Destaques

sábado, junho 18, 2011

FHC 80 se diz 'tonto' e plagia Lula: 'eu não sabia'

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Talvez animada pela grande repercussão dos 80 anos do músico, cantor e 'maconheiro' João Gilberto, no início do mês, a "grande" imprensa (grande só no nome) resolveu aproveitar para fazer um desagravo a outro de seus queridinhos, o sociólogo, ex-presidente da República e 'maconheiro nasal' Fernando Henrique Cardoso, que também está completando oito décadas. O jornal O Globo se esmerou na bajulação em seu sítio virtual, com um "especial multimídia" sobre FHC (não confunda com outra droga, o já citado THC), trazendo artigos baba-ovísticos e exagerados de Mirian Leitão e Merval Pereira, charges do Chico Caruso, repercussão com os "mentores" do Plano Real e - o melhor (ou pior) de tudo - uma favorável entrevista com o célebre tucano homenageado.

"Nunca na História desse país" se viu tantas loas e confetes para o aniversário de um ex-presidente da República em nossa imprensa. O esforço para tirar FHC do limbo, em quilos de vassalagem e beija-mão midiáticos, me levam, como jornalista, à exacerbação da vergonha alheia. Mas, sem querer comentar as dúzias de bobagens, incoerências e delírios ditas mais uma vez por Fernando Henrique (até em respeito à sua idade e também poupando as velas do blogue para um defunto que não compensa), separei dois trechos muito reveladores, que, das duas, uma: ou comprovam sua senilidade ou atestam a sua cara de pau. No primeiro, ele diz que assinou a manutenção do sigilo dos documentos oficiais (que tanta dor de cabeça está dando agora à presidente Dilma Rousseff) no último dia de seu mandato (!), sem ler (!!), e que só se tocou disso um ano depois (!!!):


FH - Nesta discussão que está aí hoje [sobre a manutenção do sigilo eterno para documentos de Estado]... Foi no dia 31 de dezembro de 2002, último dia do governo. Porque tem dois canais, ou vem pela Casa Militar ou vem pela Casa Civil. Bem, quando veio esse negócio, eu disse [depois]: não é possível que eu tenha assinado isso. Aí chamei o Pedro Parente: vê se é possível que eu tenha assinado isso. Reconstituiu, não passou pela Casa Civil. Foi pela Casa Militar. Sem a assinatura do general Cardoso. Mas eu não sabia. E uma coisa me chama a atenção: nunca nem o Itamaraty nem as Forças Armadas falaram nesse assunto comigo, nunca pressionaram.

O GLOBO - Então o senhor assinou sem ver? E quando soube?

FH - Quando saiu no jornal, um ano depois. Como eu assinei um negócio proibindo eternamente?



Buenas, se o senhor, que assinou, não sabe, muito menos eu ou o repórter que o entrevistou! Vai ver que, se foi em 31 de dezembro, tava muito desesperado pra abrir a champanhe no Reveillón, ou distraído pela dolorida tarefa de ter que passar a faixa para o Lula no dia seguinte, sei lá. Mas essa desculpinha é de lascar - e ninguém vai repercutir isso. Imaginem se fosse o Lula dizendo tal absurdo, o carnaval que a mídia ia fazer... Aliás, para exemplificar isso, é só perceber, na expressão que grifei em negrito no trecho reproduzido acima, que o sociólogo que fala francês tem todo o direito de dizer que não sabia de nada, ao contrário do torneiro mecânico que o sucedeu, achincalhado quando usou a mesma justificativa. Mas passemos ao segundo trecho que resolvi destacar da entrevista do O Globo, ainda mais eloquente em termos de FHC:


FH - É muito cansativo esse negócio de ser presidente, não sei por que o pessoal quer tanto... (risos)

O GLOBO - Por que o senhor quis tanto?

FH - Pois é, por engano. (ri)

O GLOBO - Duas vezes, presidente?

FH - Eu sou meio tonto...



Impressionante. Diante de tão comovente declaração, é justo considerar que tonto foi quem votou nele. E mais tonto quem votou duas vezes!

Gente diferenciada - e agora despreparada
Conhecido por criar neologismos arrogantes como fracassomaníacos ou neobobos, FHC não perdeu a oportunidade de lançar mais uma nomenclatura na entrevista publicada hoje. Talvez indignado com a "gente diferenciada" que ameaça invadir o bairro onde ele reside em São Paulo, Higienópolis, com a estação do metrô que será construída lá, o ex-presidente octogenário inventou a expressão "gente despreparada" para essa ralé que, ao contrário de seus "iluminados" colegas do mundo acadêmico, foi obrigado a (com tom de asco) "lidar" quando governava o Brasil:


FH - Acho que, em parte, a liderança presidencial tem de ser intuitiva, veja o Lula, mas, quando você tem um pouco mais de capacidade de análise, fica vendo por que as pessoas estão fazendo isso ou aquilo. Ao mesmo tempo que desculpa umas, condena outras.

O GLOBO - Mas isso faz ficar mais pessimista ou otimista a respeito do mundo?

FH - Mais realista. Não digo pessimista porque dá para avançar. Meus colegas acadêmicos puro-sangue sempre ficavam um pouco horrorizados de ver como é que eu lidava com o que, para eles, é uma gente despreparada. Eu dizia que eles não eram preparados para umas coisas, mas muito bem preparados para o que eles fazem.



De fato, a soberba desses tucanos de Higienópolis sempre consegue um jeito de se superar. E eu, sem capacidade de análise e assumidamente sem qualquer tipo de preparo (para me sentir superior), encerro este post com a única coisa que gostaria de dizer ao aniversariante FHC: "-Credo."

'Sãopaulinismo' na guerrilha do Araguaia

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Passando a vista pela polêmica matéria "Devaneio na selva", publicada pela revista Carta Capital no final de abril, sobre o diário que Maurício Grabois (foto), diriegente histórico do PC do B, escreveu em seu período na guerrilha do Araguaia (na qual seria morto, em 1973), deparei-me com um trecho em que ele, fatalmente, seria acusado de "sãopaulinismo" por corintianos, palmeirenses e santistas aqui deste blogue. "Ontem, Ari [Arildo Valadão] abateu um gordo veado", escreveu Grabois. E acrescentou, com profundo pesar:

"Ao vê-lo morto, lembro-me do Bambi das histórias infantis. Neste caso, nosso guerrilheiro passa de herói a vilão."

E a revelação desse diário, com esse trecho, acaba respondendo a pergunta feita pelos Sex Pistols no título do desenho animado que produziram na década de 1970, "Who killed Bambi?" ("Quem matou Bambi?). Agora sabemos: foi o Ari Valadão. Muito antes do Luiz Gonzaga Belluzzo querer exterminar a "espécie"...

sexta-feira, junho 17, 2011

Golaço no futebol de várzea

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Todo mundo que já bateu uma bolinha, por mais medíocre que ela tenha sido, gosta de contar vantagens em mesa de bar. Conta que ganhou uma partida de forma heróica, que foi o melhor em determinada pelada, que enfileirou o time adversário, que marcou um gol antológico. Mas poucos, geralmente, têm como provar suas bravatas. Esse não é o caso do manguaça que aparece fazendo um senhor golaço num jogo de várzea, abaixo. O registro foi guardado como verdadeira preciosidade até que ele mesmo pudesse publicar a proeza no Youtube, 11 anos depois. Com todo o merecimento, convenhamos.

Tragédia da empregada

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Uma das coisas mais deprimentes que li na internet nos últimos tempos foi o tumblr Tragédia da Empregada. É uma lista de mensagens postadas no Twitter com o assunto empregada, faxineira, serviçais e afins. O site parou de ser atualizado há cerca de dois meses, mas a coletânea está lá, para ninguém duvidar de que ainda tem muita gente que acha que existem escravos no país. Gente para quem a entidade 'empregada' não tem nome, não tem família, não tem história, não tem privacidade, não tem nada dessas coisas que eles, as famílias brancas heterossexuais de classe média, têm como direitos básicos.


(Antes que me acusem de generalização, faço parte de uma família branca heterossexual de classe média, mas fui ensinada a tratar empregados com respeito. Só que, se não são todas as famílias que tratam mal seus empregados, com certeza a maioria dos que os tratam mal se encaixam nessa descrição)

Todo o preâmbulo é para contar o que aconteceu comigo. Depois de muito relutar, decidi contratar uma faxineira para trabalhar na minha casa uma vez por semana. Veio a Fátima. Ela mora longe, demora mais de duas horas para chegar na minha casa, tem uma filha de dois meses, que deixa com uma prima para poder trabalhar. História típica, infelizmente, contada sem nenhum drama, como se não houvesse qualquer alternativa para ela. No primeiro dia, ela trabalhou muito, comeu pouco, nem quis dividir a mesa comigo no almoço (claro, afinal ela deve ter aprendido que empregada 'tem seu lugar').

Ao final do dia, na hora de ir embora, ela chega para mim e faz uma pergunta que me desconcertou. Ela perguntou se eu queria revistar a bolsa dela. Demorei alguns instantes para entender o que ela queria dizer. E foi aí que eu aprendi que, além das violações de direitos trabalhistas de praxe, algumas empregadas também são submetidas a constrangimentos ilegais dentro das casas onde trabalham. Essas mulheres não têm direito à privacidade! O que quer que carreguem será desnudado aos olhos de quem lhe contrata. Mais uma vez, a revelação foi feita como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Fiquei tão besta com o acontecido que nem me lembrei de dizer a ela que é ilegal a patroa revistar a sua bolsa. Sei que não vai mudar nada, já que ela deve pensar que quem não deve não teme. Deve ter sido esse o argumento que ela ouviu. Mas ela merece saber. Assim como nós merecemos escutar, todos os dias, o quão atrasados são alguns membros da dita elite. Para ter vergonha daquilo que ainda permitimos acontecer debaixo dos nossos narizes.

quinta-feira, junho 16, 2011

Peñarol 0 X 0 Santos - vai ser uma semana longa

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Metade da decisão já foi. E Santos e Peñarol continuam a uma vitória do título da Libertadores. Mas é inegável que o fator campo (e que campo é esse do Centenário? Um show de escorregões dos dois times) e torcida foi desperdiçado pelo escrete uruguaio ontem. O Peixe, além de adiar a decisão para sua própria casa, pode ter uma vantagem que, essa sim, é fundamental: o possível retorno de (pelo menos parte) dos quatro titulares que não estiveram em campo ontem, e fizeram falta: Jonathan, Dracena, Léo e Ganso.

Já se sabia que os uruguaios não sairiam pro jogo nem com reza brava, ao contrário de outros adversários santistas na fase de mata-mata. Isso permitiu que o time da Vila tivesse a posse de bola a maior parte do tempo, enquanto os uruguaios, com Martinuccio praticamente anulado por Adriano, alçavam bolas na área, sempre rebatidas pela dupla de zaga alvinegra. A propósito, Bruno Rodrigo, que até pouco tempo não era sequer o zagueiro reserva preferido do treinador, cumpriu muito bem seu papel, ainda mais levando-se em conta que era a sua primeira partida na Libertadores (justamente a final).

Alex Sandro foi menos instável do que no jogo contra o Cerro Porteño, mas deixou lacunas na lateral esquerda e quase comprometeu a equipe no primeiro tempo ao falhar na linha de impedimento. O olhar que recebeu de Durval por deixar o Peñarol ter sua única oportunidade de fato na etapa inicial meteu medo até em mim.

Neymar teve uma atuação apagada. Em boa medida, jogou com medo de tomar um segundo cartão amarelo, já que recebeu um em lance no qual Carlos Amarilla achou que o atacante tinha simulado uma falta. Não reparou no sutil golpe levado pelo garoto (que não pediu falta, ressalte-se) naquilo que os antigos chamavam de “partes pudendas”. Não teve o rigor semelhante em lances do adversário.

No segundo tempo foram criadas as principais chances peixeiras, com o Peñarol se expondo um pouco mais para fazer o resultado. Zé Eduardo perdeu duas oportunidades, Neymar desperdiçou outra. Os uruguaios tiveram um tento justamente anulado por impedimento e não conseguiram exercer a pressão que queriam, ainda que a saída de bola santista tenha ficado prejudicada. Aliás, tudo bem que é fim de temporada para um jogador que atuou durante muito tempo na Europa, mas o Elano podia se esmerar um pouquinho em não errar tantos passes. Se Ganso puder voltar para a peleja do Pacaembu, arrisco dizer que Adriano, que o substituiu, não sai do time e a bucha pode sobrar para o meia.

O empate, fora de casa, em uma final de Libertadores, não foi ruim, mas a sensação foi a de que o Santos poderia ter saído com a vitória. Do lado de lá, quem viu alguns dos momentos do Peñarol na Libertadores sabe que os uruguaios jogam principalmente no erro do adversário. E o Alvinegro errou pouco ontem e, com a defesa titular, tende a errar ainda menos no Pacaembu. Mas não dá para o torcedor se enganar achando que o jogo da volta vai ser fácil, a retranca adversária deve ser severa e vai ser mais um jogo de paciência para os jogadores de Muricy. E não se pode subestimar um time que chegou até a final contrariando quase todas as previsões. Pelas declarações, o Santos parece estar ciente disso.

Essa semana vai demorar a passar...

quarta-feira, junho 15, 2011

A mídia, seus atos, diferenças e consequências

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Leio agora sobre a demissão da servidora do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), por conta de vazamento de dados sigilosos de uma Agência do Fisco no município paulista de Mauá, em 2009. O caso virou um enorme escândalo - turbinado pela mídia - em plena campanha presidencial do ano passado, por envolver informações sobre Verônica Serra, filha do candidato José Serra, do PSDB, e sobre o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. Sim, o vazamento de dados é ilegal e quem fez deve ser punido. Mas, se os dados mostram irregularidades de Verônica e Eduardo, por que também não há investigação ou punição?

Assim como nas eleições de 2006, quando a compra de um suposto dossiê contra Serra pelo PT ganhou mais destaque do que as informações de falcatruas contidas no próprio dossiê, a imprensa preferiu transformar lobos em cordeiros e criminalizar apenas o meio como as informações surgiram, desprezando completamente supostos crimes que os dados mostram. Em resumo, Verônica, Eduardo e Serra, além de nada sofrerem, ainda tiveram a imagem construída, pela mídia, de "mártires" da injustiça, da bisbilhotice, da invasão de privacidade e da "sanha petista".

Pois bem, comparemos agora com outro caso onde ocorreu o contrário, ou seja, as atenções concentraram-se nos dados vazados e quase nada se questiona sobre os meios como foram obtidos. Falo sobre o mais recente escândalo elevado à estratosfera pela mídia, as denúncias contra Antonio Palocci, do PT. A bancada do partido na Câmara de São Paulo denunciou que os dados da empresa dele vazaram ilegalmente da Secretaria de Finanças da Prefeitura, comandanda por Mauro Ricardo, ex-secretário estadual da Fazenda durante a gestão de... José Serra.

Mauro é considerado simplesmente o principal aliado de Serra no secretariado do prefeito Gilberto Kassab (DEM/PSD). A denúncia do PT paulistano gerou meia dúzia de notícias sem muito destaque, com o tom de que seria uma "estratégia" (leia aqui) para tentar abafar os "crimes" de Palocci. Duvido que algum dos 15 funcionários da Secretaria de Finanças apontados como responsáveis pelo vazamento de informações tenha o mesmo destino da servidora do Serpro. Ou, no mínimo, que a imprensa retome o assunto. E Palocci, como todos sabemos, perdeu seu cargo de ministro da Casa Civil - o mais importante depois da presidência da República.

Claro que Palocci deve ser investigado e punido, caso tenha cometido atos ilegais. Não há dúvida. Mas ninguém falou, dessa vez, em bisbilhotice, invasão de privacidade ou "sanha tucana" em relação a ele. Repito: por que não investigam e punem, se for o caso, Verônica Serra e Eduardo Jorge? Por que nem se discute essa hipótese na imprensa, ao contrário de Palocci, "julgado", "condenado" e apontado como "bandido" desde o início, na imprensa? Como se vê, o tratamento da mídia e as consequências para tucanos e petistas são MUITO diferentes.

É assim que se protegem candidatos de uns e se derrubam ministros de outros. E é assim, infelizmente, que se constroem "mocinhos" e "bandidos" na opinião pública.

Um daqueles que se diferenciam dos meninos

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Isso sim é que é "quilometragem" manguaça: aos 66 anos, o inglês Bruce Masters (foto) garante que já visitou 45 mil pubs (bares) no Reino Unido. O maluco teve a manha de contar cada vez e lugar onde foi exercitar sua bebedeira, desde o início da "maraToma", em 1960 - ou seja, cabalisticamente, há 51 anos (uma boa ideia). Isso dá uma média de mais de 882 bares por ano, mais de dois por dia! Segundo as contas do bêbado, ele já consumiu mais de 14 mil litros de cerveja, ou 25 mil pints, copo padrão de cerveja em terras britânicas, com capacidade para mais ou menos 570 ml - Bruce aparece segurando um deles na imagem ao lado. Esse consumo significa 274,5 litros por ano - ou cerca de 750 ml diários. Sim, mais do que um pint, religiosamente, todo santo dia, em mais de meio século! Esse é bão!

Se considerarmos um preço médio de 5 euros por pint (pelo menos era o que eu costumava encontrar, quando morei na Irlanda), o pingão gastou cerca de 158,9 mil reais só em cerveja nestas cinco décadas, pela cotação de hoje (R$ 2,27 o euro). E Bruce não desiste: "Ainda há um grande número de pubs que não visitei. Se vale a pena fazer uma coisa, vale a pena fazê-la muito bem!". O último pub pelo qual passou foi o Hole in the Wall (Buraco na Parede), na cidade de Portsmouth. O cachaça quer seguir marchando pelos pubs para beliscar uma vaga no Livro dos Recordes, o Guinness Book (Guinness, aliás, que é marca de uma tradicional cerveja irlandesa). Porém, enquanto muitos de nós admiramos Bruce pelo seu desempenho, sua mulher obviamente não está muito feliz com o recorde. "Ela não inveja o que tenho feito, ela simplesmente prefere ficar em casa", revelou o manguaça. É justo.

terça-feira, junho 14, 2011

Minas e SP têm cachaça na feira ou vice-versa

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Começou nesta terça-feira, 14, e vai até esta sexta-feira, 17, a Feira da Cachaça Paulista de Alambique, em São Paulo. De 30 de junho a 2 de julho, Belo Horizonte é que recebe o I Congresso Mineiro da Cachaça. A primeira está acontecendo no Mercado Municipal da capital paulista, no Centro. O segundo, na Serraria Souza Pinto, também na área central de BH.

Foto: Divulgação
A feira paulista é promovida pela Supervisão Geral de Abastecimento (Abast), ligada à Secretária da Coordenação das Subprefeituras de São Paulo. O órgão é o encarregado pelo Mercadão (e pelos outros 14 mercados municipais, além de sacolões e feiras livres. Colocar a cachaça no mesmo balaio dos demais alimentos é um avanço (pelo menos do ponto de vista do Manguaça Cidadão)!

Tem oficinas sobre a marvada e suas ligações com drinques, gastronomia e apreciação em geral. Uma das oficinas fala sobre a diferença da cachaça de alambique e a "de coluna" – industrial, envelhecida em tonéis de uma "madeira" peculiar e exótica, chamada "alumínio".

O congresso mineiro vai além. Na programação, o alvo são os cachaceiros (os produtores, não os exclusivamente bebedores), com questões de marketing, marcadores químicos para cada parte da destilação – cabeça, coração e calda – controle de qualidade e fermentação.

É organizado pela Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq). A entidade congrega 120 empresas e produtores do estado.

Enquanto a versão de São Paulo coloca 18 marcas de 13 municípios para degustação, a mineira depende da generosidade dos expositores. Mas provavelmente vai haver mais opções nas terras do finado ex-vice-presidente José de Alencar. Ambas querem só divulgar produtores de cachaça. É uma missão nobre.

Mas o estado que tem a maior produção da branquinha por causa das marcas industriais de larguíissima escala quer mais. Quer dizer que São Paulo tem pingas "tão boas quanto as mineiras", segundo Reinaldo Anniccino, presidente da Associação Paulista de Produtores de Cachaça de Alambique (APPCA).

segunda-feira, junho 13, 2011

Corinthians faz lição de casa e vence o Flu

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O Corinthians fez um bom primeiro tempo contra o Fluminense neste domingo, no Pacaembu, o que valeu a vitória por 2 a 0 e o segundo lugar no campeonato. No segundo tempo e em vantagem, surpresa das surpresas, Tite botou todo mundo na defesa, congestionou a intermediária e tentou travar a criação do adversário.

Não funcionou tão bem dessa vez e o time deve sua vitória à uma excelente atuação do questionadíssimo goleiro Júlio Cesar. Fechou o gol, especialmente no segundo tempo. Destaque também para o atacante William, autor dos dois gols. Danilo e Jorge Henrique jogaram bem, armando o time – que continuou meio torto para a esquerda.

O sufoco que levou na segunda etapa é o problema de se recuar tanto assim o time. Contra times melhores o torcedor vai passar mais raiva ainda. Interessante que o time exibe às vezes momentos de um futebol mais interessante, compacto, com marcação adiantada e pressão sobre a saída de bola do adversário. Toma a bola na frente e ataca bastante. Tem sido assim na maioria dos inícios de partida – e tem funcionado, como demonstram os gols nesse período. Ontem, o primeiro saiu aos 5 minutos. Quando do segundo, aos 30, o time já estava numa postura mais de contra-ataque que outra coisa.

Será que Tite pretende adotar essa postura mais avançada por mais de 5 minutos quando o time estiver mais acertado, com Alex na meia, talvez Emerson no ataque? Não custa torcer, mas parece mais provável presença de um meia mais rápido leve o treinador a manter a retranca, apostando no contra-ataque mais qualificado.

Mas enfim, vamos fazendo pontos. O próximo desafio é o líder São Paulo, com mando corintiano. Se vencer, assume a ponta. Que não quer dizer nada nesse começo de campeonato, mas dá mais moral para Adenor e menos alento para a campanha Fora Tite.

domingo, junho 12, 2011

No segundo empate fora de casa, Palmeiras até poderia ter melhor sorte

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O Palmeiras empatou com o Internacional de Porto Alegre pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Foi 2 a 2 no Beira-Rio o segundo empate fora de casa, e o Palmeiras continua sem perder na competição. Com oito pontos, está entre os três primeiros na classificação.

Numa partida com dois gols contra, o Palmeiras chegou a estar em vantagem, depois de virar o jogo, mas cedeu a igualdade aos 45 minutos do segundo tempo. Por isso, poderia ter trazido mais do que o pontinho que colheu em Porto Alegre. Mas o sufoco oferecido pelo Colorado seria um castigo maior do que o merecido para o time comandado por Paulo Roberto Falcão.

Foi um jogo bom, com disposição defensiva e de contra-ataques de ambos os lados. E um primeiro tempo parelho. O Palmeiras atuou com uma desenvoltura de deixar torcedor animado. Não que tenha sido superior aos gaúchos, mas parece que o paralelo 30 fez bem aos humores guascos de Luiz Felipe Scolari, e as investidas do time funcionaram mais bem do que em episódios anteriores.



Os gols contra foram anotados da etapa final. Pelo volante do Palmeiras Márcio Araújo, aos cinco, foi um golaço de deixar Oséas e os corintianos com inveja. para o Inter; e pelo zagueiro do vermelho Rodrigo, aos nove, para o alviverde. Aos 21, Luan acertou o tom do contra-ataque em lançamento de Marcos Assunção, fintou e acertou o canto para levar os paulistas à frente. Até perto dos 40, o time da casa teve pouca força. Depois, conseguiu o empate.

Marcos Assunção respondeu por ainda mais chances de gol do Palmeiras. No primeiro tempo, foram quatro. No segundo, cruzou para um gol e deu passe para outro – uma virada de jogo incrível, que em nada tira méritos de Luan no drible e no chute preciso entre as pernas do goleiro Renan.

Jogos entre Inter e Palmeiras despertam neste torcedor lembranças contraditórias, de um jogo em que é possível ganhar, mas de repente pintam surpresas. No deste domingo, a estranheza foi de ver os visitantes mandarem tão bem, até se fecharem demais de deixaram os adversários crescerem. Vai entender.

Fica mesmo a sensação de que poderia ter sido melhor. Mas foi bom ver futebol jogado, com lampejos de habilidade.

Quarta vitória contra adversário 'sem' atacantes

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O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, deve ter se arrependido por dispensar o atacante Borges no mês passado - ou, no mínimo, de não ter feito qualquer esforço para sua permanência. Ontem, no Morumbi, seu time entrou em campo com apenas um atacante de ofício, o inócuo Júnior Viçosa, substituído no segundo tempo pelo também ineficiente Roberson. Resultado: o único gol dos gremistas foi feito por um adversário, Casemiro. E o São Paulo, com outro gol de Casemiro, mais um de Marlos e outro de Jean (impedido), fechou o placar em 3 a 1. Assim, o time de Paulo César Carpegiani chegou à quarta vitória consecutiva e garantiu a liderança isolada, com 12 pontos. E o Grêmio, até ontem, estava em sexto, com duas vitórias e duas derrotas. Enquanto isso, em Minas Gerais, o já citado Borges arrancava um empate com sabor de vitória para o time reserva do Santos, contra os titulares do Cruzeiro, aos 44 minutos do segundo tempo.

Curiosa a trajetória de Borges. Depois de três temporadas no São Paulo (de 2007 a 2009), dois títulos brasileiros e 54 gols em 150 jogos, seu filme queimou justamente numa partida contra o Grêmio, quando foi um dos três expulsos da equipe paulista. Assim, desfalcou o time comandado por Ricardo Gomes nos últimos e decisivos jogos do Brasileirão de 2009. O atacante estava suspenso na derrota para o Goiás, que decretou a perda do título. E, um mês depois, assinava contrato com o mesmo Grêmio contra o qual havia sido expulso. No time gaúcho, fez 30 gols em 55 jogos. Depois de apenas uma temporada e meia, protagonizou dois lances capitais para sua saída. Primeiro, foi expulso em jogo decisivo da Libertadores em pleno Estádio Olímpico. O Grêmio foi eliminado da competição. Depois, Borges ainda perderia um pênalti no clássico que deu o título gaúcho para o rival Internacional.

Porém, ele faz falta no Grêmio e isso ficou claro ontem. Não havia quem finalizasse as poucas chances criadas. Do outro lado, a surpreendente escalação de Marlos no lugar de Carlinhos Paraíba deu mais velocidade à equipe sãopaulina e propiciou vários lances de perigo. Logo no início, Marlos rolou para Casemiro encher o pé; a bola desviou em Fábio Rochemback e entrou. Lucas e Dagoberto perderam outros gols feitos e, na segunda etapa, depois de Casemiro empatar o jogo com um gol contra, o São Paulo aproveitou um erro de passe bisonho de Douglas (muito semelhante à burrada que fez pela seleção brasileira, no lance em que Messi anotou o gol da vitória argentina) e Lucas deu passe preciso para o inspirado Marlos fazer 2 a 1. No final, em lance de impedimento claro, que o bandeira não marcou, o volante/lateral Jean fez o terceiro e fechou a fatura.

Sobre o Grêmio, uma constatação óbvia, a de que falta atacante. Sobre o São Paulo, outra obviedade que venho repetindo há tempos: faltam laterais. O lance de bola parada que originou o gol do Grêmio surgiu numa falta feita onde Jean, que não é lateral de ofício, deveria estar. Por isso, encerro com a advertência (também óbvia) do goleiro Rogério Ceni: "Que a torcida não se iluda com essas quatro vitórias". É fato. Muita coisa ainda vai mudar nesse campeonato - e principalmente no São Paulo, que perde Lucas para a Copa América, despede-se de Miranda (e provavelmente de Rodrigo Souto) e que também pode perder, na sequência, Casemiro, Wellington, Bruno Uvini, William José e Henrique para a seleção Sub-20.

sábado, junho 11, 2011

Cruzeiro 1 X 1 Santos - Borges, três gols em duas partidas, salva

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Com as atenções voltadas para a primeira partida da final da Libertadores, na quarta, contra o Peñarol em Montevidéu, o Santos mais uma vez entrou em campo com o time reserva. A exceção era Borges, autor de dois tentos contra o Avaí, mas que não pode atuar pela Libertadores. Com uma equipe com média de idade de 24 anos, jogando contra o Cruzeiro, tido como time sensação do país há pouco tempo, não era de se esperar muita coisa do Peixe.

E boa parte da primeira etapa contribuiu para essa sensação. O clube mineiro, jogando com uma camisa verde inspirada na mesma usada em 1926, ano do primeiro título do então Palestra Itália, dominou as ações. No papel, o Santos tinha três atacantes, Rychely e Thiago Alves pelas pontas e Borges pelo meio, mas os dois primeiros voltavam para compor o meio de campo. Roger Gaúcho era o principal responsável pela armação daquelas que deveriam ser as jogadas de contra-ataque, mas pouco fez enquanto esteve em campo para acionar os velozes ponteiros alvinegros.

O Cruzeiro se impunha. O bom atacante Wallyson teve chances, Anselmo Ramon e Montillo também chegaram bem, mas Aranha foi quase perfeito e os cruzeirenses não primaram pela pontaria.

No segundo tempo, o zagueiro Vinícius Simon tomou o segundo amarelo e foi expulso aos 4 minutos. O Santos, que quase chegou a equilibrar o jogo nos dez minutos finais da etapa inicial, com um a menos via suas chances se esvairem. O Cruzeiro fez um gol cinco minutos depois, com Montillo cobrando um pênalti cometido pelo defensor Wallace, jovem que entrou no lugar de Tiago Alves, em Anselmo Ramon. 


A partir daí, era de se esperar uma goleada cruzeirense sobre o Alvinegro desentrosado e inferior numericamente. O domínio azul (ou verde?) aumentou, mas não se traduziu em gols. O Santos marcou com Borges, mas o auxiliar Roberto Braatz anotou, de forma equivocada, impedimento. E, aos 44, novo lance de falta, cobrada por Felipe Anderson, aliás, bem mais útil que Roger Gaúcho na partida. Pela terceira vez em duas partidas, Borges marcou e salvou o Alvinegro da derrota.

Um empate redentor para o Peixe, que só volta a jogar pelo Brasileirão daqui a duas semanas. Já a batata do técnico Cuca, que não conseguiu vencer no campeonato ainda, começa a exalar um leve odor de queimado.

sexta-feira, junho 10, 2011

Anísio Santiago ganha briga e volta a ser Havana

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Tô atrasado para a comemoração. Mas isso não é motivo para celebrar.

Os herdeiros do que talvez seja o maior patrimônio cachaceiro do Brasil venceram uma disputa jurídica que se arrastava havia mais de uma década. A Fazenda Anísio Santiago conquistou o direito de voltar a engarrafar sua preciosa marvada de cana java, constituída em Salinas, norte de Minas Gerais, com o nome de Havana.

A marca de rum Havana Club havia interposto impedimentos por considerar que tinha registro de aguardentes de cana no país. Só que a regra é clara: cachaça não é rum, nem vice-versa. E o mito da Havana pode reviver em paz.

Deu certo. Mas não a tempo de evitar que seu Anísio assistisse e evitasse o desgosto de morrer sem poder engarrafar uma última Havana. Ele passou desta para a melhor (provavelmente em um lugar onde há cachaça sem precisar plantar... ou o contrário, pode-se produzir sem precisar vender) em 2002.


Um ano antes, a empresa passou a usar o próprio nome do fundador, mestre-cachaceiro e administrador da fazenda, para o rótulo. Uma liminar de 2005 já permitia a adoção do nome Havana. Mas sem uma definição e passados quatro anos martelando junto aos consumidores que o nome havia mudado, a opção foi esperar.

Tudo resolveu-se em uma decisão de 2 de junho do juiz Renato Martins Prates, da 8ª Vara Federal de Belo Horizonte. Ele considerou inválida a decisão do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) que, em janeiro de 2001, recusou-se a conceder o registro do nome Havana para a-que-matou-o-guarda do norte de Minas.

O Inpi tem 30 dias para proceder o registro. A Havana Club Holding S/A pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Note-se que o órgão de patentes no país é ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cujo titular é o mineiro Fernando Pimentel.

Em uma semana em que ganhou fôlego a proposta de fazer da caipirinha a bebida oficial da Copa do Mundo de 2014, sobram motivos para brindar. Ainda mais porque os hotéis das 12 cidades-sede receberão, do Senac, sugestões de cartas de cachaça e de caipirinha.

E a festa pode ser com uma Anísio Santiago, com uma Havana ou até com uma caipirinha (de qualquer outra pinga, menos das citadas anteriormente). Mas uma de cada vez, por favor.

Tipos de cerveja 68 - As Bière de Garde

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Em francês, significa, mais ou menos, "cerveja para guardar". É um estilo pouco comum. Sua cor varia entre o amarelo dourado e o castanho claro, possuindo aroma maltado e um sabor ligeiramente doce e caramelizado, devido ao malte (alguns exemplares apresentam acidez, devido ao lúpulo). A presença do álcool é evidente, havendo a possibilidade de se encontrar alguns com sabores de fruta. O volume alcoólico varia entre 6% e 8% e é uma cerveja que melhora com a idade. Para experimentar: Southampton Bière de Garde (French Country Christmas Ale), Jolly Pumpkin Bière de Mars (foto) e Dupont La Bière de Beloeil.

quinta-feira, junho 09, 2011

Casa & Decoração para o manguaça moderno

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De 1 a 0 em 1 a 0, a liderança - após dois anos

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Assim como na partida contra o Figueirense, um gol solitário garantiu a (pra lá de suada) vitória do São Paulo contra o Atlético-MG, ontem, pela terceira rodada do Brasileirão. O belo chute do volante Casemiro (foto), no primeiro tempo, colocou o Tricolor na liderança do campeonato, o que não ocorria desde o segundo semestre de 2009. Mas a vida do São Paulo não foi fácil lá em Minas Gerais, muito pelo contrário. Tomou sufoco o jogo inteiro, bola na trave e várias chances reais de gol dos atleticanos - que, pra variar, devem estar reclamando muito da arbitragem, por conta de lances duvidosos em que o juiz preferiu não marcar pênalti.

O que ficou clara foi a inoperância do ataque sãopaulino. O gol surgiu num passe do (bom) volante Welington para o também volante Casemiro. O decantado Lucas perdeu dois gols feitos e sumiu, assim como o apagado Dagoberto. No final do segundo tempo, depois de meia hora de muita pressão do Atlético, Paulo César Carpegiani botou Marlos, que, mesmo com o pulmão zerado, não conseguiu prender a bola no ataque. Juan segue jogando muito mal e, na outra lateral, Jean quase não foi acionado. Rodrigo Souto prova que sua mente já deve estar em outro clube. E os saldos positivos, além da vitória e da liderança, foram a defesa, que mandou muito bem com Xandão e Luiz Eduardo (mais Bruno Uvini no final) e o fato de equipe já ter vencido duas vezes fora de casa, o que pode fazer diferença lá na frente. Mas é óbvio que, apesar das três vitórias, é muito, muito cedo pra qualquer prognóstico.



Ex-técnicos campeões
Demitido do São Paulo há dez meses, após a eliminação na Copa Libertadores contra o Internacional-RS, o técnico Ricardo Gomes (foto à esquerda) conquistou ontem, com o Vasco da Gama, a Copa do Brasil - o torneio que Carpegiani não conseguiu ganhar. Pelo critério de gols marcados fora de casa, a derrota por 3 a 2 para o Coritiba, no Paraná, foi suficiente para os vascaínos garantirem o título. Curioso é que o antecessor de Gomes no São Paulo, Muricy Ramalho (à direita), levou o Santos ao título paulista deste ano e está a dois passos de vencer a Copa Libertadores, contra o uruguaio Peñarol. Vale lembrar que o técnico "tampão" que comandou o São Paulo entre Gomes e Carpegiani, Sérgio Baresi, foi o campeão da Copa São Paulo de futebol júnior em 2010 - ou seja, há menos tempo que o último caneco levantado pelo time principal, o Brasileirão de 2008. E, no mês passado, o antecessor de Muricy no time sãopaulino, Paulo Autuori, foi bicampeão da Copa do Qatar, com o Al Rayyan. Nada, nada, garantiu vaga na próxima Liga dos Campeões da Ásia, principal competição do continente, que dará ao vencedor o direito de disputar o Mundial de Clubes da Fifa em 2012. Legal, né, Juvenal?

quarta-feira, junho 08, 2011

Sócrates, treinador da seleção de Cuba?

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Quem cogita a possibilidade expressa no título do post é o companheiro de Cartão Verde do ex-craque do Corinthians, Fiorentina, Santos e seleção brasileira, Vitor Birner. Segundo o jornalista, Magrão conversou "com um representante do governo cubano, que deseja vê-lo na seleção de futebol do país."

E parece que o Doutor também tem interesse em trabalhar na ilha de Fidel e o assunto seria aprofundado nas próximas semanas. Ainda segundo Birner, "na contramão de quase todos os jogadores e ex-atletas de futebol, ele (Sócrates) me disse que só tem uma exigência.'Quero ganhar como qualquer trabalhador cubano. Não aceito ser diferente'".

Sócrates sempre foi diferente, dentro e fora do campo. E cogitar tomar uma atitude dessas só poderia vir de quem tem noção de que o futebol pode ser bem mais do que apenas um simples negócio.

Leia o post do Birner aqui.

Periódico parlamentarista

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Manchete de hoje do tablóide gratuito Destak:

Cai o primeiro ministro de Dilma

Se o regime político brasileiro fosse o parlamentarismo, teria sido uma verdadeira hecatombe no governo. E é indisfarçável a "torcida" do jornal ao usar o termo "primeiro", dando a entender que iniciou a contagem da queda do máximo de ministros possível...

Seleção ganha da Romênia e é vaiada na despedida de Ronaldo

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Vamos tirar logo esse assunto do caminho pra chegar ao futebol propriamente dito: Ronaldo, o Fenômeno, teve sua festa de despedida oficial pela Seleção Brasileira. Foram 15 minutos pesadamente caminhados em campo, que contaram com passes eficientes de primeira e três finalizações, duas no gol, obrigando a defesas do goleirão romeno, e uma em consistente trajetória rumo à lua. Enquanto esteve em campo, foi obviamente o foco das atenções de todos, inclusive de seus colegas de seleção. Saiu, fez uma volta olímpica também caminhada com os dois filhos, Ronald e Alex, e um assessor de imprensa que orientava poses meio lamentáveis com uma bandeira Brasileira. Falou rapidamente, pediu desculpas pelos três gols perdidos, agradeceu o povo brasileiro por aceitá-lo como ele é, e foi embora, pronto para novos negócios.

Pronto, falemos pois da Seleção Brasileira de nossos dias. Mano Menezes mudou o time em relação ao empate com a Holanda, trocando Elano por Jadson, que pouca gente sabe quem é ou o que vem fazendo no time. Pois sabe que pelo menos um pouco hoje ele mostrou: tocou a bola com consciência, indo além do óbvio em diversos momentos, fez o time jogar. Outro que saiu do time foi Ramires, dando lugar a Elias, que também foi melhor que o antecessor, dando mais dinâmica à saída de bola.

No primeiro tempo, a fraca Romênia foi facilmente envolvida, culminando com o gol de Fred que, vamos e venhamos, joga mais que Leandro Damião. Foi ele que saiu para entrar Ronaldo, que deu lugar a Nilmar no segundo tempo. Etapa que começou mais devagar, com o time meio preguiçoso e a Romênia incapaz de furar a impressionante zaga brasileira. Tanto Lúcio quanto David Luiz jogam muito (ainda que pouco pressionados), mas o segundo me impressiona pela velocidade e precisão nas antecipações.


O jogo prosseguiu sob absoluto e agora meio sonolento controle da seleção. Marcação no campo do adversário, zaga quase no meio campo, um monte de chutes a gol contra um ou dois da Romênia no período inteiro. Mas gol que é bom, manga. E com isso, o impaciente público presente ao Pacaembu vaiou sonoramente o escrete canarinho e aplaudiu os momentos romenos com a posse de bola.

Interessante isso. O jogo foi meio devagar, é verdade, mas não acho que fosse causo de vaia - e ainda mais de ir embora no meio da segunda etapa depois de gastar uma grana na entrada. Algum comentarista após o jogo da Holanda atribuiu as vaias à mudança de público causada pelos preços e esquema de distribuição dos ingressos. Não é necessariamente o cabra viciado em futebol que vai ver o jogo, mas uma galera de poder aquisitivo maior, que vai mais pela festa. E quando não rola uma goleada, acha que o mundo acabou. Pode ser isso, ou pode ser que eu ande com o saco excessivamente elástico. Vai saber...


Convocação para a Copa América


Saiu agora a convocação para a Copa América. Nenhuma surpresa, se você pensar no que ano Menezes fez até aqui. Na minha cabeça, o time titular na cabeça do técnico deve ser o seguinte: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, David Luiz, André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Ganso; Neymar, Robinho e Alexandre Pato.

Na minha cabeça, eu trocaria Ramires por Elias. Mas não vejo problemas na lista do técnico. Na defesa, só André Santos pode ser questionado em favor do não convocado Marcelo. No meio, Hernanes poderia ser lembrado – a despeito do golpe de caratê que aplicou no jogo contra a França. No ataque, gosto mais de Nilmar que de Fredi, mas entendo a vantagem de ter um cara mais forte como opção de centroavante. Alguém mais?


Goleiros - Júlio César e Victor

Zagueiros - Lúcio, David Luiz, Luisão e Thiago Silva

Laterais - Daniel Alves, Maicon, Adriano e André Santos

Volantes - Lucas Leiva, Sandro, Ramires e Elias

Meias - Elano, Jadson e Ganso

Atacantes - Lucas, Neymar, Robinho, Fred e Alexandre Pato


(atualizado à 00h37)

terça-feira, junho 07, 2011

Diferenças políticas

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Outro dia, o companheiro Esquerdopata fez um comentário sobre um discurso da presidenta Dilma Roussef durante o batismo da plataforma de petróleo P-56 da Petrobras, construída integralmente no Brasil. Ela destacou a importância da retomada da indústria naval brasileira, feita pelo governo Lula, e anunciou a intenção de incentivar a criação de uma indústria de nave-peças, o equivalente naval das auto-peças.

Disse o blogueiro: “Em 2010 a Petrobras investiu R$ 78 bilhões. Investidos no Brasil é dinheiro injetado na economia brasileira, movimentando toda uma cadeia produtiva, inclusive indireta. Se as compras fossem no estrangeiro, como era no governo FHC, movimentava a economia alheia, encolhendo o PIB brasileiro.” Ou seja, o governo utilizou a estatal Petrobras para fazer política industrial e favorecer a indústria brasileira.

Quando vi o texto, pensei imediatamente em um videozinho que fica passando nos monitores internos dos vagões da Linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo, cujos atrasos sucessivos levaram José Serra a dizer na campanha que “meta não é promessa”. Neles, é mostrada o processo de construção da linha, a chegada dos trens no porto, seu transporte. E, com a imagem de um guindaste carregando um enorme vagão, a legenda informa: “Trens produzidos na Coreia do Sul”.

Depois vem cabra me falar que não existe diferença entre os partidos...