de futebol. Atualmente, a maior parte das partidas ficam restritas aos canais a cabo, "um negócio que impede a felicidade do povo", nas palavras de Gabriel Mariotto, interventor no Comité Federal de Radiodifusión (Comfer). Seriam criadas "as medidas necessárias para garantir o direito universal – por meio de comunicação audiovisual e sonora – aos conteúdos informativos de interesse relevante e aos encontros futebolísticos ou outro gênero ou especialidade".
É a noção de que assistir futebol gratuitamente é um direito dos cidadãos, ao qual se dedica todo o oitavo capítulo. Os conteúdos de "interesse" têm definição vaga, mesmo quando o assunto é o esporte bretão, já que não se especifica quais partidas e de quais campeonatos ou nacionalidades poderiam ser transmitidos. Caso a detentora dos direitos de transmissão se recusar a pôr o jogo no ar de graça, outras emissoras podem fazê-lo, desde que arquem com os custos estabelecidos pelas entidades esportivas. Isso quer dizer que se, por conluio ou falta de concorrentes, ninguém bancar, continua sem futebol.
O presidente Lula, ao criar a rede de TV pública (TV Brasil), chegou a propor que o canal transmitisse, em canal aberto, jogos do futebol europeu. Na China, isso não deu certo sob alegação de excesso de violência.
Para ler a proposta na íntegra, clique aqui.
MARCÃO PALHARES
Os quatro manguaças combinaram de fazer o esquenta na padaria, antes do jogo decisivo que todos assistiriam na república de um deles. Maria mole, rabo de galo, meia de seda, bombeirinho – cada qual com sua preferência etílica. Já turbinados, passaram no supermercado e compraram seis caixas de cerveja, cerca de 72 latinhas. Talvez fosse o suficiente para os 90 minutos de futebol. Mas levaram um litro de vodka, afinal, uma batida de maracujá com leite condensado nunca é demais. Para comer, amendoim.
No apartamento, ligaram a velha e surrada televisão e tentaram diminuir a interferência na imagem e a chiadeira com um bombril nas antenas. Em vão, mas ninguém se importou. A porta da geladeira só fechava com uma fita adesiva. Latas de cerveja eram consumidas em minutos, a vodka mal deu pro gasto. E ainda encontraram um resto de vinho vagabundo, que não durou dez minutos. Quando o jogo começou, os quatro estavam devidamente manguaçados até a tampa. Ninguém se importava mais com o futebol.
Aos brados, os bêbados aumentavam o tom de voz a cada gole sorvido. Num prédio de três andares, com apartamentos pequenos e acústica potente, uma reunião de pinguços, à noite, era uma temeridade. A vizinhança já ameaçava chamar a polícia quando, para piorar, saiu um gol. Sem se importar ou sequer notar qual time tinha aberto o placar, os quatro explodiram num grito uníssono. Cantaram, pularam, berraram e xingaram – nem eles sabiam o quê ou por quê. Para a síndica, que morava no andar de cima, foi a gota d’água.
- Parem com isso! Desliguem essa televisão! Vão beber no bar!, ordenou, pela janela.
Os quatro manguaças ouviram e, por um instante, fizeram silêncio. Depois, como se tivessem combinado, começaram a cantar:
- Ih, fodeu, Camanducaia aparaceu! Ih, fodeu, Camanducaia apareceu!
A mulher ficou possessa. Não fossem os seus 60 anos, desceria até a república com um pau de macarrão para tirar satisfações.
- Seus bebuns! Isso não vai ficar assim! Vou acionar a imobiliária!
Nisso, um dos quatro manguaças saiu na janela e vociferou, raivoso:
- Pode ir! Mas eu vou chamar meu adevogado! (e frisou a sílaba "de", de advogado)
A mulher bateu a janela, assustada, e os bêbados decidiram que era hora de desligar a televisão e rumar para a sinuca mais próxima. Afinal de contas, não restava nenhuma das 72 latas de cerveja e a vodka e o vinho também tinham ido para o espaço. Na rua, encontraram uma garrafa de plástico vazia que, imediatamente, foi convertida em bola de futebol. Trocaram passes por quadras e quadras, gritando, de forma insana, uma paródia da canção religiosa do Roberto Carlos:
- Jesus Carlos! Jesus Carlos! Jesus Carlos, não estou aqui!
Desembarcaram aos tropeções na sinuca e, depois de algumas partidas, cada um tomou o rumo de sua casa, para desmaiar de bebedeira. No dia seguinte, dois dos manguaças, que trabalhavam juntos, estavam discutindo qualquer besteira quando o telefone tocou. O pingaiada que habitava a fatídica república atendeu. O outro só escutou:
- Alô? Sim, é ele mesmo. Pois não.
- (...)
- O que? A síndica? Mas o que houve?
- (...)
- Advogado? Mas que história é essa de advogado?
- (...)
- Sim, eu recebi uns amigos para assistir futebol. Só isso...
- (...)
- Não, ninguém tava fazendo barulho. Deve ter sido a televisão.
- (...)
- Olha, quem abriu a janela pra gritar primeiro foi ela!
- (...)
- O que? Jesus Cristo? Hã?!? Jesus Carlos??? Mas que diabo é isso?
- (...)
- Ela disse que a gente ia chamar o advogado? E que gritamos Jesus Carlos?
- (...)
- Escuta, meu senhor, não aconteceu nada disso.
- (...)
- Não, não vou pagar nada! Essa mulher é biruta!
O manguaça bateu o telefone, revoltado, e ficou resmungando:
- Ah, o que é isso? Pô! Parece que bebe!
Ainda bêbado, o outro perguntou o que estava acontecendo. Ele tergiversou:
- Nada, nada. Vamos lá na esquina tomar mais uma, que tá na hora!
E saíram abraçados, entoando o côro nonsense:
- Jesus Carlos! Jesus Carlos! Jesus Carlos, não estou aqui!
(Continua quando o autor estiver sóbrio o suficiente para escrever...)
Entre milhões de arquivos jogados pela internet, encontrei um recorte de jornal (à direita) da década de 1970 com uma "seleção da rodada" (provavelmente do Campeonato Paulista, mas não descobri o ano). Curioso é que a tal "seleção" começa com dois técnicos muito conhecidos hoje em dia: Geninho, que na época era goleiro do São Bento de Sorocaba, e Nelsinho Baptista, que jogava como lateral direito pelo São Paulo. O texto do jornal (também não sei qual é, mas parece a finada Gazeta Esportiva) diz o seguinte:
Goleiro - Geninho, do São Bento, garantiu a vitória sobre o Comercial, em Ribeirão Preto.
Lateral direito - Nélson, do São Paulo, atacando com objetividade e marcando bem.
Completavam a tal "seleção": Klein, do Paulista de Jundiaí (central), Araújo, do Noroeste (quarto zagueiro), Isidoro, da Portuguesa (lateral esquerdo), Marinho, do Juventus (armador), Pedro Rocha, do São Paulo (armador), Antonio Carlos, da Portuguesa (ponta direita), Toninho, do Marília (ponta de lança), Serginho Chulapa, do São Paulo (centroavante) e Edu, do Santos (ponta esquerda) - este último merece ter registrado o comentário sobre sua atuação: "Fez dois gols e apavorou a defesa da Portuguesa Santista".
Em pé: Miranda, Rogério Ceni, Washington, Renato Silva e Hernanes; Agachados: Rodrigo, Borges, Júnior César, Arouca, Jean e Jorge Wagner
O São Paulo conseguiu uma importante vitória ontem, no Uruguai, e só precisa de mais três pontos para se classificar para a próxima fase da Libertadores. Borges fez o golaço da vitória por 1 a 0 sobre o Defensor, no histórico estádio Centenário. De diferente, no time, apenas a improvisação de Arouca como ala direito, no lugar do contundido Zé Luís (que, por sua vez, é outro volante improvisado de lateral). Rodrigo também entrou na vaga de André Dias, também contundido, mas é uma mudança de praxe. Os titulares, para a Libertadores, serão mesmo: Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Júnior César; Borges e Washington. Não é uma Brastemp, mas me parece melhor que o time que disputou em 2008. A hora da verdade, mais uma vez, será o mata-mata.Ps.: Um amigo me conta que, no intervalo da transmissão da Globo, houve uma homenagem ao fantástico Pedro Rocha (à esquerda), que foi, de longe, o melhor uruguaio e um dos maiores jogadores da história do São Paulo. Aos 66 anos, parece que está internado para resolver algum problema de saúde. Meu colega disse que ele apareceu comentando, descontraído: "Eu sempre saía para tomar umas cervejinhas com o Muricy e o Terto". Na foto abaixo, do São Paulo campeão paulista de 1975, os três aparecem juntos na linha de ataque.
Em pé: Valdir Peres, Gilberto Sorriso, Samuel, Paranhos, Chicão e Nelsinho; Agachados: Terto, Muricy Ramalho, Serginho, Pedro Rocha e Zé Carlos
Esta está no blogue do Cosme Rímoli, só reproduzo porque fala do "gênio" Luxemburgo, tão decantado por alguns.
Guilherme Beltrão.
Pernambucano.
Administrador de empresas.
Vice presidente de futebol.
Na sua rouquidão se traduz a voz do Sport Recife.
E é ela que alerta e acusa em entrevista exclusiva ao blog.
"Não quero transformar em guerra os dois jogos contra o Palmeiras pela Libertadores.
Só que acabou aquele tempo que time do Nordeste era roubado, desprezado pelas equipes do eixo Rio-São Paulo.
O Sport Recife quer e pretende pagar todas as despesas para ter árbitros estrangeiros contra o Palmeiras.
Por que na bola, o Sport não perde para o time dirigido pelo decadente Luxemburgo.
Os jogadores do Palmeiras têm alto nível, mas ele é péssimo.
Só a imprensa de São Paulo não vê que ele está caminhando para o final de carreira.
Perdeu a credibilidade.
Ele é o homem mais criativo para explicar derrotas no Brasil.
Ou são os jogadores do próprio time, ou a comida que o time comeu, ou o árbitro.
Ou é a pressão da torcida adversário.
E esse sujeito vai tremer na Ilha do Retiro.
Pela força do nosso time.
E pelos gritos dos nossos torcedores.