Destaques

quinta-feira, maio 15, 2008

Embriaguês e desordem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Fotos de arquivos policiais de alguns famosos, na maioria dos casos, detidos por embriaguês, desordem, agressão ou desacato. Vemos aqui o jovem mafioso Frank Sinatra, o beberrão Johnny Cash, o violento Elvis Presley, o porra-louca Jimi Hendrix e o único vivo da lista, Mick Jagger, que tomou todas e embolachou um fotógrafo em 1972. Mas a melhor imagem é a de Jim Morrison, aos 19 anos, em 1963 (dois anos antes de fundar os Doors). De tão bêbado, quase não consegue abrir os olhos.


Frank Sinatra, Johnny Cash e Elvis Presley


Jim Morrison, Jimi Hendrix e Mick Jagger

quarta-feira, maio 14, 2008

Tipos de cerveja 9 - As English Pale Ale

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O termo Pale foi inicialmente usado para distinguir as cervejas deste tipo das Porter de Londres, que eram mais fortes e escuras. De fato, as English Pale Ale clássicas não são muito claras, tendo uma cor que varia entre o dourado e tom de cobre. A grande diferença deste estilo para as American Pale Ale é a maior presença de malte, apesar do teor amargo e seco do lúpulo também estar presente.
"São, por isso, excelentes para acompanhar qualquer tipo de prato de carne, desde bifes a pato, frango ou cabrito", sugere Bruno Aquino, do Cervejas do Mundo. Curiosamente, esse tipo de cerveja é, para os ingleses, praticamente inexistente. Para eles, uma English Pale Ale não passa de uma Bitter engarrafada. A origem remete aos Estados Unidos, onde esse tipo tem muita procura e, de certa forma, presta homenagem às Bitter britânicas. Exemplos de English Pale Ale: Jamtlands Pilgrim (à direita), Smuttynose Shoals Pale Ale e Herslev Bryghus Pale Ale.

Preconceito racial encontra a intolerância religiosa na final da Copa da Uefa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A partida que define o campeão da Copa da Uefa entre o russo Zenit e o escocês Rangers hoje à tarde, em Manchester, será também um duelo entre dois clubes que têm episódios nada gloriosos em sua história. Ambos alcançaram manchetes muitas vezes menos pelo futebol praticado do que por atos de intolerância e preconceito.

Chamou a atençã
o recentemente a declaração do treinador holandês Dick Advocaat, do Zenit, à imprensa russa. Ele teria dito, fato que negou ontem, que não pedia contratação de jogadores negros porque os torcedores do time são racistas. Essa é a justificativa para não contratar, por exemplo, atletas brasileiros, já que a primeira pergunta feita pelos fãs do Zenit quando se está na iminência de contratar alguém seria: "Ele é negro?". "Eu ficaria feliz em contratar qualquer um, mas os torcedores não gostam de jogadores negros", disse Advocaat segundo o diário britânico Daily Telegraph. "Francamente, os únicos jogadores que poderiam fazer o Zenit mais forte são negros. Mas para nós seria impossível".

O clube de São
Petesburgo é hoje o mais rico do país, graças ao suporte financeiro da Gazprom, empresa de gás do presidente russo Dmitriy Medvedev. Ameaçada de eliminação da Copa da Uefa por ofensas racistas de seus torcedores contra atletas negros do Olimpique de Marselha, a equipe já recebeu o alerta do ministro dos esportes britânico Gerry Sutcliffe, que advertiu os dez mil torcedores russos que devem assistir à final. "Se o torcedor vier para cá e ofender jogadores negros, ele terá que sentir o poder da lei", ameaçou.

Em face da d
eclaração do ministro britânico, Advocaat voltou a negar sua fala sobre os torcedores do Zenit e disse que Sutcliffe “devia ter problemas mais importantes que esse”. Embora o treinador agora faça vista grossa, em novembro de 2007, o meia camaronês Serge Branco, que jogou na Liga Russa pelo Krylia Sovetov Samara, confirmou os atos criminosos da torcida. "Toda vez que joguei em São Petersburgo tive que ouvir insultos racistas da arquibancada”, acusou. "Os diretores do Zenit não fazem nada a respeito, o que me faz pensar que são racistas também.”

Os anti-católicos


Talvez a maior rivalidade futebolística do mundo esteja na Escócia. O protestante Ran
gers e o católico Celtic por muitas vezes protagonizaram nas arquibancadas e em campo episódios que refletem uma intolerância religiosa que marca parte da sociedade escocesa. Uma história que foi reforçada com a entrada no país de católicos irlandeses, que migraram para lá nos séculos 19 e 20 em busca de empregos nas indústrias locais. Em Glasgow, cidade-sede dos dois clubes, o preconceito se intensifica.

Ambos são clubes fundados no século XIX. O
Celtic surgiu em 1888 para dar assistência aos católicos pobres e rapidamente se tornou motivo de orgulho dos irlandeses, enquanto o Rangers, fundado em 1873, desenvolveu uma forte cultura protestante e anti-católica. Somente em 1989 passaram a aceitar em suas fileiras jogadores católicos, com a contratação do ex-Celtic Mo Johnston. Isso provocou a fúria de parte da torcida, que queimou
ingressos e artefatos do time em sinal de protesto. O Celtic, mesmo com a rivalidade, nunca proibiu atletas de outras religiões.

Além da restrição a católicos no clube e de diversos episódios de violência entre as torcidas, os fãs do Rangers gostam de entoar cantos que lembram o massacre promovido contra os seguidores do Papa durante a Reforma Protestante do século XVI, com hinos de bom gosto que dizem coisas como "estamos mergulhados até o joelho em seu sangue".


Embora
várias medidas tenham sido tomadas no país para diminuir a intolerância, um episódio no mínimo curioso ocorreu em agosto de 2006, quando o goleiro polonês do Celtic, Artur Boruc (foto), foi advertido pelas autoridades do país por "atentar contra a ordem pública". Tudo porque, durante o clássico contra o Ranges no estádio de Ibrox, em Glasgow, em fevereiro daquele ano, o goleiro fez o sinal da cruz. A promotoria da Coroa considerou o gesto "provocativo", mas preferiu advertir o jogador, sem abrir um processo contra ele.

Só faltou o Botafogo. Será?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em sua carreira, Pelé disputou algumas partidas por times cariocas. A primeira vez ocorreu em junho de 1957, no chamado Torneio Internacional do Morumbi, uma competição amistosa para celebrar a construção do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, com jogos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Vasco e Santos decidiram atuar como um combinado, jogando com a camisa dos cariocas no Rio e dos alvinegros praianos na capital paulista (na foto acima, em treino com o uniforme vascaíno, Álvaro, Pelé e Jair Rosa Pinto). Pelé fez três jogos com a camisa do Vasco (dois deles, os primeiros confrontos internacionais de sua carreira), nos dias 19, 22 e 26, contra o português Belenenses, o iuguslavo Dínamo Zagreb e o Flamengo. Marcou simplesmente cinco gols. E ainda faria mais um, com a camisa do Santos, contra o São Paulo.

Mais de duas décadas depois, em abril de 1978, o Fluminense fazia uma excursão pela Nigéria. Por coincidência, Pelé também estava naquele país, trabalhando na promoção de uma marca de eletrodomésticos. No dia 26, o tricolor carioca enfrentaria o Racca Rovers, em Kaduna. As autoridades nigerianas convidaram e Pelé aceitou dar o chute inicial da partida. Seria apenas isso, mas as rádios nigerianas, por confusão, ou tentando forçar uma situação, passaram a divulgar que o Rei jogaria. Sem saída, Pelé jogou (à direita, perfilado com o time carioca) . O Fluminense venceu por 2 a 1, com gols de Marinho Chagas e Gilson Gênio.

Um ano mais tarde, em 6 de abril de 1979, Pelé vestiu a camisa do Flamengo no Maracanã (abaixo, nos vestiários, o Rei com Nelson e Cláudio Adão). O Flamengo enfrentou o Atlético Mineiro, em jogo beneficente às vitimas das enchentes de Minas Gerais. Compareceram 139.953 pagantes. Os cariocas golearam por 5 a 1, com três gols de Zico e outros de Luizinho e Cláudio Adão (Marcelo diminuiu). Um dos gols do Galinho de Quintino foi de pênalti. A torcida pediu para que Pelé batesse, mas ele declinou.

Portanto, dos grandes clubes do Rio, Pelé só não jogou pelo Botafogo. Porém, no período entre as Copas de 1958 e 1962, o santista jogou diversas vezes com vários botafoguenses na seleção brasileira. Um exemplo é a linha de ataque da foto abaixo: Garrincha, Pelé, Paulo Valentim, Didi e Zagallo. Só o Rei não jogava pelo time da estrela solitária.

Churrasco, cerveja e vitória do Corinthians

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Noite de terça, Timão e São Caetano jogando, eu fui numa churrascaria rodízio com minha namorada. Por sorte, o local tinha TV sintonizada na partida.

Chegamos com o pessoal perfilado, o hino tocando. Sentamos na mesa, peço uma cerveja e pegamos as saladinhas de praxe. Começa o jogo e o São Caetano, precisando da vitória, tenta ir pra cima. Percebo o Corinthians tranqüilo e me dedico a jogar conversa fora e decidir pelos variados tipos de carne que vão passando. Entre uma picanha e um pedaço de alcatra, o Corinthians vai tomando conta do jogo. Não deixa o São Caetano chegar e ataca com rapidez. Diogo Rincón perde boa chance em bola roubada por Herrera, que deve tido alguma experiência mística (será o efeito da torcida do Corinthians?) para ter melhorado tanto seu futebol.

Então, aos 27 minutos do primeiro tempo, logo após a primeira e extasiante mordida em um pedaço de maminha na manteiga, Chicão aproveita escanteio e abre o placar. Corinthians 1 a 0 (3 a 1 no agregado), e comemoro com um belo gole de Cerpa.

A peleja prossegue, o Corinthians com menos ímpeto mas sem sustos, até o intervalo. Fazemos também a primeira pausa na chegada de carnes para diminuir o estoque já acumulado.

O segundo tempo chega junto com um interessante javali, que fica uma beleza com um molhinho de salsinha e alho que achamos por lá. E André Santos, aos cinco minutos, em bela cobrança de falta, praticamente elimina as chances do Azulão. Comemoro com nova cerveja e mais um pedaço do tal parente do porco, adequado.

O jogo segue sem sustos, o São Caetano pressionando mas sem conseguir ameaçar. O Corinthians recua de modo perigoso, mas consegue aguentar a pressão e encaixa uns bons contrataques. Num deles, Herrera arranca pela direita e cruza para Acosta, que havia acabado de entrar, empurrar para as redes. Ele comemora com raiva, chutando a zica na placa de publicidade, enquanto eu, já satisfeito, saboreio pedaços de lingüiça apimentada com goles de cerveja.

Pedimos ao garçom um carneiro, que chega, mas decepciona. Enquanto tento mastigar o bicho, Tuta faz o gol de honra do São Caetano, em bola que passa no meio das pernas de Felipe. O goleirão tem tomado alguns gols defensáveis e precisa ficar mais esperto.

Faltam poucos minutos, mas ainda há tempo para um último pedaço da bela maminha na manteiga, ponto alto da noite, com um gole final de cerveja fechando a refeição. Sobremesa, cafezinho e rumo às semifinais, contra Atlético Mineiro ou Botafogo, que tem leve vantagem pelo empate fora de casa. Na próxima, vou tentar um rodízio de pizza.

terça-feira, maio 13, 2008

Mal na foto

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No início do mês, quando o Santo André empatou com o União São João de Araras por 1 a 1, e assegurou seu retorno à série A-1 do Campeonato Paulista, um tradicional periódico do ABC Paulista decidiu publicar um pôster do clube. Acontece que, na hora da foto, o goleiro Neneca (à esquerda) estava ausente, disputando o cara-ou-coroa com o capitão do time adversário. Por isso, quando viu o "pôster do acesso" sem a sua presença, o atleta do Ramalhão ficou possesso. Com medo do goleiro, que tem 1,90m, o repórter que cobre o Santo André tenta agora corrigir a gafe, ilustrando seguidas matérias com fotos de Neneca e frisando com freqüência, nos textos, que "o experiente goleiro é essencial para a equipe". Porém, como o Santo André ainda disputará as finais da série A-2 contra o Oeste de Itápolis, Neneca terá mais uma chance de aparecer em um pôster.

Bar: a solução que o Brasil precisa!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O São Paulo apresentou ontem o projeto para a construção de um bar temático dentro do Morumbi, em parceria com a multinacional britânica Compass Group PLC, que detém as ações do GRSA (Grupo de Soluções em Alimentação). O estabelecimento, batizado de "Santo Paulo", seguirá a linha da loja de artigos esportivos da Reebok, que já funciona no chamado Morumbi Concept Hall (impossível frescura mais fresca!), com promoção do clube e de sua marca. Orçado em R$ 1,9 milhão, o bar terá 900 metros quadrados e capacidade para 350 pessoas. Com inauguração prevista para a segunda quinzena de julho, o São Paulo espera atrair torcedores para o estádio em dias sem jogos. Isso porque, como nem tudo é perfeito neste mundo, o bar obedecerá a (ridícula, odiosa, inútil e estapafúrdia) proibição da venda de bebida alcoólica durante as partidas. Mas bar sempre é bar. Tomara que a iniciativa se prolifere pelos estádios do País.

Cristiano Ronaldo ganha prêmios no Manchester

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Aconteceu domingo a festa de melhores do ano do Manchester United, com direito a premiação aos jogadores. Quer dizer, a Cristiano Ronaldo, que levou os três principais prêmios da festa: o troféu "Sir Matt Busby Player of the Year", de jogador do ano escolhido pelos torcedores, o "Players' Player of the Year", escolhido pelos próprios jogadores e o "Goal of the Season", de gol mais bonito da temporada.

Uma curiosidade é o tento escolhido como o mais bonito: um gol de falta. Realmente foi um golaço, falta na medida. Mas será que o portugês não fez nenhum gol mais impressionante que uma cobrança de falta, ainda que perfeita? Eu não acompanhei o campeonato, por isso peço colaboração dos leitores. O vídeo (que, como as informações do post, veio do blog Thank God for Football, do IG, especializado no campeonato inglês), está aqui.

Agora vai...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ike/Gazeta do Sul
Essa eu soube pela Tribuna de Taquaritinga: Letícia Galvão Bueno (foto), da W1 Stock Car, e filha do locutor Galvão Bueno, pode assumir o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) a partir de setembro. Ela integra o grupo liderado por Reinaldo Campelo, dono da FC 1 Eventos Esportivos (ex-presidente do Guaratinguetá, ex-diretor de esportes da TV Bandeirantes e ex-piloto de Stock Car), e o piloto de Stock Car Carlos Alves. A direção esportiva seria de Jarbas, irmão do ex-zagueiro palmeirense Luís Pereira. Nivaldo, ex-goleiro do CAT em 1980, seria o intermediário entre empresários e o clube do interior paulista. O grupo está negociando com o presidente do CAT, Bentinho Previdelli.

A proposta apresentada pelos empresários é de um contrato de cinco anos de parceria. Nessa história, o CAT entraria com o nome e a Prefeitura cederia o Estádio Taquarão (aquele que foi construído com 3 mil litros de pinga) para jogos do clube e possíveis eventos. A empresa parceira seria a responsável pelos gastos de contratação, alojamento, alimentação e viagens dos departamentos profissional e amador do clube. Na venda de um atleta, o clube ficaria com 30%, cabendo aos empresários os outros 70% da negociação. A proposta dos empresários foi apresentada no dia 7. A diretoria do CAT deve elaborar agora uma minuta de contrato para ser analisada pelo departamento jurídico dos empresários. Agora vai?

segunda-feira, maio 12, 2008

As exigências de um treinador

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Muito se discute sobre o verdadeiro papel dos técnicos na formação de um time. A mim, parece que a importância deles é superestimada, muito por conta da falta de ídolos que tratem bem a pelota nos gramados, o que desvia o foco para o banco. Vídeos circulam por aí com preleções que parecem verdadeiras palestras de neurolingüística de segundo nível, que fariam muita gente segurar o riso pra não deixar o “comandante” chateado. No entanto, às vezes não dá pra deixar de rir com nossos treinadores.

Uma situação dessas é contada por José Macia, o lendário ponta-esquerda santista Pepe. Em 1998, o atacante Luís Muller, revelado pelo São Paulo em 1977 e campeão paulista pelo Tricolor em 1980 e pelo Bragantino em 1990, estava na Ponte Preta, que disputava o acesso para a primeira divisão de São Paulo. No banco, o artilheiro via sua equipe tomar um vareio da União Barbarense no quadrangular final. A Macaca perdia por 3 a 0 e, aos 30 minutos do segundo tempo, o técnico Celso Teixeira, hoje no Sampaio Côrrea, chamou o veterano.

- Muller, vai lá bem na frente, explora a descida dos laterais dele, entra pelo meio com velocidade e em diagonal, ajuda na marcação e arremata sempre de qualquer distância.

Após ouvir as orientações do chefe, Muller, que jogaria 15 minutos, sorriu ironicamente e perguntou:

- Professor, o senhor quer que eu só empate ou tenho autorização para virar esse jogo?

A Ponte ainda tomaria mais um gol, perdendo por 4 a 0. Jogadores com personalidade e senso de humor fazem falta...

domingo, maio 11, 2008

Paulistas começam mal o Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



A primeira rodada da Série A não foi boa para as equipes paulistas. O melhor dos representantes do estado foi a Portuguesa, que empatou em casa com o Figueirense no resultado mais “recheado” do fim de semana: 5 a 5. A equipe lusa chegou a estar vencendo a partida por 5 a 2, mas tomou um gol aos 24 e mais dois após os 43 do segundo tempo (confira os gols acima).

No sábado, o mistão do São Paulo acabou perdendo para o Grêmio por 1 a 0 no Morumbi. Uma falta absolutamente desnecessária de Alex Silva originou o gol do zagueiro Pereira, que decretou a derrota do time paulistano. Já o Santos foi ao Maracanã, onde enfrentou o “ressacado” Flamengo, que dessa vez não pecou pela soberba e aplicou um 3 a 1 em uma equipe quase totalmente reserva do Alvinegro Praiano.

Além de São Paulo e Santos, outros cinco times pouparam titulares em menor ou maior grau, focando a Libertadores e a Copa do Brasil. Quatro deles duelaram entre si: o misto do Botafogo derrotou em casa o Sport e o Atlético (MG), sem Danilinho e Marques, empatou sem gols com a equipe reserva do Fluminense no Mineirão. Já o “bem bolado” do Inter derrotou o Vasco com um gol aos 2 minutos de jogo em casa.

O time paulista que poderia se aproveitar da situação dos outros menos focados no Brasileiro não o fez. O Palmeiras foi à Curitiba e saiu com uma derrota de 2 a 0, com destaque – negativo – para mais uma expulsão de Diego Souza, repetindo o feito da final do Paulistão. Luxemburgo, que assim como a seita são-paulina tem fama de “recuperar” jogadores, ainda não conseguiu encaixar a contratação mais cara da Traffic/Palmeiras em sua equipe.

Além do Grêmio, os dois visitantes indesejados da rodada foram o Cruzeiro, que derrotou o Vitória em um movimentado 2 a 0; e o Atlético (PR) que venceu o Ipatinga pela contagem mínima. Já o Goiás, sem Caio Júnior mas com Vadão, segue sua rotina de derrotas, e o algoz da vez foi o Náutico, em Recife: 2 a 1.

sábado, maio 10, 2008

Mandantes dão as cartas na estréia da Série B

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Jef Silva comemora seu gol pelo Avaí (Globoesporte.com)

Ainda com uma partida a ser jogada às 20h30 de hoje - o confronto entre ABC(RN) e Vila Nova(GO) -, a Série B começou mal para os visitantes. Das nove partidas disputadas, apenas em uma ocasião o mandante saiu derrotado. E foi o Paraná, vaiado pela torcida, que perdeu por 1 a 0 para o Avaí. O time paranaense de Paulo Bonamigo ficou com a bola mais tempo sob seu domínio, mas foi a equipe de Santa Catarina que teve as melhores chances e poderia inclusive ter marcado mais gols. O Tricolor, rebaixado em 2007, parece ainda não ter encontrado a fórmula para voltar à elite e a estréia na Vila Capanema acende um baita sinal amarelo para o clube.

Nas demais oito partidas, dois empates e seis vitórias de quem jogou em casa. O convidado de luxo da Segundona, o Corinthians, teve uma estréia relativamente tranqüila diante dos 35 mil torcedores que o prestigiaram no Pacaembu. Embora tenha levado um susto a um minuto com o gol do clube alagoano, empatou em seguida e dominou na maior parte do tempo. Mostrou deficiências, como a marcação na bola parada, mas o 3 a 2 acena para uma possível evolução no setor ofensivo, o mais carente, com Eduardo Ramos e Douglas, ainda desentrosados. No mais, os corintianos do blogue podem comentar mais detalhadamente a peleja.

O adversário do Timão na Copa do Brasil, o São Caetano, sapecou um 3 a 0 na vice-campeã paulista Ponte Preta. Os gols foram marcados na segunda etapa e a partida foi em Santo André, já que o Anacleto Campanella continua em reformas. A vitória garantiu a liderança da Série B ao Azulão, não que isso valha muito na primeira rodada. Outro que teve o mando mas não jogou em sua casa foi o Bahia. Sem torcida, por conta da punição recebida em função da tragédia ocorrida na interditada Fonte Nova em 2007, o Tricolor de Paulo Comelli não passou de um empate contra o Fortaleza na Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Dimba (aquele mesmo, ex-Goiás Botafogo e Flamengo) do Brasiliense, Glaydson (São Caetano) e Herrera (Corinthians) lideram a artilharia com dois gols. Outros resultados: Criciúma 1 X 0 América (RN), Ceará 2 X 1 Juventude, Brasiliense 2 X 2 Marília, Bragantino 1 X 0 Santo André, Barueri 2 X 0 Gama.

sexta-feira, maio 09, 2008

Começa, enfim, a Série B do Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O "enfim" do título se aplica basicamente aos corintianos que, se forem como eu, querem que o negócio comece e termine logo, com o acesso garantido para o lugar de onde o Timão foi derrubado pelas palhaçadas de diretorias escrotas. Desabafo feito, aos fatos.

Quatro jogo marcam o início da competição, nesta sexta-feira, todos iniciados às 20h30 (veja tabela de todo o campeonato). Não conheço a situação da esmagadora maioria dos times. Vi jogar Ponte Preta, São Caetano, Barueri e Bragantino, além do Corinthians. As análises e chutes que eu vi por aí colocam Corinthians, Ponte e Bahia como times mais fortes. Eu diria, baseado meio no resultado do estadual (fora o segundo jogo da final...) que o Juventude deve brigar pela quarta vaga, bem como São Caetano.

Ao que interessa

O Corinthians pega o CRB de Alagoas (já apresentado aos leitores futepoquenses) na reestréia do Pacaembu após longa reforma. Eu falei que ia no campo ver o jogo, mas furei: em dois dias os ingressos de arquibancada estavam esgotados (27 mil dos 37 mil à venda), e fiquei na vontade.

O técnico Mano Menezes treinou com um time diferente hoje, mas não deu certeza se vai ou não utilizá-lo na estréia. Diogo Rincón (que sentiu uma contusão e só correu pelo gramado) e Perdigão saem para a entrada de Douglas (estreante) e Eduardo Ramos, respectivamente. Em tese, o time é mais ofensivo, com apenas Fabinho de volante de ofício. Eduardo Ramos, que eu saiba, é meia, mas vai de segundo volante, ajudando na marcação e chegando de trás. Vamos ver no que dá.

Estou curioso para ver Douglas jogar. Era bom meia no São Caetano e deve ajudar bem a dar mobilidade pro time. Isso se agüentar a camisa, que o Acosta sabe que pesa. Uma análise mais completa do Timão na Série B foi feita pelo Ricardo, do parceiro Retrospecto Corintiano.

Provocações à carioca

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A eliminação do Flamengo na Libertadores continua dando o que falar. Não bastasse o tamanho do futebol mostrado pelo time na última quarta-feira, o baixo nível atingiu as provocações entre os dirigentes cariocas.

Carlos Augusto Montenegro, colaborador (?) de futebol do Botafogo, disse que abriu uma garrafa de vinho e comemorou a valer a eliminação rubro-negra. Irritadinho, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, respondeu que "Montenegro ejacula com o pênis alheio. Aqui, nós fazemos com o nosso mesmo." Ainda disse que o Flamengo não humilhou o Botafogo na final do estadual, porque "quem se auto-humilhou foi o Botafogo." Gente, altíssimo nível!

Eurico Miranda também tirou uma casquinha e disse que gostaria de contratar "Mansões" (o atacante Cabañas), o algoz do Flamengo, e que isso seria um upgrade na carreira do atleta (mas einh?). Nesse caso, Kléber foi mais contido. "Sobre o Eurico, quem fala aqui no Flamengo é o Babão (roupeiro)."

Depois dessa, as discussões entre cartolas palmeirenses e sampaulinos durante as semi-finais do Paulista parecem prosa de comadre.

O engraçado é comparar as versões para o bate-boca. Aqui, o Globo, e aqui, o GloboEsporte.com. Olha a tucanagem aí, pessoal!

Som na caixa, manguaça! - Volume 20

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

FÃ DE ELIANE
(Chico Lopes)

Alô, Eliane, ô me atenda pelo telefone
Quem tá falando é Chico Lopes
O novo astro lá do Mossoró

Sou louco pra te conhecer
Sou apaixonado pela sua voz
Será no seu coração
A vontade que eu tenho pra poder te ver

Se eu chegar num bar pra beber
E não tiver seu LP
Ah, nesse bar eu não beberei

Pois eu sou seu fã
Eu sou seu admirador

(Do CD "Fã de Eliane", gravadora Som Zoom, 1996)

Os sete pecados do Flamengo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

globo.com
O jornal Extra, do Rio de Janeiro, fez uma compilação hilária (para os não-rubro-negros) dos erros do time do Flamengo antes do jogo contra o América-MEX. Parece que a soberba e o salto alto realmente baixaram na Gávea. Se não, vale pela piada.

O "pecado" mais representativo é o da preguiça. Fazia 10 dias que o time não fazia um treino técnico e a delegação chegou ao Maracanã entre cerca de 15 minutos antes do jogo. Impressionante.

Mais aqui.

Organizações Tabajara

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Outro dia postei aqui uma reprodução de tela de TV do programa "Salles Entrevista", comandado pelo secretário de Comunicação de São Bernardo (SP), Raimundo Salles, com a legenda "Os Bastidores da Imprenssa" (isso mesmo, com dois S). Agora vejam, ao lado, um destaque do folder das Organizações Madureira, ligadas ao Instituto Vanderlei Luxemburgo, enviado pelo colega jornalista Roberto Iizuka. Que bela assessoria...

O camarão do Xinef e as alcaparras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Minha mãe conseguiu com uns pescadores lá de São Sebastião uns camarões baratos, e eles estavam congelados, à espera. Eu tinha um uísque comprado numa viagem que fiz um ano atrás (imagine se fosse cachaça? não durava um mês, mas o uísque ainda estava na caixa, nem o plástico tinha tirado...). Faltava a ocasião para preparar e degustar o espaguete ao molho de camarão e creme de uísque, cuja receita o chef-colaborador do Futepoca Marcos Xinef postou umas duas semanas atrás. Ontem, fui descongelar um peixe e, acho que por falta de manguaça, tremi, a vista nublou e tirei o saco de camarão do congelador. Quando me dei conta, era tarde demais. Estava criada a ocasião.

O preparo, como o leitor pode conferir na receita linkada, é muito simples. Limpei os camarões (tamanho bigode-de-stalin) e piquei a cebola. Aí, água do macarrão no fogo, refoguei tudo bonitinho no azeite, acrescentando também alho e bastante sal. Dividi em duas panelas pra ampliar a área de fritura, mas ainda era pouco, então peguei mais uma frigideira, onde joguei azeite, alho e mais um tanto de sal. O aroma começou a tomar conta da cozinha, enquanto o camarão, antes cor-da-pele-do-josé-lewgoy, começou a ficar branco-róseo, com um brilho ligeiramente dourado. Juntei um copo de uísque (do bão) e deixei ferver, acrescentei o creme de leite e, em seguida, doses generosas de catupiry.

Nessa hora, em meio a uma nuvem de camarão com uísque, numa panela borbulhante, o mundo é a pura alegria. As pessoas riem, as piadas são fáceis e boas. Parecia os amigos reunidos antes de um jogo importante, mas fácil, tem expectativa mas a certeza da vitória dá outro sabor à cerveja. Me fez lembrar o Timão de uns anos atrás. O espaguete já estava quase no ponto, e provei do molho. Puts! Estava salgado! Estava bem salgado, na verdade, e vi que tudo estava a ponto de se perder... a empolgação brocharia num insosso "está supergostoso" e restaria mesmo o consolo do uísque que restara na garrafa.

Então vem à mente a imagem de minha mãe ao lado da panela, provando um molho: "Salgou! Maurício, pega as alcaparras!". Tinha um resto de alcaparras na geladeira. Tasquei lá e orei. (Pausa.) Quando servi, já estava no ponto, delicioso. As alcaparras chupam o sal! Como Plínio Correia de Oliveira, ergui minhas mãos aos céus e bradei: santa mamãe!

Santos garante vaga nas quartas-de-final

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



O Santos, que para muitos cronistas boleiros não era favorito para superar o Cúcuta, repetiu o resultado que havia conseguido na Vila Belmiro. Com gols de Kléber Pereira e Lima, a equipe não encontrou dificuldades para superar o clube colombiano em sua casa.

Já havia sido escrito aqui que o Cúcuta teria que sair de suas características defensivas, de quem joga com duas linhas de quatro atrás, para tentar vencer o jogo por dois gols de diferença. Tentou e deu espaços para o Santos, que foi novamente aplicado na marcação, com Adriano anulando o camisa dez Macnelly Torres e Betão pegando o atacante Urbano.

Além de marcar firme no meio, o Peixe chegava com rapidez ao ataque, com Molina armando o jogo, mais solto. Aos 12 minutos, já tinha criado três oportunidades de gol e dominou todo o primeiro tempo até abrir o placar com Kléber Pereira aos 40.

Com a vantagem de poder tomar três gols, o Peixe deu o tiro de misericórdia
aos 7 do segundo tempo, com o recém-contratado Lima (ex-Paraná em 2007 e destaque do Juventus no primeiro semestre), que já havia marcado em sua estréia na partida de ida. A partir dali, o jogo ficou nos pés peixeiros que, mesmo assim, manteve a concentração e a pegada. Após os 30 minutos da segunda etapa, a partida praticamente acabou, com um Cúcuta entregue e o Alvinegro perdendo inúmeras chances de gols seguidas.

Uma classificação inesperadamente tranqüila. A opinião de Kléber Pereira ao fim do jogo explica: "Foi fácil porque fizemos ficar fácil. O Cúcuta tentou jogar, mas nossa equipe correu muito mais e mereceu o resultado". É assim esse Santos nada brilhante mas que, junto do São Paulo, parece ser o time brasileiro com mais cara de Libertadores em 2008.

As quartas

E assim ficaram as quartas-de-final do torneio continental, após a outra partida de ontem em que o San Lorenzo, com dois jogadores a menos, empatou em 2 a 2 com o River Plate em pleno Monumental de Nuñez e assegurou um lugar nas quartas. Como em 2007, cinco segundos colocados avançaram contra três primeiros na fase de grupos. A tabela dos confrontos:

Boca Juniors (ARG) X Atlas (MEX)
São Paulo X Fluminense
San Lorenzo (ARG) X LDU (EQU)
América (MEX) X Santos

O cruzamento normal das semis seria entre o vitorioso do clássico triolocor contra o vencedor de Boca e Atlas. Mas, caso o Santos se classifique, os brasileiros terão que jogar contra si já na semifinal, como no ano passado, para evitar uma final com equipes do mesmo país.

Depois de Flamengo e River Plate, alguém tem coragem de arriscar palpites para as quartas?

quinta-feira, maio 08, 2008

A lição que vem da periferia

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O texto é do companheiro Airton Góes, jornalista e integrante do Fórum Social da Cidade Ademar e Pedreira, sobre um bonito momento de mobilização popular na Zona Sul da capital paulista.

Por Aitrton Goes

No último 1º de maio presenciei uma das maiores demonstrações de cidadania e de afirmação de auto-estima dos moradores da periferia que São Paulo já viu. O fato se deu no Hospital do M’ Boi Mirim, lá nas quebradas do Jardim Ângela, nos confins da Zona Sul.

Na verdade, não fui lá para escrever essa matéria. Era apenas um dos convidados para a inauguração (organizada pelo povo) do equipamento de saúde, que o prefeito e o governador tinham “entregue” à população 23 dias antes (em 8 de abril).

Mas para azar do prefeito, que “nunca sabe” o que quer e o que pensa a periferia, o povão não gostou de ser convidado apenas para bater palmas para políticos que não tinham nenhuma ligação com a luta de 20 anos pela construção do hospital. E resolveu fazer uma nova inauguração no Dia do Trabalhador, onde os moradores da região, os verdadeiros responsáveis pela conquista, fossem protagonistas e não figurantes, como ocorreu no evento oficial.

Logo na entrada vi o padre Jaime – como é conhecido o irlandês de coração brasileiro James Crowe – cumprimentando as pessoas que chegavam para a cerimônia... e eram muitas. Um abraço no amigo e fui para o pátio, que fica nos fundos, onde centenas de pessoas estavam reunidas para reverência sua própria história, sua luta que redundou em uma conquista. Ali percebi que aquele fato não poderia deixar de ser registrado. Era um exemplo para toda a periferia.

A grande imprensa, tal qual um rebanho, já tinha feito o marketing do prefeito na inauguração oficial e, agora, não estava lá para cobrir a verdadeira, a do povo. Decidi que tinha que contar essa lição de cidadania para outras pessoas que não tiveram o privilégio de estar presentes.

Braços levantados – No início da cerimônia, foi relembrada a história da luta pelo hospital: os abaixo-assinados, as mobilizações, os abraços ao terreno vazio... Em determinado momento o padre Jaime provocou: “Quem abraçou o terreno levanta a mão”. Centenas de braços se ergueram em direção ao céu.

Na seqüência houve um ato ecumênico, mas, propositalmente, não anotei os nomes dos representantes das igrejas presentes. A personalidade mais importante ali era o povo, o coletivo indivisível.

Os moradores abençoaram o Hospital e cantaram diversas músicas. Uma delas dizia assim: “O hospital é uma conquista nossa/ Ele é de todos nós/ E o hospital-escola é um sonho nosso/ Ele é de todos nós.../ E a diferença principal quem faz?/ Somos todos nós.”

O hospital-escola, da letra da música, é o próximo desafio do movimento. Como a prefeitura diz ter dificuldade para contratar médicos e enfermeiros para trabalhar na periferia, a reivindicação é que seja construído o novo equipamento, no terreno ao lado do Hospital do M’Boi Mirim, para formar os profissionais que cuidarão da saúde dos habitantes da região.

Após presenciar o que ocorreu no dia 1º de maio, não tenho dúvida: é melhor o poder público começar a construir logo o hospital-escola, pois aquele povo não vai desistir.