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Por Moriti Neto
Broxante. Não tenho outra palavra. Bar, cerveja gelada, boa companhia e um jogo do time de coração. Espera por gritar um golzinho que fosse. E nada. Isso, contra um adversário fraco e que jogou com um a menos em boa parte do tempo. Resultado: 0 x 0 e uma “exibição” de matar a criatividade de vergonha. Nada mais desestimulante para um amante da bela modalidade que se chama futebol.Oeste e São Paulo, disputada ontem, em Araraquara, foi das piores partidas que vi em muito. Chata de assistir e de deficiência técnica gritante. O Tricolor foi lento, sem inventividade e os jogadores mais se assemelhavam a lesmas, se arrastando pelo gramado.
A defesa, simplesmente, não teve trabalho, pois o ataque adversário inexistia. No meio de campo, fora Jean, que jogou bem e merece mesmo ser o primeiro volante titular, não se salvou ninguém. Cléber Santana foi um horror nos passes e, lento, pouco colaborava na marcação. O trio de atacantes formado por Washington, Fernandinho e Dagoberto, ao menos correu, e só correu. Faltou tudo: velocidade, ousadia, movimentação, recuperação de bola rápida no meio, ultrapassagens dos laterais, chutes de fora da área.
Agora, quanto aos defeitos, sobraram. E dos principais apresentados pelo time e que vem se tornando recorrente na temporada, a incompetência de manter a bola no campo de ataque, perto da área adversária, sobressaiu-se. Os jogadores que tentaram quebrar o estilo cintura dura e moroso da equipe foram Dagoberto e Fernandinho, que saíram extenuados ao fim da partida. Washington perdeu boas chances, mas, também, a bola chegou quadrada na maioria das vezes. Aí, o centro-avante, que é “grosso”, porém sabe fazer gols, tem que ajeitar driblar, enfim, raras vezes recebe a redonda em condições ideais, seja em passes por baixo ou em bolas aéreas.
O jogo foi broxante. Ainda bem que a cerveja gelada e a ótima companhia prevaleceram e permaneceram apesar da ruindade demonstrada em campo.