Destaques

terça-feira, janeiro 26, 2010

Para ser pior só se eu fosse botafoguense...

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É dura a vida de torcedor atleticano. O ano começou com o "gênio" Luxemburgo e "Obina melhor que Etô", duas de minha implicâncias ancestrais e motivo de diversas piadas na redação. Aliás, o Glauco e outros "futepoquenses" só estavam esperando eu pisar aqui para ver se havia mudado de opinião. Não mudei, por enquanto... Vou torcer para tudo dar certo, mesmo sem acreditar muito (óbvio).

Mas como a vida não é fácil morando na São Paulo das enchentes, tendo resistido à Ilha Grande na passagem do ano, ao terremoto perto de Natal (estava em Recife), sofri ainda mais no domingo vendo Galo e América (MG).

Sei que é começo de ano, o time está se formando etc., mas empatar com o América apenas porque os atacantes adversários perderam gols inacreditáveis é um pouco demais. Destaque-se que o Coelho está com time bem montado e jogou com dez atrás e saindo no contra-ataque, mas merecia ganhar.

De bom no Galo, a estreia do zagueiro equatoriano Julio Campos e a aparente recuperação do lateral Coelho, mas ficou claro que vamos sofrer muito ainda este ano.

Para não parecer que pego no pé demais, Luxemburgo deu uma arrumada no time no vestiário, já que o Atlético voltou para o segundo tempo perdendo de 1 a 0 e com um homem a menos em campo por causa da expulsão injusta do Jonílson.

É choradeira, mas o árbitro também errou ao expulsar o lateral direito do Coelho no início do segundo tempo apenas para compensar. Se alguém reclama da arbitragem brasileira, precisa assistir aos jogos dos mineiros. Parece piada de mau gosto o nível da arbitragem.

Para acabar a enrolação, no final estou até contente pelo começo do ano. Podia ser bem pior, já pensou se torço para o Botafogo???

Fórum Social Mundial: 10 anos de avanços e muita concentração

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Parece que apenas o calor de Porto Alegre lembra a última edição do Fórum Social Mundial por terras gaúchas, em 2005. "O Fórum com menos cara de Fórum" tem seus grupos de entusiastas e dos saudosistas (entre os quais me incluo).

Com a abertura do FSM 2010, na segunda-feira, 25, na Usina do Gasômentro, o balanço e a conjuntura política ocuparam a manhã dos participantes. João Pedro Stédile, do MST e Via Campesina, um dos participantes da mesa de abertura usou da tática “lulista” ao usar o futebol para explicar a situação do "encontro altermundista".

"Vou comparar a um jogo de futebol. O FSM tem sido o vestiário, a concentração. O jogo se decide no campo, é lá que nós, os movimentos, estamos. Agora o Fórum precisa nos ajudar mais, para não perdermos o jogo", afirmou Stédile. O ativista aproveitou para lembrar da onda direitista no mundo: "A situação está muito grave, com a maioria dos governos do mundo à direita".

Chico Whitaker, um dos articuladores e fundadores do FSM, discordou de Stédile. Na linguagem futebolística, o jogo que o líder do MST propõe, na realidade seria um longo campeonato. "É o velho povo da política velha da esquerda que fica embaixo da mesa o tempo todo. O FSM é mesmo um longo processo de educação política", teorizou.

Na mesa de balanço do FSM, estiveram presentes Lilian Celiberti, Raffaella Bollini, Nandita Shah, Francisco Whitaker, João Antônio Felício, Oded Grajew, Bernard Cassen e Olívio Dutra.

Fórum descentralizado
O Fórum Social 10 anos: Grande Porto Alegre acontece até o dia 29 de janeiro e terá 500 atividades autogestionadas espalhadas nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga. Em seguida, entre os dias 29 e 31, o FSM segue para Salvador.

Serra já tem projeto para enchentes

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O comentário do leitor Marco Antonio em um post do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, é primoroso (e totalmente verossímil):

"O Serra já está pensando em uma maneira de cobrar pedágio de canoas, barcos e submarinos em São Paulo."

Em tempo: a partir da notícia de que encontraram um peixe num túnel de São Paulo, Amorim pergunta em uma enquete o que será encontrado da próxima vez. Três das sugestões são: "As obras completas, encadernadas, do FHC", "A bicicleta da Soninha" e "A caixa de remédios da Lucia Hippolito".

Não é de agora que reconhecem Lula

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No dia seguinte ao anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o primeiro prêmio de Estadista Global concedido pelo Fórum Econômico Mundial, eu li uma informação bem interessante em "Vinicius de Moraes - O poeta da paixão", de José Castello (Companhia das Letras, 1994). Em 1979, logo após a primeira grande greve dos metalúrgicos na região do ABC paulista, Vinicius fazia sua última turnê musical (foto ao lado), em comemoração aos dez anos de parceria com o violonista Toquinho. E já falava sobre Lula. Vamos ao trecho do livro:

Um show para comemorar os dez anos de carreira começa com a projeção de slides que, no estilo de um telejornal retrospectivo, rememoram alguns dos melhores momentos da década: a escolha de Vera Fischer como Miss Brasil, o milésimo gol de Pelé, e John Lennon abraçado a Yoko Ono na cama. Na segunda parte, batizada de "hora do sarro", Vinicius - tomado pelos ventos de liberalização política que finalmente afrouxam o cotidiano do país - chama Lula de "herói" e o brinda com um copo de uísque importado.

Em São Bernardo do Campo, Lula e Vinicius em uma mobilização sindical

segunda-feira, janeiro 25, 2010

No Pacaembu

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Hoje tomei vergonha e fui, pela primeira vez, ao estádio do Pacaembu. A decisão da Copinha entre Santos e São Paulo prometia e, de fato, foi um bom jogo. Acordei às 9 da matina e, ainda com sono, peguei a primeira camiseta que achei na mala e saí de casa. Foi só no caminho que percebi que tinha uma enorme estampa de um tubarão. Como entrar na torcida do São Paulo com um "peixe" no peito? Solução improvisada: comprar uma camisa do meu time no camelô - o que confirmou ser um bom augúrio, pois, nas três vezes que fiz isso, contando com essa, o Tricolor venceu. Mas o vendedor avisou: "-Esconde isso, que tá saindo briga lá nas entradas do estádio". Fui descendo a ladeira e tive que passar na porta do Tobogã, território peixeiro. Pensei que ia apanhar, o clima era tenso. E só achei ingresso para as numeradas descobertas, onde a torcida é mista, sãopaulinos e santistas lado a lado.

Fazia um sol ardido, um calor inacreditável. Peguei um bronze. Nas numeradas, muitas famílias e crianças se provocando, mas com civilidade. Rola a bola. O Santos abafa o adversário com dribles e mais dribles, em contraposição aos "brucutus" do São Paulo. Wesley, o lateral esquerdo, é magrinho e de pernas finas, mas assusta o time do Morumbi toda vez que parte driblando para o ataque. O camisa 10 do alvinegro, Alan, também entorta zagueiros, e dá o passe para Renan abrir o placar. Os santistas se fecham e saem em contra-golpes mortais. Num deles, o goleiro Richard, do São Paulo, sai da área e faz falta feia. Ficam duas dúvidas: se o santista estava impedido e se o goleiro era, mesmo, o último homem. Como o juiz marca falta, fica a expectativa de expulsão. Mas Richard só toma amarelo. Um lance capital, pois o goleiro definiria o resultado da Copinha na disputa de pênaltis.

No segundo tempo, o Santos tem a oportunidade de liquidar a fatura duas ou três vezes, mas falha. Nos 15 minutos finais, com preparo físico visivelmente melhor, os sãopaulinos partem para o "abafa". Perdem chances incríveis, mas o gol salvador acaba saindo aos 41 minutos, num chute espetacular, de virada, de Ronielli. Grito até ficar rouco. Nos segundos finais, em dois escanteios, o São Paulo quase faz o gol do título. Mas vem o fatídico apito final. Nisso, o goleiro santista, Rafael, despenca no chão. Não vi o que aconteceu, se foi lance de jogo ou outra coisa, mas ele fica lá deitado um tempão. Eu presto atenção no presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, que está uns oito degraus pra baixo de mim, e no dirigente do Santos, Luís Alvaro, que conheci no dia 20, na Vila Belmiro, e que naquele momento sobe ao gramado.

É aí que o técnico do Santos, o ex-jogador Narciso, parte pra cima do juiz reclamando sobre a não expulsão do goleiro do São Paulo no primeiro tempo. Briga com policiais e é expulso de campo. Isso mexe com o time santista. Batem três pênaltis e o arqueiro Richard defende todos eles, o segundo de forma inacreditável, levantando o braço em pleno vôo rasante. Festa sãopaulina, grito até sumir a voz. Depois faço o - perigoso - trajeto de volta até onde estou hospedado, sem camisa, a conselho dos policiais. Meia dúzia de cervejas Estrella Galicia (foto) me esperavam pra brindar o título. A tempo de escapar da chuva que continua assolando a capital, e que me desencoraja de ir até o Ipiranga ver Milton Nascimento e Lô Borges. Não é a toa que a popularidade do prefeito Gilberto Kassab (DEM) virou água...

Novidades no mercado da cachaça marcam a Feira Mundial de Economia Solidária

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Quatro ou cinco produtores de vinhos, cachaças e licores marcaram presença na I Feira Mundial de Economia Solidária, que aconteceu junto ao Fórum de Economia Solidária, em Santa Maria (RS). O Futepoca esteve presente no encontro e listou os três produtores que mais agradaram ao paladar manguaça.

Vamos começar pela cachaça envelhecida em quatro tipos de madeira, produzida pela cachaçaria familiar “Harmonie Schnaps”, localizada em Harmonia (RS), como já sugere o nome. Segundo um dos produtores, o diferencial é a mistura na hora do engarrafamento, composto de 25% de cada cachaça armazenada em quatro diferentes madeiras. Misturando tudo rende um suave sabor de mézis. Se Mouzar Benedito, emérito saciólogo e eterno jurado de cachaça, tivesse provado, teria proferido uma de suas célebres sentenças: “Boa, mas é cachaça de mulher”. Provérbio que, para constar, já me posto contra.

A outra iguaria fruto do destilado de cana chama mais atenção pelo engarrafamento do que pela qualidade. Trata-se da cachaça de alambique do Tchó, e que na versão envelhecida por 7 anos ganhou uma simpática mini-embalagem em spray. Produzida pelo cooperativa “Cocamil” de Cacique Doble (RS), a manguaça portátil garante aos seus portadores um jato de 42% de teor alcoólico direto na garganta, como se tivesse apenas com uma dor, usando aqueles sprays para irritação na laringe!

Por fim, chegamos à agroindústria de Santa Tereza (RS), que incorpora duas famílias e cinco pessoas no total na produção de 25 mil litros por ano em uma área de 18 hectares, mas que apenas 7 são aproveitáveis para o plantio. O resultado de tanto esforço são duas cachaças, a Velho Alambique, que tem o selo da Secretaria da Receita Federal (?!), e a Locomotiva, novidade no mercado da cachaça e ainda sem o selo. Segundo seu produtor, Ivandro, a região do vale do Taquari tem um histórico de boa produção há mais de cem anos.

Fotos Brunna Rosa : Novidade do mercado do Mézis!
Cerpa durante o Fórum? Nem pensar... é Polar mesmo!


Em Tempo:

Fernando, o motorista colorado que ajudou a cidadã a sair do Fórum Mundial de Economia Solidária, pegar suas malas no hotel e chegar na rodoviária a tempo, ainda mostrou o hotel em que o Inter estava hospedado, o Glória. Inter encarava pelo Gauchão o também Inter, só que de Santa Maria. Só que o “motora”, apesar de ser colorado porto-alegrense, confessou que ontem iria torcer para o time de sua cidade, o Inter de Santa Maria.

Não adiantou, o Inter de Porto Alegre acabou empatando com o Inter de Santa Maria. Deve ter sido influência do valor do ingresso: cinquenta reias, surreal!

Já chegando na rodoviária, e eu reclamando da ponte que caiu e que aumentou a viagem entre as cidades de Santa Maria e Porto Alegre, Fernando comentou que era para ele ter caído junto. Em suas palavras, morrido, não o foi porque parou para um café. Segundo ele, “foi coisa de dez minutos”. Bastou para eu parar de reclamar e encarar uma Polar (aí que saudades da Cerpa!).

Mogi Mirim 2 X 1 Santos. Que venha Robinho. Mas só ele basta?

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Aos 40 minutos do segundo tempo, o Santos ainda se recuperava do baque de ter tomado o segundo gol do Mogi Mirim e o comentarista da Sportv, Maurício Noriega, dava um dado espantoso. Até ali, o Santos tinha feito 25 finalizações contra nove da equipe da casa, sendo doze oportunidades de gol. Foram bolas na trave e defesas simplesmente inacreditáveis que davam a impressão de que não era de fato o dia do Alvinegro.

Mas não se pode também atribuir a derrota santista à falta de sorte, a erros de quem foi à frente ou a uma atuação esplendorosa do goleiro Alex Alves. De novo, os limites do elenco peixeiro ficaram à mostra. Se na partida contra a Ponte a saída de apenas um jogador, o lateral-direito George Lucas, foi o suficiente para desarrumar o time, principalmente no setor defensivo, a saída de Roberto Brum no primeiro tempo novamente obrigou Dorival Junior a mexer na estrutura tática alvinegra.

Não que o cabeça-de-área seja um craque, mas tem noção de cobertura e sabe cumprir a função tática de proteger a zaga quase como um terceiro zagueiro. Nem Rodrigo Mancha nem Germano têm essa característica. Por conta disso, três minutos após a saída de Brum, o Santos tomava o gol de empate, com o rápido Geovane avançando em um espaço vazio onde ninguém parecia saber marcar.

No segundo tempo, as chances prosseguiam e o Mogi aproveitava os contra-ataques. Dorival resolveu mudar e colocou Madson e Marquinhos no lugar de Léo (que parece não ter aguentado o ritmo) e André. Nova mudança, Pará na direita e Germano protegendo o lado esquerdo da defesa. Por aquele lado, o volante foi um desastre, envolvido a maior parte do tempo e justamente por ali que o artilheiro do Paulistão Geovane brilhou, em lance individual, e fez o segundo do Mogi.



Pode-se culpar o treinador por ter alterado o time de forma equivocada. Talvez o apagado Ganso pudesse ser sacado ao invés de André, que tem sido substituído costumeiramente. Mas há que se lembrar as limitações e faltas de opções, que se agravam com atletas no departamento médico ou fora do condicionamento físico ideal.

Ou seja, como já observado no texto sobre a vitória contra o Rio Branco, o clube precisa de reforços. Claro que o Santos ganha com a chegada de Arouca, que pode jogar tanto como volante como lateral-direito, sendo superior ao esforçado mas limitado Pará, que desde o ano passado é o símbolo da improvisação no clube. Mas vai ser preciso ir além e contratar mais.

*****

A chegada de Robinho, que pode se concretizar em breve, é uma oportunidade de ouro para o Peixe negociar um (ou mais de um) novo patrocinador e fazer ações de marketing para valorizar a imagem do clube. E isso, não tenho dúvida que o clube fará. No entanto, por mais que a chegada do campeão de 2002 seja uma boa notícia, é importante que todos tenham em mente que, hoje, Robinho precisa muito mais do Santos do que o Santos dele. Espero que o sete também tenha consciência disso e que sua postura seja distinta de quando ele saiu do Alvinegro. E, se vier, seja mais que bem-vindo, craque!

*****

Agora, o que foi o Botafogo, hein?

domingo, janeiro 24, 2010

Palmeiras e Ituano empatem em 3 a 3: o drama de uma zaga

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Na segunda partida em seus domínios no campeonato Paulista, o Palmeiras ficou em um empate gordo em 3 a 3 com o Ituano. Foi a segunda igualdade em três jogos. Mas muito mais marcante do que no resultado em Presidente Prudente contra o Barueri, a defesa alviverde mostrou fraqueza diante das investidas do ataque adversário.

O Verdão fez um a zero, mas sofreu o empate. Depois, abriu 3 a 1, cedendo novamente a igualdade. Se os contra-ataques do Ituano mostravam, no primeito tempo, que poderiam assustar, na etapa final foram eficientes, evitando a derrota depois dos 35 minutos. E em uma rebatida entre zagueiros (gol contra) e em outra trombada entre a turma da retaguarda palestrina.

Juninho Paulista, cartola e camisa 10 de 36 anos, era o motor do time de Itu. Um futebol proporcional ao avantajado tamanho dos objetos da cidade. Cleiton Xavier vem fazendo um início de temporada parecido com o de 2009, mas com menos gols e mais passes. De seus pés saíram os três gols palmeirenses. O certo era um elogio aos camisas 10, maestros dos times e responsáveis por tantas redes balançadas.






Diego Souza também voltou a atuar bem. O camisa 7 fez o primeiro. Robert marcou e Deyvid Sacconi esteve bem na partida, por ser titular, mas não parece ser o jogador que Muricy Ramalho quer para a posição. Figueroa é bem mais eficiente do que Armero, e não basta para garantir todos os chuveirinhos que o treinador costuma pedir e a que o gramado encharcado quase obrigava.

O problema maior do Palmeiras é a defesa. Mas talvez o setor sofra justamente porque já sofre com o que provavelmente será a principal dor de cabeça da temporada, a falta de jogadores no elenco. Se Maurício Ramos estava contundido, neste domingo, Léo também não atuou, com dores na coxa. Gualberto, de 19 anos, foi a campo de sopetão. Bobeou no primeiro gol, e deixou o time da casa com 10 quando foi expulso, aos 17 do segundo tempo. Nem deu para saber se o jogador é só teve uma tarde ruim ou se não segura mesmo as pontas...

O cartão vermelho acertado é raro nas minhas lembranças de campeonato estadual de São Paulo, o mais comum é o time do interior terminar com um jogador a menos. Mas isso é um detalhe.

Os 10 gols marcados em três jogos são um início tão promissor para o ataque quanto a temporada de 2009. Mas os seis sofridos pela defesa não animam. Ano passado, na terceira rodada, somavam-se 7 gols pró e nenhum contra. A próxima partida é contra o Mirassol, fora de casa.

6 a 0
O que foi o placar elástico do Vasco em cima do Botafogo?

sábado, janeiro 23, 2010

Shampoo de cerveja integra a linha de produtos da higiene e beleza manguaça

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A cidadania manguaça avança enquanto o projeto Manguaça Cidadão não se institucionaliza.

Imagem: Reprodução
Uma empresa japonesa lançou um shampoo de cerveja. Nem só de robôs e luzes coloridas vivem os nipônicos. O frasco, como pode ser visto na foto, é idêntico a uma garrafa e o principal componente de fato é a cevada, que promete deixar os fios de cabelo com maciez e brilho.

Outro atrativo é que o "Beer Shampoo" não é líquido, mas um pó (o que pode ser especialmente útil em viagens, afinal sempre é um risco o dito-cujo abrir na mala). É preciso adicionar água morna (a 40ºC) e agitar para obter a solução. Por enquanto, a mercadoria só está disponível na Ásia. Mas pesquisando descobri que há produtos para os cabelos comercializados no Brasil a base de levedo de cerveja, o que não é exatamente a mesma coisa.

Como bem apontou o Fredi em um post sobre xampus a base de vinho, em breve teremos toda uma linha de produtos de higiene manguaça!

Mas, não é só isso...

A linha de produtos de higiene e beleza manguaça vai além. Inclui o perfume de cerveja, garantindo que "aquele cheiro sedutor" estará disponível a qualquer hora, e 142 tipos de sabão de cerveja. Até Spa de Cerveja está disponível para realmente eliminar o estresse do dia a dia com, banhos e massagens regados ao fermentado de cevada maltada (para usar e beber).

Para aqueles que são contrários a adquirir produtos de multinacionais – e para os calvos leitores do Futepoca, é possível aprender a fazer o seu próprio xampu. A promessa, segundo a receita, é que a fórmula traz "volume e corpo ao seu cabelo", praticamente "um caminho natural para ajudar os seus cabelos a crescerem mais grossos e mais cheios". Alguém se arrisca?

Fotos: Reprodução

Manguaça que é cidadão deveria ter direito aos spas de cerveja e cota de sabão a base do pão liquido

Alguém tem mais alguma indicação? Poderíamos propor uma linha de produtos de higiene -manguaça orgânicos (e advindos da agricultura familiar) com a marca Futepoca... Aí precisaria de uma linha de pesquisa para comprovar os poderes de rejuvenescimento dos hábitos etílicos... Fica a sugestão.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Corintiano Lula ganha o dia em cima do palmeirense Serra

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Enquanto o clima esquenta na pré-campanha eleitoral entre petistas e tucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo e pré-candidato José Serra (PSDB-SP) trocaram provocações de torcedor nesta sexta-feira (22).

Foto: Ricardo Stuckert/PR

"Corintiano não vota em palmeirense, Serra", teria dito Lula,
segundo fontes não confiáveis


Na cerimônia de inauguração das novas instalações da fábrica Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira (SP), o governador que acha que futebol e política não se misturam foi quem começou. Ele reclamou da informação de que o município teria apenas corintianos e são-paulinos, quase nenhum palmeirense, seu time do coração.

Serra pediu para a plateia confirmar sua informação. Não deu outra: pouca gente levantou a mão. “Vocês vejam que o governador não pode ser perfeito”, desconversou o pré-candidato.

Foi o que bastou.

Lula não teve compaixão do minoritário palestrino. "Foi Deus que botou na cabeça do [ministro da Saúde José Gomes] Temporão a ideia de me convidar para vir aqui hoje. Não tem nada mais importante para um corintiano do que ver um palmeirense perceber que tem tão pouco palmeirense aqui e maioria corintiana. Serra, já ganhei o dia hoje aqui”, afirmou.

Na quinta-feira, 21, os presidentes do PSDB e do PT trocaram farpas por meio de notas em seus sites. O senador Sérgio Guerra repetiu, qual um mantra, que a pré-candidata petista Dilma Rousseff é mentirosa. Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, presidentes atual e eleito do PT responderam acusando o tucano de ser "jagunço" de Serra. A tréplica pode vir na Justiça.

Antes que alguém pergunte, Dilma Rousseff é torcedora do Internacional de Porto Alegre-RS.

O que é isso, 'companheiro'?

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No banheiro de uma rádio FM em Peruíbe, litoral paulista:

Em dia de 2 a 2, Palmeiras empata com Barueri de Prudente

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Na primeira partida contra o futuro Grêmio Prudentino – embora o nome oficialmente não tenha sido definido – o Palmeiras empatou em 2 a 2. A quinta-feira foi um dia favorável às igualdades em dois gols, porque nas duas outras partidas realizadas o placar foi o mesmo.

No "clássico" do ABC, Santo André e São Caetano ficaram no 2 a 2 no Ramalhão. Idem para Mogi Mirim e Rio Branco.




Enquanto o Palmeiras saiu de Presidente Prudente reclamando do segundo gol do ainda Barueri, marcado por Tadeu aos 14 do segundo tempo, impedido, o fato é que a atuação do Palmeiras foi pior do que na estreia contra o Mogi Mirim. Cansa reclamar tanto da arbitragem. Por mais que a comissão de arbitragem não descarte punição a Paulo César de Oliveira, a hora e a relevância da partida colocam a atuação do trio de homens em segundo plano.

Mais relevante é olhar a atuação do time.

Como Flavinho fez o que quis na zaga palmeirense no primeiro gol, há um sinal de que a retaguarda ainda deve lembrar a torcida de momentos trágicos de anos anteriores. Apesar de Deyvid Sacconi ter feito o primeiro gol alviverde, sua escalação no lugar de William não representou mais criatividade nem melhor toque de bola. E o Barueri ainda perdeu um pênalti.

Robert perdeu chances de gol, mas quem evitou a derrota foi mesmo Diego Souza, ainda no ataque, de cabeça, em bola alçada à área por Cleiton Xavier. Os camisas 10 e 7 foram responsáveis pelos melhores momentos palmeirenses de 2009, e fizeram sua parte nas duas partidas deste ano. Falta mais gente na frente para decidir.

Dependente dos dois jogadores, o Palmeiras corre o risco de se expor a riscos muito parecidos aos enfrentados ano passado, quando não aguentou o ritmo de disputa do campeonato brasileiro e nem para a Libertadores se classificou. Como a atuação deles oscila de jogo para jogo, driblar isso é o desafio para Muricy Ramalho.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Sebastian Piñera dança "Thriller"

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O presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, talvez inspirado em outro já falecido mandatário, o russo Boris Ieltsin, resolveu mostrar seus dotes artísticos no encerramento de sua campanha. Inacreditável é o fato de ter vencido as eleições mesmo depois do papelão... Conheçam o cover chileno de Michael Jackson:



Isto posto, ficam duas perguntas: e se fosse o Lula? E será que o povo chileno, ao eleger Piñera, vai dançar também?

Exclusivas do Santos e o jogo de ontem

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A apuração jornalística do Futepoca conseguiu duas informações importantes sobre o futuro do Santos. A primeira, e já esperada, é que evoluíram bem as negociações para o retorno de Pelé à Vila Belmiro, com sua imagem utilizada principalmente para a promoção de ações de marketing. O Rei estava afastado do clube que o revelou por conta das estremecidas relações com a gestão anterior. A volta, no entanto, será pautada pelo profissionalismo. Pelé não vai ser um mero patrono e a negociação também pode envolver uma parceria com o Litoral F.C. nas categorias de base.

A outra informação diz respeito ao futebol feminino. A diretoria santista conversa com dois grandes patrocinadores que podem viabilizar uma ação espetacular: a participação do Santos no mais importante campeonato profissional do planeta, a Liga dos EUA. A partir de 2011, o clube contaria com Marta e Cristiane, concretizando o projeto Santos Mermaids (sereias, em inglês) e passaria a jogar na meca do futebol feminino. 

Sobre o jogo 


 

Se a goleada do Santos, mesmo com seus contornos simbólicos, não era para fazer com que o santista acreditasse que o time já estava formado e engrenado, o empate com a Ponte na Vila também não é nenhum sinal para se desesperar. Se o torcedor não tiver em mente que esse é um time em formação (com alguns jogadores também em formação), corre o risco de cobrar em excesso os atletas e queimar jovens promissores, como já aconteceu em épocas recentes.

Analisando o contexto do resultado, o time conseguiu fazer uma movimentação ofensiva semelhante à da partida de domingo. A diferença é que a Ponte fechou a entrada da área e dificultou as finalizações peixeiras. Ainda que tenha tido mais volume de jogo, com mais oportunidades de gol, a equipe foi castigada também por não ter achado o ritmo certo no decorrer da partida. Os garotos ainda não sabem a hora certa de cadenciar ou acelerar o jogo e isso pode ser crucial em algumas ocasiões, como foi ontem.

Outra característica da falta de entrosamento foi o incrível “gol de costas” tomado pelo time. A falha de comunicação entre o goleiro Felipe e a zaga evidencia a necessidade de se treinar mais as jogadas de bola parada, lembrando que essa é somente a segunda partida em que essa defesa joga junto. Aliás, não apenas defensivamente o Santos precisa treinar o posicionamento em faltas e escanteios. Como o ataque santista se movimenta com muita velocidade e troca de posições, as faltas próximas à área foram uma constante ontem e também contra o Rio Branco e as oportunidades acabaram desperdiçadas. Nada que não se corrija com treinamento, mas erros assim ainda podem acontecer nas próximas rodadas. Paciência, torcedor, paciência...

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Souto e Arouca: bom negócio para todos?

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Enquanto este post está sendo escrito, Santos e São Paulo finalizam os detalhes da troca envolvendo Rodrigo Souto e Arouca. A pergunta é: quem ganha e quem perde com o negócio?

Analisando quase friamente - na medida do possível para um torcedor - a permuta pode ser interessante para os quatro lados, a saber, os dois clubes e os dois atletas. Rodrigo Souto não tem um desempenho regular desde a malfadada negociação com a Rússia, situação que só se agravou com o tal caso do doping. De jogador promissor e fundamental para a equipe, passou a oscilar boas e más atuações, falhando muito na marcação e parecendo aéreo em certos momentos durante o jogo.

Já Arouca não conseguiu se firmar em uma equipe coalhada de volantes e jogadores de marcação. Ora era titular, ora reserva. Teve até mais visibilidade que seu companheiro de Fluminense Júnior César, mas brilhou menos que o seu também colega de time e de ex-time Washington.

Para os dois atletas, a permuta é uma boa, e para os clubes? O Santos tem como segundo volante Rodrigo Mancha, jogador combativo mas com passe deficiente e excessivamente faltoso. Arouca é muito superior. Já o São Paulo pode voltar à formação onde Hernanes joga mais adiantado, com Souto fazendo as vezes de primeiro ou segundo homem da marcação - caso Ricardo Gomes insista com Jean na lateral-direita - ou mesmo como terceiro homem do meio. Acertando os termos - e tempos - de contrato, pode ser vantajoso para os dois técnicos.

*****
Ainda que a imprensa tenha repercutido que Dorival Junior "lamenta" a perda de Souto, o fato é que o treinador entendeu a situação embora, obviamente, preferisse que Arouca chegasse sem perder nenhum jogador. Mas, conforme apurou o Futepoca, dados os valores salariais em jogo, o Santos vai economizar pouco mais de R$ 1,2 milhão por ano.

O quase ex-volante santista estava no rol dos atletas que a diretoria discutia a redução salarial para se enquadrar no novo teto peixeiro. Comenta-se inclusive que a remuneração de Souto atravancou a negociação do Santos com Fábio Costa, já que o goleiro soube dos valores que recebia o volante e quis aguardar para não ficar atrás ds companheiro de time.

terça-feira, janeiro 19, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 48

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SAI DESSA
(Natan Marques / Ana Terra)

Elis Regina
(* 17/03/1945 . + 19/01/1982)

Sonhei que existia uma avenida
Sem entrada e sem saída pra gente comemorar
Toda hora, todo dia, toda vida

Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão
Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica
No banheiro não tem fila nem existe contramão
Que o trabalho é ali na nossa esquina
E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão

Sonhei, como faço todo dia
Como você não sabia, meu senhor não levo a mal
A beleza, o amor, a fantasia
O que tece e o que desfia não se aprende no jornal

Hoje eu sonhei, mas não vou pedir desculpas
E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista
Sem essa, moço, por favor não crie clima
Seu buraco é mais embaixo nosso astral é mais em cima

(Do LP "Vento de Maio", EMI, 1980)

Contra brigas por causa da cervejinha: simulador de ambientes

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Reza a lenda que em recente pesquisa de mercado, e também em consideradas conversas etílicas, a cerveja e as saídas noturnas são as principais causas de brigas e até mesmo divórcio dos casais argentinos. Pois bem, para combater a cizânia (vai no dicionário) e a discórdia por conta das "escapadinhas", a cerveja Andes arranjou uma solução: um simulador de ambientes, que começou a ser instalado em outubro de 2009 em bares de Mendoza, na Argentina.

Foto: Reprodução
A situação é cômica: ao tocar o telefone celular e ser identificada aquela chamada... hã... de casa... você iria para o simulador e escolheria o som do ambiente: reunião, cinema, supermecado, consolando amigos, dentista e até motor fundido! Assim, você seria "teletransportado" para um ambiente menos comprometedor do que o bar. A imagem do simulador, à moda do teletransporte utilizado no filme A Mosca, é mais cômica ainda (ver foto).

Só que não são só os argentinos que têm suas alternativas para as tais escapadinhas. Em São Paulo, um bar da região dos Jardins instalou uma cabine telefônica, apelidada de cabine cornofônica, em 2008, e que também simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes. Então, será que los hermanos andaram nos imitando?

Independentemente do plágio ou não, o site da campanha conta com simulador do tal "Teletransporter", e os comerciais de TV foram reproduzidos na internet e no site de relacionamentos Facebook – mas ninguém quis comprar a opinião de nenhum blogueiro.

As peças, diga-se de passagem, são bem machistas. Mas lembrem-se quantas vezes nós, mulheres, não levantamos da mesa do bar e saímos correndo com o celular na mão proporcionando cenas sempre ridículas, para atender aquele telefonema do chefe, dar aquela desculpa pelo atraso no encontro com outros amigos, aquele jantar em família que você esqueceu e, por que não, aquele perdido no namorado.

Importante ressaltar também que, na campanha da cerveja argentina, o conceito de bar se aproxima muito do lugar de balada, e não do tradicional boteco. Compreensível, até porque ninguém imagina um trambolho desses no meio de um bar como era o saudoso Bar do Vavá.
Em tempo: O Futepoca reafirma sua preferência pelos botecões.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festa portuguesa no sábado e no domingo

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Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!

Rio Branco 0 X Santos 4 - uma goleada mais que simbólica

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Se a vitória do Santos por 4 a 0 contra o Rio Branco é para ser vista com algumas reservas, dada a fragilidade do adversário, é sempre bom estrear com goleada. Ainda mais analisando o contexto, um time com uma dupla de zaga nova, com dois atletas retornando de empréstimo e, acima de tudo, um grupo tentando apagar a péssima imagem do ano passado quando, das dez últimas partidas, venceu apenas duas no Brasileirão. No entanto, a partida de ontem no Pacaembu foi carregada de simbolismos, com algumas cenas que permitem ao santista vislumbrar um futuro melhor e esquecer os últimos trágicos dois anos.

Se o Rio Branco poderia oferecer alguma dificuldade com sua forte marcação, Paulo Henrique Ganso, em uma finalização pra lá de feliz, facilitou tudo logo aos 2 minutos de jogo. Aos 19, André passou para Ganso, que cruzou para Neymar fazer. Um trio de garotos que, junto com Wesley, se movimentou o tempo todo sem a bola, abrindo espaços importantes na defesa adversária.

Ali, a toalha já estava jogada e o Rio Branco pouco assustava. Após o intervalo, o torcedor se agitava, menos por conta da partida e mais para ver o retorno de Giovanni, impaciente no banco. Quando Dorival Júnior pediu para os reservas se aqueceram, a agitação tomou o Pacaembu. Que lembrou, aliás, outra partida, contra o Oeste de Itápolis. Na ocasião, todos que estavam no estádio olhavam para o banco, esperando a hora que Mancini fosse colocar o garoto Neymar para fazer sua estreia como profissional. Agora, não era a vez do aluno, mas sim do professor.



Aos 13, o técnico o chama. Ele entra aos 15 e precisa de cinco minutos para mostrar a que veio. Domina a bola, dá dois toques nela no ar e vê a chegada de Ganso na área. Aliás, o garoto que ele mesmo indicou para o Santos. Toca na medida e sai o terceiro gol.

O jovem artilheiro se vira e aponta para o eterno dez, agradecido pelo presente. O veterano, emocionado, é abraçado por todos os jogadores. Dentre eles, um feliz Roberto Brum que, assim como Giovanni, também havia sido expurgado por um técnico vaidoso e autoritário que acredita no velho lema do “dividir para reinar”, expulsando do elenco qualquer um que tenha ascendência sobre os jogadores.

E é a cena da comemoração do terceiro gol, mais do que o gol em si, que fica na memória. Retrata um grupo unido, comprometido, e feliz. Ao contrário do cenário de desolação que se arrastou durante muito tempo na Vila Belmiro, culminando com a derrota para o Cruzeiro na Vila. É cedo para falar, mas hoje ao menos o torcedor do Santos pode ter esperança. Algo importante porque, há pouco tempo, até isso lhe era negado.

*****

Embora o jogo tenha sido fácil, mais ainda com a expulsão do zagueiro Kléber, aos 11 do segundo tempo, é possível avaliar algumas deficiências e virtudes do time na estreia. Se Brum fez bem o papel de volante à frente da zaga, Rodrigo Mancha, na função de segundo homem de marcação no meio, foi lento em alguns lances e faltoso de forma desnecessária em outros. Pará também não tem condições de ser titular do time, algo que já havia ficado patente em 2009. Se Léo não tiver condições físicas para suportar toda a temporada, a lateral-esquerda precisará de mais um reforço.

domingo, janeiro 17, 2010

Palmeiras 5 a 1 sobre o Mogi. Importante goleada na estreia

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Foi por 5 a 1 a goleada de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista 2010. Diante do Mogi Mirim, o alviverde demorou trinta minutos para abrir o placar, mas garantiu um marcador elástico com bom toque de bola e disposição.

Ótimo.



A rigor, a importância do resultado é mais para registrar que o time pode ser bom, apesar do final reticente do ano passado, do que de projetar os feitos para 2010. Por isso acho que o futebol mostrado e o placar alcançado eram obrigações, resposta a muita crítica engatilhada da torcida e da mídia.

Diego Souza, como jogador de frente, foi o autor de dois gols, mas Cleiton Xavier também se destacou, marcando um de pênalti e cruzando ou chutando ao gol em outros dois (o de Léo e de Robert).

Apenas três estreias foram promovidas. Léo na zaga e Márcio Araújo, no meio, não chegaram a ser testados pelo ataque do Sapo, mas fizeram boas partidas. O zagueiro fez seu gol, mas falhou no tento mogiano, conferido por Geovane. William, como meia, rendeu menos e deu lugar a Deyvid Sacconi, mas não se pode avaliar nenhum dos jogadores por uma partida.

O mesmo vale para o time. Muricy Ramalho segue reclamando mais reforços, mesmo sem ter a Libertadores da América pela frente, apenas a Copa do Brasil e o estadual no primeiro semestre. Ainda prefiro Diego Souza no ataque do que no meio, porque ele e o time rendem mais. Mas faltam ainda uns reservas, gente no ataque e opção para se variar taticamente.

O ano vai ser longo, isso todo palmeirense sabia. Espero que seja, também, bom como a estreia.