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Mais uma rodada completada da reta final do Brasileirão, vulgo o torneio do mimimi e do chororô, tão presentes nas três últimas rodadas e que ainda vão ser a tônica nas próximas vinte partidas. Agora, o Fluminense volta a estar na frente depois da goleada sobre o São Paulo, o Corinthians está um ponto atrás após o empate com o Vitória em 1 a 1 e o Cruzeiro voltou à briga ao vencer o Vasco por 3 a 1.
Embora volta e meia alguns dos jornalistas desse blogue praguejem contra as agruras da profissão, é indubitável que ela proporciona experiências e encontros que nos fazem ampliar e muito nossos horizontes. Um deles, para mim, foi uma entrevista com o antropólogo da USP Kabengele Munanga, realizada junto com a amiga Camila. À época, havia uma polêmica entre ele e Demétrio Magnoli sobre o racismo no Brasil e era também recente uma brincadeira mais que infeliz do humorista (sic) Danilo Gentili, qua havia feito uma piada que ele negou ser de cunho racista. O professor deu, de fato, uma aula a respeito.
Abaixo, um trecho que fala da relação entre o futebol e o racismo e sobre como a questão racial é tratada em sala de aula (aproveitando hoje o gancho da "polêmica" sobre livro de Monteiro Lobato), além de um trecho em que comenta as posições ocupadas por negros na política. A íntegra da entrevista está aqui.
O Partido Socialista Catalão (PSC) despertou a ira dos setores conservadores espanhóis com um comercial em que uma mulher aparenta ter um orgasmo ao depositar a cédula com seu voto na urna (veja vídeo abaixo). Nesse contexto, a expressão "boca de urna" ganha nova - e indecorosa - conotação...
Dilma Rousseff agradeceu, na manhã desta sexta-feira (19), a três figuras-chave do PT em sua campanha. José Eduardo Dutra, presidente nacional da legenda, José Eduardo Cardozo, secretário-geral do partido, e Antonio Palocci foram chamados de "três porquinhos" pela presidente eleita.
Sem qualquer coloração de time de futebol, a alusão ao trio foi a forma mais carinhosa que ela parece ter formulado para se referir às figuras que permanecerm mais próximas a ela durante a campanha. Com isso, ela já descarta a possibilidade de ser o Lobo Mau nessa história. Poderia ter recorrido a outros trios consagrados em fábulas, contos de fada ou histórias clássicas da literatura, como "três mosqueteiros", quiçá arvorando-se ao posto de d'Artagnan.
Se fosse em termos futebolísticos, haveria uma crise no governo. Dutra é botafoguense doente. Nascido em Caratinga (MG), estudou no Rio de Janeiro e fez sua carreira política em Sergipe. Torce tanto que, em dia de jogo, larga mão de qualquer pudor e se comporta, no Twitter, por exemplo, como um apaixonado. Responde a outros amantes do futebol, a ponto de só faltar xingar o juiz.
Antonio Palocci é são-paulino. Natural de Ribeirão Preto (SP), é o homem forte da transição. Quem confirma é o jornalista Vitor Nuzzi com suas fontes no Palácio do Planalto sobre times para que torcem os titulares da Esplanada dos Ministérios.
O mesmo Tricolor paulista é o time de predileção de José Eduardo Cardozo, deputado federal. Ele próprio já revelou a condição à imprensa, embora não exercite a condição com frequência (pelo menos não com seus assessores, que não sabiam da questão). Mas há quem diga que ele seja, sim, fanático.
Não chega a ser uma gafe da parte de Dilma, porque a conotação foi toda outra. Para quem torce para o Internacional, mas também gosta do Atlético Mineiro, não é tão grave.
Palmeirenses em baixa?
Fosse destinado a Ricardo Berzoini, deputado federal e ex-presidente nacional do PT, a Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, a Carlos Gabas, titular da pasta da Previdência Social, o termo viria mais a calhar. Os três são torcedores do Palmeiras.
Isso sem falar em outras figuras do universo político, como José Serra (PSDB), candidato derrotado à Presidência, Soninha Francine (PPS), coordenadora de campanha do tucano, e Aldo Rebelo (PCdoB), deputado federal e comunista mais querido pelos ruralistas.
Em tempo
Sem qualquer conotação futebolística, Cardozo escalou o time de porquinhos de Dilma. Ele é o Cícero, o da casinha de palha. Dutra é Heitor, o da residência de madeira. Palocci, o Prático, preocupado com os fundamentos da casa própria. Segundo consta, o apelido decorre da semelhança entre as barrigas e de como cada um funcionava dentro da coordenação da campanha.
Não houve contestação. O Lobo Mau tampouco foi apontado.
Nos tempos da famigerada (e fracassada) Lei Seca nos Estados Unidos, um grupo de mulheres posa sob um cartaz que alerta: "Lábios que tocam o álcool não tocarão os nossos (lábios)". Pela cara das cidadãs, muito ianque manguaça deve ter se animado a aumentar consideravelmente o consumo clandestino...
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Dia de jogo do Corinthians no Pacaembu. O jogo já havia começado, o que garante uma quarta-feira de pouco movimento dentro do ônibus. Melhor para um casal na faixa dos 50 que permanece sentado do Centro da cidade até o cruzamento da rua da Consolação com a Paulista.
A importância da acomodação em local seguro só poderia ser percebida depois. Para desembarcar na parada do Hospital das Clínicas, o homem avisa a esposa que o desembarque deles é no próximo ponto. Ele se prepara para se levantar.
É só aí que se nota em seu colo uma garrafinha pet de cachaça de meio litro. Com uma das mãos ocupadas, ele agarra-se com a outra às barras do veículo para manter-se em pé. Mesmo sem solidez alguma, ele não deixa de ajudar sua senhora a se erguer. Ela também tinha sua garrafa no colo. Mas ao contrário dele, abandona-a, já vazia, no banco. Com auxílio daquele braço firme do esposo e companheiro de boteco, também se posta e caminha em direção à porta.
O equilíbrio é dificultado pela sinuosidade natural do trecho. Descidas em curva são a diversão de motoristas desejosos por encurtar a viagem.
O casal chega à porta, com o ônibus ainda em alta velocidade. A mulher quase perde o equilíbrio e faz menção de se aproximar de outra das barras internas de apoio para quem viaja de pé. O marido, com reflexos levemente embargados, tem a nítida impressão de que ela tensiona voltar a se sentar, e adverte:
– Não senta de novo, porque já é o próximo.
A mulher não responde, como que para economizar energias preciosas, consumidas na manutenção do corpo sobre dois pequenos e frágeis apoios sobre o piso. Balançam a cada saculejo do veículo, seguram-se como podem.
Finalmente chega-se à parada. O ônibus para. Mas os dois continuam balançando por alguns instantes, possivelmente indicando que o mundo continuava a se mexer para eles. Com a confiança dos que querem um chão estático, eles deixam o veículo, trocando palavras de incentivo:
– Vai, mulher!
– Vamô, homem!
Sãos e salvos em terra firme eles seguem passo a passo até a faixa de segurança. Não há bares ao alcance da vista.
O coletivo segue viagem, permitindo que os passageiros, que a tudo assistiam, passassem da contemplação silenciosa à galhofa maledicente e às risadinhas sobre desgraça alheia. O cobrador adere:
– Cada uma que me aparece. É mole?
A passageira que passa a catraca dirime a dúvida no ar:
– Firme não é... São dois pudins de pinga, ora.
O cobrador não discorda.
O Palmeiras venceu o Goiás na primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana. Com o resultado de 1 a 0 no Serra Dourada, o time paulista pode empatar na próxima partida, quarta-feira, que ainda garante a vaga. De camisa verde-limão-siciliano, os visitantes passaram pelo alviverde do Centro-Oeste, que amarga um rebaixamento quase certo no campeonato brasileiro.
Marcos Assunção marcou seu quarto gol na competição. Ao contrário dos outros três, não foi de falta. A exemplo dos anteriores, foi de fora da área. Um chutaço de longe, no alto, sem chances para o adiantado goleiro Harlei.
O jogo foi morno, até chato. Sem grandes oportunidades nem possibilidades de praticar o futebol. Enquanto Kléber e Luan e Lincoln cavavam faltas no campo ofensivo para o volante palmeirense chutar a gol, o Goiás apostava em alçar bolas para a área de Deola em escanteios e faltas.
O excesso de faltas dos goianos – quiçá inspirados pelo Sandro Goiano – favoreceu a esse tipo de estratégia.
Tinga não é o meia que o Palmeiras precisa (só de vez em quando) e Lincoln rende pouco isolado. Sem Valdívia em forma, sobram poucas opções no elenco. O Palmeiras conseguiu emplacar duas jogadas de contra-ataques durante os 90 minutos.
Rafael Moura rendeu pouco pelo time goiano. O mesmo pode ser dito dos homens de frente do time visitante.
Até bate um pouco de pena de ver Kleber em campo. Ele corre, tromba, mas não tem muito de onde esperar uma bola nem para onde encaminhar a rendonda. Resultado: ele também rende pouco, apesar das trombadas e da correria.
Não é a toa que o atacante tem 10 gols desde que voltou, o mesmo número de tentos conferidos por Marcos Assunção.
O Brasil x Argentina desta quarta-feira foi um jogo legal de ver. O time de amarelo começou bem, marcando a saída de bola e encurralou os Hermanos a maior parte do primeiro tempo. Rolaram algumas chances de gol, a melhor delas na bomba de Daniel Alves no travessão. O passe foi de Ronaldinho Gaúcho que jogou centralizado, como meia de ligação, e foi bem. Os argentinos levavam perigo no contra-ataque, especialmente quando a bola caia com Lionel Messi.
No segundo tempo, a Argentina adiantou um pouco a marcação e conseguiu sair mais. A partir daí, a formação com três volantes – mesmo que todos eles saibam jogar com a bola no pé – se mostrou insuficiente para encontrar opções e o meio-campo recuou demais.
Na verdade, mesmo no primeiro tempo o time sentiu falta de penetração na área. Talvez fosse a ausência de um centroavante, talvez a noite pouco inspirada de Robinho. Neymar foi bem no que deu, mas pegou a bola isolado na frente muitas vezes e brigar com zagueiros não é a dele.
O jogo caminhava para um 0 a 0 quando o recém entrado Douglas perdeu a bola no meio campo e ela sobrou para Messi – o lance rendeu uma merecida ofensa do técnico, que pode ser ouvido logo no comecinho do vídeo abaixo. Ele tabelou com um companheiro, passou pela defesa e meteu no cantinho de Victor. O maior craque presente em campo resolveu.
O jogo serviu para três coisas para Mano Menezes. Primeiro e menos importante, ver como os jogadores encaram um jogo contra um rival tradicional. Sem problemas aqui, creio. A segunda era testar Gaúcho e Douglas na função de Paulo Henrique Ganso. O ex-gremista foi bem, o atual nem tanto.
Por fim, testar essa nova formação, com o losango no meio e sem centroavante fixo. Aqui, não rolou muito bem, pelos motivos expostos acima. A mudança deu a entender que Mano não achou ainda opção para Alexandre Pato no ataque. André, pelo jeito, não goza ainda da confiança plena do comandante. Será que não poderia ser Nilmar?
Quem nasceu para Ronaldinho Gaúcho não chega a Lionel Messi.
Sendo na Jamaica, a moleza e a vontade de dar risada devem ser ainda maiores...
A terça-feira após feriado, um dia de trabalho normal, leva ao fim do expediente com um inusitado bom humor. É o caso, avalio com meus botões, de comparecer com flores lá em casa, aproveitar o momento pós-eleitoral em que o mundo é melhor e mais bonito do que quando havia campanha.
Foto: Jardineiro.net
TIOZÃO DE BAR
(Érika Machado/ Cecilia Silveira)
Érika Machado
Tive tempo pra desenvolver
Incríveis qualidades
Fui funcionário do mês
Campeão de xadrez
Tanta gentileza até me fez perder freguês
Quando ninguém mais está por perto
Exercito habilidades
Com os canudinhos do bar
Faço esculturas pra quê
Pra bater o recorde de espera por você
Não me preparo para o que vem vindo
Segunda-feira é a mesma coisa que domingo
Sempre colado aqui nesta cadeira
Tão só, tão só, tão só, tão só
Tive até vontade de pular de pára-quedas
Mas fiquei com medo de morrer
Meu escritório é o bar
Minha razão pra viver
E eu ainda tenho tantas latas pra beber
Eu me preparo assim desta maneira
A mesa o copo o isopor e a saideira
Estou colado aqui nesta cadeira
Tão só, tão só, tão só, tão só
(Do CD "Bem me quer mal me quer", Tratore, 2009)
Este mapa foi divulgado no Blog do Escrevinhador. Achei oportuno, por toda a discussão que houve em torno da "divisão" do Brasil entre eleitores de Dilma e Serra e que ainda precisa ser melhor compreendida. Foi elaborado pelo ilustrador Bruno Barros.
Nele as cores dos estados são nuançadas conforme o percentual de vermelho (votos em Dilma) e azul (votos em Serra). É interessante notar que praticamente não há diferença de tonalidade entre Mato Grosso e Pará, por exemplo. Ao mesmo tempo que as regiões onde o azul realmente predomina não são em estados tidos como emblemas do "desenvolvimento" e do Brasil "rico e educado", mas sim dois estados amazônicos e majoritariamente rurais, que são Acre e Roraima.
Antes de reclamar que o centroavante do seu time perde gols, veja esse cidadão aí embaixo no jogo válido pelas quartas de final dos Jogos Asiáticos, entre Uzbequistão e Catar. Fahad Khalfan perde o tento e sua seleção perde a partida na prorrogação para os usbeques. O tricolor Washington perde para ele também.
(Via Twitter do @charlesnisz)
A campanha de esgoto que o tucano José Serra fez este ano, nas eleições presidenciais, conseguiu trazer para os holofotes os setores mais atrasados, conservadores e extremistas da sociedade brasileira e acentuou à tensão máxima o ódio, o preconceito e a divisão raivosa entre nós. Como nunca antes na História desse país, a xenofobia entre compatriotas esteve tão explícita, orgulhosa e falando em tão alto e bom som.
Depois do revelador manifesto "São Paulo para os paulistas", que diz muito sobre o PSDB perpetuar-se no Palácio dos Bandeirantes desde 1995 (ou desde 1983, considerando que é praticamente o mesmo grupo que chegou ao poder com Franco Montoro), presenciamos a lamentável sequência de barbaridades no Twitter e a escalada oficial do preconceito em plena mídia de informação.
O mais recente (e triste) exemplo vem de Santa Catarina. No jornal da RBS, retransmissora da TV Globo no Sul do país, o comentarista Luiz Carlos Prates afirmou, sobre a alta incidência de mortes nas estradas no feriadão que se estendeu até segunda-feira (grifos nossos): "Antes de mais nada, a popularização do automóvel. Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais leu um livro, mora apertado numa gaiola que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade vida, mas tem um carro na garagem".
Depois de dizer que o tal "miserável" ainda tem problemas matrimoniais e por isso desconta suas frustrações abusando da velocidade no trânsito, o comentarista volta à carga: "Popularização do automóvel, resultado deste governo espúrio, que popularizou pelo crédito fácil o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso".
Ou seja, o Lula é culpado por ter distribuído renda e dado o direito ao consumo e ao lazer aos "miseráveis analfabetos", culpados por todo e qualquer acidente de automóvel. Pelo o que dá a entender, os ricos, esses iluminados, nunca morrem nem matam ninguém no trânsito. Será?
Parabéns, José Serra. Colha com prazer o que você semeou:
Ps.: É sintomático que os lamentáveis comentários tenham vindo de Santa Catarina, estado que, a exemplo de São Paulo ("dos paulistas"), de Minas Gerais e do Paraná, também elegeu governador do PSDB. Vejam aí mais um exemplo da xenofobia que a campanha repulsiva dos tucanos fez emergir:
Só complementando:
É isso o que eu vou fazer com quem topar fazer uma reconstituição do lance, eu no papel do Gil e o desafiante no papel de Ronaldo. Vou até fechar o olho para ser mais verossímil.
Até aqui, quem vaticinou a verdade foi o Marcão “Diná”: “o Corinthians deve pavimentar seu caminho ao título com vitória sobre o Cruzeiro” e “No outro jogo, o Fluminense tem tudo pra vencer o Goiás em casa. Mas aí sim eu acho que pode dar zebra. Tratando-se do Goiás, nunca se sabe...”. Mas não há absolutamente nada decidido. Ainda creio na capacidade do Fluminense de avançar e não aposto uma pataca no empenho de São Paulo e Palmeiras para vencê-lo. Cruzeiro também não está morto, embora bastante ferido.
Não vi o jogo, confesso. Estou aqui no Rio, onde só estava passando o embate aviário mineiro-carioca. Vi apenas o obviamente polêmico pênalti marcado sobre Ronaldo e o gol do próprio. Digo obviamente polêmico não porque haja alguma dúvida quanto a ter sido ou não pênalti, mas porque qualquer pênalti marcado a favor do Corinthians neste jogo seria alvo de polêmica. Acaba parecendo mais importante que o jogo, o avanço do Corinthians, seu desempenho.
Uma falta como essa feita sobre Ronaldo, se fosse no círculo central, seria marcada sem maiores discussões: um jogador vai receber uma bola alta e o marcador – sem qualquer possibilidade de alcançar a bola, já que o seu adversário está de costas para ele recebendo a bola de frente – chega como uma vaca louca e lhe dá um encontrão por trás (atenção: por trás), impedindo-o de dominar a bola ou mesmo de se manter em pé. Esse papo de “jogada normal” na área, que “é falta mas ninguém nunca marca”, é um equívoco. Normal é uma disputa de bola com o corpo, coisa que o gordo Ronaldo faz o tempo todo, às vezes se dando bem, outras não. Neste caso, não havia qualquer disputa de bola, já que a bola estava totalmente fora de alcance para o marcador.
Ainda ouço comentários de que o zagueiro cruzeirense Gil “foi burro”, o que não vou discutir no mérito, mas apenas evocar como mais um argumento a esmorecer a discussão. Se foi burro é porque fez o que não devia: uma movimentação bisonha dentro da área, difícil de explicar aos colegas, e que termina atropelando o atacante adversário. Aos que ainda têm dúvida, eu gostaria de propor uma reconstituição da cena, na qual eu faria o papel do zagueiro cruzeirense: o Tomé receberá uma bola alta de costas para o gol e eu vou fazer um lance “normal” nele do jeitinho que o cruzeirense fez no Ronaldo.
Mas que falem. O Corinthians agora depende de si mesmo e passou bem pelos dois maiores desafios das últimas cinco rodadas. Mas, repito, nada está ganho. Tudo pode acontecer nessas três rodadas finais e não existe nenhum favoritismo. Dificilmente o Corinthians ganhará os três jogos, o que abre margem para que seja ultrapassado por Fluminense ou Cruzeiro. Bola no chão e vamos em frente.