Destaques

terça-feira, janeiro 08, 2008

Nos tempos do Futebol Cards

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No final da década de 1970, a marca de chiclete Ping Pong soltou a coleção Futebol Cards, com 486 cartões individuais de jogadores de 22 clubes brasileiros. Me lembro de ter colecionado, mas não sobrou nada comigo. Agora, fuçando na internet, encontrei reproduções de todos os cartões. Engraçado é notar, entre elencos meio obscuros, a presença de futuros técnicos do futebol nacional. Por exemplo:

Estevam Soares, Muricy Ramalho e Emerson Leão


Abel Braga, Nelsinho Baptista e Paulo César Carpegianni


Marco Aurélio, Jair Picerni e Levir Culpi

Há muitos outros perdidos nessa coleção. Quem tiver curiosidade pode acessar http://www.cardspingpong.com.br/

Golaços nas vitórias de Arsenal e Inter

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Na linha “analista de melhores momentos”, vão uns vídeos. Um deles é da vitória do Arsenal por 2 a 0 em cima do West Ham, pelo Campeonato Inglês. Prestem atenção no meia Adebayor. Eu já gosto do futebol dele faz um tempo, desde quando ele era meio que reserva do Henry no time inglês. Em mais umas duas jogadas do cabra que dão gosto de ver.

O outro é dos gols do Inter de Porto Alegre na vitória sobre seu xará de Milão. O gol do Fernandão é do tipo que, se o cara faz uma vez, a gente fala que é cagada. Se faz várias, é craque. O do Nilmar me deixou triste por esse rapaz ter entrado em tantos e tantos atritos com a estupenda diretoria do Parque São Jorge. Se ele voltar a jogar o que sabe, vai ficar difícil segurar o Inter esse ano.

PS.: Os dois links foram vistos no Blogol, de André Kfouri.

O selinho da discórdia

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Dia desses eu estava assistindo TV quando me deparei com um comercial sobre higiene das latas de cerveja. Em tom de campanha educativa, a propaganda dizia que era importante que o usuário higienizasse sua lata antes de consumir o líquido. E o "reclame" alertava ainda que as latas que possuem lacre de alumínio por sobre o furo precisam de cuidado extra, já que o tal lacre criaria uma espécie de "efeito estufa" que mantém as bactérias conservadas até a hora do consumo.

Foi então que me dei conta da real intenção da propaganda. A idéia clara era atacar a Itaipava - única cerveja do mercado nacional que dispõe do tal selinho. A Itaipava, como se sabe, tem apresentado um crescimento significativo. E atua de forma de certo modo independente, já que é uma das poucas empresas nacionais num mercado cada vez mais dominado pelos gigantes.

Quanto ao sabor, deixo para os manguaças mais experientes comentários. Eu sigo com minha humilde opinião de que cerveja é tudo igual.

Pois bem, o tal comercial deu pano pra manga. No dia 27 de dezembro, a veiculação do anúncio foi suspensa. Segundo o Consultor Jurídico, a proibição se deu porque a "pesquisa científica" que apontava o risco do selinho não era tão confiável assim.

Cabe recurso e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja e a Associação das Indústrias de Refrigerantes - responsável pelo anúncio e que, obviamente, não tem a Itaipava entre os associados - promete lutar pela veiculação da propaganda.

Foto: Luiz Alvarenga/Extra

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Imprensa esportiva paulista x Santos

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Podem me chamar de santista chorão, mas me irrita demais a má vontade da mídia paulista para com o Santos Futebol Clube. Você vai lá no blog do PVC e tem um texto dele cujo título, irônico, é: "Feliz 2008! No Santos?"

Ele começa assim: "Quando Luxemburgo saiu, deveria se acender a luz amarela na Vila Belmiro. Quando chegou Leão, acende-se a vermelha. Mas quando chega Marcinho Guerreiro ..." E mais à frente: "O fim do túnel da Via Imigrantes, em direção a Santos, indica tempos negros, como aqueles do meio dos anos 90, com reforços medianos, times medianos, resultados medianos. Por ora, não dá para pensar de outro jeito sobre o Santos". Dá, sim, PVC.

Ora, se o palmeirense PVC idolatra o negociante Vanderlei Luxemburgo, eu não idolatro (embora o ache muito bom dentro das 4 linhas, e não fora), e como disse um comentarista no blog dele, "com relação ao Leão , Sr. PVC , a última vez que teve um time decente em mãos, preparou a base do São Paulo que viria a ser campeã da Libertadores, Mundial e bi-brasileiro". Fora que as passagens de Leão pelo Santos trazem resultados sempre bons, como se sabe. Claro que isso não garante nada, mas pelo menos o gênio PVC deveria fazer essa ressalva.

Na mesma linha, o Milton Leite comentou outro dia, também com sorriso irônico no Sportv: "Se o Santos quer ganhar alguma coisa, começar com Marcinho Guerreiro, hein". Não sou fã de Marcinho Guerreiro, mas até o Robinho, depois de num jogo (não lembro qual), certa vez elogiou a eficiente marcação do então palmeirense: "ele me marcou bem e... jogou na bola, leal". Naquele jogo, Robinho não fez nada.

Em 2004, o José Trajano passou boa parte do segundo turno do Brasileiro dizendo maravilhas do Atlético-PR e chegou a apostar com o Marcos Caetano que os paranaenses do Levir Culpi seriam campeões. Caetano, que jogou suas fichas no Peixe, ganhou a aposta.

Lembro de outros episódios, mas seria cansativo. É isso.


Licor à base de maconha é lançado na Holanda

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Um licor feito com a planta canabis, o extrato ativo da maconha, foi apresentado numa feira em Amsterdã, na Holanda, nesta segunda-feira, 7 de janeiro. A bebida é composta por 14,5 % de álcool e extrato de maconha, segundo a agência AFP. A Horecava é uma feira em que são apresentadas novidades nos setores de alimentos e bebidas, exclusiva para profissionais do comércio. Na tarde de domingo (06/01), freqüentadores experimentaram a novidade feita com maconha.

O time "biônico" de São Paulo

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Uma brincadeira de mau gosto criada pelo site Futebol Interior pegou gente boa da imprensa, como a Rádio Bandeirantes e o canal Sportv, para ficar só nos exemplos dos quais eu tive conhecimento. O chiste em questão é chamar de "Biônico" o time Social Esportiva Vitória, mais conhecido como SEV/Hortolândia.

Às explicações necessárias. Em 2001, foi fundado na cidade de Votuporanga um time chamado Social Esportiva Votuporanga. Mantinha suas atividades típicas de um clube pequeno do interior paulista, disputando competições das divisões inferiores, quando, em 2005, decidiu mudar de cidade. A alegação dos dirigentes do clube era que a grande distância entre Votuporanga e a capital paulista - mais de 500 quilômetros - dificultava a aparição do clube na mídia e a consequente recepção de investimentos.

A cidade escolhida para abrigar o clube foi Hortolândia, na região de Campinas, distante somente 25 quilômetros da terra de Guarani e Ponte Preta e 115 de São Paulo.

Mesmo jogando em outra cidade, o clube não alterou seu nome, ao menos em um primeiro momento. Continuou se chamando SEV - ainda que no noticiário seu nome passaria a ser SEV/Hortolândia, uma adequação mais que necessária.

O site Futebol Interior, por motivos que desconheço, não "aceitou" a mudança da cidade do clube e adotou como padrão chamá-lo de "SEV/Biônico", ironizando justamente essa mudança de cidade e permanência do nome antigo. Mesmo com a SEV modificando posteriormente seu nome - hoje, SEV é sigla para Social Esportiva Vitória - a brincadeirinha continua e quem acessar o Futebol Interior verá o noticiário se referindo ao "SEV/Biônico".

Eis que o Biôn..., digo, SEV/Hortolândia está disputando a Copa São Paulo atual. Sabemos que a Copinha é uma das únicas oportunidades para que clubes pequenos apareçam na mídia durante o ano. Os veículos pouco afeitos às coisas do interior reproduzem informações de sites mais especializados - como o já citado Futebol Interior. E foi aí que Sportv e Rádio Bandeirantes entraram no jogo e chamaram o simpático time de Hortolândia de "Biônico".

Uma tropeçada que poderia ser evitada com uma simples pesquisa. Afinal, era só estranhar um time com esse nome...

Na imagem, o lobo-guará, mascote do SEV.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Vivendo e aprendendo

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Impagável a didática explicação da Wikipedia sobre como se joga futebol (o grifo é meu):

As duas equipas de onze jogadores cada, disputam pela posse de bola para fazer um golo no adversário. A equipa que fizer mais golos vence a partida; no caso do jogo ser finalizado com o mesmo número de golos ele termina empatado (a não ser que o jogo seja de "eliminação"). Para conduzir a bola os jogadores não podem tocar na mesma com as mãos, braços ou antebraços. Qualquer outra parte do corpo é permitida para se dominar a bola e conduzi-la. A única exceção são os goleiros (ou guarda-redes em Portugal) e no caso de arremessos laterais. Os goleiros são jogadores únicos que ficam embaixo da trave e cujo objetivo é defender a baliza dos chutes adversários, podendo para tal usar qualquer parte do corpo, desde que esteja dentro de um espaço delimitado por linhas chamado de área (ou grande área).

Como diria o Anselmo: "-Ah, bom! Agora entendi!"

Legião Urbana vira time de futebol em Brasília

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Você já ouviu falar da Legião Urbana? Sim, o grupo de pop-rock liderado pelo mítico Renato Russo, cujas canções são presença constante (e, depois de tantos e tantos anos, incômoda) nas rodas de violão. Então, o que a banda tem a ver com futebol?

Quem lê a revista Carta Capital já deve ter visto matéria publicada na edição datada de 26 de dezembro. Fundaram, lá em Brasília, um time com o nome e a inspiração da Legião Urbana. O nome da equipe é Legião Futebol Clube e sua torcida, como relata a repórter Luciana Bento (que é gente fina e já fez até matéria sobre o mitológico Bar do Vavá, a quem foi apresentada por estes manguaças), canta Tempo Perdido nas arquibancadas.

A intenção do time, segundo a reportagem, é conquistar os brasilienses de segunda geração, ou seja, filhos de gente nascida na cidade. Brasília, por ser uma cidade jovem, grande e receber enorme fluxo de migração, acaba tendo traços culturais pouco definidos, na maioria “importados” das regiões de origem dos moradores (os brasilienses que me corrijam se minhas impressões sobre a cidade estão erradas). O mesmo se reflete no futebol, onde a maioria das pessoas torce para times do Rio, segundo ouvi falar. A aposta do novo time é utilizar a identificação dos brasilienses com a banda de Renato Russo para galvanizar uma torcida.

Além disso, o Legião usa estratégias que, em parte, poderiam ser avaliadas por times grandes. Distribui refrigerantes e pipoca para os torcedores, tem “serviço de manobrista, tenda informatizada para a venda de ingressos, atendentes uniformizados, bar com lounge temático, cadeiras numeradas, personalizadas e com protetores higiênicos, banheiros limpos e som ambiente para informação”, relata Luciana. O negócio parece bem feito.

Com isso, consegue levar um monte de gente a seus jogos. “Na final da segunda divisão do campeonato brasiliense de 2006, o time levou 2 mil torcedores ao estádio – contra apenas 800 do adversário, o Brazilândia, um dos mais antigos da cidade”.

O time hoje está disputando a primeira divisão do campeonato local e tem planejamento de se manter nela em 2008. Depois disso, pretende tentar espaço no cenário nacional. Percebam que o time foi criado em 2006, quando disputou a terceira divisão do campeonato local, e já está na primeira. Até onde vai o Legião Urbana?

PS.: Feliz Ano Novo a todos, em nome da equipe do Futepoca!

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um estádio feito com 3 mil litros de pinga

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Além de ser o cafundó onde nasci, Taquaritinga, no interior de São Paulo, é conhecida nacionalmente por ter levantado um estádio de futebol em tempo recorde, o chamado Taquarão (foto ao lado). Reza a lenda que a obra teria sido feita em 90 dias, entre fevereiro e maio de 1983, no início da gestão do prefeito Adail Nunes da Silva - que, depois de seu falecimento, daria nome ao campo de futebol.


Porém, o projetista do estádio, Francisco Palhares Filho (foto abaixo), revelou em 2007, no livro-reportagem "O Baú do Taquarão", trabalho do jovem Leandro Castro como conclusão do curso de Comunicação na Uniara (Araraquara-SP), que essa conversa de "90 dias" é pura demagogia política. O projeto do estádio no local foi sugerido por Palhares em meados de 1979 e a terraplanagem terminada em 1981. Naquele mesmo ano, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Nabi Abi Chedid, lançou a pedra fundamental onde, mais tarde, seria o centro do gramado.

Quando o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) ganhou o título da Segunda Divisão e o direito de disputar a elite do futebol paulista, em dezembro de 1982, as obras tiveram início de imediato, ainda no governo de Deolindo Dantas. Ou seja: o Taquarão com os primeiros 20 mil lugares (dos 32 mil que teria) prontos na sua inauguração, em 1º de maio de 1983, foi "finalizado" em cinco meses, o que também não deixa de ser uma façanha. Só que o crédito político tem de ser repartido, contradizendo a "versão oficial".

Mas Chico Palhares, como é conhecido, reservou ao Futepoca uma revelação ainda mais bombástica, que não consta no livro de Leandro Castro: cerca de 3 mil litros de pinga foram consumidos nas obras do estádio. Confira o papo:

Futepoca - De onde saiu tanta cachaça?
Chico Palhares - Havia uma usina de álcool combustível na cidade e lá também se produzia pinga. Na época, tinha uns seis tonéis de 15 mil litros cada, o que dá uns 90 mil litros de cachaça. Eu ia até lá e conseguia doações diárias para os pedreiros e serventes que trabalhavam na construção do Taquarão. Foi uma iniciativa pessoal, a Prefeitura não interferia. Eu trabalhava nas obras, era o projetista do estádio e sabia que o serviço era pesado, pelo curto prazo disponível (NR.: se o CAT não tivesse concluído a obra até maio, não teria disputado o Paulistão de 1983). Quis dar um "pagamento extra" aos trabalhadores, eles mereciam.

Futepoca - Quantos eram?
Palhares - Uns 80 no canteiro de obras, calculo. Eu tinha um galão plástico de 20 litros e fazia duas viagens, uma pela manhã e outra à tarde. Ou seja, dava 40 litros diariamente. Com dois "pagamentos", cada trabalhador bebia cerca de meio litro por dia (risos).

Futepoca - Isso durante quanto tempo?
Palhares - Durante uns três meses. Como o pessoal trabalhava de segunda à sexta-feira, dava uns 25 dias de expediente - e cerca de mil litros de cachaça - por mês (risos). No final, foram consumidos uns três mil litros de pinga! Realmente, nunca tinha parado para fazer essas contas. É outro recorde do Taquarão (risos).

Futepoca - Como era feito o "pagamento"?
Palhares - Quando eu chegava, o pessoal já corria até onde eu estava. Você via gente pulando do trator, largando ferramentas, vencendo barrancos, se atropelando (gargalhadas). Até gente idosa, como o velho Boyat, entrava na fila. Aquilo devia ter sido filmado...

Futepoca - Lembra o nome de outros "apreciadores"?
Palhares - Além de mim? (risos). Tinha o João Bagrinho, Laerte Gambá, Carlitão, Zé do Figo, Maestrinho, Zé Lôco, Chiquinho e muitos, muitos outros. Foram verdadeiros heróis - muitos deram volta olímpica no dia da inauguração do estádio, sendo aplaudidos pela torcida. Mas aquela distribuição de cachaça acabou sendo útil: tudo o que eu pedia, eles faziam na hora! (gargalhadas). Só não sei como eles se viraram depois que eu pedi demissão, por divergir da nova gestão na Prefeitura. Acho que a obra ficou mais lenta e o serviço, mais duro (risos).

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A tabela e o Corinthians

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Como já noticiado aqui, a CBF divulgou as tabelas da Série A e da Série B do Brasileiro de 2008. Na imprensa da capital, o destaque em relação à segundona foi que a tal tabela iria de encontro aos interesses do Corinthians, que gostaria de ter seus jogos transmitidos aos domingos, embora o contrato do Clube dos 13 com a Globo, que detém os direitos de transmissão das duas séries, a obrigue a exibir nesses dias partidas da Série A.

As pelejas do Alvinegro na segunda estão marcadas para as terças, sextas e domingos. A emissora carioca ainda não decidiu quem vai transmitir os jogos da segunda sendo que, usualmente, tem sido exibidos pela a RedeTV! entre as emissoras abertas. O mais provável é que a Globo transmita apenas os jogos do Alvinegro, embora não saiba onde encaixá-los na grade de programação.

Mas, televisão a parte, a tabela foi bastante generosa com o Timão. Dos doze primeiros jogos, dez serão disputados no estado de São Paulo. Depois da terceira partida contra o ABC, em Natal, são nove seguidas sem precisar pegar um avião. É só conferir aqui. A estratégia de Mano Menezes não pode ser outra: terá que disparar no primeiro turno para trazer a equipe de volta para a elite do futebol tupiniquim.



Saudades do freguês

Enquanto isso, depois de jogo beneficente realizado na Vila Belmiro, o atacante Robinho, que nunca perdeu uma partida para o clube do Parque São Jorge entre 2002 e o primeiro semestre de 2005, comentou a situação do rival. "Fico triste pelo Corinthians, que tem uma torcida grande e bonita. Só torço para o Santos, e não contra os outros clubes", disse, para espetar na seqüência. "Espero que o Corinthians volte à primeira divisão para jogar outras vezes com o Santos na Vila Belmiro e perder".

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Magrão não aprende

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Errar é humano, insistir no erro é burrice. E cometer o mesmo erro pela terceira vez, o que é, então?

A situação descrita acima se aplica ao volante Magrão. Aquele, que começou no São Caetano.

Quando ele era atleta do Palmeiras, foi um dos principais ídolos da torcida verde. E merecidamente. Além da qualidade técnica (sim, ele tem isso), Magrão se destacava pela valentia, identificação com a torcida, parecia mesmo um torcedor em campo.

Em 2004, numa entrevista, Magrão cometeu seu primeiro erro. Declarou com todas as letras que jamais jogaria pelo Corinthians. "Sempre fui palmeirense, mas jamais desrespeitei outros clubes. O maior rival do Palmeiras é o Corinthians. São Paulo e Santos nem tanto, poderia jogar numa boa. Já no Corinthians, o torcedor do Palmeiras ficaria magoado", disse o volante, empolgado com seu posto de ídolo no Parque Antarctica.

Meses depois, como se sabe, Magrão foi anunciado como reforço do Corinthians.

E tratou se fazer seu filme com a Fiel agindo exatamente da mesma forma. Ao invés de somente jogar seu futebol - que tem qualidade, repito - gastou tempo falando da identificação com a garra corintiana, que se sentia um verdadeiro torcedor de arquibancada, que seu coração era alvinegro e blablabla.


Agora Magrão está no Inter de Porto Alegre. E vejam o que ele fala ao site oficial do clube:

“Vim para o Inter porque me identifiquei com a massa colorada". E ao falar das tatuagens que tem pelo corpo, acrescenta: "Estou me sentindo muito bem aqui no Beira-Rio. Talvez faça uma tatuagem para eternizar este momento".

Mais uma vez ele faz, para ser bem claro, papel de bobo. É bonito um jogador que se identifica com sua torcida, é claro - os são-paulinos sabem bem como isso funciona, já que o caso Rogério Ceni é um dos únicos dos dias atuais. Mas tem que ser bem tonto pra entrar nessa cantilena no atual mundo do futebol, dinâmico como poucos.

Sinceramente, torço para que Magrão faça a tatuagem e depois receba uma proposta irrecusável do Grêmio.

Brasileirão: 2008 já começou

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Para quem ainda está digerindo o panetone, o pernil e curando a ressaca e já preparando para a próxima bebedeira de Ano Novo, é bom saber que a dor de cabeça para alguns e alegria para outros, o Brasileirão 2008, já começou.

Pela primeira vez sem o rebaixado Corinthians, mas com a volta do Vitória e da Portuguesa, foi divulgada a tabela do maior campeonato do país, que começa em maio.

Veja a primeira rodada, que acontece nos dias 10 e 11 de maio:

Botafogo x Sport

Internacional x Vasco

Vitória x Cruzeiro

Portuguesa x Figueirense

Coritiba x Palmeiras

Náutico x Goiás

Flamengo x Santos

Ipatinga x Atlético-PR

Atlético x Fluminense

São Paulo x Grêmio


A tabela completa pode ser acessada no site da CBF.


A sorte está lançada, façam suas apostas.

domingo, dezembro 23, 2007

O tamanho das torcidas

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Ia responder ao comentário da Thalita no post abaixo sobre o Santos ser líder de audiência televisiva, mas achei melhor fazer outro texto. Quando se fala em tamanho de torcidas, a polêmica é certa. As pesquisas, em geral, dão resultados bastante semelhantes. O Flamengo tem a maior, seguido do Corinthians, com variações entre pesquisas que ficam sempre dentro da margem de erro. Em seguida, São Paulo e Palmeiras que, em geral, aparecem empatados estatisticamente, e Vasco. Daí em diante, alternam-se, de acordo com o gosto do freguês ou do instituto, Grêmio, Cruzeiro e Santos.

Portanto, difícil dizer que uma torcida de seis milhões pessoas, como se estima que seja a do Santos, é “pequena”, como afirma a companheira blogueira. Ainda mais levando-se em consideração que os cinco primeiros colocados nas amostragens são das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Peixe vem de um município com menos de 500 mil habitantes, 20 vezes menos que a capital do estado. Mas se essa torcida é “pequena”, o que será dito então de Atlético (MG), Fluminense, Botafogo e Internacional, que em todos os levantamentos têm menos adeptos que o clube da Vila? Erro comum, motivado por rivalidade clubística e que também tem o dedo da grande mídia esportiva. Em geral, desinformada; no limite, com uma inegável simpatia por alguns times.

A torcida sãopaulina cresce?

A torcida do São Paulo é a que mais cresce no Brasil. Pelo menos é o que se fala de forma corrente por aí. Tem até publicitário sãopaulino travestido de articulista (a profissão é mera coincidência?) dizendo que já é a segunda maior do país, a frente, pasmem, do Flamengo. A suposição se baseia em um suposto complô dos institutos motivados por interesses comerciais. Nada mais livre de tais interesses do que um profissional de marketing. Enfim, a base para se afirmar isso é zero. Como é zero também, em termos estatísticos, dizer que a torcida tricolor é a que mais cresce.

De acordo com as pesquisas do Datafolha, com série iniciada em 1993, o São Paulo tinha 7% dos torcedores do país, enquanto o Palmeiras tinha 5%. Na última pesquisa, o Tricolor tinha 8%, variação dentro da margem de erro, enquanto o Verdão tinha os mesmos 8%. O Palmeiras é o único grande que cresceu fora da margem de erro em todo o período analisado, 14 anos.

Títulos atraem torcedores? Provavelmente, assim como ídolos carismáticos. Impossível medir o efeito de fenômenos recentes nesse caso, como Rogério Ceni ou Diego e Robinho, já que as pesquisas só entrevistam maiores de 16. Jejuns diminuem a torcida? Sem dúvida, como mostra a composição etária da torcida corintiana, com baixo índices entre aqueles que sofreram com a fila de 23 anos. Sim, ao contrário de outro lugar comum, os corintianos não aumentaram em termos proporcionais no sofrido período, mas ganharam algumas marcas que fazem questão de ostentar, a de “sofredor” e “fiel”.

Um bom período para os rivais do Tricolor

Portanto, levando-se em conta esses critérios, a estabilidade da torcida tricolor se explica. Foram 11 anos, de 1994 a 2004, sem títulos nacionais ou internacionais, mas, o que é muito pior para o sãopaulino, é que os rivais acabaram fazendo a festa nesse intervalo, mandando em períodos sucessivos no futebol brasileiro. O Palmeiras foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores. O Corinthians obteve dois títulos nacionais e duas Copas do Brasil, enquanto o Santos saiu da fila e conseguiu dois campeonatos brasileiros, além de um vice na Libertadores. Não foi um período bom para a torcida do São Paulo crescer.

Outro dado curioso em relação à torcida sãopaulina é a queda do número de adeptos que ela tinha na capital paulista de 1993, ano do bi-mundial, para 1995. Houve uma redução de 31% para 21% no número de torcedores, que se manteve estável, com oscilações na margem de erro,até o último levantamento de outubro de 2007. Ou seja, a declaração desse tipo de fã pode ter sido mais por causa de um modismo e da presença de Raí, Miller e Zetti, do que propriamente uma conversão. Ganha-se na alta e somem os lucros na baixa. O torcedor não era, de verdade, um torcedor.

A discussão é polêmica, mas os dados que são mais confiáveis estão disponíveis nas páginas da internet dos institutos. Bem menos passíveis de dúvida do que a impressão que cada um tem andando nas ruas e medindo o número de camisas de clubes que circulam por aí.

Na tarde em que concordei com um fascista

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Festa de um ano do filho de alguém que as tramas familiares complicam a localização. A irmã mais velha do aniversariante, de três anos, está contente, recebe quem chega, explica o que é a festa, e introduz os convidados. Uma figurinha. Pela pouca idade e porque o trabalho de hostess é só uma brincadeira, a menina não faz bem as apresentações. Bom, ela faz as apresentações, diz quem é o avô, a avó, os tios e só avisa sobre quem é o bisavô. Porque com a terceira primavera recém-completada não se entende bem as trajetórias de vida, nem visões políticas. Ainda bem. Apenas horas depois, descobri que se tratave de um delegado de polícia aposentado que ultrapassou todos os esteriótipos.

A relações públicas mirim só serviu aqui para chegar ao centro da narrativa, assim como aconteceu na festinha, que terminaria com brigadeiros e até bala de coco. Até lá, salgadinhos, amendoins e... cerveja.

O tal bisavô é o único que tem a gelada no copo. É o único servido recorrentemente por quem passa perto do sofá onde, não sei se por magnetismo alcoólico ou acaso, também me instalo. Como manguaça, tento acompanhar, mas sem dispor da mesma entrega de latinhas. Discriminação compreensível a alguém que ninguém conhece, mas que me obriga a intervalos maiores entre uma e outra, por causa do deslocamento por todo salão de festas até a cozinha, onde sempre tem alguém com olhar atencioso na frente da geladeira. Nunca deixam a geladeira sozinha. Toda a boa vontade vira, assim, constrangimento para o único dos convidados que faz essa trajetória.

Ao sucesso da quase clandestina terceira viagem até esse intermediário, a convicção: seria a última. De volta a meu lugar, ao lado do colega de copo, não estava preparado para o rompimento desse elo tão frágil e, ao mesmo tempo, capaz de se refazer ainda mais de surpresa. Diz lá o bisavô:

– E você viu? O Serra disse que era preferível o cara ter conforto na prisão do que estar solto nas ruas. Me decepcionou – atirou, em referência a alguma declaração do governador paulista que não tentei identificar. Um silêncio se seguiu, porque ninguém se dispôs a interlocutor.

Não me atrevi. Mas tampouco a falta de réplica impediu a continuação:

– Um sujeitinho daqueles tinha é que estar preso com goteira pingando na cabeça. Já imaginou a mãe daquela moça que esse monstro matou, o que ela sentiu quando o Serra falou isso?

– Ah, nem vale a pena pensar... – apaziguou um, com a vã esperança de que seria suficiente para demovê-lo.

– Não, não vale mesmo. Por mim, era um do lado do outro, e punha uma bala pra cada, assim, execução sumária. Eu achava que esse Serra fosse firrrrme, mas é um frouxo. Anda muito com esse pessoal dos direitos humanos. Ai, que raiva!

O silêncio é geral diante a ira da declaração fascista, não se sabe se por concordância dos outros ou imobilidade, pelo menos minha. Talvez, se eu tivesse tomado bem mais e tivesse a disposição dos ébrios para o "debate" mal saberia por onde começar a refutar a manifestação de fascismo exacerbado. Mas esse duradouro segundo seria a última pausa:

– No Serra eu não voto.

Foi um choque. Mas aí, eu não discordei. Os outros convidados, depois de um momento de hesitação e talvez com medo de que as críticas se estenderiam a todo o resto do espectro político, resolveram que era hora de cantar o parabéns.

sábado, dezembro 22, 2007

Nike recebe Adidas na Espanha e na Itália neste domingo

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Um domingo futebolístico às vésperas de Natal vêm salvar o dia dos amantes do esporte bretão. Dois clássicos que podem ser resumidos assim:

Nike x Adidas


É que as partidas entre clubes de destaque de cada país coincide que os times da casa tem uniformes fabricados pela americana e os visitantes pela alemã. Um duelo de gigantes não só no marketing esportivo.

Inter x Milan ou Nike x Adidas
às 12h, no San Siro. No clássico entre os times de Milão, os goleiros são brasileiros, Julio Cesar e Dida. O Inter lidera o campeonato com 22 pontos à frente do rival, na 11ª posição com três jogos a menos. Fosse no Brasil, diriam que o primeiro colocado estaria louco para carimbar a faixa de Kaká e cia. O melhor do mundo de 2007 terá como concorrente a craque da partida o sueco Ibrahimovic. Anima?


Barcelona x Real Madri ou Nike x Adidas
às 16h, no Camp Nou. Ronaldinho Gaúcho é dúvida, porque vem sendo mantido fora há cinco partidas. O francês Henry, com problemas na coluna. O nome do Barcelona é Eto'o (pior do que o Obina). O Real Madri, líder, tem Robinho. Mesmo que os merengues percam, manterão a liderança com seus 38 pontos, quatro à frente do adversário segundo colocado. Em termos de arrecadação, o Real fatura 59,5 milhões de euros a mais.

Comparando com as partidas entre casados e solteiros que dominam o fim de ano após o fim do Campeonato Brasileiro, acho que pode ser melhor. Apesar de o jogo em Milão ser bem mais retrancado do que 99% das peladas de confraternização da firma, da repartição ou mesmo do Futepoca. Depois dos jogos, só restará esperar a manguaça natalina.

Santos lidera audiência televisiva do Brasileirão

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Apesar da insistência da Globo em transmitir partidas do Corinthians, foi o Santos quem liderou a média de audiência dos grandes paulistas no Brasileirão 2007. Os espectadores não se incomodaram em ver alguns sofríveis jogos da equipe, até porque os rivais - incluindo o campeão - também deram espetáculos deprimentes.

Assistir o Carlinhos? Tô fora...

Conforme a soma das audiências das transmissões realizadas por Globo e Bandeirantes, o Santos teve a média de 29,9 pontos, à frente de Corinthians, com 29,4 pontos; São Paulo, 28 pontos; e Palmeiras, 24,1 pontos.

Isso mesmo com um tempo de transmissões do Peixe bem menor (15h27min) em relação ao Corinthians, que teve o maior tempo de transmissão (35h05min).

Em 2007, a audiência do Timão na TV aberta caiu 16% em relação a 2006. Mesmo assim, a queda de audiência do Corinthians foi inferior à geral do Brasileirão (18,5%), que marcou neste ano 26 pontos (21,8 na Globo), enquanto no ano passado foram 31,9 pontos (25,8 na Globo).

Pergunta: seria o caso do Santos, que recebe uma cota menor de direitos de transmissão do que seus co-irmão da capital, reivindicar o mesmo tratamento?

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Corinthians e Flamengo anunciam projetos de canais de TV

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Segundo o portal IG, Corinthians e Flamengo anunciaram hoje que terão canais próprios de TV paga. O projeto será tocado pelos dois clubes em parceria com a produtora do famigerado José Bonifácio Sobrinho, o Boni, ex-diretor da Rede Globo.

Os canais terão formatos semelhantes, com equipes acompanhando todos os treinos e jogos dos dois times. Serão realizadas ainda entrevistas e reportagens exclusivas. Os canais terão ainda conteúdo exclusivo para a internet, em parceria com a ALLTV.

O valor das assinaturas não está definido, mas deve ficar em torno de R$ 10,00 por mês. Segundo declarou ao IG o coordenador de marketing do Corinthians, Caio Campos, “a idéia, é claro, é que seja um valor popular". Tanto Corinthians quanto Flamengo prevêem cerca de 400 mil assinaturas. De acordo com a coluna De Prima, do jornal esportivo Lance!, os clubes ficariam com 75% da receita – ou 85% se o número de assinantes ultrapassar um milhão.

O Timão anunciou também o projeto Fiel-Torcedor, versão alvinegra do projeto sócio-torcedor, já criado por vários clubes do país. Os associados terão um cartão com um chip e não precisarão mais passar pela bilheteria, contando com catracas exclusivas no jogos. Além disso, terão desconto na assinatura da TV Corinthians (o nome ainda é provisório).

O IG lembra ainda que alguns dos principais clubes da Europa contam com canais exclusivos de televisão. Manchester United, Real Madrid e Milan são exemplos, sendo que o último já conta inclusive com um canal exclusivo no Youtube para reproduzir alguns dos programas do Milan Channel.

As idéias são interessantes e bem vindas. Tomara que sirvam para encher um pouco os combalidos cofres do Parque São Jorge (e não o bolso de cartolas parasitas). Mas dizer que TV Paga é um projeto “popular” me parece meio fora da realidade. Na minha cabeça, os times brasileiros tinham que criar formas de marketing que atinjam as classes C e D, povão mesmo. Essa galera enorme que dá dinheiro para o guaraná Dolly, Casas Bahia e camelôs no país todo. Faz uma versão de R$ 40 da camisa oficial do Corinthians e vê se não vende que nem água. A prova é a camiseta “Eu nunca vou te abandonar”, bem simples, com preço nessa faixa (não tão barato, aliás), que está fazendo um grande sucesso. Se fosse uma versão da oficial, ia vender mais ainda. E se camelôs podem vender camisa a 20 pila (sei lá se é isso, mas deve passar perto), acho que os clubes teriam condições de cobrar menos de 100 reais, não?

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Pacotaço corintiano e a tradição do desperdício

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Na falta do que falar, palpito sobre as contratações do Corinthians até agora. Uma boa nova confirmada um monte de incógnitas. Chicão é bom zagueiro, experiente, e deve dar mais consistência ao setor defensivo do time. Agora, de Lima (que não joga nada há um bom tempo), Rafinha (revelação da Copa SP), Valença (zagueiro ex-Náutico) e do chileno Suarez não sei o que esperar.

Parece mais um pacotaço do qual menos da metade será efetivamente aproveitado, prática tradicional no Parque São Jorge. Lembremos de Régis Pitbull, Jamelli, Júnior Negrão, Iran, Clodoaldo, Rodrigo “Beckhan”, Adrianinho... A lista de é longa e desabonadora da política de contratações dos cartolas alvinegros.

Além deles, comenta-se ainda de William (zagueiro do Grêmio), Leonardo (lateral-esquerdo da Portuguesa), Tuta (centroavante também do Grêmio), Fabiano (volante, ex-Santos e São Paulo, o genro do Luxa) e Rossini (meia, ex-Santos). Aposto, torcendo para perder, que, dos que chegarem, metade cairá em desgraça até o meio do ano. A outra metade se queima depois. Um pouco de planejamento ajudaria a gastar menos com salários de bondes como Marinho e Jean, encostados há meses e ganhando provavelmente mais de R$ 50 mil por mês.

Por fim, o uruguaio Beto Acosta é um nome interessante, apesar de minhas desconfianças em relação a “revelações” de 30 anos. E é preciso ainda saber o que vai virar a reclamação do Náutico sobre o atleta. Antonio Carlos, responsável pelas negociações, está demonstrando toda sua inexperiência. Complicou uma negociação que parecia bem encaminhada com o goleiro Felipe ao divulgar valores de uma discussão salarial feita em portas fechadas (o que justificou como “política de transparência” do clube. Vai ser transparente com o salário dos outros?). Agora, apresenta o jogador sem conversar direito com o time (lembram das camisas com o nome do Vágner Love?). Provavelmente Acosta ficará e Felipe renovará, mas precisava de todo esse bafafá na imprensa, que não precisa de motivo pra achar crise no Parque São Jorge? O Corinthians não é lugar para fazer estágio.

PS.: O contrato de Adriano, reforço trazido pela super-diretoria sãopaulina, a melhor do universo conhecido, acaba dia 30 de junho, antes da data marcada para a final da Libertadores. Como o Imperador veio principalmente para essa disputa, os diretores devem achar que só chegar na final é o bastante.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Lá vem a Libertadores

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Por falta do que falar, já estão dizendo (como o Uol) que o Fluminense caiu no “grupo da morte” na Libertadores. O sorteio dos grupos foi realizado pela Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) nesta quarta-feira, em Assunção, Paraguai

Mas, se Libertad (PAR), LDU (EQU), Arsenal (ARG) ou Mineros de Guayana (VEN) é um “grupo da morte”, o que serão (ou não serão) os outros?

O Cruzeiro é que não se deu muito bem: vai ter que jogar a pré-Libertadores contra o Cerro Porteño (PAR), que, pelo menos em tradição, não é tão baba como costumam ser os adversários dos brasileiros que disputam essa preliminar.

Confiram os grupos dos brasileiros:

GRUPO A
San Lorenzo (ARG)
Real Potosí (BOL)
Caracas (VEN)
Cruzeiro (BRA) ou Cerro Porteño (PAR)

GRUPO D
Flamengo (BRA)
Nacional (URU)
Coronel Bolognesi (PER)
Cienciano (PER) ou Montevideo Wanderers (URU)

GRUPO F
Santos (BRA)
San Jose (BOL)
COLÔMBIA 2
Chivas Guadalajara (MEX)

GRUPO G
São Paulo (BRA)
Sportivo Luqueño (PAR)
Atlético Nacional (COL)
Audax Italiano (CHI) ou COLÔMBIA 3

GRUPO H
Fluminense (BRA)

Libertad (PAR)
LDU (EQU)
Arsenal (ARG) ou Mineros de Guayana (VEN)

(atualizado à 00:44)

Termina a novela Adriano

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Agora é certo (embora ainda não seja oficial). O atacante Adriano vai reforçar o São Paulo no primeiro semestre de 2008. De acordo o empresário Gilmar Rinaldi, o empréstimo está acertado com a Inter de Milão, mas o anúncio acontece na sexta. Ele não adiantou à reportagem o UOL Esporte quais os termos ($$$) do negócio. Mas certamente a diretoria da Inter achou um bom negócio manter o jogador e o técnico Roberto Mancini separados por um tempo. Na Itália ele dificilmente seria aproveitado.

A premanência de Adriano no clube era desejo irreprimido do São Paulo desde que o jogador chegou para recuperação física e psicológica no Reffis. Em um mês, recuperou a boa forma física. Sobre seus supostos problemas com alcoolismo, no entanto, ainda não sabemos os resultados.

As chances de Adriano voltar a jogar bem são grandes. E conhecendo a qualidade do jogador, a tradição do São Paulo em recuperar atacantes acabados (por pelo menos o tempo da Libertadores), a falta de atacantes do meu time e a inveja alheia (frase recebida pelo MSN: eu comemorando Acosta e vcs me sacam uma dessa!!!!! - autor preservado) só posso dizer: VALEU INTER!!!

Futepoca estuda encomendar pichação no Muro entre Israel e a Cisjordânia

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O fim de ano é um período para projetos. Em meio a várias mudanças, o Futepoca estuda encomendar ao site holandês Send.a.message, uma pichação-propaganda do blogue no muro construído pelo governo israelense forçando a fronteira com a Cisjordânia.

O único furo nesta estratégia do Futepoca são os 30 euros cobrados, porque a página holandesa de fato existe e cobra esse preço para pichar o que pedirem. São vetados apenas frases ofensivas a israelenses, palestinos ou a outros povos, além de termos obscenos. Os responsáveis pelo spray são palestinos engajados.

A ação bem humorada pretende protestar contra o chamado muro do apartheid e, ao mesmo tempo, financiar ONGs que trabalham nos territórios palestinos.

O mais comum são registros de casamento, declarações de amor e mensagens de paz. O Send.a.message jura que os pichadores conhecem a região e que não se arriscariam desnecessariamente para pichar. Além disso, a Cisjordânia é muito mais tranquila do que a Faixa de Gaza, dizem eles. Tudo isso para tranquilizar os que tiverem medo de provocar uma vítima a mais do conflito na região por causa de uma frase apaixonada.

Divulgação

Cindy e Mark se casaram em 20 de outubro

É possível escrever textos de até 100 caracteres (incluídos os espaços) em qualquer idioma, mas é preciso informar a tradução para certificar de que não se trata de ofensas a quem quer que seja.

Um vídeo com os palestinos pichadores em ação está disponível na página. E eles afirmam torcer para que a mensagem não dure para sempre, porque querem a derrubada do muro e um processo de paz na região.

Alguém se habilita para ajudar o Futepoca?

Inter se redime com Adriano Gabiru

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O Internacional fez, no domingo, uma baita festa em comemoração ao primeiro aniversário de seu título Mundial. A direção colorada já alardeava sobre a festa há tempos, que ocorreria simultaneamente à exibição do filme "Gigante", um documentário sobre a conquista.

Mas dias antes da realização da festa, correu uma notícia que dizia que Adriano Gabiru não havia sido convidado para o evento. Gabiru, pra quem não se lembra, foi o autor do gol da vitória do Inter sobre o Barcelona na decisão do Mundial. Antes e depois disso, a passagem do meio-campista pelo Beira-Rio foi trágica. Perseguido pela torcida, era o jogador mais hostilizado nos jogos da equipe. E o crédito que obteve com o histórico gol não durou muito tempo - meses depois Gabiru acabou sendo dispensado pelo Colorado, indo para o Figueirense e, na sequência, para o Sport.

Após a divulgação do "não-convite" a Gabiru, a diretoria do Internacional tratou de esclarecer que tudo não havia passado de um mal-entendido e que o meio-campista estava, sim, convidado para a celebração. Ele e todos os atletas e integrantes da comissão técnica colorada que participaram da campanha do título.

Ainda havia uma rusga no ar. Será mesmo que foi só um "mal-entendido" ou Gabiru efetivamente não tinha sido convidado, e a diretoria do Internacional o chamou à festa mediante pressão popular?

A cobertura da festa deixou claro que Adriano Gabiru era sim um convidado da festa. E de gala. O site do Inter traz uma reportagem em que aborda unicamente a presença de Gabiru no evento - indo desde a chegada do jogador ao Beira-Rio até suas impressões enquanto "Gigante" era exibido. A matéria é ilustradas com "belas" fotos do atleta, como essa que está ao lado.

Taí, boa homenagem do Inter. Pelo que se diz, é assim mesmo que os torcedores colorados querem que Gabiru seja tratado pela diretoria do clube: com respeito, gratidão, carinho, mas longe do campo, pelo amor de Deus!

Luxemburgo e os altos pensamentos do cartola

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A contratação do técnico Vanderlei Luxemburgo pelo Palmeiras por dois anos aos rumores de surreais R$ 500 mil mensais, me traz lembranças datadas de 2002 que não merecem ser exploradas. Uma questão de não chamar ziguizira nem maus presságios para o Verdão.

Há quem diga que o salário consumiria R$ 6 dos R$ 40 milhões que a empresa de marketing esportivo Traffic estaria disposta a aplicar no clube em 2008. A diretoria jura que arca com o ordenado do técnico.

O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, saiu dizendo que o clube está pensando grande. A Arena Multiuso do Palmeiras em que o Parque Antártica vai se converter nas mãos da WTorres dão idéia disso. A aparente redução dos boatos vindos da diretoria verde seguidas de chapéus promovidos por outros clubes soa bem aos ouvidos.

Mas o fato de que estão apenas na fase de análise e que "nenhum nome foi definido", mostra que até na intertemporada a gente tem que torcer.

Continuo a achar que o custo-benefício de um treinador medalhão como Luxemburgo não compensa. Ainda mais porque ele vai ser técnico e gerente. Como definiu o GloboEsporte, vai "praticamente mandar prender e soltar no Palestra Itália e na Academia de Futebol". A fama do rapaz de amante da grana me impede de comemorar essa parte. Ainda assim, torço para receber um cala-boca com resultados.

Para reforçar que minhas ressalvas não devem soar muito pra baixo, recorro novamente a um expediente barato:

Viva! Pelo menos os 40 milhões.

Convenceu?

terça-feira, dezembro 18, 2007

Santo Expedito venceu São Jorge?

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Em algum lugar de São Paulo...

Provocações

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Na coletiva de sua (re)apresentação como técnico do Santos, Emerson Leão pareceu mais manso. Mesmo assim, não perdeu a oportunidade de alfinetar seus desafetos. Vejam esses dois trechos capciosos:

Coração corintiano
"Nunca tive qualquer problema com o Fábio Costa. (...) O que aconteceu (no final de 2003) foi que ele me ligou dizendo não saber o que fazer antes da renovação. Disse que tinha uma proposta do Corinthians. Eu falei para ele seguir o que o coração mandava. O Fábio foi para o Corinthians."

Luxemburgo: só Paulistas
"Se você me perguntar se prefiro ganhar o Paulista ou a Libertadores, prefiro a Libertadores."

Sobre butiquins vagabundos

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Hoje pela manhã, no programa Sportcenter, da ESPN, José Trajano bateu um papo com o músico e compositor carioca Moacyr Luz (foto) - que, ao que parece, está para publicar a continuação de "Manual de sobrevivência nos butiquins mais vagabundos" (livro de sua autoria lançado pela Editora Senac em 2005, coordenado pelo jornalista Marcelo Moutinho e ilustrado pelo cartunista Jaguar). A primeira edição trouxe 25 crônicas baseadas em fatos reais e ambientadas naquilo que nós, manguaças, costumamos chamar afetuosamente de "butecos pé sujo", onde a falta de higiene é apenas um charme a mais. Em seus livros, Moacyr Luz faz um apanhado desses simpáticos estabelecimentos na cidade do Rio de Janeiro, inclusive com entrevistas de personalidades que os freqüentam. Questionado por Trajano sobre as novidades da segunda edição, Luz citou um tal de "Bip Bip", butiquim de um metro por dois em Copacabana. Segundo consta, uns gringos pararam certa vez diante da tapera, embasbacados, e decidiram entrar. O dono, Alfredinho, cortava as unhas impavidamente sobre o balcão. E teriam travado o seguinte diálogo:

- Mister, please. Tienes chope?

- Não, aqui só tem cerveja - respondeu Alfredinho, cortando as unhas e sem levantar a cabeça.

- Ok. Uno para nosotros.

- Seguinte, a geladeira é pequena e só tem meiota. Se quiser, tem que pegar duas de uma vez - prosseguiu o dono do buteco.

- Ok, ok.

- Outra coisa: aqui não tem garçom. Vai lá no fundo, pega as meiotas na geladeira e anota pra mim no caderno que tá amarrado no balcão - orientou didaticamente Alfredinho.

- Ok, ok.

Não contente, o dono do bar arrematou:

- Ah, e aproveita que tu vai lá no fundo e mata aquela baratinha ali na parede, ó!

Enquete: qual dos brasileiros eleitos como melhores do mundo pela Fifa é mais boleiro

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O camisa 22 do Milan e 8 da seleção brasileira foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007 pela Fifa. Antes, havia faturado o prêmio da revista francesa France Football. Um meia ofensivo, algo bem diferente de 2006, quando o zagueiro italiano Fabio Cannavaro foi eleito.

Antes de Kaká, Ronaldinho Gaúcho por duas vezes consecutivas, Ronaldo Fenômeno por três vezes – sendo duas consecutivas, Rivaldo e Romário (uma vez cada) haviam faturado a premiação criada em 1991. As oito conquistas, contra três de Zidane para a França, colocam o Brasil como dono do melhor futebol do mundo desde então, apesar de não ter o jogador mais premiado – já que o filho de argelinos que comandou os azuis na conquista de 1998 e no vice de 2002, teve um segundo lugar e dois terceiros.

O que o Futepoca quer saber é: qual dos brasileiros é melhor? A questão é o conjunto da obra, e cada um priorize o que preferir.

Como bem observou a Thalita, só estão listados os melhores no futebol masculino, por isso a Marta, eleita por duas vezes como melhor do mundo, não entra na disputa. Quem achar que ela é melhor que os outros cinco ou que essa exclusão é machismo, que justifique suas afirmações nos comentários.

Enquando Kaká exibe seu penteado cheio de gel aos 25 anos tem uma ou duas copas pela frente, Ronaldinho Gaúcho tem 27, de modo que a África do Sul é sua última chance de ser bi. O Gordo mal consegue retomar a carreira, e Rivaldo e Romário não terão grandes contribuições ao futebol antes de encerrarem suas carreiras. A perspectiva de futuro pode ser pior ou melhor para os atletas, já que alguns podem ou não levar isso em conta na hora de votar.

Vote:

Qual dos brasileiros eleitos melhores do mundo pela Fifa é o melhor?

segunda-feira, dezembro 17, 2007

A CPMF e a raça de víboras

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Com atraso, uma dica de leitura a respeito da votação que definiu o fim da CPMF, escrito por Dom Demétrio Valentim, bispo de Jales. Abaixo, alguns trechos do artigo, talvez o mais lúcido e coerente escrito sobre o tema:

A última sessão do Senado, que votou a CPMF, podia ter sido realizada no Butantã. Assim mesmo, não é certo que este Instituto incumbido de recolher as cobras venenosas do Brasil, teria em seu catálogo tantos exemplares quantos seriam necessários para classificar as serpentes que foram destilando seu veneno durante a sessão de quarta-feira.

(...)

Com certeza o episódio foi mal conduzido, em primeiro lugar pelo próprio Governo. Não se vai ao Butantã com chinelos de dedo! Faz parte da previdência governamental prevenir as dificuldades, e contorná-las em tempo, para não expor o interesse público ao jogo partidário dos congressistas.

Mas é evidente que faltou sinceridade e racionalidade na discussão da matéria. Isto impediu de analisar os méritos deste tipo de "imposto", que precisava da autorização qualificada do Congresso para continuar sua vigência.

Todos os Senadores sabiam que o Governo está prestes a propor uma profunda reforma tributária. Toda reforma tributária causa apreensões sobre o alcance exato das mudanças a serem feitas. Tanto mais era conveniente aprovar a renovação da CPMF, cuja arrecadação serviria de segurança mínima e de tranqüilidade administrativa, enquanto se aprovaria a reforma tributária. Mas nada disto foi levado em conta pelos que obcecadamente se posicionaram contra a proposta do Governo.

O artigo completo aqui.

domingo, dezembro 16, 2007

O retorno de um gigante em 2002

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Ontem completou cinco anos da conquista que trouxe o Santos de volta ao panteão do qual nunca deveria ter saído, embora a ausência de títulos durante longos períodos seja comum a quase todos os grandes.

Era 15 de dezembro de 2002 quando Robinho deu oito pedaladas sobre Rogério. Sobre ele recaía toda a atenção, já que Diego havia saído a um minuto de jogo, contundido. Mesmo assim, aos 18 anos, pegou a bola como um veterano para cobrar o pênalti feito pelo corintiano. Quando a coisa parecia apertar, tomou a bola, arrancou e cruzou para Elano marcar o verdadeiro gol do título. Coroou sua atuação fazendo Vampeta e Kléber dançarem perdidos, só assistindo o atacante servir Léo, que fez um golaço com a perna direita.

Desde então, é um dos clubes brasileiros que mais acumulou pontos em rankings de torneios, sendo o melhor brasileiro no ranking da Fifa. Foram dois títulos brasileiros, dois vices, um vice na Libertadores, outro no Paulista e mais um bicampeonato estadual nesses cinco anos.

Embora 2008 não pareça tão alvissareiro se se observar o time, as coincidências do dia 15 de dezembro de 2007 talvez estimulem os supersticiosos. Neste dia, Emerson Leão, que capitaneou o título de 2002, era confirmado como o novo treinador do Santos, enquanto o time sub-20 sagrava-se campeão paulista, com jovens valores como Wesley, Thiago Carletto e Alemão, e uma campanha incontestável de 15 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Nas semifinais, de novo o Corinthians foi a vítima, derrotado nas duas partidas. Será possível um milagre se repetir?

PS: Santista, se você assistir o vídeo e tiver vontade, pode chorar que não é vergonha. É orgulho.

Transposição das águas do rio São Francisco

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Um tema atual, relevante, a respeito do qual pouco se lê: a transposição das águas do rio São Francisco. É muito interessante o texto do Bernardo Kucinski sobre a greve de fome de dom Luís Flávio Cappio, bispo de Barra (BA), publicado no site do PT (originalmente no site www.cartamaior.com.br). Vale a pena ler a pensata, de 11/12/2007, intitulada O bispo de Barra quer morrer.

Futepoca: endereço novo, tudo igual

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Aviso aos leitores do Futepoca:

O blogue passa a atender no www.futepoca.com.br. Ao digitar antigo no navegador, o visitante será redirecionado para este endereço permanente.

A mudança faz parte das comemorações pela escolha do blogue como o Melhor de Esportes no Best Blogs Brazil 2007 – cuja ressaca só acabou agora.

A qualidade editorial, a estrutura, e a falta de anunciantes continuam iguais. Também continua tendo mais textos de futebol do que de política, e mais de política do que de cachaça. Mas agora é mais fácil de avisar os amigos e divulgar pra todo mundo.

Aos blogues parceiros, agradecemos a atualização dos links.

Repetindo:
futepoca.com.br

sábado, dezembro 15, 2007

Sandro Goiano desdenha o Corinthians e vai para o Sport

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Hoje chegou a confirmação por fax, na sede do Grêmio, do contrato assinado. Estava selada ali a a transferência de Sandro Goiano, imortalizado na calçada da fama do Olímpico, para o Sport Clube Recife.

Com passagem por outros grandes clubes, do porte de Goiás, Paysandu, Caxias do Sul, Paraná e Tuna Luso, o volante estava no tricolor desde 2005, e foi o capitão da equipe na chamada "Batalha dos Aflitos", quando o Grêmio garantiu o acesso a primeira divisão tendo jogado boa parte da partida com três jogadores a menos. Por incrível que pareça, Sandro Goiano não foi um dos expulsos.

Aos 34 anos, o aguerrido líder vinha freqüentando o banco de reservas, mas mesmo assim foi alvo da cobiça de outros times. Ao que consta, o Atlético (MG), a pedido de Geninho, tentou levar o atleta. Outro clube, este recém-rebaixado, também quis ficar com o guerreiro volante, segundo o G1. "Recebi uma proposta do Corinthians, mas a do Sport é melhor para mim - disse Sandro Goiano ao portal. Que sonho ter Goiano e Bóvio como dupla de volantes... Mas o Sport levou a melhor (?).

Embora o volante tenha sido alvo de ironias, chacotas e vídeos, hã..., críticos por parte desse blog, é inegável que ele soube encarar como ninguém o espírito de "raça" que caracteriza alguns times (pelo menos no marketing que fazem). E na segundona, mostrou-se um verdadeiro animal. Em todos os sentidos.

Boa sorte, Sandro Goiano. E, principalmente, boa sorte aos atacantes do Santa Cruz e Náutico.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Pelada no Futepoca

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Desculpem os fãs de Ana Paula Oliveira e Juliana Knust porque esse post não é sobre as fotos da Playboy.

Pelada, nesse caso, foi a tentativa dos futepoquenses de jogar futebol.

Adentraram o gramado e abriram-se as cortinas do espetáculo no último domingo (na verdade era na quadra do prédio do Glauco e foi um vexame) para o sensacional primeiro churrascão do Futepoca.

O resultado prático: coitada da bola.

Dos futepoquenses, a escalação foi Glauco e Maurício (os que nunca reclamam), Anselmo e Nicolau (os sem-tênis), Marcão (sempre com a lata de cerveja na mão em qualquer jogada), Olavo (goleiro intransponível por poucos segundos) e Frédi.

Houve participação especial do zagueiro Thalitão, que saiu de quadra por motivos não passíveis de escrever num blogue de família como este.

Bem, contamos com a participação do pai e irmãos do Maurício e mais os meninos do prédio do Glauco que apareceram por lá. Resumo da partida: pelo menos eles jogaram alguma coisa.

Os futepoquenses ficaram marcados pela grossura, pelas dores musculares e descobriram, mais uma vez, que é muito mais fácil escrever sobre que jogar futebol.

PS. O Maretti não aparece nas fotos porque alegou velhice e não entrou em quadra.

PS2 Se no futebol fizemos feio, no quesito cachaça mostramos que estamos em forma, foram pelo menos umas 100 latinhas de cerveja.

Quanto à política, tiramos folga. Tínhamos mais o que fazer e nosso convidado especial, o manguaça presidente, não deu as caras por lá.




Falta da latinha: manguaça vai ao solo em tropeço no ar


A bola é um detalhe. O foco também.


Depois de cinco minutos de partida (denúncias!)


Um acusa, outro bebe...


... e, do outro lado, ninguém acredita.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

BestBlogsBrazil 2007: Com 68 votos de vantagem, Futepoca é eleito o melhor blogue de esportes

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Reprodução
O Futepoca é o melhor blogue de esportes de 2007. Quem diz são 38% dos internautas que votaram na categoria "Melhor Blog de Esportes" no Best Blogs Brazil 2007. A união de futebol, política e cachaça, vistos do ponto de vista da mesa do bar, se consagra no voto popular.

Os 301 votos obtidos representam 68 à frente do Blog do Juca Kfouri e 201 de vantagem sobre o blogue da Soninha. O segundo e o terceiro colocados são hospedados no UOL e na Folha, respectivamente.

Em quarto e quinto lugares, respectivamente, ficaram os também blogs independentes e com poucos (possivelmente nenhum) recursos financeiros Velocidade e Mundo Esportivo. A eles, nossos cumprimentos, já registrados em nosso "post de campanha".

Até o dia 3 de dezembro, dois dias antes de o placar ficar oculto até a revelação do resultado, o Futepoca se mantinha na segunda posição. Juca chegou a ficar 63 votos à frente, mas a reação não tardaria. No dia 4, após uma ampla mobilização que envolveu eminências pardas do blogue, mães, pais, vizinhos, vizinhos do trabalho e até entrevistados, colaboradores e conhecidos de boteco, a virada apontava o início da consagração.

Agradecemos a todos os que votaram na gente e prometemos solenemente continuar bebendo, falando de futebol e de política aqui e nos botecos da vida. Valeu!

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Viva!

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Outros destaques
O podcast semanal MondoPalmeiras também foi escolhido como o melhor em sua categoria.










Co-escrito por Nicolau

Efeméride

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Hoje faz 15 anos que o São Paulo ganhou seu primeiro título mundial. O jogo contra o Barcelona de Stoichkov, Laudrup e Zubizarreta foi sensacional. Vale rever os melhores momentos. Dá pra se emocionar.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Qualidade em questão

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Notícias contraditórias sobre a exigência de qualidade futebolística em torneios internacionais. A boa: Joseph Blatter, presidente da FIFA, teria ficado assustado com o desempenho menor que pífio do Waitakere United, da Nova Zelândia, no Mundial de Clubes disputado no Japão. O representante da Oceania, que se denomina “semiprofissional” (ai!), foi derrotado por 3 a 1 pelo Sepahan, do Irã.

De acordo com agências internacionais, Blatter declarou que a diferença técnica entre os times nessa edição foi evidente, e que a discussão será posta no comitê executivo da FIFA.
Vai lá Blatter! Pelo fim da filantropia no futebol.

Ao mesmo tempo, a Conmebol anuncia a criação de mais um desses torneios sem razão de ser: o campeão da Copa Sulamericana jogara contra o vencedor da Copa Nabisco do Japão. Uau!

O torneio está garantido por pelo menos quatro anos. A primeira edição acontece em 30 de julho de 2008, no Japão. Disputarão o torneio o Arsenal, da Argentina, e o Gamba Osaka.

Apenas times que integram a Conmebol poderão participar. Se uma equipe mexicana ou americana vencer a Sulamericana, não poderá disputar a nova competição. As informações são da Lancepress. O site da Conmebol está indisponível agora, por isso não achei nem o nome do novo torneio.

Zé Dirceu aposta em Dilma ou Marta para 2010

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O ex-ministro José Dirceu comandou uma palestra em São Bernardo na terça-feira (11/12), a convite do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Falou basicamente sobre o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mas, inevitavelmente, acabou analisando o cenário para as eleições de 2010. Para Dirceu, as ministras Dilma Rousseff (da Casa Civil) e Marta Suplicy (Turismo) são os nomes mais cotados para o PT. Mas, em sua opinião, a prioridade do partido deve ser a aliança com o PMDB. (Foto: Luciano Vicioni)

Futepoca - Como o senhor avalia, hoje, o cenário da próxima disputa presidencial?
José Dirceu - O PCdoB e o PDT estão evoluindo, com alguns partidos, para a candidatura do Ciro Gomes (PSB). O DEM, o PSDB e o PPS vão acabar construindo uma candidatura comum, é a tendência. O PTB talvez não dê apoio ao PT e lance o Fernando Collor como candidato. O PR é um partido que já tem uma aliança mais estreita com o PT, o José Alencar foi duas vezes vice do Lula. E o PP, vai depender muito do desenvolvimento, não sabemos. Mas a prioridade do PT, no meu entendimento, tem que ser o PMDB.

Futepoca - Por que?
José Dirceu - Nosso governo se consolidou, se estabilizou e venceu as eleições, de 2005 para 2006, muito em torno da aliança com o PMDB. É o maior partido, tem uma cultura desenvolvimentista, nacionalista, com bases populares no Brasil e que tem o número suficiente de deputados e senadores, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores para, junto com o PT, formar uma maioria no país. Precisamos de uma maioria na Câmara Federal e no Senado para impulsionar as reformas que o Brasil precisa, como a tributária, por exemplo. E o país precisa de uma maioria para o próximo governo, que não terá o Lula como presidente. E é preciso eleger esse presidente. É evidente que, se o PT e o PMDB estiverem juntos, e o presidente da República apoiar um candidato desses dois partidos, haverá uma grande possibilidade de ele estar no segundo turno e vencer. Porque, de certa maneira, o PT terá candidato. Pode não ser o candidato final da aliança, da coalizão, mas o PT tem que ter um candidato até pela dimensão, pela importância do partido e porque é o partido do presidente.

Futepoca - Quais seriam os nomes mais cotados no PT?
José Dirceu - Quem tem voto hoje, ainda que seja em torno 8% a 12%, é a Marta Suplicy. Nenhum outro candidato tem. Lógico que você pode ter o nome do Jaques Wagner, do Eduardo Suplicy, do Marcelo Déda, do Tarso Genro, do Patrus Ananias. Mas os dois nomes que eu vejo, hoje, são o da Marta e o da Dilma Rousseff. A Dilma pela história dela, pela posição que ela tem hoje. Agora, isso depende muito do PT e do presidente. O PT tem que definir. Não temos um candidato que se imponha pelo apoio popular e eleitoral. E um candidato do presidente, ele não tem manifestado uma opção. Então, 2008 é ano de eleição e nós vamos ter que tomar essa decisão. Para nós não interessa antecipar a sucessão, vamos deixar isso para 2009. Agora, no PT, mais de 90% dos petistas querem um candidato - que pode ser apresentado numa frente ou pode ser o candidato. Se tiver o apoio do PMDB e do presidente, eu digo que tem grande chance de ir para o segundo turno. Mas isso depende muito, também, de como vamos construir isso com os outros partidos. E como o presidente vê isso.

Palmeiras quer sediar Copa de 2014 com Arena para 42 mil

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O lançamento das reformas no Parque Antártica acontece neste domingo, 17, na Sala São Paulo, centro da capital, para convidados e jornalistas. O orçamento ainda não foi divulgado, mas o prazo é 2011. Enquanto o gramado é trocado para o próximo ano, a torcida está de olho em mudanças bem mais amplas.

A responsável pela obra é a WTorre Engenharia, empresa há 25 anos no mercado, responsável por todo tipo de obra de supermercados, fábricas, prédios de escritórios e até base de petróleo. Sediada no bairro do Morumbi, a companhia foi apresentada como parceira do arquirival de segunda divisão na construção da "nova Fazendinha", em março de 2006, em plena Era MSI. Pelo que se fala dos empreendimentos de Walter Torre Jr., não foi dele a responsabilidade pelo estádio do Corinthians não ter saído da prancha dos projetistas.

Divulgação

Ilustração por computador

Embora a Copa esteja em vista, os dirigentes garantem que não é só por isso. "Será um centro de entretenimento, senão não teria motivo para o projeto", explicou o diretor de planejamento do clube alviverde, Luiz Gonzaga Belluzo, em entrevista à rádio Globo. "Estarão à disposição serviços requintados, como restaurantes e camarotes, equipados de maneiras mais moderna possível", detalhou.

O modelo é o do Amsterdã Arena, do Ajax. A empresa responsável pela gestão do estário holandês prestou consultoria ao Verdão, que cede o direito de uso e recebe parte da renda em contrapartida. De certa forma, isso implica dizer que o Palmeiras também terá de negociar agenda para jogar.

Pagar para jogar?
O vice-presidente de futebol, Gilberto Cipullo, deu declarações de que o clube pagaria "aluguel" para jogar. Se o Palmeiras vai receber parte da renda dos outros eventos, na verdade o tal aluguel é um desconto da receita de renda do clube. Menos pior se for assim.

Marketing
Depois de muito tempo, uma maré de notícias positivas aparece sobre o Palmeiras. O lançamento da Arena vem na mesma semana em que se intensificam as informações de que a empresa de marketing esportivo Traffic vai investir no Palmeiras. Se tudo isso vai se tornar realidade, demora para saber, mas pelo menos a turma do Parque Antártica parece ter conseguido canais para passar notícias boas para a imprensa.

Palmeiras deve Libertadores de 1999 a Havelange

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O Palmeiras deve seu título da Libertadores em 1999 a João Havelange, ex-presidente da Fifa. Quem garante é Fernando Rodríguez Mondragón, em entrevista à Terra Magazine Latinoamericana. O colombiano é filho e sobrinho dos comandantes do Cartel de Cali, e descreveu como o grupo serviu de ponte para a compra dos jogadores peruanos na Copa de 1978, vencida pela Argentina. As denúncias de suborno da seleção do Peru vêm desde a goleada sofrida por 6 a 0 no Mundial.

Foto: Ricardo Stuckert/Pr

Valeu, Havelange! Contra o narcotráfico, o ex-presidente da
Fifa, João Havelange, teria impedido a compra dos árbitros
pelo Cartel de Cali, cidade sede do adversário do Verdão em 1999


Na última pergunta, Monfragón revela que o Cartel costumava presentear os árbitros com gordas quantias quando iam apitar partidas do América de Cali na Libertadores. "Meu tio não deixava os árbitros que vinham à Copa Libertadores da América pagar nada", começa. "Eles se encantavam ao vir a Cali, porque tinham tudo pago. Quando iam pagar a conta do hotel, lhes diziam que estava paga", detalha.

Segundo ele, o América "só não pôde ganhar a Libertadores", porque o então presidente da Fifa João Havelange, que havia deixado a presidência da Fifa no ano anterior, era contra o narcotráfico. "Na final de 1999, contra o Palmeiras, juntamos US$ 200 mil para os árbitros, mas quatro horas antes da partida nos devolveram, porque Havelange havia dito (aos árbitros) que se recebessem esse dinheiro ele os complicaria", descreve. O problema de aceitar a versão, como observou o comentarista Olavo, é que a final da Libertadores foi o Deportivo Cali

Ele acusa ainda o árbitro colombiano J.J. Torres de apitar a favor dos argentinos na principal competição sul-americana, por influência da federação argentina (AFA), na pessoa do presidente Julio Grondona, junto ao país. Grondonha está no cargo há oito mandatos, desde 1979.

O pai de Mondragón é Gilberto Rodríguez Orejuela, conhecido como "Enxadrista", o que justifica o nome de seus dois livros (El hijo del Ajedrecista 1 e 2) com revelações o Cartel de Cali.

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Corrigido às 16h45 de 13/12/2007

Gafe

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Questionado sobre a situação de Juvenal Amarijo, zagueiro do Brasil na Copa de 1950 que hoje vive em condições precárias em Camaçari (BA), Wilson Piazza (foto), ex-jogador e presidente da Federação das Associações de Atletas Profissionais (Faap), afirmou: "Ele foi apenas vice em 50 e, no Brasil, vice não vale nada". Detalhe: Piazza estava em uma solenidade comandada por José Alencar (PR), vice-presidente da República...

Um ídolo injustiçado

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Fiquei sabendo pelo blogue do André Rizek que o meia Giovanni, maior ídolo do clube durante o jejum de títulos, pode voltar a jogar. O destino seria o Figueirense, já que o treinador Gallo, que o trouxe de volta para o Santos e também o levou para o curto período em que esteve no Sport, teria pedido sua contratação.

Já diria Augusto dos Anjos que a inseparável companheira do homem, no fim das contas, é a "ingratidão, esta pantera", mas com Giovanni parece que ela foi especialmente severa. Após chegar ao clube pelo qual ainda nutre paixão, em 2005, Giovanni foi dispensado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo em 2006. Fez sua última partida no dia 12 de janeiro, contra o São Bento, na campanha em que o Santos sairia de uma fila de 22 anos sem ganhar o título estadual.

Segundo consta, o treinador teria incompatibilidade com o atleta, e circulou a versão de que sua dispensa seria decorrente das brigas do meia com Nelsinho Baptista, quando supostamente teria trabalhado pra derrubar o técnico (como se o homem que rebaixou o Corinthians precisasse de ajuda extra para cair).

Nelsinho não entendeu que Giovanni, sem o preparo físico de antes, não poderia mais atuar como meia. Sua posição ideal era junto ao ataque, como estava atuando na Grécia e como jogou contra o Corinthians, um memorável 4 a 2 em que o árbitro Edilson Pereira de Carvalho tinha recebido encomenda para garfar o Santos. Nas gravações que denunciaram o esquema, Edílson, pressionado, confessou que tentou dar uma mãozinha pro Timão, mas naquele dia Giovanni estava impossível. Ainda assim, a partida foi anulada. Mas a atuação do "Messias" não.

Enquanto o 10 foi escorraçado da Vila Belmiro, o próprio Rizek lembra que outros atletas têm tratamento diferenciado. "O Santos permitiu que Antônio Carlos se despedisse do futebol – para assumir um cargo no arqui-rival Corinthians, usando sua mitológica camisa 10, em plena Vila Belmiro. Antônio Carlos não tem 10% da história de Giovanni no Santos."

Não, não tem. E não merecia vestir a dez. Mas é amigo do chefe, do capo santista. Por falar em amigos, alguém, em sã consciência, acha que o sérvio Petkovic é mais jogador ou está mais apto fisicamente do que Giovanni? E Luxemburgo deu quantas chances a ele? A diretoria, inerte, que manteve Pelé à margem durante todo tempo e até hoje não conseguiu estabelecer uma relação com o Rei, lava as mãos com um outro monstro da história santista. E finge que não é com ela.

Mas há tempo para se redimir. Basta que a o Santos traga de volta seu ídolo, aquele que testemunhei fazer a partida mais perfeita que nunca havia visto - e até hoje não vi - alguém fazer, em um inesquecível 5 a 2 no Fluminense em 1995.

Respeitar Giovanni é respeitar toda uma torcida que teve de volta a alegria e a altivez que tinha perdido quando viu o paraense desfilar nos gramados da Vila mais famosa do mundo. Um Dez de verdade.

Arthur Virgilio afirma ter ligação espírita com Mário Covas

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Tirado do site Conversa Afiada:
Trecho do discurso de Arthur Virgilio no Senado, dia 10: “... saio até do terrestre aqui, saio até desta coisa tão rastaqüera que é esta nossa vidinha aqui na Terra; estou conversando, em sessão espírita, com Mário Covas, estou fazendo aqui tudo o que Mário Covas faria, tudo o que ele me disse para fazer. Ele tem falado mais comigo do que com a Dona Lila. Ele me fala assim: ‘Arthur, vote contra a CPMF. Arthur, resista, não deixe a sua bancada faltar, membro algum’. A bancada do PSDB vai votar inteira.”

Presidente do Ipea defende jornada de trabalho de 12h por semana

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O economista e presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, se tornou meu mais novo ídolo. Ele defendeu a adoção de uma jornada semanal de trabalho de três dias com expediente de quatro horas.

Pochmann argumenta que o acumulo de capital pelo sistema financeiro, que ele define como “produtividade imaterial”, é a “razão pela qual não há, do ponto de vista técnico, [motivo para] alguém trabalhar mais do que quatro horas por dia durante três dias por semana.", segundo publicou a Folha Online. “Pode ser estranho ouvir isso neste momento, ou talvez devessem ter sido mal compreendidos aqueles que, em 1850, justificavam o trabalho de oito horas por dia, começando a partir dos 15 anos, embora [naquela época] a indústria no mundo todo empregasse crianças de cinco, seis anos fazendo jornada de 16 horas diárias."

Pochmann disse ainda que o Brasil deveria começar a preparar seus cidadãos para começar a trabalhar depois dos 25 anos de idade. Ele justifica a tese com o aumento da expectativa de vida no Brasil. "Não há razão técnica para alguém começar a trabalhar no país antes dos 25 anos de idade. Especialmente porque estamos para entrar na fase em que a expectativa de vida ultrapassará os cem anos.", declarou o economista. Ele sugeriu ainda a criação de um fundo "que permita aos pobres optar entre o trabalho e a escola", o que colocaria o país em posição de vanguarda na preparação de pessoas capazes de pensar um projeto de desenvolvimento de longo prazo.

terça-feira, dezembro 11, 2007

José Roberto Torero fala sobre seu folhetim eletrônico

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O escritor e blogueiro José Roberto conversou por telefone com o Futepoca sobre "Nove contra nove", uma história contada no formato dos antigos folhetins de jornal, iniciada ontem em seu blogue. Os personagens Zé Cabala e Gulliver vão tentar decifrar o misterioso assassinato de Beleza, um goleador do tipo "artilheiro-artilheiro" que morre após marcar seu milésimo gol. A novela policial tem seus capítulos publicados às segundas, quartas e sextas-feiras. Abaixo, Torero fala sobre a obra.

Futepoca - Primeiro, uma pergunta um pouco óbvia. Como surgiu a idéia de transportar o antigo folhetim para a internet?

José Roberto Torero - Tive a idéia de escrever uma história de detetive antes, por conta de um curso de romance policial que fiz. Rascunhei com o Marcus Arélio Pimenta, ele fez a primeira versão e fiquei de fazer uma segunda, mas o projeto acabou ficando parado. Retomei depois o texto, eram 190 mil toques, um pouco grande, mas pensei em colocar no blog, já que a história era relacionada a futebol.
Quando comecei a mexer, percebi logo que tinha que ter o formato de folhetim. Assim, tem mais ação e a história fica com menos devaneios, mais aventurosa. Tanto que o texto caiu pra 110 mil toques.

Futepoca - Quantos capítulos você planeja?

Torero - Entre 20 e 30.

Futepoca - E a interação com os leitores? Já gerou modificações na história?

Torero - Esse primeiro capítulo acabou e coloquei "Beleza acaba de mor...", para concluir a frase no episódio seguinte. Ia colocar "morrer" mesmo, mas já chegaram sugestões interessantes como "mordeu a língua". A participação dos leitores vai mexer bastante no texto. Já tive uma experiência parecida quando fiz a Copa dos Pesadelos, a idéia original era totalmente diferente do que acabou acontecendo e, no fim, virei mais um redator final de tantas colaborações que recebi dos leitores do blogue.

Futepoca - A Copa dos Pesadelos aumentou bastante a audiência, não? Já dá pra sentir o mesmo com o Nove contra Nove?

Torero - A Copa dos Pesadelos multiplicou por sete a audiência média do blogue. Agora, em um dia e meio do Nove contra Nove já vieram 17 mil visitantes, o que se equipara à Copa. Na internet, é necessário sempre ter participação do leitor de algum jeito.

Futepoca - E o Futepoca pode dar um furo sobre o que vai acontecer amanhã no Nove contra Nove?

Torero - Bom, vai ter o assassinato, é como nos romances policiais em que tem alguém que morre logo no início da história. Mas claro que o nosso grande detetive não é um Sherlock Holmes, nem tem a elegância de um Poirot. É o Zé Cabala, que a gente não sabe se é uma besta humana ou um grande gênio que se faz de bobo.

Futepoca - É imprevisível, como aquele centroavante grosso que a gente não sabe se vai decidir ou errar feio...

Torero - Essa comparação é boa. Não é aquele cara que joga certinho, mas às vezes vai dar uma embaixada e faz o gol de bicicleta, cai no chão e consegue fazer o gol de cabeça.

Futepoca - E o Zé Cabala, que não salvou o Corinthians do rebaixamento e teve que fugir, vai conseguir voltar pra São Paulo?

Torero - Ele vai tentar se recuperar moralmente, espera uma segunda chance e quer ajudar a trazer o Corinthians de volta pra primeira divisão. Se o Andres Sanchez ajudou o clube a cair e agora quer tentar a redenção, porque o Zé Cabala não pode?

Futepoca - E você, como santista, o que espera do seu time para 2008?

Torero - Torço para o Luxemburgo ficar. Tinha o Mano Menezes, que era uma boa opção, e falam do Leão também. Mas o Leão é técnico para tratamento de choque, depois de alguns meses, fica insuportável. Com exceção daquele Santos de 2002 que era algo totalmente diferente, tanto que o Elano disse uma vez que o time era tão bom que fazia até o Leão sorrir.
Mas me preocupo com o Santos, já que o Marcelo Teixeira alterou o estatuto e garantiu uma espécie de perpetuação no poder, é um clube que vai ser gerido a mão de ferro, de forma pouco transparente. Não se sabe ao certo se o time tem dinheiro, se tem assegurado uma estrutura. E isso é péssimo, até porque, se as coisas vão bem, aparecem naturalmente.