Destaques

quinta-feira, setembro 27, 2007

Cinco anos de um clássico inesquecível

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Amanhã faz 5 anos de um jogo inesquecível. Era a 15ª rodada do Brasileiro (turno único) e o Santos de Diego e Robinho, que começara o campeonato desacreditado e “candidato” à segunda divisão (mas terminou campeão), fazia um jogo emocionante, como são quase todos os Santos x Palmeiras.

Àquela altura do campeonato o Santos já era favorito. Mas, apesar do início que até prometia uma goleada, com um golaço de Robinho aos 21 do primeiro tempo, o Palmeiras regiu no segundo tempo, pressionou, teve um gol de falta de Zinho que bateu no travessão, entrou e o juiz não deu e, finalmente, o Alviverde empatou aos 42 minutos de segundo tempo, em falta batida por Arce.

Vale lembrar que, naquele jogo, o goleiro Marcos fez uma partida espetacular, como sempre fazia contra o grande Santos de 2002/2003. Resultado: 1 a 1.

Dias: o mais são-paulino que atuou pelo S.Paulo

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Os jogadores do São Paulo enfrentaram o Boca Juniors com faixas pretas no braço, numa justíssima homenagem àquele que foi, talvez, o jogador mais são-paulino que já atuou pelo seu time de coração: o ex-zagueiro/volante/meia/lateral Roberto Dias, que sofreu uma parada cardíaca quando treinava as categorias de base do clube, no domingo, e faleceu ontem, aos 64 anos. Na foto (amostra da Gazeta Press), ele aparece recebendo de uma checrete o troféu Velho Guerreiro, no programa do Chacrinha, da TV Record, em março de 1976
A causa mortis não surpreende, pois Dias foi um dos primeiros jogadores brasileiros a encerrar a carreira precocemente por problemas no coração. Depois de perder um filho pequeno, em 1969, ele passou mal em um treino e ficou um ano e meio parado, com risco real de morte. Porém, o destino resolveu fazer justiça com o único jogador de nível do fraco São Paulo da década de 1960 e ele conseguiu voltar ao campo para levantar seu primeiro título como profissional, o Campeonato Paulista de 1970. Ainda jogaria no México e no Nacional (SP) antes de pendurar as chuteiras aos 28 anos.

"Nasci perto do Canindé, quando era estádio do São Paulo, e um amigo me levou para jogar no clube. Eu já era são-paulino e estreei no time principal aos 16 anos, em 1959. No ano seguinte, disputei as Olimpíadas de Roma", contou Roberto Dias, recentemente, durante um encontro de ex-jogadores do Tricolor. Dias era tão refinado que está entre os poucos zagueiros que o próprio Pelé destaca como os melhores que enfrentou. E também era artilheiro: é o 24º maior goleador do São Paulo, com 76 gols, ao lado de Rogério Ceni. Pena, porém, que a maior parte de sua carreira no clube foi carregando piano ao lado de cabeças-de-bagre. Ao ser questionado sobre quando o time estaria pronto para ganhar um título, um técnico da época fez um trocadilho fantástico: "-Dêem-me dez Dias...".
Cresci ouvindo histórias sobre suas façanhas, Dias sempre foi um herói mitológico para mim. Talvez por ter livrado o São Paulo de muitos vexames na época mais precária do clube. Porém, por ter jogado numa época em que o futebol não dava dinheiro e o Tricolor priorizava a construção do Morumbi (além de ter encerrado a carreira antes da hora), Dias sofreu dificuldades financeiras. Por isso, nos anos 1980, o clube o chamou para treinar a molecada. "Tudo o que sou e o que tenho devo ao São Paulo", confessou, certa vez. Para todos os verdadeiros são-paulinos, Roberto Dias significará, eternamente, o próprio distitinvo do clube. O símbolo máximo do que é torcer pelo São Paulo. Valeu, Dias! Que esteja em paz.

Cena insólita

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Futebol também vive de maniqueísmo e generalizações e, aqui no Brasil, os são-paulinos convivem com o rótulo de "time de elite" (estou esperando minha riqueza há anos...) e os curintianos, "time do povão". Pois então: ontem, por volta das 8 da noite, peguei um busão em São Bernardo e desci na inóspita e escura praça que dá acesso à estação Pedro II do metrô. Meio ressabiado (porque, repito, o lugar é meio barra pesada), tratei de apressar o passo quando, de longe, notei que um grupo discutia aos berros ao lado de uma banca de revista. Em pé, um "burguês" de meia idade, careca, de óculos, roupa fina, casaco de couro, celular último tipo, limpo e perfumado, discutia apoplético com quatro mendigos que estavam sentados em uma mureta, no canteiro do gramado elevado. Que, como a maioria dos mendigos, estavam sujos, rasgados, mal-cheirosos e alegremente bêbados. Pensei: "-Isso vai dar merda, a polícia vai aparecer daqui a pouco pra proteger o 'cidadão de bem' - o careca". Mas não podia evitar de passar pela confusão, pois eles estavam parados em frente a única entrada do metrô a que eu tinha acesso. Quando fui me aproximando, percebi que a inusitada "briga de classes" era por causa de futebol. E, para meu espanto, um dos mendigos se levantou e enxotou o careca, gritando: "-Vai embora, curintiano! Cai fora! Aqui você tá na ala são-paulina!". E os quatro mendigos ficaram gritando "-É tricolor!" enquanto o "burguês" entrou na banca de revistas resmungando alguma coisa parecida com "bambis". E eu segui meu caminho, ruminando essa cena digna de Buñuel...

Soninha, a ambiciosa, do PT rumo ao PPS

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Soninha é uma figura alegre, espontânea, talentosa. E, no trato pessoal, adorável. Votei nela em 2004 para a vereança paulistana. Mas as indicações – dadas por ela mesma durante seu mandato na Câmara Municipal – de que é uma personalidade política mais ambiciosa do que o recomendado a quem se diz interessado em causas sociais, se confirmaram com a sua mudança de partido, do PT pro PPS. "Passei a vida colecionando idéias de roteiro. Passei vários anos, especialmente os últimos, pensando o que eu faria se fosse prefeita", disse ela, segundo a Folha On Line de hoje.

A proximidade com Serra há tempos é comentada nas rodas políticas, assim como a demonstração, dada por ela mesma, de que sua ambição é ser do Executivo. Duas coisas que se encaixam.

Ela deve ser candidata à prefeitura em 2008. Não vai levar, mas vai servir de instrumento dos candidatos direitistas de São Paulo para dividir a esquerda, apesar do falso discurso que já ensaia, de que não “concordo com o consenso paulistano de que Alckmin foi um bom governador” e blablablá. Porque, obviamente, fará um discurso de esquerda. Talvez como o velho Fernando Henrique Cardoso nos anos 70 e 80.

Soninha vai dar uma refrigerada nas catacumbas da direita de São Paulo.

Brasil faz história

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A seleção brasileira feminina fez história. Pela primeira vez chega à final de um Mundial, e com um futebol de encher os olhos. As jogadas e a atuação de Marta, com somente 21 anos e a melhor do mundo, é de deixar muito marmanjo embasbacado. Hoje, no quarto gol contra a poderosa seleção norte-americana (com todas as titulares, ao contrário do Pan, cuja vitória brasileira foi tratada com desdém pelos céticos de plantão), ela simplesmente inventou um novo drible.


A bola chega, ela toca do pé direito pro esquerdo sem deixar a bola cair, e, com o calcanhar, dá um "drible da vaca no ar". Mais um drible que deixa uma segunda gringa no chão e o chute fulminante para o gol. Inacreditável. Não é à toa que no caminho pro trabalho, todos os botecos sintonizavam a partida e a freguesia não tirava os olhos do televisor.

Vi outro dia os melhores momentos de Santos e Corinthians, um 3 a 3 no Paulista de 1957. Foi o jogo em que o Timão ganhou a Taça dos Invictos. Cláudio, Baltazar e Gilmar dos Santos Neves (que teve atuação sensacional) de um lado; Zito, Pagão e um menino chamado Pelé, que marcou os três tentos do Peixe. Um jogo com grandes lances, belos gols, lançamentos, passes inesperados. E assistir às partidas do futebol feminino lembram um pouco essa época do futebol.

Lembram simplesmente porque naquela época a força física era um fator que não contava tanto para se fazer parte de uma equipe. Por isso os volantes habilidosos, os atacantes que sabiam matar a bola, os zagueiros que saíam com desenvoltura de trás. Hoje, o atleta precisa ser aplicado, correr muito, chegar junto, dividir todas as bolas, obedecer ao "professor". Tem que ser "exemplo", mas é preciso também ser macho. De preferência, não pode fazer firula, porque isso é coisa de gente irresponsável. E futebol, ele precisa realmente saber jogar?

Esse é o motivo, acredito, que muitos homens ainda resistam ao futebol feminino. De fato, às vezes ele parece uma mera brincadeira, como nos parecem igualmente falsos os teipes das décadas de 50 e 60.

Prefiro, sem sombra de dúvidas, a brincadeira.

Noite gloriosa

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Dane-se que a Copa Sul-americana vale só para encher os cofres dos clubes. O jogo entre São Paulo e Boca Juniors ontem à noite me fez vibrar como na época em que eu comecei a torcer pelo Tricolor. Terminei o jogo tremendo, com o coração acelerado e a alma lavada. Nem a vitória em cima do Atlético Paranaense na final da Libertadores de 2005 se compara com esse jogo. Talvez o jogo contra o Liverpool, na final do Mundial. Como me arrependi de não ter ido ao Morumbi!

O jogo começou quente. O Boca quase marcou aos 30 segundos. No contra-ataque, foi a vez do São Paulo desperdiçar uma boa chance. Mas nessa altura eu ainda estava no ônibus, tentando voltar para casa. Pelo que ouvi, o primeiro tempo foi praticamente dominado pelo São Paulo, que criou algumas chances, mas ficou no zero. Já o Boca catimbava e tornava o jogo lento.

No início do segundo tempo (já estava em casa), Aloísio - que acabara de substituir Borges - ganha da zaga na força e faz o gol tricolor. Ouvi mais tarde que ele levou a bola no braço, mas não vi isso não. A partir daí o Boca parou de demorar 20 segundos para cobrar um lateral e teve que sair para o jogo. Foi só emoção. 40 minutos - contando os acréscimos - de nervosismo e tensão. Teve bate-boca na área do são Paulo, pelo menos 5 escanteios seguidos para o Boca entre os 35 e 40 minutos, 3 jogadores do São Paulo contundidos ao mesmo tempo (Souza, Aloísio e Leandro contribuiram para que o jogo ficasse parado uns 5 minutos). Aloísio aguentou até o fim com um problema muscular, e mesmo assim deu arrancadas, marcou e foi fundamental para prender a bola quando o jogo apertou.

Aos 49 minutos e 20 segundos, o juiz apitou e o Morumbi - e eu também - soltou o grito que estava entalado contra o Boca fazia tempo. As imagens de torcedores do São Paulo chorando na arquibancada estão aí para provar que eu não estou exagerando.

Eliminar o Boca: eu recomendo!

Por conta da "batalha", Souza e Aloísio preocupam para o jogo contra o Inter no Brasileiro, o campeonato que importa. Mesmo assim, a confiança está em níveis estratosféricos hoje. A minha, pelo menos. Alguns membros desse blog conhecem a minha teoria, de que se o São Paulo eliminasse o Boca, ninguém mais segurava no Brasileiro. Eliminou. Agora é contar as rodadas para ser campeão.

Posso até queimar a língua, mas hoje tá difícil de segurar!

30 anos de um título histórico

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Juntar as expressões "quebra de jejum" e "1977" na mesma frase é algo que, para nós, paulistas, traz de imediato à mente nomes como Basílio, Corinthians, Ponte Preta, Rui Rei e outros. Mas em outro lugar do país 1977 também é sinônimo de quebra de fila. Trata-se do Rio Grande do Sul, quando, em 25 de setembro daquele ano - 30 anos, portanto - o Grêmio levantou o título estadual após oito anos de jejum.

"Mas oito anos nem é tanto assim", dirão os amigos leitores, em especial os palmeirenses, cuja fila chega a exatos oito anos nesse 2007. Oito anos podem não parecer tanto para nós, mas para os gremistas, que viram cada um dos títulos estaduais parar na mão do rival Internacional, esses oito pareceram uma eternidade.

Que foi rompida com o gol de André Catimba, cuja comemoração está na foto (e também no vídeo aqui). Aliás, essa comemoração merecia um post à parte. Catimba pulou para dar uma cambalhota, o que era sua marca registrada; mas no meio do salto percebeu que não conseguiria executar o movimento e se estatelou com tudo no chão. Tanto "com tudo" que ele precisou deixar a partida. Imaginem se o Grêmio perde o título?

Mas não perdeu. Pelo contrário, venceu, interrompeu a série de oito títulos seguidos do rival e iniciou um momento tido pelos gremistas como um dos melhores de sua história. É só pensarmos que quatro anos depois dessa taça o Grêmio seria campeão brasileiro; e seis depois, da Libertadores e do Mundial. Sem contar o bi-gaúcho de 79/80 e a assombrosa sequência de seis títulos entre 1985 e 1990.

A façanha tricolor ganha ainda mais peso se levarmos em conta que o rival Inter tinha, para repetir a frase feita, também um dos maiores (senão O) times da sua história, a base bicampeã nacional em 1975/6.

Ficha técnica da peleja:

Grêmio 1x0 Internacional
Final do Campeonato Gaúcho de 1977
25 de setembro de 1977
Gol: André Catimba, aos 42 do primeiro tempo

GRÊMIO
Corbo, Eurico, Cassiá, Oberdan, Ladinho, Vitor Hugo, Tadeu Ricci, Iura (Vilson), Tarciso, Andre (Alcindo), Éder.
Técnico: Telê Santana

INTERNACIONAL
Benitez, Bereta (Batista), Marinho, Gardel, Vacaria, Caçapava, Escurinho, Batista (Jair), Valdomiro, Luizinho, Santos (Dario)
Técnico: Gainete

quarta-feira, setembro 26, 2007

Dualib, sobre o título de 2005: "- Roubado!"

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Tá, tudo bem, o assunto já foi tratado aqui. Mas merece um post exclusivo e, por isso, cumpre-me o árduo dever de registrar, com o devido destaque, o diálogo de Alberto Dualib (foto), ex-presidente do Curíntia, admitindo para o empresário Renato Duprat que o título de 2005 foi garfado. Segue a transcrição do grampo da Polícia Federal (o grifo é meu):

Dualib: Eles vão falar: 'Mas como é que ganhou ano passado?'. Ganhou porque, se não fosse aquela p... de anulação de 11 jogos, nós estávamos fora. Porque campeão de fato e de direito seria o Internacional. Porque nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente e chegamos, entendeu, um ponto só. Roubado!

Essa fica para a posteridade.

Embaixadora da ONU, tenista e mais o quê?

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Sharapova e LeBron James
A tenista russa Maria Sharapova, por quem muitos amantes do tênis e de todos os outros esportes em geral suspiram, não é só rica, famosa e bela.

Tem sido também requisitada para boas causas. Embaixadora da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), a tenista acaba de posar ao lado do astro da NBA LeBron James (do Cleveland Cavaliers) para uma sessão de fotos (acima) que teria (ou tem, sei lá) o objetivo de usar a imagem dos atletas para arrecadar fundos ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas contra a pobreza, a exploração infantil e as doenças.

Sharapova é atualmente quarta colocada no ranking da WTA. Ela tem 3.235 pontos, atrás de Justine Henin (5.200), Svetlana Kuznetsova (3.609) e Jelena Jankovic 3.445).

Ao contrário da ex-musa do tênis Anna Kournikova, que sempre foi bela e nunca ganhou quase nada (mas somou prêmios de, no total, U$ 3,5 milhões), Sharapova já conseguiu três títulos top: Wimbledon (2004), o Mundial (2004) e o US Open (2006). Ela já embolsou a quantia de U$ 9,7 milhões.
Na carreira de simples, como profissional, Sharapova tem um retrospecto de 269 vitórias e 64 derrotas. Este ano, a tenista não foi bem em Grand Slams. Mesmo assim, chegou à final do Aberto da Austrália, mas perdeu para a norte-americana Serena Willliams. Em Roland Garros (Paris), caiu na semifinal, derrotada pela sérvia Ana Ivanovic.
Ainda nesta quarta-feira, ficou confirmado que Sharapova vai mudar seu calendário de 2008 para jogar pela Rússia na Federation Cup, condição para as tenistas ganharem condições de disputar as Olimpíadas.

Os amantes do tênis, esse esporte que impulsiona multidões, podem obter mais informações no site da WTA ou mesmo no de Maria Sharapova.

Mais uma má notícia para o Curinthia

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Não vai dar em nada, provavelmente, até porque parece que esse procurador quer dar uma de Zveiter e só aparecer, mas Paulo Schmitt prometeu pedir a abertura de inquérito para investigar a parceira Corinthians/MSI.

E o principal alvo será a declaração do ex-presidente corintiano Alberto Dualib de que o título daquela temporada foi roubado dos colorados.

"...porque campeão de fato e de direito seria o Internacional...", diz Dualib a Duprat.

Como se vê, essa parceiria pode render muito ainda. Se comprovada a fraude, dificilmente o time do Parque São Jorge perderá o título, mas há risco de punição (mais que merecida) aos dirigentes e até mesmo de rebaixamento do time, o que ainda pode ser conseguido no campo...

terça-feira, setembro 25, 2007

Portuguesa bate Vitória em jogo de viradas

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Torcida do Vitória deixa o Barradão
Sou obrigado a atualizar a notícia. A proeza de que falei abaixo aconteceu e a Portuguesa conseguiu uma excelente vitória contra o Vitória, dentro do Barradão.

O jogo foi tecnicamente fraco, mas o que faltou em técnica sobrou em luta e emoção. O jogo começou 1 a 0 para a Lusa (em falta cobrada por Preto), mas o time de Vágner Benazzi levou o empate ainda no primeiro tempo. No segundo, virada do Vitória. Parecia ser a confirmação da lógica (o time da casa tinha o apoio da torcida que lotou o estádio), mas Diogo empatou para a Lusa num cruzamento, contando com a falha da zaga adversária.

Pressionada, a Portuguesa dava a impressão de que não resistiria à pressão dos baianos. Mas o domínio do Vitória era desorganizado. Numa roubada de bola na defesa, Vaguinho recebeu no melhor estilo de seu homônimo corintiano dos anos 1970, mas pela esquerda, conduziu até a área e, quase sem ângulo, de canhota, chutou no canto oposto (foto). Nova virada, 3 a 2, e o time do Canindé deu importante salto rumo à volta à elite, principalmente por vencer fora de casa um adversário que disputa com ela uma das vagas. Precisa saber se a famosa instabilidade não volta.
No outro jogo, em Campinas, a Ponte Preta levou 2 a 1 do Marília.
A classificação passa a ser a seginte (até o 10°):

Classificação

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Portuguesa -44 (um jogo a mais)
4 - Vitória – 41 (um jogo a mais)
5 - Criciúma - 41
6 - Marília – 40 (um jogo a mais)
7 - Brasiliense/DF - 40
8 - Ponte Preta – 38 (um jogo a mais)
9 - Grêmio Barueri -38
10- Gama - 37

Lusa: agora vai ou agora não vai?

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No Brasileiro da Série B, a Portuguesa está tão próxima da zona de acesso (onde estava antes da rodada passada) que seus torcedores mais ferrenhos têm motivos para ficar com um pé atrás. Como a Lusa gosta de fazê-los sofrer.

Antes da 27ª rodada (hoje e sexta-feira), o time do Canindé está em quinto lugar, com o mesmo número de pontos (41) de Vitória e Criciúma. Poderia estar em terceiro, se tivesse conseguido os três pontos contra o São Caetano na sexta-feira, 21, mas ficou no 0 a 0.

Daqui a duas horas, a Portuguesa tem um adversário indigesto: o Vitória, na Bahia, no chamado duelo de seis pontos. O empate é um bom resultado, mas com ele a Lusa pode terminar a rodada em 7° lugar, se o Brasiliense ganhar do Fortaleza em Brasília (na sexta) e a Ponte Preta bater o Marília em Campinas por 2 a 0 ou mais (hoje). Mesmo se perder logo mais, apenas a Ponte e o time da capital federal podem superar a Lusa na rodada. Se ela vencer (o que seria uma proeza), supera o Vitória e entra no G-4 de novo.

Depois, outro jogo fora, dessa vez contra o Paulista em Jundiaí, na terça, 2. Vai ou não vai, Lusa?

Série B
Classificação antes da 27ª rodada

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Vitória - 41
4 - Criciúma - 41
5 - Portuguesa -41
6 - Brasiliense/DF - 40
7 - Ponte Preta - 38
8 - Grêmio Barueri -38
9 - Marília - 37
10-Gama - 37

Agora, vai...

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Como os corinthianos futepoquenses não se manifestam, uma notícia da busca da tão almejada série B, o projeto campeão dos aflitos 2008. Assume hoje Nelsinho Batista, que acabou de ser dispensado da Ponte Preta.

Isso não é nada, nada mesmo. Nelsinho é um técnico B que um dia se perdeu no caminho.

Pareceu que se tornaria grande técnico, dirigiu os maiores times brasileiros, agora não serve nem para o Ponte, mas vai para o ex-timão. Melhor retrato do momento atual do Parque São Jorge é difícil.

Por falar no santo, até ele deve estar envergonhado da confissão do ex-presidente Dualib, aqui reproduzido em diálogo publicado pelo portal G1, da Rede Globo.

“- Nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente (do Inter) e chegamos (N.R.: faltando cinco rodadas a vantagem era de seis pontos e não de 14), entendeu, um ponto só... roubado - diz Dualib, durante conversa com Renato Duprat, empresário ligado ao grupo MSI, ocorrida no ano passado.”

“- Olha se não tivesse aquela m... daquela anulação de 11 jogos, nós estaríamos fora... porque o campeão de fato e de direito seria o Internacional - completa Dualib.”

São Jorge que se explique...

Argentinos mostram força no Mundial Gay

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Começou ontem o Mundial de Futebol Gay, promovido pela Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (IGLFA) em Buenos Aires, na Argentina. Essa é a oitava edição da competição, iniciada em 1997 e 28 equipes disputam o título.

Os selecionados que representam o país-sede já mostraram toda sua força na primeira rodada. Diante de três adversários norte-americanos os argentinos levaram a melhor. Os Dogos SN venceram por 7 a 0 o Atlanta Hot, já os Dogos RN ganharam por 5 a 2 dos DC Feds. Outro representante portenho, o Amerika, venceu por 2 a 0 o SF Spikes.

Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o subsecretário de Esportes de Buenos Aires, Claudio Andrilli, o presidente da Comunidade Homossexual, César Cigliutti, e o representante da Associação de Futebol Argentina (AFA) Daniel Pellegrino. A Argentina é o primeiro país da América Latina cuja federação de futebol reconhece de forma oficial uma seleção homossexual.

Ainda durante a abertura foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Aids e todos os membros das 28 equipes se reuniram em torno da bandeira do arco-íris, símbolo dos movimentos homossexuais.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Com a voz da experiência

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No programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o apresentador Flávio Prado perguntava aos presentes se o São Paulo já é campeão brasileiro. Como se desse um recado aos dirigentes do Cruzeiro, o conselheiro curintiano Romeu Tuma Júnior (foto) respondeu: "- Só perde se houver uma reviravolta muito grande. Precisava aparecer outro juiz igual aquele de 2005 (referindo-se a Edílson Pereira de Carvalho), daí mudava tudo". Juro: ele usou a expressão "precisava", mesmo. E falou isso sério, pensativo. Ninguém deu risada ou entendeu a coisa como brincadeira. Preferiram fingir que não ouviram e mudaram de assunto.

Empate de erros

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Nada a comemorar no jogo do Galo contra o Inter no Mineirão.

O alvinegro fez bom primeiro tempo, perdeu uns cinco gols claros, inclusive um pênalti. A tragédia começou no segundo, em que em duas bobeiras da defesa o time gaúcho fez dois gols de cabeça, num deles com todo mundo olhando o Fernandão subir sozinho de cabeça.

Quando tudo parecia perdido, com mais de 40 minutos do segundo tempo, a torcida em casa gritando olé para o adversário e o Inter pedendo várias chances de fazer o terceiro, eis que numa cobrança de falta o zagueiro sobe, a bola chora, o goleiro tira de dentro da linha, mas o juiz felizmente marca corretamente o gol.

Saída, aos 44, o lateral do galo invade a área pela direita, cruza e Vanderlei, que entrara há pouco tempo, empata. Nova saída e, aos 47, o Galo tem a chance de fazer o terceiro e ganhar o jogo. O goleiro Renan, que falhara antes, se redime e defende.

No festival de erros que foi o jogo, acabou sendo um empate justo.

Mas alguns destaques. Primeiro, nenhum time que queira algo no campeonato pode perder tantos pênaltis. Lembrem-se do perdido contra o São Paulo aos 45 do segundo tempo.

Segundo, nunca vi dar certo, mas ontem, no desespero, o Leão chegou a botar quatro atacantes, três deles centroavantes. Teve de corrigir porque um dos atacantes, Éder Luiz, o melhor até então no jogo e o único de velociodade, se machucou, e ele pôs um meia, o Tchô. Mas ficou com três atacantes e só um volante.

Terceiro, nada disso teria dado certo se a defesa do Inter não errasse tanto. Parece muito maltreinada. E entrega no final do jogo.

Conclusão com uma historinha. Quando o Galo caiu, em 2005, eu vi que a coisa daria errado no dia em que estava ganhando de 2 a 0 do Fortleza, em casa, aos 20 minutos do segundo tempo e tomou uma virada para 3 a 2.

Ontem, pela situação, fiquei com a sensação que este ano não cai. É daqueles empates, que mesmo proporcionado por erros do próprio time, dão moral.

Outro dado interessante deste campeonato. Existem nove times entre os 33 e os 36 pontos. Com uma vitória é possível chegar ao 12, 13 lugar. Com duas derrotas, o Inter, o nono, pode ir para o G4 fatal.

Se na parte de cima da tabela os Bambis já são campeões, o título da segundona em 2008 ainda será muito disputado.

Carros como armas

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Reprodução
Não tenho nada a ver com a vida do ótimo ex-centroavante Casagrande (na foto, socorrido pelos bombeiros), mas a cobertura de seu acidente na chamada mídia televisiva é “blindada” por um corporativismo ridículo. Até a concorrência fez uma cobertura lamentavelmente acrítica: no programa Bate Bola de domingo, o estridente pretenso narrador Paulo Andrade, da ESPN Brasil, deu vivas às boas notícias da noite, segundo as quais o acidentado já estava bem melhor. Não que eu quisesse que o cara tivesse se dado mais mal ainda, mas não tem questionamento nenhum, não?

Quem conhece a região onde se deu o acidente de sábado à noite há de se perguntar: como ele pode ter capotado um Jeep Cherokee ali daquele jeito? A rua Tito – paralela à rua Coriolano, próximo às ruas Camilo, Aurélia e Catão –, é tranqüila, estreita e tem pouco movimento à noite. É difícil imaginar como alguém pode ter batido e arrastado quatro automóveis, sendo que dois ficaram “completamente destruídos”, e ainda ter capotado naquele local da Vila Romana, entre a Lapa e a Vila Pompéia, na zona Oeste da capital.

Já que ninguém pergunta, pergunto eu: como?

O próprio ex-atleta, segundo as reportagens que li, disse aos policiais que toma tranqüilizantes e havia ingerido pequena quantidade de vinho. Ah, tá.

A sorte é que, justamente por ser um local tranqüilo, o acidente não feriu nem matou ninguém. Sorte de quem, por fatalidade, não estava ali.

Se não tenho nada a ver com a vida do Casão, como cidadão acho terrível que celebridades usem seus carrões nas ruas como se usassem armas. E ninguém fala nada.

Duro de assistir...

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Gostaria de discordar do tom do post do Anselmo sobre o Derby de ontem, mas não posso. O Corinthians praticamente não jogou. O Palmeiras, que também fez muito pouco, foi mais alto que o Nelson Ned, numa comparação politicamente incorreta. O jogo foi duro de assistir, óbvio que ainda pior para os corintianos.

É uma tristeza ver o meu time tão desorganizado, tão sem pé nem cabeça. Ficou todo mundo lá atrás quase o jogo todo e mesmo assim não conseguia se defender de forma segura, estourava tudo em Felipe. Os contra-ataques morriam numa enxurrada poucas vezes vista de passes errados.

Meu pai disse que falta atitude para os jogadores do Corinthians. Talvez, mas eu acho que o problema é de limitação técnica e tática mesmo.

Sobre tática, levanto uma questão. Depois do gol alvi-verde, o Timão resolveu ir para a frente e passou a sofrer menos. Não teve nenhuma chance claríssima, mas tomou menos sufoco. É praticamente consenso que, quando seu time é ruim, monte uma retranca. Será que isso sempre se aplica?

Bêbado em ladeira

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A vitória de 1 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians no Morumbi, no domingo, 23, teve resultados extremados na tabela. Enquanto o alviverde foi parar entre os quatro primeiros, o alvinegro de crises mil, foi para o G4 que ninguém quer estar: o do rebaixamento.

Vitória foi magra, mas foram quatro as defesas de Felipe, o arqueiro instável. Apenas uma de jogada individual de Caio. O restante, embora em importantes jogadas, saíram de escanteios e quetais. O próprio tento verde-limão-siciliano saiu em cruzamento a partir lance de bola parada.

A questão é que, se o Palmeiras não foi brilhante, fez o suficiente para criar a impressão de que foi bem superior ao adversário sem-estádio, sem-técnico, sem-presidente. É a comparação com um time bêbado em ladeira, devidamente empurrado.

Mesmo assim, é bom ganhar do Corinthians. Vida longa à ladeira e à embriaguez alvinegras.

sábado, setembro 22, 2007

Reprise

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A imagem é do blog Peixe-Palhaço e a Placar de fevereiro de 1971 mostra que escândalo no Corinthians não é propriamente uma novidade...

sexta-feira, setembro 21, 2007

João Paulo Cunha, mídia, ‘mensalão’ e CPMF

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Eduardo Metroviche
Esta semana, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) deu uma entrevista ao repórter Leandro Conceição, do jornal Visão Oeste, de Osasco, que por acaso eu edito. Um dos temas sobre os quais ele falou, claro, é um dos que mais abordamos aqui no Futepoca: mídia. “Aquela faixa na comemoração da vitória do Lula na Paulista era e é uma frase emblemática: ‘o povo derrotou a mídia’. É verdade, a mídia continua fazendo o papel que a oposição não consegue fazer”, disse.

Evidentemente, ele é questionado sobre o chamado “mensalão” e diz por que é a favor da CPMF. Ser contra a CPMF hoje é um dos lugares-comuns mais difundidos, embora a maioria que diz ser contra não saiba explicar a não ser com os chavões de sempre.

Enfim, a quem interessar possa, a entrevista está aqui.

Movimento Fica, Dualib sofre Golpe

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Ainda não é mortal, mas o movimento Fica, Dualib sofreu grande golpe nesta sexta-feira. Segundo o ex-jornalista e atual sei-lá-o-quê Juca Kfouri, nosso herói enviou nesta sexta-feira carta de renúncia à presidência do clube.

Hoje à tarde, o presidente do Conselho Deliberativo formalizará a decisão e convocará eleições.

Que pena, como farão agora os adeptos do movimento com o ex-presidente saindo do Curinthia antes de terminar sua obra, o time na segundona?

Mas acho que o próximo habitante da presidência do Parque São Jorge conseguirá o feito ainda neste ano...

Adriano bebia até para dormir

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Mostra de que dois dos pilares do Futepoca andam muito juntos são as notícias sobre o comportamento do centroavante Adriano, da Inter de Milão e titular da seleção brasileira na Copa de 2006. Nesta sexta-feira, 21, ele admitiu, segundo a Agência EFE, que bebia até para dormir.

O figura havia sido flagrado molhando a palavra por diversas vezes, e exagerando outras tantas. Os efeitos soníferos do álcool não são conhecidos pelos autores do Futepoca exceto por meio da literatura, já que reina aqui o comedimento.

De tantos problemas com a água que passarinho não bebe, Adriano não foi inscrito na Liga dos Campeões. Mesmo não sendo um problema exclusivo o brasileiro, o fato é que as noitadas reduziram o desempenho do "Imperador".

Adriano reconheceu ter perdido um ano e meio de sua vida, mas explicou que são coisas que podem ocorrer com qualquer um. E que o importante é que a gente aprende com essas coisas. De volta aos gramados, ninguém sabe se ele voltará a ser ídolo do clube italiano.

A distância do filho e da mãe, até este ano, e outros motivos que ele não revela por completo o deixaram deprimidos. Felicidade o salário milionário não garantiu. "É claro que o dinheiro ajuda, mas a felicidade não pode ser comprada. Quando você está mal, o dinheiro não te ajuda", ensina.

O diagnóstico da família do atleta é de que ele é uma boa pessoa, o que faz com que muita gente queira se aproveitar disso para enganá-lo. Ele não explicou quais foram os contextos em que ele foi enganado nem quantas ele tinha tomado antes desses episódios. Mas a existência desses aproveitadores reforça a teoria do mestre Mouzar Benedito, ex-jurado de concursos de cachaça, de que, para o pessoal parar de beber, teria que, antes, melhorar o mundo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ana Paula só volta aos gramados em 2008

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira foi reprovada no teste físico anual da Fifa na tarde desta quinta-feira, 20. Ela está com uma inflamação óssea no tornozelo. A recuperação deve durar mais do que cinco dias, prazo para o próximo teste, na terça-feira. Por isso, ela só deve retornar aos gramados em 2008, no Campeonato Paulista.

Na terça-feira, ela teria uma última chance. A contusão teria ocorrido na preparação e, não fosse a motivação, ela declarou que nem tentaria participar. A reprovação instiga a polêmica a respeito da capacidade ou não das mulheres acompanharem os 90 minutos de um jogo. Como ela adiou o teste da semana passada, fica claro que a inflamação existe.

Na primeira parte, de seis tiros de 40 metros em 6,4 segundos, Ana Paula conseguiu. Mas na fase seguinte, parou na sétima das 20 repetições de corrida. Ela teria 35 segundos para correr 150 metros, seguido de 45 segundos para andar 50 metros e disparar novamente.

A última partida que teve a moça abrilhantando as laterais foi a semifinal da Copa do Brasil, em maio. Na ocasião, a partida entre Botafogo e Figueirense, quando anulou dois gols da equipe carioca e foi posta na geladeira.

Os fãs da bandeirinha terão de se contentar em vê-la na edição de extra da Playboy ou em alguma aparição relâmpago, como o desfile de moda na semana passada.

Divulgação

Desprendimento

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Um grupo de austríacos está tentando mostrar ao mundo, de forma radical, que o que interessa no futebol é a arte, não interesses políticos, econômicos ou coisa que o valha.

Criaram o site Rueckgrat (não sei o que significa) para realizar um abaixo assinado online. Querem que a Áustria desista voluntariamente de jogar e sediar a Eurocopa 2008. O motivo? É nobre:

"A performance da seleção da Áustria é um insulto ao seu senso estético assim como da sua expectativa em relação a esse esporte. A participação deles na Euro 2008 é, para você, uma contradição em si mesma" (tradução porca)

Os voluntários confeccionaram uma camiseta para a campanha. Estranhamente, o formulário para assinar a petição não traz o Brasil (ou qualquer país não europeu, como alertou o comentarista Guillermo) na lista de países. Não podemos ajudar no movimento, oras?

O exemplo dos autríacos nos forçaria a pensar em algo parecido para o campeonato brasileiro?

Cerveja salva vida de dona do bar

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Deu no Diário do Grande ABC. A maior chacina do ano no estado de São Paulo, que vitimou oito pessoas em um bar de Ribeirão Pires, só não teve um desfecho ainda mais trágico por conta de uma cerveja. “Eu só sobrevivi porque estava pegando uma cerveja no freezer na hora em que os tiros começaram”, conta R., de 30 anos, dona do estabelecimento. Como o refrigerador fica na parte de trás do bar, a moça não foi vista pelos atiradores.

O bar foi uma herança do marido, morto há cinco meses. Nas redondezas, sua fama não era muito auspiciosa: o local era conhecido como "bar dos nóias". No entanto, R. nega que houvesse tráfico de drogas ali. “Lá não tinha tráfico como foi falado. Algumas pessoas usavam, mas fora do bar.”

O atual namorado de R., Reinaldo Teodoro de Souza, foi apontado como um dos principais alvos dos criminosos, mas a comerciante nega a possibilidade. “Ele não usava drogas. Eu consumia cocaína e ele ficava bravo comigo. No dia da chacina, eu tinha usado escondida dele. Até o cigarro ele queria que eu largasse.”

Para lamento dos manguaças de lá, o bar não abrirá mais.

Fim do momento programa policial.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Fotógrafo (e manguaça) João Colovatti vira livro

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Colovatti em pleno expediente, descansando seu barrigão entre mendigos em frente ao Diário do Grande ABC (Foto de Luciano Vicioni)

"Como fotógrafo, ele tinha um olhar voltado para as pessoas simples, uma visão muito humanista. Mas sem qualquer posição política. O Colovatti não era engajado em questão nenhuma que não fosse a cachaça". Com estas observações, o repórter fotográfico Marcello Vitorino resume o folclórico colega de profissão João Colovatti, falecido em 2001, aos 56 anos.

Manguaça assumido e empedernido, Colovatti trabalhou no Diário do Grande ABC, em Santo André (SP), entre 1971 e 1993. Todos os que trabalharam com ele contam histórias absurdas sobre porres e palhaçadas. Vitorino, que trabalhou no DGABC entre 1997 e 1999, sempre ouvia esses causos. Por isso, resolveu escrever o livro "Revelações de um anti-herói".

"Entrevistei umas 20 pessoas, inclusive familiares e o próprio Colovatti. Estou fechando os textos e negociando com uma gráfica de São Caetano", revela, com exclusividade, ao FUTEPOCA. Um de seus principais entrevistados foi o repórter fotográfico Luciano Vicioni. "O Colovatti era louco, escondia pinga no meio dos produtos químicos de fotografia e encheu o laboratório de gaiolas com passarinhos", lembra Vicioni, às gargalhadas.

"Um dia, no meio do expediente, ele me perguntou se eu duvidava que ele ia dormir no meio dos mendigos, na rampa de grama em frente ao Diário do Grande ABC. Eu disse que ele tava louco, mas fui atrás. E ele deitou lá com os caras e tirou uma soneca, eu até fotografei", acrescenta. "Teve uma vez que ele foi fotogarafar uma casa abandonada com fama de mal assombrada, em Mauá. Ele entrou sozinho, deu uma cagada no meio da sala e voltou dizendo que, depois disso, nenhum fantasma ia voltar lá!", diverte-se o "discípulo" Vicioni.

O jornalista Walter Venturini também guarda lembrança das loucuras de Colovatti: "Às 10 da manhã ele já parava no primeiro boteco e pedia meia cerveja e um copo de Velho Barreiro. Era a conta. Uma vez, no meio de uma pauta, ele me convenceu a roubar abacate dentro do cemitério da Vila Assunção, em Santo André. Quando a gente tava em cima da árvore, o coveiro apareceu e expulsou todo mundo".

No início dos anos 80, a partir da esquerda: os fotógrafos Luciano Vicioni, Ricardo Hernandes e João Colovatti (Foto do arquivo do Diário do Grande ABC)

Entre as dezenas de histórias compiladas em 150 páginas de entrevistas, Marcello Vitorino destaca uma contada pela repórter Sônia Nabarrete, formanda da primeira turma de Jornalismo da Metodista, de São Bernardo. "Ela lembra que um dia uma mulher foi até o balcão do Diário do Grande ABC reclamar que a vizinha tinha feito um despacho contra ela. E, para provar, carregava o 'kit macumba' embaixo do braço: galinha morta, pipoca, pinga, vela preta e tudo mais", narra Vitorino.
"A mulher dizia que ia botar fogo naquilo. Nesse momento, o Colovatti estava voltando de uma pauta com a Sônia e, ao ouvir a ameaça, passou a mão no litro de cachaça e disse: '-Se vai queimar, então deixa a pinga. É minha!'. E levou embora, não tava nem aí!", conclui o fotógrafo/escritor.
Por essas e outras, "Revelações de um anti-herói" promete uma ótima leitura para os apreciadores da "marvada". Sua benção, João Colovatti! E um gole pro santo!

Uma obra absurda

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Foto: Eduardo Maretti
Lembram do famoso buraco do Metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007, quando um desabamento destruiu um quarteirão inteiro em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo)?
Alguém se lembra de um pronunciamento importante do governador José Serra sobre o caso? A culpa, segundo ele e segundo a imprensa, foi do Consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez).


Hoje, nova notícia (Na Folha de S. Paulo, para assinantes). “Erro no metrô causa desencontro de túneis”. Isso mesmo, túneis escavados a partir de pontos diferentes, e que deveriam se encontrar, se desalinharam em 80 centímetros nas obras da Via Amarela, no local de conexão dos túneis Caxingui/Três Poderes, (mesma zona oeste). O consórcio responsável diz que não é grave.

A matéria da Folha não cita sequer uma vez os termos “governador”, “José Serra” ou mesmo “governo de São Paulo”. Provavelmente eles não têm nada a ver com isso. São observadores privilegiados da imensa obra.

Mas deu certo alívio ao ler a matéria, porque, pelo menos por enquanto, ninguém atribuiu a culpa pelo desencontro dos túneis ao presidente Lula.

Sábado, 22, dia da virada de copo

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Fora o truco, a sinuca e o dominó, esportes de buteco que todo futepoquense conhece as regras e já praticou na vida, dá uma preguiça danada dessa virada du Kassab, no dia 22, que inclui até declamação de poesia e batalha de DJs. Parece coisa de Kassab...

Como coincide com o dia sem carro, vai aí a sugestão aos manguaças futepoquenses e associados e associadas.

Praticar um esporte recordista em adesão.

A virada de copo.

Não tem regra, só precisa de um conteúdo líquido, necessariamente alcoólico, se possível praticado em grupo na mesa de boteco.

O Vavá pode até organizar o treinamento dos atletas desde hoje.

Aliás, essa história de dia sem carro é plágio do Dia sem Busão e não afeta muito os futepoquenses empedernidos, que têm no bilhete único o passaporte de acesso aos butecos.

Bebamos, pois...

Cerveja faz mais bem a saúde até 15 dias depois de fabricada

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As substâncias benéficas à saúde contidas na cerveja só vão parar no copo até 15 dias depois da data de fabricação. A conclusão que deve nortear a vida dos ébrios de plantão é do mestrado da pesquisadora Priscila Becker Siqueira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seis meses, a cerveja perde metade de seus compostos benéficos.

Foto: Jornal da Unicamp/Divulgação
O cerne do trabalho da pesquisadora eram as substâncias antioxidantes. Segundo o Jornal da Unicamp, a cada oito ou dez dias, Priscila colhia amostras e realizava cinco testes bioquímicos diferentes para verificar as mudanças decorrentes do envelhecimento.

Ao mesmo tempo, eram feitas as análises sensoriais para quantificação do aroma e sabor. Infelizmente, nenhum dos autores do Futepoca foi convidado, mas os resultados foram alarmantes. Quanto mais passa o tempo, mais aumenta o aroma e o sabor de papelão, o principal indicador sensorial do processo de oxidação da cerveja, e menor quantidade de compostos fenólicos na cerveja mais envelhecida. O prazo de validade médio da cerveja é de seis meses.

A cerveja, ao que consta, é antioxidante e tem compostos fenólicos, quer dizer, previne doenças cardiovasculares e tem atividade antiinflamatória.

terça-feira, setembro 18, 2007

O Triângulo das Bermudas do Palmeiras

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Meu irmão Paulo, palmeirense roxo, costuma reclamar e dizer que o departamento médico do Palmeiras é incompetente. Quem entra ali, não sai mais, diz ele. Eu diria que é uma espécie de triângulo das Bermudas. Já ouvi até comentários de que Osama Bin Laden pode estar escondido lá, e não nas montanhas ou cavernas onde todos acham que está.

O cara que vai para o DM do Alviverde corre risco de desaparecer ou tirar longas férias dos gramados. O caso mais recente é o chileno Valdívia, que já era considerado a arma para o clássico contra o Corinthians domingo, mas... Ao contrário do que previam os médicos, o atacante voltou a sentir dores lombares e virou dúvida para o clássico. Ele está contundido desde 29 de agosto, dia do jogo com o São Paulo.

Um cara com dores lombares no Palmeiras fica tanto tempo no DM quanto um que tem distensão muscular em outro clube.

Mas tem uma boa notícia para os palmeirenses. O goleiro Marcos, depois de um tratamentozinho de seis meses, finalmente está pronto para voltar, segundo os médicos do clube. Deve ficar no banco, domingo. Mas é bom esperar, porque pode voltar ao tratamento antes disso.

'Quadrilha' furta camisa do Palmeiras

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Quando eu digo que na minha cidade só tem palmeirense, tem quem não acredita. Pois vejamos essa nota da Tribuna de Taquaritinga:

Ladrões são filmados furtando camisas de times

O gerente de uma loja de calçados e artigos esportivos registrou o furto de 11 camisetas de clubes de futebol e de passeio, na tarde da última terça-feira (11), na Rua Prudente de Moraes. De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens e uma mulher entraram na loja e, enquanto a moça distraía a vendedora, os rapazes furtavam as camisas, dentre elas, uma do Palmeiras. Segundo as informações do gerente, o sistema de segurança flagrou e registrou as imagens através das câmeras no momento do furto. A Polícia Civil de Taquaritinga investiga o caso.

Ps.1: Taquaritinga fica no interior de São Paulo.

Ps.2: E quem disse que a Polícia Civil de Taquaritinga não trabalha, hein?

A sutileza da grande mídia

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Como diria a filósofa e futepoquense honorária Brunna, se você fica prestando muita atenção nas coisas realmente não dá vontade de fazer mais nada. Mas os chatos já nascem assim e só aprimoram sua verve durante a estada no mundo material. Assumindo plenamente a condição e não tendo a mais tênue intenção de mudar, não dá pra não se sentir idiota lendo os jornalões brasileiros. Hoje a Folha On Line traz um claro exemplo disso.

A matéria é intitulada "Ministro atuou no mensalão mineiro, diz PF", destacando que o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (PTB), para indicar políticos que receberiam dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB). O esquema é tucano, pra campanha tucana, feita por tucano e o destaque é... o ministro do Lula. Que, à época, era aliado... dos tucanos.

Vamos relevar isso. Relevemos também o fato do envolvimento de Aécio Neves, figura de proa do tucanato, estar escondido depois do meio da matéria. Vamos às questões semânticas. O site/jornal já definiu o marcador "mensalão mineiro". Sim, o tal esquema pertence ao estado, não a um partido. No texto, a expressão "mensalão mineiro" aparece cinco vezes.

Já quando se faz analogia ao similar petista, as expressões são mais, digamos, "assertivas". A expressão "mensalão petista" aparece duas vezes e "esquema petista" aparece uma. Ainda que a notícia se relacione com o partido de Azeredo, a sigla PSDB aparece duas vezes, o mesmo número de PT. Em nenhum trecho pode ser lida a palavra "tucano". Nem Goebbels faria melhor. E parece que é muito natural isso, fazem sem qualquer esforço.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Parada Lésbica pede: "seja lésbica por um dia"

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A 3º Parada Lésbica de Brasília, realizada no domingo, 16, reuniu 6 mil pessoas, segundo a Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, organizadora da manifestação. A partir do lema "seja lésbica por um dia", o objetivo foi combater o preconceito e a discriminação contra homossexuais e bissexuais.

Para a diretora da Coturno de Vênus, Kelly Kotlinski, a receptividade foi positiva por parte da população. Segundo ela, a adoção de uma pauta mais política, desde 2006, contribuiu para ampliar a visibilidade lésbica, objetivo principal da manifestação.

Ela foi entrevistada pela revista Fórum.

"Prova dos nove" OU "Chupa, Estadão!"

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Ainda inconformado com a ótima avaliação do governo Lula, em pesquisa feita pós-linchamento do "apagão aéreo", o jornal Estado de S.Paulo decidiu tirar a prova dos nove. O resultado, publicado na edição de hoje, é hilário. A pesquisa Estado/Ipsos perguntou quem era o maior responsável pela estabilidade da economia. Resposta: Lula, com 67%, e Fernando Henrique Cardoso (sempre dão um jeito de ressucitá-lo!) com 7%. Depois questionaram os pesquisados sobre quem teve o melhor desempenho no apoio aos pobres. E deu Lula de novo (80%), deixando o sociólogo que falava francês comendo poeira (9%). Aí perguntaram sobre melhoria do poder de compra do brasileiro: Lula 73% x 16% FHC. Não satisfeito, o Estadão quis saber sobre o custo da cesta básica. Pra variar, deu Lula outra vez (73% acham que está melhor nesse governo, contra 15% no anterior). E, pra salgar a terra de vez, 66% dos pesquisados acham que o controle da inflação (bandeira-mor - ou única - de FHC) está muito melhor agora, e 19%, no governo passado. Os resultados pró-Lula foram tão acachapantes que, de candidata a manchete do jornal nesta segundona, o levantamento mereceu apenas uma discreta chamada de capa. O que será que o Estadão vai inventar agora?

O ronco e a derrota

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A derrota do Palmeiras contra o Atlético-PR na Arena da Baixada deixou o Verdão fora da área de classificação para a Libertadores, sem a zaga titular – Gustavo e Dininho suspensos – e ainda sem Edmundo, em tratamento de mais cinco semanas por motivo de fratura. Valdívia volta contra o Corinthians, em um jogo encardido. Apesar de acreditar na vitória como é recomendado ao torcedor, a certeza de que clássico é clássico recomenda prudência. Além disso, o Timão (sic) quer vitórias assim para esquecer um pouco a crise da investigação da Polícia Federal sobre a gestão Alberto Dualib e a parceria com a MSI. Aliás, esse princípio seria suficiente para os corintianos também torcerem por uma vitória verde, para que as denúncias não sejam aplacadas por nada e que se vá até o fim, se possível, até a série B para mostrar como Dualib foi ruim.

Feita a introdução propositiva, descrevo a melhor parte do que assisti do jogo.

Domingo que tem almoço na casa dos sogros tem aquela fartura e, dali um pouco, eram 16h. A TV é ligada, canal de cá, canal de lá, meu sogro sintoniza Luciano do Valle com comentários de Neto e Oscar Roberto Godoy. Coragem. O jogo começa, uma cabeçada ameaça o gol de Diego Cavalieri. De resto, caneladas, entradas duras, divididas, chutão. No nível do Campeonato Brasileiro.

Eram jogados uns 15 minutos, as quatro horas de sono na sexta e as cinco no sábado – tudo sem ressaca – começaram a cobrar seu preço pós-almoção.

Os olhos pesam, percebo que vou cochilar em instantes. Não é comum ficar até esse horário nem assistir futebol com ele, então um constrangimento surge por conta disso. Afinal, na primeira partida do lado de um parmeirense do Pari – quase da Mooca – mesmo que ele não siga o padrão torcedor-doente, seria uma lástima, uma derrota para a reputação de qualquer genro bem-intencionado e torcedor do mesmo time.

Aumento a concentração, inspiro profundamente para oxigenar o cérebro e permanecer acordado. Não mexo a cabeça para não evidenciar o sono que eu imaginava estar estampado na testa. Conto até dez.

Antes de chegar ao número nove na minha contagem silenciosa, ouço uma respiração alta. Mais alta: é um ronco. E o áudio do sono vai se aprofundando cada vez mais à vontade.

Eu ainda continha o riso quando saiu o gol de Netinho, em falta cometida por Dininho. A coisa ficou sem graça e fui embora para não correr mais riscos.

Balanço completo dos 71 anos de San-São

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Disputa de bola no polêmico 1 x 1 do Paulistão de 2007


Comos os dois clubes não se enfrentam mais este ano, aproveito para fazer um balanço geral dos 71 anos de confronto entre Santos e São Paulo. De abril de 1936 até a partida do último sábado, foram 254 jogos, com 84 vitórias do alvinegro praiano, 61 empates e 109 vitórias do tricolor. O Santos marcou 356 gols e o São Paulo, 418. As duas maiores goleadas do clássico ocorreram no Pacaembu: em 7 de março de 1963, o Santos venceu por 6 a 2, pelo Torneio Rio-São Paulo, e, em 18 de junho de 1944, o São Paulo goleou por 9 a 1, pelo Campeonato Paulista. Os maiores artilheiros do confronto são: Pelé, pelo Peixe (31 gols), e Serginho Chulapa, pelo Sampa (21 gols).

A maior parte dos jogos entre os dois clubes aconteceu pelo Paulistão: em 152 partidas, 42 vitórias do Santos (208 gols pro), 42 empates e 68 vitórias do São Paulo (271 gols pro). Em seguida, vem o Brasileirão: 41 jogos, 17 vitórias santistas (51 gols pro), 6 empates e 18 vitórias tricolores (52 gols pro). No Rio-São Paulo, foram 18 duelos, 8 vitórias do Santos (que fez 36 gols), 3 empates e 7 vitórias do Sampa (33 gols). Em outros torneios nacionais, 17 partidas, 8 vitórias do alvinegro praiano (28 gols), 3 empates e 6 vitórias do time da capital (21 gols).

Em 16 amistosos, houve 6 vitórias do Santos (20 gols pro), 2 empates e 8 vitórias do São Paulo (26 gols pro). Completando a lista, 4 jogos pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (uma vitória do Santos, e 3 empates), 2 pela Copa Sul-Americana (1 vitória santista e 1 empate), 2 pela Supercopa da Libertadores (1 vitória do São Paulo e 1 empate) e 2 por outros torneios internacionais (1 vitória pra cada lado). Em todos estes jogos, 8 gols do Peixe e 11 do tricolor.

Já em decisões de campeonato, o Santos leva vantagem: venceu os Paulistas de 1956, 1967 e 1978 contra o Sampa. E o tricolor bateu o alvinegro praiano nas decisões do Paulistão de 1980 e 2000. Ainda em partidas decisivas, os são-paulinos não se esquecem do gol de Darío Pereyra aos 46 do segundo tempo (2 x 1), na primeira partida semifinal do Paulista de 1983, e os santistas saboreiam até hoje as duas vitórias nas oitavas-de-final do Brasileirão de 2002 (por 3 a 1 e 2 a 1), que despacharam o tricolor do campeonato e abriram caminho para a conquista do Peixe.

Por fim, o Morumbi é o estádio que mais recebeu o clássico: em 86 partidas, 20 vitórias do Santos, 41 do São Paulo e 25 empates. Em seguida vem a Vila Belmiro: 82 jogos, 38 vitórias santistas, 26 são-paulinas e 18 igualdades. E o Pacaembu sediou outras 71 partidas entre os dois clubes, com 21 vitórias do Peixe, 38 do tricolor e 12 empates.

Beleza pura

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Dois lances de encher os olhos na última rodada do Brasileirão: o drible de bate-pronto do Dagoberto sobre o Domingos, no sábado, e o elástico do Dodô pra cima do Fábio Braz, no domingo. Nem falo do Kerlon, que apanhou do Coelho, porque seu "drible de foca" não é novidade. Mas não tem jeito: habilidade com a bola no pé é coisa, prioritariamente, de brasileiro.

4 a 3, mas podia ser melhor para o Galo

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Claro que o título explica-se pela parcialidade do autor. Mas vale a pena refletir sobre algumas coisas do clássico de ontem entre Atlético e aquele time de azul (nunca escrevo esse nome).

Tentando ser justo, eles começaram melhor, fizeram dois gols em descuido do Atlético. Claro que no segundo gol o pênalti foi cometido fora da área (a regra mudou?), mas isso já estou acostumado. Podem falar que é choro, mas acho que o juiz errou também no pênalti para o Atlético. O Fábio saiu na bola e o Danilinho tropeçou nele. Aliás, aí, outro erro. Se foi pênalti, o jogador do Galo ia sair livre para fazer o gol, o Fábio tinha de ser expulso, ou não?

Mas não é sobre isso que quero escrever. Na realidade, depois dos dois gols o Galo jogou como nunca neste campeonato e empatou, passou à frente jogando mais. Ao final, pelo esforço, faltaram pernas, até porque entraram três jogadores que não estavam atuando em nenhuma partida (Carpini, Marcinho e Marinho). Com o esforço, o time morreu nos últimos 20 minutos.

Outra diferença foi que os azuis tinham o Guilherme no banco, que será craque, ou pelo menos um atacante muito bom, e o goleiro do Galo não jogou nada. Nem vou culpar o Edson, porque a m... foi não ter dinheiro e vender o Diego e o Bruno por qualquer trocado em menos de um ano.

O último lance polêmico foi a entrada do Coelho no "foquinha". Tendo tomado a virada, com o Galo perdendo, ele foi fazer foquices na lateral e levou um encontrão do Coelho, que acabou expulso. Acho que tinha de expulsar mesmo e que não se pode impedir o Kerlon de fazer jogada de habilidade. Mas que ele corre muito risco pelo momento e pelo nervosismo do jogo, ele corre. Como disse um torcedor do Galo no Orkut, por que ele não fez isso quando estava 4 a 0 para o Galo no jogo do começo do ano?

De resto, sobrou um time perigosamente perto do rebaixamento, a 1 ponto, e outro que vai morrer na montanha de Minas (porque não tem praia), já que o São Paulo ganhou o título. Sobre o rebaixamento, estou menos preocupado porque o Galo, embora perdendo, está jogando bem, depois de nove meses afastado por contusão voltou o artilheiro Marinho e existem times bem piores nesse campeonato. É pouco, eu sei, mas o que fazer...

domingo, setembro 16, 2007

Ninguém segura o Tricolor

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Ontem o campeonato brasileiro poderia até ter ganho um pouco mais de graça. Pros torcedores rivais do São Paulo, claro, porque os sãopaulinos estão rindo à toa. Não deu. O Santos até vazou a defesa tricolor mas a diferença entre um time que tem conjunto e outro que vai trocando de jogadores no meio da competição sem qualquer tipo de planejamento ficou evidente.



O esquema do "gênio" Luxemburgo foi o mesmo de qualquer treinador de time pequeno. Jogou atrás, com marcação forte no ataque e meio-campo adversário, trazendo o São Paulo para atuar quase todo o tempo em seu campo. Assim, tentava-se tirar um dos três zagueiros do adversário e aproveitar o contra-ataque.


O sistema ruiu no início do segundo tempo. O Santos conseguiu trazer um dos três beques tricolores pro ataque. Mas não pra aproveitar sua lacuna e sim para tomar gol. O excelente Breno fez boa jogada, com direito a "drible de joelho", mostrando que zagueiro, mesmo bom, ainda assim é zagueiro. Deixou seus "marcadores" Pedrinho e Petkovic pra trás para fazer seu gol. O lance deixa claro que meia ofensivo, mesmo quando tenta marcar, é meia ofensivo.


E o meio-de-campo mostrou não apenas a diferença de qualidade técnica entre as duas equipes como também duas posturas absolutamente distintas, em função de como cada técnico armou seu time. Se o meio sãopaulino não tem nenhum craque, conta com jogadores que conseguem tanto marcar como chegar com força no ataque, variando inclusive as posições nas alas. Tanto que boa parte das jogadas do time no primeiro tempo nasceram dos pés de Richarlyson, que atuou mais pela esquerda. O Santos tem o excelente defensor, Maldonado, que apóia muito mal. Rodrigo Souto ficou preso na marcação e os outros dois meias se perdem quando tem que defender. Deu no que deu.


Se Luxemburgo tivesse sido mais ousado e colocado Rodrigo Tabata e Vitor Junior antes, a história poderia ter sido outra. Mas sobrou a pequeneza para o comandante santista. Poderia não ter dado em nada, mas nem mesmo os times medíocres que o Santos teve nos anos 1990 jogavam como ontem no primeiro tempo. Um clube que é o maior fazedor de gols da história do futebol profissional no mundo merecia um pouco mais de ousadia ofensiva. Mesmo que fosse pra perder.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Santos consegue manter Neymar, de 15 anos

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De acordo com notícias veiculadas na tarde de hoje, o Santos conseguiu acertar a permanência do jovem Neymar no clube.

O moleque tem 15 anos. Considerado uma das maiores promessas da base do Santos, o garoto estava prestes a se transferir para a Europa, cobiçado por grandes clubes, principalmente o Real Madrid. Selado o acordo com o Santos, o pai do menino, também seu procurador, disse: "Todo mundo ficou feliz. O importante é ver meu filho jogando tranqüilo e feliz".

Sabem com quem o Peixe acertou a permanência de Neymar? Sim, ele mesmo, o empresário Wagner Ribeiro (qualquer semelhança com Robinho será mera coincidência?).

Segundo se divulgou, a multa rescisória do contrato assinado é de US$ 25 milhões. Realmente, não sei onde vamos parar. Em breve, não haverá nem escolinhas nos times brasileiros. Será tudo arrendado pelo capital internacional.

Mas, pelo menos (espero não queimar a língua), o Neymar fica. Espero.

Politicamente incorreto (total!)

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Nós, jornalistas (essa raça!), costumamos receber releases com todo tipo de material informativo. E é inevitável, nessa avalanche de emeios, encontrar algumas coisas curiosas, engraçadas ou simplesmente inacreditáveis. Pois, nessa última categoria, recebi hoje um exemplo do que pode ser considerato como politicamente incorreto - ao extremo. O simpático release chegou com o título de "Panfletagem marcará Dia das Pessoas com Deficiência". Aí, lá pelas tantas, o texto abre aspas: “Seu objetivo é conferir mais dignidade às pessoas com deficiência, para garantir seus direitos em igualdade com as demais”, disse o coordenador da Comissão dos Portadores de Deficiência, E.S.N, o Perninha. (o grifo é nosso)
Botei só as iniciais para preservar o cidadão. Mas quem fez o release não teve o cuidado nem de omitir seu apelido, que, convenhamos, contradiz todo o sentido do evento que está sendo divulgado.

Ana Paula falta a teste físico para desfilar com cartão vermelho

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira participou na quinta-feira, 13, da segunda noite de desfiles do Oscar Fashion Day. A marca esportiva Umbro exibiu blusinhas cor-de-rosa, mas a bandeirinha mostrou mesmo foi o cartão vermelho e animou a platéia. A piada fica ainda mais sem graça levando em conta que a moça faltou ao teste físico anual da Fifa, realizado na manhã do dia anterior.

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, declarou que Ana Paula telefonou avisando que estava contundida. Os fãs que a admiraram na passarela não perceberam indícios de contusão e muito menos sinais de que ela estaria fora de forma.

Ela terá uma nova oportunidade para o teste na próxima quinta-feira, 20, junto com os outros ausentes. A bateria consiste em seis tiros de 40 metros percorridos em 6s40, seguido de 20 tiros de 150 metros em 35s, com pausas de 40s entre cada corrida. Quem aí se garante? Ao que consta, não há diferenças entre os testes masculino e feminino.

Playboy extra
Enquanto isso, a revista
masculina Playboy
anunciou uma edição extra
com fotos inéditas da
Ana Paula. Querem
repetir os 250 mil
exemplares vendidos, um
recorde para o ano.







Adicionado às 17h10
Em resposta ao comentário do Marcão, mais uma foto.




















E atendendo ao apelo da Thalita e para mostrar que o Futepoca é democrático e não-machista em atender apelos que podem trazer mais audiência, uma foto do Diego Cavalieri pequena, porque nada tem a ver com o post. Quem quiser ver melhor, que clique na foto de divulgação.

Ainda o caso Bosco x Parque Antarctica

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O embate travado nos comentários ao post do Anselmo sobre o caso Bosco é um dos melhores da história deste blog, em termos de relaxamento dos músculos faciais. Sensacional! Fechando o jornal, perdi o bonde, e ri bastante com o embate, mas acho essa discussão importante, por isso venho a vós.

A frase da Thalita num comentário: “Se não tivesse sido filmado, ninguém saberia do caso”... é fundamental. O Bosco usou de má-fé, tentando enganar e ludibriar “ôtoridades”, mídia e torcida simulando algo que não aconteceu, para, sim, prejudicar o Palmeiras. E no estádio do Palmeiras! É muita arrogância. Tenha dó, gente. Vamos chegar a um acordo: não cinco, mas 13 jogos de suspensão, e fora do Brasileiro. No mínimo. Essa seria uma justiçazinha.

Repito: na Vila Belmiro, em 11 de março (Santos 1 x 1 São Paulo), testemunhei o (atacante?, meia?, coringa?, craque? – he he he) Leandro sair ao vestiário no intervalo provocando a torcida do Santos com gestos obscenos. Isso pra mim é incitação à violência. Pô! Um jogador de futebol de um grande time não pode fazer isso. Não é anti-sãopaulinismo, mas a arrogância dos chamados tricolores pra mim ultrapassa o aceitável.

É interessante a abordagem do site Futebol do Interior ("Goleiro-ator é punido pelo STJD por apenas uma partida") sobre o caso Bosco-Parque Antarctica: “O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, teve uma ‘ajudinha’ do STJD (...). O jogador pegou apenas um jogo de punição pela denúncia de simulação após a partida contra o Palmeiras. Ele também foi absolvido por unanimidade pela realização de gestos considerados ofensivos contra a torcida alviverde. Os dois casos foram registrados por câmeras de televisão (...) No depoimento, o goleiro afirmou que colocou a mão em sua cabeça involuntariamente, sem intenção de parecer ter sido agredido”.

Involuntariamente? Fala sério!

É muito pertinente a analogia (juridiquês!) entre os casos Bosco e Rojas, com a ressalva: não tem nenhum sentido a absurda (e onipotente) condenação definitiva de Rojas, e tampouco a absurda condescendência com a cafajestagem do "titular absoluto do banco de reservas" Bosco.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Adeus, Pedro de Lara

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Faleceu aos 82 anos hoje Pedro de Lara. Mais que um humorista, o maior jurado da televisão de todos os tempos, um mito na arte da avaliação crítica televisiva. Além disso, ainda foi Salsi Fufu, personagem épico do saudoso programa do Bozo. A ele, nosso muito obrigado e a certeza de que não deixaremos de beber o morto.
Como é sempre bom lembrar de um grande homem em seu apogeu, postamos um vídeo do próprio no quadro Banheira do Gugu. Saudades, Pedro.

Bosco suspenso com um jogo. Só um.

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O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela expressiva pena de uma partida de suspensão. Câmeras de TV flagraram o atleta com a mão na cabeça entregando uma pilha para o árbitro do jogo contra o Palmeiras, no Parque Antártica. Ele poderia ter sido condenado a até 20 partidas.

Agora o tricolor paulista terá problemas para compensar a perda. Titular absoluto do banco de reservas, Bosco atuou em seis partidas até agora no campeonato.

Parece que colou parcialmente a história da coceira na cabeça.

Quanto rigor.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Seleção feminina estréia com goleada

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A Seleção Brasileira Feminina de Futebol estreou na manhã de hoje na Copa do Mundo da China, contra a fraca Nova Zelândia. O time goleou por 5 a 0. Os gols de Daniela, Cristiane, Renata e Marta (2).

O grupo do Brasil tem ainda China e Dinamarca, equipes tradicionais no esporte. No jogo entre os dois times, a China ganhou com dificuldades por 3 a 2.

Será o momento de Marta e cia conquistarem o mundo?

Como? Está acontecendo uma Copa do Mundo de futebol feminino?

Pois é...

terça-feira, setembro 11, 2007

“Rebaixamento do Corinthians é improvável”, diz especialista em Direito Esportivo*

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Para o advogado Luiz César Cunha Lima, é "extremamente improvável" que o imbróglio envolvendo Corinthians e MSI, com acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha acabe em rebaixamento para o clube do Parque São Jorge. “Não há nenhum artigo específico no Código Brasileiro de Justiça desportiva sobre lavagem de dinheiro”, explica o jurista em entrevista ao Futepoca. Para ele, qualquer punição no âmbito das competições esportivas para a equipe paulista só aconteceria se houvesse uma interpretação “elástica” dos juízes do STJD.

“Há princípios gerais no código que falam sobre lisura e moralidade, mas acho difícil que o Corinthians ou qualquer outro clube venham a ser punido por conta desse tipo de crime. Isso ocorreria se fosse comprovado que dinheiro, lícito ou ilícito, tenha sido utilizado para promover manipulação de resultados”, esclarece. Mesmo sendo difícil a punição, Lima adverte que o STJD já tomou decisões tidas como “improváveis”, como absolvições em caso de doping no caso Dodô, por exemplo.

O advogado lembra outro fato pouco comentado na mídia, que é a possibilidade dos dirigentes corintianos serem obrigados a ressarcir materialmente o clube, com seus bens particulares, na hipótese de aplicarem créditos ou bens sociais da entidade desportiva em proveito próprio ou de terceiros. Com a investigação em curso, pode ser o caso dos dirigentes do Corinthians. “Tanto o Ministério Público como qualquer associado do clube pode ajuizar uma ação nesse sentido”, assegura Lima.

Calotes sem punição

Lima alerta para outro ponto da legislação esportiva brasileira, que não considera nem a saúde financeira e nem a situação jurídica das entidades de prática desportiva (EPDs, os "clubes") como critério para a participação em competições esportivas. "Isso explica, em parte, porque quase todas as EPDs de futebol possuem dívidas trabalhistas, fiscas, tributárias, etc. e, ainda assim, continuam participando do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, dos campeonatos estaduais", aponta.

Mas outros lugares têm um comportamento distinto em relação a esse ponto. "Em alguns países (EUA, destacadamente), determinadas competições de certas modalidades (NBA, por exemplo) utilizam, como um dos critérios de participação na competição, a adimplência no pagamento de salários", esclarece. "Isso ocorre porque na NBA os acordos de trabalho são coletivos. Se um clube, por ex., deixar de pagar o salário de um único atleta durante um mês, todos os outros atletas de todas as outras equipes entram em greve. A inadimplência em relação a questões trabalhistas pode vir a ser utilizada com um fator para a exclusão da equipe devedora da competição", completa. Bem diferente do Brasil.

Estatuto

Nestes tempos sombrios, uma notícia da Folha de S. Paulo de hoje pode ser um sinal de uma fagulha de esperança. Quase apagada, caída num canto do quintal dos fundos, bem onde o cachorro costuma aliviar a bexiga, mas parece estar lá.

Uma comissão formada por conselheiros do Corinthians prepara uma reforma no estatuto do clube. Uma das intenções das mudanças é eliminar a possibilidade de que outro Dualib fique 14 anos na presidência do time.

A proposta de novo estatuto prevê apenas um mandato para o próximo presidente, sem direito a reeleição. Caso se confirme (Oxalá!) o pé na bunda de Dualib, o substituto teria apenas um mandato tampão, sem possibilidade de reeleição, até 2008, quando seriam realizadas novas eleições, ponto que está sendo questionado pelos conselheiros.

O presidente continuará com três anos de mandato. Haveria mudanças também na formação do conselho do clube. O quadro hoje é composto por 400 conselheiros, sendo 200 vitalícios e 200 com mandatos de quatro anos, 100 deles indicados pelo presidente. As indicações, absurdos dos absurdos, seriam extintas e 50% dos conselheiros seriam eleitos pelos sócios diretamente.

Além disso, o novo estatuto torna a distribuição das cadeiras no Conselho proporcionais à porcentagem obtida na votação, ou seja, a chapa que tiver 40% dos votos fica com 40% das cadeiras. O mandato dos conselheiros (fora os vitalícios, por óbvio) passa a ser de três anos. O novo estatuto deverá ser apresentado ao Conselho Deliberativo até o final desse ano.

* Escrito por Nicolau e Glauco, que não foi consultado em relação ao marcador "Fora Dualib" inserido na postagem.

Santos em fase de definição para 2008

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Desde criança, ouço meu tio Beni (hoje com uns 77 anos) reclamar do pouco espaço dado ao Santos Futebol Clube na mídia paulista. Mesmo com sua esposa (e minha tia) hoje muito doente, sempre que conversamos ele insiste nisso, inconformado. Mesmo que ele nem imagine que esteja sendo citado na internet neste momento, dedico este post a ele, pois está faltando falar um pouco do Alvinegro Praiano no Futepoca.

"Nariz de cera" (jargão jornalístico) à parte, as coisas no Santos estão em época de definição. No fim do ano, o atual presidente do clube, Marcelo Teixeira, termina outro mandato. Luxemburgo chegou a sinalizar que sairia em dezembro próximo, mas disse à Sportv hoje (ontem): "Por que eu vou procurar outro clube se eu já estou no Santos? (...) A prioridade é o Santos Futebol Clube", disse, ressalvando que, se o clube não se interessar na renovação, aí sim, procuraria outro clube (aspas editadas depois que vi a entrevista).

Se for verdade (repito: se for verdade), isso pode indicar politicamente que a permanência de Teixeira é muito provável (e é). E que o atual elenco pode, pelo menos em parte, se manter em 2008.

Num acesso de fúria (quando de Vasco 4 x 0 Santos) escrevi um "fora Luxemburgo". Mas, pensando bem, racionalmente, quem não queria ter Luxemburgo como técnico?

Ou será que o custo-benefício de ter o atual melhor técnico do Brasil é questionável? Ou Luxemburgo não é o melhor no Brasil hoje? Se não, quem é? Muricy? Celso Roth? Dorival Jr.? Mano Menezes? Leão?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Gugu e R. R. Soares na disputa pela presidência?

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O Brasil vai parar: Gugu Liberato e R. R. Soares cogitam entrar na corrida presidencial em 2010. A notícia é manchete de um jornal que achei por aí chamado “Leia o Jornal” (pasmem). O digno veículo ostenta os epítetos de “O jornal mais temido e perseguido pelos corruptos do Brasil” e “A Voz do Estado de São Paulo”. A edição em questão é a que vale de 25 de agosto a 15 de setembro. O periódico tem circulação nacional (!!) e site: www.leiaojornal.com.br.

Feitas as apresentações, a história, na verdade uma suposição de Leia o Jornal. Segundo o texto, os dois nomes seriam lançados por seus respectivos patrões, Sílvio Santos e Edir Macedo. Soares é (eu não sabia disso) cunhado do dono da Record, que tem consciência das resistências, “até revolta e indignação” que seu nome causaria se lançado à presidência. Assim, estaria investindo pesadamente na igreja de Romildo Ribeiro (também conhecido como Pastor dos Simpsons), a Internacional da Graça. Edir Macedo estaria “cuidando para que nada venha a macular a imagem de R. R. Soares, futuro dono da Bnadeirantes, Rede TV, quem sabe com o dinheiro do Edir Macedo”, denuncia o jornal.

“Enquanto isso”, prossegue a reportagem, “o Sílvio Santos, nome que foi várias vezes lançado a candidato a presidente (sic) da República, vem, através de um contrato vitalício e em branco, mantendo o apresentador Gugu Liberato”, para que este o suceda. O programa de Gugu seria de cunho populista, com o objetivo de “atrair o apoio dos paulistas, principalmente quatrocentões, que no fundo odeiam os migrantes nordestinos e querem que todos os nordestinos mineiros e nortistas voltem para suas terras”. A prova da estratégia é o quadro “De volta para minha terra”, criado “de forma proposital” no Domingo Legal do Gugu.

Ao final, o jornal salienta que o texto não tem “objetivo afirmativo”. “São dois ótimos candidatos (sic)” e serão “mais uma opção para o leitor escolher”. O objetivo do texto é “criar polêmica para que o leitor discuta em particular se votaria no simpático Gugu, um ser humano maravilhoso”. E o final apoteótico: “De uma coisa temos certeza: estes dois são melhores do que os que hoje aí estão”.

Lamentos

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As gravações da Polícia Federal de conversas entre membros da direção corintiana são chocantes (clique aqui para ver no Terra Magazine). Quer dizer, nada que não se imaginasse, mas o descaramento é muito grande. Alberto Dualib, Nesi Curi, Renato Duprat, Rubens Gomes da Silva (o Rubão) e Cia. falam de lavagem de dinheiro, suborno a fiscais e até assassinato.

Com isso, espero que se consiga exorcizar o Corinthians de pelo menos alguns dos vampiros que habitam as catacumbas de sua diretoria e conselhos. Até Andres Sanches foi envolvido, em gravação na qual estaria combinando com Curi e Dualib os depoimentos que dariam à PF (segundo comentário de um leitor no blog do Citadini, onde, aliás, não vi manifestação diureta sobre as novidades, Sanches disse num programa de televisão deste fim de semana que estavam combinando “dizer a verdade”...). Diminuir as chances dele assumir a presidência do clube é boa notícia.

Juca Kfouri, como já reproduziu o Edu em post anterior, clama por punição na Justiça Desportiva. Honestamente, minha opinião a respeito é pouco fundamentada e não muito firme. Claro que não gosto nem um pouco da idéia de ter título revisto ou de ser rebaixado, mas se fosse o Palmeiras ou o São Paulo em situação semelhante (deixando de lado as zombarias aos rivais) também não sei qual seria minha opinião.

Enfim, sem qualquer base jurídica, eu diria que discordo de punições ao Corinthians. Parece diferente um time perder pontos por ter manipulado resultados diretamente (como no caso da Juventus e outros na Itália) da situação do Timão. As ações da quadrilha Dualib-Berezovsky não visavam beneficiar o clube, mas lucro pessoal, e o clube sofreu e sofre até hoje com as conseqüências dos desmandos desses dirigentes, com uma dívida gigantesca, batendo na trave do rebaixamento em 2006 e amargando uma campanha de medíocre para baixo este ano. Se formos questionar os ganhos que o clube obteve nessas negociações, não se deveria também questionar os prejuízos?

E falando em prejuízos, o Corinthians perdeu do Paraná, como eu temia. Não que o time paranaense seja grandes coisas, mas estabilidade é palavra que foi banida do Timão neste ano, e três vitórias consecutivas é mais do que eu ouso esperar. O que é triste, porque, com o campeonato fraco como está, a regularidade está fazendo a diferença. Com um pouco mais de paz e bastante sorte, mesmo esse elenco limitadíssimo do Corinthians poderia sonhar com alguma coisa a mais. Mas acho que vamos nessa toada até o fim, fortes candidatos ao limbo de um 12º lugar. O que, dadas as circunstâncias, está de bom tamanho. Espero que essa devassa na diretoria termine até o ano que vem e que o clube saia mais forte da depuração. Espero.

Questionamento pertinente

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O Olavo (e todo mundo) que me desculpe (m), mas o questionamento do corintiano Juca Kfouri no blog dele hoje merece um copy/pastezinho:

A Justiça comum já tem muito com o que fazer em relação à parceria Corinthians/MSI.
Mas a Justiça esportiva não pode calar.
Como miséria pouca é bobagem mesmo, por incômodo e delicado que seja o tema, uma pergunta se impõe: como fica o título brasileiro do Corinthians, já parceiro da MSI, em 2005?
(...) Fixe-se apenas num aspecto: um time que usa dinheiro sujo para fazer contratações não age de maneira desleal com seus adversários?
(...) Perda do título, rebaixamento, alguma coisa precisa ser feita
.”

Trocadalho sulista

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Não é futebol nem política, mas sempre acredito que idéias como esse tal trocadalho são concebidas sob influência de Baco, ou da marvada, como preferirem. O tal estabelecimento está na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e seu nome sem dúvida honra a tradição trocadilhesca do glorioso Vavá, muso deste bogue, e a inventividade dos incansáveis Fredi e Mauricio.

Ganhar, ganhou. Mas para a Libertadores...

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Quando acabou o primeiro turno, Caio Junior, a simbiose de Milhouse com Harry Potter, fez as contas. Disse que tinha projetado 60% de aproveitamento, mas teve menos, 52,6%. Os atuais 40 pontos, alcançados na vitória sobre o Goiás no Parque Antártica, são resultado de 53% de aproveitamento. Que melhora!

A quarta colocação garantiria a classificação para a Libertadores, mas o próximo na tabela, o Vasco, tem um jogo a menos.

A partida em si foi tranquila, segundo relatam os jornais. O árbitro Leonardo Gaciba, candidato ao troféu Bola Fora, não parece ter feito grandes asneiras. O goleiro Harlei fez pelo menos duas defesas espetaculares, mas deixou passar dois, um de Francis, no rebote aos 31 do primeiro tempo, e outro de Caio, aos 6 do segundo.

Para um time que convive com a idéia de que tem dificuldades em casa (reduzidas no segundo turno), que não tinha Valdívia, ainda quebrado do jogo contra o São Paulo, e que veio de três jogos sem vitória (incluindo uma ensacada por 5 a 0), é uma vitória importante, posição importante.

Mas para chegar de fato à Libertadores – ter que se contentar em brigar pela classificação é triste –, o Palmeiras vai ter que melhorar. Não estou falando do tom da camisa do terceiro uniforme exibido no domingo, um tom de verme "meio limão-galego", segundo especialistas em cores consultados no boteco. A 13ª posição alçada na sétima rodada é passado, e na média o Verdão ficou lá pela 9ª colocação. No segundo turno, vem melhor em relação aos adversários. Não é suficiente.