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Meia é escalado por pressão externa |
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Meia é escalado por pressão externa |
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Fred, o beijoqueiro da semana |
E para quem pensava que eu não ia comentar sobre o vexame Tricolor na Libertadores, vou cortar na própria carne. O Flu foi massacrado pelo Grêmio em pleno Rio. O Fred foi o beijoqueiro maior da semana: primeiro beijou uma bela morena nas ruas de Belo Horizonte; depois, beijou a lona no Engenhão... A disparidade entre as duas equipes pôde se comparar à luta entre Anderson Silva versus Chael Sonnen: uma tremenda coça! Imensa parcela da culpa é de Abel Braga, que escalou e armou mal o time. Ele optou por "mostrar quem manda" dando um castiguinho ao Thiago Neves, por conta do episódio do dopping, e poupar Deco, que já estava cansando por ter jogado uma partida na temporada.
Mas era jogo de Libertadores, e em casa! Tinha que usar o que se tem de melhor, não era hora de castigar e poupar ninguém! A gota d'água foi substituir o Wellington Nem, único a levar perigo ao adversário, aos 17 do 2º tempo, quando o time já perdia por 2 x0. Foi o que faltava para a torcida entoar o famoso "canto de consagração" aos técnicos... E ele merece: alguém que nunca conseguiu vencer Vanderlei Luxemburgo tem mesmo é que passar vergonha!
Abel ouviu coro da galera
Impressionante como, após exibir o replay 357 vezes, nenhum dos 92 "especialistas" que comentavam o jogo na TV Globo viu a mão de Barcos no 1º gol gremista. Eu cheguei a pensar que estava vendo coisas, mas, para meu alívio, no dia seguinte a versão carioca do diário Lance! estampou a foto na capa. Isso sem falar do impedimento escandaloso no 2º gol. Placar moral: Fluminense 0 x 1 Grêmio. Foi um dia atípico para os melhores times do mundo. Nesta mesma data, o Barcelona perdeu para o Milan por 2 x 0.
Barcos reincide na mãozinha
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Luís Fabiano comemora com França em 2001 |
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Lance de gol contra o São Caetano, ontem |
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Produção complicada |
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Hildegard, inspirada pelo Espírito Santo |
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Olá, pessoal! A partir de agora, o Futepoca terá, toda terça-feira, um resumo do que acontece no futebol carioca - tão desprezado pelo blog, desde sempre. E sem motivo: nos últimos quatro anos, conquistamos três Campeonatos Brasileiros, dois do meu Fluzão (ops, me entreguei...). Neste meu primeiro post, pretendo dar um panorama do que aconteceu de melhor (???) e pior no Cariocão 2013. Mesmo com quatro clássicos já realizados, o campeonato está tão interessante, para nós, cariocas, quanto o desfile das escolas de samba de São Paulo... Os grandes clubes do Rio vão tentando formar o elenco e encontrar o esquema de jogo no sistema “online”, ou seja, testando formações e variações em jogos valendo ponto.
Rafinha, o "pegador" de Araruama O destaque, até o momento, é o Flamengo, que está em lua de mel com seu “Casal 20” Hernane e Rafinha. O primeiro, apelidado pela torcida de HerNunes e Chicharito Hernane, é o artilheiro do campeonato, com impressionantes oito gols em sete partidas, sendo dois em clássicos. Isso fez com tivesse renovação de contrato antecipada, com direito a aumento salarial e multa rescisória estratosférica. Já Rafinha, que recebe um salário justo para jogadores de futebol, algo em torno de R$ 1.500, terá contrato renovado por cinco temporadas, com um voluptuoso aumento no rendimento (aí eu quero ver se ele vai continuar namorando aquela menina que passou o Carnaval com ele em Araruama...)
Seedorf pede calma para Jefferson Falando de bola rolando, aconteceu no último domingo o jogo com maior público até o momento: Flamengo 1 x 0 Botafogo. O jogo foi aberto e com chances para os dois lados, mas quem brilhou novamente foi o artilheiro Hernane, que não desperdiçou o vacilo da zaga botafoguense e decretou números finais a partida logo aos 3 minutos do 1º tempo. No mais, a registrar apenas a discreta estreia do novo camisa 10 da Gávea, Carlos Eduardo, que ainda precisa comer muito angu para ser o grande meia armador que o Fla procura. E também a áspera discussão entre Seedorf e o goleiro Jefferson, em pleno gramado. Com o resultado, o Flamengo assegurou a primeira colocação geral, o que lhe dará o direito de jogar por empate tanto na semifinal quanto numa eventual final. Não adianta. Não vai ganhar nada.
Já o Botafogo, apesar de ainda estar em primeiro na sua chave, pode até mesmo não se classificar, caso ocorra uma improvável combinação de resultados - mas, em se tratando de Botafogo, tudo é possível. O Vasco, que teve um surpreendente início de campeonato e depois amargou alguns resultados ruins, recuperou-se neste neste final de semana com uma vitória po 2 x 0 frente ao Audax-RJ. Essa vitória, combinada com a derrota pra lá de suspeita do Madureira para o Bangu, em Conselheiro Galvão, por 3 x 2 (com direito a pênalti para os visitantes no final do segundo tempo), deu ao Vasco a condição de conseguir a vaga para as semifinais com suas próprias pernas na última rodada, contra o Duque de Caxias.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League, pois quem fez 31 gols em um Brasileirão e 740 na carreira seria ídolo endeusado em qualquer lugar!E o meu Fluminense, que parece não estar dando bola para o Carioca, venceu o Volta Redonda por 3 x 1. O roteiro foi o mesmo das últimas rodadas: um time reserva meio soberbo, que passa a impressão que pode vencer a partida na hora em que bem entender. O time sofreu pressão durante boa parte do jogo, e o gol de Marco Júnior, nos acréscimos do 2º tempo, decretou um resultado enganoso. A registrar a estreia tardia de Deco na temporada, apesar de não pode ser considerada um grande feito, tamanha a fragilidade adversário. O Flu, agora, só pensa no Grêmio, que enfrenta amanhã, pela Libertadores. E nossos adversários flamenguistas, botafoguenses e vascaínos, obviamente, só pensam em secá-lo. Já estamos acostumados.
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Little Romário: 3 jogos contra o Palmeiras, 4 gols |
Depois de perder um gol (mais ou menos) feito nos últimos instantes da partida contra o Atlético-MG, na quarta-feira, o que garantiria um empate salvador fora de casa, Paulo Henrique Ganso não desperdiçou sua chance hoje, aos 43 do segundo tempo, e garantiu a vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. Mais do que aliviar o já questionado técnico Ney Franco, o camisa 8 livrou mesmo foi a cara do goleiro Rogério Frango, digo, Ceni, que cometeu mais uma daquelas falhas inacreditáveis e vexaminosas no primeiro gol do adversário (volto a comentar sobre isso no último parágrafo).
O São Paulo até que não jogou mal, mas os velhos problemas ficam cada vez mais nítidos. Assim como observei no post sobre a derrota para o Atlético-MG, os dois gols sofridos surgiram pelo lado esquerdo da defesa. Não adiantou trocar Rhodolfo por Rafael Tolói, pois o volante Wellington, incumbido de dar cobertura pelo setor, continua falhando e dando motivos para perder o posto no time titular (Maicon entrou em seu lugar e mostrou mais serviço). Ainda pelo lado esquerdo, Cortez não consegue atacar nem marcar direito. E, no ataque, Luís Fabiano vive má fase e Aloísio não se acerta como ponta-direita.
De útil, Jadson fez outra excelente partida, dando uma assistência e fazendo um gol. O técnico está certo em tentar manter o esquema que deu certo no fim do ano passado, com um centroavante e dois pontas abertos. O problema é que o São Paulo não tem lateral-direito (Douglas não serve pra nada e Paulo Miranda é zagueiro de ofício) e, pela esquerda, há uma avenida para os adversários. A saída de jogo também está complicada. Uma solução paliativa seria efetivar Maicon como segundo volante, avançado, e recuar Denílson. Wellington poderia ser um lateral-direito mais marcador. Tolói também é melhor que Rhodolfo.
Este seria um possível caminho para que Ganso fosse melhor aproveitado. Se o São Paulo conseguisse uma dupla de laterais mais marcadora, a velocidade dos pontas poderia ser explorada por um meia clássico, mais fixo e com passes de longa distância, como o ex-santista. Porém, seria uma pena sacrificar Jadson, que é, hoje, o melhor do time. Enfim, Cortez e Luís Fabiano precisam acordar para a vida. E o problema emergencial é setor defensivo pela esquerda. Denílson, recuado, poderia ajudar. Mas esse abacaxi eu deixo para o Ney Franco descascar - até porque, convenhamos, ele ganha muito mais do que eu...
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Construção do Minhocão, em 1970 - e só neste ano |
Opa! Estive longe de internet nos últimos dias e, por isso, me atraso ao analisar a estreia do São Paulo na fase de grupos da Libertadores. Ainda bem que o Fredi viu e já comentou o jogo, pois, na quarta-feira, eu só alcancei uma TV aos 27 da segunda etapa - bem a tempo de ver Ronaldinho Gaúcho convidar o volante Wellington para bailar e cruzar da esquerda na cabeça de Réver: Atlético-MG 2 x 0. A partir daí, não vi muita coisa para poder comentar a partida, a não ser o gol (irregular, empurrão de Aloísio no adversário) que fechou o placar em 2 a 1. Farei, portanto, pequenas observações sobre o São Paulo.
Primeiro de tudo: bola aérea na defesa sãopaulina é gol. E já faz alguns anos isso, por mais que troquem técnico, zagueiros ou laterais. Segundo: se o lado direito é o mais fraco do ataque, o lado esquerdo é o pior da defesa. Nos dois gols do Atlético-MG, Ronaldinho fez a festa no setor do lateral Cortez e do zagueiro Rhodolfo, com cobertura adicional do volante Wellington (aliás, como bem observou o Fredi, a lambança no primeiro gol foi bem digna do quarteto Trapalhões, juntando ao trio citado acima o "bobo da garrafa d'água", Rogério Ceni). E, além de não defender, o lado esquerdo não aciona Osvaldo na frente.
O gol de Réver pareceu replay do segundo feito pelo Bolívar em La Paz, quando Yecerot foi ao mesmo ponto da linha de fundo, passou por Cortez e Welington e cruzou na cabeça de Cabrera. O terceiro do Bolívar também foi de cabeça, numa bola levantada em cobrança de falta. Pelo Campeonato Paulista, Neymar cruzou tranquilamente na cabeça de Miralles, que entrou livre na pequena área para cabecear e fechar o clássico em 3 a 1 para o Santos. Contra o Atlético de Sorocaba, uma cobrança de escanteio encontrou Fábio Sanchez sozinho para fazer o gol de honra do visitante. Ou seja: cruza, que é gol...
E isso porque estou observando só as bolas aéreas, sem contar cruzamentos rasteiros na pequena área, como os que propiciaram gols ao Guarani e ao Atlético-MG. Assim, fica claro que Ney Franco terá mais trabalho para ajeitar a defesa - e o lado esquerdo do time - do que para definir o ponta-direta ideal. Nos dois jogos mais difíceis de 2013, até aqui, derrotas para Santos e Atlético-MG (ainda que as duas tenham sido fora de casa). De minha parte, só uma cornetada: Douglas não pode ser titular, em hipótese alguma. Melhor insistir com Aloísio ou Cañete por ali. E Ganso continua sendo ótimo para esquentar o banco.
O Palmeiras começou com vitória sua trajetória na Taça Libertadores da América na quinta-feira, 14, no Pacaembu. Sobre um gramado molhado mas bem drenado -- quase igual às ruas alagada da capital paulista -- o Verdão passou pelo peruano Sporting Cristal por 2 a 1.
A um ano do centenário, o alviverde tem uma temporada de extremos. Se em três meses a realidade será a da segunda divisão do nacional, por ora o Palmeiras tem a oportunidade de estar entre a elite do futebol sul-americano. O começo foi para quase ninguém reclamar.
Além de ter contado, nas partidas recentes, com a "artilharia" de Marcio Araújo (aquele que não povoava nenhum post de melhores momentos até janeiro), novamente a representação de Palestra Itália teve nos defensores a arma para sair na frente. Henrique marcou de cabeça aos 39 do primeiro tempo. Foi o quarto do zagueiro em quatro jogos. Volta, Barcos?
No começo da etapa final, aos 6, Carlos Lobatón empatou de pênalti. O segundo dos mandantes veio de um chute de fora de Patrick Vieira. O goleiro Fernando Prass, o primeiro de nome composto a defender a meta da equipe desde el Gato Fernandez, ainda teve de fazer boas defesas para evitar pior destino (se alguém lembrar que Cavalieri também era Diego ganha um dose no boteco da esquina).
O time que esteve em campo, repleto de volantes, pode ainda melhorar em muitas frentes. Nunca será brilhante. Sequer bom. Mas pode ser mais bem resolvido. A mais importante das qualidades a se adquirir, como elenco mediano que é, seria tornar-se cascudo, mais compacto e com menos buracos na marcação.
Venceu mas deixou claro que falta muito para dar boas notícias sobre os dez meses que 2013 ainda tem pela frente.
Ainda em fevereiro, o time de Gilson Kleina volta a atuar pela competição, na primeira passagem para fora do país. O adversário será o Libertad, em Assunção, no Paraguai.
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O que passou, Neymar? |
Depois de dois jogos afastado, por dores no ombro, o goleiro e capitão Rogério Ceni voltou ao time do São Paulo neste sábado, em Campinas, para comandar os reservas e fazer o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, no estádio Brinco de Ouro, pelo Campeonato Paulista. Com o gol de falta, o 57º que marcou dessa forma na carreira, atingiu 109 com a camisa do São Paulo (fez outros 51 de pênalti e um de bola rolando). Isso torna Rogério o 15º maior artilheiro de toda a História do clube, um feito impressionante para um goleiro, ficando atrás apenas de goleadores como Serginho Chulapa (242 gols), Gino (233), Teixeirinha (189), França (182), Luizinho (173), Luís Fabiano e Muller (ambos com 160), Leônidas da Silva (144), Maurinho (136), Raí (128), Prado (122), Pedro Rocha (119), Careca (115) e Remo (110).
E, aos 40 anos, disputando provavelmente sua última temporada no futebol, as estatísticas positivas de Rogério Ceni continuam a engordar. Com a vitória de hoje, o goleiro manteve a escrita de nunca ter perdido para o Guarani: em 24 partidas, foram 17 vitórias e sete empates, além de chegar à três gols contra o rival. E mais: o jogo em Campinas foi o de número 1.054 com a camisa do São Paulo e, se disputar mais 63, vai superar Pelé como o atleta que mais vezes vestiu a camisa de um clube brasileiro (o Rei disputou 1.116 jogos pelo Santos). Diante de tantos recordes (ou iminência deles), a importância da vitória pelo Paulistão até diminui. Jogando com os reservas, o São Paulo só venceu porque o Guarani é muito fraco. De bom, o gol de Aloísio, seu primeiro pelo clube. De ruim, a expulsão de Cañete. Que venha a Libertadores.
No livro "Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo", de Mário Magalhães (Companhia das Letras, 2012), uma passagem da vida do famoso militante comunista, assassinado pela ditadura militar em 1969, que mostra como o futebol pode ser associado à política. No início dos anos 1950, o baiano Marighella vivia escondido na cidade de São Paulo, com nome falso, junto com sua companheira Clara Charf - pois, a partir do final da década anterior, quando o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto na ilegalidade, ele e seus companheiros eram procurados pela polícia. Mesmo na clandestinidade, porém, o ex-deputado constituinte de 1946 continuava à serviço do partido, tentando cooptar novos adeptos da causa. Para isso, usava sua famosa lábia. Diz o livro:
(...) ele não perdia a oportunidade de vender suas ideias. As conversas sobre futebol podiam redundar em outras, por isso a primeira seção lida nos jornais, unindo gosto e dever, era a de esportes. Um dia não tivera tempo de folhear os matutinos, e um chofer de praça palpitou sobre o jogo da véspera. Marighella calou, pois nada sabia. "Isso nunca mais vai me acontecer", disse a Clara. "Tenho que estar preparado, o povo adora futebol".
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Marighella (segundo agachado, a partir da esquerda) e seus amigos de futebol do Grêmio Atlético Brasil, em Fernando de Noronha |