Destaques

quarta-feira, julho 23, 2008

Para Bush, Wall Street está de ressaca

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Wall Street got drunk.

Foi George W. Bush, a carta fora do baralho, aquele que nem o republicano John McCain quer em seu palanque, a analise sobre a crise das hipotecas nos Estados Unidos. A fala foi pega por um grampo telefônico. Ou melhor, numa gravação sem autorização, depois de pedir que as câmeras de TV fossem desligadas.

A teoria é simples.

Foto: Eric Draper/Casa Branca

Professor Bush explica: "Ó, ó..."


– Não há dúvidas da respeito. Wall Street ficou bêbada. Esta é uma das razões porque eu pedi a vocês para desligar as câmeras de TV. Ficou bêbada e agora tem uma ressaca. A questão é: em quanto tempo ela vai ficar sóbria e parar de tentar todos esses instrumentos financeiros fantasiosos.

A declaração foi dada em uma reunião privada para levantar fundos do candidato republicano ao congresso Pete Olson. O presidente dos Estados Unidos não sabia que estava sendo gravado em Houston.

Segundo o jornal Washington Post, grande parte dos economistas atribuem a culpa da atual crise de crédito a complexos instrumentos financeiros criado pela bolsa de Nova York depois que o Congresso desregulamentou o sistema bancário, há uma década.

Ele sabe do que fala. George W. Bush não toma uma gota de álcool desde 28 de junho de 1986. Garante que superar a dependência foi difícil. Ele atribui à crença religiosa a saída que encontrou para o problema.

Adeus, Luiz Fernando Bindi

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Morreu nessa segunda, aos 35 anos de idade, de um ataque cardíaco fulminante, Luiz Fernando Bindi. Ele era geólogo e jornalista. Suas principais realizações eram o excepcional site http://www.distintivos.com.br/ e o livro "Futebol é uma caixinha de surpresas", cujo estilo reproduzia também no http://www.futeboleumacaixinhadesurpresas.blogspot.com/.

Seu conhecimento ímpar do mundo dos distintivos era explorado por Marcelo Duarte em seu "Fanáticos por Futebol", da Rádio Bandeirantes. Semanalmente (se não me engano), Duarte brindava Bindi com perguntas como "por que o distintivo do Tegucigalpa de Honduras tem uma cruz vermelha e outra verde?", e Bindi sempre, sempre dava a resposta.

Eu sou daqueles que sempre condenou visões apocalípticas do mundo contemporâneo como "a internet e a tecnologia tendem a afastar as pessoas". Muito pelo contrário; acredito firmemente que as novas formas de comunicação permitem, entre outras coisas, que pessoas com afinidades superem barreiras e acabem por se conhecer.

Foi por esses caminhos que "conheci" o Bindi, já fazia uns três anos, por aí. Ele era, assim como eu sou, um dos participantes da Futebol Alternativo, um dos melhores lugares para se discutir futebol no Orkut (Mauro Beting também passa por lá).

Ele estava entre meus contatos no MSN e vez ou outra trocávamos mensagens - por exemplo, conversamos no começo do ano quando o time SEV/Hortolândia foi chamado de SEV/Biônico em alguns veículos da imprensa. O ocorrido gerou um post aqui no Futepoca, que Bindi comentou no seu blog.

Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente. E, da minha parte, seria forçado demais chamá-lo de amigo. Mas é uma pessoa por quem eu nutria profuda admiração - se não tanto por uma questão de amizade, algo que não cheguei a desenvolver, certamente por um lado técnico, profissional, por admirar seu conhecimento e por ambicionar tê-lo, nem que fosse somente a metade, uma fração, algo que já dobraria o que sei sobre futebol.

Vá em paz, Bindi. Quem conviveu com você perdeu um grande amigo, segundo os relatos (ver Trivela e Milton Neves); nós, leitores, perdemos um ótimo profissional.

Foto: miltonneves.com.br

terça-feira, julho 22, 2008

Em nova sessão de fotos, Ana Paula Oliveira mostra tatuagem

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Depois de desistir de ser candidata a vereadora, a auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira ataca de modelo outra vez. Agora, as fotos são bem mais comportadas do que em julho de 2007 para a Playboy. O destino do ensaio parece ser uma campanha publicitária.

No making of das fotos, a bandeirinhas mostra uma tatuagem de um pássaro misterioso. Isso porque, nas imagens, não fica claro qual é a imagem, por aparecer parcialmente coberta.

Reprodução


Imagens do making
of de fotos de
Ana Paula Oliveira,
com destaque
da tatuagem.



"Quero ser mãe"
A divulgação do making of do ensaio acontece um dia depois da publicação de uma entrevista com Ana Paula pelo jornal Agora, em que ela manifestou dois sonhos, o de ser mãe e de atuar em uma Copa do Mundo. O que atrapalha para o primeiro sonho é não conseguir manter um relacionamento estável e construir família, por conta das viagens e treinamentos.

Para participar de um mundial é diferente. "Ainda tenho 15 anos de carreira, eu acho que dá", declarou.

Ela falou ainda sobre os recorrentes boatos sobre sua sexualidade. "Se eu falar que não sou homossexual, vão dizer que eu estou preocupada em negar. E toda mulher que está envolvida no futebol está vinculada a isso. Ficam procurando pêlo em ovo. Tenho amigos homossexuais, assim como todo mundo. No meio artístico, já vi coisas que me deixaram de queixo caído", declarou.

Clique aqui para assistir ao making of.

Mas...já foi?

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O Internacional de Porto Alegre deve apresentar amanhã sua mais recente e bombástica contratação: Gustavo Nery. Uma aposta pra lá de arriscada, pois, em sua curta passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo foi vaiado em todas as parcas seis oportunidades em que esteve em campo, de janeiro para cá. Até começou o Campeonato Carioca como titular, nos três primeiros jogos, mas em todos foi substituído. Depois, foi afastado para recuperar a forma física.

Duas hipóteses devem ser consideradas: ou os clubes gaúchos enlouqueceram (pois o Grêmio também disputava o lateral) ou a explicação está no contrato firmado com o Inter, baseado em produtividade. Aí, o risco de não receber nada será todo de Gustavo Nery...

Porque, convenhamos, além da pífia passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo já não havia jogado nada no Zaragoza, nem no Corinthians e no Werder Bremen. Aliás, suas passagens por Santos, Guarani e São Paulo também não foram assim tão espetaculares. Chegou a disputar jogos pela seleção, sim. Mas não é sonho de consumo de ninguém.

Tanto que, quando viu a notícia da contratação de Gustavo Nery pelo Internacional, nosso companheiro Glauco exclamou: "-Pô, mas esse cara deve ter um excelente empresário!". É outra explicação plausível. E Róbson Florêncio é o nome do cabra.

Corinthians perde a invencibilidade e Felipe, a moral

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Após 11 jogos, o Corinthians perdeu a invencibilidade na Série B do Brasileiro, na partida contra o Bahia. A derrota por 0 a 1 (o jogo foi no Pacaembu) tem muitos motivos e pelo menos um culpado: o goleiro Felipe, cuja aura de heroísmo, conquistada com boas atuações no ano passado, já acabou.

Convém analisar o fenômeno Felipe. Ele chega ao clube em 2007, numa leva de jogadores do Bragantino que incluía Everton Santos, Moradei e Zelão. Com boas atuações e uma série de milagres, ajuda a retardar o trágico desfecho da participação corintiana, mas não consegue evitar o rebaixamento. Mas ganha a posição e a aura de ídolo, ou quase isso. Eu mesmo cheguei a escrever que ele tinha tudo para entrar para a história do Timão, se ficasse um tempo no time.

No entanto, mesmo nesse bom momento, Felipe pisava na bola quando decidia falar. Tem uma postura um tanto arrogante e mais de uma vez jogou a responsabilidade por derrotas nos companheiros.

E mesmo em suas atuações já se percebiam falhas: problemas ao sair do gol e, principalmente, a mania de rebater bolas para dentro da área. Alguns dos milagres protagonizados por ele só existiram porque o próprio goleiro criou a situação trágica, ao rebater nos pés do adversário bolas chutadas de longe. No frigir dos ovos, Felipe tem muita agilidade e excelentes reflexos, mas pecava em alguns fundamentos. Coisa que se corrige com treinamentos, se você souber onde estão os erros, assumi-los e trabalhar neles.

No início deste ano, quando o time começa a se remontar, uma das prioridades era segurar Felipe e Finazzi (pra você ver o nível do time no ano passado). O goleiro e seu empresário armaram um salseiro no negócio, ajudados pelo dublê de manager Antonio Carlos. Justa ou injustamente, o goleiro levou a fama de mercenário e gastou de uma vez só quase toda a moral adquirida no ano anterior.

Depois disso, foi pro jogo, e continuou tendo boas atuações e tomando gols evitáveis. Caiu de produção e foi para o banco após a derrota para o Sport na Copa do Brasil (em atitude controversa de Mano Menezes, que o inocentou num dia e rifou no outro). Voltou e fez boa partida, depois da qual sua mãe declarou à TV Bandeirantes que tinha aconselhado o jogador a ficar no clube no início do ano e que agora daria o conselho inverso.

Nisso tudo, em meio a boas e más atuações, ser chamado de ídolo e de mercenário, a única coisa inabalável foi o ego de Felipe. É um caso impressionante de auto-estima bem construída. Depois da final contra o Sport, disse sem pestanejar que quem o acusa de haver falhado não era treinador de goleiros para avaliar. Contra o Bahia, pediu desculpas no momento do gol, mas disse que tinha sido sorte de quem cobrou a falta. Nada abala o ego do rapaz.

Autoconfiança é muito importante para qualquer pessoa, ainda mais um goleiro, posição mais solitária do futebol, segundo o poeta. Mas ela deve vir acompanhada de uma boa dose de autocrítica para que o cabra perceba os erros e trabalhe para corrigi-los. Felipe é bom goleiro e tem potencial para ser ainda melhor, mas precisa descer do pedestal e ir trabalhar.

Achei que aquela temporada de banco tinha servido para baixar a bola do rapaz. Mas temo que esse ego inabalável e imponderado do rapaz tenha abortado o processo. Felipe precisa treinar fundamentos, melhorar seu senso de colocação e sua saída do gol. Principalmente, precisa aprender a receber críticas e tentar aprender com elas. Não pode achar que é intocável em lugar nenhum, ainda mais num time grande e com uma torcida apaixonada (e como tal, nem sempre racional) como o Corinthians.

Mas e o resto?

Felipe não é, obviamente, o único respondsável pela derrota. O pessoal do ataque e meio-campo corintiano tem deixado a desejar. Uma série de desfalques demonstraram que faltam peças de reposiçaõ ao time, especialmente no meio. Douglas, Diogo Rincón, Fabinho e Nilton deixaram saudades, já que Lulinha não é meia (e o que ele é mesmo?) e Elias não consegue carregar o setor sozinho. Douglas volta contra o Ceará, junto com Dentinho e Chicão. E Diogo Rincón já está na última etapa de sua recuperação, o que pode ajudar.

Por fim, mais uma conseqüência importante dessa derrota foi que meu pai terá que pagar uma dúzia de cervejas para um amigo, com quem havia apostado que o Corinthians não perderia nenhuma partida na Série B. Pelo menos o anti-corintiano passou 11 rodadas sofrendo com o assunto.

segunda-feira, julho 21, 2008

Rodada Robin Hood

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A curiosidade da 13a rodada do Brasileirão é que praticamente todos os times que estavam atrás na tabela de classificação ganharam dos mais bem posicionados.

Destaque para os últimos cinco colocados, Ipatinga, Santos, Fluminense, Goiás e Atlético-MG. Todos venceram suas partidas.

O destaque negativo foi o Flamengo, que perdeu para o Vitória dentro do Maracanã, dando chance a de Grêmio e São Paulo encostarem.

Com isso, a tabela embolou de vez.

A distância entre o primeiro e o último colocado é de 16 pontos. Há, ainda, cinco times com 15 pontos. Veja a tabela aqui. Com cerca de 2/3 do primeiro turno, a palavra é equilíbrio. O nível é baixo, mas equilibrado.

Ao que interessa, o Galo – Todo esse nariz de cera foi para falar do Galo. Quando tudo parecia dar errado, com dois gols bobos tomados em falhas individuais, a vontade dos jogadores e a entrada de Petkovic fizeram tudo mudar. O sérvio ajudou a corrigir o esquema extremamente cauteloso de Alexandre Gallo, com três volantes, e fez as principais jogadas da virada por 3 a 2. É pouco ficar fora da zona de rebaixamento, mas é melhor que nada.

Destaque para mais de 20 finalizações a gol, defendidas pelo goleiro do Coxa. O time está começando a jogar bem, com bom volume, mas falta um atacante que saiba fazer gol. Alguém tem alguma indicação?

Joga uma partida e pára. Joga vinte minutos e pára

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O Palmeiras perdeu para o Goiás por 3 a 2.

Depois do apagão, a reação. Com dois a zero abertos aos 21 do primeiro tempo, o Palmeiras chegou ao empate ainda no primeiro tempo, com um gol de Alex Mineiro, artilheiro, e outro de Jeci, zagueiro. Um com passe outro com cruzamento de Léo Lima.

(Se havia impedimento no tento do camisa 9, foi milimétrico. Não vi o tira-teima, e acho que estava na mesma linha).

De novo, ao se ver perdendo, Vanderlei Luxemburgo pôs o meia Evendro no lugar de um volante. No caso, Sandro Silva. Depois, ainda entrou Maicosuel.

Depois da reação, na volta para o segundo tempo, seria manter o ritmo, virar a partida e evitar o quarto revés como visitante no campeonato. Mas não foi.

Explica o Palmeiras Todo Dia como a virada não chegou: "o Verdão parecia que chegaria sem problemas ao terceiro gol, até que Diego Souza resolveu inventar perto da área; o camisa 7 tentou driblar três marcadores, perdeu a bola que sobrou para Romerito cruzar para Alex Terra fazer 3 x 2 para os donos da casa. Três minutos depois, Kléber entrrou de vez qualquer possibilidade do Palmeiras ao chutar um adversário fora do lance de bola; não restou outra alternativa ao juiz a não ser expulsar o atacante (foi sua terceira expulsão no campeonato)."

Some-se a isso que "mantendo os laterais presos e com Valdivia e Diego Souza mais uma vez em tardes infelizes, o Palmeiras pouco criou" na segunda etapa, como bem lembra o Parmerista Conrado.

Outro dado positivo foi a substituição do meia chileno, sacado por não render. Denílson tampouco resolveu, mas é bom não haver intocáveis. Principalmente quando os rumores sobre a venda para o Hertha Berlim são crescentes.

Além de sair do G4, na segunda etapa, o rebaixável Goiás poderia ter marcado mais gols.

Preocupante
Após a derrota, como visitante, para um time que permanece na zona de rebaixamento, o Palmeiras tem o Santos pela frente na quinta-feira. Depois de vencer a primeira com Cuca, o agora livre da lanterna vai querer, como nunca, vencer os verdes.

O time não tem Kléber nem Denilson, expulsos. Não tem também Léo Lima, com terceiro cartão amarelo. Gustavo, David e Martinez continuam em recuperação. Pode ter Pierre, se estiver recuperado, e Élder Granja, se superar o embargo do Corinthians de Alagoas.

É pedreira. Mas outra sequência de partidas sem vencer seria fatal para as pretenções do time de Luxemburgo.

A síndrome de início de jogo é preocupante especialmente em partidas fora do Palestra Itália. O time até cria um lance ou outro, mas dá bobeira na defesa, especialmente nas bolas aéreas. E a falta de regularidade depois da vitória diante do Fluminense, e mesmo dentro da partida. Um time que empata depois de estar perdendo por 2 a 0 precisa se concentrar muito em campo.

Terapia?
Kléber precisa fazer terapia. A terceira expulsão precisa ser colocada em perspectiva. Não basta o desgovernado atacante não fazer mais faltas. Precisa entender que ele não pode mais dar carrinho, mexer os braços. Não que eu considere a expulsão injusta. Como bem apontou o comentário do Rafael, sem imagens, só há o zagueiro Rafael Marques com a mão no tornozelo e pouca reclamação dos jogadores. A expulsão dá razão aos críticos e aos apelidos simpáticos, já que se trata do recordistas de cartões vermelhos no campeonato.

O cara é raçudo, mas se excede. E, quando acerta jogadores sem bola ou com o cotovelo, forma um histórico nada favorável. Cada vez mais, se ele entrar numa jogada mesmo sem ser desleal vai tomar cartão. Mesmo já marcado, o cara continua entrando duro demais e se deixando levar pelo nervosismo. Esse é um dos motivos do intertítulo.

O outro tem a ver com a falta de regularidade do time e com o que o Vicente Criscio, do Terceira Via Verdão, elenca. São sete questões para refletir. Na derradeira, lembra que o Palmeiras está "com o mesmo problema da época de Caio Jr.". "Em outras palavras: "Não ganhamos na hora que temos que ganhar". Não sei se concordo integralmente, mas dá o que pensar.

__________________
Atualizado às 19h40

No butiquim da Política - Democracia: liberdade ou negócio?

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Por CLÓVIS MESSIAS*



A democracia não é contra qualquer esclarecimento, por ser, esse, um dos pilares da liberdade. Aqui na Assembléia Legislativa de São Paulo, os parlamentares mais sofismam que esclarecem. Tudo se pergunta, mas nada é respondido – em nome da "estabilidade democrática". Que estabilidade é essa que não permite saber, de forma clara, como está o dinheiro público? Aliás, esse tal de dinheiro público é seu, é meu, é nosso. É dinheiro que retiram da gente em impostos, que deveria ser devolvido em educação, saúde, promoção social, habitação, saneamento básico. Mas, necas.
Queremos saber, com CPI ou não, como está a apuração da denúncia trazida pelo Ministério Público da Suíça, que acusa o pagamento de propina, a membros do governo de São Paulo, pela empresa Alstom. O governo diz que não vai apurar porque a matéria é vencida. Respondemos nós: mas o bolso que recebeu propina não está vencido. Já o nosso bolso é modesto, só deseja que a grana retorne em serviço público. Se isso acontecesse, não teríamos que procurar saber onde está o nosso dinheiro.
Acho que esse troco daria, por exemplo, para algumas saideiras...


*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

domingo, julho 20, 2008

A maré vai virar?

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Antes do jogo, o técnico Cuca brincou com um repórter dizendo que aquela era a “estréia” dele no comando do Santos. De fato, após ter pedido demissão na derrota para o Figueirense, muita coisa parece ter acontecido no clube, e finalmente a diretoria parece ter bancado o treinador diante daqueles que mais atrapalhavam seu trabalho: os jogadores. 

Vontade e raça não bastam, mas são primordiais para um time que quer sair da crise. E os atletas do Santos mostraram isso. Sem opções, Cuca voltou a atuar com três zagueiros como, na prática, já vem fazendo há tempos. A diferença é que Rodrigo Souto, que vinha jogando à frente da zaga, deu lugar a Fabiano Eller na posição. O zagueiro deu mais qualidade na saída de bola, mas por diversas vezes, em função da falta de entrosamento, o sistema defensivo deu brechas ao Sport no primeiro tempo, principalmente com uma mal ensaiada e quase enfartante linha de impedimento, fundamental para jogar em cima do adversário.

À frente, o arisco Maikon Leite foi substituído pelo paraguaio Cuevas. O ex-atleta da seleção guarani carece ainda de uma melhor condição física, mas se movimentou bem, abriu espaços e cavou faltas importantes e cartões amarelos preciosos. Aliás, outra mudança de Cuca foi em relação à cobrança de faltas. Provavelmente cansado de ver Kléber errar tanto nas últimas partidas, quem cobrou a maioria das jogadas de bola parada foi Molina, que levou muito perigo ao gol de Magrão.

E foi o colombiano que sofreu o pênalti que resultou no gol do Santos. O arqueiro do Sport defendeu a cobrança de Kléber Pereira, mas o próprio atacante marcou no rebote. Aos poucos, o artilherio volta ao seu normal: desperdiçou uma oportunidade clara de gol, quase perdeu a penalidade e marcou o gol da vitória. Performance que os santistas já se acostumaram a ver.

Na segunda etapa, o Alvinegro conseguiu postar melhor a defesa, tentando aplicar contra-ataques que praticamente não aconteceram a partir dos 20 minutos. Mas o Sport não demonstrou forças pra buscar o empate, apesar da tentativa de abafa nos minutos finais. Não foi um grande jogo, mas o resultado foi justo e um alento para Cuca, que pode virar definitivamente a maré a seu favor se o Santos derrotar o time de Luxemburgo na quinta-feira. Difícil, mas longe de ser impossível.

A propósito, em sua coluna na revista Carta Capital, o ex-jogador Sócrates falou sobre a situação do Peixe. Para ele, há jogadores que não têm estrutura emocional para atuar em clubes grandes, e se estes são maioria no elenco, a equipe acaba sucumbindo em momentos decisivos da partida. Isso por conta de uma insegurança temporária, que vai embora a partir de uma vitória ou seqüência delas. Aí a fase ruim se esgota em sim mesma. Tomara que seja esse o caso do Santos. 

sábado, julho 19, 2008

Cristiano Ronaldo é escravo no Manchester?

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O namorado da bela espanhola Nereida Gallardo é um português que trabalha na Inglaterra, na cidade de Manchester. Cristiano Ronaldo quer sair de seu emprego e migrar para a Espanha, mais precisamente em Madri, a serviço do time Real. Acontece, que o patrão desse gajo não quis deixar o sujeito ir embora. Tanto fez, que ele ficou. Está preso, por contrato, até 2012.

– Existe muito de escravidão moderna nas transferências e na compra de jogadores – bradou Joseph Blattler, presidente da Fifa, bem acomodado em seu escritório na Suíça.

Enquanto isso, a cidade de Manchester recebeu o rei do futebol, Pelé – que saia justa, entende? –, a quem se perguntou se concordava com Blatter:

– Você é um escravo se você trabalha sem contrato ou se você não é pago – disse o rei – Se há um contrato, então, como em qualquer outro emprego, você deve cumpri-lo. Acho que quando ele [Cristiano Ronaldo] terminar seu contrato ele então estará livre para ir para o clube que quiser. Se há um contrato, então, como em qualquer outro emprego, você deve cumpri-lo. Acho que quando ele terminar seu contrato ele então estará livre para ir para o clube que quiser.

Corroborou com a nota oficial do clube.

Cristiano Ronaldo se recupera de uma operação no pé. De muletas, não pôde alongar as férias com sua supra-citada namorada que, depois de curtir o descanso com anel no dedo ganho, saiu por aí sem anel, vide foto (foco só nos dedos!). Tudo bem, esse parágrafo era só pra confundir, por isso a foto pequena.

Quando a Lei Pelé foi aprovada, substituindo a Lei Zico, o debate esbarrava na liberdade para os jogadores. Ao se comemorar 10 anos da legislação, sancionada em março de 1998, os defensores diziam que representava a liberdade para os jogadores que não estariam mais presos aos clubes.

No Brasil, ficam vinculados a empresários. E a palavra "passe" continua a ser empregada por cartolas e jornalistas.

Para Pelé, que batizou a lei debatida e aprovada durante sua gestão no Ministério dos Esportes, escravidão, no futebol é estar preso ao clube, a quem está submetido completamente: é só o presidente querer e o jogador fica ou sai.

Curiosa situação. Em fevereiro, especulava-se em 44 milhões de libras (cerca de R$ 150 milhões) o salário do moço por seis anos.

Escravidão, não é. Um contrato ruim, talvez? Se isso for possível, com R$ 2 milhões por mês na conta.

sexta-feira, julho 18, 2008

Didi e Garrincha no futebol paulista, em 1966

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Que Garrincha havia passado pelo Corinthians em 1966 eu já sabia, mas tinha dúvidas se, naquele mesmo ano, Didi havia jogado pelo São Paulo (na foto, os dois nos áureos tempos de Botafogo-RJ). Pois o mestre da folha-seca encerrou sua carreira, de fato, pelo Tricolor paulista. Didi havia pendurado as chuteiras pelo Botafogo em 1965, mas aceitou o convite para voltar, no ano seguinte, aos 38 anos. Estreou pelo São Paulo num amistoso em Araçatuba (SP), contra o Ferroviário local (vitória por 2 a 0), em 4 de outubro. Ele compunha o meio-campo com o histórico Roberto Dias. O técnico do Tricolor, na época, era Aimoré Moreira, que comandou Didi pela seleção brasileira no bicampeonato mundial, em 1962. E a zaga tinha Bellini, outro remanescente das Copas de 1958 e 1962, que havia disputado ainda a de 1966, junto com o também são-paulino Paraná.

O primeiro jogo oficial de Didi com a camisa do Tricolor, pelo Campeonato Paulista, foi uma derrota de 2 a 0 para a Portuguesa, no Pacaembu, em 12 de outubro. Na rodada seguinte, mais um tropeço: vitória do América de Rio Preto por 4 a 3, em pleno Morumbi. Didi foi sacado e só voltou contra a Portuguesa, em 24 de novembro: novamente no Pacaembu e outro resultado negativo, 1 a 0. Terminava ali, de forma melancólica (venceu só uma partida em quatro e não marcou um gol sequer), a carreira do "Príncipe Etíope", um dos meias mais clássicos e cerebrais que o Brasil já teve.

Curiosamente, naquele mesmo início de outubro de 1966 em que Didi estreava pelo São Paulo, Garrincha, então com 33 anos, se despedia do rival Corinthians. Foi no dia 9, numa derrota de 3 a 0 para o Santos, pelo Paulistão. Mané havia estreado em 2 de março, no Pacaembu, em outra derrota por 3 a 0, para o Vasco da Gama, pelo Torneio Rio-São Paulo. Os dois times, mais Santos e Botafogo, seriam os quatro campeões do torneio naquele ano, por falta de datas para as partidas de desempate. Garrincha marcou seu primeiro gol pelo alvinegro paulistano contra o Cruzeiro, em 13 de março, na vitória corintiana por 2 a 1.

No total, fez 10 jogos e 2 gols - o segundo, aliás, na vitória por 2 a 0 do Corinthians sobre o São Paulo, em 19 de março de 1966. Ao contrário de Didi, que era cinco anos mais velho, Garrincha ainda jogaria pelo Flamengo e o Olaria, até 1972. Despediu-se numa partida amistosa no ano seguinte, no Maracanã. Morreria em janeiro de 1983, e Didi, em maio de 2001.

Nuvem de assuntos Futepoca

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Está na moda colocar nos blogs as palavras mais citadas, numa nuvem gerada pelo site http://wordle.net. Não resisiti e fiz a do Futepoca



As palavras maiores foram mais citadas.

E-mail falso promete imagens de Dantas subornando juiz

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"Vídeo de Daniel Dantas subornando juiz Gilmar Mendes" é o que promete o assunto de uma mensagem que atingiu minha caixa de e-mails na manhã desta sexta-feira. O remetente é um improvável video arroba globo ponto com e estão espalhados links para um arquivo Flash no domínio worldoffice.net, cujos servidores parecem ter sido invadidos.

Trata-se de um golpe para instalar um cavalo de tróia no computador, usando a curiosidade do internauta com o caso do banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Reprodução


No corpo da mensagem, a editoria "Fatos e Versões" traria o "Juiz Gilmar Mendes desmascarado por Daniel Dantas", mais precisamente "Vídeo sobre um novo suborno agora ligado ao Juiz Gilmar Mendes que concedeu a liberdade de Dantas."

A editoria existe, mas o resto é golpe.

É a nova versão dos e-mails falsos que tentam pegar internautas desatentos com notícias "quentes". Antes, já havia circulado a promessa de imagens de uma "câmera escondida em presídio" com "detentos espancando Alexandre Nardoni", pai de Isabella. O episódio motivou outros golpes, como a confissão da culpa e a explosão de uma bomba em frente à delegacia. Como escreveu Mônica Bergamo em 22 de abril, o detalhe era a grafia de "assasino" (sic).

Em época de Big Brother Brasil, pipocam falsos vídeos "exclusivos" de todo tipo de intimidade que conseguirem pensar.

Quando Ronaldo, o gordo, se envolveu em uma confusão no Rio de Janeiro, as mensagens diziam que o enrosco teria feito a patrocinadora de material esportivo cancelar o contrato com o Fenômeno. Prometiam ainda imagens do obeso atleta no quarto do motel. Mesmo Daniela Cicarelli, protagonista com um namorado de um vídeo paparazzi, e a atriz Danielle Winnits também foram alvos desse tipo de mensagem.

Qual vai ser o próximo golpe de e-mails desse tipo?

Dantas encomendou gravação a Protógenes?

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Como estou sem vontade de falar sobre futebol por motivos óbvios, um pouco de política.

A dúvida que me assalta é se foi o Daniel Dantas ou alguém a seu mando que gravou a reunião da Polícia Federal que vem sendo vazada em trechos agora.

Porque DD é o único beneficiado com essa situação. Discute-se se o governo está com medo, se há racha na PF etc... E Dantas, e seus supostos crimes, sai do centro do furacão.

Mais que isso, imagino que enquanto essa discussão pública sobre os intestinos da corporação ocorre, as investigações não avançam. Esse é o real problema. A quadrilha denunciada, pega na operação, tem tempo de se rearticular, esconder provas. O tempo passa a jogar a favor de quem mais precisa esconder, esconder-se ou fugir.

Aliás, secundariamente, essa discussão sobre a PF tirou o foco também das denúncias sobre jornalistas e veículos que, no mínimo, ajudaram a estratégia de Dantas, e sobre decisões do presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que passou por cima de todas as instâncias da Justica para libertar DD.

Todos eles estão rindo porque, depois de fazer um grande trabalho, o a Polícia Federal e o governo estão jogando tudo fora e entraram num luta fraticida. É a história da vaca leiteira que depois de dar 30 litros de leite chuta o balde.

quinta-feira, julho 17, 2008

6 em 9

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Como escrevi por aqui, o São Paulo teria uma seqüência importante de jogos no Brasileiro, contra adversário do topo da tabela. Dos 9 pontos em disputa, levou 6. E perdeu justamente do time que mais se afastou dos líderes, o Náutico. Não que isso seja refresco, porque se tivesse ganho, o time estaria no G-4.

O jogo de ontem, tardiamente comentado, eu sei, foi tranqüilo. Isso foi uma surpresa, já que o Vitória estava invicto em seu estádio. Tudo bem que logo no início do jogo o Vitória teve um gol anulado, pois o bandeirinha achou que a bola tinha saído antes do cruzamento de Dinei. Não teve tira-teima desse lance não...

Mas em seguida o São Paulo marcou com Hugo (sozinho na área. Ê defesa!), e daí em diante mostrou uma tranqüilidade que me deu até nos nervos. O Vitória teve chances em contra-ataques, mas nenhum lance claro de gol. Quando o rubro-negro tinha a bola dominada, tentava pela direita, pela esquerda, pelo meio, pelo alto, e nada de a bola passar pela defesa tricolor.

Os dois gols seguintes, já no segundo tempo, saíram em lindos lances de contra-ataque, pelos pés de Dagoberto e Éder Luis, dois jogadores que ainda não se firmaram. O lance de Éder Luis foi sensacional. Arrancou de antes do meio de campo, passou por um marcador, deu uma meia-lua em outro e mandou pra rede. Bonito.

Pena que estejam exaltando a "grande atuação" do São Paulo. Assim o time vai acreditar que joga mais do que de fato pode. A equipe continua perdendo gols, finalizando mal demais. Os dois gols seguintes contra o Vitória saíram em lindos lances de contra-ataque, arma que o São Paulo não terá em jogos que sair perdendo, por exemplo.

Falta muito para o time passar segurança para o torcedor. Não que o Muricy não possa fazer isso aos poucos. Vai depender de quem o time perder nesse meio de ano. Mas esse time ainda é uma baita incógnita pra mim.

Lusa heróica



Eu estava relutante em escrever sobre a Portuguesa. Perdi o bom momento do time, há algumas rodadas. Depois foi derrota atrás de derrota. Até a pequena - e exigente - torcida lusa começou a pedir a cabeça do Benazzi. Menos, pessoal.

A vida da Portuguesa estava nessa toada até o fim do primeiro tempo do jogo contra o Náutico, no Canindé. Os cerca de 2 mil torcedores presentes protestavam a valer enquanto presenciavam uma derrota de 2 x 0. No segundo tempo, no entanto, a Lusa conseguiu um feito - para seu limitado elenco. Fez três gols e não tomou mais nenhum, e venceu o então quinto colocado do Brasileiro. Os jogadores fizeram questão de apoiar o técnico Benazzi na saída do gramado.

Diante do Fluminense, reencontro com a vitória e com o G4

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A vitória de 3 a 1 do Palmeiras sobre o Fluminense trouxe o Verdão de volta à quarta posição. O único paulista a figurar na zona de classificação para a Libertadores.

O primeiro tempo foi equilibrado. O segundo, uma tranquilidade. Na volta para o segundo tempo, logo aos 4 minutos, o segundo gol. Depois, o terceiro saiu por insistência.



As boas notícias são três. Primeiro, o time não começou o jogo apático quanto nas últimas três partidas. Levou uma canseira – Dodô apareceu na cara do gol e o Fluminense conseguiu empatar – mas nos outros jogos, nem criar chances de gol o time conseguia no início. Segunda: Valdívia apareceu, chutou, buscou jogo. Terceira: Diego Souza, Denílson e os laterais Élder Granja e Leandro estiveram bem. O lado ruim, a zaga e o temor de que a falta de regularidade permaneça.

Kléber e os zagueiros
Foi motivo de troça de 9 em cada 10 comentaristas o fato de Kléber ter marcado dois gols de cabeça na boa defesa do tricolor carioca. O atacante palmeirense que deixou passar despercebida a ausência de Alex Mineiro tem 1,73m. Os zagueiros Thiago Silva, 1,83 m, e Luiz Alberto, 1,86 m têm 13 e 16 centímetros a mais.

Mas peraí: Alex Mineiro tem 1,75m. Se ele fizesse gol de cabeça estaria tudo bem para a zaga adversária? Kléber, o desgovernado, se posicionou bem, disputou a bola e cabeceou. Também tem mérito aí, porque os zagueiros estavam em cima do lance (mais no primeiro do que no segundo gol).

Falha muito mais grave, na minha visão, foi a da dupla Jeci Gladstone, que deixou Washington livre, ao lado de Rafael, colega da camisa 2, para marcar o tento dos visitantes. A bola de Thiago Neves foi tão bem lançada quanto as de Denílson e Leandro. Washington é oportunista até dizer chega. Mas o defensor verde mais próximo estava a um metro do centroavante. Na pequena área.

Da crise ao tudo bem
O Observatório Verde sempre critica a sanha da imprensa em apontar crise no Palestra Itália. É fato, embora não seja exclusividade de tratamento.

Basta uma vitória em casa depois de uma sequência de três partidas sem marcar três pontos, o time está em quarto, e voltam às manchetes a "soberania" do Palmeiras. Mais devagar. Até o Marcos está cobrando regularidade ao time. É isso que precisa, mas isso não tem sido demonstrado até aqui no Brasileiro.

O rebolado de Shakira contra as Farc

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Foto: Divulgação
A cantora colombiana Shakira anunciou que participará de uma manifestação no povoado de Letícia, próximo à fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru. O motivo do protesto é pela libertação dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias de Colombia - Exército do Povo (Farc-EP).

As atividades estão marcadas para o próximo domingo, 20, nas comemorações da independência colombiana. Ela deve cantar depois de um desfile militar que celebra a independência. Segundo a assessoria de imprensa da cantora, ela gravava um novo disco em Londres, e interrompeu o processo a pedidos do presidente Alvaro Uribe. No início do mês, ela participou do Rock in Rio Madri. Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, presidentes do Brasil e do Peru, também confirmaram presença.

Engajada socialmente, a cantora mantém a Fundación Pies Descalzos, para ajudar crianças pobres do mundo. Em fevereiro, ela chegou a vencer um sutiã por US$ 3 mil no site eBay.

Mas... não era culpa do Leão?

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Quando o ex-treinador do Santos Émerson Leão disse em sua saída que o time precisava de reforços e que, daquele jeito, não iria muito longe no Brasileirão, o capitão Fábio Costa respondeu por meio da imprensa. “Eu acho que a culpa pelo mau momento do time não é exclusivamente do grupo. O Leão tem a sua responsabilidade.” Quando a crítica era relativa à falta de líderes no elenco, de novo o arqueiro contestou. “Nosso grupo tem líderes muito positivos, apesar dele dizer que não tem líder aqui. Além disso, temos jogadores cobiçados, como Rodrigo Souto, Kléber Pereira, Kleber... Como um elenco que tem esses jogadores não tem qualidade?”.

Pois é. Se Leão era autoritário, Cuca é quase o exato oposto. Um comandante que prima pelo diálogo, tanto que voltou atrás da decisão de concentrar de forma antecipada a equipe na partida contra o Atlético-PR, atendendo um pedido do goleiro-capitão. E o time perdeu. Três partidas depois continua sem vencer. Contra o Figuierense, derrota de 3 a 0. Parece que o suposto autoritarismo não era o problema.

E as opções táticas? Muitos criticavam Leão por insistir com Wesley. O garoto foi sacado e o time... piorou. Outros clamavam por dar chance a Tiago Luís. Entrou como titular e em outras ocasiões atuou meio tempo com Cuca. E nada. Kléber Pereira, sob “nova direção”, decaiu de forma abrupta e, mesmo com os dois gols contra o Botafogo, continua devendo.

E Kléber... ah, o “selecionável” que muitos diziam que tinha que jogar no meio. Está lá ele, com liberdade, jogando um futebol pífio, errando bolas e jogadas ensaiadas pelo pobre técnico que até tenta, mas não consegue ser correspondido pelos atletas. Errou na marcação do primeiro gol do Figueirense, quando Edu Salles sequer precisou sair do chão pra marcar o segundo tento da equipe da casa.

Claro que a diretoria tem uma parcela (enorme) de culpa no que acontece hoje, e essa situação era até previsível que acontecesse. Mas fizeram crer que o futebol mediano do Santos era culpa de Leão. A realidade mostra que não era e seu estilo de enfrentamento foi o que sustentou a equipe com surtos de bom futebol no Paulista e na Libertadores. Hoje, o Peixe é o que é.

E onde estão os líderes que Fábio Costa disse que o time tinha? O goleiro tem feito boas atuações, outras nem tanto, e agora está contundido. Mas tomou as dores de um grupo que não respondeu em campo. E, ele mesmo, voltou cinco quilos acima do peso quando regressou das férias, algo inadmissível para um profissional de clube grande, o que Leão não tolerou, mas que a diretoria acatou e apaziguou.

E essa cultura de tolerância excessiva, onde os atletas fazem quase tudo o que querem, é que deve ser enfrentada. Cuca, que pediu demissão, não aceita por Marcelo Teixeira, se ficar terá que fazer isso, enquanto os hesitantes diretores santistas, ao contrário do que fizeram com seu antecessor, devem apoiar o treinador. Por uma questão de coerência e justiça. Ou então é melhor entregar a direção do clube a algum dos “líderes” do elenco. Assim o torcedor pode começar a assistir as partidas do Corinthians e se preparar para a Série B em 2009.

*****

Pra constar, trecho de post escrito à época da queda de Leão (uma vitória, um empate e uma derrota no Brasileirão).

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre.

quarta-feira, julho 16, 2008

O "se" não entra em campo...

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Bola na cal no Morumbi. Marcelinho Carioca vai para a batida. Se ele perder a cobrança, o Corinthians será eliminado da Libertadores pelo Palmeiras nos pênaltis, exatamente igual ao que ocorrera um ano antes. Ele chuta... e acerta o gol. A bola chega a tocar os dedos de Marcos, mas, forte, vai até o fundo das redes. Na cobrança seguinte, Rogério chuta a bola por cima do gol de Dida. Vampeta tem em seus pés a chance da classificação. Ele perdera uma cobrança em 1999; mas dessa vez, chuta no meio do gol, vê Marcos voando inutilmente para o canto direito e o Corinthians chegando à decisão da Libertadores.
O fato aí em cima não ocorreu, como todos sabem. Na prática, o Palmeiras despachou o Corinthians nas penalidades, assim como fizera em 1999. Este parágrafo é o início do texto E se o Corinthians vence o Palmeiras em 2000?, de autoria deste que vos fala, publicado no Balípodo, site/blog de Ubiratan Leal.

A idéia, como o próprio nome diz, é brincar com hipóteses do futebol. Vale a pena ler a seção "E se" inteira. Lá, o Ubiratan e outros autores levantam lebres como E se o Internacional fosse rebaixado em 2002? e E se o Atlético-MG vence o Flamengo em 81?, entre outros.

Excelente diversão e combustível para bate-papo em mesa de bar.

Aos santistas que são viúvas do Luxemburgo

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Deu no Santista Roxo a declaração do "gênio" após a derrota para o São Paulo:

"Não estou entendendo tantas perguntas a respeito da derrota para o São Paulo, que foi absolutamente normal. Parece que o Palmeiras virou o Santos. Nós estamos na quinta colocação, três pontos atrás do vice-líder e muito próximo do G-4, que vale a vaga na Libertadores. Estamos no bolo gostoso. Só o Flamengo, quem tem um aproveitamento acima de 70%, está um pouco distante. Mas não estamos lá embaixo na tabela, na zona do rebaixamento."

Poderia citar outros times, mas preferiu o Santos, do qual foi treinador três vezes, sendo que em uma renasceu para o futebol (sim, ninguém mais lembra do ocaso do "gênio", né?) e foi para o Real Madrid. Quanta gratidão...

terça-feira, julho 15, 2008

Confirmado: Ronaldinho Gaúcho é do Milan

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Já está no site oficial do clube italiano, como mostra a imagem acima. O vice-presidente milanês Adriano Galliani diz, em nota: "Amanhã Ronaldinho será submetido a exames médicos, se não houver problemas ele será jogador do Milan." Nem mesmo a experiência com o outro Ronaldo impediu os milaneses de firmarem um contrato que vai até 30 de junho de 2011 com o ex-jogador do Barcelona.

Ainda não foi divulgado se isso implica na não ida do atleta às Olimpíadas, a exemplo de outro brasileiro do Milan, Kaká. Especula-se que a transferência dependia dessa cláusula e, por conta da recuperação do meia, o time italiano poderia liberá-lo.

Maluf não pára, não pára

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Inspirado pela lembrança de que Paulo Maluf não torce para time nenhum, me lembrei, de pronto, de uma absolvição em última instância do ex-prefeito Paulo Maluf.

Quando o Brasil foi tri-campeão do mundo, cada jogador do escrete que carregava a Jules Rimet na bagagem ganhou, de presente, um Fusca zero quilômetros. Com dinheiro dos cofres do estado de São Paulo, cujo governador era Maluf.

As relações com o político que não tem preferência clubística vão além.

No fim de semana, em uma feira no bairro de São Miguel Paulista, zona Leste da capital, a campanha apresentou o que foi anunciado pelos veículos esportivos como um "roubo do Maluf". É que tocou o jingle "não pára, Maluf, não pára", uma paródia da paródia que embalou o sonho do vice-campeonato corintiano na Copa do Brasil. A letra original, fonte da cantoria dos alvinegros, é de Roberto Carlos. Mas o detalhe é que em "Amigo" não tem a parte do "não pára", quer dizer, só o resto é parodiado. É curiosa a apropriação da parte nova da música.

Pelas datas das notas que vi, quem soltou primeiro foi o Lancenet, mas a coluna de notas sobre o time da semana passada da ESPN coloca como título "Rouba, mas faz" para destacar a história. O roubo é da idéia.

A partir da apropriação de jingle – não consegui achar o site oficial do cidadão pra confirmar –, terá Maluf o mesmo desempenho do Corinthians de 2007 ou do invicto Timão 2008 na série B?

Interiorano: A bancada dos torcedores

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O ribeirão-pretano Rodrigo Garcia se candidatou a uma coluna no Futepoca sobre o futebol que acontece no interior de São Paulo. Para ser mais preciso, sobre a bola e os gramados fora dos holofotes. Ele estréia sua coluna com um currículo facilitado pelo chopp da cidade e pela vasta produção de cana-de-açúcar da região. Feita a apresentação, ao texto.

Por Rodrigo Garcia

O Poderosos de Brasília revelaram suas paixões pelos times brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo Esporte Espetacular aponta as preferências dos parlamentares quando o assunto é futebol. Isso significa saber o assunto de boa parte das conversas nos bastidores da Câmara e do Sanado Federal, especialmente depois dos jogos.

Como se sabe, o presidente da República é corintiano, mas seus aliados no Congresso parecem não concordar nesse aspecto. Se o Flamengo tem a maior torcida do Brasil, isso está representado no Congresso com 98 torcedores. É o preferido.

Fluminense vem em segundo, com 44 parlamentares, empatado com a turma que se diz sem time – entre eles, meu destaque é para Paulo Maluf. Só depois vem o Corinthians, com 38 torcedores, coladinho ao Botafogo, com 37.

Na lista há também os pouco populares, como é o caso do time do coração da deputada Ângela Portela (PT-RR), o Baré Esporte Clube, de Boa Vista, campeão estadual em 2006. Outra curiosidade é dois Guaranis foram citados. O de Campinas nem apareceu, trata-se dos xarás de Minas e do Ceara.

A pesquisa foi realizada em junho de 2007, mas como o Flamengo é líder atualmente, deve haver um bom número de parlamenteares felizes. Será que isso se reflete em bons projetos e leis para o Brasil?


* Rodrigo Garcia é jornalista, botafoguense de Ribeirão Preto e adora o Chopp de Ribeirão Preto. Escreve no Futepoca a coluna Interiorano, sobre o futebol praticado fora das capitais. A estréia sobre Brasília é só pra confundir.

segunda-feira, julho 14, 2008

Kléber Pereira salva Cuca. Por enquanto...

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Infelizmente, o resultado foi justo”. As palavras do volante Túlio, do Botafogo, mostram o que foi o duelo dos nauseabundos Alvinegros ontem na Vila Belmiro. Um sem-número de chances desperdiçadas de ambos os lados e um resultado que, se foi ruim para o Santos, poderia ter sido bem pior.

Pelo menos era isso que se prenunciava no início do primeiro tempo. Aos 17, o Fogão já vencia por 2 a 0, um belo gol de falta e uma falha inacreditável da zaga que deixou Wellington Paulista livre no segundo tento, uma bola difícil, mas defensável. O Botafogo poderia ter feito o terceiro, mas Jorge Henrique desperdiçou em um lance que Fábio Costa já estava fora da área Esse lance está entre os cinco gols mais perdidos da rodada, clique aqui).

O Peixe também perdeu seus lances, principalmente com Lima, mas um gol a mais do rival ainda no primeiro tempo poderia prenunciar uma catástrofe para o time da Vila Belmiro. Azar do Botafogo, que deu sobrevida a um cambaleante Santos na segunda etapa.

O estreante Roberto Brum saiu aos 25 minutos de partida (sem Rodrigo Souto, vai ficar difícil...) para ceder lugar ao meia Róbson e no intervalo Kléber Pereira entrou no lugar de Tiago Luís. Aliás, muito santista reclamava que o garoto, o “Messi” de Wágner Ribeiro, não tinha muitas chances com Leão. As que teve com Cuca, não aproveitou e ontem o comandante perguntou, quase no fim da primeira etapa: “Você quer sair?”. O menino, sem entender, respondeu: “Não”. E o treinador: “Então joga!”.

A paciência de Cuca com Lima, após perder sua terceira grande chance de gol, também acabou e Molina foi para o jogo. O Santos se mandou pra frente, mas conseguiu ocupar melhor os espaços no meio de campo, correndo menos riscos atrás. Assim, saíram dois gols do preterido Kléber Pereira, que voltou a marcar depois de oito partidas. O segundo, a bem da verdade, em impedimento, mas daqueles complicados de marcar (pra quem disser que falo isso só porque foi a favor do Santos, recomendo a leitura desse post, em que afirmo o mesmo em um lance contra o Peixe). Michael poderia ter decretado a virada no final, mas não fez.

O fato é que, mesmo revertendo uma derrota certa, o resultado não alivia a situação do Santos. Cuca já ameaça roer a corda e, inclusive, acena com dispensa de atletas. “A qualidade do grupo é boa, com jogadores de bom caráter. Mas tem que fazer por merecer para permanecer em um time grande. É difícil chegar até aqui. Quem está em uma grande equipe, não pode se acomodar”, disse o técnico.

E perguntar não ofende: Kléber, quando você vai voltar a jogar bola?

No butiquim da Política - Fim de semestre, fim da picada

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CLÓVIS MESSIAS

Bem, a situação desenhada no plenário da Assembléia Legislativa era de expectativa, uma vez que a votação da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentária, encerraria os trabalhos do primeiro semestre. Havia antes o projeto de aumento dos professores do Estado, matéria esta que estava incomodando a harmonia entre os deputados. O trato dessas matérias tem que seguir o rito do regimento interno, o que torna a técnica de difícil entendimento para o cidadão comum. É o que podemos chamar de politiquês, já que os argumentos usados da tribuna pouco tem a ver com a realidade do projeto. Pois é, só tomando umas para entender essa história.

Os acordos políticos são firmados entre as bancadas da situação e da oposição, mas a qualquer toque de telefone do Palácio dos Bandeirantes a palavra empenhada perde o valor. A condução dos trabalhos começa a ficar vulnerável. Já imaginaram dirigir sua oratória num sentido e no meio ter que mudá-la? É coisa pra maluco. A oposição, por seu lado, tentava desestabilizar os governistas para obter algumas vantagens. Mas a reivindicação pretendida morria no nascedouro, pois o governador tucano José Serra tem a maioria absoluta dos votos em plenário.

Pois o telefone comeu solto entre o governador e seu líder no Palácio 9 de julho. A todo instante a situação ficava mais tensa. Neste momento é que começou o verdadeiro papo de butiquim. O deputado Rui Falcão, do PT, pediu verificação de presença dos parlamentares, para que a sessão pudesse seguir ou terminar por falta de quórum. O presidente da Casa iniciou a chamada mas logo constatou que havia numero suficiente de deputados em plenário para a continuidade da sessão. Por isso, contestando o comportamento do presidente da sessão, Falcão disse: "-Nobre presidente, não acredito que o senhor seja capaz de pequenas falcatruas. Se fossem maiores, aí sim, eu ficaria preocupado. Não concordo com a sua contagem".

Para meu espanto, o presidente, Vaz de Lima (foto), do PSDB, sem se dar por achado com a frase pronunciada, respondeu: "- O senhor, nobre deputado, sabe que não sou capaz dessa pequenas coisas, agradeço o seu reconhecimento. Vamos prosseguir a sessão". Olhei para os lados e vi que estava na bancada de imprensa da Assembléia Legislativa e não no butiquim. Mas era fim de semestre, tá explicado.

*Clóvis Messias é dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo e escreve semanalmente para o Futepoca.

domingo, julho 13, 2008

Deu Muricy. E quando o Palmeiras vai jogar bem?

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O São Paulo venceu por 2 a 1. Foi mais objetivo e simples. Principalmente no segundo tempo. Na disputa entre técnicos, deu Muricy Ramalho, que apostou em um começo forte, com dois atacantes rápidos.

Mérito do São Paulo ao aproveitar a incapacidade de defender do adversário. A dupla de zaga formada por Jéci e Gladstone mostrou que a torcida vai sentir saudades de Henrique, negociado com o Barcelona. Também sente a falta de Pierre, volante, com o tornozelo torcido. Sem falar me Gustavo e David expulsos, que não necessariamente resolveriam.

Assim, o time verde chega à terceira rodada seguida sem vitórias. O agravante foi ter perdido esta, um clássico.

O São Paulo fez a festa com a falta de marcação sobre Jorge Wagner. No primeiro tempo especialmente. Não que o time tricolor se resuma ao meia, mas porque não marcar muito de perto o cabra? QUem caísse nas costas do recuperado Leandro se dava bem.

As "inovadoras" substituições de Vanderlei Luxemburgo combinaram mudanças que o técnico sempre fez quando o time corre atrás no marcador. Primeiro, tirou um lateral para escalar um meia (Fabinho Capixaba por Evandro). Depois, tirou um volante, Léo Lima, para pôr Lenny no ataque. Ainda tirou Diego em vez de Valdívia (aí sim um erro absoluto). Com Denilson, Alex Mineiro, Kléber e Lenny, quatro atacantes, não resolveram. O time chutou mais muito em função do recuo do adversário.

Recuo porque, depois da entrada do quarto homem de frente, Muricy mexeu. A saída de Dagoberto para entrar Eder Luis (um atacante por outro) colocou no gramado o autor do segundo gol tricolor.

Valdívia manteve o chá de sumiço. Um primeiro tempo de banco de reservas na partida contra o Fluminense, na quarta-feira, vai fazer muito bem para o meia chileno. E, quem sabe, amplia as chances de o time ver mais concretamente a chance de ter a vaga para a Libertadores. Depois de três rodadas como quinto "de besta", quer dizer, sem vencer nem ser ultrapassado, o Palmeiras percebe que poderia ter colado no Flamengo, mas ficou onde estava, dando sopa para o azar. Com a vitória sobre o Vasco, ficou oito pontos à frente.

Se o principal jogador não voltar a jogar plenamente, fica feio. Será que o Hertha Berlin mexeu com a cabeça careca dele? E se o time depende de uma combinação entre boas atuações de laterais e de volantes, é limitante.

Bom, essa foi a visão palmeirense. Que venha também a sãopaulina.

Um jogo horrível

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Como provoquei os sampaulinos dizendo que só escrevem na vítória, sou obrigado a falar da derrota do Galo para o Cruzeiro por 2 a 1.

Para aqueles que acham que o título tem a ver com o resultado, até tem, mas provavelmente foi o pior jogo que vi no campeonato.

No primeiro tempo, até houve jogadas e chances de gols para os dois lados. Embora os gols tenham saído de erros. Danilinho roubou uma bola da confusa zaga do cruzeiro e fez. O Atlético não cortou um cruzamento de escanteio e um jogador pôde chutar sozinho na área.

No segundo festival de passes errados, com times errando passes de 3 metros.

O único passe certo, aos 46 minutos do segundo tempo, redundou na vitória dos azuis.

Sobre o Galo, que estava melhorando nos dois últimos jogos, regrediu ao começo do ano. Foi um time medroso, incapaz de acertar passes de lado. Destaque negativo para Petcovic, que até vinha jogando bem, mas hoje nada fez, andou em campo.

Neste ano, em nenhum momento temi o rebaixamento. Mas hoje fiquei preocupado. Se voltar a jogae assim, sei não....

Onde repousa nosso primeiro ídolo

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Há 75 anos, em março de 1933, o chamado São Paulo "da Floresta" (antecessor do atual) venceu o Santos por 5 a 1, na Vila Belmiro, no primeiro jogo profissional disputado no país. E, simbolicamente, o gol de estréia do profissionalismo foi marcado por Arthur Friedenreich (à direita), o primeiro ídolo do futebol brasileiro, considerado o "Pelé do amadorismo". Filho de um comerciante alemão e de uma lavadeira negra, o mulato Fried jogou por 16 clubes entre 1909 e 1935, além da seleção brasileira, pela qual participou de sua histórica primeira partida, em 1914, contra o clube inglês Exeter City. E foi ele, também, que deu o primeiro título para o Brasil, o sul-americano de 1919, com um gol na prorrogação - sendo homenageado por Pixinguinha e Benedito de Lacerda com o chôro "1x0". Na época, os uruguaios, derrotados naquela decisão, batizaram Friedenreich de "El Tigre".

No Guiness Book of Records, ele é apontado como o maior artilheiro do futebol mundial em todos os tempos, com 1.329 gols. Essa informação foi publicada pela primeira vez por João Máximo no livro "Gigantes do futebol brasileiro", de 1965, baseado em relatos de amigos e familiares do atleta. Porém, há 9 anos, ao pesquisar os gols de Fried para o livro "O tigre do futebol", Alexandre Costa contabilizou apenas 556. Pelé confirmou sua coroa mas, como consolo, Fried apresenta uma média de gols superior: 0,99 (556 gols em 561 jogos) contra 0,93 do Rei (1.282 gols em 1.375 jogos). Na foto acima, vemos reunidos três de nossos maiores ídolos, cada qual em uma geração: Leônidas da Silva (décadas de 1930 e 1940), Friedenreich (dos anos 1910 e 1920) e o maior de todos, Pelé, (décadas de 1950, 1960 e 1970).

Pois então, além da data redonda de 75 anos do primeiro gol do profissionalismo no Brasil, registro nesse post uma descoberta que fiz há pouco tempo no cemitério de Pinheiros, bairro onde moro, em São Paulo: o túmulo desse herói nacional tão esquecido nos dias de hoje (veja abaixo).

Detalhe do local onde repousa "El tigre" (Fotos: Marcão Palhares/ Futepoca)

Trata-se de um mausoléu coletivo da Associação Atlética Veteranos de São Paulo (vista geral abaixo), que está encostado no muro que dá para a calçada da rua Cardeal Arcoverde. Além de várias plaquinhas indicando o nome e datas de nascimento e morte de quem foi enterrado ali, há uma placa maior informando que a obra foi "iniciada em 1956 e terminada em 1963" pela associação, mais o nome dos sete integrantes da "Comissão de Ereção" (não é sacanagem, tenho a foto para comprovar!): Arnaldo Andreucci, José Centofanti, Paschoal Ferreti, Miguel Cury Jacob, Roque de Abreu, Candido Cortez e Cesar del Lucchese. Outra placa diz que os idealizadores foram José Centofanti e Candido Cortez, e que a imponente escultura de metal (um atleta segurando uma tocha) foi projeto de J.A.Zampol. Na lápide, ao fundo, há desenhos e os símbolos de federações paulistas de vários esportes, como a de futebol (à direita). No mausoléu também está enterrado Lorival Ponce de Leon (1927-1965), atacante do São Paulo entre 1948 e 1951, período em que conquistou dois títulos paulistas, disputou 107 partidas e fez 52 gols. O "Almanaque do São Paulo", publicado pela Placar em 2005, sequer registra a data de seu falecimento.

Curioso é que, enquanto escrevia esse post, no intervalo de São Paulo x Palmeiras, a Globo exibiu cenas raras de um confronto entre Paulistano e Palestra Itália de junho de 1925. E mostrou uma foto de Friedenreich, um dos maiores ídolos do antigo Paulistano, que, naquele mesmo ano, foi o primeiro clube brasileiro a excursionar pela Europa. Após uma goleada de 7 a 2 sobre a seleção da França, em plena Paris, a imprensa local passou a chamá-los de "os reis do futebol". Foram 9 vitórias em 10 jogos, com 30 gols marcados - 11 deles por Fried. Depois que o clube alvirrubro acabou, em 1929, parte de seus jogadores ("El Tigre" entre eles) se uniu aos atletas do também extinto alvinegro A.A.das Palmeiras para formar o primeiro São Paulo Futebol Clube, que misturou as cores dos dois, adotando o branco, vermelho e preto, e existiu entre 1930 e 1935. Mais tarde, uma brecha jurídica da época permitiu que o atual São Paulo fosse fundado com o mesmo nome, herdando também o escudo e as duas versões do uniforme. Interessante é que a FPF contabiliza o título paulista de 1931 para o Tricolor do Morumbi, mas sua própria diretoria não. Um "descende" do outro, mas são clubes distintos.

sábado, julho 12, 2008

Corinthians mantém invencibilidade e liderança

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Corinthians e Santo André fizeram um joguinho bastante esquecível na tarde deste sábado, na cidade do ABC. A partida terminou em 1 a 1, gols de Marcelinho Carioca e Wellington Saci.


O Ramalhão tem um time bem fraquinho, onde Marcelinho Carioca consegue se destacar, com passes e lançamentos precisos. Mas o gol dele, ainda no primeiro tempo, foi fruto de uma saída atrapalhada de Felipe, ajudado por Chicão.


O Corinthians começou com amplo domínio da partida, com uma marcação forte no meio e saída rápida para o ataque. Parecia que seria um passeio, mas a posse de bola não se traduzia em oportunidades claras de gol. Faltava alguma objetividade ao time, cujas jogadas eram basicamente pelas laterais, com Lulinha, Dentinho e os dois alas, alimentados por Elias, que fez uma boa partida. Mas faltava poder de conclusão.


No segundo tempo, para aproveitar as jogadas pelos lados, Mano Menezes colocou Lima e tirou Eduardo Ramos. O time perdeu meio de campo e não ganhou no ataque. Não me lembro nem de Lima ter encostado na bola.


Depois, o técnico colocou Wellington Saci no lugar de Lulinha, liberando André Santos para a criação. O time melhorou, com mais inteligência no meio, e pressionou. O gol saiu de um cruzamento da direita cortado pela zaga cortou nos pés de Saci, que acertou um chute rasteiro e no canto, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Timão.


Aconteceu um pênalti em Herrera no começo do jogo e outro mais duvidoso no finalzinho. O jogador saiu reclamano de três penalidades, o que foi exagero. Mas o juizão não obrou muito bem na partida, deixando passar faltas dos dois lados. Mas as expulsões, uma de cada lado, Dentinho cá e Williams lá, foram acertadas: o jogador andreense bateu bem o jogo todo e Dentinho foi idiota no carrinho do segundo amarelo, na lateral do ataque, jogada sem importância.


O Corinthians segue líder isolado, com 27 pontos, seis à frente do vice-líder Juventude. O Santo André está com 16 pontos e em oitavo lugar. Na próxima semana, o Timão pega o Bahia, no Pacaembú.

A essa altura, existem favoritos?

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Se o mistério pertence ao futebol, como dizia Nelson Rodrigues, a vontade de prever o futuro faz parte da aspiração de qualquer torcedor que se preze. Embora a chance de quebrar a cara seja sempre grande, ainda mais se tratando do nivelado futebol tupiniquim. 

Em 2007, escrevi um post intitulado “Será que dá pra arriscar o campeão?”, analisando a classificação do Brasileirão na décima rodada e comparando com o que acontecia em 2006. Hora de retomar a comparação.

No ano passado, a esta altura do Brasileiro, o Botafogo liderava o Brasileirão com 24 pontos, 5 à frente até então surpreendente Goiás. Um ponto atrás da equipe esmeraldina estava o São Paulo, que viria ser campeão, seguido pelo Palmeiras. Na zona do rebaixamento, agonizavam o Naútico, com seis pontos; um a menos que o América-RN e dois a menos que o Flamengo (que tinha defasagem de duas partidas). O Juventude completava o quarteto com 10 pontos e uma partida a menos.

Já ao fim do campeonato, apenas o Tricolor Paulista permaneceria no G-4, acompanhado do Santos, que na décima rodada estava a um ponto da zona do rebaixamento, mas com mais pontos perdidos que Juventude e Flamengo. O Rubro-Negro, com sua espetacular recuperação, terminou em terceiro. Logo acima de Fluminense (nono na décima rodada) e Cruzeiro (décimo). No lado de baixo da tabela, Juventude e América-RN permaneceram na degola e foram rebaixados, ganhando a companhia de Corinthians (então décimo-primeiro) e Paraná (sexto colocado).  

Se o parâmetro for 2006, o padrão é semelhante. O líder após dez rodadas era o Cruzeiro, com 21 pontos, junto com o Internacional mas com vantagem nos critérios de desempate. O São Paulo tinha 20 pontos e se tornaria campeão, enquanto o Fluminense, quarto com 19, lutaria para escapar do rebaixamento. O Inter e o Tricolor carioca deixariam o G-4, cedendo lugar a Grêmio e Santos. Na zona fantasma, como em 2007, dois times, o Santa Cruz, com 3 pontos na ocasião, e o Fortaleza, com 10, cairiam. Seus companheiros de então eram o Corinthians, com 9 pontos, e o Palmeiras, que cederam as vagas para a Série B a Ponte Preta e São Caetano.

Grosso modo, como disse no ano passado, dá para dizer que metade dos times vai permanecer próxima à posição atual, enquanto a outra metade irá subir ou cair de rendimento, se distanciando de onde se encontra. 

Dentro dessa comparação, cabe dizer que pela primeira vez desde 2006 o sempre regular São Paulo não figura entre os quatro melhores, o que pode evidenciar uma dificuldade maior para arrancar como ocorreu nos dois últimos anos. Outra curiosidade é que em cada ano um time que estava no G-4 acabou caindo drasticamente e lutando pra não cair pra Segundona, Fluminense em 2006 e Goiás em 2007. Quem vai desabar em 2008?

Palpites

Alguns corajosos arriscaram palpitar sobre os favoritos àquela altura, e um exemplo de como pode ser despropositado tentar prever o futuro é que, dentre as apostas, figuravam times como Corinthians, Goiás, Botafogo e Atlético-MG. Alguém arrisca agora dizer quem vai erguer a taça em 2008? 

sexta-feira, julho 11, 2008

Beber, cair, levantar

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Buenas, depois de um tombo cinematográfico, vários pontos no supercílio, duas costelas quebradas e dez dias no estaleiro, consegui saldar a dívida com a provedora e restabelecer a internet aqui em casa - e, conseqüentemente, o contato com o mundo dos vivos. Acidentes acontecem, mas sempre desconfio de praga de corintiano (rsrs). Brincadeiras a parte, o pior já passou: agora só dói quando respiro (pode parecer piada, mas quem já quebrou costelas sabe que é exatamente assim). O importante é voltar ao Futepoca e, aproveitando o resultado parcial da enquete sobre os assuntos preferidos pelos nosso leitores, vamos ao pitacos futebolísticos:

Seleção brasileira - Com o perdão da rima involuntária, a seleção convocada para Pequim não é de todo ruim. Dunga corre o risco de, aos trancos e barrancos, como em 1994, colecionar mais um título importante em seu currículo. Será que Ronaldinho Gaúcho conseguirá repetir o mesmo cala-boca que Ronaldo Nazário deu nos críticos em 2002?

Palmeiras - A aposta de Felipão em Ronaldo Obeso, aliás, pode ser comparada à de Vanderlei Luxemburgo no extraordinário goleiro Marcos (em termos de convicção e resultados). Não tem discussão: Marcos é seleção! E em todo jogo, o Palmeiras sempre livra, no mínimo, um pontinho. A continuar nessa toada, vai brigar, sim, pelo título. Neste domingo, vencerá o meu Tricolor.

São Paulo - Esse pessimismo - ou fatalismo - em relação ao meu time decorre menos dos últimos resultados do que da constatação, pura e simples, de que a equipe é fraca. Na justa derrota para o Náutico e no injusto empate contra o Ipatinga (que merecia ter vencido, não fosse o Rogério Ceni e a trave), comprovei que: 1) Como diz a Thalita, Richarlyson fora é reforço; 2) O time não tem lateral-esquerdo e, daquele lado, os adversários fazem a festa; 3) Joílson tem que jogar no meio, Muricy, no meio!; 4) Jorge Wagner e Aloísio já estão merecendo fazer companhia ao Dagoberto no banco, mas não há substitutos; 5) As prováveis saídas de Alex Silva, Hernanes e Miranda tendem a deixar a coisa ainda mais feia. Conclusão: temporada perdida ou uma (improvável) vaga na Libertadores. Um lugar na repescagem da primeira fase já mereceria rojões.

Santos - Não acredito que o Peixe seja tão fraco ao ponto de freqüentar a zona de rebaixamento, bem como o Fluminense. É fase - e deve ter algo a ver com a tal "terra arrasada" que Luxemburgo deixa quando sai de um clube. Os dois reforços mostraram serviço no último jogo e a tendência é o time engrenar. Só que algo me diz que não será com o Cuca...

Corinthians - Não acompanho a segunda divisão, mas a mídia "são-paulina" me mantém constantemente informado sobre as sucessivas vitórias e goleadas do alvinegro paulistano. Literalmente sem adversários, o clube deve garantir o acesso e o título de forma invicta, em pouco tempo. Não gostei da postura do Mano Menezes na derrota para o Sport, mas o trabalho que ele faz no Corinthians merece elogios.

Fluminense - Pra variar, era quarta-feira e não vi o jogo. Deu LDU, o que é melhor do que um time argentino. O Flu caiu - e eu também, quase que no mesmo horário...


Pronto, palpitei. Volto agora aos comprimidos de codeína, às cápsulas de cetoprofeno e ao colete que tenta manter os ossos soltos no lugar. E o Ministério dos Jornalistas que Vão ao Bar Sem TV na Quarta-Feira à Noite adverte: Se beber, não caia; Se cair, cuidado com os ossos; E se quebrar as costelas, evite hospitais públicos!

Minha estréia no estádio

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Brunna Rosa





A noite fria e de atuação apagada marcou a minha estréia nos estádios de futebol. Após uma enrolação formidável e alguns contratempos na aquisição do ingresso (havia um bar no meio caminho, no meio do caminho havia uma fila...) lá estava eu devidamente à paisana, pronta para entrar no glorioso Palestra Itália.

A noite prometia uma partida não tão difícil, sem maiores problemas para o Parmera, que recebia o catarinense Figueirense. Era estréia do novo uniforme e o retorno do Valdívia. Sim, eu veria o Mago atuando e estava confiante que ele faria um belo gol!

Na entrada, mais contratempo. Depois de revistar minha bolsa, a policial militar feminina avisou: "não pode entrar no estádio com livro". Por sorte, ela não pediu para ver o título nem para retirá-lo da bolsa. "Na próxima, você não traz". Passo por ela sem entender a medida, que me parece descabida. Hoje de manhã, o Frédi alertou que o temor da polícia é que o papel vire combustível na mão de algum torcedor que queira jogar uma "bola em chamas" dentro do estádio.

Adentro ao Palestra, onde toca Bezerra da Silva no sistema de som. Isso mesmo, o Bezerrão, mas a música eu não consegui identificar. Não sei se é regra, mas o sistema de som do estádio é horroroso.

Subo na primeira escadaria, arquibancada vermelha. Reparo que estou no meio da Torcida Uniformizada do Palmeiras (TUP) e me lembro da tentativa anterior de adquirir ingressos para assistir Palmeiras e Náutico, e a briga entre esta e outra organizada do mesmo time, a Mancha Alviverde, que terminou em gás de pimenta e bomba de efeito moral. Assim resolvo descer, ir para o outro lado do estádio (só depois reparei que dava para atravessar a arquibancada sem sair dela).

Quando subo, estou no meio da Mancha. A impressão é que esta torcida é muito, mas muito mesmo, mais animada que a outra. Animada até demais, então resolvo ficar entre os blocos, distante das duas, no meio, com uma terceira torcida organizada que tinha alguns bumbos, chamada Savóia.

O espaço estava um pouco mais vazio e tinha mais cara de "família". Logo o ambiente também mudou, mas eu fiquei.

Tudo novo e fascinante, de um lado ficava olhando a Mancha descendo e subindo a bandeirona e suas coreografias. De outro, a TUP fazia sua parte. Num misto de análise sociológica e idiotice pura, estava tão encantada com tudo, que o jogo havia começado e eu nem tinha visto!

O jogo corre, eu ainda aprendendo os cantos da torcida, procurava entender quem era dono de qual camisa em campo. Mais tarde, seguindo as orientações padrão, aproveitava qualquer deixa para xingar o juiz. Deflagrada a cota de "elogios" ao dono do apito, me considerei credenciada como torcedora.

Fim do primeiro tempo. Enquanto aguardava, o vendedor gritava "cerveja, cerveja". Por uma questão ética, não pago quatro reais em cerveja servida em copo de plástico. Por isso, me livrei de ser ludibriada pela falsa oferta. Hoje, pela manhã, me certifiquei com o Anselmo: era sem álcool.

O resultado: intervalo sem cerveja.

Com o retorno dos jogadores, chegou às proximidades um grupo de torcedores daqueles que gritam durante 45 minutos. Sugerem destinos aos jogadores ("volta pro Grêmio, Diego!"), fazendo ironias sem cessar ("tão achando que é pinbolim (sic)?"), além de incentivar o time ("é isso time, é isso time, cruza alto, porra!").

E claro, na hora do gol do Palmeiras (o que empatou a partida) pude experimentar a sensação de ver as 19 mil pessoas pulando e gritando, além da euforia que empurrou o time, que por sua vez esbarrou nas deficiências técnicas de alguns e na falta de alvo certeiro de outros. Sinceramente, não havia torcida do Figueirense.

Fazendo uma cera enorme, fazia coro com os pedidos de cartão para os jogadores do Figueirense. Que de nada adiantou, com o apito final, a torcida decepcionada se dividia entre os que não paravam com os "elogios" ao juiz, aos jogadores e as cobranças de uma vitória no clássico de domingo.

Para mim, enquanto aguardava o tumulto da saída do estádio, de certo a vitória seria mais agradável. Mas estava muito mais empolgada por ter finalmente assistido a um jogo e ter começado a entender definitivamente a tal da paixão pelo futebol, do que a sensação do resultado positivo.

Mesmo assim, fui comemorar. De lá, direto pro bar.

Empate em casa deixa o Palmeiras em quinto

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Que bar é este que não tem TV? Foi num lugar assim que eu não assisti o empate entre Palmeiras e Figueirense no Palestra Itália. Diferentemente dos jogos contra Vasco, Flamengo e Cruzeiro, em que foi goleado, o time catarinense soube segurar os paulistas. O tropeço representou os dois primeiros pontos perdidos em casa no Brasileiro e a manutenção da quinta posição. Ou, chance perdida de se aproximar do Flamengo.

O alviverde paulista saiu perdendo aos 16 e empatou aos 25 do segundo tempo, com gol de Alex Mineiro. O artilheiro, ao lado de Marcinho, desviou com o bico da chuteira o cruzamento de Fabinho Capixaba, depois de jogada individual. Constam boas jogadas do Figueirense, que poderia ter feito estrago maior.

É importante o lateral reserva funcionar um pouquinho melhor. Jefferson, pela esquerda, perdeu um gol aos 49 da segunda etapa. No resto, não há registros de que tenha entrado em campo. Pelo jeito, ambos não estão no nível dos titulares, mas o canhoto está mais distante.

Sem cruzamentos como no jogo passado, avalia Vicente Criscio, do Terceira Via Verdão, a posse de bola e as finalizações não resolveram.

Ao contrário do que eu imaginei, Lenny saiu jogando, se movimentou, mas foi substituído por Denílson na segunda etapa. Pierre torceu o tornozelo, deu lugar a Wendel, que deu lugar ao meia Evandro. O time ficou com a surpreendente formação de um único volante, Léo Lima. Evandro é capaz de pôr Valdívia no banco dia desses.

"O Verdão permanece em quinto, e mais do que nunca uma vitória frente ao São Paulo domingo é obrigação", explica Conrado, do Parmerista. Para o clássico, o Palmeiras tem o reforço de Martinez e Kléber.


O parceiro considerou lamentável a atuação de Valdívia, e lhe concedeu nota 2,5. Os 19 mil palmeirenses (ou seria 19.001?) viram o mago realizando o número do desaparecimento, tirando o fato de ter levado cartão uma partida depois de ter cumprido suspensão pela terceira advertência. Ao que consta, a última vez em que o chileno esteve bem na foto foi ao lado de duas modelos na apresentação do novo uniforme, estreado ontem, aliás, mais verde escuro.

quinta-feira, julho 10, 2008

Corinthians goleia o Marília e ganha reforços da enfermaria

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Assisti o compacto de Corinthians 5 x 0 Marília. Num jogo cheio de complicações, a começar por Herrera e Douglas, dois destaques do time, já eram desfalques por suspensão. Já em campo, uma cabeçada estilo Três Patetas de William e Nilton tirou o volante de campo com o nariz quebrado. Alessandro também saiu cedo, com uma contusão no músculo da coxa.

Os substitutos dos desfalques iniciais foram Acosta, meio de atacante, e Lulinha, mais ou menos de meia. No lugar dos machucados durante a partida (antes de 15 minutos do primeiro tempo) foram Carlos Alberto no meio e o estreante Denis (ex-Santos) na lateral-direita

O time começou meio estranho, mas melhor que o Marília. Acosta, surpreendentemente, vinha jogando bem, e sofreu um pênalti (pra lá de discutível), convertido por Chicão. O zagueiro, além disso, matou a pau na defesa e na saída de bola.

Denis, contrariando um pouco previsões bastante pessimistas do santista Glauco, não foi mal. Fez duas ou três boas jogadas no ataque e não comprometeu a defesa. A tabela com Lulinha que resultou no quinto gol foi bonita (a conclusão foi sorte).

No segundo tempo, Acosta foi infantilmente expulso, mantendo o status de minha decepção no ano. Além disso, a bola bateu no braço (aberto) de Eduardo Ramos e o juiz deu pênalti, o que pode ser questionado se levarmos em conta a tal da intenção, numa discussão infértil, mas que no fórum adequado pode ser divertida. Como Felipe pegou, deixa pra lá.

No mais, o placar elástico se deveu mais a uma atuação bisonha do goleiro do Marília, que levou um gol por debaixo das pernas de Dentinho, pegou com a mão bola recuada com os pés por um zagueiro e deu azar no chute de Denis. Mas o Corinthians foi pra cima, jogou melhor que o Marília e mereceu com folga a vitória.

Mais dois
Da enfermaria, surgem dois reforços para o elenco alvinegro: o meia Dinelson e o volante Marcelo Oliveira. O primeiro era um carinha habilidoso, mas pouco produtivo, que chegou numa das infinitas crises do Corinthians (se bem me lembro, com Regis Pitbull), jogou Copa São Paulo e ficou meio esquecido. Quando começou a ser aproveitado, arrebentou o joelho e ficou coisa de um ano parado. Dada a escassez de meias em todo lugar, pode ser boa opção e, vai saber, de repente cola.

Marcelo Oliveira era um segundo volante, prata da casa, que começou no início do ano passado. Jogava numa espécie de ala esquerda, naquele time do começo do Brasileiro que chegou a disputar a liderança. William foi vendido, Oliveira arrebentou o joelho (sempre ele), um monte de outras coisinhas aconteceram, e acabou-se a ilusão. Mas fiquei com uma ótima impressão do rapaz, inteligente, tocava bem a bola, descia na hora certa. Se voltar no mesmo nível, disputa vaga no time titular de segundo volante.

E menos um
O Timão não paga mais o salário de Roger. O dublê de meia rescindiu seu contrato e foi para o Qatar, onde será feliz. O Grêmio chiou barbaridade, mas eu achei foi bom.

Impressões despropositadas

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Esse post é mais uma encucação de um torcedor preocupado com o seu time do que uma análise jornalística. Deve ser interpretado com esse prisma. Mas também adianto que eu, no atual momento, não conseguiria fazer um artigo profissional tão díspar assim.

Ontem estive na Vila Belmiro para ver Santos 1x1 Grêmio. Surpreendeu-me a Vila lotada; e até arrisco dizer que o número de 10 mil presentes anunciados não condiz com a realidade. Mas esse não é o assunto. Quanto ao time em campo, vi um Santos aguerrido, determinado, com Kléber fazendo - e no meio-campo - talvez sua melhor atuação em 2008. Michael e Maycon Leite (isso é nome de jogador, meu deus!?) também atuaram muito bem e deram esperança à torcida peixeira. O primeiro, inclusive, foi premiado com um belo gol.

Mas o Santos não venceu. E é aí que eu queria focar a tal encucação.

Saindo do jogo, a caminho de casa, ouvi no rádio a entrevista coletiva do Cuca. E o tom das declarações do técnico sugeria uma postura derrotista, conformista, aquela que não passa a menor confiança. "O time criou, mas não é todo dia que uma bola bate no travessão, que o goleiro faz defesa com o pé, que a bola passa raspando três vezes só no primeiro tempo... mas um dia a bola vai entrar e as coisas vão melhorar". Aí que tá. É essa expectativa de que tudo vai dar certo no final - que final? - que me assusta.

Cuca parece ter consigo um estigma irretirável de perdedor. Nos acostumamos a vê-lo no Botafogo em situações muito parecidas - a da quase-vitória, do trabalho que não dá certo por detalhes, do esforço não-recompensado, das coletivas explicando derrotas e insucessos.

No Santos atual, onde há cenário de crise institucional, incompetência administrativa e pindaíba financeira, talvez esse espírito do "quase deu" seja o componente que faltava para o time amargar um rebaixamento.

Querendo ou não, são seis partidas sob o comando de Cuca, e nenhuma vitória sequer. Com direito a um 4x0 contra o fraquíssimo Goiás em plena Vila. Não tenho números, mas, falando de cabeça, não lembro de um treinador que tenha demorado tanto tempo assim para vencer um jogo no comando do Santos. Por menos, por muito menos, Leão, o técnico que tirou o Santos da fila em 2002, foi agressivamente pelos torcedores santistas no início do ano. Até quando Cuca permanecerá, para usar uma gíria do jornalismo político, "blindado"?

Melhorou, mas não ganhou

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Ontem finalmente o Santos parece ter acordado para o campeonato. Dominou com sobras durante a maior parte do primeiro tempo e somente Maikon Leite perdeu três oportunidades de abrir o placar. Aliás, o atacante de 19 anos vindo do Santo André mostrou habilidade e velocidade, atordoando a defesa gremista principalmente quando atuou pelo lado esquerdo.

Cuca utilizou a formação com três atacantes e Kléber no meio-de-campo, abandonando parcialmente o esquema com três defensores usado na partida contra o Atlético (PR). Digo “parcialmente” porque Rodrigo Souto jogou à frente da zaga, recuado, na intenção de dar mais qualidade à saída de bola. Michael, estreando como ala esquerdo, também cumpriu essa função, e bem.

Mas o time tomou um gol em uma jogada de escanteio, onde Rodrigo Mendes estava inacreditavelmente sozinho. Isso gerou a justa cobrança de Fábio Costa em Kléber Pereira, que deveria estar no primeiro pau. A propósito, onde se esconde o futebol do artilheiro santista, que não consegue sequer acertar um passe?

Inúmeras chances desperdiçadas depois, o Santos conseguiu empatar em um belo voleio de Michael. Sorte da equipe da casa, que, se voltasse para o segundo tempo em desvantagem, certamente penaria com o descontrole de nervos que tem caracterizado seus atletas.

A etapa final foi mais equilibrada, com o Grêmio chegando mais no ataque. Roth colocou três atacantes para tirar a sobra da defesa santista. As chances no segundo tempo surgiram para os dois times e os gaúchos chegaram mais do que nos 45 minutos iniciais. A dupla de zaga santista conseguiu piorar o seu parco desempenho do primeiro tempo, com Fabão e Marcelo absolutamente inseguros. Por pouco não entregaram o ouro. Perto do fim do jogo, Roth desfez o esquema com três à frente quando resolveu que o empate estava bom. Uma certa pressão peixeira e nada de gol.

Se o Santos estivesse em situação normal, um empate em casa com o então terceiro colocado poderia ser até um resultado aceitável. Contudo, a pressão pela recuperação impede qualquer tipo de alívio. Mas pelo que se pôde ver ontem, há esperança mais adiante. Que a virada não tarde. E que os dois “Kléberes” voltem a jogar o que podem.