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sábado, abril 06, 2013

Brasil sacola a frágil Bolívia com dois de Neymar

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Neymar botou dois na conta e uma bola na trave (Foto: Aizar Raldes/AFP)

Com um primeiro tempo divertido e um segundo tempo de muitas experiências, o amistoso entre Brasil e Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, foi excelente programa para deixar passar a ressaca na tarde deste sábado. Acabou num 4 a 0, primeira vitória de Felipão na nova fase, fruto em grande parte da extrema fragilidade dos bolivianos, oitavos colocados nas eliminatórias para a Copa 2014 e praticamente sem carimbo para visitar o Brasil ano que vem.

Com dois gols marcados, dribles e boas tabelas, Neymar foi o destaque da partida. Outro foi Ronaldinho Gaúcho, que jogou muito bem, protegeu a bola, limpou as jogadas e deu belos passes. Foi o grande organizador do time em sua primeira atuação convincente com a camisa amarela em um bom tempo. De uma tabela entre os dois saiu o tento mais bonito da peleja, o terceiro. Damião fez um gol – e como centroavante, é isso que dele se espera. Os dois últimos ganharam pontos na disputa por vaga no grupo da Copa das Confederações.

Os defensores Rever e Dedé foram muito pouco exigidos, mas corresponderam. André Santos até participou de algumas boas jogadas no ataque, mas deixou espaços na zaga e forçou lances de habilidade em momentos equivocados. Outro que sai valorizado é Jean, que teve atuação correta na lateral-direita. Como joga também de volante e até arrisca de meia, a polivalência é seu trunfo para estar no grupo.

Na meia cancha, Paulinho também se destacou, marcando, armando e chegando ao ataque com competência. Impressiona a enorme faixa de campo em que atua. Seu vizinho Ralph errou alguns passes no início, mas se acalmou e melhorou. Faltou Jadson, que foi bem, deu assistência par ao primeiro de Neymar e participou do lance do primeiro tento. Mas sumiu em certos momentos e não conseguiu armar nada na segunda etapa, quando o fardo foi lançado sobre seus ombros com a saída de Gaúcho.

Sobre a segunda etapa, pouco haveria a dizer, não fossem tantas as substituições. Com a vantagem estabelecida, os brasileiros desaceleraram de forma preguiçosa, permitindo ao ataque boliviano demonstrar toda a sua fraqueza. Felipão trocou de monte: Neymar por Osvaldo, que se mexeu bastante e levou perigo; Damião por Pato, que pouco fez, mas pode alegar que a leseira coletiva não deixou a bola chegar até ele; Gaúcho por Leandro, que jogou pouco mas deixou o dele na única jogada bem tramada dos 45 minutos finais; e Dedé por Dória, que mal vi em campo.

Felipão parece estar começando a se entender melhor no novo cargo. Resta saber se Gaúcho consegue jogar no mesmo nível contra marcações mais fortes. Se sim, deve ganhar com méritos a vaga na armação central e resolver o maior pepino do time desde os tempos de Mano.

Malandragem, dá um tempo – o jogo foi marcado pelas federações brasileira e boliviana com o nobre pretexto de destinar sua renda para a família do menino Kevin Espada, morto na partida entre San José e Corinthians. No entanto, o pessoal do país de Evo Morales deu uma de esperto e inclui outros dois destinos para a arrecadação: os jogadores da seleção boliviana campeã da Copa América em 1963 e, surpresa, ela mesma, a confederação. Os pais lamentaram o uso do nome do menino para promover a partida. Feio.

quinta-feira, abril 04, 2013

Com dois belos gols de falta, Santos e São Caetano empatam no Pacaembu

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Dava pra ver, pelos primeiros cinco minutos de partida, qual era a proposta de cada um dos times que jogavam no Pacaembu hoje. De um lado, um Santos sem Dracena, Bruno Peres e Arouca procurando o ataque, principalmente pelos lados, e, do outro, um São Cetano em situação agonizante no campeonato com um esquema defensivo, esperando um vacilo do rival para tentar a sorte na partida.

E o vacilo aconteceu cedo. Em uma bola que voltou rebatida do meio de campo, Durval falhou grotescamente deixando o caminho para o gol livre para Jael. O defensor teve que fazer falta e o atacante, ex-Portuguesa e Flamengo, vulgo “o cruel”, fez o tento com uma bela cobrança, ao lado da barreira, mal montada por Rafael.

A partir daí, a toada seguiu a mesma, com o Peixe pressionando e o Azulão recuando. Os mandantes criaram inúmeras chances de gol, com Neymar mais de uma vez, com Giva, chegando com Cícero... E nada de o gol sair. Um domínio inconteste na etapa inicial, com o Alvinegro tento mais de 68% de posse de bola, e doze finalizações contra duas do São Caetano.

O técnico Daniel Martine resolve levar o manual do ferrolho muito a sério e substituiu o meia Éder Marcelo pelo volante Moradei aos 34 minutos. Foi contestado à distância pelo goleiro Fábio e, no intervalo, pelo capitão Eli Sabiá, que disse à imprensa que discordava do treinador. A decisão quase se mostrou errada em cinco minutos, tempo no qual Moradei tomou um cartão amarelo e só não tomou o segundo ao fazer uma falta por trás em Neymar porque o juizão preferiu a advertência verbal.

Na segunda etapa, a pressão deu resultado, com um belo gol de falta anotado por Neymar, aos 7 minutos. O São Caetano até tentou sair mais para o jogo, mas conseguiu no resumo da etapa final mais duas finalizações, enquanto o Peixe, que tentou e criou muitas oportunidades, em especial até os 30 minutos, finalizou mais 15 vezes e não conseguiu a virada.


A troca feita por Muricy no intervalo, de Giva por André, não surtiu o efeito desejado pelo comandante. Apesar de o atacante ter feito uma função diferente, fazendo mais o pivô, muitas vezes seus passes – muitos de calcanhar, o que irritou um pouco o torcedor por serem mal feitos – atrasavam o lance ao invés de aprofundar a jogada.

Apesar do empate em casa, pode-se dizer que o time fez uma boa apresentação. O destaque, pra variar, foi Neymar, que mandou na partida principalmente no segundo tempo, fazendo as vezes de meia e deixando Monitllo, Léo ou Pato Rodríguez na esquerda. Um resultado que não faz muita diferença para o Santos, mas que afunda ainda mais o São Caetano, agora um pouco mais perto do rebaixamento. Próxima parada, Piauí, contra o Flamengo local, pela Copa do Brasil.

domingo, março 31, 2013

Fora de casa, mas com apoio da torcida, Santos bate Oeste e Neymar desencanta

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Neymar, bem no jogo (Santosfc.com.br)
Esse post bem que poderia ser a continuação de um anterior em um quesito: a diferença que pode fazer o apoio ou não de uma torcida para o desempenho de uma equipe. Enquanto o Santos foi vaiado no empate com o Mogi Mirim na Vila Belmiro, a torcida que esteve presente no Alfredo de Castilho, em Bauru, na partida contra o Oeste (o clube de Itápolis preferiu mandar a partida em outra cidade por conta das condições de seu estádio e também da renda) apoiou a equipe e soube reconhecer o empenho dos jogadores, mesmo eles não indo tão bem em boa parte da peleja.

E quem sabe não tenha sido essa atitude dos torcedores que tenha ajudado Neymar não só a jogar bem e ser determinante para a vitória contra o Oeste, mas também a marcar depois de seis jogos sem ir às redes. O atacante contou com assistência precisa de Montillo, que fez boa jogada pela esquerda e passou para que o garoto, mesmo escorregando, contasse com a sorte para acertar o ângulo de Fernando Leal. Na comemoração, a homenagem foi ao jamaicano Usain Bolt, que está no Brasil e, fã de futebol, disse que gostaria de conhecer Neymar.

Foi o primeiro tento da partida, na segunda etapa, depois de um primeiro tempo sem nenhuma chance efetiva para os dois lados. Àquela altura, o time peixeiro não contava com o lateral direito Bruno Peres e tinha Felipe Anderson como falso ala, o que deu um pouco mais de movimentação à equipe. Dracena e Léo foram poupados e nem viajaram, dando lugar a Neto e a Guilherme Santos. Arouca, com uma lesão na última hora, também não jogou, cedendo a vaga ao promissor Alan Santos. Com o Peixe passando a mandar na partida, Neymar tirou da cartola alguns dos lances mágicos de seu repertório. E, curiosamente, em um lance no qual poderia ter marcado um golaço, foi puxado por um adversário mas – vejam só – não caiu. Acabou perdendo o gol e, na sequência, o Oeste empatou a partida. 


O autor do tento foi um ex-santista, o atacante Gilmar, que passou pela Baixada em 2006, no glorioso pacote da “parceria” Santos/Marcelo Teixeira-Luxemburgo-Iraty. Mais uma vez, assim como na partida contra o Mogi, o empate do rival veio no setor de Guilherme Santos, distante na marcação.

No entanto, bastaram três minutos para o Peixe ir à frente no placar novamente. Gol de Cícero depois de cobrança de escanteio pela esquerda do ataque. Foi o sexto tento do meia no campeonato paulista, um a menos que o principal goleador do time, Neymar. Aliás, o resultado foi o mesmo da partida de estreia do menino de ouro em 2009, no Pacaembu, e deixa o Santos na terceira colocação do campeonato, com 32 pontos, três a menos que o São Paulo.

O próximo adversário é o São Caetano, na quinta-feira, desta vez no Pacaembu. Que os peixeiros da capital tenham uma atitude parecida com a da torcida que esteve hoje em Bauru, e não como a do pessoal da Vila no meio da semana.

sexta-feira, março 29, 2013

O empate do Santos com o Mogi e uma torcida ingrata

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Parte de uma torcida não reconhece talento
Depois de cinco partidas na temporada na Vila Belmiro, todas vencidas pelo Santos, o Alvinegro empatou com o Mogi Mirim em 2 a 2. Claro que não é o resultado dos sonhos de ninguém, mas o adversário tem o melhor ataque do Paulista, com 29 gols, e está à frente de Corinthians e Palmeiras na tabela. Os donos da casa vacilaram em momentos cruciais da partida e tomaram dois gols mesmo tendo o domínio da partida durante a maior parte do tempo.

A torcida, além de “marcar” alguns jogadores, vaiou o time ao fim dos 90 minutos. E alguns deles vaiaram Neymar, algo que toma proporções anormais para parte da mídia esportiva que sempre procura pauta em ovo. O garoto deu assistência, se movimentou, mas não brilhou como costuma. Está há seis jogos sem marcar, e ainda assim foi fundamental para a equipe.

Em outro contexto, mas no mesmo campeonato, vi o Santos perder por 3 a 1 para o Paulista, no Pacaembu. Com Neymar. O gol de honra, dele, veio perto do final e, quando estava 3 a 0, boa parte do estádio cantou, apoiando os jogadores. Falo da diferença entre o comportamento santista ontem e o daquele jogo para falar da necessidade de o Alvinegro mandar mais jogos em São Paulo.

Na Vila, mesmo na época de vacas magras, o Santos era soberano. O folclórico Viola dizia que no estádio o adversário era como Miojo, entrava duro e saía mole em função da pressão dos torcedores. Mas os tempos foram mudando e há algum tempo o estádio e seus torcedores não têm cumprido seu papel a contento, o de ser um caldeirão para os rivais. Aquela parte da torcida que em outros clubes se chama de “turma do amendoim” cada vez ganha mais relevo.

Lembro que em 2003, quando Robinho passava por má fase após ser o principal protagonista do título Brasileiro de 2002, tirando o time de uma fila de quase 18 anos, era xingado por torcedores que esqueciam o que havia acontecido três meses antes. Um cara que estava perto de mim em um jogo disse que “Robinho é um enganador, que nem o Gil do Corinthians”. O santista Renato conta outra passagem, de um torcedor que xingou durante boa parte do primeiro tempo o meia Diego. Cada vez que ele pegava na bola, era uma ofensa. O problema é que o xingado era Preto Casagrande e o jovem sequer estava em campo naquele dia. Muitos provavelmente pegaram no pé de Pelé e cia. também.

Saem alambrados, entram camarotes térreos
Esse tipo de torcedor que mais xinga do que apoia e acha ruim até quando o time vai bem sempre existiu na Vila, mas parece, como disse acima, que vem se tornando mais importante, não só pelas mudanças pelas quais o estádio passou, mas pelo fato de, com públicos pequenos, sua voz se sobressair mais. E também se sobressaem aqueles que querem conturbar o ambiente, movimentos interessados em forçar ou criar clima para justificar saída de jogadores cuja parte dos direitos federativos pertencem a empresas ou empresários.

Na peleja contra o Mirassol (alô, Palmeiras), o Santos teve prejuízo e ontem o time, mesmo com a volta de Neymar e Montillo, jogou diante de 6.054 pagantes. Ainda assim, o clube tem a segunda melhor média de público do Paulista, mas certamente não é por causa da Vila e sim pelos dois jogos que mandou na capital, conta o Paulista, no Pacaembu, e contra o Corinthians, no Morumbi, ambos com mais de 18 mil pagantes cada.

O bairrismo já foi arma eleitoral na disputa entre Luís Álvaro e Marcelo Teixeira em2010 e volta à tona impulsionado também pela TV de propriedade da Família Teixeira. Como querela política, impede a discussão sobre o clube ampliar seus horizontes, já que estima-se que a torcida santista seja pelo menos dez vezes maior do que a população da cidade que abriga a equipe.

Para mim, que sou santista de nascimento e vi jogos mais na Vila do que em qualquer outro lugar, ela é insubstituível afetivamente. Mas é impossível fechar os olhos às necessidades que regem um clube grande no futebol de hoje. Para buscar visibilidade e torcedores o Santos precisa sair mais da Vila. E, hoje, faria bem a torcida de Santos refletir mais sobre seu comportamento nas arquibancadas, torcendo mais e chiando menos.

sábado, março 16, 2013

Montillo marca de novo, Neymar volta e Santos bate Guarani

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“Você esteve duas frente à frente do goleiro Renan [e não fez os gols]. Ele levou a melhor?”

“Claro que não, meu time ganhou de 2 a 1.”

Foi assim que um espirituoso Neymar respondeu a uma das perguntas feitas por jornalistas na saída do gramado da Vila Belmiro. Mais de uma vez, também, o craque sugeriu, sorrindo, que “cada um cuidasse da sua vida”, ao comentar um suposto atraso no treino de sexta, não confirmado pelo Santos, mas ventilado por jornalistas ou por alguém com interesse na venda do atleta.

De qualquer forma, Neymar está voltando. Depois de duas semanas sem jogar por conta de suspensão, voltou a apresentar jogadas plásticas, como um chapéu em cima de Ademir Sopa, e também dribles desconcertantes sobre os rivais. Sim, foi egoísta em algumas jogadas, especialmente no final da partida, quando chegou a incomodar os torcedores na Vila Belmiro. E a marcação do Guarani por vezes facilitou o trabalho, como no segundo gol santista, quando Neymar roubou uma bola no meio de campo e passou por dois adversários para dar uma assistência daquelas paternais a André, que marcou.

Neymar poderia ter jogado mais, mas foi melhor do que vinha sendo. Assim como Montillo, que foi o melhor em campo não só pelo primeiro gol (seu segundo pelo time), uma bela finalização após pedalar num contra-ataque armado por Arouca. Ele também o “arco” da equipe, ora tentando bolas longas, ora conduzindo a redonda até o campo adversário. Ainda fez por diversas vezes a cobertura do lado direito, onde Bruno Peres, pra variar, ofereceu verdadeiras vias expressas para o ataque bugrino.

Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Aliás, foi pelas laterais que o Guarani, após o zagueiro Tiago Pagnussat marcar seu gol em escanteio aos 13 do segundo tempo, forçou as entradas na defesa peixeira. Em dados momentos, a pressão campineira parecia que ia resultar em gol, já que a vontade dos comandados do treinador Branco (sim, o de 1994) parecia superior à dos santistas, que não tinham nenhuma compactação entre ataque e defesa e chegaram a ficar no mano a mano com o ataque adversário algumas vezes. 

Quando a equipe da Vila se postou para aproveitar os contra-ataques e jogar no (s) erro (s) do Guarani, criou chances. Uma, duas, três... Como as que Neymar não aproveitou diante do goleiro Renan, como lembrou o repórter na saída da partida. A propósito, Renan é aquele mesmo, convocado quando estava no Avaí por Mano Menezes em seu primeiro jogo pela seleção, contra os EUA. Contratado pelo Corinthians em 2011, estava no Estoril de Portugal mas ainda pertence o Alvinegro da capital paulista, que paga o salário do arqueiro.


Não foi uma peleja digna de nota, mas valeu por Montillo e pela volta de Neymar, que vai desfalcar o Santos contra o Mirassol, dia 21, e o Palmeiras, dia 24, porque estará na gloriosa seleção canarinha de Felipão. Mas não valeu pela atuação irregular de André, que, apesar de marcar um gol, continua jogando mal e teve que escutar a torcida aplaudindo Giva, que o substituiu aos 24 da etapa final, em seu primeiro lance.

Hoje, o Santos dorme na liderança da competição, embora possa acordar depois do fim de semana na mesma quarta posição em que estava antes do jogo. E seguimos em busca de um futebol melhorzinho...

terça-feira, março 05, 2013

Seleção: Felipão traz Kaká de volta e quer Neymar no Brasil

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Voltei

Vai a lista de convocados de Felipão, com menos motivos pra eu reclamar do que a última. O excelente Diego Cavalieri ganha sua chance, bem como o bom volante Fernando, do Grêmio. São boas notícias, bem como a volta de Kaká e Dedé (momento infantilizado do post) e a manutenção de Jean ao lado de uma lista de volantes que sabem o que fazem com a bola. Boa também a chegada de Hernanes, pretendida pelo treinador já na pelada anterior.

Veremos também pela primeira vez os ofensivos laterais Daniel Alves e Marcelo juntos na Seleção – e sem nenhum volante limpa-trilho para proteger. Tá certo que no jogo que fez até aqui Felipão recuou o time e segurou mais os volantes, mas continua sendo uma experiência interessante – que eu preferia ver no estilo proposto por Mano Menezes.

A surpresa fica por conta de Diego Costa, seja ele quem for, atacante do Atlético de Madrid de quem eu nunca havia ouvido falar, dada minha ignorância sobre o futebol espanhol. Aparentemente, ele foi muito novo para a Europa e está indo muito bem nessa temporada. Quem souber mais, que conte outra, por favor.

Dessas de ir para a Europa, Felipão e Parreira deram declarações que vão aquecer os corações santistas. Segundo eles, não seria uma boa para o trabalho na Seleção se Neymar mudasse de endereço agora. Felipão disse que o importante é o moço jogar onde estiver feliz. Parreira, mais prolixo, disse que o período de adaptação profissional e pessoal tão perto da Copa poderia atrapalhar o jogador.
Cheguei

Vai a lista:

GOLEIROS
Julio Cesar - QPR (ING)
Diego Cavalieri - Fluminense

LATERAIS
Daniel Alves - Barcelona (ESP)
Marcelo - Real Madrid (ESP)
Filipe Luís - Atlético de Madri (ESP)

ZAGUEIROS
David Luiz - Chelsea (ING)
Dedé - Vasco
Dante - Bayern de Munique (ALE)
Thiago Silva - PSG (FRA)

VOLANTES
Paulinho - Corinthians
Ramires - Chelsea (ING)
Jean - Fluminense
Fernando - Grêmio
Luiz Gustavo - Bayern de Munique (ALE)

MEIAS
Kaká (foto) - Real Madrid (ESP)
Hernanes - Lazio (ITA)
Oscar - Chelsea (ING)
Lucas - PSG (FRA)

ATACANTES
Diego Costa (foto) - Atlético de Madri (ESP)
Neymar - Santos
Fred - Fluminense
Hulk - Zenit (RUS)

segunda-feira, março 04, 2013

Idiosincrasias cotidianas

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Percorrendo a Zona Leste de São Paulo de metrô, logo após o clássico entre Santos e Corinthians, vejo um rapaz com a camisa do alvinegro de Parque São Jorge, mas com o cabelo idêntico ao do Neymar. No banco ao lado, um menininho de uns 8 anos, com o mesmo penteado, cochila. Ao chegar na estação Pedro II, o rapaz acorda o menino:

- Levanta, Tévez!

(E depois o Neymar é que é chamado de "cai-cai"...)

domingo, março 03, 2013

Santos 0 X 0 Corinthians - clássico quase centenário, sem nada de bom (visão santista)

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Belo lance... (Divulgação/SantosFC)
Jogo fraco, fraco... Por mais que se diga que a marcação prevaleceu e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá, a partida entre Santos e Corinthians no Morumbi foi bem ruinzinha de ver, ainda mais (imagino eu) pra quem não torcia pra nenhuma das duas equipes. O final de Flamengo e Botafogo, transmitido pela Vênus Platinada, foi mais emocionante do que os 90 minutos do clássico de São Paulo. Talvez isso faça com que a Federação dominante hoje no futebol brasileiro reflita acerca de seu campeonato. Bobagem, não vai mudar nada...

Bom, o Santos entrou sem Renê Júnior, suspenso, e também sem Miralles, contundido. Já os visitantes em sua cidade vieram sem os laterais Alessandro e Fábio Santos, com Edenílson e Igor nos respectivos postos, com mais obrigações defensivas do que ofensivas na maior parte da peleja.
Nos dez minutos iniciais, só deu Santos, coisa rara em jogos do Timão, que costuma pressionar os adversários no início. Algumas triangulações pela canhota com Léo, Cícero e Arouca davam a impressão de que se tratava de uma equipe portenha, tal qual o Boca nas priscas eras de Bianchi, mas ilusão durou essa nona parte do jogo. Era o Alvinegro Praiano desentrosado e dependente de jogadas individuais que tem feito o peixeiro sofrer desde o segundo semestre de 2012.

Logo, o Corinthians equilibrava as ações e o Peixe passava a postar nos passes longos, nas bolas mal conduzidas por jogadores que têm como característica justamente conduzir a bola. Arouca, Montillo, Neymar... Não, não dá pra transpor um time que joga de forma compacta na intermediária, como o Corinthians, assim, a não ser que um deles esteja inspirado. Mas nenhum deles estava. Arouca, na fase regular de sempre; Neymar, com atuação discreta como em todo o ano de 2013. Alguém vai lembrar: “Ah, mas Neymar é o artilheiro da equipe no ano”. Verdade, ele, como os filmes de Woody Allen, é bom até quando é ruim. Mas hoje, como em outros jogos do Alvinegro no ano, foi só ruim. Simulou uma penalidade e tomou cartão amarelo justamente, tentou lances sozinho e não conseguiu ser diferente. Montilo é uma desculpa para Muricy não ser crucificado em praça pública, já que nenhum clube do Brasil (e de fora) desaprovaria a contratação do argentino que vem jogando abaixo da crítica, não só do esperado. Felipe Anderson entrou no segundo tempo e foi melhor que o portenho no pouco tempo em que atuou.

Na etapa final, o Corinthians chegou mais vezes perto do gol, mas Guerrero não justificou a fama goleadora, perdendo uma oportunidade incrível perto de Rafael, que até foi bem no jogo, ao contrário das partidas pregressas. Mas foi Cássio que fez a defesa do clássico, em falta de Marcos Assunção, que ainda pegou a trave.


André foi uma nulidade, como vem sendo partida sim, quase outra também. Faltou ousadia a Muricy para colocar Giva antes, mas vá lá, é compreensível. Ambas equipes estavam mais preocupadas em não perder do que em vencer, essa é a leitura que se pode ter da partida, cada qual por seus motivos. 

A essa altura do Paulista, que não vale muita coisa, não dá nem pra dimensionar o valor de um clássico que vai se tornar centenário no meio do ano. Aliás, hora dos dois clubes combinarem ações em conjunto para valer a data, não?

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Com Neymar e Muricy, Santos entra na campanha #VemSeanPenn

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Há oito dias no YouTube, o vídeo #VemSeanPenn teve mais de 1,15 milhão de visualizações e já é um dos virais mais bem sucedidos de 2013 no Brasil. A peça promocional, bolada pela Agência Click, serve para divulgar o filme Colegas, que será lançado no dia 1º de março no circuito comercial, e também para promover o sonho de um dos protagonistas do longa, Ariel Goldenberg. Ele, assim como os outros dois atores que estrelam a película, tem síndrome de Down, e sonha encontrar o seu grande ídolo, o ator estadunidense Sean Penn.

Para realizar o sonho de Ariel, muitas pessoas estão divulgando nas redes sociais o vídeo, para que o ator e militante, chavista de carteirinha, venha ao Brasil assistir à estreia do filme com Ariel. E, hoje, a campanha ganhou reforços de peso. O Santos Futebol Clube gravou depoimentos de seus atletas, como Neymar, Montillo, Rafael e Miralles, além do treinador Muricy Ramalho e de Edinho, filho de Pelé, o único que arrisca o inglês para convidar com mais ênfase Sean Penn (o ex-goleiro cresceu nos EUA).
Veja o vídeo produzido pelo Santos abaixo:

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

A derrota do Santos para o Paulista e os dilemas de Muricy

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“Olha a capa de chuva! Agora é cinco, depois que começar de chover é dez...”. O ambulante do Pacaembu na partida de ontem já vislumbrava o forte toró que cairia minutos depois do começo da peleja entre Santos e Paulista. Uma precipitação tão intensa que fez do gramado do Pacaembu, que sempre teve uma boa drenagem, um verdadeiro lamaçal que impossibilitava os lances de bola no chão antes mesmo da metade da etapa inicial.

Para o Santos, time que tenta impor um estilo de jogo de toque de bola, era uma má notícia. Mas pior ainda pelo técnico Muricy Ramalho, promover a reestreia de dois atletas que fatalmente sentiriam mais ainda o jogo em um campo pesado. Edu Dracena, 31 anos, retornou após seis meses ausente por conta de uma contusão e Marcos Assunção, 36 anos, jogou sua primeira partida desde o ano passado. Foram sacados Renê Júnior, que tem sido talvez o melhor atleta santista neste 2013, e o zagueiro Neto, também destaque positivo na equipe.

Após o primeiro tempo no qual ambos os times até tiveram suas chances, mas o futebol jogado foi quase zero, a segunda etapa com um gramado menos molhado prometia ser melhor pra o Santos. Só prometia. Guilherme Santos, que já havia falhado ao menos duas vezes antes e fazia sua pior partida pelo time, cometeu um pênalti infantil no atacante Cassiano, convertido por Marcelo Macedo.

O que passou, Neymar?
A partir daí, o Paulista, que já se defendia bem, se fechou ainda mais. E a falta de criatividade santista ficava evidente. O meio de campo alvinegro não conseguia atacar e marcava mal, dando oportunidades de contra-ataque para os visitantes. Montillo praticamente não apareceu e demorou a ser substituído por Muricy. O treinador santista preferiu sacar Guilherme Santos, que realmente tinha que sair, e Bruno Peres, para as entradas de André e Felipe Anderson, que passou a ocupar a ala esquerda. Cícero fez as vezes na direita.

Sem laterais, o time ficou ainda mais vulnerável e foi em uma falta do “ala” Felipe Anderson na intermediária que saiu o segundo tento, de falta, do Paulista. Gol que contou com a falha do goleiro Rafael, que tentou adivinhar o canto, dando um passo e meio para o lado errado. Embora Muricy Ramalho tenha dado bronca em um repórter que fez uma pergunta sobre questão tática e suas substituições em mais um de seus arroubos de arrogância, a justificativa de que quis “abrir o time” é bastante questionável até para pobres mortais como nós, que não entendem tanto de futebol como o douto comandante do Santos.


Muricy poderia ter alterado o meio de campo, fortalecendo o setor mais fraco da equipe. Mas manteve Marcos Assunção até o fim, talvez confiante em alguma bola parada, resgatando os idos tempos do emocionante “Muricybol”. Tal qual castigo, foi o Santos quem tomou um gol de falta e a bola mais perigosa do Alvinegro nesse quesito foi obra de Neymar, e não do volante veterano.

O terceiro gol no final fechou o caixão do vexame, mas o Onze santista fez o de honra para diminuir a vergonha. Passada mais uma formação diferente, ficam questões pendentes para o treinador santista, como a levantada nesse post, a respeito da formação do meio de campo. Se quiser contar com Marcos Assunção, a equipe fica mais lenta e perde poder de marcação, ainda mais com Dracena na zaga, mais lento que o até aqui titular Neto. Abrir mão de Renê Júnior parece algo absurdo, assim como sacar Cícero, um dos únicos três jogadores santistas que marcaram nesse Paulista, fora Miralles e Neymar. Uma alternativa seria colocar Arouca como lateral direito, mas não parece ser uma solução do agrado nem de Muricy, nem do volante que voltou à seleção brasileira mesmo passando por uma fase irregular no clube.

Assim, o comandante santista, que reclamava por não ter opções em 2012, terá que quebrar a cabeça para lidar com a fartura em alguns setores. E, claro, vai continuar reclamando, como é do seu feitio.

domingo, fevereiro 03, 2013

Neymar e Miralles decidem e duas interpretações sobre lances polêmicos (visão santista)

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"A lição que eu tirei daquele jogo é que não podemos dar bola para o extracampo. Temos que pensar sempre dentro do campo, sem agredir adversário, sem jogar contra a torcida deles."

Desta forma, o meia são-paulino Paulo Henrique Ganso “aconselhava” o elenco de São Paulo sobre como deveriam lidar com o Bolívar, adversário do Tricolor na Libertadores, antes do confronto na competição. Curiosamente, o meia parece ter esquecido do próprio conselho e “entrou na pilha” no seu retorno à Vila Belmiro.

Ganso: pra que tanto ódio?
No intervalo, já pedia punição ao seu ex-clube por moedas jogadas no campo. Não pediu punição ao Bolívar em 2012, mesmo com seu “irmão” Neymar tendo sido atingido de fato por um objeto quando se preparava para cobrar um escanteio. Mas não titubeou em fazer isso contra o Santos. Freud explica.

Compreensível Ganso se sentir maltratado pelo Alvinegro. Como também é a torcida achar que o meia fez mal ao clube. Mesmo depois da complexa negociação que o levou ao São Paulo, um dos dois clubes que se interessou por ele à época, junto com o Grêmio (nenhuma agremiação do exterior se arriscou a cogitar pagar a multa), ele não poupou a língua, ou o bico. Insinuou que o São Paulo era diferente do Santos por um “pensamento de grandeza”. Na semana passada, depois de marcar seu primeiro tento pelo São Paulo em pouco mais de quatro meses de contrato, disse: “Vou chegar lá (Vila Belmiro) para fazer gol pelo São Paulo”.

Em um ambiente já conturbado como o futebol, no qual qualquer faísca se transforma em fogo, Ganso mostra atitudes duvidosas fora de campo, que certamente o tem prejudicado na carreira. Um veículo de imprensa, para melhorar, fez com um colunista fake fizesse uma convocação para que a torcida santista jogasse moedas no ex-ídolo. Todos, jogador e imprensa, muito responsáveis na hora de atiçar, e deveras moralistas (falsos, via de regra) na hora de pedir punição.

Em campo, Ganso foi apagado como tem sido há tempos. Toques de calcanhar de lado, passes também laterais, e um desempenho na segunda etapa que contribuiu para os visitantes perderem o meio de campo, setor no qual foram melhores nos primeiros 45 minutos. Conforme o lado, era marcado pelo excelente Renê Júnior ou por Arouca. Ney Franco errou ao demorar tanto para sacar o meia, o que pôs a nu o fracasso da sua estratégia de “motivar” o jogador ao colocá-lo como titular no clássico. Aliás, atleta que precisa de motivação com o salário e toda a estrutura que ele mesmo louva, é complicado. Ganso é realmente diferente. Para o bem e para o mal.

Mas vários atletas começaram mal e demoraram para engrenar no São Paulo. Foi o caso de Daryo Pereira, Careca, Raí. Essa é a esperança do torcedor são-paulino com o meia, que vai ficando cada vez mais distante de atuar na Copa de 2014.

Neymar, o jogo e duas interpretações

Muricy cansou de dar chances a André. Entrou Miralles, que se movimenta mais, volta para marcar e vez ou outra consegue roubar uma bola atrás. E, claro, o mais importante, tem feito gols. Não é aquela coisa em termos técnicos mas participa muito mais que o ex-titular. Dois gols em um clássico e seu concorrente está na berlinda.

Os laterais santistas mostraram hoje o seu valor na defesa. Bruno Peres foi soberano diante do mais que perigoso Osvaldo, e Guilherme Santos chegou a sofrer um pouco quando Cañete passou a cair por ali, mas a correção na marcação matou o lance forte do Tricolor. O defensor Neto, na esquerda ou na direta, foi muito bem e não tremeu no seu primeiro clássico. Já Montillo rendeu muito menos do que deveria, mas esse sim chegou outro dia e hoje completou seu sexto jogo pela equipe.

Miralles: intimidade com gol, e nenhuma com a dança
Neymar foi decisivo. Deu uma assistência maravilhosa no primeiro gol, um passe-matada. No segundo, tomou a penalidade e marcou. No terceiro, fez a assistência para Miralles. Nada de novo em  relação ao moleque maravilhoso.

Dois lances polêmicos da arbitragem e vou dar meus pitacos abrindo espaço para ser xingado por torcedores adversários. No lance em que Luis Fabiano fez um gol e o mesmo foi anulado, o comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba disse que o gol foi legal, criticando a decisão da assistente Tatiane Camargo. É um ponto de vista, mas a regra é clara, embora existam algumas interpretações divergentes.

Para citar uma delas, recorro a um ex-árbitro e comentarista da área... O próprio Gaciba. Neste post, intitulado “Interpretação Moderna”, ele elogia justamente a forma com que a assistente Nadine Bastos interpretou um lance na partida entre Avaí e Atlético Ibirama, na qual validou um gol, mesmo com dois atletas avaianos em condição de impedimento. Contudo, ressalto esse trecho:

“A GRANDE ALTERAÇÃO [na regra do impedimento, n.r.] deu-se quando a FIFA modificou a palavra 'influência' por 'participação efetiva' na jogada, ou seja, aquele atleta na parte inferior do vídeo que chega a dar dois passos em direção a bola anteriormente deveria ser punido pela sua ação, hoje, não mais.

O raciocínio é o seguinte: O assistente deve perguntar se aquela corrida (dois passos) interferiu na ação de algum defensor que poderia chegar na bola e não o fez pelo movimento daquele atacante.  Observem que este não é o caso já que o goleiro sai na bola com naturalidade e os defensores que erguem o braço o fazem mais como torcida do que como reclamação efetiva.”

Reparou no trecho em negrito? O zagueiro Neto marca e acompanha a movimentação do zagueiro tricolor que está em posição de impedimento e poderia sim chegar em Luís Fabiano, já que estava perto do rival, caso não estivesse marcando um atleta impedido. A anulação do lance, portanto, é plausível, de acordo com essa interpretação. Claro que amanhã a bandeira pode ser punida (futebol é um meio sexista no qual não é exatamente a justiça que é feita, né?), mas deveriam ponderar um pouco mais a respeito.

Quanto à penalidade sofrida por Neymar, engraçado que o comentarista Neto, na Rede Bandeirantes, diz que o atacante santista não foi atingido por Paulo Miranda e que ele, Neymar, “tocou” no joelho do marcador e caiu. Claro, o santista, que tem olhos nas costas, conseguiu tocar com a panturrilha de forma proposital em seu adversário. A propósito, como tem comentarista com história corintiana que pende de forma apaixonada para o São Paulo em diversas ocasiões, vide o xodó da Fiel, fã de Rogério Ceni. 

Mas você pode não ter visto nenhum toque no lance (eu e muita gente vimos). Neymar pulou, escapou da falta e caiu. Portanto, não pode ser marcado pênalti, certo? Errado. Diz a regra 12 do dileto esporte:

“As faltas e incorreções serão sancionadas da seguinte maneira:

Tiro livre direto
Será concedido um tiro livre direto para a equipe adversária se um jogador cometer uma das seguintes sete infrações, de maneira que o árbitro considere imprudente, temerária ou com uso de uma força excessiva:
• dar ou tentar dar um pontapé (chute) em um adversário
• passar ou tentar passar uma rasteira em um adversário (...)
• dar uma entrada contra um adversário

Viu aí os negritos novamente? Nenhum atleta precisa esperar ser atingido pelo adversário para sofrer a falta. O são-paulino tenta ou atinge, conforme a visão, Neymar, mas certamente nem passou perto da bola. Lance semelhante aconteceu, aliás, em um jogo entre Santos e São Paulo no campeonato paulista do ano passado (ver aqui, a partir do 0:46), no qual foi marcado pênalti de Rafael em Luís Fabiano.

Xingamentos à vontade, mas agradecemos os argumentos.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Cícero mantém Santos líder no Paulista

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Após a execução – entenda como quiser – do hino nacional pela dupla Hugo e Tiago, aqueles que resistiram puderam assistir à peleja entre Ituano e Santos. A equipe visitante foi ao interior com três mudanças: Arouca e Renê Júnior foram poupados (mas já, professor?) e cederam lugar a Adriano e Miralles. Foi a terceira formação tática distinta de Muricy Ramalho no Paulista, depois de ter usado na segunda etapa do jogo contra o Bragantino o 4-4-2 clássico com Renê Júnior jogando mais à frente do lado de Arouca (ver mais neste post do Blog do Carlão).

Outra alteração foi a entrada do zagueiro Jubal, citado aqui, no lugar de Neto, que tomou um pisão no aquecimento (!). O moleque de 19 anos atuou bem, com a tranquilidade que lhe é característica, mas outros companheiros não atuaram tão bem. Guilherme Santos, como na partida contra o Bragantino, mostrou que tem dificuldades para defender o lado esquerdo. No esquema de Muricy com o losango do meio de campo, é justamente essa área que recebe a cobertura do meia que defende menos, Cícero, que não é mau marcador, mas “pega” menos que Renê Júnior e Arouca. Por ali, o Ituano tentou chegar mais, ainda que não tenha criado chances efetivas, daquelas de fazer o torcedor gritar “uh” durante os 90 minutos.


O Alvinegro também teve dificuldades ofensivas. Neymar não estava inspirado, embora tenha quase feito um gol fantástico no segundo tempo, e Monitllo criou muito pouco. André mais uma vez decepcionou, e foi substituído ainda no intervalo por Felipe Anderson. A mudança deu certo e o Santos tomou conta do jogo durante os primeiros 15 minutos do segundo tempo, período em que saiu o belo gol de Cícero, uma finalização de longa distância que deu um efeito inusitado na bola. O meia fez seu terceiro gol no Paulista e é um dos artilheiros da competição. Foi o suficiente para o Peixe levar o jogo em banho maria, com os donos da casa té tentando uma pressão infrutífera a partir dos 30 minutos. Mas faltou futebol.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Neymar brilha e Renê Júnior rouba a cena em vitória do Santos

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Em uma partida na qual Neymar brilhou mais uma vez, marcando, dando assistências e fazendo lances vistosos, o Santos mostrou mais entrosamento e alguns jogadores começaram a se mostrar mais adaptados à camisa alvinegra. Cícero combinou com o Onze peixeiro no primeiro tempo, deu e recebeu passe, assim como Montillo, que deu um presente para o ainda hesitante André não marcar.

Neymar: um chapéu diferenciado (Reprodução)
Mas o destaque dos 3 a 0 do Peixe sobre o Botafogo não foi um dos homens de frente, e sim o volante Renê Júnior, que também causou ótima impressão em suas outras duas partidas. Mesmo quando a equipe se arriscou à frente e abriu a retaguarda, ele não permitiu que os botafoguenses ameaçassem a zaga santista. No jogo, seus números são excelentes: foram 12 desarmes e 52 passes certos, sem nenhum errado. Teve seu nome gritado em sua primeira peleja na Vila, e deixa a situação de Adriano, que ainda não renovou seu contrato, um pouco mais difícil.

Mais uma vez apagado, André deu lugar ao argentino Miralles no segundo tempo e, também mais uma vez, o reserva marcou. Muricy insiste com o garoto não somente para dar ritmo de jogo a ele, mas também porque é um atleta querido pelos companheiros. Rafael puxou aplausos para o nove quando este foi substituído e a torcida, até então impaciente, atendeu ao apelo. Mas a paciência, do torcedor e do técnico, tem limites... 

Abaixo, os gols e o inusitado chapéu de Neymar no centroavante botafoguense Nunes.



terça-feira, janeiro 22, 2013

Escolhas de Felipão apontam para time mais estático

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Felipão gesticula ao explicar seu objetivo: resgatar
o futebol-bailarino (Silvia Izquierdo/AP)
Feita a primeira convocação, podemos começar a afinar as cornetas contra Felipão. O resumo da ópera das escolhas do veterano treinador é exatamente o envelhecimento da equipe, trazendo de volta jogadores mais "experientes", no caso, Ronaldinho Gaúcho, Luiz Fabiano, Júlio César e Fred.

Começando pelo gol, a volta de JC é meio estranha. O goleiro saiu da Inter de Milão e foi para o pouco expressivo Queens Park Rangers, o que indica que os grandes clubes não se interessaram por seu futebol. Enfim, não vi o cara jogar pra avaliar e a posição estava meio em aberto mesmo.

As mudanças mais estruturais acontecem do meio para a frente. Felipão sinaliza que seu time vai ter um centroavante mais pesado e mais preso dentro da área. Uma mudança em relação ao time leve que vinha sendo tentando por Mano Menezes, com muita movimentação. Vamos ver como funciona.

Achei estranha a troca de Kaká, que jogou bem e vinha se entendendo com Neymar, por Ronaldinho Gaúcho. O meia do Atlético fez um bom Brasileirão, é fato. Mas não sei se o bastante para apagar o mau desempenho que teve nas convocações mais recentes.

A coisa complica também por questões de estilo: Gaúcho no Atlético nem finge que vai tentar marcar alguém. A pressão no ataque é feita por Bernard e Guilherme, nas beiradas, enquanto o lento meia fica livre. Na Seleção, Neymar e, sei lá, Lucas não farão este papel nem a pau – e nem devem se sacrificar tanto para isso, ainda que eu ache fundamental que todo o time tenha um papel na recomposição defensiva.

Ele voltou, mas não vai marcar ninguém (Getty)
O resultado deve ser que os volantes vão ficar mais presos, perdendo um pouco da mobilidade e dos elementos surpresa que vinham aparecendo nos últimos jogos. Claro que o novo treinador vai imprimir sua marca, mas se é pra deixar volante preso não faz muito sentido convocar Paulinho, Ramires e Arouca.

O resultado do conjunto parece ser um time mais estático, com posições e funções mais fixas. Para o meu gosto, parece um retrocesso.


E o meu medo

Concordo com Felipão ao convocar Hernanes, mas discordo quando o técnico diz que o jogador é um meia mais ofensivo. Pra mim, ele é pode se tornar um baita armador, para jogar e marcar. Entraria no meu time como segundo volante, fazendo a transição da defesa para o ataque, cadenciando o jogo com seu bom passe, coisa e tal. Como meia, recebendo a bola mais à frente, me emociona menos.

Um elemento que Felipão teria levantado na coletiva é que poderia usar David Luiz como volante, posição em que ele já apareceu no Chelsea. Juntando isso tudo, começa a aparecer meu medo: Felipão vai meter David Luiz de terceiro volante e tentar me convencer que Hernanes é meia.

Não agora, mas mais pra frente, se e quando a coisa começar a apertar. Vai deixar dois zagueiros, dois laterais, David Luiz como volante limpa-trilho na frente da zaga, Paulinho e Hernanes de segundos volantes e estabelecer o “joga no Neymar” que foi tônica do Santos ano passado.

Foi mais ou menos o que ele fez em 2002, quando Edmilson era um zagueiro disfarçado de volante e Juninho Paulista não podia passar muito do meio campo – até ser substituído por Kleberson, caracterizando de vez os três volantes. Funcionou, dirão os otimistas. Sim, sem dúvida. A diferença é que, lá, Rivaldo e Ronaldo estavam voando, secundados por um Ronaldinho Gaúcho em ascensão. Resta ver como a coisa anda.

A lista dos convocados:

GOLEIROS
Julio Cesar - QPR (ING)
Diego Alves - Valencia (ESP)

LATERAIS
Daniel Alves - Barcelona (ESP)
Adriano - Barcelona (ESP)
Filipe Luís - Atlético de Madri (ESP)

ZAGUEIROS
David Luiz - Chelsea (ING)
Leandro Castán - Roma (ITA)
Dante - Bayern de Munique (ALE)
Miranda - Atlético de Madri (ESP)

VOLANTES
Paulinho - Corinthians
Ramires - Chelsea (ING)
Arouca - Santos

MEIAS
Ronaldinho Gaúcho - Atlético-MG
Hernanes - Lazio (ITA)
Oscar - Chelsea (ING)
Lucas - PSG (FRA)

ATACANTES
Luis Fabiano - São Paulo
Neymar - Santos
Fred - Fluminense
Hulk - Zenit (RUS)

domingo, janeiro 20, 2013

Paulistão com cara de "vale a pena ver de novo". E Lula "trolla" o Palmeiras

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Ele, sempre
O campeonato paulista de 2013 começou com aquele gostinho de café requentado para pelo menos duas equipes grandes do futebol de São Paulo. O Santos estreou contra o São Bernardo com casa cheia a Grande São Paulo e bateu os anfitriões por 3 a 1. Com uma equipe desentrosada, foi Neymar que salvou a pátria mais uma vez. A partida contou com a presença do ex-presidente Lula, que assumidamente, como você vai ver na entrevista , estava lá para secar o Santos. Ao lado dele, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, torcedor do Peixe.



Os reforços que jogaram foram bem ofensivamente, mas pecaram na marcação, exceção feita a Renê Júnior que, além de marcar de forma competente, deu um belo lançamento para Montillo perder aquele que considero sua terceira grande oportunidade de marcar desde sua estreia, no amistoso contra o Grêmio Barueri. Cícero e Arouca não foram tão bem na cobertura, assim como Bruno Peres (nada novo) e o estreante Guilherme Santos foram menos que medianos defensivamente.

Mas, reforços à parte, tem esse fora de série chamado Neymar. Ele fez um gol que, como já dito aqui, está se acostumando a fazer, tocando de forma precisa por baixo das pernas do defensor. Um lance incomum, que para o craque peixeiro está se tornando corriqueiro. Além disso, como disse o companheiro Edu, cavou uma expulsão do adversário e inúmeros cartões amarelos. Todos justos, embora o secador Lula discorde...



******

Já o Palmeiras também estreou com o gosto amargo do final de 2012. Não saiu do empate, em casa, contra um dos seus rivais na Série B, o Bragantino. O Verdão teve uma grande chance desperdiçada pelo atacante Barcos, que perdeu um pênalti. A equipe palestrina, aliás, foi "trolada" por Lula, que disse, a respeito da participação alviverde no Paulista: "Esse vai ser um campeonato paulista muito bom, porque todos os times estão reforçados. O Corinthians está melhor, o Santos está melhor, o São Paulo está melhor, os times do interior, o São Bernardo está melhor... Só falta o Palmeiras ficar melhor".


quinta-feira, janeiro 17, 2013

A estreia do Santos em 2013: companhias melhores para Neymar

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No amistoso disputado no Pacaembu, ontem, o Santos apresentou parte dos reforços para 2013. Não puderam atuar Marcos Assunção, André Pinga e Nei, além dos veteranos em recuperação Edu Dracena e Léo, e Felipe Anderson, que está na seleção sub-20. Ainda assim, foi possível ter algum vislumbre do que a  equipe pode render no primeiro semestre, com um elenco mais robusto do que o de 2012.

Um tempo foi dos titulares e o outro foi dos reservas. O resultado foi o mesmo, dois a zero em cada etapa, mas as impressões foram obviamente distintas. No primeiro tempo, o Santos criou diversas oportunidades e, logo a um minuto Montillo quase marcou em belo lance de Neymar. Na prática, dentre os reforços, sempre o melhor será a manutenção do Onze peixeiro o maior tempo possível. Mas esse o torcedor já sabe que é fora de série, voltemos aos novatos...


Montillo, camisa dez e segunda estrela da noite, mostrou que pode se entender bem com Neymar. Fez tabelas e mesmo triangulações nas quais o avante André também participou. Mas o nove santista, mesmo puxando a marcação e dando toques de primeira, mostrou as mesmas limitações de 2012: pouca movimentação, tanto para se deslocar como para pressionar a saída de bola do adversário, além de falhas algo grotescas para um atleta do nível dele. Corre sério risco de ir para reserva.

Quem chamou a atenção foi o volante Renê Júnior. Tem boa velocidade, chegou bem ao ataque, tanto que deu o passe para Galhardo sofrer o pênalti, e se posiciona bem. Atuando à frente da zaga, liberou um pouco mais Arouca, pelo lado direito, e Cícero, pelo esquerdo. O ex-são-paulino, aliás, teve uma estreia discreta. Com Marcos Assunção bem fisicamente (em cobranças de falta e escanteios torcedores brincavam pedindo seu nome) e o retorno de Felipe Anderson, Muricy pode ganhar o tal do “problema bom”. Poderá formar em algumas situações um meio de campo com três volantes que sabem tocar a bola e chegar ao ataque (algo que Adriano, por exemplo, não faz) ou colocar um meio de campo mais ofensivo com Felipe Anderson e Montillo, por exemplo.

Entre os reservas, destaque-se a estreia de Gabriel ou Gabigol, o garoto de 16 anos e de mais de R$ 100 milhões e também o belo gol do irrefreável Bill, em um lance no qual tirou o zagueiro com o traseiro (rima involuntária). Já começa a ganhar entre a torcida um status meio semelhante ao que Obina tinha no Flamengo, uma troça misturada ao reconhecimento pelo esforço – que ainda não compensa a falta de técnica.


Já Victor Andrade, que atuou meio tempo e foi substituído por Gabriel, precisa por as barbas – que ainda não tem – de molho. Parte da torcida vaiou seu desempenho e a paciência com o atleta que parecia promissor já está diminuindo. Quem sabe a presença de veteranos no elenco não traga um aprendizado diferente do que ele tem tido até agora.

sábado, dezembro 01, 2012

Em noite de homenagem a Joelmir Beting, Santos bate Palmeiras na Vila

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O clássico envolvendo Santos e Palmeiras na Vila Belmiro não foi marcado apenas por uma bela apresentação alvinegra no primeiro tempo, que lhe rendeu a virada e a vitória. Foi também uma noite de homenagem a Joelmir Beting, falecido na madrugada da última sexta-feira. O time do Palmeiras entrou com a faixa que reproduzia uma das máximas de Joelmir, “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível!”

Do lado alvinegro, coube a Neymar entregar a Mauro Beting (força, Maurão e família!), vestindo a camisa dez palmeirense com o nome Joelmir (ao lado), uma placa em homenagem ao jornalista que teve a grande sacada de registrar no Maracanã, justamente com uma placa, o célebre gol de Pelé, marcado contra o Fluminense, em 1961. “Nunca fiz um gol de placa, mas fiz a placa do gol”, dizia Joelmir sobre a ideia que inspirou a expressão utilizada correntemente para traduzir os belos gols.

Começada a partida, o Palmeiras dava até impressão de que, sem a pressão que viveu durante a maior parte do Brasileiro, jogaria mais solto, se aproveitando do oportunismo de Barcos e da velocidade de Maikon Leite, que fez o primeiro gol do jogo aos quatro minutos, após grande lançamento do centroavante alviverde. Dois minutos depois, mais uma vez nas costas do lateral Juan, o ex-alvinegro finalizou, mas dessa vez Rafael defendeu.

Passado o solavanco, a caravana santista se aprumou e começou a criar chances. Neymar atrapalhou Arouca e perdeu diante de Rafael Alemão e, logo depois, perdeu novamente uma chance clara, quase na pequena área, finalizando por cima do gol. Sim, um jogo elétrico, que o Santos empatou aos 14 minutos, depois de belo lance de Pato Rodriguez que serviu Neymar. O atacante driblou Rafael Alemão e passou para Victor Andrade finalizar sem goleiro.

A essa altura, o Santos já era melhor, e Roman quis ajudar um pouco mais a missão peixeira ao fazer pênalti infantil em Neymar. Ele já havia sido advertido com o cartão amarelo por uma falta desleal no craque alvinegro, e foi expulso ao receber o segundo, depois do puxão de camisa. O Onze converteu o pênalti e, a partir daí, os donos da casa viraram senhores do jogo.

Pato perdeu chance. Neymar finalizou uma bola que bateu no travessão, na trave, e depois na sua cabeça para sair pela linha de fundo. Felipe Anderson cortou errado o goleiro e perdeu o gol. Mas, aos 39, Neymar fez um gol de pura técnica e frieza, chutando entre as pernas de Maurício Ramos. O craque ainda perderia outra chance, superando o arqueiro rival mas parando Maurício Ramos, que salvou o tento.


Na segunda etapa, o jogo caiu demais e as chances rarearam. Aos 10 minutos, o Santos perdeu seus dois volantes: Alan Santos, que entrou no lugar do suspenso Adriano, foi expulso por ter feito uma falta justamente no momento em que Arouca era atendido e desfalcava o time. Gérson Magrão entrou na meia e Felipe Anderson foi recuado, permitindo que o Palmeiras tivesse mais campo para tocar a bola, ainda que de forma pouco incisiva.

Para o Santos, valeu a experiência de jogar sem um centroavante enfiado, como Muricy tanto gosta. Com muita mobilidade dos três avantes e uma forte marcação na saída de bola alviverde, a parte ofensiva do Peixe foi bem, mas, quando Arouca saiu, o time sentiu falta de um pouco mais de articulação no meio de campo. Vale testar novamente a formação, com gente de mais qualidade na meia o jogo santista – cadê as contratações, Laor? – o jogo pode fluir melhor.

Do elenco peixeiro que jogou hoje, Juan, que foi muito mal no primeiro tempo, deve ir embora, para alívio da torcida alvinegra, mais que impaciente com o atleta. Mas dois jogadores que evoluíram muito nesse segundo turno foram Felipe Anderson, que hoje tem muito mais consciência tática do que há alguns meses, e Pato Rodriguez, que também passou a aproveitar mais a habilidade que tem para jogar mais para o time do que para si. Faltam meias, e laterais.

quinta-feira, novembro 22, 2012

Durval é Campeão! Brasil é bi do Superclássico das Américas

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Lá está ele, Durval, o craque da camisa 4. Só que não.

Pouca gente deve ter dado bola, mas o Brasil foi campeão na noite desta quarta-feira, em cima da Argentina, e en La Bonbonera. Trata-se, claro, do glorioso Superclássico das Américas. O tradicional caneco ficou com a seleção canarinho pela segunda vez em duas disputadas, esta nos pênaltis, após o 2 a 1 para a Argentina no tempo regulamentar, resultado igual ao conquistado em terras tupiniquins.

O resultado, na verdade, pouco importa. Se esse jogo vale de alguma coisa, é para observar alguns jogadores novatos com a amarelinha. Começando pelo óbvio: Durval não dá. O zagueiro deve ser o cara que mais comemorou o único título que jamais imaginou que ganharia. O mesmo vale para Fábio Santos e o tal Lucas Marques, lateral-direito do Botafogo, o que demonstra a escassez de nomes para a posição. Réver também é mais fraco do que eu imaginava e Ralph é aquele cão-de-guarda conhecido, com boa marcação e passes de lado. Isto posto, vamos ao jogo.

Mano entrou com uma formação estranha com três volantes: Ralph, Paulinho e Arouca, sendo que os dois últimos deveriam armar o jogo. Começaram muito mal, com os dois “armadores” batendo cabeça no lado direito do campo. Pouco depois Arouca caiu pela esquerda e se adiantou um pouco, distribuindo melhor o time. Foi dele o passe para a melhor chance brasileira, desperdiçada por Neymar, que parecia se questionar o tempo todo “o que diabo eu to fazendo aqui?” - dúvida semelhante à manifestada por Durval quando soube de sua convocação.

Primeira observação: Arouca tem passe melhor que Ramires. Merece ser testado na dupla de volantes-que-marcam-e-jogam de Mano, ao lado de Paulinho, que fez outra boa partida - como volante, não como armador.

Ainda no meio-campo, chamou minha atenção a atuação ruim de Thiago Neves. Errou quase tudo que tentou, não achou posição e pouco acrescentou. Foi prejudicado pelo vazio na armação dos dois volantes, é verdade, mas, com seu desempenho igualmente fraco no jogo anterior, teria gasto suas chances com este professor aqui.

Fred e Neymar foram prejudicados pelas dificuldades da armação. Mesmo assim, o camisa 11 teve as melhores chances, como a já citada no passe de Arouca, e deu uma arrancada maravilhosa que merecia terminar em gol. O 9, bem, fez o gol de empate numa das poucas chances que teve. Mas é fato que Fred não se entendeu tão bem com Neymar e seu entrosamento com Thiago Neves não ajudou muito.

No segundo tempo, entraram Carlinhos na lateral-esquerda, criando uma opção ofensiva pelo setor, e Jean no lugar de Arouca. O volante (são tantos...) não ficou muito tempo no meio-campo e teve de cobrir a lateral-direita com a lesão de Lucas. Entrou Bernard, que bem que podia ter começado o jogo para ser melhor avaliado.

Foi Jean quem cometeu a falta fora da área que o juizão decidiu transformar em pênalti. E também foi ele que cobriu como o volante que é o contra-ataque bizarro cedido pelos zagueiros, deixando o setor direito da defesa aberto para a finalização de Scocco, que entrou no lugar do pirata Barcos.

Nos pênaltis, Diego Cavalieri deu passos para garantir uma vaga com uma bela defesa na cobrança do corintiano Martinez (nota mental: avisar Tite para não deixar o argentino cobrar pênaltis no Japão). Montillo chutou na lua e, como Neymar não perdeu dessa vez, levamos.

Bom, foi o que se pode arranjar sobre essa partida de validade duvidosa. Mas sem dúvida Durval lembrará para sempre do dia em que foi campeão pela mais vitoriosa seleção do mundo. Mais um bonito momento proporcionado pela CBF.

sábado, novembro 17, 2012

Sem sustos, Santos bate Figueirense mas árbitro tira Neymar de clássico

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(Foto SantosFC)

Em outra partida na qual os dois times não tinham qualquer meta ou pretensão, o Santos venceu o Figueirense na Vila Belmiro por 2 a 0. Sem contar com o volante Adriano e o lateral Galhardo, Muricy desfez o malfadado esquema com três volantes e colocou o meia Patito Rodríguez e Bruno Peres na ala direita.

Até o gol alvinegro, no final da etapa inicial, o jogo era morno. O argentino jogava aberto pela esquerda, com Felipe Anderson atuando de forma semelhante no outro lado. Neymar se movimentava pelo meio, deu alguns bons passes, mas não brilhava. O Figueirense, por outro lado, não ameaçava o gol de Rafael, e tudo indicava um zero a zero daqueles que curam insônia.


No entanto, Felipe Anderson passou por três rivais, parou e cruzou para Pato, que fez de letra. Um belo gol que não teve a participação de Neymar, algo raro em 2012. O placar trouxe tranquilidade para o time da casa, que conseguiu uma trégua com a torcida, embora essa tenha quase perdido a paciência com uma peculiar competição dos dois laterais peixeiros, que disputavam quem conseguia errar mais. Bruno Peres, com cruzamentos bisonhos e uma virada de jogo malsucedida que resultou me contra-ataque perdido pelos visitantes, e Juan, que desperdiçava jogadas quando apoiava.

Felipe Anderson coroaria mais uma atuação interessante com um gol no qual o jovem e bom goleiro Tiago Volpi, que fez sua primeira partida pelo clube catarinense, defendeu a primeira tentativa mas deu o rebote para o meia. Dizem que olheiros do Milan estavam na Vila para conferir o futebol do jovem, dado que o Santos quer repatriar Robinho e o negócio poderia acontecer envolvendo atletas. Devem ter gostado do que viu.

De resto, mais uma arbitragem meia boca, como tem sido a tônica do Brasileirão. Se não afetou o resultado, pesou para o time no clássico contra o Corinthians. Neymar foi calçado por trás, numa falta algo evidente, caiu (quem não cairia?) e o juizão Cláudio Francisco Lima e Silva não só não deu a falta, como deu um cartão amarelo que impede a participação do jogador na próxima peleja. Num lance em que os dois jogadores caem, pressupõe-se que haja contato, mas vai explicar lógica pra árbitro de futebol...     

domingo, novembro 11, 2012

Rapidinhas sobre o fim de semana que consagrou o campeão Fluminense

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Fluminense é o campeão brasileiro de 2012. Com a vitória sobre o Palmeiras em Presidente Prudente, já assegurou a melhor campanha como visitante na história dos Brasileiros por pontos corridos e deve terminar como o campeão de melhor desempenho desde 2003. Significa

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Muita gente, principalmente na bairrista São Paulo, subestima o Fluminense e usa o argumento de que o campeão de 2012 não é um time, mas “um plano de saúde”. Besteira, o Tricolor carioca sempre fez história, independentemente dos parceiros, que tantos outros clubes já tiveram e tem, aliás. Seguindo a mesma lógica, pode-se dizer que o campeonato já teve empresa de laticínio e mesmo a máfia russa como campeões? Acho que não.


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O futebol brasileiro merece ver Neymar de perto, mas Neymar não merece tanto jogador mediano atuando ao lado dele no Santos. A torcida do Palmeiras merece um jogador como Barcos, mas Barcos não merece jogar com um elenco como o do Verdão hoje. Jogador e torcida não merecem a Série B.

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Nem Diego Cavalieri, nem Fred estão na seleção brasileira. Diz muito a respeito do quanto a CBF valoriza o campeonato nacional e também de como o técnico da seleção olha para o futebol daqui. Se jogassem na Ucrânia...

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O Paysandu garantiu uma vaga na Série B 2013, junto com Chapecoense, Icasa e Oeste-SP. Desde 2007, quando o Remo disputou a Segundona, a região Norte estava sem representantes na competição.