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Outro dia citei aqui um tal de "Coice de mula", policial que matou um jornalista. Pois vejam a marca de cerveja que existiu no século passado em minha cidade natal:
Outro dia citei aqui um tal de "Coice de mula", policial que matou um jornalista. Pois vejam a marca de cerveja que existiu no século passado em minha cidade natal:
O Corinthians deu mais uma vez aos jornalistas com pouca criatividade a chance de usar como título algo como “vitória com a cara do Timão”, ao bater o Mirassol por 3 a 2 com gol de Bruno César aos 48 minutos do segundo tempo. Para aumentar o sofrimento, o time do interior havia empatado dois minutos antes, num chute meio despretensioso de longe que desviou em Wallace e enganou Júlio César.
Antes disso, o time mostrou coisas boas e problemas. O atacante William jogou no lugar de Liedson e foi muito bem: marcou dois gols, teve mais uma ou duas boas chances, se movimentou bastante. Não sei se o rapaz vai jogar sempre assim, mas se o fizer, vira boa opção par ao elenco.
O volante Paulinho, que apareceu mais no ataque do que em outras ocasiões, protagonizou o lance mais aflitivo da partida, ao se arrebentar na trave depois de uma dividida com o bom goleiro do Mirassol. O rapaz ficou absolutamente grogue e teve que ser substituído. Em seu lugar, outra boa novidade: o peruano Ramires entrou e cumpriu bem a função, melhorando a saída de bola e dando passe para o gol salvador de Bruno.
Se esse pessoal foi bem, o contrário pode ser dito de Fábio Santos. Para se ter uma idéia do desempenho do rapaz, houve mais jogadas de ultrapassagem pela lateral direta, com o improvisado Moradei – que nem em sua posição é lá grandes coisas. A zaga continua complicada. Aguardemos a volta dos titulares Chicão e Paulo André pra ver como fica.
Para não perder a mania de palpitar taticamente, esse 4-2-3-1 de Tite não funciona muito bem. Para fins de comparação, com Mano, os laterais apoiavam (especialmente André Santos), os volantes apoiavam (principalmente Elias, mas também Christian colaborava na armação) e os atacantes pelos lados trocavam mais de lado. Hoje, Jorge Henrique é um meia, quase um segundo lateral, não chega na área nunca. Os laterais são aquilo lá e Ralph tem na destruição seu ponto mais forte.
Talvez fosse o caso de assumir um 4-4-2, com dois meias e dois atacantes mais próximos. Isso, além de mais honesto, abriria espaço para Bruno César no time titular, o que é uma boa.
Táticas a parte, e em que pesem os desfalques de Alessandro e Liedson, no geral, a impressão é que o Corinthians é hoje um time mais ou menos. Brigador, esforçado, arrumadinho até, mas sem aquele cara que dê um toque diferenciado, um drible. No Paulista, tem bala pra brigar no mata-mata. Agora, num campeonato longo e de nível técnico bem superior como o Brasileirão, fica bem mais complicado.
Ano passado fiz um post sobre o ex-jogador Washington, o "coração valente", quando ele marcou seu último gol com a camisa do São Paulo, completando 45 pelo clube em duas temporadas. Pois na tarde de hoje Dagoberto (foto: site SPFC) fez mais um, na vitória por 3 a 0 sobre o Santo André, e superou o ex-companheiro. Com 46 gols, o atacante, que está no time desde 2007, igualou-se ao ex-meia Pita - e ambos dividem, agora, o 39º posto entre os maiores artilheiros da história sãopaulina. O maior goleador do clube é Serginho Chulapa, que jogou entre 1973 e 1982 e anotou 243 gols. Depois dele vem outro camisa 9, Gino Orlando, que atuou entre 1953 e 1962 e fez 237. Teixeirinha, ponta-esquerda entre 1939 e 1956, é o 4º no ranking, com 183. A partir daí, entre os maiores artilheiros do clube (contando apenas os jogadores que ainda estão em atividade), temos:
4º - França (atualmente, está sem clube) - 182 gols
11º - Luís Fabiano (voltou ao São Paulo) - 118 gols
17º - Rogério Ceni (São Paulo) - 98 gols*
19º - Dodô (acertou com o Americana-SP) - 94 gols
29º - Borges (Grêmio-RS) - 55 gols
35º - Marcelinho Paraíba (São Paulo) - 51 gols
38º - Kaká (Real Madrid, Espanha) - 48 gols
39º - Dagoberto (São Paulo) - 46 gols
47º - Reinaldo (Figueirense-SC) - 41 gols
51º - Diego Tardelli (Anzhi Makhachkala, Rússia) - 39 gols
- - - - Grafite (Wolfsburg, Alemanha) - 39 gols
54º - Hernanes (Lazio, Itália) - 38 gols**
58º - Danilo (Corinthians) - 36 gols
63º - Souza (Fluminense-RJ) - 35 gols
74º - Hugo (Al Wahda, Emirados Árabes) - 31 gols
* A Fifa não reconhece 2 desses gols, marcados em 1998 e 2000.
** Contando 3 gols marcados em amistosos na Índia, em 2007.
Muitas vezes confundidas com as Stout, as Porter são bem distintas. Um documento do século XVIII já dizia que elas eram o resultado da mistura de três tipos de cerveja: uma Old Ale, uma New Ale e uma Weak One (Mild Ale). Desta combinação resultaria uma bebida a que os ingleses chamavam de "Entire Butt" ou "Three Threads", produto de gosto forte que tinha como objetivo agradar a um vasto público, priincipalmente a massa de operários surgida com a Revolução Industrial. Apesar do expressivo sucesso que atingiu naquela época, pouco depois, no início do século XX, era quase um estilo em vias de extinção, muito ultrapassado, em termos de consumo, pelas Stout. "O seu regresso só se deu durante os anos 1970 e 1980, quando houve um grande surgimento de pequenas industrias produtoras de cerveja artesanal, principalmente nos Estados Unidos", conta Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. "De cor escura e bastante maltadas, as Porter podem possuir um caráter algo doce, mesmo que não muito acentuado", complementa. Para experimentar, ele sugere a Fuller's London Porter, a Samuel Smith's Famous Taddy Porter e a Meantime London Porter (foto).
Santos e Botafogo fizeram uma partida que poderia ter tido só 45 minutos, a etapa final. Foi após o intervalo que saíram os três gols do jogo e nos dez primeiros minutos que Paulo Henrique Ganso, sete meses afastado dos gramados, decidiu a vitória santista.
O cenário para o retorno era o ideal: a Vila Belmiro, um adversário fraco e um Santos que buscou o gol quase todo o tempo, embora tenha tido dificuldades no primeiro tempo. Ganso deu o lindo passe para Zé Eduardo dar a assistência a Elano, artilheiro do Paulista, marcar seu nono gol no campeonato. E Pará, no mesmo lado direito, deu um passe de camisa dez para Zé Love, que tocou para o gol do armador paraense.
Ganso mostrou disposição durante os 45 minutos. Foi perigoso sempre quando foi à frente, recuou para buscar a bola quando foi necessário, protegeu a bola como sempre costumou fazer, atuou de cabeça erguida o tempo todo. Deu passe de calcanhar por baixo das pernas do rival e causou uma expulsão no fim do jogo ao dar um passe de classe que irritou Fernando Miguel.
"Dinheiro não é tudo na vida e nada paga a felicidade que sinto por voltar a vestir a camisa do meu time de coração. Devo tudo que tenho ao São Paulo, tenham certeza que suarei muito essa camisa e irei fazer muitos gols. Faz tempo que fico me imaginando saindo do túnel do Morumbi para entrar em campo olhando nossa torcida maravilhosa."
Luís Fabiano, ao acertar, hoje, contrato para jogar mais quatro temporadas pelo São Paulo, que pagará 7,6 milhões de euros - cerca de R$ 17,6 milhões - ao Sevilha (o acerto será feito em parcelas durante os próximos quatro anos). O atacante abriu mão do valor que teria direito a receber do clube espanhol no final da temporada. Na primeira passagem pelo São Paulo, entre 2001 e 2004, Luís Fabiano marcou 118 gols e já é o 11º maior artilheiro da história do clube. Seja muito bem vindo!
O São Paulo venceu o Ituano por 2 a 0 (gols de Jean e Dagoberto) na noite desta quinta-feira, no Morumbi, e assumiu a liderança do Paulistão, com os mesmos 25 pontos dos rivais Corinthians, Palmeiras e Santos, mas com uma vitória a mais. O jogo foi monótono e confirmou que, fora os chamados "quatro grandes" do futebol paulista, só a Ponte Preta, que venceu São Paulo e Corinthians em jogos na capital, pode dar algum trabalho. O resto, infelizmente, é resto.
Por isso, a vitória sobre o fraco Ituano não diz muito sobre as chances reais do Tricolor no campeonato. Derrotado facilmente pelo Santos e tendo suado para empatar com o Palmeiras, com um homem a menos, o São Paulo passará por seu grande teste no próximo dia 27, contra o Corinthians. Afinal, se passar para a próxima fase da competição (o que deve acontecer), terá de encarar os rivais no mata-mata. E isso tem sido um pesadelo para o time nos últimos anos.
Perdeu na semifinal para o Palmeiras em 2008, depois para o Corinthians, em 2009, e para o Santos, ano passado. Sintomaticamente, os três adversários foram campeões estaduais na sequência dessas vitórias - título que o São Paulo não vê há seis anos. Desfalcado de Lucas, que foi convocado para a seleção brasileira, carente de um centroavante de área (não é bem o caso de Wiliam José) e com a eterna fragilidade defensiva pelo lado direito, o time de Carpegiani vai mostrar no clássico contra o Corinthias o que, de fato, se pode esperar - ou não - nesta temporada. A ver.
Carlos Lacerda (1914-1977) foi jornalista e político de destaque entre as décadas de 1930 e 1960, quando chegou a governar o extinto Estado da Guanabara e, não fosse o golpe militar de 1964 (que ele próprio apoiou e insuflou), teria grandes chances nas eleições presidenciais do ano seguinte. No jornalismo, acabou criando no Brasil um tipo de atuação que ainda hoje presenciamos e lamentamos, de total falta de escrúpulos e da falta de cerimônias em difamar, caluniar, distorcer, mentir e insuflar a população contra regimes democraticamente constituídos. Sua campanha virulenta contra Getúlio Vargas no jornal Tribuna da Imprensa fez com que sofresse um atentado à mando do capanga presidencial, Gregório Fortunato, o que aceleraria a crise política e desembocaria no suicídio de Vargas, na tentativa de golpe para impedir a posse de Juscelino Kubitschek após as eleições de 1955, na renúncia de Jânio Quadros em 1961, no golpe do parlamentarismo contra João Goulart e, finalmente, na ditadura militar que assolou o país por mais de 20 anos.
Por tudo isso, Lacerda ganhou o apelido de "Corvo", alusão à sua figura sinistra que sobrevoava ameaçadoramente o panorama político do país naqueles tempos (como na charge à esquerda). Mas a história por trás desse apelido tem uma curiodade jornalística - e "cachacística", por assim dizer. No conturbado ano de 1954, que culminaria na tragédia do suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto, uma outra morte causou comoção nacional. O livro "Histórias de um repórter" (Editora Record, 1988), do excepcional - e já falecido - jornalista cearense Edmar Morel, recorda o desenrolar daqueles acontecimentos no Rio de Janeiro, então capital federal: "O repórter Nestor Moreira, de A Noite, em seu natural estado de embriaguez, teve uma discussão com um motorista de táxi. Ambos foram parar no 2º Distrito Policial, em Copacabana. Horas depois, Nestor se internou no Hospital Miguel Couto, entre a vida e a morte. O que acontecera?".
Prossegue o livro: "Estava apurando o assunto na delegacia quando um preso me confidenciou: 'Foi o Coice de Mula'. Consegui penetrar no hospital e tive a sorte de encontrar Nestor Moreira num momento de lucidez. O moribundo confirmou. Estourava o escândalo, que ganhou todos os jornais. 'Coice de Mula' era o sugestivo apelido do policial Paulo Peixoto, que agredira o jornalista a pontapés, causando grave hemorragia. Nestor Moreira morreu a 22 de maio em consequência dos ferimentos, causando comoção nacional. O enterro foi uma verdadeira consagração. Mais de duzentas mil pessoas acompanharam o cortejo". E, segundo o livro escrito por Morel, foi justamente nessa ocasião que Carlos Lacerda ganhou seu apelido indesejado, criado por outro jornalista presente ao velório, seu ferrenho inimigo Samuel Wainer (foto acima), dono do jornal getulista Última Hora.
No livro de memórias "Minha razão de viver" (Editora Record, 1988), Wainer relembrou o episódio: "Lacerda estava vestido de preto dos pés à cabeça, aspecto solene, rosto compungido, ar sofredor. Era o retrato da revolta humana à violência cometida contra um humilde jornalista, vítima da arbitrariedade política. Quando vi a cena, senti-me enjoado. '-Vou embora', disse a Octávio Malta. 'Não aguento ver a cara desse corvo na minha frente'. Sempre que ocorria alguma morte interessante, lá estava Carlos Lacerda. Era um corvo". "Nesse momento", relatou Edmar Morel, "surgia o apelido de 'Corvo', que passaria a ser largamente usado pelos inimigos de Lacerda". E foi assim, no enterro de um jornalista cachaceiro (pleonasmo), que um das figuras mais nefastas do jornalismo e da política no Brasil ganhou sua alcunha definitiva. Infelizmente, porém, seu estilo carniceiro e mau caráter de fazer "jornalismo" ainda é praticado em alguns dos "grandes" jornais e revistas do país...
Na análise da estrutura diplomática dos Estados Unidos no Brasil, os sindicatos viram sua influência crescer nos oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A superação da crise econômica de 2008-2009 e a perspectiva das eleições presidenciais indicavam expansão dessa ascendência, ainda na visão dos estadunidenses em missão no país.
Em telegrama do quinto lote vazado pelo Wikileaks para blogues, Thomas White, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, relata encontros entre Ron Kirk, representante comercial do governo Barack Obama, e membros de sindicatos e centrais sindicais. O documento é datado de 13 de outubro de 2009, pouco menos de um mês depois da visita de Kirk ao país, em 16 de setembro.
Apesar dos atuais desafios econômicos globais e de uma rodada de greves recentes nos bancos, indústria automotiva e nos Correios, o sentimento expresso pelos sindicalistas no contato com Kirk e em reunião posterior (de follow-up) no consulado, demonstrou que, sob o governo Lula os sindicatos organizados tiveram sua voz sendo ouvida em questões sociais, políticas e econômicas. "À medida que o Brasil sai da crise econômica e move-se para eleições nacionais em 2010, os sindicatos terão maiores oportunidades para expandir sua influência", diz o texto.
Quem participou da reunião, na ordem elencada pelo telegrama, foi
O programa Bolsa Família virou parte da infraestrutura da política brasileira, "quase um direito sacrossanto" no debate eleitoral, segundo a análise da embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Em telegrama assinado por Lisa Kubiske, ministra conselheira da embaixada, o programa Bolsa Família é analisado, para discutir sua eficiência e seus impactos políticos, econômicos e sociais.
O documento é apenas um do quinto lote de telegramas vazados do Wikileaks para blogues, cujo recorte é Eleição 2010. São 23 mensagens, de 2009, ocupando 51 páginas. Da articulação de alianças à crise no Senado, quando José Sarney (PMDB-AP) foi bombardeado por denúncias envolvendo a fundação que leva seu nome e os atos secretos na Casa, tem história a rodo.
"Independentemente da habilidade ou do desejo do Brasil de enfrentar as condições degradantes que atingem a população pobre do país, o Bolsa Família é politicamente popular e, como resultado, nenhum candidato na eleição presidencial do próximo ano (2010) vai se dispor a mudá-lo", previa a funcionária em 2009. "O programa parece ter se tornado uma parte permanente da infraestrutura política do Brasil – quase um direito sacrossanto – assegurando que está aqui para ficar", completa.
O conjunto exposto é embasado em dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) – aquele aparelhado ideologicamente pela esquerda, sabe? – e do Banco Mundial, além de quatro conversas-entrevistas. Neste último grupo, os interlocutores citados foram o economista da Fundação Getúlio Vargas, Andre Portela Souza, a coordenadora da Fundação Tide Setubal Paula Galeano, Alexandre Marinis, colunista da Bloomberg no Brasil sobre política econômica, e um assistente social não nominado. Bem mais embasado do que a média dos telegramas (que faz relatórios do que sai na mídia) e até do que muita reportagem que se lê por aí.
Datado de 1º de setembro de 2009, o texto cita avanços do país na redução da desigualdade, com a melhoria do coeficiente de Gini, mas também alguns desafios. Além de questões operacionais, como garantir que as crianças das famílias atendidas estejam, de fato, matriculadas em escolas, há a qualidade do ensino. A evidência para trazer o tópico no telegrama é um estudo do Ipea, com base em dados do escritório no Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que conclui que a pobreza teria sido diminuída em apenas três pontos percentuais (de 25% para 22%) se o programa tivesse sido implantado há 30 anos.
A necessidade de uma "reforma educacional" é apresentada como um imperativo para o Brasil. Os detalhes ou direções dessas mudanças não são desenhadas pelos diplomatas – nem, tampouco, nenhum "interesse americano" aparece citado no caso (ufa!). Mudanças promovidas pelo Ministério da Educação estariam buscando a melhoria da qualidade, diante da inclusão de crianças antes marginalizadas.
Apesar de citar estudos que apontam pouca evidência de que o programa estivesse ajudando a reduzir o trabalho infantil, o telegrama dá crédito a empregadores do setor de cana-de-açúcar de Pernambuco e Alagoas (usineiros) que dizem estar difícil contratar boias-frias, que prefeririam ganhar o Bolsa Família a trabalhar. Quer dizer, corrobora a ideia (em grande medida preconceituosa) de que o programa cria grupos avessos ao trabalho, devido a seu caráter assistencialista ou algo assim. Isso se choca com o teor da própria exposição de todo o telegrama, que não toma a política pública como tal. Mas está lá.
O resumo da análise:
"O Bolsa Família melhorou as condições de vida cotidiana para os brasileiros mais pobres. A transferência de renda, no entanto, não vai resolver os significativos problemas estruturais – principalmente o fraco sistema público de educação – que continua a prejudicar objetivos de mobilidade e oportunidade sociais e econômicos de longo prazo. O PBF também sofre de desafios operacionais que podem ser mais facilmente resolvidos, incluindo: construir um registro mais completo, criar um sistema de gerenciamento moderno e mais adequado, e eventualmente propor uma estratégia de saída para os beneficiários. No entanto, para avançar nas metas chave do PBF em longo prazo de ascensão social, uma reforma educacional aparece como uma necessidade crítica."
Jájá tem mais.
Leia também sobre o quinto lote de telegramas:
Quem segue o Twitter do ex-corintiano Jucilei, viu um tweet em que o atleta teria aproveitado para dar uma vingadinha em cima da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians famosa por cobrar, muitas vezes de forma pouco delicada, os atletas do time. A onda pelo Twitter teria se dado por conta do desempenho da "torcida que samba" no carnaval: quinto lugar, ficando atrás da rival Mancha Verde.
Todas as condicionais do parágrafo acima se devem ao fato de que Jucilei, mais tarde, apagou o dito tweet dizendo que sua conta na rede social tinha sido invadida. Disse ele: "Galera meu primo acabou de ligar dizendo que tem uma mensagem estranha no meu twitter.... Eu li e alguem escreveu essa besteira..". Na sequência, falou que "Eu so (sic) tenho a agradecer ao Corinthians e toda a torcida por tudo quebaconteceu (sic) na minha carreira. Valeu galera". Pra quem não viu, a mensagem apagada está aqui:
Raul Seixas cantando marchinhas de carnaval com um dos ícones da Jovem Guarda, Wanderléia. Isso aconteceu num clipe produzido para o interminável Fantástico, em 1978. Claro que, com sarcasmo e ironias habituais, Raulzito faz sua interpretação própria, no jeito de cantar e no gestual, às pueris (algumas nem tanto) cantigas carnavalescas de outrora...
Mas outro fato que pode despertar a curiosidade de muitos é o fato de Raul se apresentar sem barba e bigode e com cabelos curtos. Para trabalhar as músicas do álbum O dia em que a Terra parou, ele adotou esse novo visual, estranho à maioria dos fãs, mas que seria abandonado à frente. Foi assim que ele gravou o clipe de Maluco Beleza (clique aqui para ver), uma das canções do LP, e também proporcionou outras cenas curiosas. Como, por exemplo, a do vídeo abaixo, em que ele se passa por um imitador dele mesmo em Vitória (ES). Vale ver:
O décimo maior produtor de vinhos do planeta é um país com o formato de uma salsicha. Extenso latitudinalmente e estreito de longetude, o Chile produz 9,9 milhões hectolitros – perto de 1 milhão de piscinas de mil litros – mas exporta dois terços disso. Ainda que os 16 milhões de habitantes deem conta de seus 18 litros anuais per capita, é preciso mais. Afinal, muita gente quer se embriagar.
Foi por isso que, nos intervalos entre uma degustação e outra dos vinhos no país, eu resolvi fazer uma incursão pelo universo das fermentadas de malte de cevada – e eventualmente milho e arroz – do país de Pablo Neruda. Até porque, falta-me conhecimento para expor meus achados enólogos, além de capacidade para perceber nuances, taninos, terroirs e outras peculiaridades desse lado dos fermentados.
Alguém pode cobrar informações sobre o pisco, a aguardente do mosto da uva que leva o nome de uma cidade portuária peruana mas é produzido também nas regiões três e quatro do Chile. O motivo de uma guerra etílica pelo controle da nomenclatura (e da paternidade do pisco sour) não entrou na prova dos sete dias com barreiras para meu fígado. Uma pena.
Outro motivo para justificar o apelo da cerveja foi a informação inusitada de que uma das maiores colônias de imigrantes no país dos 22 mineiros outrora soterrados é a de... alemães. Bom, os espanhóis e bascos superam os germânicos, mas é um dado inusitado para quem cabulou as aulas de geografia. Embora não tenha visto um sequer, consta que vivem todos mais ou menos contidos no estado de Valdívia, batizado sob o herói nacional e não de parente algum do camisa 10 palmeirense.
E não fui o único a fazer isso neste mundo.
Todas as descritas aqui, com exceção da primeira, são produzidas por plantas da Compañía de Cervecerías Unidas, uma multinacional que também está na Argentina. A empresa é dona também da bodega Gato Negro, a marca mais popular (leia-se barata) de vinho chileno.
Às geladas
La Casa en el Arte - Ambar Ale
fabricada pela Cerveza Oberg, de Santiago, para um bar
Parei, com sede, no La Casa en el Aire, um bar e restaurante no bairro Bellavista, em Santiago, perto do zoológico e da La Chascona, casa de Neruda na capital. Confesso que quase pedi um suco qualquer, mas fui compelido a honrar meu dever manguaça e experimentar a cerveja da casa. Ela é produzida pela Oberg, uma empresa que tem sua produção, mas a vende garrafas com rótulo de quem comprar o lote – como bares e restaurantes. Algumas cervejarias brasileiras fazem esse tipo de terceirização. A ambar ale da Oberg é frutada em excesso para mim, quase uma vitamina. Para quem cogitava um suquinho, a pedida veio a calhar.
Kunstmann Pale Ale
www.cerveza-kunstmann.cl/
Torobayo, Valdívia
Uma cerveja também frutada, mas bem mais equilibrada e suavemente. Cor de âmbar, não tão escura. Ela ficou bem com um congrio que almocei, mas provavelmente teria ido melhor com comidas mais fortes. Quer dizer, eu beberia em vários contextos, só inclui essa informação para fazer de conta que foi uma escolha pensada. O copo era da Cristal, o que deixa a foto meio estranha, mas o conteúdo, até pela cor, não deixa dúvidas.
A terceira leva de documentos eram 141 páginas de telegramas de temas variados. Os diplomatas tiveram bate-papos mais ou menos formais com expoentes políticos, especialmente da oposição. Nesse grupo, encontram-se os senadores Sérgio Guerra (PSDB/CE), Arthur Vigílio (PSDB/AM) e Antonio Carlos Magalhães (PFL/BA), o então governador Jarbas Vasconcellos (PMDB/PE) e Hélio Costa (PMDB/MG) – então Ministro das Comunicações. Falavam também com empresários. Quer dizer, menos leitura de jornal do que em assuntos tratados anteriormente.
Já que não dá demissão por justa causa, mesmo, o negócio é aproveitar - como vemos em mais uma (genial) propaganda de cerveja:
Só Adriano Michael Jackson marca. Poderia ser este o título do post. Mas é que foi por 5 a 1 a vitória do Palmeiras sobre o Comercial-PI. Uma goleada folgada, como esperava todo torcedor – a maioria esperava isso no jogo de ida, tanto mais no de volta. Mas a elasticidade registrada no marcador não mostra que só saiu gol alviverde aos 18 minutos do segundo tempo. Poderia ser bem mais fácil.
Foto: Drew H. Cohen
Foram quatro gols de Adriano – três de cabeça – em sequência e um de Gabriel Silva. Binha foi quem diminui, quando estava só 2 a 0. Agora o desafio é o Uberaba-MG.
Antes da chuva de gols, teve pluviosidade fina e contínua. Teve gol perdido a cântaros, Kleber contundido e substituído pelo péssimo Luan, pênalti desperdiçado por Valdívia, tento incorretamente anulado para o time de Campo Maior e dois expulsos do time azul e branco. Quer dizer, o Palmeiras só marcou quando tinha dois homens a mais em campo.
Houve muita margem para secador acreditar na reedição do Asa de Arapiraca, Atlético-GO ou Santo André, para citar três das zebras que atrapalharam planos palmeirenses na história da Copa do Brasil.
O time piauiense mostrou ainda mais limitações do que no jogo de ida. Bomba, o massagista, apareceu só duas vezes em campo, sempre ovacionado.
Quando o time da casa acertou cruzamentos, saiu gol. Quando acertou toques na entrada da área, marcou. Quando o chute foi em direção ao gol, bom, em algumas vezes o goleiro Neto até defendeu. Mas em outras, a bola entrou.
Com os quatro gols marcados por Adriano com suas danças à lá Michael Jackson, fica claro que ele é a única opção para jogar na frente, embora não tenha perfil. Valdívia continua a ser peça importante, mas não tem nem as opções táticas que tinha em 2008 nem a criatividade de então. Talvez melhorando a forma física dê mais alegrias à torcida.
Falando no povo da arquibancada, foram poucos os que encararam o razoável frio e a chuva desta quinta-feira, 2. Os que foram poderiam ter oferecido gritos de incentivo mais específicos, concentrados na necessidade de se finalizar em direção à meta do Comercial. Foram perto de 30 chutes, poucos com destino certo.
"Chute no gol", poderia ter gritado a torcida. Talvez fosse necessário enfatizar: "Mas no gol mesmo!"
Tudo bem que o Botafogo-RJ só se classificou só nos pênaltis, contra o Iape, de Sergipe. Mas poderia ter sido mais fácil.
2ª Fase da Copa do Brasil
Flamengo x Fortaleza
Guarani x Horizonte-CE
Atlético-MG x Grêmio PRudente
Ceará x Brasiliense
Atlético-MG x Grêmio Prudente
Ceará x Brasiliense
Botafogo-PB x Caxias
Coritiba x Atlético-GO
Palmeiras x Uberaba
Sampaio Corrêa x Santo André
Vasco x ABC-RN
Bangu x Vencedor de Ponte Preta e Baré-RR
Atlético-PR x Paulista
Bahia x Paysandu
Botafogo-RJ x Paraná
Avaí x Ipatinga
São Paulo x Santa Cruz
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza mostrou que não são só os ébrios autores do Futepoca que sentem saudades das metáforas e alusões à marvada em discursos oficiais do Executivo. A presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou, nesta terça-feira, 1º, em Irecê-BA, reajuste médio do Bolsa Família em 19%, em um discurso cujo ponto alto foi um erro na pronúncia do nome de uma cidade bahiana.
Vaccarezza mandou um recado aos críticos:
É um dinheiro que não tem intermediação política, o cidadão vai ao banco e pega seu dinheiro, compra pão para sua família, compra os gêneros de primeira necessidade. Eles (a oposição) brincavam antigamente dizendo que o chefe de família ia lá e comprava cachaça. Nós não vamos incentivar isso, mas mesmo que uma família compre uma cachaça por mês, são 11 milhões ou 12 milhões de garrafas de cachaça. Isso ajuda toda a economia.Dados do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC) indicam que o país produz 1,3 bilhão de litros por ano. Apenas 2,5 milhões de litros são exportados, o resto é consumido internamente.