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OK, todo mundo concorda que o São Paulo vai estraçalhar o América nessa quarta no Morumbi. Até mesmo o empate - que já seria uma zebra danada digna de uma carreata da torcida vermelha em Natal - dá o título ao Tricolor. Mas mesmo com todo esse cenário, é bom o São Paulo ficar esperto com a partida contra os potiguares. Porque ela lembra um episódio recente da história do time de Rogério Ceni.
Foi em 2005. O Paulistão foi disputado na esdrúxula fórmula dos pontos corridos em turno único (pontos corridos é chato mas é lógico; em turno único, vira um absurdo). O Tricolor fazia melhor campanha, superava Santos e Corinthians na classificação e, quatro rodadas do final, poderia ser o campeão estadual com uma bela antecedência, quebrando assim um jejum de cinco anos. Bastava vencer a Portuguesa no Pacaembu.
A Lusa, coitada, não tinha a menor condição de oferecer resistência. O time fazia um fraco Paulistão e o fantasma do rebaixamento rondava o Canindé. Justamente por isso, os lusitanos não queriam ser apenas convidados para a festa do São Paulo. Precisavam vencer. E, de maneira surpreendente, foram pra cima.
Na continuidade do Paulistão, o São Paulo acabou ficando com o título. Curiosamente em cima do Santos, num 0x0 em que o melhor jogador da partida foi Henao (e falo sério). O São Paulo perderia ainda mais um jogo no campeonato, para a Ponte Preta. E a Lusa escaparia do rebaixamento.
E em 2006, ano seguinte a este relatado, a Portuguesa poderia ter entrado para a história do mesmo jeito. Foi enfrentar o Santos na Vila pela última rodada em jogo marcado para ser a festa do título peixeiro. Mas dessa vez não deu: Santos 2x0, e a Portuguesa foi rebaixada para a Série A2 do Paulistão.
Será que o América se empolga e consegue repetir a façanha da Lusa?
Ficha técnica
Portuguesa 2x1 São Paulo
Pacaembu, São Paulo, 31/03/2005
Campeonato Paulista
PORTUGUESA
Gléguer; Pereira, Altair e Sílvio Criciúma; Wilton Goiano, Alexandre, Rai, Silas (Oliveira) Leonardo; Cléber (Almir) e Washington
Técnico: Giba
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Edcarlos e Júnior; Mineiro (Josué), Renan, Marco Antônio (Souza) e Danilo; Grafite e Diego Tardelli
Técnico: Emerson Leão