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Toda cachaça é de esquerda.
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Na lista de vexames da diretoria do São Paulo nos últimos anos, que incluiu o Roberto Justus entrando em campo com o time e o Gilberto Kassab recebendo uma camiseta personalizada, podemos agora listar mais um: segundo o diário Lance!, "durante o show de Paul McCartney no Morumbi, Juvenal Juvêncio recebeu em seu camarote o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o atual governador, Alberto Goldman". Aproveitando a nostalgia beatlemaníaca, os três patetas, digo, políticos, que fizeram um esforço "hercúleo" para manter o Morumbi na Copa de 2014, devem ter dito a Juvêncio: "o sonho acabou". E, com o estádio recebendo tais figuras em um camarote, virou pesadelo. Mas, como diria Sir McCartney, "deixa estar". Sua hora chegará, Juvenal. Pode apostar nisso.
Só repassando: o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo iniciou ontem seu primeiro curso de Sommelier de Cervejas, na unidade da Barra Funda. O curso, uma parceria com o centro de estudos alemão Doemens, abrange a história da cultura cervejeira, os pratos que podem ser combinados com a bebida e seus derivados e - melhor de tudo - degustações de diversos tipos de cerveja."As pessoas que se formam no curso, além de otimizar o tempo de uma cerveja na mesa, aprender a degustá-la e conhecer as possibilidades gastronômicas, passam a ser embaixadores do assunto e divulgam que é melhor beber menos, mas beber melhor", diz a professora Cilene Saorin (que aparece na foto com o engenheiro alemão Michael Zepf, doutor em Tecnologia de Cervejas e Bebidas e diretor técnico do centro Doemens).
Segundo Cilene, o mercado das cervejas "especiais", que necessita muito desse tipo de profissional, cresce 11% ao ano, enquanto o de cerveja comum cresce 5%. O curso custa R$ 2.100 e tem carga horária de 100 horas. O candidato deve ter ensino médio completo e ser maior de 18 anos. A próxima turma tem inscrições previstas a partir de março de 2011. A primeira edição do curso de Sommelier de Cervejas do Senac atraiu 40 alunos com perfis diversificados, entre profissionais da área, proprietários de cervejarias e bares, jornalistas de gastronomia e curiosos.
Encostado no balcão do buteco, traçando uma costelinha de porco com limão e pimenta, observo o manguaça que chega e pede um pingado (leite com café). Pouco depois, o atendente destampa uma garrafa da temível cachaça Riopedrense e passa a completar um vidrão com umas cascas velhas indefiníveis e a inscrição "carqueja" - um daqueles recipientes que já trazem acoplada uma torneirinha, estilo filtro de água (à direita). Os olhos do manguaça brilham. O rapaz vai enchendo o vidrão até a tampa, depois pega a garrafa com um restinho de pinga e faz que vai guardá-la num caixote.
- Ô, amizade! Num desperdiça, não. Bota aqui esse restinho.
Ato contínuo, o atendente do buteco despeja o finzinho da temível pinga (à esquerda) no pingado do manguaça. Que, não contente, ainda resolve pedir também uma costelinha igual a que eu degustava. E come a engordurada iguaria acompanhada do café com leite e cachaça, lambendo os beiços. Mais um daqueles momentos em que, como diz o Glauco, se diferenciam os homens dos meninos...
Depois de sete temporadas seguidas, o São Paulo não disputará a Libertadores da América em 2011. Talvez seja até bom - para a necessária reformulação do elenco, fique claro, pois economicamente é óbvio que será um desastre. De minha parte, acho natural essa queda. É impossível manter-se no topo durante tanto tempo. Se lembrarmos da última passagem de Telê Santana como técnico (à esquerda), o período mais vencedor do clube, veremos que foram quatro temporadas disputando em alto nível, de 1991 a 1994. Na temporada de 1995, ainda com Telê no comando, o São Paulo não disputou as finais de nenhum dos torneios que enfrentou, Paulistão, Copa do Brasil e Brasileirão. O time foi do excelente ao sofrível de uma temporada para outra. E demorou para se reerguer.
Lentamente, ao custo de várias reformulações de elenco e trocas de técnicos, o clube foi beliscando alguns vice-campeonatos (Paulistão de 1996 e 1997, Supercopa de 1997, Rio-São Paulo de 1998 e 1999) até que conquistou um Paulista, em 1998, ano em que quase foi rebaixado no Brasileirão, e outro em 2000, mais um Rio-São Paulo em 2001. Mas sempre sem montar nenhum esquadrão ou emplacar um técnico por mais de uma temporada. Quando finalmente conseguiu apresentar um bom time e fazer ótima campanha no nacional, em 2002, foi atropelado pelo Santos de Robinho & Cia, entrando em novo período de crise.Surpreendentemente, a última grande fase do São Paulo começou com uma solução caseira, o preparador de goleiros e técnico interino Roberto Rojas (à direita), que classificou o time para a Libertadores da América depois de dez anos. Mas ficou chupando o dedo, pois a disputa da competição já trazia Cuca como técnico, esse mesmo que hoje está no Cruzeiro. Ele adotou o esquema 3-5-2 e deixou a base pronta para o sucessor, Emerson Leão, que levantou a taça do Paulistão de 2005 e entregou o time para Paulo Autuori conquistar a Libertadores e o Mundial. Depois disso, Muricy Ramalho assumiu e venceu três Brasileiros seguidos, sempre com o mesmo esquema e quase os mesmos atletas.
Mas o fantasma de quatro desclassificações na Libertadores o apeou do cargo e, ao fim dessas quatro temporadas vencedoras, de 2005 a 2008, exatamente como na Era Telê, o time começou a despencar em queda livre. É natural, faz parte de um novo ciclo. Agora é juntar os cacos dessa fase ruim e rezar para que o próximo bom período não demore mais uma longa década de intervalo. Porém, para os próximos dois anos, eu não espero títulos. Se conseguir priorizar a base, manter um treinador, um esquema tático e voltar à Libertadores, já será uma vitória e tanto. O clube é o da fé e, por isso, sabemos que um dia ressurgirá como uma das maiores forças do continente. Sem dúvida. Vai, São Paulo!
É comum, entre jornalistas proletários, bêbados e de esquerda (qualquer coincidência com a gente é mera realidade), usar o termo "pau alado" para situações extremamente difíceis - em português claro, que vai ferrar tudo e não tem jeito de evitar. Pois ouvi hoje de uma fonte insuspeita, muito próxima ao nosso estimado presidente Lula, que ele sempre costumava dizer (com o perdão do palavrão):
- Em chuva de caralho, a melhor arma é um pote de vaselina!
Mais uma rodada completada da reta final do Brasileirão, vulgo o torneio do mimimi e do chororô, tão presentes nas três últimas rodadas e que ainda vão ser a tônica nas próximas vinte partidas. Agora, o Fluminense volta a estar na frente depois da goleada sobre o São Paulo, o Corinthians está um ponto atrás após o empate com o Vitória em 1 a 1 e o Cruzeiro voltou à briga ao vencer o Vasco por 3 a 1.
Embora volta e meia alguns dos jornalistas desse blogue praguejem contra as agruras da profissão, é indubitável que ela proporciona experiências e encontros que nos fazem ampliar e muito nossos horizontes. Um deles, para mim, foi uma entrevista com o antropólogo da USP Kabengele Munanga, realizada junto com a amiga Camila. À época, havia uma polêmica entre ele e Demétrio Magnoli sobre o racismo no Brasil e era também recente uma brincadeira mais que infeliz do humorista (sic) Danilo Gentili, qua havia feito uma piada que ele negou ser de cunho racista. O professor deu, de fato, uma aula a respeito.
Abaixo, um trecho que fala da relação entre o futebol e o racismo e sobre como a questão racial é tratada em sala de aula (aproveitando hoje o gancho da "polêmica" sobre livro de Monteiro Lobato), além de um trecho em que comenta as posições ocupadas por negros na política. A íntegra da entrevista está aqui.
Antes de Mengálvio e Coutinho chegarem à Vila, a fantástica linha de ataque do Santos em 1958: Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe (143 gols em 38 jogos pelo Campeonato Paulista)
"Ele me contou que o principal jogador no seu time de futebol de botão tinha o meu nome. Isso me deixou muito emocionado", disse Pagão ao Jornal do Brasil, quando o disco com a homenagem foi lançado. Antes de gravar "O futebol" em estúdio, Chico enviou uma gravação caseira para o ex-craque. Até aquele momento, a letra citava apenas os nomes dos ex-botafoguenses Mané (Garrincha) e Didi, e dos ex-santistas Pagão e Pelé. Foi então que, para completar a linha de ataque imaginária, Pagão sugeriu que o compositor incluísse o ponta-esquerda Canhoteiro, que brilhou no São Paulo. "Esse ataque nunca jogou junto. Mas, se tivesse jogado, teria sido arrasador", arriscou Pagão, que faleceria dois anos depois, em 1991. Vai daí, os últimos versos da canção ficaram sendo:
Para Mané para Didi para Mané
Mané para Didi para Mané para Didi
Para Pagão para Pelé e CanhoteiroPagão foi um centroavante rápido, de dribles curtos, muito habilidoso e objetivo. Fez 159 gols em 345 jogos pelo Santos (foto à direita), entre 1955 e 1963. Depois transferiu-se para o São Paulo, onde marcou 14 vezes em 59 partidas, até 1966, quando encerrou a carreira, aos 32 anos. Curiosamente, esteve presente em um dos momentos mais folclóricos envolvendo os dois clubes, em 14 de agosto 1963, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. Quando a partida estava empatada em 1 a 1, o juiz Armando Marques expulsou o santista Coutinho e, logo em seguida, Pelé, por reclamação. O São Paulo ampliou para 4 a 1 (o último gol foi justamente de Pagão) e, diante da possibilidade de um placar ainda mais elástico, três jogadores do Santos simularam contusão e deixaram o campo, obrigando Marques a encerrar a partida aos 11 minutos do segundo tempo. O jogo ficaria conhecido como "San-São do cai-cai".
"Eu me achava muito parecido com o Pagão. Eu limpava o lance. O Pagão era mestre, fácil. Saía com toque de bola rápido." - Washington Cardoso Salvador, o saudoso Vavá, em nosso Post 1000.
O Partido Socialista Catalão (PSC) despertou a ira dos setores conservadores espanhóis com um comercial em que uma mulher aparenta ter um orgasmo ao depositar a cédula com seu voto na urna (veja vídeo abaixo). Nesse contexto, a expressão "boca de urna" ganha nova - e indecorosa - conotação...
Dilma Rousseff agradeceu, na manhã desta sexta-feira (19), a três figuras-chave do PT em sua campanha. José Eduardo Dutra, presidente nacional da legenda, José Eduardo Cardozo, secretário-geral do partido, e Antonio Palocci foram chamados de "três porquinhos" pela presidente eleita.
Sem qualquer coloração de time de futebol, a alusão ao trio foi a forma mais carinhosa que ela parece ter formulado para se referir às figuras que permanecerm mais próximas a ela durante a campanha. Com isso, ela já descarta a possibilidade de ser o Lobo Mau nessa história. Poderia ter recorrido a outros trios consagrados em fábulas, contos de fada ou histórias clássicas da literatura, como "três mosqueteiros", quiçá arvorando-se ao posto de d'Artagnan.
Se fosse em termos futebolísticos, haveria uma crise no governo. Dutra é botafoguense doente. Nascido em Caratinga (MG), estudou no Rio de Janeiro e fez sua carreira política em Sergipe. Torce tanto que, em dia de jogo, larga mão de qualquer pudor e se comporta, no Twitter, por exemplo, como um apaixonado. Responde a outros amantes do futebol, a ponto de só faltar xingar o juiz.
Antonio Palocci é são-paulino. Natural de Ribeirão Preto (SP), é o homem forte da transição. Quem confirma é o jornalista Vitor Nuzzi com suas fontes no Palácio do Planalto sobre times para que torcem os titulares da Esplanada dos Ministérios.
O mesmo Tricolor paulista é o time de predileção de José Eduardo Cardozo, deputado federal. Ele próprio já revelou a condição à imprensa, embora não exercite a condição com frequência (pelo menos não com seus assessores, que não sabiam da questão). Mas há quem diga que ele seja, sim, fanático.
Não chega a ser uma gafe da parte de Dilma, porque a conotação foi toda outra. Para quem torce para o Internacional, mas também gosta do Atlético Mineiro, não é tão grave.
Palmeirenses em baixa?
Fosse destinado a Ricardo Berzoini, deputado federal e ex-presidente nacional do PT, a Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, a Carlos Gabas, titular da pasta da Previdência Social, o termo viria mais a calhar. Os três são torcedores do Palmeiras.
Isso sem falar em outras figuras do universo político, como José Serra (PSDB), candidato derrotado à Presidência, Soninha Francine (PPS), coordenadora de campanha do tucano, e Aldo Rebelo (PCdoB), deputado federal e comunista mais querido pelos ruralistas.
Em tempo
Sem qualquer conotação futebolística, Cardozo escalou o time de porquinhos de Dilma. Ele é o Cícero, o da casinha de palha. Dutra é Heitor, o da residência de madeira. Palocci, o Prático, preocupado com os fundamentos da casa própria. Segundo consta, o apelido decorre da semelhança entre as barrigas e de como cada um funcionava dentro da coordenação da campanha.
Não houve contestação. O Lobo Mau tampouco foi apontado.
Nos tempos da famigerada (e fracassada) Lei Seca nos Estados Unidos, um grupo de mulheres posa sob um cartaz que alerta: "Lábios que tocam o álcool não tocarão os nossos (lábios)". Pela cara das cidadãs, muito ianque manguaça deve ter se animado a aumentar consideravelmente o consumo clandestino...
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Dia de jogo do Corinthians no Pacaembu. O jogo já havia começado, o que garante uma quarta-feira de pouco movimento dentro do ônibus. Melhor para um casal na faixa dos 50 que permanece sentado do Centro da cidade até o cruzamento da rua da Consolação com a Paulista.
A importância da acomodação em local seguro só poderia ser percebida depois. Para desembarcar na parada do Hospital das Clínicas, o homem avisa a esposa que o desembarque deles é no próximo ponto. Ele se prepara para se levantar.
É só aí que se nota em seu colo uma garrafinha pet de cachaça de meio litro. Com uma das mãos ocupadas, ele agarra-se com a outra às barras do veículo para manter-se em pé. Mesmo sem solidez alguma, ele não deixa de ajudar sua senhora a se erguer. Ela também tinha sua garrafa no colo. Mas ao contrário dele, abandona-a, já vazia, no banco. Com auxílio daquele braço firme do esposo e companheiro de boteco, também se posta e caminha em direção à porta.
O equilíbrio é dificultado pela sinuosidade natural do trecho. Descidas em curva são a diversão de motoristas desejosos por encurtar a viagem.
O casal chega à porta, com o ônibus ainda em alta velocidade. A mulher quase perde o equilíbrio e faz menção de se aproximar de outra das barras internas de apoio para quem viaja de pé. O marido, com reflexos levemente embargados, tem a nítida impressão de que ela tensiona voltar a se sentar, e adverte:
– Não senta de novo, porque já é o próximo.
A mulher não responde, como que para economizar energias preciosas, consumidas na manutenção do corpo sobre dois pequenos e frágeis apoios sobre o piso. Balançam a cada saculejo do veículo, seguram-se como podem.
Finalmente chega-se à parada. O ônibus para. Mas os dois continuam balançando por alguns instantes, possivelmente indicando que o mundo continuava a se mexer para eles. Com a confiança dos que querem um chão estático, eles deixam o veículo, trocando palavras de incentivo:
– Vai, mulher!
– Vamô, homem!
Sãos e salvos em terra firme eles seguem passo a passo até a faixa de segurança. Não há bares ao alcance da vista.
O coletivo segue viagem, permitindo que os passageiros, que a tudo assistiam, passassem da contemplação silenciosa à galhofa maledicente e às risadinhas sobre desgraça alheia. O cobrador adere:
– Cada uma que me aparece. É mole?
A passageira que passa a catraca dirime a dúvida no ar:
– Firme não é... São dois pudins de pinga, ora.
O cobrador não discorda.
O Palmeiras venceu o Goiás na primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana. Com o resultado de 1 a 0 no Serra Dourada, o time paulista pode empatar na próxima partida, quarta-feira, que ainda garante a vaga. De camisa verde-limão-siciliano, os visitantes passaram pelo alviverde do Centro-Oeste, que amarga um rebaixamento quase certo no campeonato brasileiro.
Marcos Assunção marcou seu quarto gol na competição. Ao contrário dos outros três, não foi de falta. A exemplo dos anteriores, foi de fora da área. Um chutaço de longe, no alto, sem chances para o adiantado goleiro Harlei.
O jogo foi morno, até chato. Sem grandes oportunidades nem possibilidades de praticar o futebol. Enquanto Kléber e Luan e Lincoln cavavam faltas no campo ofensivo para o volante palmeirense chutar a gol, o Goiás apostava em alçar bolas para a área de Deola em escanteios e faltas.
O excesso de faltas dos goianos – quiçá inspirados pelo Sandro Goiano – favoreceu a esse tipo de estratégia.
Tinga não é o meia que o Palmeiras precisa (só de vez em quando) e Lincoln rende pouco isolado. Sem Valdívia em forma, sobram poucas opções no elenco. O Palmeiras conseguiu emplacar duas jogadas de contra-ataques durante os 90 minutos.
Rafael Moura rendeu pouco pelo time goiano. O mesmo pode ser dito dos homens de frente do time visitante.
Até bate um pouco de pena de ver Kleber em campo. Ele corre, tromba, mas não tem muito de onde esperar uma bola nem para onde encaminhar a rendonda. Resultado: ele também rende pouco, apesar das trombadas e da correria.
Não é a toa que o atacante tem 10 gols desde que voltou, o mesmo número de tentos conferidos por Marcos Assunção.
O Brasil x Argentina desta quarta-feira foi um jogo legal de ver. O time de amarelo começou bem, marcando a saída de bola e encurralou os Hermanos a maior parte do primeiro tempo. Rolaram algumas chances de gol, a melhor delas na bomba de Daniel Alves no travessão. O passe foi de Ronaldinho Gaúcho que jogou centralizado, como meia de ligação, e foi bem. Os argentinos levavam perigo no contra-ataque, especialmente quando a bola caia com Lionel Messi.
No segundo tempo, a Argentina adiantou um pouco a marcação e conseguiu sair mais. A partir daí, a formação com três volantes – mesmo que todos eles saibam jogar com a bola no pé – se mostrou insuficiente para encontrar opções e o meio-campo recuou demais.
Na verdade, mesmo no primeiro tempo o time sentiu falta de penetração na área. Talvez fosse a ausência de um centroavante, talvez a noite pouco inspirada de Robinho. Neymar foi bem no que deu, mas pegou a bola isolado na frente muitas vezes e brigar com zagueiros não é a dele.
O jogo caminhava para um 0 a 0 quando o recém entrado Douglas perdeu a bola no meio campo e ela sobrou para Messi – o lance rendeu uma merecida ofensa do técnico, que pode ser ouvido logo no comecinho do vídeo abaixo. Ele tabelou com um companheiro, passou pela defesa e meteu no cantinho de Victor. O maior craque presente em campo resolveu.
O jogo serviu para três coisas para Mano Menezes. Primeiro e menos importante, ver como os jogadores encaram um jogo contra um rival tradicional. Sem problemas aqui, creio. A segunda era testar Gaúcho e Douglas na função de Paulo Henrique Ganso. O ex-gremista foi bem, o atual nem tanto.
Por fim, testar essa nova formação, com o losango no meio e sem centroavante fixo. Aqui, não rolou muito bem, pelos motivos expostos acima. A mudança deu a entender que Mano não achou ainda opção para Alexandre Pato no ataque. André, pelo jeito, não goza ainda da confiança plena do comandante. Será que não poderia ser Nilmar?
Quem nasceu para Ronaldinho Gaúcho não chega a Lionel Messi.
Sendo na Jamaica, a moleza e a vontade de dar risada devem ser ainda maiores...
A terça-feira após feriado, um dia de trabalho normal, leva ao fim do expediente com um inusitado bom humor. É o caso, avalio com meus botões, de comparecer com flores lá em casa, aproveitar o momento pós-eleitoral em que o mundo é melhor e mais bonito do que quando havia campanha.
Foto: Jardineiro.net