Destaques

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Balanço quase final do Brasileirão

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A uma rodada do final, não dá ainda para saber quem será o campeão e dois dos rebaixados, mas é possível fazer algumas análises sobre o campeonato.


Primeiro, o campeão, seja quem for, será o mais medíocre da era dos pontos corridos. Comparando apenas com os anos em que existem 20 times na primeirona, o atual campeão chegará no máximo a 75 pontos, se for o São Paulo, ou 72, se for o Grêmio. Em caso de o Goiás aprontar e o Galo perder para o Grêmio o campeão será definido pelo número de vitórias, 21 a 20 para os tricolores gaúchos. E será campeão apenas por esse critério, porque no saldo o SP tem 7 gols a mais.

Em 2006, o São Paulo chegou a 78 pontos, com 22 vitórias.

Em 2007, 77 pontos com 23 vitórias.

Neste ano, chega no máximo a 75, com 21 vitórias.

Mas a mediocridade não está apenas nos números. Ganha um Chicabon o primeiro a apontar dez partidas memoráveis neste campeonato cheio de altos e baixos.

Outra constatação é em relação aos rebaixados. Talvez seja excessivo o número de 4 times que sobem e descem a cada ano. Explico. Em 2007 subiram Coxa, Vitória, Portuguesa e Ipatinga. Os dois desses já estão matematicamente rebaixados.

Neste ano subiram Corinthians, Avaí, Santo André e Barueri. Quem aposta outro Chicabon que pelo menos dois desses cairão no ano que vem?

Daí ser necessário pensar se não é melhor que caiam dois diretamente e dois da primeira disputem com o terceiro ou quarto da segundona para ver com quem ficam as vagas.

Atlético-MG e Santos
Não sei o que fazer para não assistir a um jogo tão ruim quanto foi esse de domingo entre os dois times. Essa é uma das poucas críticas que tenho aos pontos corridos: é mais justo, mas proporciona partidas em que niguém tem nada a ganhar e nada a perder e um empate é bom para os dois. Com um jogo tão ruim tecnicamente, nem dá para reclamar do erro da bandeirinha, que marcou um impedimento absurdo e anulou o gol do Galo. Ninguém merecia vencer mesmo.

Vencer o Botafogo. Vencer o Botafogo. Vencer o Botafogo

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É mantra, porque é a forma de o time de 2008 ir além do comandado por Caio Junior no ano passado, que deixou escapar a classificação para a Libertadores da América. Não que seja garantia de vitória. E mesmo assim já seria um fim triste para o time que mais investiu no campeonato. Mas ficar entre os quatro primeiros seria o mínimo.

0 a 0
O jogo do Palmeiras com o Vitória mostrou que o Verdão só não é Kléber e mais dez, porque tem Marcos para evitar gols do adversário. Viáfara também foi bem (embora substituído por Gleguer). O resultado só prestou porque o Flamengo cedeu o empate para o Goiás e o Internacional bateu o Cruzeiro. Só precisaria de uma dessas ajudas para o time ficar no G4, mas como o auxílio veio em dobro, só resta gratidão.

O Parmerista descreve bem um jogo de duas retrancas em que o Vitória mudou e provocou a tentativa alviverde de ir para o jogo. O Terceira Via Verdão cobrou um pênalti e um impedimento mal marcado, em que Alex Mineiro recebeu a bola em condição legal, mas o árbitro não concordou.

O time de Vagner Mancini estava sem três titulares, sendo que dois Leonardo Silva e Osmar) têm vínculos com o Palmeiras e, por motivos de contrato, eram desfalque previsto. Mas isso perdeu em atenção na mídia para a atuação de Marquinhos, que está acertado com a Traffic para reforçar a representação de Palestra Itália em 2009. Apesar de ter perdido um gol cara-a-cara numa defesaça de Marcos, o Goleiro, não li ninguém reclamando de corpo mole do cidadão.

O fato objetivo é que o time do Palmeiras tenta garantir a Libertadores. Sem isso, a temporada se reduziria à conquista do Paulista que, por mais comemorado que tenha sido, é só um estadual. O continental representa possibilidades de caixa e de elenco para 2009.

Pior: sem a Libertadores, Vanderlei Luxemburgo terá feito papelão maior do que o atual treinador do Flamengo, já que tem um time bem melhor do que o colega sósia de Milhouse, Harry Potter e Homem Fluido.

Então, deixem-me retomar o mantra, porque é só o que resta: vencer o Botafogo, vencer o Botafogo, vencer o Botafogo...

Jogando fora de casa

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Por Eliza Capai

Nostalgia: melancolia profunda causada pelo afastamento da terra natal (…) saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado (Dicionário Houaiss).

Faz tempo que Diego saiu. Seu coração latino/argentino se apaixonou por uma gringa e voou para os States. Na nova casa, casou, separou e todo novo sábado se reapaixona por alguma chica de quadril vibrante na noite de Nova Iorque. Num sábado foi pelo meu ziriguidum que seu corazón latió. Claro que Diego se chama Diogo, Pablo, Alejandro ou qualquer outro nome que não Diego mas não importa. O que importa é o que segue… Já eram muitas long necks de sete dólares – ui… - quando nossos olhos de baixo da América se cruzaram.

Nostálgica de bem entender palavra por palavra, a frase inteira e até piada que estava, gastei todo o meu castellano, enquanto ele gastava todo o português. A saudade era tanta que argentino arranhando português já era de uma familiaridade carinhosa ali naquela terra de puritanos. No meio do caminho todas as referências se encontravam: doce de leite, morro de são paulo, malbec e chorinho. Um forró bem arrastado se creyendo tango e foi: golaço! Mas entre as línguas, a embriaguez fez com que Diego confessasse que tinha encontro com outra Senhora Nostalgia que não eu: “amanhã é dia de pelada” falou assim mesmo em português com acento hermano. Na domingueira pegou a chuteira, camiseta número 10 e foi.

Já tinha dez anos de green card mas a saudade da terra, do porto, do Plata levavam o hermano todo o domingo para o campo. Com a bola no pé Diego corria em Mendoza, driblava os 8.512 quilômetros da terra natal, gritava “che, boludo”, recuerdava tempos outros, bolas outras. A vida de quem sai de casa é algo assim. Sempre. Basta uma caminhada nos parques gringos e as pelotas nos pés estarão acompanhadas por xingamentos latinos, num desejo de ali não ser ali por 90 minutos que seja. Saindo dos parques os mercadinhos do Brooklyn ou do Queens e suas prateleiras recheadas de produtos em espanhol, indiano, mandarim, coreano encherão os estômagos dos nostálgicos com produtos da terrinha: curry, tortilla, coxinha.

Para quem gosta de números, um estudo da Organización Diálogo Interamericano aponta que 49% dos mexicanos aqui de cima preferem comprar produtos mexicanos que norte-americanos. A nostalgia, esta saudade da terra que move a economia dos países latino, os pés de Diego e meus quadris no chorar de qualquer cuíca às vezes tem soluções menos simplórias que estes dribles.

Antes de virar eu também este ser saudoso que estou cruzei com mulheres centro-americanas (viajo dês de março, dês de o Panamá) em que a saudade não se resolvia com chilli, dribles ou cantadas. Cruzei mulheres em que a terra deixada e desejada era aquela nascida em seus ventres, saída das entranhas. E para garantirem o adubo de seus pequenos terrenos migravam com esperança de melhores empregos e salários. Nem sempre encontravam, nem sempre se orgulhavam de suas decisões. A impotência de quem passa e escuta e lamenta e segue me motivaram a editar um videozinho.

E todas as embaixadinhas deste texto foram só para deixar a bola assim, na cara do gol: fiz um curta sobre Georgina (foto), uma mulher que queria ter uma varinha mágica e se transportar de volta para o dia em que saiu de seu país, para o ponto de ônibus em que seu filho gritava no te vaya! 

A nostalgia de Georgina chorava e eu sem varinha tentei em vídeo deixá-la assim, mais perto de sua pátria. O vídeo está na net, numa competição até quarta, dia 3, logo mais. Convido a todos da arquibancada para invadirem o campo, verem Georgina, Israel e gritarem com todo o pulmão umas estrelinhas para nós: Me ajudam no chute final? O jogo é aqui . Qual é: Georgina’s Magic Wand.

*Eliza Capai viajou do Panamá aos Estados Unidos escrevendo uma série de oito reportagens sobre migração de mulheres para a Revista Fórum – para saber mais deste projeto, acesse www.americasemfronteiras.com.br .

As orelhas de Marcelo Teixeira pegando fogo...

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"Esse grupo merecia coisa melhor do que ficar na primeira divisão do Brasileiro. Para mim, foi um ano frustrante, por tudo que o Santos representa, pelo elenco qualificado que tem. Os problemas de planejamento que tivemos no começo do ano estragaram toda o semestre", disparou o goleiro Fábio Costa (foto), em entrevista à rádio Globo. "Lutamos para não cair no Paulistão e também no Brasileirão. Que fique a lição não só para os jogadores, mas para quem comanda o clube também", alertou, cutucando o presidente Marcelo Teixeira.

Eu já sabia

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Não podia mesmo ser contra o Fluminense. Não nesse ano.



Falta um pontinho contra o Goiás, o eterno time do segundo turno.

Ipatinga e Portuguesa estão rebaixados.

sábado, novembro 29, 2008

The BOBs, os blogues e a democratização da comunicação

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Acabou a votação no The BOBs e esse Futepoca ficou na terceira posição no voto popular. Primeiro, os agradecimentos a quem votou e divulgou o nosso site, que conseguiu um resultado excepcional. Além do muito obrigado, parabéns ao vencedor, Querido Leitor, da jornalista Rosana Hermann que bloga desde 2000 e antecipou um estilo celebrizado pelo Twitter, fazendo micro-blogagem antes do termo existir. E também ao vice, o sociólogo Carlos Serra, que tive o prazer de entrevistar para a revista Fórum antes de ter sido indicado para a premiação alemã.

Isto posto, à vaca fria. Acho que é um consenso entre os membros desse blogue que, de uma forma ou de outra, todos acreditam que os blogues têm potencial para se tornar algo que fure o cerco da grande imprensa. A própria jurada brasileira no The BOBs, Soninha Francine, comenta sobre isso nesse post a respeito da premiação, frisando o “poder da internet como ferramenta de empoderamento dos indivíduos e grupos sociais, de alternativa à 'grande mídia', de profundas transformações sociais.”

Acho mesmo que os blogues e sites “independentes” (o conceito disso é complicado, mas atribuo ao termo a autonomia em relação a diretrizes comerciais/empresariais) trouxeram e trazem todos os dias uma oxigenação maior na circulação de informações e opiniões. Pluralidade e muita qualidade também. No entanto, uma declaração da vencedora do prêmio de melhor weblog, a cubana Yoani Sánchez, me fez pensar que não avançamos tanto assim. Pra contextualizar, o blogue dela fala do cotidiano de jovens na ilha de Fidel e sobre os óbvios problemas decorrentes da restrição de liberdades (o debate a respeito disso daria outros posts, mas não é o foco agora). Diz ela:

A blogosfera cubana e também a internacional comemorarão o prêmio comigo, mas a imprensa e a televisão cubanas permanecerão em silêncio. Um dia, a vida real será como o ciberespaço e todos nesta ilha poderão se expressar sem pedir permissão. Este prêmio é mais um passo nesse sentido.”

Substitua os negritos por “brasileira”, “brasileiras” e “neste país”. Dá pra colocar reparos? Ou seja, em plena vigência da democracia formal e representativa, os blogues no Brasil não têm o alcance ou o reconhecimento de outros veículos da mídia tradicional, mesmo que blogueiros premiados como a própria Rosana Hermann ou Marcelo Tas, sejam oriundos do mais vistoso meio de comunicação, a televisão. Aqui não há restrições legais rígidas a blogues (embora alguns queiram que ela exista), mas há limitações de outra ordem.

A primeira é o próprio nível educacional da população. As estatísticas se contradizem, mas o nível de analfabetismo funcional no país ultrapassa a marca dos 70%. Como estes poderão blogar ou mesmo entender o que é escrito em um? Se de fato a blogosfera está preocupada em se tornar respeitável e também um motor de transformação, não é possível dissociar disso a preocupação com políticas públicas na área da educação. E, acredito, a própria técnica dos blogues pode ser incorporada também ao ensino, por que não? Passou da hora de blogueiros se mobiliarem em prol disso, assim como é fundamental a ampliação do acesso – público e privado - à internet.

Mas há outra limitação, tão severa quanto, que é a concentração midiática. Os meios tradicionais já têm seus braços na internet e, se alguns permitem autonomia e liberdade para seus blogueiros, boa parte age de outra forma. Já soube de pessoas lamentando o fato de serem proibidas de colocar links para o Futepoca, por exemplo, porque estão com blogues alojados em meios que não permitem que se dê “cartaz” a sites que não estão em tal portal. Ou, como outro exemplo, o relato que um blogueiro me fez, dizendo não poder comentar a respeito da campanha Marcelo Eterno, sobre a “perenidade” do presidente do Santos no poder, pelo fato de que política de clubes era um tema proibido em seu blogue, pelo portal que o alojava. Ou seja, fale só do que acontece dentro das quatro linhas. Ué, mas estamos em Cuba?

Acho que é bastante claro que a inserção dos grandes donos da bola da comunicação na internet pode representar a concentração de audiência e a padronização de visões, deixando a uns poucos nichos, que serão menos acessados, a livre opinião. Se os blogueiros não pensarem nisso, ficarão para trás. Ou serão engolidos.

sexta-feira, novembro 28, 2008

Som na caixa, manguaça! - Volume 29

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XOTE ECOLÓGICO
(Aguinaldo Batista/ Luiz Gonzaga)

Não posso respirar
não posso mais nadar
A terra tá morrendo
Não dá mais pra plantar
Se planta não nasce, se nasce não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar

Cadê a flor que estava ali?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu

(Do LP "Vou te matar de cheiro", 1989, Copacabana)

Peça proibida foi avaliada nos bares paulistanos

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Lendo o livro que contém a peça de teatro "Calabar" (foto), de Chico Buarque e Ruy Guerra, proibida pela ditadura militar em 1973, encontrei detalhes curiosos sobre o polêmico espetáculo, que foi completamente abortado (só teria a primeira montagem na década de 1990). Fernando Peixoto, por exemplo, só aceitou dirigir a peça, naquela ocasião, depois de "se convencer" em dois bares paulistanos: "No fim de junho de 1973, Chico e Ruy me procuram em São Paulo. Trazem o texto de 'Calabar' e a proposta de assumir a direção do espetáculo. Já havia muitos anos de amizade antes disso, mas partimos para um verificação crítica mútua: Chico e Ruy foram para o Teatro São Pedro assistir um espetáculo meu, 'Frank V', de Dürrenmatt, enquanto eu fui para o Bar Riviera ler o texto deles. O acerto foi selado na Baiúca". Não há projeto inviável que duas mesas de bar não nos convençam do contrário...

Depois de escolherem atores e atrizes e ensaiarem a peça em Ipanema, no Rio de Janeiro, entre setembro e outubro daquele ano, veio a bomba: o texto seria revisado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) e o prazo para solução era indeterminado. Em 13 de novembro, o projeto foi abandonado de vez, depois de fracassarem todas as tentativas dos advogados dos autores em Brasília. Trecho de uma anotação de Peixoto, na ocasião: "Nós estamos definitivamente castrados. Agora resta encontrar o elenco para encerrar tudo". Mas a cachaça sempre põe uma luz no fim do túnel. "Vim agora do Bar Luís, onde estive com Chico e Ruy", prosseguia Peixoto. "Uma última hipótese: filmar o espetáculo em Petrópolis. Me parece meio utópico. Quem sabe?". Pois é, só tomando uma (ou várias) para estimular a criatividade e tentar driblar a censura dos generais naqueles tempos bicudos.

Pé redondo na cozinha - Choco "muito louco" e seu Pudim de Cana

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MARCOS XINEF*

Choco é um brother que sempre está aqui pelas redondezas do bar. Dia sim, outro também, ele vem tomar umas e outras e contar como foi seu dia salvando vidas (ele é técnico em enfermagem, trabalha num Pronto Socorro e no resgate). Daí, fugindo um pouco de todas as histórias engraçadas que já contamos aqui na coluna, trazemos o exemplo de um profissional que se depara com momentos de extrema tensão, para não dizer tristes, mesmo. E que confirmam de forma integral a frase: "-Hoje vou tomar uma pra esquecer".

Mas, voltando às coisas alegres, outro dia ele veio já muito louco e nos disse que não tinha bebido nada (mas não era o que parecia). Ele trançava as pernas e falava mole. Mas, no final das contas, ele nos convenceu que não tinha bebido mesmo, apesar da manguaceira explícita. Ficamos muito curiosos para saber como ele conseguiu tal proeza. Fomos para casa e ficamos tentando descobrir até o outro dia, quando ele voltou sóbrio e nos contou a receita dessa maravilha que nós apelidamos de Chococanadim – ou, traduzindo, "Pudim de Cana do Choco". Lá vai a receita:

CHOCOCANADIM

Ingredientes
1 envelope de gelatina de chocolate (ou qualquer outro sabor)
400ml de vodka
600ml de água

Preparo
Pegue a gelatina, despeje em um recipiente, adicione 400ml de vodka e 100 ml de água fria, ferva 500ml de água e adicione. Deixe na geladeira até ganhar a devida consistência. Sirva normalmente, sem avisar os convidados. Aproveite e dê muitas risadas depois disso. Uma boa idéia é servir durante a ceia de Natal em família...


Falando nisso, deixamos aqui um feliz Natal e um próspero Ano Novo para os queridos leitores do Futepoca e todo amor que houver nessa vida para nossos queridos irmãos de Santa Catarina – lembrando que vale mais a pena viver os momentos atuais de felicidade do que os tristes já vividos.

Assinado: Marcos Xinef, Bruno Castellan e Fernando Rodrigues (Choco).

Abraços!

*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

"São Paulo não é um clube de massa". Zico tem razão?

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"Poucos lembram que a equipe do Muricy passou por maus bocados no Brasileirão. Agora, o São Paulo é um clube diferente. E tem mais um detalhe importante, não é um clube de massa, como o Flamengo e o Corinthians. Tudo nesses dois clubes tomam proporções alarmantes", Zico, em coletiva ontem no CFZ.

O assunto já foi tratado aqui e, em tese, não causaria comoção. Mas a declaração do Galinho se choca com o que boa parte da mídia apregoa e também com a tese de alguns tricolores bem mais exagerados... E aí, ele tem razão ou é dor de cotovelo de flamenguista?

quinta-feira, novembro 27, 2008

Comemoração com "brinde" gera polêmica

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Há algumas semanas, os jogadores manguaças Pituca e Agenor, do Paraná Clube, tomaram umas a mais e se envolveram numa briga em uma casa noturna de Curitiba. A imprensa esportiva, pra variar, desceu a ripa nos dois. Por isso, quando o volante Pituca fez o primeiro gol do Paraná na goleada por 4 a 0 sobre o CRB, na terça-feira passada, imitou um brinde junto com o colega de copo Agenor. A torcida não gostou. "-Foi uma forma de protesto, pois a imprensa noticiou coisas que não eram verdade", afirmou Pituca, ao Lance!. Pois é. O que não era verdade é que eles tomaram "só uma"...

Do PT seria caixa dois; do DEM, "doações ocultas"

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Tá lá na Agência Estado: o prefeito reeleito de São Paulo, queridinho da mídia Gilberto Kassab (foto), do ex-PFL (DEM), que arrecadou R$ 29,8 milhões na campanha deste ano, "justificou" simplesmente 95% (reforço: noventa e cinco por cento) do dinheiro como oriundos de "doações ocultas", segundo prestação de contas à Justiça Eleitoral. Gente, isso não é sério. É muito sério, pô! No total, R$ 28,5 milhões entraram na conta da campanha via partido político ou comitê partidário, operação que até é permitida pela legislação, mas dificulta a crucial identificação de quem financiou o candidato. E a mídia, pra variar, trata o assunto com total discrição.

Entenderam o golpe? Quando empresas e pessoas físicas fazem doações diretas aos candidatos, sua identidade é revelada na prestação de contas. Mas, quando a doação vai para o caixa do partido, é impossível saber quem a recebe efetivamente, pois o dinheiro pode ser repassado para mais de um candidato. E, enquanto as prestações de contas das campanhas são feitas até 30 dias após as eleições, os partidos só divulgam a lista de seus doadores no meio de 2009. Lembrete: Kassab teve a campanha mais cara entre os concorrentes e quase atingiu o teto previsto antes do início das eleições, de R$ 30 milhões. Repito o meu jargão: ah, se fosse o PT...

Inter abre vantagem na final

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O alvo principal das inevitáveis acusações de fracassos no Brasileirão é o Palmeiras de Luxemburgo. Diz-se que contratou muito - especialmente a própria comissão técnica, é verdade - e que por isso a equipe deveria estar agora disputando o título. Ou estar com o caneco assegurado, o que é um flagrante exagero.

Mas se o Palmeiras é cobrado assim, o que dizer do Internacional de Tite, que gastou as burras para contratar Nilmar, Daniel Carvalho e D'Alessandro? A posição intermediária em que o time vai ficar no Brasileiro (no máximo 6º colocado, com diferença de cerca de 10 pontos para o 5º) é bastante decepcionante. A conquista do título estadual não apaga a má impressão, assim como no Palmeiras. Talvez a contratação de Gustavo Nery tenha anulado os bons investimentos, quem sabe?

Mas a temporada colorada pode ser salva pelo título da Copa Sul-americana. Não que o campeonato tenha algum prestígio no Brasil, mas um título é sempre um título, ainda mais internacional. E, além do caneco em si, nesse ano a Sulamericana pode dar de brinde ao campeão uma vaga na Libertadores, por conta da suspensão que a Fifa ameaça impor ao futebol peruano pela intervanção do governo federal na Federação de Futebol do país. Se até o meio de dezembro o imbróglio não estiver resolvido, três vagas serão abertas na Libertadores. O Inter batalha nos bastidores para que uma delas vá para o campeão da Sul-americana.



E a decisão começou muito bem para o Colorado. Na primeira partida da final, contra o Estudiantes, na Argentina, vitória por 1 a 0, mesmo depois da expulsão de Guiñazu aos 25 minutos do primeiro tempo. O gol foi marcado por Alex de pênalti, depois de falta sofrida por Nilmar. A decisão será na próxima quarta-feira, no Beira-Rio. O Inter joga pelo empate. E pela salvação do ano.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Voto Futepoca 2: mais apoios de peso

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Novos apoios engrossam a campanha "Vai, Futepoca!". Eles se unem à primeira leva de apoiadores. Faça como eles e vote na gente, faltam poucas horas para o encerramento da votação. Agora vai?

Bento XVI
Com tanta gente me criticando por ser um conservador, esses fiéis aliviaram minha barra me chamando de comunista. Melhor do que chamar de capitalista. E ainda falam do vinho, que a gente tanto aprecia aqui no Vaticano. Que Deus abençoe esses meninos...





David Beckham
Eles ajudaram a vender minhas cuecas, gostam da Victoria, e também não entendem o Luxemburgo. Vou pedir pro pessoal do Milan votar.




Hugo Chávez
Pela defesa que fizeram das partidas na altitude, na terra dos nossos hermanos bolivianos em sua batalha contra a Fifa, apóio o Futepoca. Acredito que é o início de uma mobilização contra o imperialismo ianque pela Blogosur, a integração de latinoamerica pelos blogues contra las corporaciones transnacioles!



Dunga
A mídia me persegue pelo que eu represento pela marcação de esquerda desse país. Tá certo que o Futepoca foi o primeiro veículo a querer me tirar, mas também me defendeu mais de uma
vez
, além de nunca ter feito leitura labial do que eu falo. Pode ser pouco, mas luva de pelica pra quem apanha de soco inglês já é carinho.

Manguaça pé-rapado

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Meio-dia. Calor. Ressaca. Dor de cabeça. Cansaço. Vontade de beber de novo. Trezentas coisas pra resolver no trabalho. Desespero. Toca o celular.

- Alô, senhor Marcos?

- Sim.

- O senhor adquiriu, recentemente, uma linha fixa pré-paga da Encrencofônica?

- Sim.

- Senhor Marcos, o senhor estaria interessado em adquirir o serviço Speeki?

- Não.

- Não? Por que, senhor?

- Não tenho computador.

- Ah! E para a TV? O senhor não gostaria de adquirir o serviço Encrencofônica TV Digital?

- Não.

- Também não?!? Por que?

- Não tenho televisão.

- ... (ouve-se um suspiro prolongado)

- Hãã... Muito bem, senhor Marcos, a Encrencofônica agradece, tenha uma boa tarde...

Fim da ligação. Com o amargo do vinho de ontem na boca, fico imaginando o rapaz do telemarketing reclamando pro colega da baia ao lado: "-Não tem computador! Não tem televisão! Nem sei como tem celular! A gente pega cada pé-rapado pra tentar vender essas porcarias que vou te contar, viu!".

Maradona protagoniza nova forma de censura na internet

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A notícia vem circulando há alguns dias, mas só vi hoje no The First Post.

Martin Leguizamon Peña, advogado do atual técnico da seleção argentina de futebol, o ex-10 Diego Armando Maradona, conseguiu na Justiça argentina uma liminar que restringe resultados de busca com o nome de seu cliente. A estratégia tem um dado "inovador", que é exigir filtros também na busca em vez de apenas atacar pontualmente seus resultados. Assim, ao buscar qualquer combinação de palavras que inclua "Maradona" no Yahoo! argentino, lê-se:

Con motivo de una orden judicial solicitada por partes privadas, nos hemos visto obligados a suprimir temporalmente todos o algunos de los resultados relacionados con ésta búsqueda.
Até dia 10 de novembro, consta que nem o aviso era exibido, era nenhum resultado e pronto.

Foto: AFA

Busca na internet? Com meu nome, não.

Mecanismo
A causa do atleta é apenas a mais recente das obtidas em diferentes cortes do país que impõem filtros a buscas. Celebridades e magistrados já haviam recorrido a expedientes semelhantes com o mesmo advogado. Nos outros casos, segundo a organização Open Initiative, a restrição é a conteúdos pornográficos ou difamatórios. As buscas envolvendo as atrizes Susana Giménez, Paola Krum e Isabel Macedo, modelos Nicole Neumann, Sofía Zámolo e Julieta Prandi, e a juíza María Servini de Cubría – acusada de corrupção – estão entre as que têm restrição nas páginas ".ar".

Peña, o mais temido pelo Google e pelo Yahoo, garante 80% de sucesso nos processos contra essas empresas. Ele começou a obter sentenças do tipo em 2006, mas elas dispararam em maio deste ano.

A estratégia consiste em amontoar muitas ações com pedidos variados. Umas demandam a retirada de páginas específicas da lista de resultados. Outras exigem o bloqueio total. Uma terceira linha quer ver um filtro do buscador funcionando, para determinar o que for difamatório. A justificativa oficial é impedir que o nome da celebridade seja usado indevidamente por gente que tenta chamar atenção prometendo mostrar artistas e jogadores em um desempenho, digamos, de foro íntimo, seja pornográfico, seja em combinações de termos como "sexshop".

A sentença de Maradona saiu em setembro, exigindo bloqueio a páginas com teor pornográfico envolvendo seu nome e o de 33 membros da família. Em vez de analisar um por um os resultados, o Yahoo! preferiu bloquear tudo. A Google promete ser mais combativa e levar a questão à corte suprema se for o caso, baseada em princípios de "mera transmissão" e "inexistência de obrigação geral de supervisão" por parte de motores de pesquisa, e na liberdade de expressão.

Iniciativa global
Acatar medida judicial sem fazer alarde não é contra a lei, mas fere os princípios da Global Network Initiative. O código de conduta formulado por portais de internet, incluindo Google, Yahoo! e outros, foi lançado no dia 28 de outubro para proteger a liberdade de expressão e a privacidade. As questões foram colocadas depois que de chover críticas pesadas às empresas (especialmente o Yahoo) por colaborarem com o governo chinês.

A principal medida de controle consiste em submeter as empresas a auditorias independentes para saber se elas avisaram adequadamente os usuários a respeito de qualquer restrição e as leis em que foram enquadradas.

Na prática
Então não se pode mais querer saber, por exemplo, sobre a mão de Deus ou sobre a admiração do cidadão por Fidel e Che em terras de Cristina Kirchner?

Mais ou menos. Tudo bem para "Diego Armando", também para a página espanhola do portal de busca. Ah, pode ainda diegoarmando ou maradone.

Quem quiser saber sobre as posições do técnico argentino, terão que se esforçar. Ainda bem que o Maradona não apóia o Futepoca.

P.S.: Enquanto isso, no MPF...

Você batizaria seus filhos como Mussolini?

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Tá sobrando dinheiro por aí: sem mais o que fazer (ou propor), um partido italiano de extrema direita está oferecendo 1.500 euros para quem der aos filhos o nome do falecido ditador italiano Benito Mussolini (à direita) ou de sua mulher, Rachele. O nanico Movimento Sociale-Fiamma Tricolore argumenta candidamente que esses dois nomes são "muito agradáveis". Na cara larga, o partideco acrescenta ainda que o incentivo "não tem nenhuma intenção fascista ou racista" - Ma che! Catzo! Só que uma das condições é exatamente que pelo menos um dos pais seja italiano (xenofobia?). Para facilitar as adesões, o "Bolsa-Mussolini" é oferecido em cinco áreas pobres do Sul de Itália. Aí o manguaça vira pra mulher, com um olhar pra lá de mal intencionado: "-Chega pra cá, minha porpêta! Vamo fazer outro bagulino? Esse vai se chamar Benitinho! Mas me diz uma coisa, pêpa: quanto será que dá, em vinho tinto, 1.500 euros?".

Chico Mendes encontrou Che Guevara no bar

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Não, caro leitor, o título acima não é fruto de nenhum delírio ou ressaca mal curada. Pesquisando e realizando entrevistas para um material que será publicado na revista Fórum, em razão dos vinte anos da morte de Chico Mendes, surge uma revelação fantástica: o líder seringueiro encontrou um dos ícones da esquerda mundial em um estabelecimento etílico.

Após ter tido participação decisiva na Revolução Cubana, Che Guevara queria "exportar" o modelo para outros países. Teria mirado a Bolívia como um dos seus alvos mas, com a CIA no seu encalço, escolheu caminhos tortuosos para chegar ao país, daí sua estada no Acre. Não são poucos os acreanos que afirmam terem cruzado com Guevara, que teria abordado algumas pessoas para chegar até a fronteira com o país vizinho. E o encontro com Chico, narrado pelo próprio ao professor Pedro Vicente em história confirmada pelo jornalista Élson Martins, se deu desta forma:



"Naquele momento se falava no Guevara, mas eu não conhecia. Nunca havia visto seu retrato nos jornais, até porque não tinha nem revistas ou jornais no seringal. Tinha ouvido seu nome através da Rádio Central de Moscou, não me recordo bem o ano, creio ter sido nos meados de 65 ou 66, eu estava caminhando do seringal para a cidade. As pessoas costumavam fazer longas caminhadas pela BR-317, na estrada velha, em direção a Brasiléia ou a Xapuri. Passava muita gente. Eu estava cansado e parei no bar, no entroncamento, a 12 quilômetros de Xapuri. Naquele instante chegou um cidadão vindo das bandas de Rio Branco.

Demonstrava ser uma pessoa muito educada, encostou-se no bar e puxou conversa comigo e com outros que estavam próximos. Falou que tinha interesse em conhecer a selva amazônica, principalmente os seringais e a selva boliviana. Indagou se eu era seringueiro, respondi que sim e já há muitos anos. Perguntou se não gostaria de acompanhá-lo até os seringais da Bolívia, pois não tinha costume de caminhar na selva. Precisava de uma pessoa que conhecesse os varadouros e o levasse na direção da fronteira. Dava para identificar que não era brasileiro, misturava um pouco de português com o espanhol.

Ele conduzia uma mochila, falou que tinha jóias e aproveitava a viagem pra vender e sobreviver durante o percurso. Não dispunha de muito dinheiro, mas perguntou quanto eu queria por dia para ir com ele até onde pudesse. Não aceitei o convite. Alguém me disse que era perigoso, podia ser um bandido. Não acreditei, mas não podia ir. Alguns meses depois, em Xapuri, passei diante da delegacia de polícia e um retrato me chamou a atenção. Havia um cartaz, nele anunciava-se um prêmio de 50 milhões de pesos a quem entregasse o terrorista Che Guevara, vivo ou morto. Dizia que Che se encontrava em território boliviano para organizar o terror na região. Fiquei abalado. Lembrei-me que havia visto e conversado com aquela pessoa no entroncamento. Nunca pude imaginar, pensei comigo mesmo, que aquela pessoa fosse um terrorista. Olhei várias vezes a fotografia. Não tive a curiosidade de pegar uma propaganda, um cartaz e guardar comigo.

Tempos depois, ao ler o livro sobre a guerrilha do Che na Bolívia, reafirmei a convicção de que cruzei com ele. Posso afirmar com certeza, era o Che.

Che entrou na Bolívia como Ramón Benítez, comerciante uruguaio

Já no quarto do Hotel Copacabana, em La Paz, fez esse auto-retrato

9/10/67: Félix Rodríguez, da CIA, posa com Che em sua última foto vivo

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Campanha a 4°C - Emirates Stadium - Arsenal 1 x 0 Dínamo de Kiev - UEFA Champions League - 25/11/08

terça-feira, novembro 25, 2008

Best, o melhor (bêbado)

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Há exatos três anos, num 25 de novembro, morria, aos 59 anos, o irlandês George Best (foto à direita) - um dos maiores jogadores de futebol (e bêbado) de todos os tempos. Em 2002, teve de receber um transplante de figado, destruído pela cirrose. Mas insistiu na manguaça e, em 3 de outubro de 2005, teve que ser internado às pressas no hospital Cromwell, em Londres, com sérios problemas nos rins. Antes do fim, no dia 20 de novembro, teve seu último gesto de nobreza: deixou-se fotografar em seu estado lamentável no quarto do hospital, com a mensagem: "Não morra como eu".

Foi então que recebeu uma carta com a seguinte assinatura: "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé". "Este foi o último brinde da minha vida", suspirou Best, tão fanático por futebol quando criança que dormia com a bola na cama. Aos 15 anos, foi treinar no Manchester United. Estreou como profissional em 1963 e marcou 178 gols em 466 jogos pelo seu clube do coração, onde formava um lendário trio com o inglês Bobby Charlton e o escocês Denis Law. Bicampeão inglês em 1965 e 1967, Best participou da maior conquista dos Red Devils até então, a Copa dos Campeões da UEFA, em 1968, sobre o Benfica de Eusébio. E simplesmente marcou o gol da virada, já na prorrogação. O placar final foi 4 a 1.

Ao final daquela temporada, Best recebeu a Bola da Ouro da France Football, sendo, até hoje, o único irlandês a conquistar a premiação. Mas, fora do campo, sua vida era ainda mais agitada. O irlandês tinha cara de galã de cinema e cabelo de astro do rock. Por isso, a imprensa começou a tratá-lo com a mais alta honraria daquela década de 1960: "O Quinto Beatle". O problema é que ele abusava do álcool. Depois de dirigir embriagado e bater num policial, nos Estados Unidos, passou oito semanas jogando no time de uma penitenciária.

Na época, por ser protestante, convivia com ameaças do IRA (Irish Republican Army), grupo paramilitar católico e reintegralista. Curiosamente, Best jogou em duas equipes católicas: o Cork Celtic, da própria República da Irlanda, e o Hibernian, da Escócia. Aos 38 anos, em 1984, se aposentou. Casou-se duas vezes e teve quatro filhos, dois dos quais não reconheceu como dele. Em 1991, deu vexame num debate ao vivo pela BBC, completamente bêbado. Morto, deixou frases antológicas da chamada "vida zonza" assumida (e consumida). Fiquem com duas delas:

"Em 1969, eu desisti das mulheres e do álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida"

"Eu gastei a maior parte do dinheiro que ganhei com bebidas, mulheres e carros velozes. O resto eu desperdicei"