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Se muita gente ficou com raiva da partida contra a Hungria no handebol feminino, quando o Brasil sofreu o empate no último segundo da partida, ontem teve a oportunidade de viver o lado bom desse tipo de situação. Por 33 a 32, a seleção assegurou uma vitória histórica contra a Coréia do Sul, vice-campeã olímpica, o único páis não-europeu a conquistar medalhas na modalidade.
Depois da apresentação contra as húngaras, a derrota para a Rússia parecia fazer as meninas (e o torcedor) voltarem a um patamar inferior em relação às possibilidades da equipe. Ontem, contra uma seleção invicta e forte, não se esperava grande coisa. Mas desde o início as brasileiras jogaram de igual para igual, com uma forte marcação que evitava as jogadas de penetração das sulcoreanas. No final do primeiro tempo, o Brasil ainda conseguiu uma vantagem boa, indo para o intervalo com um 17 a 12, resultado espetacular.
Na segunda etapa, a Coréia do Sul voltou melhor, mas só foi de fato tirar a diferença e empatar na metade do tempo. Entre os 15 e os 20 minutos, não só empataram a partida como, depois disso, ficaram com duas jogadoras a mais em quadra por dois minutos. Você olha pra trás, vê o histórico das duas seleções e pensa: "já era".
Mas não foi. O Brasil marcou dois gols mesmo com a enorme desvantagem numérica e segurou a reação do adversário. A Coréia perdeu inclusive um tiro de sete metros, com Hong, que só entrava para fazer esse tipo de finalização. A partir daí, a seleção manteve uma vantagem de dois gols, que foi tirada justamente no fim. De novo, no último minuto, posse de bola das orientais. Depois de ter mantido a vantagem por quase todo o tempo, perder no fim seria castigo demais.
E a Coréia do Sul desperdiçou. O Brasil foi para o ataque e só foi parado com falta (algo absolutamente comum no handebol). Com uma atleta a mais, a seleção contou com a pontaria de Ana Paula que, no último segundo, desferiu o tiro certeiro contra o gol sulcoreano.
Uma partida pra lá de emocionante e uma vitória histórica. Mesmo tendo diferenças técnicas em relação à maioria das rivais, o time brasileiro compensa as deficiências com uma garra incomum, e que parece faltar à equipe masculina. Dá gosto de ver.










Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico. 
Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

Amigos e amigas, volto a ocupar esse nobre espaço. Ainda pegando carona no Dia dos Pais, lanço aqui um desafio para os meus cinco leitores (seriam tantos assim?): gostaria de saber qual é, na opinião de vocês, a melhor dupla de pilotos pai e filho da história da Fórmula 1. Obviamente, os critérios de avaliação são subjetivos. É geneticamente impossível compará-los utilizando os métodos convencionais, pois correram em épocas diferentes e com carros muito distintos. Filho do melhor piloto brasileiro de todos os tempos, Nelsinho Piquet é o 13º herdeiro a seguir as aceleradas do seu genitor. O primeiro a ter algum sucesso foi o alemão Hans-Joachim Stuck (acima). Nos anos 1970, o filho do lendário Hans Von Stuck, um mito das corridas de montanha e piloto dos primórdios da F-1, até conseguiu alguns pódios. Mas ficou a léguas do seu velho.
Outro que ficou longe do pai foi David Brabham (à esquerda), filho do tricampeão Jack Brabham. Nos anos 1990, David fez duas temporadas, uma pela equipe que leva seu sobrenome (e que foi fundada por seu pai), e outra pela Simtek, que ficou macabramente famosa por ser a equipe de Roland Ratzemberger, o austríaco que foi deste para algum lugar na véspera do acidente fatal de Ayrton Senna, em Ímola, 1994. Melhor sorte tiveram Jacques Villeuneuve (abaixo) e Damon Hill, respectivamente filhos do maluco genial Gilles Villeneuve e do inglês bicampeão mundial Graham Hill.
Villeneuve e Hill Junior foram campeões do mundo ao volante da Willians nos anos 1990. Hill, inclusive, é até hoje o único campeão filho de campeão do mundo da história da F-1. Este colunista torce para que Nelsinho seja o sócio número 2 deste restritíssimo clube e aproveita a ocasião para fazer um brinde aos pais, pilotos ou não, que visitam esse blogue.








