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quinta-feira, abril 28, 2011

Sempre ele

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Jogando pro gasto e economizando forças para o duelo de sábado contra o Santos, o São Paulo venceu o Goiás novamente pelo magro placar de 1 a 0, ontem, no Morumbi, e passou para a próxima fase da Copa do Brasil. O gol, assim como na primeira partida, em Goiânia, foi marcado por Dagoberto. Sempre ele!

Muito criticado em suas primeiras temporadas no clube (apesar de ter sido titular e com participações importantes nos títulos brasileiros de 2007 e 2008), o atacante vive, de longe, sua melhor fase em quatro anos jogando pelo São Paulo. Desde o final do Campeonato Brasileiro do ano passado, tem sido fundamental.

Além de marcar um gol atrás do outro, fato incomum em sua passagem pelo Tricolor, ele ainda é um dos que mais dá assistências, que se desloca para puxar a marcação, que se movimenta em campo e que, acima de tudo, mostra aos companheiros que quer a vitória a todo custo. Não enrola, não some, não reclama. O oposto do que era antes.

E por que? Outro dia li, no tablóide Lance!, um texto interessante de Vitor Birner, em defesa do treinador Paulo César Carpegiani. Apesar de não ser nenhum "supertécnico" ou sonho de consumo de qualquer torcida, é inegável que ele mudou o São Paulo da água pro vinho (oba!). Nisso, concordo com Birner.

Dagoberto é um dos melhores exemplos dessa transformação (o surpreendente Carlinhos Paraíba é outro deles). O sãopaulino que assistiu a primeira partida contra o Internacional, em Porto Alegre, pela Libertadores do ano passado, ficou com vontade de surrar o time todo, mas especialmente Dagoberto. Jogou sem nenhuma vontade.

Prova de maturidade
O que ocorreu de lá pra cá? Ricardo Gomes, o homem errado na hora e no lugar errados, caiu. Sérgio Baresi segurou a bomba interinamente e nunca conseguiu ter autoridade sobre o elenco (mas teve o mérito de efetivar garotos como Lucas e Casemiro). Daí chegou Carpegiani. Que encrencou com Dagoberto logo de saída.

Quando o técnico chamou o atacante de "bobalhão" à beira do campo e em seguida disse em coletiva que não ia segurar o jogador se alguém quisesse comprá-lo, imaginei que Dagoberto ia sair no dia seguinte. Ou, então, bater boca com o técnico pela imprensa e ficar exilado no elenco, sem jogar. Mas não.

Ele só pediu perdão e disse que ia se empenhar mais. E fez justamente isso! Incrível como, em meio a tanta imaturidade de marmanjos boleiros, Dagoberto se tocou que sua carreira tinha chegado na bifurcação entre criar confusão e começar o declínio (como Carlos Alberto ou Adriano) e baixar a crista e jogar bola.

Para sorte dos sãopaulinos, de Carpegiani e do próprio Dagoberto, ele baixou a crista e, enfim, decidiu jogar a bola que - com toda a modéstia e limitação - sabe jogar. Esse time ainda não está afinado e, obviamente, bem longe daquele blablabla de "melhor elenco", "sempre forte", "favorito" etc etc.

Mas, perto da sonolência, displiscência, desinteresse e ausência de tudo de 2010, e pelo o que Carpegiani, Dagoberto, Carlinhos Paraíba e Rhodolfo vem fazendo, entre outros, a torcida tem muito o que agradecer. Mesmo se não conquistar troféu algum, a postura já é outra, totalmente diferente. Vai, São Paulo!

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Quem sabe, sabe

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No dia 13 de dezembro de 1953, o São Paulo foi ao interior enfrentar o Linense e sofreu uma sonora derrota: 4 a 1. O resultado, de tão inesperado, foi comemorado como um título pelas ruas de Lins, com os torcedores desfilando com um enorme elefante, símbolo do time. E o São Paulo, do técnico argentino Jim Lopes e da goleadora linha de ataque Maurinho, Albella, Gino, Negri e Teixeirinha, levantaria a taça do Paulistão dali a 40 dias, em 24 de janeiro de 1954, após uma vitória por 3 a 1 sobre o Santos, em plena Vila Belmiro.

Ontem, passados 57 anos daquela histórica partida (e inesquecível, principalmente em Lins), as duas equipes voltaram a se enfrentar numa disputa de Paulistão, dessa vez no Morumbi. O jogo marcava a estreia do craque Rivaldo no time da capital, aos 38 anos e cercado de todas as expectativas e desconfianças. O São Paulo jogou mal, errou muito, levou (mais) um gol besta logo no início da segunda etapa e tudo levava a crer que desperdiçaria outros três pontos como mandante. Mas o veterano estreante resolveu mostrar serviço. E como!

Rivaldo chamou o jogo pra si, correu, bateu uma falta em que a bola quase entrou, chapelou bonito um adversário, driblou, deu passes e, para coroar sua atuação, marcou um senhor golaço. Claro que é pra lá de cedo pra dizer que ele vai resolver tudo ou, no mínimo, manter o mesmo nível. O Linense é fraco, o São Paulo continua com os mesmíssimos e velhos problemas de falta de marcação, de ausência de lateral direito, de lentidão na ligação com o ataque e da falta de um matador. Mas, pelo menos, agora, tem um camisa 10. Um Senhor Camisa 10.

Salve, Rivaldo! Vida longa nessa temporada!

sexta-feira, novembro 26, 2010

Bahia invade São Paulo

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Passados 24 dias da onda antinordestina nas redes sociais de internet brasileiras – e também fora delas – a capital paulista será palco de uma festa baiana. Ou melhor, do Bahia.

Em frente ao metrô Anhangabaú, recebi um panfleto da campanha Invasão Esquadrão de Aço, que convoca os torcedores desgarrados pela pauliceia desvairada a comparecer ao Morumbi neste sábado, 27, às 17h, para assistir o time de Márcio Araújo carimbar, diante do Bragantino, a passagem para a primeira divisão do Brasileirão.

A promessa é deixar o Morumbi mais ou menos assim

Em segundo lugar na Série B, com 65 pontos, a vaga está assegurada matematicamente para o ascenso, mas é a última partida da temporada. Adeus segundona! A promessa é de 30 mil pessoas com "alto astral" e jeito de "festa baiana", quiçá com trio elétrico e abadá – pena que ninguém mencionou acarajé e abará.

"Vamos possibilitar aos nossos torcedores que moram em São Paulo participar ativamente desta festa. Afinal, sempre que jogamos na capital paulista nossa torcida comparece para nos apoiar", convidou Marcelo Guimarães Filho, presidente do Bahia.

O evento acaba sendo incorporado às comemorações de 80 anos do clube, o que ocorre em 35 dias. Os ingressos variam de R$ 15 a R$ 80.

Também sobem Coritiba e Figueirense. A última vaga fica entre América-MG e Portuguesa – sendo que a Lusa precisa ganhar do Sport em Recife e torcer por tropeço dos mineiros contra a Ponte Preta em Campinas.

Mais:

Morumbi é ideal para parada gay, diz promotor

quarta-feira, novembro 24, 2010

Let it be

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Na lista de vexames da diretoria do São Paulo nos últimos anos, que incluiu o Roberto Justus entrando em campo com o time e o Gilberto Kassab recebendo uma camiseta personalizada, podemos agora listar mais um: segundo o diário Lance!, "durante o show de Paul McCartney no Morumbi, Juvenal Juvêncio recebeu em seu camarote o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o atual governador, Alberto Goldman". Aproveitando a nostalgia beatlemaníaca, os três patetas, digo, políticos, que fizeram um esforço "hercúleo" para manter o Morumbi na Copa de 2014, devem ter dito a Juvêncio: "o sonho acabou". E, com o estádio recebendo tais figuras em um camarote, virou pesadelo. Mas, como diria Sir McCartney, "deixa estar". Sua hora chegará, Juvenal. Pode apostar nisso.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Meninos, infelizmente, eu vi

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Dessa vez não teve pressentimento, eu tava mesmo era cansado de ficar em casa no sábado e, depois de três longos anos, resolvi voltar ao Morumbi, para assistir São Paulo e Goiás (sim, podem rir à vontade). E foi no 11º jogo do meu time que vi em um estádio - ou 12º, se contar o da Copinha - que presenciei a segunda derrota in loco. E que derrota! Não fosse o zagueiro Alex Silva, o único do time que sabia o quê, quando, onde, como e por quê, o São Paulo teria levado 6 ou 7 gols, fácil, fácil. (Fotos: Rubens Chiri/SPFC)

Para completar o vexame, eu fui ao estádio acompanhado das duas filhas, Letícia (17 anos) e Liz (8). Caía uma garoinha chata, mas não fazia muito frio e o público era surpreendente, cerca de 18,5 mil pagantes. Logo nos 10 primeiros minutos, Letícia observou: "Por que não tem ninguém do São Paulo aqui no lado direito? É estratégia? Eles treinaram isso?". Claro que não - e não demorou muito para que o (morto) Rodrigo Souto perdesse um lance bobo por ali, a bola fosse alçada na área, a defesa (defesa?) batesse cabeça e o Goiás fizesse 1 a 0.

Na saída de bola, Letícia repetiu: "Mas não tem ninguém, de novo, aqui do lado direito! Por que?". Não soube responder. E, pra não variar, os goianos pegaram outra bola por ali, em cima do zagueiro (zagueiro?) Samuel e, sem perdão, fizeram 2 a 0. Rogério Ceni já tinha desistido de gritar com a zaga (zaga?) e Alex Silva tinha ido por conta própria para a lateral direita, expulsando Rodrigo Souto para o meio. Mas a impressão era de que os dois tentavam evitar o naufrágio tirando água com xícaras.

Correndo de calça jeans - O São Paulo não tinha lado esquerdo (Carleto jogou?) e Casemiro e Jean não deviam ter entrado em campo. "Esse Casemiro parece que corre de calça jeans", comentou, com toda razão, um torcerdor à minha frente. E foi Jean quem fez uma bobagem na lateral direita (de novo!) que originou o terceiro gol, ainda no primeiro tempo. Nossa torcida estava atônita. O Goiás, que está na zona de rebaixamento e que havia perdido 13 de 24 jogos, estava colocando o São Paulo na roda e goleando com uma facilidade espantosa.

Perdeu outros dois ou três gols feitos e a cada minuto os atacantes saíam livres na cara de Rogério Ceni. Lá na frente, Lucas e Ricardo Oliveira haviam dado dois ou três toques na bola, não mais. Do meio pra trás, o São Paulo parecia um catado de moleques disputando pelada na rua, todo mundo trombando, errando passes de 1 metro e batendo cabeça geral. Coisa inacreditável. Bom, pra resumir, o São Paulo voltou para o segundo tempo tentando partir para o "abafa", com Cléber Santana no lugar do (infeliz e grosso pacas) Samuel e Dagoberto substituindo (o inexistente) Jorge Wagner.

'Vai, quero-quero!' - Melhorou alguma coisa. Dagoberto acertou um chute de fora da área, para defesaça de Harlei e, numa sequência de quatro escanteios seguidos, Alex Silva e Cleber Santana cabecearam para mais dois milagres absurdos do arqueiro alviverde. "Hoje, para o São Paulo fazer gol, só se for do quero-quero. Vai, quero-quero!", gritou um outro torcedor, incentivando as aves que passeavam pelo gramado. E foi só. O Goiás ainda perdeu umas duas chances de aumentar o placar, no contra-ataque, e, assim como o Inter-RS na semana retrasada, terminou tocando a bola de pé em pé e dando olé, em pleno Morumbi.

"Ah, eu fico muito nervosa vendo o São Paulo no estádio", comentou Letícia. "Com esse time aí, quem não fica?", concluí, amargamente. Liz, por sua vez, nem se manifestou, passou o tempo todo entretida com um joguinho no celular. Podem anotar: para mim, não vai ter próxima vez. E, para o São Paulo, não vai ter alívio por escapar do rebaixamento até a última rodada.

terça-feira, setembro 21, 2010

Sem Copa e devendo explicações

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No comentário de um post aqui do Futepoca eu já tinha falado sobre a recuperação de um documento de 1952, na Prefeitura de São Paulo, que revela as condições para a doação do terreno onde está o estádio do Morumbi: o São Paulo Futebol Clube deveria utilizar no máximo três quartos do terreno para suas atividades esportivas, e no restante, como contrapartida, teria que construir um parque infantil (com entrada franca) e um estacionamento com 25 mil metros quadrados. Nada foi cumprido e, pior, o local foi ocupado por um clube social particular que sempre gerou dividendos.

Nada disso viria à tona, depois de 58 anos, se o São Paulo não tivesse metido o Morumbi na disputa (fracassada) por um ou mais jogos da Copa de 2014. Quando a diretoria começou a cobrar mais empenho das esferas públicas para sua (frustrada) reivindicação, alguém desencavou esse documento para provar que, para o seu bem, o clube deveria era ficar de bico calado - pois não cumpriu seu compromisso com a Prefeitura de São Paulo. Agora é tarde. Leio hoje, na coluna "De prima", do jornal Lance!:

Contrapartida - O Ministério Público de São Paulo deu até 15 de outubro para o São Paulo se explicar sobre exigências não cumpridas no terreno do Morumbi. Segundo a Associação dos Moradores da Vila Inah, ao receber o terreno, o clube se obrigou a construir, em parte da área, um parque infantil com acesso livre ao público e um estacionamento.

E agora, Juvenal? Primeiro, arrumou briga com Corinthians e Palmeiras, que não mandam mais seus jogos no Morumbi, uma sensível perda de receita. Depois, inventou a dispendiosa e irreversível reforma do estádio, crente que ia abrigar um jogo da Copa de 2014, mas deu com os burros n'água. Agora, vai ter que explicar o inexplicável. Vamos bem, presidente, muito bem...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Rogério 20 anos, São Paulo 28 pontos

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Mais do que o alívio pela vitória, a partida de ontem no Morumbi valeu para marcar duas homenagens da diretoria do São Paulo, pela carreira de 20 anos no clube de Rogério Ceni e pelos 200 jogos de Jorge Wagner. Num elenco em que Washingtons, Léos Limas, Andres Luíses e companhia indesejada vêm e vão, são marcas que merecem destaque. No grupo tricolor, o segundo mais longevo é Richarlyson, com cinco anos e mais de 230 partidas - bem longe dos 925 jogos do goleiro capitão. Porém, faço uma ressalva aqui: dizem que ele tem 90 gols quando, na verdade, fez 92. É que a Fifa não computa dois gols de falta em partidas não-oficiais contra um combinado Santos-Flamengo, em 1998, e contra o time russo Uralan Elista, em 2000. Até aí, tudo bem, é um critério. Mas, se esses dois jogos estão incluídos no total de 925 completos ontem, torna-se um contrasenso. Ou retiram todos os jogos não-oficiais da soma e consideram 90 gols, ou os incluem e elevam a artilharia de Ceni para 92 tentos. De acordo?

Quanto ao São Paulo no Campeonato Brasileiro, mantenho minha opinião de que ainda é muito cedo para soltar fogos e dizer que o time vai brigar pela Libertadores ou que afastou completamente o fantasma do rebaixamento. Volto a dizer que os Atléticos de Goiás e de Minas estão na zona dos rebaixados, vivendo profundo momento de crise, e que o Flamengo caminha para a mesma situação, com o pior ataque do torneio e sem oferecer qualquer perigo para seus adversários. Por isso, é perigoso achar que vitórias sobre times tão combalidos e perdidos sejam "a volta do campeão". Os próximos compromissos do São Paulo são contra o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS, que segue no embalo total que pegou após o recesso para a Copa do Mundo e que não diminuiu nem um pouco após a conquista da Libertadores.

Só depois desses jogos mais difíceis, para emprestar uma expressão utilizada outro dia pelo camarada Nicolau (referindo-se ao Corinthians), é que nós vamos ver se o tricolor do Morumbi tem mesmo garrafa pra vender. Mas, que o Marcelinho é boleiro, isso é! Casemiro promete e ontem tivemos a estreia de outro garoto, Zé Vítor. Graças a Deus! O caminho é a molecada, coisa que o Santos mostrou há muito tempo.

terça-feira, julho 27, 2010

Veja especula sobre o Morumbi

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Na coluna Radar on Line de hoje, no site da Veja, Lauro Jarim questiona: "O que Lula quer com Juvenal?". "Hoje, no final do evento em que sancionou a lei que modificou o Estatuto do Torcedor, Lula chamou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, num canto e fez uma convocação ao pé do ouvido: - Juvenal, passa lá no meu gabinete para conversarmos ainda hoje", garante o colunista. E emenda: "Lula e Juvenal estão neste momento reunidos. O assunto é, naturalmente, o Morumbi e o imbróglio da abertura da Copa. Lula, como se sabe, apóia o Morumbi para sediar o jogo de abertura, algo que a FIFA e Ricardo Teixeira dizem que está fora de cogitação". Para encerrar, Jardim deixa as seguintes questões no ar: "Mas o que será que Lula quer dizer a Juvenal? Que vai peitar a FIFA e Teixeira? Ou teria ele uma solução para a encrenca?". Querem a minha opinião? Lula com Juvenal Juvêncio só pode ser encontro pra tomar pinga, com certeza! E o que a cachaça não remedia, remediado está.

quarta-feira, julho 21, 2010

Sem discutir sede para Copa, governo de SP e CBF mantém indefinição

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Uma reunião entre o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira terminou nesta quarta-feira, 21, sem definição. Depois do veto da Fifa ao Cícero Pompeu de Toledo, muito se falou e nada se decidiu.

A polêmica do estádio paulistano para a abertura do Mundial de Futebol em 2014 passa por um projeto desconsiderado pela Fifa, planos de se construir um substituto em Pirituba (zona oeste) nas proximidades de área interditada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e muito palpite.

Foram três horas de reunião e nada."Nas próximas semanas, conseguiremos uma solução para que isso ocorra, como é do desejo do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa (Federação Internacional de Futebol), do governador e do prefeito de São Paulo", prometeu Teixeira.

A coletiva para os jornalistas presentes durou cinco minutos. Tudo porque as três alternativas existentes (o Piritubão multiuso de R$ 1 bilhão, o novo Estádio Municipal do Pacaembu e a adequação do Morumbi) até o momento sequer foram discutidas. Isso dá brecha para avaliar que outras opções podem pintar.

Quem sabe assim ganha novamente esperança a proposta Canindé 2014? O Doutor Osvaldo Teixeira Duarte chegou a ganhar um site e uma conta no Twitter, mas tudo foi abandonado. O site, que se resumia à imagem ao lado, sequer está no ar. A proposta de criar um Saramagão, homenagem ao escritor lusitano morto em junho, também dificuldades maiores até do que as opções existentes.

Humanidade
Kassab, na saída, estranhou o interesse da imprensa no tema. Na Sala dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes, tentou relativizar a importância do tema. "Eu nunca vi nada igual aqui. Será que é o futuro da humanidade que estamos decidindo aqui?"

Claro que não. Era muito mais importante.

Resta descobrir o que será que se conversou durante as três horas de reunião. O corintiano Goldman pode ter tirado sarro do são-paulino Kassab. Ou tentado fazer Teixeira desistir de Mano Menezes...

segunda-feira, julho 19, 2010

Lula: 'Não consigo imaginar Copa sem São Paulo'

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Agora o "hómi" entrou na briga de vez: durante assinatura de medida provisória que flexibiliza o limite de endividamento das cidades que irão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o presidente Lula disse que vai intervir no impasse sobre o estádio que irá abrigar os jogos da Copa em São Paulo. "Eu, sinceramente, não consigo imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem ter São Paulo como um dos cantinhos em que os atletas vão jogar bola", afirmou o mang..., digo, o nosso presidente. "Estou disposto a entrar nessa conversa, acho que o governador já deveria ter chamado todos os envolvidos para conversar, para encontrar uma solução e não ficar brigando pela imprensa, porque o tempo urge", acrescentou, numa alfinetada explícita ao governador (?) paulista Alberto Goldman (PSDB). Mas, de novidade, mesmo, só a informação de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, vai se reunir na próxima quinta-feira, 22, com representantes da CBF, do São Paulo Futebol Clube e das outras partes envolvidas no imbroglio para conversar sobre a escolha do estádio. Será que o Morumbi ainda tem alguma chance?

quarta-feira, maio 05, 2010

Sem futuro

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Não tenho medo de confessar, para qualquer sãopaulino que me leia, que torci contra meu próprio time na decisão por pênaltis ontem à noite, no Morumbi. Já que é pra passar vexame, que fosse logo contra o Universitário do Peru, em vez de prolongar essa agonia que, com toda a certeza do mundo, resultará em mais uma (e muito justa) eliminação na Copa Libertadores. O São Paulo simplesmente não merece prosseguir, ou melhor, não merece nem estar disputando a competição sulamericana. Digo isso com todas as letras, sem medo dos que (com todo o direito) queiram discordar: esse timinho é o pior e o que dá mais medo e desânimo de assistir desde o desastre de 1990, com Pablo Forlán.

Rogério Ceni segue falhando, embora tenha saído como herói pelas duas cobranças defendidas (foto - Rubens Chiri/SPFC). Alex Silva é violento e estabanado e Miranda ora vai bem, ora dá chutão pra trás. Cicinho é irregular e não marca e Júnior César consegue ser pior. Para substituí-los, os inócuos e improvisados Jean e Jorge Wagner só batem cabeça. Rodrigo Souto não chega aos pés do Arouca por quem foi trocado, Hernanes comprova a cada jogo que não é craque e nem aparece quando precisa, Marlos tenta resolver sozinho e se perde, Jorge Wagner no meio não sabe pra onde vai e a linha de ataque, bem, a linha de ataque simplesmente não faz um gol sequer há três partidas. Precisa dizer mais alguma coisa? Dagoberto, Fernandinho e Washington são o "trio parada dura"...de assistir!

Não tem futuro. Nem o time e nem o técnico Ricardo Gomes. O fato de o São Paulo ter chegado às quartas-de-final só comprova a decadência contínua do nível da Libertadores. O Cruzeiro deve confirmar a vaga hoje, no Uruguai, e literalmente passear contra o São Paulo, assim como fez o Santos nas semifinais do Paulistão. Nós, são paulinos, temos que nos conformar com os seguidos vexames este ano. Se não mudar nada no time e no comando, o Brasileirão será outro show de horrores. E nos restará a sofrível Copa do Brasil em 2011.

segunda-feira, março 15, 2010

Muito feio

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Outro dia eu comentei que o futebol do São Paulo tá feio. Pois conseguiu piorar. A vitória na bacia das almas, aos 47 do segundo tempo, mais por mérito da precisão de Hernanes do que pelo oportunismo de Andre Luís (foto), que apareceu para cabecear, não salva a pele do time. O Tricolor jogou bola apenas nos 11 minutos iniciais da partida e nos dez finais, no segundo tempo. Entre um período e outro, desistiu do jogo. E ninguém explica o motivo. Pra mim, o 2 a 1 foi injusto.

Bruno Quaresma, no Lance!, começa seu texto com uma observação que justifica o meu desânimo (e o de todos os sãopaulinos): "Um time na zona de rebaixamento, com o pior ataque da competição e com salários atrasados. Este era o Rio Branco, adversário do São Paulo ontem no Morumbi". Perfeito. Não é menosprezar o time de Americana, é apenas radiografar a situação: um time quase rebaixado, com pendências financeiras, jogando fora, contra o 3º colocado da competição. Contra o São Paulo Futebol Clube.

Contra um time que fez 11 contratações, segurou Hernanes e Miranda, reforçou a zaga, o meio, as laterais e o ataque. E não consegue convencer, nem quando ganha. O que acontece? O que aconteceu com esse time? Muitos culpam Ricardo Gomes, mas o São Paulo do Brasileirão do ano passado não "apagava" desse jeito. Foi até bem, com chance de ser campeão na reta final. Já esse time que tá aí, eu não aposto um tostão nem que vá chegar ao mata-mata. E se chegar, perde. Libertadores da América, então, nem se fale...

Tá feio demais. Muito, muito feio.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Algum alento

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A vitória do São Paulo por 2 a 0 contra o esforçado Monterrey ontem, no Morumbi, em sua estreia na Copa Libertadores de 2010, não diz muita coisa. Além do time continuar jogando de forma modorrenta, previsível e sem um pingo de ofensividade ou criatividade, o adversário poupou cinco titulares para o clássico do próximo final de semana contra o Tigres, pelo Campeonato Mexicano. Os dois alentos foram Washington, que voltou a marcar jogando onde deve, dentro da área, e a surpreendente reestreia de Cicinho (foto - Miguel Schincariol/SPFC), que havia desembarcado da Europa pela manhã e treinado rapidamente à tarde. Demonstrando muita vontade, foi para o jogo.

Ainda é cedo para falar sobre suas condições e se vai voltar a atuar em grande estilo, como há cinco anos, mas fica nítido que o São Paulo precisava de um jogador com esse perfil. Numa de suas primeiras participações, jogou uma bola para escanteio e vibrou batendo no peito, sendo cumprimentado pelo Rogério Ceni. Faltava esse tipo de vibração no time, que o elenco de 2005 tinha de sobra. Cicinho, Lugano e Amoroso vibravam até quando chutavam a bola para a lateral. Talvez o repatriado consiga contagiar os apáticos zagueiros, volantes, meias e atacantes da equipe atual. Talvez.

De qualquer forma, a vinda de um lateral-direito de ofício, na condição que for, sempre é melhor do que não ter ninguém. Jorge Wagner correu bem pela esquerda ontem. Talvez dê liga. Talvez. Mas que a zaga dá medo, isso dá...

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festa portuguesa no sábado e no domingo

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Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!

quinta-feira, outubro 08, 2009

É campeão! É campeão!

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Calma, palmeirenses! Ninguém ganhou nada (ainda)! O título do post refere-se ao hino do glorioso Clube Atlético Taquaritinga (CAT), citado este ano pelo não menos glorioso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Talvez por isso (ou não), decidiram homenagear o Leão da Alta Araraquarense, pintando seu distintivo em um dos setores do estádio Morumbi. Os amigos Chico Rodrigues(corintiano) e Zé Luís Mirabelli (sãopaulino), taquaritinguenses como eu, estiveram ontem no camarote vip da Motorola e se surpreenderam com a modesta homenagem - algo mais interessante que o horrendo empate do time da casa com o Coritiba, por 2 a 2. Abaixo, Chico aponta a prova do crime.


Ah, e como bom corintiano, Chico atenta para a capa da revista que distribuíram para os sãopaulinos, algo, para ele, no mínimo suspeito:

terça-feira, junho 23, 2009

“Bambis sem o Panetone”

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Quem me enviou foi o camarada Iatã Lessa. Absolutamente impagável, impressionante como está bem feito. Até os são-paulinos vão rir, tenho certeza.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

E o técnico adversário era Nelsinho Baptista...

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Outro dia abri um livro dos tempos de adolescência e, como marcador de página, estava o canhoto do ingresso da primeira partida que assisti no Morumbi. Hoje faz exatamente 22 anos que isso aconteceu: em 4 de fevereiro de 1987, meu pai me levou ao estádio para assistir a vitória do São Paulo por 3 a 0 sobre a Internacional de Limeira, na segunda partida decisiva das oitavas-de-final do Campeonato Brasileiro de 1986. Vencemos com um gol do Careca e dois do Silas (foto). Que timaço! O técnico do Tricolor era Pepe, que havia levado a mesma Internacional de Limeira, no ano anterior, a ser o primeiro clube do interior a conquistar o Campeonato Paulista, numa decisão contra o Palmeiras. E Pepe venceria o Brasileirão com o São Paulo, derrotando o Guarani na emocionante final. Nesse jogo que presenciei no Morumbi, vejam só, o técnico da Inter de Limeira era ninguém menos que Nelsinho Baptista...

Mas aquela quarta-feira ficará marcada não só pela partida do São Paulo. Eu tinha 13 anos e não conhecia a capital, de onde havia saído aos três anos e posto os pés, pela última vez, aos sete. Meu pai estava reunindo a documentação para a aposentadoria e, nos tempos pré-internet, isso tinha que ser feito diretamente nas empresas (pois a carteira de trabalho dele havia sido roubada). Pra mim, capiau de Taquaritinga, tudo era novidade: foi a primeira vez que vi uma Pepsi na vida e também uma loja do McDonald's, onde meu pai teve a sabedoria de não me levar. Conheci o centrão de São Paulo, os camelôs, o trânsito infernal. Comprei dois discos dos Beatles que não fazia a menor ideia de que existiam. Quando bateu o cansaço, meu pai me levou ao metrô para dormir em várias viagens de uma estação final à outra da linha azul. No final da tarde, pegamos um ônibus que levou mais de uma hora até chegar ao estádio. Aquele jogo atraiu um público pagante de 34 mil pessoas. Infelizmente, só pudemos assitir o primeiro tempo (e o primeiro gol, acho), pois tínhamos que pegar o último ônibus no Terminal Tietê. Mas não me esqueço daquela aventura - e está aqui o post para comprovar.

terça-feira, novembro 04, 2008

PQFMTMNETA 1 - Santos, Bragantino e a drenagem do Morumbi (2007)

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No meu blog pessoal, o Mais ou menas, eu mantinha, tempos atrás, uma série chamada Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim. A idéia era discutir episódios do chamado passado recente, que geraram repercussão em sua época e depois caíram no pleno esquecimento.

Agora trago essa série ao Futepoca. Apresentarei assuntos ocorridos há, no máximo, cinco anos e que sumiram em definitivo da memória coletiva - mas, que em sua época de acontecimento, despertaram paixões e geraram polêmicas respeitáveis.

Não falarei, por exemplo, da anulação dos jogos do Brasileirão de 2005, ou do fracasso da seleção na Copa de 2006. Esses são assuntos que ainda aparecem nas discussões por aí. A idéia é meio que tirar temas do fundo do baú.

Isto posto, vamos à primeira edição de...

Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim - Santos, Bragantino e a drenagem do Morumbi (2007)

A rivalidade entre São Paulo e Santos esteve em alta nos últimos anos. Por questões puramente esportivas, como a eliminação do favorito Tricolor no Brasileiro de 2002, e também por assuntos extra-campo, como as acirradas disputas pelas contratações de Zé Roberto, Tcheco (!) e Lenílson (!!).

Nos primeiros meses de 2007, essa contenda ganhou novos capítulos com a definição das semifinais do Paulistão. Santos e São Paulo, respectivamente primeiro e segundo colocados na fase inicial do Estadual, apareciam como os principais favoritos para a disputa do título do certame. E muito antes de se confirmarem como finalistas do Campeonato já travavam uma verdadeira guerra nos bastidores - onde seriam jogados os clássicos san-são que decidiriam o título?

O Santos requisitava a Vila Belmiro, seu alçapão, e apresentava como justificativa o fato de ter tido a melhor campanha na fase primeira do Paulista. Já o São Paulo dizia que o Morumbi era o estádio mais seguro do estado e o único em condições de receber uma final de grande porte. A FPF, por sua vez, mantinha-se em cima do muro com um impreciso regulamento que dizia que as finais teriam "mando de campo da Federação". Pois é.

O "detalhe" é que todos se esqueciam que Santos e São Paulo ainda teriam que superar Bragantino e São Caetano, respectivamente, para chegar à final do torneio. Coisa que o Tricolor não conseguiu - com um incontestável 4x1, o Azulão, comandado pelo hoje corintiano Douglas, despachou o São Paulo em pleno Morumbi e garantiu-se na final do campeonato.

Era a vez do Santos fazer a sua parte. Peixe e Bragantino se enfrentaram em 22 de abril de 2007, pelo segundo jogo das semifinais do Paulista, no Morumbi. Na primeira partida, 0x0, o que decretava que um novo empate seria o suficiente para o elenco comandado por Vanderlei Luxemburgo. O Santos tinha um ótimo meio-campo, em que se destacavam Zé Roberto e Cléber Santana, e discutia se jogaria pelo resultado ou se faria jus ao renomado elenco e atropelaria o Bragantino.

Mas o futebol acabou ficando em segundo plano. A capital paulista foi castigada, naquele domingo, por uma chuva agressiva que deixou o Morumbi em condições impraticáveis. Nunca, ao menos na minha pequena memória, o gramado do estádio são-paulino esteve tão ruim em um jogo.

E aí começaram as acusações. Os santistas diziam que o São Paulo havia desligado a drenagem do estádio, para dificultar a vida do Peixe; já os tricolores diziam que a drenagem era automática e rebatiam afirmando que o Santos não cuidara bem do Morumbi. Um episódio nos camarotes envolvendo o presidente Marcelo Teixeira só fez aumentar a ira dos praianos.

No fim das contas, o Santos repetiu o 0x0 com o Bragantino e foi a final do estadual. Semanas depois, acabaria superando o São Caetano (também fazendo uso da vantagem do empate) para ser bi-campeão paulista, no mesmo Morumbi que anteriormente amaldiçoara.

E, de lá pra cá, o gramado do Cícero Pompeu de Toledo nunca mais apresentou condições tão péssimas quanto naquele 22 de abril de 2007.

Foto: Sports Magazine

sexta-feira, agosto 08, 2008

O encontro de Lula com a elite no Morumbi

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O livro Sem medo de ser feliz (Scritta Oficina Editorial) é imperdível pra quem quer lembrar ou conhecer o que foi a campanha presidencial de Lula em 1989, talvez a mais emocionante da história política recente. Além de imagens fantásticas, o livro traz um depoimento do então assessor de imprensa de Lula, Ricardo Kotscho, e uma entrevista com o candidato derrotado feita em fevereiro de 1990.

Quando questionado a respeito de qual teria sido o pior momento de toda a campanha, lia e esperava que a resposta do do petista fosse relativa ao depoimento pago de Miriam Cordeiro, sua ex-namorada, que patrocinou um sujo episódio no programa eleitoral de Fernando Collor. Mas, para minha surpresa, o pior momento de Lula aconteceu em um estádio de futebol.

Na véspera da votação do segundo turno, havia a final do Brasileiro entre São Paulo e Vasco, no Morumbi. Kotscho sugeriu a Lula que fosse assistir à final in loco, para aproveitar a cobertura da mídia e tentar desfazer o clima de terrorismo patrocinado pelo adversário, cujos correligionários espalhavam os piores boatos possíveis sobre o PT e seu candidato. As “acusações” iam desde futuros fechamentos de igrejas evangélicas que seriam realizados pelo barbudo até a atribuição de culpa ao partido pelo seqüestro de Abílio Diniz.

“Estávamos num dia tranquilo, eu tinha uma coletiva no sindicato, fomos tomar cerveja com os aposentados, num clima muito festivo. Aí seguimos para o Morumbi. Ah, minha gente, foi a coisa mais degradante que aconteceu na minha vida!”, contou Lula.
Kotscho descreve assim o momento:

Acontece que as cabines de rádio e TV ficam nas cadeiras cativas do Morumbi, o covil do que há de mais reacionário no país. Nem deu para ouvir a torcida do Vasco e parte da torcida do São Paulo cantando o “Sem medo de ser feliz” nas arquibancadas quando souberam da sua presença no estádio. Aos urros, histéricos, os elegantes senhores da mais fina sociedade paulistana reagiram como animais diante da passagem de Lula, dando uma idéia do que seriam capazes de fazer em caso de vitória da Frente Brasil Popular. Chegaram até a cantar o Hino Nacional, junto com as palavras de ordem de Collor, mas só com algumas estrofes, já que esqueceram a letra, e voltaram a gritar palavrões com todos os preconceitos de classe imagináveis. (...)
Devido ao horário, as cenas de collorismo explícito do Morumbi tiveram quase repercussão nenhuma na imprensa, mas calaram fundo na já abalada alma do candidato, habituado a ser aclamado e não vaiado por onde passara nos últimos dias, semanas e meses.


Curiosamente, quando perguntado sobre o melhor momento daquela campanha, Lula responde: “Eu me lembro especialmente do dia em que aquele povo todo começou a cantar no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. Foi a primeira vez que cantaram “olê, olê, olê, olá...” Foi um negócio fantástico”. O canto era uma adaptação de um grito usual da torcida do Flamengo à época. Ali, o futebol jogou a seu favor.

Em tempo: no segundo turno, Lula teve no estado do Rio de Janeiro 63,79% dos votos contra 23,69% de Collor, a maior diferença conquistada a favor de um dos dois candidatos naquela eleição. Já em São Paulo, Collor teve 50,11% dos votos contra 36,43% do petista. Os senhores do Morumbi riram à toa.

terça-feira, maio 13, 2008

Bar: a solução que o Brasil precisa!

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O São Paulo apresentou ontem o projeto para a construção de um bar temático dentro do Morumbi, em parceria com a multinacional britânica Compass Group PLC, que detém as ações do GRSA (Grupo de Soluções em Alimentação). O estabelecimento, batizado de "Santo Paulo", seguirá a linha da loja de artigos esportivos da Reebok, que já funciona no chamado Morumbi Concept Hall (impossível frescura mais fresca!), com promoção do clube e de sua marca. Orçado em R$ 1,9 milhão, o bar terá 900 metros quadrados e capacidade para 350 pessoas. Com inauguração prevista para a segunda quinzena de julho, o São Paulo espera atrair torcedores para o estádio em dias sem jogos. Isso porque, como nem tudo é perfeito neste mundo, o bar obedecerá a (ridícula, odiosa, inútil e estapafúrdia) proibição da venda de bebida alcoólica durante as partidas. Mas bar sempre é bar. Tomara que a iniciativa se prolifere pelos estádios do País.