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Pra quem tem problema com bebida, emprego, casamento ou alagamento...
Pra quem tem problema com bebida, emprego, casamento ou alagamento...
O título é uma brincadeira, mas vale o registro da piada.
Durante as atividades do Fórum Mundo do Trabalho, que reuniu as seis principais centrais sindicais do Brasil, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores(UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a perda de uma chave de carro foi anunciada várias vezes. Já perto do encerramento das discussões sindicais, Artur Henrique, presidente da CUT, fez uma brincadeira, reproduzida pelo coordenador da mesa. “Como disse o Artur, é melhor o dono do carro aparecer logo porque a Força Sindical vê carro e logo quer sortear”.
Vale o adendo: Arthur Henrique sinalizou que o estádio do Pacaembu, em São Paulo, pode abrigar a Conferência Nacional da Classe da Trabalhadora, com as seis centrais sindicais. Um dos motivos é a pauta unificada de reivindicações propondo um novo modelo de desenvolvimento, jornada de trabalho para 40 horas, para o próximo (a) presidente e, talvez, o anúncio de apoio unificado à futura candidata Dilma Rousseff (PT). O que não parece tão impossível, uma vez que a Intersindical e Conlutas não estarão presentes. “No dia 1º de junho realizaremos a Conferência Nacional da Classe da Trabalhadora, estaremos todos lá em unidade. Porém, unidade não é estarmos todos juntos no caminhão de som e fazer um discurso bonito, mas prática. É organizar os locais de trabalho, unificar datas-base, porque hoje temos categorias com até 15 datas – caso da construção civil. É pensar na Copa do Mundo, que aumentará o número de postos de trabalho”, discursou Arthur.
Ao longo da tarde, quando me preparava para fazer o "relatório" sobre Santos 5x0 Grêmio Barueri/Prudentino, surgiu a confirmação: Robinho se tornava, novamente, jogador do Santos. Peixe, Manchester City e o próprio Robinho se acertaram na negociação que define o empréstimo do jogador até 4 de agosto desse ano (um dia após a final da Copa do Brasil).
Impossível, então, fazer um texto sobre uma partida do Santos sem citar aquela que é a negociação mais importante do futebol brasileiro no ano.
Mas... acredito que ao pular entre o jogo de ontem e a volta de Robinho, não mudarei de assunto.
Porque o que o Santos mostrou ontem contra o Barueri foi um futebol digno daquele praticado nos tempos de Robinho. Alegre, descontraído - e também produtivo e eficiente. Foram cinco gols e certamente poderia ter havido mais.
Não me recordo de nenhuma defesa do goleiro Felipe. Tampouco consigo dizer se a dupla de zaga composta por Bruno Rodrigo e Durval se saiu bem ou não.
Por outro lado, poderia falar sobre horas a respeito da recuperação de Léo, que fez ontem uma partida como não fazia há tempos e por pouco não marcou um golaço daqueles de merecer placa. É preciso também destacar a eficiência tática e técnica da dupla Wesley e Marquinhos - dois jogadores que sigo sem depositar muita confiança, mas que ontem atuaram bem. Vale também a mesma análise para o futebol do centroavante André.
Mas o que mais merece destaque é a atuação de Neymar. O garoto simplesmente arrebentou ontem. Jogou de maneira encantadora e - o que é mais importante - precisa. Fez firulas vez ou outra, mas mais que isso, jogou para o time. Arrisco dizer que foi a melhor atuação individual no Brasil neste ainda curto 2010.
Ao final do jogo, naquelas entrevistas ainda na saída do gramado, Neymar disse que sua atuação de ontem seria uma homenagem a Robinho, "se ele vier mesmo". Bem, agora Robinho já veio. E certamente se sentirá mais do que homenageado.
Como fica?
A dúvida agora é como será a montagem do time com o retorno do craque. Pensando de maneira simplista e quadrada, para Robinho entrar no time quem deveria sair seria... Neymar. Afinal, ambos são da mesma posição. Mas é impossível tirar o garoto agora.
Dorival Júnior provavelmente armará o time em um 4-3-3 "falso", com Brum, Marquinhos e Paulo Henrique no meio e Neymar, Robinho e André (ou Giovanni, assim que o paraense ficar fisicamente em ordem). Sem André, o time poderia ser montado em um 4-4-2 que teria Robinho e Neymar no ataque e Giovanni no meio. Interessante é ver que o Santos está dispondo de alternativas, coisa que ficou distante de se imaginar no time no último biênio - é só ver que em todas essas suposições nem citei o nome de Madson, o melhor jogador do Santos em 2009.
É, eu tô animado. E todos os santistas também. Pode ser que quebremos a cara, é claro. Mas pelo menos estamos no direito de termos um pouco de esperança...
Os participantes do Fórum Social Mundial e curiosos de toda ordem podem conferir, na Usina do Gasômetro, a exposição “Os Gaúchos nas Copas”. A mostra narra a história das 18 Copas do Mundo e a participação dos gaúchos. Com a tradicional marca gaudéria, a mostra se apresenta desta forma:
“O Rio Grande do Sul registra uma relação expressa de paixão com o futebol. É uma fartura de glórias: campeonatos brasileiros, continentais, mundiais, Copas do Brasil, interestaduais, além de bons estádios, boa organização, torcidas maravilhosas. Já ganhamos tudo, inclusive vestindo a camiseta canarinho do país”.
Então tá né!
Seeeeeeeguuuuraaa Tafarel! E Dunga, o atual técnico da seleção brasileira e eleito o mais bem vestido da história da República. Dois expoentes da geração 90 de gaúchos na Copa. Fotos Brunna Rosa
Além de relembrar os fatos da memória gaúcha no futebol, como a história de jogadores como Alcindo (1966), Carpegiani (1974) e Falcão (1982), a exposição também relata a participação da cidade de Porto Alegre na Copa de 1950, quando recebeu duas partidas (Iugoslávia 4 x 1 México e Suíça 2 x 1 México).
Bahh, agora é só se preparar para 2014, com o chimarrão na mão, né!
Dando continuidade ao post "Não é de agora que reconhecem o Lula", vi outra declaração interessante no livro "A onda que se ergueu no mar", do Ruy Castro (Companhia das Letras, 2001), espécie de continuação de "Chega de saudade", publicado pelo mesmo autor 11 anos antes. Numa conversa que Ruy teve com Nara Leão (foto) em janeiro de 1989, a cantora disparou:
"Se houvesse um pouco de moralidade, a coisa já melhoraria. Brizola, por exemplo, é charmoso, mas é também o campeão da demagogia. O único diferente desses políticos que andam por aí é o Lula. Ele é muito inteligente, mas teria de se cercar de pessoas preparadas."
Nara morreria seis meses depois, vítima de um tumor no cérebro, às vésperas da primeira eleição direta para a presidência da República em 29 anos, que levariam Lula e Fernando Collor ao segundo turno. E que deu no que deu.
A segunda vitória do Palmeiras na temporada veio diante do Monte Azul, em partida disputada em Ribeirão Preto nesta quarta-feira, 27. O placar foi um simples, magro, pífio 1 a 0. Com gol de pênalti, conferido por Cleiton Xavier.
Sem Diego Souza, Marcos, o Goleiro, e Léo, contundidos, o time era só dependência do camisa 10, Cleiton Xavier começou a partida como dono do time. Armava, atacava, marcava. Fez o gol em um pênalti daqueles que são falta dentro da área mas poucos árbitros apitam.
Reforço foi a ausência de Armero, lateral-esquerdo colombiano que enfrenta fase ruim e a bronca de Muricy Ramalho, dando lugar a Gabriel, do time da Copinha. A defesa teve Edinho ao lado de Danilo. Nenhuma pressão ameaçou seriamente a retaguarda, então, não foi parâmetro.
Menos pior do que contra o Ituano ou contra o Barueri, em que houve empate.
O Monte Azul perdeu porque é muito limitado e teve pouca vontade de vencer. Com um pouco mais de disposição, teria encontrado portas abertas. Faltou futebol para o Palmeiras correr o risco de ampliar o placar construído no primeiro tempo.
É o jogo que não permite conclusões sobre o time. Faltou mais futebol. A molecada – João Artur, Gabriel, Edinho, Daniel Love e meu xará Anselmo – podem compor o elenco de modo melhor do que eu imaginava. Mas um de cada vez e nunca todos juntos em campo.
Para o clássico do fim de semana contra o Corinthians, está em disputa a liderança do claudicante estadual. Sei lá, parece que o campeonato não começou para valer, com oscilações excessivas. Cleiton Xavier, Diego, Marcos, Léo, Gabriel e eu – não meu xará – são dúvida por contusões musculares.
Do lado do Corinthians, que empatou com o Mirassol e deixou a ponta da tabela para o alviverde, a dúvida vai ser Ronaldo. Eu estava aqui calculando se o Gordo trombaria com algum jogador palmeirense para garantir mais uma lipoaspiração quando a TV anunciou a substituição com suspeita de contusão. Zica de rival?
Antes que alguém insinue motivações etílicas para eu não poder jogar, esclareço: estou fora de São Paulo no domingo.
Quem paga o Fórum Social Mundial?
A polêmica é eterna e percorre todas as suas edições. Na ocasião do primeiro FSM, em 2001, o fato de a prefeitura e o governo do estado (ambos petistas à época) aplicarem recursos públicos na iniciativa foi o alvo. No entanto, o retorno para o setor hoteleiro foi tanto que a cidade sentiu quando não houve mais fóruns anuais no município, a partir de 2004.
No ano em que o FSM foi para a Índia, financiadores como a Fundação Ford foram proibidos de contribuir, mas ONGs internacionais que recebiam dinheiro dessas entidades estavam liberadas. Críticas parecidas se repetiram em 2005, última vez em que os militantes de "outro mundo possível" pisaram em terras gaúchas.
Na edição de 2009, em Belém (PA), o burburinho foi por conta dos R$ 850 mil em patrocínios de estatais ao FSM.
Sobre o assunto, João Felício, secretário internacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi enfático. “Chego aqui e a primeira pergunta que fazem é: quem está financiando o Fórum Social Mundial? A Petrobras financia o Flamengo, a Caixa Econômica Federal patrocina a seleção de basquete porque não pode com o Fórum? Inclusive as estatais patrocinam e financiam os grandes veículos de comunicação brasileiros.”
Para constar: Os patrocinadores do FSM: 10 anos – Grande Porto Alegre, podem ser conhecidos aqui.
A propósito da declaração de Felício, o contrato da estatal do petróleo com o rubro-negro carioca terminou em 2009, depois de 24 anos, dando lugar à rede de postos de combustível, a Ale. A Liquigas, subsidiária, desde 2004 da BR Distribuidora (da Petrobras), estampa a camisa do Botafogo. A diferença em relação ao FSM, é que a uma estatal financia clubes devedores da Previdência Social, FGTS e que são réus em ações de sonegação de imposto.
Algoz do Flamengo, vilão da seleção brasileira... As alcunhas que partem de metáforas entre o mundo da bola e conflitos bélicos ou violentos ganham um sentido terrível diante da tragédia que se abateu sobre Salvador Cabañas. O atacante paraguaio foi baleado na segunda-feira, 25, em um bar na Cidade do México, onde atua pelo América.
Se a (falta de) forma física já merecia elogios do Futepoca e o tornava precursor de Ronaldo, o gordo, o fato de o jogador de 29 anos estar em um estabelecimento etílico aumenta os motivos para a simpatia.
O que foi mais impressionante foi a multidão que se deslocou ao Defensores del Chaco para rezar pelo craque, principal nome para a seleção guarani na Copa de 2010, na África do Sul. Foram de 10 mil a 20 mil pessoas rezando pela recuperação.
Foto: Jorge Adorno/Reuters/ReproduçãoO grupo La Secreta, que mistura rock com música tradicional paraguaia, cantou pela primeira vez a "No estás solo Salvador" ("Você não está só, Salvador", na minha tradução da promoção). O refrão é:
"No estás solo Salvador, no estás solo. No estás solo campeón, tu hinchada, tu pueblo, tu gente más que nunca están con vos, Salvador"
("Você não está só, Salvador, não está só. Não está só, campeão, sua torcida, seu povo, sua gente, mais que nunca, estão com você, Savaldor")
Ouça:
Ou aqui, ou aqui.
Criada em 2003, a banda de Mike Cardoso, Sergio Pereira, Alejo Jiménez, Oswal González e Ariel Burgos estiveram em Corumba (MS) em abril de 2009 para o sexto Festival da América do Sul. Também fez parte do projeto Rumos, do Itaú Cultural.
Nesta quinta-feira, 28, o geógrafo, jornalista, saciólogo e cachaceiro (aquele que bebe, não aquele que produz cachaça) Mouzar Benedito lança Meneghetti, o gato dos telhados, biografia do anti-heroi italiano que virou lenda em São Paulo.
Foto: Polícia de São Paulo/"Nosso Século"da Editora Abril - 1910-1930, página 269
Preso, foi fichado com e sem disfarce pela polícia
Parte da coleção “Pauliceia”, a obra conta com o tradicional tom bem-humorado de Mouzar. E inclui um gibi de Luiz Gê, datado de 1976, sobre as desventuras do gatuno, que jurava roubar apenas as joias dos ricos, “bens supérfluos que só servem para alimentar a vaidade”.
Gino Amleto Meneghetti nasceu em Pisa, na Itália, mas fez fama em São Paulo, onde morreu com 97 anos, em 1976. Foi tema de curta-metragem, livro, e muita conversa de bar.
Foto: Polícia de São Paulo/"Nosso Século"Muitas dessas histórias estão no livro. Mas a pedido do Futepoca, Mouzar separou quatro trechos da obra relacionados aos temas tão bem quistos por aqui: futebol, política e cachaça. Aí vão:
Ele não gostava de futebol:
“Vem um sujeito de calcinha, dá um pontapé numa pelota e fica milionário. Isto é absurdo. O outro fica rico dando murro na cara do outro. São espetáculos que para mim (...) o governo apoia, uma nova política para distrair o povo, como em Roma.”Mas em compensação...
“Isto [vinho] faz bem para a alma, para a barriga e para o cérebro.”E política? Bem... Ele tinha um filho chamado Lenine e outro Spartaco. E dizia:
“Tanto na Itália como na Inglaterra, como em todos os países burgueses, a maioria das pessoas é pobre, vive na miséria.”Ladrão? Assim lhe disse seu avô:
“Jamais roubei um pobre. Só me interessa tirar dos ricos, e tirar joias, que são bens supérfluos que só servem para alimentar a vaidade.”
“O comerciante é um ladrão que tem paciência.”
“Muitos dos homens bem colocados que você vê aqui em Pisa são ladrões refinados, mas roubam dentro da legalidade. São ladrões da pátria, ladrões de salão. Roubam e a lei ainda lhes presta honras, porque depende deles para aumentos, nomeações e outras coisas. Durante sua vida você vai ver muitos destes, vá em que país for, porque o mundo está cheio deles. São vigaristas e ladrões, mas vigaristas e ladrões bem sucedidos. Roubam milhões e nada acontece.”
É dura a vida de torcedor atleticano. O ano começou com o "gênio" Luxemburgo e "Obina melhor que Etô", duas de minha implicâncias ancestrais e motivo de diversas piadas na redação. Aliás, o Glauco e outros "futepoquenses" só estavam esperando eu pisar aqui para ver se havia mudado de opinião. Não mudei, por enquanto... Vou torcer para tudo dar certo, mesmo sem acreditar muito (óbvio).
Mas como a vida não é fácil morando na São Paulo das enchentes, tendo resistido à Ilha Grande na passagem do ano, ao terremoto perto de Natal (estava em Recife), sofri ainda mais no domingo vendo Galo e América (MG).
Sei que é começo de ano, o time está se formando etc., mas empatar com o América apenas porque os atacantes adversários perderam gols inacreditáveis é um pouco demais. Destaque-se que o Coelho está com time bem montado e jogou com dez atrás e saindo no contra-ataque, mas merecia ganhar.
De bom no Galo, a estreia do zagueiro equatoriano Julio Campos e a aparente recuperação do lateral Coelho, mas ficou claro que vamos sofrer muito ainda este ano.
Para não parecer que pego no pé demais, Luxemburgo deu uma arrumada no time no vestiário, já que o Atlético voltou para o segundo tempo perdendo de 1 a 0 e com um homem a menos em campo por causa da expulsão injusta do Jonílson.
É choradeira, mas o árbitro também errou ao expulsar o lateral direito do Coelho no início do segundo tempo apenas para compensar. Se alguém reclama da arbitragem brasileira, precisa assistir aos jogos dos mineiros. Parece piada de mau gosto o nível da arbitragem.
Para acabar a enrolação, no final estou até contente pelo começo do ano. Podia ser bem pior, já pensou se torço para o Botafogo???
Parece que apenas o calor de Porto Alegre lembra a última edição do Fórum Social Mundial por terras gaúchas, em 2005. "O Fórum com menos cara de Fórum" tem seus grupos de entusiastas e dos saudosistas (entre os quais me incluo).
Com a abertura do FSM 2010, na segunda-feira, 25, na Usina do Gasômentro, o balanço e a conjuntura política ocuparam a manhã dos participantes. João Pedro Stédile, do MST e Via Campesina, um dos participantes da mesa de abertura usou da tática “lulista” ao usar o futebol para explicar a situação do "encontro altermundista".
"Vou comparar a um jogo de futebol. O FSM tem sido o vestiário, a concentração. O jogo se decide no campo, é lá que nós, os movimentos, estamos. Agora o Fórum precisa nos ajudar mais, para não perdermos o jogo", afirmou Stédile. O ativista aproveitou para lembrar da onda direitista no mundo: "A situação está muito grave, com a maioria dos governos do mundo à direita".
Chico Whitaker, um dos articuladores e fundadores do FSM, discordou de Stédile. Na linguagem futebolística, o jogo que o líder do MST propõe, na realidade seria um longo campeonato. "É o velho povo da política velha da esquerda que fica embaixo da mesa o tempo todo. O FSM é mesmo um longo processo de educação política", teorizou.
Na mesa de balanço do FSM, estiveram presentes Lilian Celiberti, Raffaella Bollini, Nandita Shah, Francisco Whitaker, João Antônio Felício, Oded Grajew, Bernard Cassen e Olívio Dutra.
Fórum descentralizado
O Fórum Social 10 anos: Grande Porto Alegre acontece até o dia 29 de janeiro e terá 500 atividades autogestionadas espalhadas nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga. Em seguida, entre os dias 29 e 31, o FSM segue para Salvador.
O comentário do leitor Marco Antonio em um post do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, é primoroso (e totalmente verossímil):
"O Serra já está pensando em uma maneira de cobrar pedágio de canoas, barcos e submarinos em São Paulo."
Em tempo: a partir da notícia de que encontraram um peixe num túnel de São Paulo, Amorim pergunta em uma enquete o que será encontrado da próxima vez. Três das sugestões são: "As obras completas, encadernadas, do FHC", "A bicicleta da Soninha" e "A caixa de remédios da Lucia Hippolito".
Hoje tomei vergonha e fui, pela primeira vez, ao estádio do Pacaembu. A decisão da Copinha entre Santos e São Paulo prometia e, de fato, foi um bom jogo. Acordei às 9 da matina e, ainda com sono, peguei a primeira camiseta que achei na mala e saí de casa. Foi só no caminho que percebi que tinha uma enorme estampa de um tubarão. Como entrar na torcida do São Paulo com um "peixe" no peito? Solução improvisada: comprar uma camisa do meu time no camelô - o que confirmou ser um bom augúrio, pois, nas três vezes que fiz isso, contando com essa, o Tricolor venceu. Mas o vendedor avisou: "-Esconde isso, que tá saindo briga lá nas entradas do estádio". Fui descendo a ladeira e tive que passar na porta do Tobogã, território peixeiro. Pensei que ia apanhar, o clima era tenso. E só achei ingresso para as numeradas descobertas, onde a torcida é mista, sãopaulinos e santistas lado a lado.
Fazia um sol ardido, um calor inacreditável. Peguei um bronze. Nas numeradas, muitas famílias e crianças se provocando, mas com civilidade. Rola a bola. O Santos abafa o adversário com dribles e mais dribles, em contraposição aos "brucutus" do São Paulo. Wesley, o lateral esquerdo, é magrinho e de pernas finas, mas assusta o time do Morumbi toda vez que parte driblando para o ataque. O camisa 10 do alvinegro, Alan, também entorta zagueiros, e dá o passe para Renan abrir o placar. Os santistas se fecham e saem em contra-golpes mortais. Num deles, o goleiro Richard, do São Paulo, sai da área e faz falta feia. Ficam duas dúvidas: se o santista estava impedido e se o goleiro era, mesmo, o último homem. Como o juiz marca falta, fica a expectativa de expulsão. Mas Richard só toma amarelo. Um lance capital, pois o goleiro definiria o resultado da Copinha na disputa de pênaltis.
No segundo tempo, o Santos tem a oportunidade de liquidar a fatura duas ou três vezes, mas falha. Nos 15 minutos finais, com preparo físico visivelmente melhor, os sãopaulinos partem para o "abafa". Perdem chances incríveis, mas o gol salvador acaba saindo aos 41 minutos, num chute espetacular, de virada, de Ronielli. Grito até ficar rouco. Nos segundos finais, em dois escanteios, o São Paulo quase faz o gol do título. Mas vem o fatídico apito final. Nisso, o goleiro santista, Rafael, despenca no chão. Não vi o que aconteceu, se foi lance de jogo ou outra coisa, mas ele fica lá deitado um tempão. Eu presto atenção no presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, que está uns oito degraus pra baixo de mim, e no dirigente do Santos, Luís Alvaro, que conheci no dia 20, na Vila Belmiro, e que naquele momento sobe ao gramado.É aí que o técnico do Santos, o ex-jogador Narciso, parte pra cima do juiz reclamando sobre a não expulsão do goleiro do São Paulo no primeiro tempo. Briga com policiais e é expulso de campo. Isso mexe com o time santista. Batem três pênaltis e o arqueiro Richard defende todos eles, o segundo de forma inacreditável, levantando o braço em pleno vôo rasante. Festa sãopaulina, grito até sumir a voz. Depois faço o - perigoso - trajeto de volta até onde estou hospedado, sem camisa, a conselho dos policiais. Meia dúzia de cervejas Estrella Galicia (foto) me esperavam pra brindar o título. A tempo de escapar da chuva que continua assolando a capital, e que me desencoraja de ir até o Ipiranga ver Milton Nascimento e Lô Borges. Não é a toa que a popularidade do prefeito Gilberto Kassab (DEM) virou água...
Quatro ou cinco produtores de vinhos, cachaças e licores marcaram presença na I Feira Mundial de Economia Solidária, que aconteceu junto ao Fórum de Economia Solidária, em Santa Maria (RS). O Futepoca esteve presente no encontro e listou os três produtores que mais agradaram ao paladar manguaça.
Vamos começar pela cachaça envelhecida em quatro tipos de madeira, produzida pela cachaçaria familiar “Harmonie Schnaps”, localizada em Harmonia (RS), como já sugere o nome. Segundo um dos produtores, o diferencial é a mistura na hora do engarrafamento, composto de 25% de cada cachaça armazenada em quatro diferentes madeiras. Misturando tudo rende um suave sabor de mézis. Se Mouzar Benedito, emérito saciólogo e eterno jurado de cachaça, tivesse provado, teria proferido uma de suas célebres sentenças: “Boa, mas é cachaça de mulher”. Provérbio que, para constar, já me posto contra.
A outra iguaria fruto do destilado de cana chama mais atenção pelo engarrafamento do que pela qualidade. Trata-se da cachaça de alambique do Tchó, e que na versão envelhecida por 7 anos ganhou uma simpática mini-embalagem em spray. Produzida pelo cooperativa “Cocamil” de Cacique Doble (RS), a manguaça portátil garante aos seus portadores um jato de 42% de teor alcoólico direto na garganta, como se tivesse apenas com uma dor, usando aqueles sprays para irritação na laringe!
Por fim, chegamos à agroindústria de Santa Tereza (RS), que incorpora duas famílias e cinco pessoas no total na produção de 25 mil litros por ano em uma área de 18 hectares, mas que apenas 7 são aproveitáveis para o plantio. O resultado de tanto esforço são duas cachaças, a Velho Alambique, que tem o selo da Secretaria da Receita Federal (?!), e a Locomotiva, novidade no mercado da cachaça e ainda sem o selo. Segundo seu produtor, Ivandro, a região do vale do Taquari tem um histórico de boa produção há mais de cem anos.
Fotos Brunna Rosa : Novidade do mercado do Mézis!
Cerpa durante o Fórum? Nem pensar... é Polar mesmo!
Em Tempo:
Fernando, o motorista colorado que ajudou a cidadã a sair do Fórum Mundial de Economia Solidária, pegar suas malas no hotel e chegar na rodoviária a tempo, ainda mostrou o hotel em que o Inter estava hospedado, o Glória. Inter encarava pelo Gauchão o também Inter, só que de Santa Maria. Só que o “motora”, apesar de ser colorado porto-alegrense, confessou que ontem iria torcer para o time de sua cidade, o Inter de Santa Maria.
Não adiantou, o Inter de Porto Alegre acabou empatando com o Inter de Santa Maria. Deve ter sido influência do valor do ingresso: cinquenta reias, surreal!
Já chegando na rodoviária, e eu reclamando da ponte que caiu e que aumentou a viagem entre as cidades de Santa Maria e Porto Alegre, Fernando comentou que era para ele ter caído junto. Em suas palavras, morrido, não o foi porque parou para um café. Segundo ele, “foi coisa de dez minutos”. Bastou para eu parar de reclamar e encarar uma Polar (aí que saudades da Cerpa!).
Aos 40 minutos do segundo tempo, o Santos ainda se recuperava do baque de ter tomado o segundo gol do Mogi Mirim e o comentarista da Sportv, Maurício Noriega, dava um dado espantoso. Até ali, o Santos tinha feito 25 finalizações contra nove da equipe da casa, sendo doze oportunidades de gol. Foram bolas na trave e defesas simplesmente inacreditáveis que davam a impressão de que não era de fato o dia do Alvinegro.
Mas não se pode também atribuir a derrota santista à falta de sorte, a erros de quem foi à frente ou a uma atuação esplendorosa do goleiro Alex Alves. De novo, os limites do elenco peixeiro ficaram à mostra. Se na partida contra a Ponte a saída de apenas um jogador, o lateral-direito George Lucas, foi o suficiente para desarrumar o time, principalmente no setor defensivo, a saída de Roberto Brum no primeiro tempo novamente obrigou Dorival Junior a mexer na estrutura tática alvinegra.
Não que o cabeça-de-área seja um craque, mas tem noção de cobertura e sabe cumprir a função tática de proteger a zaga quase como um terceiro zagueiro. Nem Rodrigo Mancha nem Germano têm essa característica. Por conta disso, três minutos após a saída de Brum, o Santos tomava o gol de empate, com o rápido Geovane avançando em um espaço vazio onde ninguém parecia saber marcar.
No segundo tempo, as chances prosseguiam e o Mogi aproveitava os contra-ataques. Dorival resolveu mudar e colocou Madson e Marquinhos no lugar de Léo (que parece não ter aguentado o ritmo) e André. Nova mudança, Pará na direita e Germano protegendo o lado esquerdo da defesa. Por aquele lado, o volante foi um desastre, envolvido a maior parte do tempo e justamente por ali que o artilheiro do Paulistão Geovane brilhou, em lance individual, e fez o segundo do Mogi.
Pode-se culpar o treinador por ter alterado o time de forma equivocada. Talvez o apagado Ganso pudesse ser sacado ao invés de André, que tem sido substituído costumeiramente. Mas há que se lembrar as limitações e faltas de opções, que se agravam com atletas no departamento médico ou fora do condicionamento físico ideal.
Ou seja, como já observado no texto sobre a vitória contra o Rio Branco, o clube precisa de reforços. Claro que o Santos ganha com a chegada de Arouca, que pode jogar tanto como volante como lateral-direito, sendo superior ao esforçado mas limitado Pará, que desde o ano passado é o símbolo da improvisação no clube. Mas vai ser preciso ir além e contratar mais.
Na segunda partida em seus domínios no campeonato Paulista, o Palmeiras ficou em um empate gordo em 3 a 3 com o Ituano. Foi a segunda igualdade em três jogos. Mas muito mais marcante do que no resultado em Presidente Prudente contra o Barueri, a defesa alviverde mostrou fraqueza diante das investidas do ataque adversário.
O Verdão fez um a zero, mas sofreu o empate. Depois, abriu 3 a 1, cedendo novamente a igualdade. Se os contra-ataques do Ituano mostravam, no primeito tempo, que poderiam assustar, na etapa final foram eficientes, evitando a derrota depois dos 35 minutos. E em uma rebatida entre zagueiros (gol contra) e em outra trombada entre a turma da retaguarda palestrina.
Juninho Paulista, cartola e camisa 10 de 36 anos, era o motor do time de Itu. Um futebol proporcional ao avantajado tamanho dos objetos da cidade. Cleiton Xavier vem fazendo um início de temporada parecido com o de 2009, mas com menos gols e mais passes. De seus pés saíram os três gols palmeirenses. O certo era um elogio aos camisas 10, maestros dos times e responsáveis por tantas redes balançadas.
Diego Souza também voltou a atuar bem. O camisa 7 fez o primeiro. Robert marcou e Deyvid Sacconi esteve bem na partida, por ser titular, mas não parece ser o jogador que Muricy Ramalho quer para a posição. Figueroa é bem mais eficiente do que Armero, e não basta para garantir todos os chuveirinhos que o treinador costuma pedir e a que o gramado encharcado quase obrigava.
O problema maior do Palmeiras é a defesa. Mas talvez o setor sofra justamente porque já sofre com o que provavelmente será a principal dor de cabeça da temporada, a falta de jogadores no elenco. Se Maurício Ramos estava contundido, neste domingo, Léo também não atuou, com dores na coxa. Gualberto, de 19 anos, foi a campo de sopetão. Bobeou no primeiro gol, e deixou o time da casa com 10 quando foi expulso, aos 17 do segundo tempo. Nem deu para saber se o jogador é só teve uma tarde ruim ou se não segura mesmo as pontas...
O cartão vermelho acertado é raro nas minhas lembranças de campeonato estadual de São Paulo, o mais comum é o time do interior terminar com um jogador a menos. Mas isso é um detalhe.
Os 10 gols marcados em três jogos são um início tão promissor para o ataque quanto a temporada de 2009. Mas os seis sofridos pela defesa não animam. Ano passado, na terceira rodada, somavam-se 7 gols pró e nenhum contra. A próxima partida é contra o Mirassol, fora de casa.
6 a 0
O que foi o placar elástico do Vasco em cima do Botafogo?
A cidadania manguaça avança enquanto o projeto Manguaça Cidadão não se institucionaliza.
Imagem: Reprodução Uma empresa japonesa lançou um shampoo de cerveja. Nem só de robôs e luzes coloridas vivem os nipônicos. O frasco, como pode ser visto na foto, é idêntico a uma garrafa e o principal componente de fato é a cevada, que promete deixar os fios de cabelo com maciez e brilho.
Outro atrativo é que o "Beer Shampoo" não é líquido, mas um pó (o que pode ser especialmente útil em viagens, afinal sempre é um risco o dito-cujo abrir na mala). É preciso adicionar água morna (a 40ºC) e agitar para obter a solução. Por enquanto, a mercadoria só está disponível na Ásia. Mas pesquisando descobri que há produtos para os cabelos comercializados no Brasil a base de levedo de cerveja, o que não é exatamente a mesma coisa.
Como bem apontou o Fredi em um post sobre xampus a base de vinho, em breve teremos toda uma linha de produtos de higiene manguaça!
Mas, não é só isso...
A linha de produtos de higiene e beleza manguaça vai além. Inclui o perfume de cerveja, garantindo que "aquele cheiro sedutor" estará disponível a qualquer hora, e 142 tipos de sabão de cerveja. Até Spa de Cerveja está disponível para realmente eliminar o estresse do dia a dia com, banhos e massagens regados ao fermentado de cevada maltada (para usar e beber).
Para aqueles que são contrários a adquirir produtos de multinacionais – e para os calvos leitores do Futepoca, é possível aprender a fazer o seu próprio xampu. A promessa, segundo a receita, é que a fórmula traz "volume e corpo ao seu cabelo", praticamente "um caminho natural para ajudar os seus cabelos a crescerem mais grossos e mais cheios". Alguém se arrisca?
Fotos: Reprodução
Manguaça que é cidadão deveria ter direito aos spas de cerveja e cota de sabão a base do pão liquido
Enquanto o clima esquenta na pré-campanha eleitoral entre petistas e tucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo e pré-candidato José Serra (PSDB-SP) trocaram provocações de torcedor nesta sexta-feira (22).
Foto: Ricardo Stuckert/PR
"Corintiano não vota em palmeirense, Serra", teria dito Lula,
segundo fontes não confiáveis
Na cerimônia de inauguração das novas instalações da fábrica Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira (SP), o governador que acha que futebol e política não se misturam foi quem começou. Ele reclamou da informação de que o município teria apenas corintianos e são-paulinos, quase nenhum palmeirense, seu time do coração.
Serra pediu para a plateia confirmar sua informação. Não deu outra: pouca gente levantou a mão. “Vocês vejam que o governador não pode ser perfeito”, desconversou o pré-candidato.
Foi o que bastou.
Lula não teve compaixão do minoritário palestrino. "Foi Deus que botou na cabeça do [ministro da Saúde José Gomes] Temporão a ideia de me convidar para vir aqui hoje. Não tem nada mais importante para um corintiano do que ver um palmeirense perceber que tem tão pouco palmeirense aqui e maioria corintiana. Serra, já ganhei o dia hoje aqui”, afirmou.
Na quinta-feira, 21, os presidentes do PSDB e do PT trocaram farpas por meio de notas em seus sites. O senador Sérgio Guerra repetiu, qual um mantra, que a pré-candidata petista Dilma Rousseff é mentirosa. Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, presidentes atual e eleito do PT responderam acusando o tucano de ser "jagunço" de Serra. A tréplica pode vir na Justiça.
Antes que alguém pergunte, Dilma Rousseff é torcedora do Internacional de Porto Alegre-RS.