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Destaques
quarta-feira, outubro 23, 2013
Leituras de cabeceira Futepoca (2)
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Fazer coração com as mãos é para os fracos
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Fred, Neymar e Alexandre Pato: coração na mão é fácil, quero ver suar um no peito! |
Não, não é Photoshop! Foto de Luiz Paulo Machado (para a revista Placar) ficou famosa |
segunda-feira, outubro 21, 2013
Aos trancos e barrancos, rumo ao alívio final...
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sexta-feira, outubro 18, 2013
Futebol, poesia, cachaça e dois brasileiros geniais
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O menino Mané |
O garoto Vininha |
Vinicius, em 1958 |
Garrincha, na Suécia |
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: - Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um o
Dentro da meta, um L. É pura dança!
Ela é... gaúcha!
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Dilma é disputada para fotos em visita ao Rio Grande do Sul (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) |
Umbigo do mundo
Presidenta: (...) prenderam uma ativista do Greenpeace, que é brasileira, lá na Rússia...
Jornalista: Gaúcha.
Presidenta: ...eu tenho de interceder. Ao mesmo... Eu, óbvio, que estou intercedendo, ela é...
Jornalista: Gaúcha.
Presidenta: ...cidadã brasileira.
Jornalista: Gaúcha.
Jornalista: A senhora manifestou, de... prontamente isso?
Presidenta: Olha, nós manifestamos para eles e aguardamos uma resposta.
Jornalista: Foi isso...
Presidenta: Óbvio que sim. Ela é uma cidadã brasileira e é minha obrigação.
Jornalista: Gaúcha.
Presidenta: Podia ser dos 27 da Federação.
Ex
Presidenta: O Hospital Universitário, que aqui está o prefeito, o prefeito que acabou de intervir na nossa entrevista, o prefeito Jairo Jorge, aqui, de Canoas.
Jornalista: É mania dele, como eu, de jornalista. presidente...
Presidenta: Ele é ex-jornalista.
Jornalista: Ele é jornalista.
Presidenta: Seu colega.
Jornalista: Jornalista nunca é ex, não é? Também tem isso.
Presidenta: Não, tem isso. Tem várias coisas que nunca é ex.
Jornalista: Eu tinha uma pergunta da economia, mas deixa eu lhe perguntar o seguinte...
Presidenta: Ex-mulher...
Jornalista: Ex-mulher é para sempre, ex-mulher é para sempre também, é verdade, ex-marido é para sempre.
Presidenta: Não tem sabe o quê? Ex-mãe.
Jornalista: Ex-avó.
Presidenta: Ex-avó não tem.
Divã
Jornalista: E a eleição, presidente?
Presidenta: A minha principal estratégia, nos meus 4 anos, é cuidar do governo. Eu tenho não só obrigação moral, eu tenho obrigação política, obrigação ética e obrigação com meu povo.
Jornalista: A senhora pensa na próxima eleição?
Presidenta: [Blá blá blá]
Jornalista: Mas a conversa com o Lula, ontem, foi sobre a próxima eleição.
Presidenta: [Blá blá blá]
Jornalista: Inclusive Eduardo e Marina?
Presidenta: Tudo... Não, nós conversamos, eu e o presidente Lula... Você está com fixação, meu querido. Esse rapaz está precisando de um divã político. (...) Não é psicanalítico, é político.
quinta-feira, outubro 17, 2013
Leituras de cabeceira Futepoca (1)
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Missão: mais 3 vitórias e 2 empates em 9 jogos
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América do Sul tem quatro cabeças de chave. Itália está fora e pode formar "grupo da morte"
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Bélgica, cabeça da chave e candidata a surpresa em 2014 |
A mudança de critérios para a definição dos cabeças de chave, adotando-se o ranking e não fatores tradição e desempenho nas últimas Copas, fará com que, pela primeira vez, a América do Sul tenha quatro países nessa condição: Brasil, país-sede, Argentina, Colômbia e, se obtiver a classificação, Uruguai. Os outros serão Espanha, Alemanha, Bélgica, 5ª no ranking, e Suíça, 7ª.
Assim, Itália e Inglaterra, além de Holanda (que só será cabeça-de-chave se o Uruguai não se classificar), poderão formar mais de um dos chamados "grupos da morte". Se a França confirmar sua vinda ao Brasil em 2014, pelo menos dois campeões mundiais cairão na mesma chave, mas, conforme o humor das bolinhas do sorteio, podem ser mais. Pelos critérios do sorteio, nenhum grupo pode contar com mais de um representante do mesmo continente, exceto a Europa, que terá no máximo duas seleções.
Na prática, o ranking já tinha sido utilizado como um dos critérios na Copa de 2010, mas não de forma absoluta, o que fez com que a Espanha fosse cabeça de chave a a França, então vice-campeã do mundo, não.
Sem luz, Santos fica no 0 a 0 com o Internacional na Vila Belmiro
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Everton Costa, que teve a bola do jogo (Ricardo Saibun/Santos FC) |
Não é à toa que, com esse tipo de carga nas costas, a produção de Thiago Ribeiro baixou. Assim como não é coincidência que Claudinei Oliveira tenha elogiado Everton Costa, que perdeu a bola da partida contra o Colorado ao vacilar após receber passe de Montillo. Para o treinador, o ex-reserva do Coritiba e hoje titular do Peixe é “muito bom taticamente”. Leia-se, volta bastante pra marcar o lateral alheio.
Lembro que, quando Lucas foi para o Paris Saint-German, muitos comentaristas daqui elogiaram sua “evolução tática” por fazer o que fazem os atacantes do Santos. Os mesmos que elogiaram a disposição do meia-atacante sumiram quando seu futebol, que o levou para a França, marcado pela ofensividade, técnica, habilidade, desapareceu. Ninguém cogitou o fato de o desempenho dele ter caído em função de não contar com a mesma liberdade que desfrutava aqui.
Claro que, hoje, atacantes têm que marcar, mas precisam marcar até a entrada da sua própria área? Porque é isso que muitos técnicos, como Claudinei, obrigam seus atacantes a fazer. Uma jogada surreal do segundo tempo contra o Inter foi Neílton, substituto de Thiago Ribeiro, recuperar uma bola na intermediária e lançar Montillo no meio da zaga do Inter. Difícil perceber que alguma coisa estava muito errada? Mesmo precisando vencer, o comandante santista fez somente uma substituição.
Satisfeito com o empate? Tudo bem, o Peixe manteve o tabu de nunca ter perdido do Internacional na Vila, mas... E daí? Depois do apagão de 16 minutos aos 20 do período final, o Santos perdeu ao menos três oportunidades, chegou a fazer alguma pressão no rival também por conta da postura igualmente covarde do adversário, que também possui um interino no banco. Mas nem assim o comandante alvinegro mexeu no time para aproveitar o momento.
Não é cornetagem, é constatação. O Santos hoje joga pra não perder. Isso em todas as partidas. Com a volta de Montillo, aposta-se mais em uma bola parada ou em algum lance inspirado do meia, que agora tem jogado quase como nove. Só isso. Pior é imaginar que a postura deve ser a mesma até na próxima partida, contra o lanterna Náutico.
quarta-feira, outubro 16, 2013
EUA afundam Panamá nos acréscimos e salvam México. 21 seleções classificadas para o Mundial de 2014
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México vexatório à beira do caos |
Não há consolo para a tristeza dos panamenhos |
terça-feira, outubro 15, 2013
O ódio que Rogério Ceni atraiu para si
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Ceni paga com juros e correção sua empáfia |
'Não tive como retribuir' em lugar de 'Errei' |
Gol esquisito do Palmeiras: 'Fiz o que pude' |
Careca, em 97, com Roberto Carlos e Rivaldo |
Questionado sobre as falhas, Rogério Ceni reclamou, sem qualquer modéstia: "Nao aceito ser chamado de culpado pelo resultado. Se os dois erros não tivessem originado os gols, teria sido umas das melhores atuações de um goleiro na seleção brasileira." No primeiro gol, quando soltou a bola no pé do espanhol Luís Enrique, Ceni afirmou impassível que a culpa foi da chuva e do vento. No segundo, quando "bateu roupa", "justificou": "Se a bola tivesse caído nos pés de um brasileiro estaria tudo bem." A falta de humildade pegou mal. O treinador do Brasil, Vanderlei Luxemburgo, já estava dando uma chance ao sãopaulino depois de ele ficar afastado da seleção por quase dois anos, sem clima com o técnico anterior, Zagallo, que não gostou de sua postura no episódio das cabeças raspadas na Copa das Confederações de 1997.
Vampeta já começou a beber antes da Copa, em 2002
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Sete seleções se classificam para a Copa hoje
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A Bósnia vem aí? |
México tem caminha difícil para chegar ao Brasil |
segunda-feira, outubro 14, 2013
Rogério Ceni é 'álibi' perfeito para Juvenal Juvêncio
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Ceni lamenta e rivais vibram: de ídolo a vilão |
Cássio salta para fazer umadefesa antológica |
MALES QUE VÊM PARA 'BEM'- O lamentável quebra-pau entre a torcida sãopaulina e a polícia, ontem, deve render - com justiça - punição para o Tricolor, provavelmente com a perda de mando de campo. Curiosamente, isso pode ser "benéfico" para o time de Muricy Ramalho (entre aspas, lógico). Porque, nessa péssima campanha no Brasileirão, das 12 derrotas sofridas, simplesmente 7 ocorreram dentro do Morumbi. Jogando em casa, com a pressão da própria torcida e a obrigação de partir para o ataque, o time se atrapalha mesmo quando faz boas partidas, como aconteceu contra o Grêmio, e se dá mal. Fora de casa, fechado atrás e partindo só no contra-ataque, obtém resultados importantes, como as vitórias sobre o Vasco (concorrente direto na zona da degola) e o Cruzeiro. Não sei onde o São Paulo mandaria os jogos, em caso de punição. Só sei que o Morumbi não tem sido aliado, nesse calvário. Pelo contrário.
domingo, outubro 13, 2013
Vai cair? Um post secador
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POR Igor Carvalho*
No Brasileirão 2013, com autoridade, o Corinthians lidera o certame dos empates. Por doze vezes o alvinegro paulista saiu de campo sem perder ou vencer. O índice foi alcançado em apenas 27 rodadas, ou seja, quase metade dos jogos disputados pela equipe de Tite terminaram sem que houvesse um vencedor.
Desde que o campeonato passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, os maiores empatadores em números reais são a Ponte Preta de 2003 e o Botafogo de 2004, ambos com 18 placares iguais, quando a série A era disputada por 24 clubes em 46 rodadas. Portanto, ambos empataram 39% de suas partidas.
Quem eram esses dois clubes que caíram empatando mais?
Ou seja, toda vez que o Corinthians termina o campeonato com mais empates, ele é rebaixado. Tabus devem ser respeitados, embora “existam para serem quebrados.”
E aí, vai cair?
Igor Carvalho é jornalista, canhoto político, sãopaulino e bebedor de cerveja. Gosta mais de Victor Jara e Compay Segundo do que Beatles e Rolling Stones
sexta-feira, outubro 11, 2013
Educação neoliberal sem cortes*
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Um pai divulgou, em sua conta no Facebook, a planilha de mesada dos filhos, de 6 e 8 anos. O cálculo para o recebimento do valor é feito da seguinte maneira: a mesada básica é de R$50, a cada “falta” da criança, um valor é descontado. As infrações computadas na planilha incluem atraso e reclamação para ir à escola, inglês e igreja, esquecimentos de várias ordens e desobediência. Ao fim de cada período, as faltas são computadas e o valor final é conhecido.
O pai afirmou que publicou a foto apenas para mostrar à família, que mora longe, a maneira que encontrou para passar valores (com ou sem trocadilho, essa fica à escolha do leitor) para os filhos. Como pouca gente sabe que o melhor mesmo é fechar as publicações no Facebook, o post viralizou e já ultrapassa os 100 mil compartilhamentos. Depois da fama instantânea, o pai em questão preferiu fechar o perfil na rede social.
Prefiro não citar nomes nem lincar a notícia aqui pois meu objetivo não é julgar uma atitude individual. É, sim, tentar desconstruir o pensamento geral de que o que esse pai está fazendo é educar. Pelo menos dentro do meu conceito de educar, não é.
O que está acontecendo nesta família, na minha opinião, é o contrário de educar. É a criação de pessoas que aprendem desde cedo que o dinheiro é o mais importante e que, para merecê-lo, devem seguir todas as regras. Quaisquer que sejam elas. Aprendem que suas opiniões não importam. Aprendem que existe sobre elas uma vigilância eterna. Aprendem que não existe flexibilidade e negociação no mundo.
Ok, eu entendo. Existe um apelo forte nesse tipo de estratégia de educação. Numa primeira olhada, a impressão é que há pais zelosos cuidando para que as crianças aprendam que as regras devem ser respeitadas. Há ainda a vantagem de não haver castigos físicos, o que, dada a propensão da sociedade em aceitar violência contra crianças, é sempre um avanço. Mas pra mim, continua sendo errado.
Uma das razões citadas pela família para explicar o método foi a intenção de educar as crianças a serem responsáveis com o dinheiro. Bom, essa alguém vai ter que me explicar. Não vejo qualquer relação entre educação financeira e cortes na mesada por motivos comportamentais. Na minha cabeça, quando os pais decidem dar a mesada, ela serve para que a criança tome decisões sobre o próprio dinheiro. Não é o caso. Nem entendo, aliás, por que crianças dessa idade já entraram no mundo do dinheiro. Parece-me que elas deveriam aprender conceitos de responsabilidade por meio de brincadeiras e de faz-de-conta. Algum educador pode me corrigir se eu estiver sendo muito conservadora.
Em segundo lugar, a impressão que esse método passa é que que não há acolhida dentro da família aos sofrimentos das crianças. Guardo viva a sensação física de desespero que era ser acordada pela minha mãe para ir para a escola (que continua acontecendo a cada vez que meu filho me acorda de madrugada). Não tinha nada contra a escola, mas acordar cedo sempre foi um suplício. Se uma criança sequer pode reclamar de que não gosta de acordar cedo, poderá reclamar do quê? Além disso, atrasos, nessa idade, são de responsabilidade dos pais. Que criança de 6 anos tem noção exata de quanto tempo pode levar em cada atividade matinal para que não se atrase? Perder a noção do tempo acontece com adultos com frequência. O que está sendo exigido dessas crianças é mais do que podem oferecer. Elas devem ter a oportunidade de errar e de entender as consequências desse erro (as consequências reais, não aquelas inventadas pelos pais). Como aprender de outra forma?
Lidar com dinheiro? (flickr.com/photos/criminalintent/) |
Um parêntese. Não tenho capacidade técnica para discorrer sobre psicologia, mas essa abordagem é behaviorista (não é não, esclarecimentos nos comentários). Assume que temos que buscar o comportamento ideal por meio dos estímulos certos. Bom, é inegável que essa abordagem dá resultados, crianças são facilmente treinadas para reagir da forma esperada a determinados estímulos. Isso está na base dessas ideias cruéis de que bebês devem ser deixados chorando no berço para aprenderem a dormir sozinhos. Depois de muito sofrimento eles aprenderão mesmo, mas quais as consequências psicológicas de abandonar uma criança em seu berço? Ou de punir cada erro com a retirada de dinheiro da mesada?
A outra crítica a esse processo é a da monetarização da educação. Embora sutil, acho que existe uma diferença entre tirar atividades prazerosas da criança e tirar dinheiro. Não que eu defenda castigos do tipo deixar a criança sem brincar com os amigos ou coisas semelhantes. Só estou pontuando uma distinção. Ao envolver o dinheiro, os pais estão dando um valor monetário para as atitudes dos filhos. Além dos problemas práticos dessa ideia – quanto vale cada falta? - há a questão conceitual. A colaboração dos filhos não deveria ser comprada, e sim ensinada. Ao pagar pela obediência, os pais livram-se dos problemas cotidianos, mas não educam com profundidade. O que acontecerá quando não houver o castigo ou a recompensa financeira? Acredito que a ênfase no dinheiro tire de foco o principal, que é ensinar como o mundo funciona.
Sei que choverão comentários do tipo “quero ver quando chegar a sua vez”. E é verdade, também quero ver quando chegar a minha vez. Ainda faltam alguns anos para isso acontecer, mas juro que estou curiosa para saber quais serão as minhas reações. Em relação aos acordos conjuntos com a criança, não tenho dúvidas: eles acontecerão. Já acontecem hoje, com um bebê de pouco mais de 20 meses.
Em relação à desobediência desses acordos, não sei. Sei, sim, que haverá muitos momentos em que vou querer tomar a alternativa mais fácil, que é exigir obediência “por bem ou por mal”. Quem sabe do futuro? Entretanto, tenho certeza de que não me gabarei de comprar a obediência do meu filho, ainda que isso aconteça. Terei vergonha. Tentarei explicar a ele que perdi a paciência, que agi errado, mas que estou buscando melhorar.
Tampouco quero dizer que essas crianças se tornarão monstros que só respondem ao estímulo do dinheiro. Crianças são muito mais complexas do que a maior parte de nós imagina. Aliás, cada vez mais acredito que os pais não têm o poder de moldar a personalidade dos filhos. Essa personalidade já existe desde o útero. O que acontece são estímulos positivos ou negativos, que atingirão cada criança de uma maneira diferente. É possível, inclusive, que essas crianças estejam sendo educadas pelo exemplo negativo, ou seja, que sintam-se tão compradas pelos pais que, apesar de se submeterem ao esquema (que remédio?), sabem que isso é errado. Não há como prever os resultados do exemplo dos pais. Não tem grupo de controle na educação dos filhos. Essa é, na verdade, a minha esperança.
Por fim, uma pequena justificativa. Este post sobre criação de filhos está num blogue que não tem muita relação com maternidade ou paternidade. Mas na verdade tem sim. Apesar de ser encarada como uma questão privada apenas, a criação dos filhos é uma atividade política. Afinal, as crianças crescerão e participarão da sociedade. Acredito que, ao mesmo tempo que não devemos impor nossos pontos de vista a famílias que pensem diferente, é importante debater as maneiras de criar e educar. Elas refletem o que somos e o que seremos como sociedade.
*título involuntariamente dado pelo camarada Maurício, que comentou essa notícia no meu Facebook
Os números mostram: Brasileirão 2013 é o campeonato dos times medianos
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Quase todos podem chegar lá... embaixo. |
quinta-feira, outubro 10, 2013
Milagre dos 'santos' Muricy e Willian
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O grosso Douglas marca. Milagre! |
Reinaldo e Ademilson: 2x0. Milagre! |
Willian perde um gol feito. Milagre! |
O Santos pragmático perdeu o bonde e a esperança após perder para o Coxa
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“Libertadores ficou difícil... A gente tem 36 pontos, tem que procurar vencer os dois próximos jogos em casa para se distanciar desse pessoal que está embolado no meio da tabela. Ficou complicado pensar em coisa grande, agora é vencer para se distanciar lá de baixo.”
Era assim que o atacante Thiago Ribeiro definia o atual cenário santista após a derrota para o Coritiba, no Couto Pereira. O depoimento remetia à declaração do capitão Edu Dracena depois de perder para a Portuguesa, praticamente jogando a toalha. “Fica muito mais difícil. A gente ia encostar com a vitória, Com a derrota de hoje, vai ser muito difícil de chegar no G-4.” Segundos depois, Souza, da Portuguesa, equipe que ainda está atrás do Peixe na tabela, falava que o seu time tinha que sonhar mais alto do que apenas fugir da zona do rebaixamento.
Júlio César comemora o gol do Coritiba (Foto Site Coritiba) |
Contudo, os atletas não acreditam. Até aí, eu também não, mas talvez não creiam porque o técnico também não acredite. É um tipo de postura que vai contaminando todos. Criticar o defensivismo quase obsessivo do treinador peixeiro não é só cornetagem, é verificar as partidas e constatar o óbvio: muitas vezes vai ser necessário jogar atrás, com cuidados defensivos etc etc, mas o que espanta é não ter nenhuma alternativa de ataque. Ou de contra-ataque.
“Ah, mas não tem substituto com as mesmas características do Montillo.” Verdade. Então muda-se o jeito de jogar, para que haja uma forma de atuar quando o meia argentino não tiver condições. Mas não é alterando a escalação de forma frenética que vai se adotar um padrão. Contra o Coritiba, o Santos entrou com três atacantes. Que não atacavam. Porque aqueles que estavam supostamente nas pontas tinham que marcar as descidas dos laterais. Para proteger os laterais santistas, Bruno Peres e Emerson Palmieri, fracos. Mas os laterais santistas não subiam. E, quando o time desarmava, não conseguia armar um lance. Porque não tinha quem armasse. Às vezes, também não tinha quem recebesse a bola.
Assim, o Santos ofereceu o campo de ataque a um time inferior tecnicamente, igualando a partida. Nem assim o Coxa, sete partidas sem vencer no Brasileirão, conseguiu marcar no primeiro tempo. Só o fez aos 16 da etapa final, em lance do lateral (bom) Vitor Ferraz pela direita, que cruzou para uma área quase deserta alvinegra, exceção feita a Edu Dracena, que não alcançou a bola. Júlio César não fez força pra marcar.
E Claudinei apela para os garotos
Parcialmente derrotado, o técnico tirou Everton Costa e Willian José para colocar Giva e Neílton. Alteração tática mesmo foi tirar Arouca para a entrada de Pedro Castro, aos 38. Nada aconteceu. Aliás, um adendo em relação a algo que muitos torcedores santistas falam, criticando Claudinei sobre a não entrada de alguns jovens da base. Sem dúvida, esperava-se que mais meninos pudessem ganhar rodagem, e isso o treinador está fazendo menos do que deveria, levando-se em conta que há talentos que ainda não tiveram muitas chances. E Neílton, com imbróglio em sua renovação de contrato ou não, é muito mais efetivo que Everton Costa.
Mas também é preciso observar que alguns não estão correspondendo, e não adianta forçar a barra porque talvez não tenham condições mesmo ou precisem esperar mais para ganhar confiança e/ou recuperar seu futebol. Há muito tempo Giva tem entrado e produzido muito pouco, por exemplo, mesmo como titular. Contra o Coxa, nas duas oportunidades que teve de finalizar foi decepcionante, além de bolas bobamente perdidas. O lateral canhoto Emerson Palmieri é outro que tem extrema dificuldade para defender, e já entrou em campo em 16 ocasiões pelo Peixe. Não me lembro de nenhuma em que ele convenceu.
Temos que reconhecer que a base é boa, mas não é mágica. Não se criam Neymares em série, nem atletas que se firmam de forma imediata como profissionais. Preparar alguns dos jogadores mais promissores poderia ser a função de Claudinei, mas a água começa a subir e o técnico está pressionado. Se já é confuso, tende a se tornar um pouco pior, ainda mais em um momento em que o abismo, se não olha para ele e o time, já pisca de leve. Ou nem tão de leve.