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Deu São Paulo. Inquestionavelmente, é verdade. Mas por um mísero golzinho. O time fez uma das suas melhores partidas do ano (mesmo contando o segundo tempo ruim). O único momento em que o time jogou bem assim na temporada foi no primeiro jogo da semi-final do Paulista, contra o Palmeiras. Merecia mais. Agora, o sofrimento continua. Taí. Se o São Paulo tem uma marca nesse ano é o sofrimento. Nenhuma partida foi vencida de forma confortável.
O time começou o jogo contra o Fluminense botando fogo. Mesmo. Do meio da torcida pipocavam comentários do tipo: "que time é esse?", "o que fizeram com o São Paulo?", "de onde eles tiraram esse futebol?". Porque não dava para acreditar. O ataque envolvia com tabelas, toques rápidos e uma ótima atuação de Dagoberto (aleluia!). Adriano fazia a diferença. Sem Jorge Wagner, o chuveirinho na área foi pouco usado. E eu me perguntava onde estava o Fluminense, aquele time que, dizem os cronistas, jogou muito mais que o São Paulo na temporada. No Morumbi, esse futebol não apareceu. (Aliás, como erra fundamento esse time do Fluminense. Dois tiros de meta pra lateral e uma infinidade de cruzamentos errados e passes que morriam fora de campo)
Logo no comecinho do jogo, um gol anulado, de Miranda. Dizem que corretamente, mas não faço idéia, porque estava atrás do gol. Serviu para animar. Cerca de dez minutos depois, o gol de Adriano, numa ótima jogada dele e de Dagoberto. Pelo chão. Não foi de cabeça, não foi por falha da zaga. Naquele momento, eu fui feliz.
Por mais alguns minutos, o São Paulo foi soberano no jogo. O Fluminense até teve algumas chances em contra-ataques, mas nada que assustasse. O goleiro Fernando Henrique ainda fez duas ótimas defesas para impedir que o placar fosse ampliado. No final do primeiro tempo o time caiu um pouco de produção, o jogo ficou chato.
O segundo tempo foi ruim. Virou jogo típico do São Paulo, uma briga sem fim pela bola no meio de campo e poucas chances de gol de parte a parte. Uma delas, no entanto, foi clara, de frente para o gol e Dagoberto desperdiçou. Logo em seguida foi substituído por Aloísio, de volta depois de 9 jogos de afastamento por contusão. Não produziu nada de destaque.
No fim do jogo, o Fluminense nem atacava mais. Parecia conformado com o resultado. Que, no final das contas, não é de todo ruim, mesmo. Um a zero não é um placar assim tão difícil de reverter. E se o time é tão bom assim, não deverá jogar mal duas vezes seguidas.
Só que se o São Paulo jogar como ontem, me desculpem, não tem pra ninguém.