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De Muricy Ramalho, ontem, em entrevista coletiva, ao dissertar sobre para qual time ele preferia que Neymar fosse, caso o atleta saísse do Santos:
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Ivan Storti / Santosfc.com.br |
O Galo terminou o primeiro turno da Libertadores com 9 pontos em 9 jogados. Não é uma campanha perfeita por uns gols bobos tomados e porque o time ainda tem muito a evoluir para pensar em ganhar alguma coisa este ano. O jogo de ontem contra o Strongest foi sofrido, com o primeiro tempo terminando com apenas uma chance claríssima de gol para o Galo, num passe perfeito de costas de Ronaldinho para Jô, que o goleiro defendeu .
Os bolivianos também poderiam ter marcado em contra-ataque, mas a qualidade de conclusão de seus atacantes é bem inferior. Embora o time seja bem armado e marque muito. Galo e São Paulo vão sofrer na altitude de 3.660 metros de La Paz. Empate não seria mau resultado lá.
Já no segundo tempo o Galo teve mais espaço e jogou melhor, Bernard, mesmo mal na partida por ter perdido 3 kg na semana por conta de uma amigdalite, concluiu bem, tirou do goleiro e a bola bateu na trave. Tardelli fez gol anulado pela marcação de um impedimento discutível, e, para variar, Ronaldinho decidiu. Cruzou para Jô marcar e deu passe perfeito (olhando para o outro lado) para Marcos Rocha sofrer pênalti. Na hora de bater, mesmo tendo perdido as três últimas cobranças, pegou a bola e fez o gol. Comprovando o que dissera durante a semana, que sua confiança estava em 1000%.
E essa é a diferença do Galo para times como o São Paulo, tem bons jogadores como Marcos Rocha, Bernard, Tardelli e Jô, mas na hora que a coisa aperta Ronaldinho resolve, principalmente com passes e assistências. Foi assim nas três partidas da Libertadores até agora. No segundo turno será mais difícil, pois os times já viram como o Atlético joga, mas a classificação deve acontecer sem grandes sobressaltos. Se possível com a melhor campanha para pegar um adversário teoricamente mais fraco nas oitavas de final.
Brasileiros favoritos, argentinos naufragam – Um dos dados mais impressionantes desta primeira fase da Libertadores é a baixa performance dos times argentinos. Dos cinco que disputam, hoje apenas o Vélez Sarsfield se classificaria, com o primeiro lugar no grupo 5, com 6 pontos, mesmo número que Peñarol e Emelec. Se terminasse agora, seriam 5 dos 6 brasileiros classificados e apenas 1 dos 5 argentinos nas oitavas-de-final. O brasileiro fora seria o Palmeiras, que está em terceiro no grupo 2, com apenas 3 pontos em 3 jogos. Ainda é possível que argentinos e o time alviverde reajam, mas essa não é a lógica...
A canção popular reflete e respalda valores sociais de todas as naturezas. Assim acontece com questões de gênero. Em tempos de MC Katra, de sertanejos universitários que, se te pegam, ai, delícia, é curioso fazer um mergulho histórico na música brasileira e encontrar peças de um sexismo medieval estampado em cores vivas.
Diversas listas já foram feitas. A História Sexual da MPB virou até livro - e vai muito além desse aspecto, mas as questões de gênero são complicadas no universo musical desde antes do tempo do Estado Novo.
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, um ano depois da polêmica sobre a lei antibaixaria na Bahia que pretendia proibir exibições públicas custeadas com dinheiro público que incluam músicas machistas, separamos algumas das acusadas, com ou sem razão, de propalarem ideias machistas.
Machismos escondidos em cenas de ciúmes e arroubos de possessividade masculina ficaram para outro post. Nas selecionadas, seja por retratar, seja por difundir esse tipo de concepção (em geral, o ouvinte é quem "decide" em qual das hipóteses enquadrar), elas são clássicas. Mas talvez não possam ser executadas em qualquer show na terra de Jacques Wagner e ACM Neto...
Gol anulado
"Gol Anulado", de João Bosco e Aldir Blanc começa com uma cena que, hoje, poderia ser enquadrada na Lei Maria da Penha. "Quando você gritou 'Mengo', no segundo gol do Zico tirei sem pensar o cinto e bati até cansar". A confissão sem remorso da agressão é seguida de uma explicação que, longe de querer excusar a violência, só tenta explicar as razões para tanta decepção. "Dois anos vivendo juntos, e sempre disse contente: 'Minha preta é uma rainha, porque não tem o batente. Se garante na cozinha e ainda é Vasco doente'". Além de não poder trabalhar, a mulher teria de se anular até na preferência clubística... Cantada por Elis Regina a história soa toda outra. Mas a cena de violência é a mesma.
Na subida do morro
Agressão também é descrita, em condição ainda mais inusitada, em "Na subida do morro", de Moreira da Silva. Nesse percurso, "me contaram que você bateu na minha nega, e isto não é direito: bater em uma mulher que não é sua". Strito sensu, se agredir uma mulher é crime, bater em uma "mulher que não é sua" certo não é. Mas a composição faz graça ao deixar no ar que tapas e sopapos na própria senhora seriam outro departamento. O malandro admite uma biografia cheia de malícia, sai para tirar a satisfação com o "amigo" que "deixou a nega quase nua". Por tudo isso, fica na lista.
Ai Que Saudades da Amélia
No Dicionário Aurélio, Amélia se tornou sinônimo de "mulher que aceita toda sorte de privações e vexames sem reclamar, por amor a seu homem". No Houaiss, "mulher amorosa, passiva e serviçal".
Considerando-se que "Adeus Amélia" é nome de bloco de pré-carnaval em São Paulo, está claro que "Ai Que Saudades da Amélia", de Mário Lago e Ataulfo Alves, não poderia figurar fora desta lista. Aquela que não tinha a menor vaidade, que passava fome ao meu lado e achava bonito não ter o que comer; que, ao contrário da atual parceira e interlocutora, não tinha saltada a veia consumista nem cobrava mundos e fundos do pobre rapaz...
A questão poderia dar-se por consagrada por maioria de votos, mas segundo uma singela e curiosa nota de 2001, a homenageada era Amélia dos Santos Ferreira, lavadeira de Almeidinha, irmão de Araci de Almeida. Consta que tinha dotes de cozinheira, arrumadeira e outras que tais, tudo sem achar ruim, e ganhando pouco. "Na brincadeira na roda de amigos do Café Ópera, no centro do Rio, vaticinou-se: tão perfeita, não poderia ser de verdade", segundo outra nota. Da empregada ultraexplorada para a desfeita com a namorada (ou esposa) foi liberalidade dos compositores.
Anos depois, Mario Lago disse que "todos nós somos Amélia ou Amélio", especialmente "quando se está apaixonado, sendo homem ou mulher, se aceita tudo, não se faz exigência". Mas a fama foi toda para a conta do machismo.
Emília
De Wilson Batista e Haroldo Lobo, "Emília" é muito mais subserviente do que Amélia, mas passou ao largo de virar adjetivo no dicionário. Sem poder viver sem a moça que lhe preparava café todo dia e era prendada nos afazeres do lar, escapava a informação de que ela já não estava mais lá, porque a letra diz que sem Emília "já não posso mais".
Mas, ao pedirem, em 1940, a Papai do Céu "uma mulher que saiba lavar e cozinhar, que de manhã cedo me acorde na hora de trabalhar", talvez não imaginassem que ganhariam resposta, bem menos popular e conhecida. "Loucas pela boemia", de Bide e Marçal, do ano seguinte, saiu-se com "Emília diz que não é mais a mesma" e que "Emília enlouqueceu", porque "diz que vai viver sambando" e "saiu gritando: quem não pode mais sou eu".
Mulheres de Atenas
Provavelmente a mais injustamente acusada de machismo é um líbelo feminista. De Chico Buarque, o rei do eu-lírico feminino, e Augusto Boal - criador do Teatro do Oprimido -, Mulheres de Atenas data de 1976, como trilha sonora de peça homônima para o teatro. Consta que o próprio Chico Buarque, em uma entrevista à TV Cultura, teve de explicar a ironia: "Eu disse: mirem-se no exemplo daquelas mulheres que vocês vão ver o que vai dar. A coisa é exatamente ao contrário". (Venhamos e convenhamos que a camisa florida e aberta da gravação de 1976, abaixo, não ajuda a demover a ideia...)
Com açúcar, com afeto
Já que Chico Buarque foi para o alvo, outra acusada com frequência é "Com açúcar, com afeto", composta a pedido de Nara Leão. Segundo o compositor, a intérprete pediu uma "música sobre uma mulher daquelas, daquelas que esperam". Recebeu nos conformes. Uma das cenas descritas até coincide com a canção listada anteriormente. O mau-caráter enrola a esposa dizendo que tem que trabalhar duro, para no bar, canta samba, passa a tarde olhando rabos de saia, fala de futebol e chega em casa naquele estado:
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coraçãoE ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratadoAinda quis me aborrecer? Qual o quê!
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Foto via Twitter da Cynara Menezes |
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Voltei |
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Cheguei |
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Gum?!? Ogum nos acuda! |
Enfim, o Cariocão começou! E já na “primeira rodada” o “Brocador” Hernane e o “Beijador” Fred deram adeus ao 1º turno. As semifinais foram, de fato, jogos muito bons, onde os favoritos perderam. No sábado, Vasco e Fluminense fizeram um duelo eletrizante, sobretudo no 2º tempo. O Vasco saiu na frente do marcador, o Fluminense virou e, em seguida, o Vasco “revirou”. No final, 3 x 2 para o time da colina. O jogo serviu para demonstrar o quão frágil é a defesa Tricolor. Os mesmos jogadores que, no Brasilerão do ano passado, sofreram apenas 33 gols em 38 partidas, este ano já levaram 15 em apenas 12 jogos. Lembro que, após o término do Nacional, quando não foi eleito para a seleção do campeonato, o Gum (não confundir com Ogum) disparou: "Para mim, fui o melhor da posição. Em jogos decisivos me comportei bem e fui importante. Se algumas pessoas votaram em outros jogadores, não posso fazer nada". Bem, agora sabemos por que ele não foi escolhido... Para os torcedores iniciados, bola na área do Flu é um “Ogum nos acuda”. Apesar do discurso contrário da comissão técnica e dos jogadores, o Flu está interessado mesmo é na Libertadores. De qualquer forma, há uma coincidência que carece de investigação: todas as vezes em que o Barcelona perde, o Fluminense também perde, e vice-versa...
"Altinho" do Vasco O Vasco de Bernardo jogou acima da (sua) média e não sentou na vantagem do empate. Até porque, se tivesse sentado, o Carlos Alberto teria jogado seus 85 kg sobre seu mais novo “pupilo”. Mesmo tendo sido inferior ao adversário na maioria do tempo, encontrou a mina de ouro Tricolor e garantiu a vitória explorando esta jazida. Levantou bolas na área do Fluminense, o que é praticamente certeza de gol. A torcida certamente experimentou momentos nostálgicos após o gol do homônimo, porém “altinho”, Romário, que marcou em seu 1º lance na partida. Lembrou épocas nas quais o Vasco não era um azarão. A equipe enfrentará o Botafogo na final da Taça Guanabara, com a vantagem do empate. O alvinegro venceu por 2 x 0, na outra semifinal, o Flamengo - que, aliás, parece enfim ter voltado ao normal. O time jogou como um bando. Desorganizado taticamente, seus jogadores não repetiram as atuações dos últimos jogos. O “Brocador”, assim como nas últimas partidas, quase não apareceu, a não ser no lance em que perdeu o gol duas vezes na mesma jogada. Já Rafinha parece ter amarelado e sentido o peso de um jogo decisivo. Outro que nada fez foi o leiloeiro Carlos Eduardo, que recebe salário de estrela mesmo apresentando um futebol medíocre e ainda não tendo feito nada de relevante nos clubes pelos quais passou. E ainda usou a camisa 10 do Flamengo justo no dia do aniversário de 60 anos do maior ídolo do clube... Que Zico! Quer dizer, que Mico! (com M maiúsculo, mesmo!)
Felipe entregou o ouro ao Botafogo O Botafogo mostrou logo com um minuto de jogo que desta vez não queria saber de "chororô". O limitado lateral esquerdo Julio Cesar fez boa jogada e marcou um bonito gol. A partir daí, marcou bem e passou a sair em contra-ataques perigosos, parando quase sempre nas mãos de Felipe - que entregou o ouro quando, no desespero, foi para a área alvinegra tentar um gol de cabeça nos acréscimos. Acabou sendo surpreendido pela rápida e precisa reposição de bola do goleiro Jéfferson, que armou o contra-ataque que originou o gol do ensaboado Vitinho, promessa botafoguense que entrou aos 29' do segundo para bagunçar ainda mais a já desorganizada defesa do Fla. O garoto não se intimidou e, antes de marcar, já havia perdido dois gols e deixado Léo Moura & Cia na saudade inúmeras vezes. Bom jogador, seria um excelente reserva para o Wellington Nem...
A final da Taça Guanabara será no próximo domingo. E o Vasco promete não perder a oportunidade de garantir mais um vice campeonato, mesmo se o Botafogo fizer força para repetir o "chororô". Antes, na quarta-feira, tem Libertadores. Mas só para quem fez o dever de casa no ano passado!Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.
Percorrendo a Zona Leste de São Paulo de metrô, logo após o clássico entre Santos e Corinthians, vejo um rapaz com a camisa do alvinegro de Parque São Jorge, mas com o cabelo idêntico ao do Neymar. No banco ao lado, um menininho de uns 8 anos, com o mesmo penteado, cochila. Ao chegar na estação Pedro II, o rapaz acorda o menino:
- Levanta, Tévez!
(E depois o Neymar é que é chamado de "cai-cai"...)
Sem muito a acrescentar na análise do santista Glauco sobre o clássico deste domingo, abro com uma piada:
Era numa cidadezinha no interior de Minas, pros lados em que se faz cachaça da boa. O povo estava animado com a partida entre as seleções mineira e paulista, encontros que tinham boa fama naquelas priscas eras. Teriam lá um representante, o Nicodemo, lateral-esquerdo reserva do selecionado das Alterosas. Havia também uma preocupação: naquele tempo, numa cidade daquelas, rádio não havia. Bom, tinha um, na bodega do Armando, mas estava quebrado. Comunicação, só pelo telégrafo. Para não passar uma semana esperando, Dona Cotinha, mãe do Nicodemo, encheu o filho até ele concordar em correr logo depois do jogo para telegrafar o resultado.
O herói da cidade partiu uns dias antes para o jogo, sob aplausos. Chegado o dia da peleja, a tensão era enorme. Todo mundo fingiu o dia todo que trabalhou, mas ninguém resolveu nada. Com o jogo marcado para as quatro, lá pelas seis da tarde começaram as reclamações. "E o Nicodemo?" "Tá enrolando a gente!" e coisa e tal.
Levou mais umas duas horas pro cabra enviar a mensagem, curta e grossa como cabia ao meio da época:
"Joguemo. Não perdemo nem ganhemo: empatemo.
Ass.: Nicodemo"
Pois é
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Renato Augusto deitou e rolou em cima de Galhardo |
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Belo lance... (Divulgação/SantosFC) |
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Fácil, fácil... |
Assim como Pôncio Pilatos, o ex-Bento XVI lavou as mãos e deixou para o seu sucessor o abacaxi de lidar com os escândalos sexuais e financeiros da igreja católica, entre outros assuntos embaroçosos (que ele definiu, simploriamente, como "tempos difíceis"). Hoje, ao passar por uma banca e ver a foto do ex-Bento na capa de um tabloide popularesco, sob a irônica manchete "Vá com Deus", me lembrei, sem querer, de uma historinha que ouvi lá em Fortaleza, no Ceará.
Num bairro central, uma solteirona de seus 50 anos vivia sozinha num apartamento térreo. Sempre de portas e janelas abertas, ela gostava de som alto e de receber os vizinhos para um bolo com café. Mas havia uma exceção: uma vez por semana, a alegre senhora recebia a visita de um padre do interior e, invariavelmente, trancava todas as portas e janelas, desligava a luz, o rádio e a TV e permanecia três ou quatro horas em "solilóquios íntimos" com o religioso.
À vizinhança, ela dizia que passava o tempo todo se confessando (o que causava estranheza, pois o único pecado que ela cometia era beber vinho licoroso). Bom, o que interessa é que, numa dessas visitas, a "confissão" foi muito forte e o padre passou mal. Desesperada, a beata pediu ajuda a um vizinho para levá-lo ao hospital. No caminho, para distrair e acalmar o pároco, o vizinho brincou: "Calma, seu padre! Pense no lado bom: se o senhor morrer, vai, finalmente, encontrar com Deus."
Assustado, o padre respondeu: "Meu filho, não diga uma desgraça dessas!"
(Ps.: O título do post é uma expressão cearense de satisfação extrema por algo.)
Ney Franco age bem quando promove o tradicional "abafa" nos 15 ou 20 primeiros minutos de uma partida. Já deu certo muitas vezes. Mas, quando a blitz falha e o São Paulo não consegue fazer ao menos um gol nesse período de pressão (e forçar o adversário a sair em busca do empate, abrindo espaços para contra-ataques), o caldo entorna. Porque o time cansa muito e, naturalmente, o adversário aproveita para fazer a sua própria blitz. Foi o que aconteceu ontem no Morumbi, no segundo jogo pela fase de grupo da Libertadores, contra o The Strongest. O Tricolor, que parecia um rolo compressor nos primeiros minutos, criando uma chance após a outra no ataque e não deixando os bolivianos pensarem, não conseguiu marcar, botou a língua de fora precocemente e levou um gol exatamente aos 20 minutos de jogo, em (mais uma) falha de marcação da defesa. O time se perdeu.
Só que, mais uma vez, como aconteceu contra o São Caetano, pelo Campeonato Paulista, o São Paulo conseguiu "achar" o empate mesmo jogando mal, no fim do segundo tempo, já no desespero. Isso o recolocou no jogo e deu chance ao técnico de pensar em alguma outra estratégia. E a solução foi melhorar o meio de campo, colocando Paulo Henrique Ganso no lugar de Denílson, deixando o setor defensivo com apenas um volante, Wellington, e mantendo o ataque com dois pontas abertos e um centroavante. Funcionou. Logo ao entrar, Ganso "pôs fogo" no jogo e, de cara, participou do lance em que Jadson mandou uma bola no travessão. Depois, Cañete entrou no lugar de Aloísio, pela ponta-direita, e iniciou a jogada que terminou com passe de Ganso para o gol da vitória marcado por Luís Fabiano, a dez minutos do fim. Moral da história: vai ser muito difícil vencer em La Paz...
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Jogos do Flu têm matado cardíacos |
Em mais um confronto pela Libertadores, o Fluminense venceu ontem o Huachipato, de virada, por 2 x 1, no Chile - e marcando o gol da vitória somente aos 31 do segundo tempo. Não precisava ter sido assim. O Flu dominou o fraco adversário, perdeu gols (um deles incrível, com Wellington Nem chutando na trave a três metros da meta vazia) e recuou no final, após a entrada do zagueiro Anderson no lugar de Thiago Neves. Os gols de W. Nem e Wágner, que marcou apenas 24 segundos após substituir o inoperante Deco, trouxeram alívio ao técnico e à torcida. A cada rodada, o time parece querer matar mais tricolores cardíacos... Porque Abel, mais uma vez, deu mostras que pretende utilizar a fórmula de sucesso de 2012: tornar difíceis jogos fáceis - mas vencendo. De qualquer forma, ele (ainda) tem crédito. O time volta agora suas atenções para o clássico de sábado contra o Vasco, pelas semifinais da Taça Guanabara. Há grandes chances do Flu entrar com o - cansado, porém reanimado - time titular completo, uma vez que o adversário tem a vantagem do empate.
Aquele olhar 43: "85 kg em cima dele" Mas, falando em Vasco, registro aqui mais um episódio do tal "jornalismo fófis". Na versão carioca do diário Lance!, o "craque" Carlos Alberto fez elogios de caráter íntimo ao colega Bernardo, para suprema alegria dos adversários: "Eu tenho um grande carinho por ele. Eu falo para ele não sair do chão. Sempre que ele quer sair do chão, eu falo que vou colocar meus 85 kg em cima dele (risos). Eu estou feliz pelo resultado, pelo crescimento dele." Não vou nem comentar.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.
O patrocinador milionário do Botafogo Já os demais times Rio, que não jogaram no meio da semana, pois não estão no nível da Libertadores, também seguem se preparando para as semifinais do 1º turno do Cariocão. O Flamengo, que renovou o contrato de suas duas bijuterias Rafinha e Rodolfo (jóia, só o Neymar!), promete reeditar o chororô alvinegro de 2008 no próximo domingo. Para isso, conta com o artilheiro “brocador” Hernane, aspirante à Souza (aquele mesmo do chororô). Mas o Botafogo se adiantou e já começou a chorar antes da partida. A diretoria e seu principal patrocinador, o Guaraná Mendigão, reclamam que a TV Globo não transmitiu nenhuma partida do time na fase de classificação da Taça Guanabara. Dizem que isso é um "absurdo", uma "injustiça". Também prefiro não comentar.
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Mais um do Pato, outro do Guerrero |