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O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo fez uma pesquisa com 1.563 pessoas de 60 anos ou mais e concluiu que, na capital paulista, 9,1% deles ingerem bebidas alcoólicas em excesso. Até aí, o índice nem é tão alarmante, mesmo porque muitos idosos ficam na mão de familiares inescrupulosos que os impedem de beber. Mas o índice dobra na análise do poder aquisitivo: 18,3% dos idosos da classe E, a mais miserável, são alcoólatras. A proporção vai baixando à medida que a grana vai subindo.
Na classe D são 13,6% os velhinhos chegados na cachaça braba; na classe C, 8,8% e na classe B, 3,1%. Mas volta a subir entre os ricos, que, naturalmente, tem mais dinheiro para comprar um goró: 7% dos idosos da classe A enxugam além da conta. Outro dado curioso é que, em relação ao estado civil, o levantamento revelou que o maior índice de alcoolismo está entre os casados, com 13% de velhinhos alcoólatras. Já entre os solteiros, o índice cai pela metade: 6,6%. Ou seja, falta de grana e casamento são os principais tormentos que levam a velharada a cair de cabeça na manguaça. E estamos falando essencialmente do público masculino, pois o índice de alcoolismo entre os homens idosos atinge 20%, enquanto, entre as mulheres, não passa de 3,1%. Como não sou mais casado, só a pindaíba me motivará no futuro...
Já estou cansado de discutir a parcialidade da grande imprensa, mas esta foi um pouco demais.
Como o (des)governador de São Paulo, José Erra, digo, Serra, não sai mesmo da moita, o jornal Estadão, impaciente para dar início à sua incansável militância tucana, chamou o cabra na chincha em pleno editorial da edição de domingo, intitulado, com indignação indisfarcável, de "O candidato clandestino". Além de citar (e com isso reforçar) "a arrogância de lideranças políticas (José Serra e Fernando Henrique) que pressionam Aécio para aceitar a vice", o texto reconhece, com temor, que "o contraste entre a desenvoltura de longa data da operação Dilma e o tardio despertar da oposição para o imperativo de tirar Serra do lusco-fusco em que escolheu permanecer serviram até agora para debilitar eleitoralmente o governador".
E o Estadão ainda toca na delicada hipótese de Serra desistir de disputar a Presidência da República para tentar a reeleição em São Paulo, advertindo que "essa hipótese é desonrosa para o governador". O grand finale é faca no pescoço total: "A esta altura, ou ele (Serra) disputa o Planalto ou sai da vida pública. Como a sua escolha está feita, já passou da hora de ser coerente com ela. A oposição precisa de um candidato que vá para a batalha pela porta da frente" (parece pai chamando a atenção de filho!). A pergunta de Carlos Drummond de Andrade nunca foi tão apropriada: - E agora, José?
Tentando descobrir o que tinha acontecido na rodada do Paulistão no final de semana, sintonizei o programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, bem no momento em que o apresentador Flávio Prado (foto) dizia o seguinte:
- Imperador da favela! Imperador da favela! E o Adriano ainda quer disputar a Copa. O Dunga não vai tomar uma providência? E a disciplina? O Ronaldinho (Gaúcho) também é baladeiro, mas é diferente, a balada dele é em Milão. A do Adriano é na favela da Chatuba! Com todo o respeito...
Quem assistiu ao empate entre Santos e Portuguesa viu o melhor e mais emocionante jogo do campeonato paulista. Poucas vezes a expressão “tudo pode acontecer” deixou de ser um mero chavão de locutor e se materializou de forma tão clara em 90 minutos nos quais foram criadas inúmeras chances de gol para cada lado.
A Lusa entrou em campo com a proposta de jogar no contra-ataque e, para isso, jogou com três zagueiros e somente um atacante no ofício. Ao contrário de outros rivais do Santos que tentaram sem sucesso marcar o time da Vila Belmiro no seu próprio campo, os rubro-verdes ficaram atrás e resolveram povoar o meio de campo para que pudessem roubar a bola e sair rapidamente para o ataque. No primeiro tempo, deu certo, e aos 14 a Portuguesa chegava ao 1 a 0.
Com o Santos voltando de forma lenta para a marcação e Roberto Brum e Wesley batendo cabeça no lado direito da intermediária peixeira, Dorival Junior mexeu aos 35 da primeira etapa, tirando Brum e fixando Wesley na lateral, colocando Marquinhos em campo. O meia passou a revezar a armação – e também a marcação na meia – com Ganso.
Na segunda etapa, o Santos voltou elétrico e empurrando a Lusa pra trás. Mesmo assim, o time da casa não deixava de levar perigo nos contra-ataques e criou ao menos três grandes chances durante o tempo complementar. F ábio, o goleiro rubro-verde, vivia uma grande tarde e mesmo com um volume impressionante de jogadas ofensivas santistas, parecia ao torcedor ser um daqueles dias em que a bola não entra mesmo.
Com Zé Eduardo no lugar de André e Madson fazendo a ala esquerda no lugar de Pará, o Alvinegro tinha apenas um volante, Arouca, e meias ofensivos nas laterais. A ousadia do técnico santista foi recompensada e Zé Eduardo marcou aos 44, em um lance com sete jogadores de linha da Portuguesa dentro da grande área.
Se a sequência de vitórias foi quebrada, a invencibilidade perdura. A se destacar na partida, um coadjuvante que brilhou pela entrega e também pela capacidade de marcar todas as tentativas de contra-ataque luso. Arouca se desdobrou em campo, marcou em velocidade, conduziu a bola à frente e teve uma atuação daquelas que incentiva o resto do time a correr também. Discreto, foi fundamental ontem e já se torna peça fundamental para Dorival Junior.
Por outro lado, André, com atuação apenas razoável, se perdeu no primeiro tempo ao sofisticar de forma desnecessária alguns lances, como já havia feito na peleja contra o Paulista. É bom jogador, tem muito a evoluir, mas não pode achar que joga mais do que sabe, até porque sua técnica é nitidamente inferior à de seus companheiros de ataque (o que, aliás, não é nenhum demérito). A entrada e o gol de outro coadjuvante que sempre entra bem, Zé Eduardo - lance de raça e não de técnica -, devem fazer o garoto acordar.
Os conservadores nos Estados Unidos estão em guerra declarada contra o presidente Barack Obama. Desde que assumiu, em 2009, o democrata (não confundir com os democratas daqui) promove investidas para aprovar um programa público de saúde. Não está claro se o projeto cria um Sistema Único de Saúde para os gringos ou se faz um arremedo disso, mas o objetivo é garantir acesso a tratamento por parte das pessoas que não tem o que no Brasil seria chamado de convênio médico.
Os planos de saúde geram distorções no atendimento e um superpoder às seguradoras de negar tratamento por questões descritas nas letras miúdas dos contratos.
A forma mais razoável de atacar uma proposta assim seria com argumentos, críticas, apontando contradições na proposta. Mas o jeito mais fácil é outro: comparar Obama a Adolf Hitler e o plano de saúde pública à eugenia e ao holocausto. Claro!
A revista Extra! e o Media Matters fazem levantamentos exaustivos do que a mídia – especialmente a neoconservadora – produz. E são inúmeras as recorrências, desde 2008 até agora, e com viés de alta.
Para os conservadores da terra do Tio Sam, colocar o Estado na função significa tirar poder das empresas para entregá-lo ao Leviatã. E um Estado maior é tudo o que essa turma não quer, seja por interesses econômicos pontuais, seja por ideologia, por acreditar que é mesmo um risco fazer o setor público crescer, nem que seja um pouquinho.
– Se você lê isso (Mein Kampf) agora, vê que Hitler lhe disse o que ele ia fazer. Ele contou aos alemães. Vendeu mais do que a Bíblia. Os alemães leram Mein Kampf, mas o que fizeram? Não deram ouvidos. "Ah, ele não está falando sério." "Ah, ele só está dizendo para ganhar o público X, Y, Z." Todas as mesmas mentiras estamos dizendo a nós mesmos. "Não, isso é loucura. Ninguém realmente faria isso (as medidas previstas no programa de saúde dos democratas)". Eles enterraram suas cabeças na areia e, então, tornou-se tarde demais. Por favor, America, levem a sério o que este homem (Obama) diz.
FALANDO DA VIDA
(Rodger Rogério/ Dedé)
Rodger Rogério
No meio do dia não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Meus olhos de olhar, de olhar querem ver o que há
Não venha me encher de mistérios
Não vou prometer ficar sério
Não venha, não venha tentar quebrar meu encanto
Não venha chorar, por enquanto
Não venha me encher de mistérios
Não, não vou prometer ficar sério
Não venha estragar meu prazer
Não, não vou prometer
Não venha estragar
Enquanto durar
No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser, pode vir
Não quero mudar minha sorte
No meio da noite não posso deixar
Não posso deixar de sair
Se você quiser, pode vir
Não quero mudar minha sorte
Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Se a morte, se a morte vier me encontrar
Ela sabe que estou entre amigos
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida e bebendo num bar
Falando da vida, falando da vida
Falando da vida e bebendo num bar
(Do LP "Meu corpo, minha bagagem, todo gasto na viagem", Continental, 1973)
O PT paulista ainda aguarda novidades sobre a chapa que disputará o governo do Estado. Mas não perde por esperar:
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) participa nesta segunda-feira, dia 8, a partir das 17h30, do Programa do Ratinho, no SBT, comandado pelo apresentador Carlos Massa.
Isso é que é debate político em alto nível! Quem procura, acha!
O Santos venceu ontem o Paulista por 3x2, no Jaime Cintra, lá em Jundiaí. Não assisti ao jogo. Fiquei na base do rádio, então os comentários que se seguirão sobre a partida têm como principal referência a transmissão da Rádio Bandeirantes, capitaneada por José Maia e Antonio Petrin.
Segundo eles, o que se viu no interior foi uma boa partida. Apesar da péssima campanha que faz, o Paulista foi pra cima do Peixe e buscou sufocar o adversário - o que conseguiu de maneira ainda mais precoce do que o esperado, com um gol logo aos dois minutos. Ainda no primeiro tempo o Santos empatou com Wesley; virou, já na segunda etapa, com Paulo Henrique Ganso, sofreu o empate por intermédio de Julinho e viu Robinho decretar a vitória aos 23 do segundo tempo, com um belo gol.
Já que não posso falar muita coisa sobre o jogo propriamente dito, discorro sobre suas consequências. A primeira é o fato desta ter sido a décima vitória consecutiva do Santos. É um recorde histórico. Mais que isso, só conseguiu o time de Pelé, em 1968, quando ganhou por 12 vezes initerruptas.
Chego ao escritório agora pela manhã e me deparo com a notícia da morte do músico, cantor e compositor Johnny Alf, aos 80 anos. Quando o entrevistei, há menos de dois anos, em Santo André (cidade na qual se recuperava em tratamento de câncer e onde veio a falecer), já notava-se que não teria muito tempo de vida. Mas o que mais me impressionou, na ocasião, foi o misto de tristeza, orgulho e resignação de seu olhar cansado e de suas respotas lacônicas. Ele sabia quem era, não precisava dizer.
Na época, Alf ensaiava com um maestro e um coral improvisado no auditório do Hospital Estadual Mário Covas, onde faria uma pequena apresentação com o também músico (e fã) Toquinho. Apareceu em uma cadeira de rodas, com um colete protetor (reproduzo acima imagem daquele dia feita pelo amigo fotógrafo Luciano Vicioni, do jornal ABCD Maior). Estava sereno, calmo, como quem achasse curioso que mesmo o espetáculo do próprio declínio despertasse a avidez da mídia e dos holofotes, coisas que haviam sido rotina em um passado muito longínquo. Na matéria que fiz depois para a Revista Fórum, contrapondo o sucesso e endeusamento de João Gilberto com o decadente ostracismo de seu amigo e ídolo Johnny, tentei passar um pouco daquela impressão que Alf me deixou. Quando perguntei se o fato de ter vindo trabalhar em São Paulo em 1955, pouco antes de a Bossa Nova explodir, poderia ter ofuscado sua importância histórica, respondeu:
“Não creio que houve um desencontro”, defende-se o artista, como se perdoasse, com uma dose de parcimônia, a curiosidade dos jovens que o cercam no auditório do hospital. “Eu achava o pessoal do Rio meio confuso e quando caí em São Paulo vi organização. Fiquei por aqui mesmo”, diz Alf, com simplicidade.
No livro "Chega de Saudade", de 1990, Ruy Castro diz que Ronaldo Bôscoli ainda tentou resgatar Johnny Alf para o movimento, como quando, no primeiro show oficial da turma, em maio de 1960, no Rio, o apresentou como alguém que fazia Bossa Nova "há dez anos". Mas a juventude presente ali na Faculdade de Arquitetura da Praia Vermelha queria mesmo era ouvir João Gilberto, daí explica-se que, segundo Castro, o desconhecido - e assustado - Alf tenha aparecido de porre (o que justifica o marcador "cachaça" neste post) e desafinado um pouco em sua tímida apresentação - o que não contribuiu em nada para sua aceitação. "Não me juntei com eles. O fato é que me chamavam, eu não ia lá. Nunca fui muito de grupo", justificou, quando o entrevistei.Nas décadas seguintes, apesar do absoluto reconhecimento no cenário internacional e de ser unanimidade entre os colegas músicos, Alfredo José da Silva (esse era seu verdadeiro nome) seguiu uma trajetória discreta e excluída do consumo de massa. O que nunca vão dizer com todas as letras é que o fato de ser negro e homossexual contribuiu decisivamente para sua exclusão no mercado brasileiro. Um fato emblemático foi o escândalo provocado pelo disco "Nós", lançado pela EMI em 1974, em plena transição entre os truculentos governos dos generais Emílio Médici e Ernesto Geisel, em que Alf aparece na capa com uma roupa colorida e, ao fundo, caminhando em sua direção, um homem.
De qualquer forma, sinto agora uma espécie de "dever cumprido" por ter destacado sua importância, em uma revista de circulação nacional, antes das manjadas condolências que toda a mídia deverá prestar na hora de sua morte. E termino o post com o trecho de uma canção pouco conhecida de Vinicius de Moraes e Toquinho, de 1975, que fala de um solitário com o mesmo nome de batismo de Johnny Alf. E que descanse, finalmente, em paz.
Um homem chamado Alfredo
O meu vizinho do lado
Se matou de solidão
Abriu o gás, o coitado
O último gás do bujão
Porque ninguém o queria
Ninguém lhe dava atenção
Porque ninguém mais lhe abria
As portas do coração
Levou com ele seu louro
E um gato de estimação
Há tanta gente sozinha
Que a gente mal adivinha
Gente sem vez para amar
Gente sem mão para dar
Gente que basta um olhar
Quase nada
Gente com os olhos no chão
Sempre pedindo perdão
Gente que a gente não vê
Porque é quase nada
O mais perigoso de ler jornais é acreditar neles. Até bem pouco tempo, a imprensona brasileira fazia ilações estapafúrdias entre Lula e o venezuelano Chávez para garantir aos incautos, com todas as letras, que nosso presidente também daria o golpe do terceiro mandato. Sim, nosso presidente já ultrapassou os 80% de popularidade, mas essa ideia nunca o atraiu, como ele fez questão de declarar. Aliás, muito antes de se falar em terceiro mandato, quem deu o golpe da reeleição foi outro presidente, aquele que fala francês (e diz muita besteira em português, mesmo). Bom, pra encurtar, creio que houve alguém que leu sobre o terceiro mandato de Lula, acreditou e imaginou uma ficção sobre o assunto, para ser lançada, convenientemente, no ano das eleições - e que fica agora meio patética, com a confirmação da candidatura da ministra Dilma Rousseff. Não bastasse o furo n'água, pois Lula não é candidato a nada, o livro, que será lançado dia 17, em Florianópolis, não prima pelo bom gosto do título nem pela pérfida sugestão do enredo:"Quem Matou Lula da Silva?", de Ubaldo C. Balthazar (Cia dos Livros). Sinopse: Mistério. Suspense. Intrigas. Um candidato à Presidente da República é assassinado às vésperas das eleições. Mesmo assim, ele ganha as eleições... Ou não será ele? Ubaldo César Balthazar envolve o leitor a cada página desse romance policial moderno e brasileiríssimo, tecido com inteligência e refinado humor! "Até hoje, muita gente (de esquerda, principalmente) não perdoa o atual Presidente brasileiro pela transformação sofrida. Daí que uma explicação possível tenha sido uma troca por um sósia fisicamente perfeito, mas de ideologia nem tão igual. Por isso, meus agradecimentos ao Presidente Lula, pela ideia..." (o autor)
"Quem matou Lula?". Como diria DeMassad, "não dá ideia, não dá ideia..."
Ps.: E difamam a manguaça, na capa, sugerindo que Lula seria morto no bar.
Chega a ser difícil comentar qualquer coisa a respeito do Fórum Democracia (sic) e Liberdade de Expressão (de empresa?). O excelente texto de Gilberto Maringoni sobre os debates é bastante claro a respeito do que já se chama de "Confecom da Direita", data venia o fato de que, na Conferência realizada em dezembro, houve um processo de participação da sociedade e inclusive de empresários, enquanto no convescote do Instituto Millenium só havia espaço para poucos "escolhidos".
Mas o que surpreendeu de fato foi a presença do ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Palocci, referendando a grita contra qualquer tentativa de democratizar a comunicação do país. O petista (?) escutou toda sorte de impropérios contra seu partido e o governo do qual fez parte e ainda fez questão de engrossar o coro dos descontentes com uma declaração, no mínimo, surpreendente para alguém "de esquerda":
O Palmeiras perdeu mais uma, a quarta do campeonato Paulista. Mais uma seguida, novamente para um time do ABC, por 3 a 1. O algoz foi o Santo André, que jogou melhor, mesmo com uma proposta de contra-ataques. Uma campanha medíocre, que tem apenas quatro vitórias e outros quatro empates.
A defesa alviverde deu sopa e o Ramalhão não desperdiçou a possibilidade de se consolidar na segunda posição, seis pontos à frente do São Paulo, o terceiro. A vitória do Santo André teve até gol de letra de Rodriguinho, aos 17 do segundo tempo.
Marcos, o Goleiro, falhou no segundo gol e saiu do jogo prometendo pendurar as chuteiras (ou as luvas) no final da temporada. Como se fosse o problema estivesse com camisa 12 e debaixo das traves.
O mais interessante é que a frase dele foi: "Só sei que a torcida do Palmeiras pode ficar tranquila, porque o sofrimento comigo em campo só vai até o fim do ano". O "sofrimento comigo em campo" deve ser do próprio Marcos, ao ver o time apático.
Com Diego Souza e Cleiton Xavier desmotivados e longe das melhores condições, o time não rendeu mais quando Marquinhos substituiu o camisa 10 nem quando o meia Ivo entrou no lugar do lateral-direito Eduardo. Cleiton Xavier saiu com contusão no tornozelo e Diego Souza, expulso.
Parece que o clima anda péssimo no Palestra Itália. Marcos se afastou da rodinha na hora do intervalo, Diego se descontrolou, o time não rendeu. Dureza. Só está claro que o problema não era o técnico.
A partir de um jingle proposto em um comentário do leitor Jefferson, no blogue "Esquerdopata", resolvi complementar a letra do desespero tucano:
À CAÇA
Mas que campanha tão engraçada
Não tem mais vice, não tem mais nada
Se o Aécio não aceitar
É porque sabe que não vai dar
E o Arruda, mas que saudades
Perdeu a vaga atrás das grades
O José Serra quer desistir
Pois nas pesquisas só faz cair
Essa é uma briga de muito afinco
Na rua dos bobos, 45
(Com todos os perdões a Vinicius e Toquinho...)