Destaques

quinta-feira, novembro 20, 2008

Troféu Romário de jogador mais mascarado

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A partida de hoje entre Brasil e Portugal colocou em campo Cristiano Ronaldo e Kaká, dois candidatos a melhor do mundo. Muita gente boa já escreveu sobre quem é melhor, o Futepoca quer saber outra coisa.

Troféu Romário de jogador mais mascarado


O Baixinho é homenageado no prêmio por sua fama de rei da máscara. E por ser "maior que o Pelé". A brincadeira não inclui o bom moço Kaká e seu "ele é mais habilidoso do que eu". É claro que Romário jogou muita bola, mas sempre teve certeza de que era muito mais do que o futebol. Mais ou menos o mesmo – em escala menor – pode ser aplicada aos elencados aqui. Jogar, a turma joga (ou jogou), mas ganharam fama de mascarados. Injustiças devem ser denunciadas nos comentários!

Cristiano Ronaldo
Indagado sobre quem seriam os três maiores jogadores do mundo atualmente em entrevista ao Estadão, o português não teve dúvidas: "Sou o primeiro, o segundo e o terceiro (risos)". Quando a pergunta foi sobre beleza dos futebolistas, ele não deixou por menos: "Gosto muito de mim". Podem até dizer que foi piada, mas o cabra faz questão de se valorizar. Mas também avisou que Kaká é o melhor do mundo. Jogo de cena?


Robinho
Acusado de não render na seleção nas partidas para valer o mesmo que nos clubes em que joga e por não resolver jogos decisivos, Robinho tem conquistas para rebater, inclusive pela seleção. A ira de jornalistas e torcedores se aguçou depois de o atleta desembarcar na Granja Comary de helicóptero antes da partida contra o Chile.

Ronaldinho Gaúcho
A chegada ao Milan foi qual à de uma celebridade hollywoodiana ou um rapper gringo. Eleito duas vezes como melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, não correspondeu na seleção brasileira na Copa de 2006. Pior, foi dos mais apáticos, motivo porque lhe foram destinadas duras críticas. O mesmo aconteceu na Olimpíada de Pequim, apesar do sobrepeso.



Marta
Isolada do restante do grupo da seleção brasileira e sempre tentando resolver sozinha as partidas, Marta não conseguiu levar a seleção brasileira de futebol feminino ao título mundial nem o ouro na Olimpíada deste ano. Perdeu, na hora H, para a seleção dos Estados Unidos uma semi-final e uma final. Apesar de ser apresentada como uma pessoa simples pelo jornalista argentino Diego Graciano no livro Você é mulher, Marta (que eu ainda vou resenhar aqui no Futepoca, aguardem), a melhor jogadora de 2007 entra na lista dos marmanjos para ser votada.

Riquelme
Riquelme arrebentou com o Grêmio em 2007 e com o Palmeiras em 2001. Mas nem deu certo na Europa e parece desaparecer na seleção argentina. O atleta é supervalorizado por seus feitos no Boca Juniors, mas nem sempre consegue honrar a 10 que já foi do atual técnico da seleção hermana, Diego Maradona.


Ibrahimovic
Cotado para melhor de 2008, o sueco já declarou que era fã de Ronaldinho Gaúcho, mas chegaria a ser melhor do que ele. O fato de ter liderado a Internazionale ao tricampeonato é relevante, claro, mas na Eurocopa 2008 e no Mundial de 2006, deixou a desejar, na visão de alguns fãs, que esperavam que o atacante carregasse o time nas costas.

Será que esqueci muita gente? Será Romário também foi injustiçado?

Vote:

Troféu Romário: quem é o mais mascarado do futebol?


Ué? Mas não ia ser o último jogo do Dunga?

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Foi 6 a 2 em amistoso, claro. Mas para a partida que seria
a última de Dunga, até que teve cara de que o treinador vai continuar. Muricy vai ter que esperar.

Sair perdendo confundiu, mas em menos de quatro minutos veio o empate. Em mais 15, a virada.

Luís Fabiano fez três, Maicon, Elano e Adriano completaram. Danny e Simão conferiram para Portugal. Os celebrados Kaká e Cristiano Ronaldo não marcaram. Não vai ser por isso que vão ou não ser os melhores na avaliação da Fifa.

Aliás, o terceiro gol, de Maicon, foi uma jogada tramada que parecia de um time entrosado. Espera-se que a vitória dê ânimo para 2009. Mas se não precisou treinar para fazer isso, por que nas eliminatórias o pessoal não se movimenta do mesmo jeito? Não é por liberdade para avançar que Maicon jogou bem hoje e deixou de jogar nas outras partidas. O mesmo pode se aplicar também a Robinho, que puxou duas jogadas de velocidade que resultaram em gols.

Se os adversários costumam ficar mais fechados quando o jogo é de campeonato, isso pode até dificultar, mas não pode impedir sempre o outro time de jogar rápido, sei lá, de um jeito mais fácil.

Para a seleção tem impedido. Não me convenço de que o problema seja (só) do técnico.

Foto: CBF

A foto é de Luisão, porque é a única na página da CBF por enquanto.

quarta-feira, novembro 19, 2008

A cena mais horripilante do mundo operístico

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O acaso me deu a sorte de ter como aluno um cara como o Mauro Wrona. Seria bem improvável eu dar aulas numa faculdade para alguém que já tem uma carreira consolidada, de uma geração anterior. Mauro fez carreira internacional como cantor operístico e hoje trabalha sobretudo como diretor cênico de óperas em várias instâncias, como a Ópera Estúdio (que acontece numa parceria da Universidade Livre de Música, Faculdade Santa Marcelina (Fasm) e Centro Tomie Ohtake), o Centro de Cultura Judaica e projetos próprios. Pois bem, ele agora está se formando em Regência na Fasm, onde aconteceu de eu ser o professor responsável pelas monografias de conclusão de curso.

A razão desse post é que hoje, justamente, estávamos trabalhando no texto deste meu aluno, cujo tema é a ópera O Franco Atirador, do compositor alemão Carl Maria von Weber. Mais especificamente, ele estuda a cena da "fundição das balas", em que se realiza um pacto com o diabo. Aprendi que essa cena é considerada por muitos como o maior exemplo do horripilante, do terror, na ópera.

Aí estávamos revisando a biografia do Weber, quando deparo com a seguinte passagem, que cito em primeira mão do trabalho (ainda inacabado) do Mauro:

"Em 1806, sofreu um acidente grave: procurando no escuro uma garrafa de vinho que deixara em cima de mesa, bebeu por engano o ácido nítrico que se utilizava para as impressões das partituras. Ficou dois meses hospitalizado. Nunca mais pôde cantar, e até para falar seu timbre se alterou."

Cara, isso sim é que é cena horripilante! Depois dessa, qualquer um cria coisas que nem Zé do Caixão seria capaz!

Pra terminar fica aqui o registro de que hoje, 19 de novembro, é aniversário tanto do Carl Maria von Weber como do Mauro Wrona. Parabéns!

PS¹: como bem lembra o Anselmo, é também dia da Bandeira. Salve a Bandeira.

PS²: como muito bem lembra o Glauco, é aniversário do milésimo gol de Pelé, marcado nesta data em 1969.

terça-feira, novembro 18, 2008

Nova promoção do Futepoca: Hora da Virada

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Estamos em terceiro.

Caro leitor, cara leitora, o Futepoca promove mais um emocionante concurso cultural. Desta feita, vamos estimular você a nos ajudar na votação para o The Bobs.

Para participar, basta responder à seguinte questão:

Como você conseguiu angariar votos para o Futepoca para o The Bobs?

Promoção Hora da Virada

Clique aqui e responda



A resposta mais criativa, de acordo com o júri etílico, receberá em sua casa um exemplar do livro Prontuário 666 e mais um par de ingressos para o filme A Guerra dos Rocha. O segundo colocado também leva um exemplar do livro.

A promoção Hora da Virada vai até o dia 19 de novembro. Participe e vote na gente.

A estátua se protegeu ou foi você que bebeu?

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Um belo dia eu estava passando de ônibus pela Praça Princesa Isabel, aqui em São Paulo, e fiquei com a impressão de que havia um colete salva-vidas na gigantesca estátua do Duque de Caxias. Meio zonzo, atribuí o "delírio" à ressaca do momento - ou melhor, à bebedeira da madrugada imediatamente anterior. O ônibus acelerou e deixou a praça para trás, sem que eu conseguisse ver a estátua novamente. Mas notei que uma menina, ao meu lado, tinha feito uma foto com o celular. E mostrava para uma amiga a imagem da estátua com o tal colete (foto acima). Pensei: "-Meu Deus, isso é sério! Mas como é que conseguiram fazer esse negócio? E a Prefeitura? Permitiu na boa?". Dúvidas que aumentaram ainda mais minha sensação de tontura proporcionada pelo álcool em fuga e o sacolejo do coletivo.

Pois bem, depois de ver outra estátua com colete, a do Anhangüera, na Avenida Paulista (à esquerda), resolvi pesquisar na internet. E descobri que isso é mais uma idéia do artista plástico paulistano Eduardo Srur, o mesmo que, no início do ano, colocou 20 garrafas PET gigantes nas margens do Rio Tietê. Dessa vez, com a nova intervenção urbana, intitulada "Sobrevivência", o artista resolveu colocar 25 bóias em 16 monumentos. "Quero fazer as pessoas pensarem em resgatar o patrimônio público", resumiu Srur. "Mas não só isso. Ao mesmo tempo, é preciso salvar a memória e os próprios sentidos de quem passa, anestesiado, pelas ruas", acrescentou. De fato, se o colete não estivesse lá no Duque de Caxias, eu teria passado completamente "anestesiado" pela Praça Princesa Isabel...

O projeto, bancado pelo Centro Cultural Banco do Brasil, poderá ser visto até o dia 14 de dezembro. O maior colete, com 6 metros de altura, é o que está na estátua do Borba Gato (à direita), obra que representa o que há de melhor em "bom gosto" na capital paulista - e que quase se tornou uma das maravilhas do mundo. Todos os coletes são feitos de espuma, alumínio e náilon. Mas a intervenção de Srur teve uma prévia em maio de 2007, durante a Virada Cultural, quando conseguiu instalar os tais coletes no Monumento a Carlos Gomes, conjunto de obras de Luiz Brizzollara, na Praça Ramos de Azevedo. "Para conseguir a autorização de todos os órgãos, precisei mostrar tanto o conceito do projeto quanto a minha pesquisa de arte no espaço público", contou o artista plástico.

Depois do aval do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), o artista convenceu os herdeiros dos direitos das obras. "Felizmente, não tive nenhum problema", comemorou. O curioso é que um mês depois, em junho de 2007, o Museu de História Natural de Denver, nos Estados Unidos, usou a mesma idéia para promover sua exposição sobre o navio naufragado Titanic (fotos acima). Será que alguém plagiou alguém ou foi mera coincidência? Sei lá, sem cerveja, volto a ficar meio zonzo...

Bom, mas o fato é que, no momento, as estátuas "protegidas" são as seguintes:

Anhangüera, na frente do Parque Trianon, na Avenida Paulista
Armando de Salles Oliveira, Praça Reinaldo Porchat
Borba Gato, Praça Augusto Tortorello de Araujo
Camões, Praça Dom José Gaspar
Cristóforo Colombo, Praça Pan-americana
Ibrahim Nobre - O Tributo, Parque do Ibirapuera
José Bonifácio de Andrada e Silva, Praça do Patriarca
Luiz Pereira Barreto, Praça Marechal Deodoro
Monumento a Carlos Gomes, Praça Ramos de Azevedo
Monumento à Independência, Parque da Independência
Monumento a Ramos de Azevedo, Praça Ramos
Monumento ao Duque de Caxias, Praça Princesa Isabel
Rui Barbosa, Praça Ramos de Azevedo
San Martin, Praça General San Martin
Semeador, Praça Apecatu, no Alto de Pinheiros
Vitória, na Avenida Santos Dumont


E como eu já quebrei duas costelas, por favor, arranjem um colete desses pra mim também! Que tá na hora de eu voltar pro buteco.

Monumento a Carlos Gomes, na Praça Ramos, em maio de 2007

PQFMTMNETA 2 - Maradona bate bola com Pelé em seu show na televisão (2005)

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Breve introdução aos que não conhecem a série: PQFMTMNETA é abreviação para "Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim". Nesse espaço, mostraremos eventos do futebol acontecidos há, no máximo, cinco anos, que causaram polêmica na sua época, e que depois caíram no esquecimento.

Parece que faz muito tempo, mas nem é tanto assim 2 - Maradona bate bola com Pelé em seu show na televisão (2005)


O ano era 2005. Diego Armando Maradona vivia a melhor fase da sua vida após o término de sua carreira (futebolística, que fique claro). Já não estava mais obeso e sua saúde, aparentemente, andava nos conformes. Sua popularidade na Argentina estava inabalada como sempre; então, para celebrá-la, nada melhor do que um programa de televisão com exibição nacional e, naturalmente, repercussão internacional. Nascia assim La Noche del Diez, que durou seis meses em 2005.

Logo na estréia, o programa adotou uma estratégia perfeita para atrair a atenção de todo o planeta. Quem melhor para dialogar com Maradona que o Rei do Futebol, Édson Arantes do Nascimento? Eles praticamente não jogaram bola ao mesmo tempo - Pelé pendurou as chuteiras em 1977, e Maradona era apenas um garoto quando, um ano antes, iniciou no Argentinos Juniors - mas protagonizam a maior rivalidade entre atletas do futebol mundial. A discussão sobre quem é melhor entre os dois motiva muita gente, principalmente nos lados de lá do Rio da Prata. Embora se discute se realmente Maradona é o segundo melhor jogador da história, é inegável que ele é, abaixo somente de Pelé, a maior figura (seja lá o que isso quer dizer) do futebol mundial em todos os tempos.

O formato de La Noche del Diez era de "talk show". Ou seja, num contexto a lá Jô Soares, Pelé se deslocaria até os estúdios do Canal Trece argentino para responder algumas perguntas formuladas pelo apresentador Maradona. Obviamente que o papo não seguiu essa rotina. Ao invés de entrevista, o que se viu foi uma boa conversa entre os dois lados. Pelé questionou a Maradona sobre a história da água na Copa de 1990; o argentino confirmou o fato, mas negou-se a citar nomes, respondendo com um já clássico "eu digo o pecado, mas não digo o pecador". Ambos também falaram sobre drogas, problema que os envolve diretamente, já que Maradona é viciado confesso e Edinho, filho do Rei, já passou algum tempo em cana por conta dos entorpecentes.

E o momento de auge do programa foi uma mostra de habilidade dos dois. Eles ficaram jogando a bola, cabeça a cabeça, de um para o outro, por cerca de trinta segundos. A sequência foi interrompida por Maradona, e só porque a situação poderia ficar chata para os telespectadores - tenho certeza que, se não houvesse preocupações com o tempo, a troca de bolas poderia durar dezenas de horas. Confira abaixo:



La Noche del Diez acabou no final de 2005. Mike Tyson foi o último entrevistado. Além de Pelé e do ex-campeão de boxe, o programa contou com outras personalidades como Fidel Castro e Xuxa. Havia a expectativa que o programa fosse retomado em 2008 - mas a indicação do ex-craque para o cargo de técnico da seleção argentina certamente frustrou os planos de quem queria ver Diego novamente apresentando um programa na televisão.

Incentivo para permanecer em áreas de combate

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O jornal britânico The Guardian informou, no sábado, que as tropas alemãs no Afeganistão receberam cerca de 1 milhão de litros de cerveja no ano passado, além de 70 mil litros de vinho e Sekt (um espumante germânico). Os números chocaram o país, onde é cada vez mais difícil recrutar soldados. De acordo com o jornal, seria uma forma de mantê-los nas áreas de combate. Os números sugerem que os 3,6 mil soldados alemães no Afeganistão consumam 278 litros de cerveja cada um, por ano (!). O The Guardian observou ainda que as tropas britânicas são autorizadas a consumir apenas pequenas quantidades de álcool, enquanto as estadunidenses são absolutamente proibidas de ingerir bebidas alcoólicas. O Ministério da Defesa alemão reagiu friamente à reportagem, dizendo que o consumo está "dentro do permitido" (!!). Thomas Raabe, porta-voz do ministério, acrescentou que as bebidas não são consumidas exclusivamente por soldados, mas também pela polícia alemã, diplomatas e jornalistas (!!!). E aí? Bora pra Alemanha, moçada?

No butiquim da Política - Deputados querem continuísmo com reeleição da Mesa Diretora

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CLÓVIS MESSIAS*

"Mais do mesmo" é o que desejam alguns deputados estaduais depois da trauletada que levaram na eleição passada. "-O melhor é deixar como está", foi o que comentou alguém, aqui no boteco, quando saiu o assunto sobre o que querem alguns legisladores. Afinal, um grupo de deputados se movimenta para mudar a Constituição do Estado e instituir a reeleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. A matéria deve ser votada até março. "Mais do mesmo", já que, se a emenda passar, todos podem ser reeleitos.

O deputado Donizete Braga, do PT (à esquerda), que ocupa o cargo de 1º secretário, e Campos Machado, líder do PTB (candidato a vice na chapa de Alckmin que foi derrotada na disputa da Prefeitura de São Paulo), têm consultado os demais parlamentares sobre essa possibilidade. Jonas Donizete (PSB) também admitiu ter falado com os companheiros sobre o "mais do mesmo". Hoje, o mandato da Mesa Administrativa do Palácio 9 de Julho tem duração de dois anos. No Rio de Janeiro, a modificação, há alguns anos, perpetuou um grupo no poder. E o comportamento dos que se fixaram na Mesa Diretora, pelo noticiário policial carioca, não foi dos mais nobres.

Diz um dos freqüentadores do boteco: "-É o que está precisando, aqui, pra tudo ficar no mesmo nível". A bem da verdade, devemos lembrar que a nossa Constituição está cheia de buracos. Se não houvesse acordo em algum artigo, para não atrapalhar sua publicação, os deputados fariam, no futuro, uma Lei Complementar. Como isso não foi feito, ficaram os buracos. Falar que deputado vai perder tempo com Lei Complementar para nos ajudar e fortalecer a democracia, e, conseqüentemente, o Legislativo, é brincadeira. "-Talvez eles nem saibam o que é isso", ironizou um distraído, no bar.

Os buracos vão continuar, mas advogar em causa própria, aí sim, pode acontecer. O deputado Barros Munhoz, do PSDB (à direita), líder do governo, quando questionado sobre a emenda de reeleição, deu uma gargalhada e observou: "-Emenda constituiciotal necessita de dois terços dos deputados votando!". Vale lembrar: o Palácio dos Bandeirantes está indicando Munhoz para candidato à Presidência da Assembléia Legislativa. E o deputado disse estar "pensando" (ou, na verdade, "fazendo um doce"). Será que teremos mais do mesmo? Eles não se emendam...

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

Gol strip

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Mau gosto pouco é bobagem.

Os jogadores do Catânia usaram uma tática inusitada - e, até onde pude pesquisar, inédita - para distrair o goleiro do Torino na última rodada do Campeonato Italiano. Antes de Mascara cobrar uma falta perto da área, três outros jogadores do Catânia pararam em frente ao goleiro do time de Turim e abaixaram os calções. Logo correram de volta para a barreira e a falta foi cobrada. Gol, claro.

Não dá para saber se o goleiro Sereni foi prejudicado de fato, já que a bola entrou bem no cantinho. O pior mesmo é saber que o Catânia treina essa tática. A discussão agora Itália é se isso é uma tática anti-desportiva. Alguma dúvida?

segunda-feira, novembro 17, 2008

Tipos de cerveja 22 - As Traditional Ale

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Esse é um tipo muito genérico de cerveja, habitualmente utilizado para designar todos aqueles estilos antigos que caíram em desuso mas que, devido a uma onda revivalista, começam agora a aparecer nos bares e nas prateleiras dos supermercados da Europa. Por isso, é difícil definir uma característica comum a todas as cervejas englobadas nesse grupo. "Elas representam, isso sim, um olhar saudoso ao passado e um renascer das antigas técnicas de produção de cerveja", comenta Bruno Aquino, do site parceiro Cervejas do Mundo. Exemplos de Traditional Ale: Hair of The Dog Adam, Bière Darbyste e Jopen Koyt (foto).

Sete paulistas em 2009?!??

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Com a vitória do Corinthians sobre o Vila Nova, no sábado, o Santo André assegurou antecipadamente seu acesso à Série A do Brasileiro em 2009. A quarta e última vaga será disputada, nas duas últimas rodadas, por Barueri e Bragantino. Ou seja: se a Portuguesa se livrar do rebaixamento, teremos sete paulistas no Brasileirão do ano que vem: Lusa, Palmeiras, Santos e São Paulo mais Corinthians, Santo André e Barueri ou Bragantino. Isso representa mais de um terço dos 20 clubes que disputam a elite. E aí? Isso é bom ou ruim?

Quiñonez, a alegria do povo!

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São poucas as vezes na história que podemos testemunhar um lance de gênio. Ontem, a Vila Belmiro pode presenciar, entre atônita e perplexa, um desses momentos. O protagonista, cuja alcunha, Michael Jackson, remete a outra lenda viva (viva?) do cenário pop, mostrou que tem potencial para brilhar intensamente, como fez outrora o ídolo norte-americano que inspirou seu nome.

O treinador Márcio Fernandes, que tem deixado o equatoriano fora do banco, talvez por desconhecer sua inacreditável habilidade com a bola nos pés, o chamou perto dos vinte minutos do segundo tempo. Pensei comigo “agora, vai!”. Ele adentra o gramado com aquele jeito de quem não sabe tocar direito na bola, que parece que vai desmontar quando começa a correr. Na verdade, toda essa aparente falta de intimidade com a redonda não passa de uma artimanha para enganar os incautos adversários.

Foi assim que Quiñonez resolveu mostrar que tinha entrado para decidir o jogo. Partida encardida, com o Inter jogando melhor no primeiro tempo e até marcando um gol cuja anulação fora bastante duvidosa. Quando se viu próximo à grande área, olhou para a frente, identificou os rivais e, como um santista genuíno, que sabe quem é seu inimigo, achou Gustavo Nery.

Naquele momento, quis vingar todas as humilhações que aquele lateral-esquerdo havia feito o Santos passar quando vergava o manto alvinegro. Olhou, mirou, tudo em um átimo de segundo. Queria acertar o adversário, mas também queria fazer o gol. Como em um lance de sinuca, daqueles estudados em que se usa a tabela para encaçapar a bola, Quiñonez disparou o petardo. A bola, sob os auspícios de um cálculo milimétrico realizado pela rapidez de raciocínio do equatoriano, se choca contra Nery e estufa as redes de forma inapelável, fazendo com que o torcedor santista sinta o alívio de quem afasta o temido rebaixamento.

Eu, pela primeira vez, não vibrei de emoção com um gol do Peixe. Gargalhei, gargalhei muito. Obrigado, Quiñonez, por esse momento de alegria!

Os "quase" rebaixados

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Com a ressalva de que neste campeonato tudo muda na próxima rodada, para mim os quatro rebaixados deste ano estão praticamente definidos. Dos quatro últimos de agora, no máximo escapa 1. 


Faltando três rodadas, ou nove pontos, pela primeira vez o último fora da zona de rebaixamento abriu três pontos de diferença.

Sem contar que os quatro na degola são também os times com piores saldos de gols. Ipatinga (-25), Figueirense (-29), Portuguesa (-19), Vasco (-15). O primeiro fora, o Náutico, tem -10. 

Os três últimos também têm número de vitórias menor (8 ou 9) que os mais bem colocados, o que é o primeiro critério de desempate.

Vamos à situação de cada um

Ipatinga: rebaixado. Precisa ganhar os 3 jogos que faltam Palmeiras (F), Grêmio (c), Fluminense (f) para chegar a 43 pontos. Só escapa por milagre.

Figueirense: quase rebaixado. Precisa ganhar do Náutico (c), Botafogo (f) e Internacional (c). Só tem chance de se salvar se vencer o confronto direto contra o Náutico. 

Portuguesa: quase rebaixada. Pega Goiás (c), Sport (c) e termina contra o Cruzeiro no Mineirão. são jogos menos difíceis, mas precisa ganhar os três. Se vencer dois e empatar um, fica com 43 pontos, o que é ainda arriscado.

Vasco: quase rebaixado: Pega São Paulo (c), Coritiba (f) e Vitória (c). Como tem 37 pontos, precisa ganhar duas e pelo menos empatar uma. A decisão é contra o SP, se perder já era. Pena que isso aconteça no primeiro ano do Dinamite. Gostaria que a bomba (trocadalho) tivesse estourado à época do Eurico, o responsável pela situação atual.

Cariocas decidem Brasileirão 2008

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Pois é, chegamos naquele ponto do Campeonato Brasileiro em que já é possível afirmar, sem qualquer intenção de arrogância ou empáfia, que o São Paulo só perde o título para ele mesmo. E é aí que mora o perigo. Além de ter o Grêmio fungando no cangote, com dois pontos a menos, o Tricolor vai enfrentar duas pedreiras nas próximas rodadas: o Vasco, em São Januário, e o Fluminense, no Morumbi. Tudo bem que os dois times são fracos e que, por isso mesmo, continuam ameaçados de rebaixamento. Mas esse é o principal problema: as partidas contra o São Paulo serão o "tudo ou nada" para os cariocas, a última oportunidade de "dar o sangue" e permanecer na Série A.

Depois de ser goleado pelo Atlético-MG, o Vasco promete força total, em casa, contra os paulistas. Não podemos esquecer o campeonato de 2004, quando o Atlético-PR liderava a poucas rodadas do fim e perdeu uma partida teoricamente fácil contra os mesmos vascaínos justamente em São Januário, o que possibilitou a arrancada - e o título - do Santos. Já o Fluminense, apesar de embalado pela vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pode muito bem perder em Porto Alegre para o Internacional e, da mesma forma, se ver obrigado a derrotar o São Paulo de qualquer maneira.

No mais, acho que o Grêmio tem uma seqüência menos complicada. Enfrenta Vitória e Ipatinga fora e encerra contra o Atlético-MG em casa. O Vitória poderia até complicar, mas não vem assustando ninguém (nos últimos quatro jogos, um empate e três derrotas). Como está numa posição intermediária na tabela (11º), briga, no máximo, pela Sul-Americana. Para mim, dá Grêmio. Já o Ipatinga, último colocado e virtualmente rebaixado, será presa fácil - ou uma zebra improvável. E o Atlético-MG, que hoje é o 10º, também chegará na última rodada sem qualquer pretensão. Acho que o Grêmio vence os três.

Não quero desmerecer Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, pois todos ainda têm chances. O Palmeiras tem totais condições de vencer as três últimas partidas (Ipatinga, Vitória e Botafogo) e o Flamengo também (Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR). Porém, acho que a briga será mesmo entre gremistas e são-paulinos. E um empate ou uma derrota do São Paulo nos dois confrontos contra Vasco e Fluminense poderá garantir, de bandeja, o tricampeonato do Grêmio. Convenhamos que é uma pressão considerável. Alguém discorda?

Flamengo 5 a 2

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"..."

Foi o que escrevi sobre a goleada do Cruzeiro sobre o Palmeiras em setembro do ano passado por 5 a 0.

No domingo, contra o Flamengo, foi 5 a 2. O Rio de Janeiro não foi um lugar bom para o Palmeiras jogar, à exceção de São Januário pelo campeonato Brasileiro (pela Sul-Americana, foi trágico). Curioso que foi o mesmo placar sofrido pelo Cruzeiro diante do Náutico.



Raiva de torcedor
Normalmente, acho ruim pedir a cabeça de um técnico por conta de resultado ruim ou queda na tabela. Mas sou a favor de responsabilizar os treinadores por erros táticos e por posturas coletivas dentro de campo. Quando era Caio Junior, relutei a fazer isso, mas aderi aos que defendiam a saída do treinador e tudo mais.

Flashback
Engraçado ler textos do ano passado, como o que o Palmeiras se esforçava para ficar fora da Libertadores. Curioso que a taça estava praticamente definido por essa época e a competição continental era o que restava. Semana passada escrevi que o projeto de título estava completamente entregue depois da derrota para o Grêmio. Por pouco não repeti hoje a idéia do ano passado...

Uma atuação péssima, e o Palmeiras está fora da zona de classificação para a Libertadores. Precisa torcer por tropeços dos adversários que, inevitavelmente vai acontecer porque Cruzeiro e Flamengo se enfrentam. Com o São Paulo ainda na liderança, estou com terríveis flashbacks do ano passado, só que sem Rodrigão, Edmundo nem Max como esperanças de gol. O fato de Caio Jr. ter colocado o rubronegro Luxemburgo no bolso nesta tarde só piorou as coisas. Muita coisa está errada e precisa ser revista

Tem méritos do outro lado
A objetividade dos contra-ataques do Flamengo comandados por Kléberson e Ibson e as dormidas da peneira que se tornou a defesa com três zagueiros; a falta de objetividade de Diego Souza, que só fez número (aliás, Denílson não entrou), e as limitações ofensivas; ver as variações táticas mais imobilizadas do que o braço do agredido treinador Vanderlei Luxemburgo; e um time que parecia aceitar que, a cada arrancada do ataque rubro negro, até Obina se transformava no mais fatal e preciso dos jogadores.

Longe de ser um time fraco, o Flamengo mereceu a vitória. Surpreendi-me ao ver o Palmeiras sem demonstrações de perda de controle emocional, com eventuais cotovelaços e faltas desnecessárias. E até houve dignidade de continuar tentando diminuir a vantagem (que teria sido menor se um gol legal de Alex Mineiro não tivesse sido incorretamente anulado por impedimento). Mas minha sensação como torcedor era de que nada mudaria o padrão da partida. Se houvesse ameaça de reação, lá viria um contra-ataque encontrar um atleta flamenguista livre, avançando pelo flanco direito alviverde.

Que terror.

domingo, novembro 16, 2008

Letras dobradas – primeira dose

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Uma vez, numa exposição de artes plásticas que incluía um pintor irlandês, falei a um adido cultural britânico (que na época era chefe da minha ex-mulher) que todo filme ou livro de irlandês que eu me lembrava tinha um pub com uma galera enxugando até o talo. Era um comentário despretensioso, sincero, que de repente poderia até ser interpretado como um elogio. Mas ele meio que se ofendeu, e rapidamente levantou a voz em defesa dos vizinhos “os brasileiros também!”. Não avançamos na conversa, pois ficou um clima ruim, resultado mais de incompreensão do que de uma real diferença de opiniões. Além do mais, o cara é escocês e não é nada fraco na mesa de boteco. O que ficou do episódio foi uma pulga atrás da orelha com relação à presença da manguaça na literatura brasileira. Ainda acho que ele exagerou, pois mesmo com tantos escritores que falam de cachaça ou que tratam de bebê-la sem moderação, os brasileiros não superam os Irishmen. Quem se compara a James Joyce, por exemplo? É algo a se pesquisar.

Que autor brasileiro superaria Joyce na manguaça?

Entretanto, para que não me acusem de levantador de lebre barato, uso essa anedota como mote para iniciar aqui uma pesquisa aberta – um work in progress (já que citei Joyce...) – da literatura manguaça universal. Não só brasileiros e irlandeses – a polêmica não vale a pena –, mas em geral. Faço também o convite a quem quiser contribuir com comentários, sugestões, opiniões, preferências etc. etc.

Rabelais, príncipe dos poetas ébrios

Aí, revirando minha memória literária – que infelizmente é curta, talvez pelo álcool –, não me lembro de nenhum escritor que supere Rabelais no quesito manguaça. E não é um cara deprezão, tipo Bukowsky (que, diga-se, nunca me convenceu). Rabelais, um ícone da cultura renascentista, é do tipo sangue-bão, um bom bêbado, companheiro de mesa, imensamente culto e ao mesmo tempo irônico (e autoirônico). Ri o bom e livre riso dos justos beberrões, que curtem a comida farta, motivo de mais beber e mais celebrar.

Aliás, já foi dito que ele e o James Joyce são praticamente da mesma família de escritores... quer dizer, o Joyce é como um Rabelais moderno: o mesmo amor pela cana e pela vida de boteco, o mesmo gosto pelos jogos de palavras (sim, ambos elevaram ao mais alto posto literário a prática do trocadilho-arte) e a mesma capacidade de realizar o que eu considero o ideal do bar: mesclar a dita “alta” com a dita “baixa” cultura, ter total liberdade pra juntar assuntos tão afins quanto os dramas da existência e a qualidade do torresmo.

Basta ler as linhas iniciais do primeiro (publicado em 1534) da série de cinco livros das histórias dos gigantes Gargântua e Pantagruel. O prólogo abre interpelando os leitores: “Bêbados muito ilustres (...) (pois aos senhores, e não a outros, são dedicados meus escritos)”. E aí começa a citar Platão, a passagem do Banquete em que Alcibíades compara Sócrates a uma silene. Silene, na mitologia grega, é um semi-deus, segundo versões seria o preceptor de Dionísio, notoriamente o deus da manguaça. Mas as silenes são também umas caixinhas, como as de um boticário, adornadas por fora com ilustrações representando o semi-deus embriagado, sendo carregado pelos sátiros seus discípulos; dentro são guardadas as mais finas drogas.

Esse seria o Sócrates:

“simples nos modos, rústico nas roupas, pobre em fortunas, infortunado com as mulheres, inepto a todos os ofícios da República; sempre rindo, sempre bebendo (...), sempre se fartando, sempre dissimulando seu divino saber. Mas abrindo essa caixa, se encontraria lá dentro uma celeste e inapreciável droga: entendimento mais que humano, virtude maravilhosa, coragem invencível, sobriedade sem igual, contentamento certo, segurança perfeita, desprezo inacreditável por tudo aquilo por que os humanos tanto velam, correm, trabalham, navegam e batalham”.

É muito sério isso: esse mesmo Sócrates descrito como “sem controvérsia o príncipe dos filósofos” tem dons que eu não encontro outro modo de definir senão como qualidades essenciais da própria canjibrina. O que mais proporciona o “entendimento mais que humano”? Virtude, coragem, segurança? E mais, o “desprezo inacreditável” pela vaidade que move homens em tantas batalhas e tanto trabalho para chegar sabe-se lá onde? Na fundação da filosofia ocidental, um manifesto manguaça.

O nascimento de um bêbado

Só mais uma passagem, o parto de Gargântua:

“Grandgousier, bebendo e rindo com os outros, escutou o grito horrível que seu filho deu ao entrar na luz deste mundo, quando ele urrava pedindo Mé! Mé! Mé! Ao que disse, mas que grande e elástica essa boca. Ouvindo isso, os assistentes disseram que realmente ele devia por isso ter o nome de Gargântua...”

Detalhe, tomo aqui liberdade como tradutor, pois o que recém-nascido Gargântua grita é “A boire! A boire! A boire!”, o que soa como “buá” e quer dizer, literalmente, “’bora beber! ’bora beber! ’bora beber!”.

sábado, novembro 15, 2008

Conexão Londres-São Paulo

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Aqui em Londres conheci um chef de cozinha britânico que morou dois anos no Brasil com a namorada. Conversa vai, conversa vem, o inglês, que torce para o Corinthians, teceu uma comparação entre os times de Londres e os de São Paulo.

Para ele, o Corinthians corresponde ao West Ham, o time do povão, das classes trabalhadoras. Já o São Paulo é como o Arsenal, conta com muitos torcedores jovens. Coincidentemente, escolhi o Arsenal para torcer (ou o Arsenal me escolheu, já que moro a um quilômetro do estádio). E o Palmeiras corresponde ao Chelsea. O motivo? Torcedores racistas e preconceituosos. Não sei bem como um inglês branquelo pôde formar essa opinião, mas é a visão do cara.

E aí, faz sentido?

Ministério da Cultura critica projeto que instala vigilância na internet

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Selo Blogagem política II - Xô CensuraO Ministério da Cultura prepara uma nota técnica crítica ao projeto de lei 85/99 (aprovado no Senado como PLC 83/03), de autoria do senador Eduardo Azeredo – e relatado por Aloísio Mercadante (PT-SP). A divulgação do documento é a primeira crítica do Executivo à proposta.


Foto: José Cruz/ABr

Juca Ferreira: projeto de vigilância da rede parte de princípios ultrapassados


"A motivação é legítima, combater a pornografia e a pedofilia na rede, mas se cria um sistema de regulação que não é viável no século XXI e no universo da rede de internet", lamenta Juca Ferreira, Ministro da Cultura. A entrevista foi feita em São Paulo, na quarta-feira, 12.

Para ele, o projeto regride a uma forma de controle semelhante a tentada sem sucesso na China. "É necessário pensar com a cabeça de século XXI, porque as condições não são iguais às do final do século passado". Ferreira lembra, porém, que toda atividade pública exercida por empresas privadas – como é o caso da internet – necessitam regulação.

A estratégia, segundo o ministro, é "enxertar informação na sociedade brasileira", buscando experiências internacionais para que haja soluções adequadas para "proteger a sociedade de todo tipo de distorção".

Os principais trechos da entrevista serão publicados na edição de dezembro da revista Fórum.

Mobilização
A nota será divulgada pouco depois de representantes dos 850 Pontos de Cultura – uma das principais bandeiras da pasta – terem lançado uma carta de repúdio ao projeto, durante a Teia 2008. Pelo apurado, as ações não estão articuladas, mas mostram concordância entre a pasta e os projetos por ela apoiados.

Este post faz parte da Blogagem Política II – Não ao vigilantismo. Se você ainda não assinou o abaixo-assinado online, aproveite. Clique aqui .

sexta-feira, novembro 14, 2008

Mais vinho...

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Inspirado pelo excelente post do Maurício, decidi pesquisar de que forma, especificamente, o vinho tem a ver com os princípios fundamentais do Futepoca. E tem tudo a ver! Senão, vejamos:

Vinho e futebol
Quando pensei nisso, a primeira relação que veio foi com o ex-jogador Tigana (à direita). Nascido no Mali e naturalizado francês, jogou pelo Toulon, Lyon, Bordeaux, Olympique Marselle e Mônaco. Pela seleção francesa, esteve nas Copas de 1982 e 1986. Depois, virou treinador e dirigiu o próprio Mônaco, o Fulham (Inglaterra), seleção da Mauritânia, Besiktas (Turquia) e Manchester City, entre outros. Mas foi em 1983 que Tigana, jogador do Lyon, comprou uma vinícola e investiu em terras, tecnologia de produção e em novas variedades de uva. Os vinhos Chateau Bibian-Tigana são reconhecidos como de excelente qualidade.

Outra relação do futebol com vinho foi feita pelo jornalista carioca Bruno Agostini (à esquerda) na Enoteca do portal O Globo. Ele vai listando pontos em comum: "Qual é o objetivo de todo o jogador, todo o torcedor? E dos enófilos? Levantar taças, ora. São dois universos movidos pela paixão. E muito do que se espera de um craque é o que se quer de um vinho. Raça, presença, versatilidade, surpresa...". E mais: "Dizem que o futebol é o ópio do povo. O vinho já é isso há pelo menos 5 mil anos". Depois, monta um "time de futebol" de vinhos - num exercício parecido com o do Frédi em relação à MPB. Entrem no link acima e confiram.

Vinho e política
Essa é uma relação bem complexa. Mas existe: nos Estados Unidos, recentemente, uma vinícola do estado de Michigan criou os chamados "Political Wines" (à direita), vinhos brancos e tintos para democratas e republicanos. Para saber se o vinho é de "direita" ou de "esquerda", basta identificar as cores dos rótulos: curiosamente, se for vermelha, indica a "direita" (dos republicanos), e se for azul, a "esquerda" (democratas). Será que Barack Obama comemorou sua vitória com algum vinho desses?

Em Portugal, outra mistura de política com vinho: o tinto Herdade São Miguel é um projeto pessoal do empresário Alexandre Relvas (à esquerda), diretor de campanha de Aníbal António Cavaco Silva, eleito presidente da República em 2006. "Relvas é o meu Mourinho", reconheceu certa vez Cavaco, fazendo uma analogia com o ex-técnico de Portugal, hoje comandante da Inter de Milão. Na terra de Camões, Alexandre Relvas é conhecido por suas freqüentes intervenções no PSD e em movimentos empresariais como o Compromisso Portugal.

Vinho e cachaça
Teoricamente, misturar essas duas bebidas pode dar uma grande dor de cabeça. Mas aqui mesmo no Futepoca já mostramos que esse casamento existe e que resultou, de fato, no famoso vinho do Porto. Produzido no Vale d'Ouro, esse tipo de vinho consiste numa mistura com a chamada bagaceira, que tem 77º de teor alcóolico. Trata-se de um tipo de cachaça produzida com casca de uva, no processo vinícola. No produto final, há cerca de um quinto dessa aguardente e o restante de vinho. A mistura, que surgiu da demanda para o mercado inglês, é batizada de "fortificação".

Já aqui no Brasil, a combinação de vinho e pinga pode ser saboreada, principalmente, nas tradicionais festas juninas. Entre doces, pipocas e pratos típicos, o chamado "quentão" é consumido por velhos, adultos e crianças. No portal Mundo dos Sabores, descolei uma receita bem interessante:

Quentão com Vinho

1/2 litro de aguardente
1 garrafa de vinho tinto seco
1 laranja
1 limão
50 g de gengibre cortado em fatias
3 xícaras de água fervendo
3 pedaços de canela em pau
4 cravos-da-índia
2 xícaras de açúcar


Preparo
Coloque o açúcar em uma panela e leve ao fogo. Deixe caramelizar levemente. Adicione a água fervendo, os cravos-da-índia, o gengibre, a canela, o limão e a laranja
cortados em fatias finas, com a casca. Deixe ferver por 15 minutos, mexendo de vez em quando. Abaixe o fogo, acrescente o aguardente e o vinho e deixe por 5 minutos. Coe e sirva quente.


Buenas, como se vê, vinho e Futepoca têm total afinidade. Sendo assim, um bom brinde de tinto seco a todos! Salut!

F-Mais Umas - Ecos de uma temporada

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CHICO SILVA*

O mais equilibrado e acirrado campeonato de F-1 das últimas duas décadas terminou. O choque de adrenalina das três voltas finais do GP do Brasil ainda é sentido pelos fãs da categoria. Timo Glock, o alemão que tomou a ultrapassagem que decidiu a temporada em favor de Lewis Hamilton, teria ou não facilitado as coisas para o primeiro campeão negro da história? Essa e outras discussões aos poucos vão se dissipando, assim como as nuvens negras que cobriram Interlagos naquele primeiro domingo de novembro. Mas uma coisa é certa: a Fórmula-1 fechou o ano maior do que começou. E tudo indica que 2009 será ainda melhor. Mas, antes da próxima corrida, o GP da Austrália, marcado para 29 de março de 2009, a coluna F-Mais Umas encerra 2008 com uma avaliação e as notas dos pilotos que participaram daquele que já pode ser considerado um dos mais emocionantes campeonatos da história da F-1. Semana que vem vou falar das equipes.

Lewis Hamilton (9,0) - O Barack Obama das pistas só não leva 10 porque cometeu alguns deslizes incompatíveis com a sua condição de campeão do mundo. O maior deles foi a batida besta na traseira de Kimi Raikkonen na saída de um pit-stop no GP do Canadá. Por pouco, também, não perde o Mundial ao abrir demasiadamente a porta para a ultrapassagem de Sebastian Vettel, a três voltas do final do ensandecido GP do Brasil. Mas, na soma final dos resultados, Hamilton, com méritos, se tornou o primeiro negro a conquistar um título mundial de Fórmula-1.

Felipe Massa (8.0) - Analisando friamente, a Ferrari tirou o título de Felipe Massa. A quebra de motor no GP da Hungria, quando liderava com folga a três voltas do final, e a incrível lambança com o "pirulito/ árvore de natal" no GP de Cingapura tiraram duas vitórias certas do piloto. Mas isso não exime Massa dos erros nas primeiras provas da temporada e da falta de combatividade em momentos chaves do campeonato, como nos GPs da Bélgica e da China. Mas, de toda a forma, o são-paulino fez uma temporada que o credencia como um dos favoritos ao título de 2009.

Robert Kubica (9,0) - Eis aqui o melhor piloto do ano. O conterrâneo do Papa João Paulo II fez milagres ao volante de um BMW notadamente inferior às rivais McLaren e Ferrari. Kubica só não foi mais adiante porque, no meio da temporada, sua equipe abriu mão do desenvolvimento do carro atual para começar a trabalhar no modelo 2009. Mesmo com a perda da motivação, Kubica se manteve vivo na disputa até o GP da China, o penúltimo da temporada. Em 2009, ele vem mais forte e louco para se tornar o primeiro polaco a conquistar um título mundial.

Kimi Raikkönen (6,5) - A nota baixa é pelo fraco desempenho na pista. Mas, fora dela, Raikkönen será sempre o piloto nota 10 desta coluna. Pelo jeito, o finlandês andou acelerando em outras pistas que não as de corrida. Teve até um bom início de temporada, o que levou à falsa impressão de que poderia chegar ao bicampeonato. Mas, do meio do ano em diante, foi disperso e, em algumas corridas, irreconhecível. Parece que sofria os efeitos da ressaca do título de 2007. Mas não se enganem. O iceman com vodca ainda tem muito biocombustível para queimar. Quem beber, viverá!

Fernando Alonso (7,0) - A sorte dos rivais é que a Renault só se acertou no final da temporada. Caso contrário, o destino do campeonato poderia ter sido outro. Quando teve um carro à altura, o espanhol marrento e mal humorado provou porque é o melhor piloto em atividade na categoria. Com duas vitórias, um 2º e um 4º lugares, foi o que mais pontuou nas quatro últimas corridas do ano. Como já acertou sua permanência na Renault, do amigo Flavio Briatore, Alonso vai ser osso duro em 2009. Não estranhem se faturar seu terceiro título mundial, feito que o poria ao lado de lendas como Ayrton Senna, Nick Lauda e o gênio Nelson Piquet.

Nick Heidfeld (6,5) - Todo início de temporada se ouve alguém dizer: "- Esse ano o Nick Heidfeld vai!". O problema é que nem ele sabe para onde. Heidfeld é até bom piloto. Não é qualquer um que marca 60 pontos em uma temporada de F-1. Em outras épocas, teve campeão do mundo com pontuação menor. Mas Heidfeld é aquele tipo que toda a sogra adora. É bonzinho e não faz mal para ninguém. Para complicar, ainda teve o azar de dividir a equipe com o ótimo e inspirado Robert Kubica. Heidfeld é mais um daqueles pilotos que vai se aposentar sem que ninguém se dê conta.

Heikki Kovalainen (5,5) - Com um companheiro de equipe desses, Hamilton não precisava de inimigos. O finlandês da McLaren não serviu nem para ajudar o campeão do mundo na sua batalha contra Massa e Kubica. Ao que tudo indica, Flávio Briatore tinha razão ao dispensá-lo da Renault no ano passado. E não me venham com a conversa de que a McLaren trabalhou inteiramente para Hamilton. Kovalainen é o "picolé de chuchu" da Fórmula-1. Será que o PSDB vai convidá-lo para dividir com Alckmin uma chapa nas eleições de deputado estadual/ federal em 2010? Mais insosso, impossível!

Sebastian Vettel (8,5) - Olho nesse cara! De toda essa geração alemã que veio no vácuo do fenômeno Schumacher, Sebastian Vettel é, disparado, o melhor. O alemãozinho com cara de moleque barbarizou ao volante da débil Toro Rosso. Aos 21 anos, entrou para a história como o mais jovem vencedor de uma corrida de Fórmula-1, o Grande Prêmio da Itália. Suas atuações lhe garantiram uma vaga na equipe principal da casa, a Red Bull, e determinaram a aposentadoria do principal piloto da RBR, o playboy escocês David Coulthard. Para completar o ano, por pouco não vira herói nacional ao tirar de Lewis Hamilton o quinto lugar em Interlagos e, com isso, dar a Massa o título mundial. Mas aí o compatriota Timo Glock estragou a brincadeira.

Jarno Trulli (6,5) - O italiano fez uma temporada mediana, compatível com o que a instável Toyota poderia lhe oferecer. Alternou bons resultados, como o pódio no GP da França, com abandonos e chegadas distantes da zona dos pontos. Apontado como potencial campeão do mundo quando chegou à Renault, na metade da década passada, Trulli vê o fim da linha se aproximar sem ter realizado grandes feitos na categoria. Tem lugar garantido para o ano que vem. Mas não deve chegar no primeiro ano da próxima década.

Timo Glock (5,0) - Esse alemão vinha realizando uma temporada apagada, tímida, quando a três voltas do final do GP do Brasil o destino lhe deu o papel de protagonista na decisão do título entre Felipe Massa e Lewis Hamilton. Ao ser ultrapassado pelo inglês a três curvas do final da prova frustrou a expectativa de 80 mil torcedores no autódromo e de milhões de brasileiros que acompanhavam a corrida pela tevê. A partir de então, mesmo sem querer e sem poder fazer nada, entrou para a galeria dos anti-heróis brasileiros da Fórmula-1. Era o cara errado, na hora errada e, sobretudo, no país errado.

Mark Webber (5,0) - Se pilotasse o que fala e reclama, esse australiano já teria sido campeão do mundo há tempos. O problema é que, de Fernando Alonso, ele só tem a marra. O talento está quase à mesma distância do país de onde veio. Tudo bem que o carro também não ajudou muito. Mas Webber fez muito pouco para melhorá-lo. Fez uma temporada apropriada ao seu melhor resultado no ano, o 5º lugar no GP da Austrália. Foi tudo que conseguiu.

Nelson Ângelo Piquet (5,5) - Antes de mais nada, por favor, parem de chamá-lo de Nelson Piquet. Isso é quase uma heresia com o maior piloto brasileiro de todos os tempos - além de botar uma pressão brutal na cabeça do moleque. Galvão, faça o favor de chamá-lo de Nelson Ângelo, Piquet Jr, Piquezinho ou qualquer coisa do tipo. Dito isso, Nelson, como é chamado por seu engenheiro de pista, fez uma temporada típica de estreante. Alternou erros primários, como a rodada na Bélgica e a barbeiragem em Cingapura, com um inesperado pódio na Alemanha e um consistente 4º lugar na China. Tem tudo para evoluir em 2009. Mas sabe que, se não mostrar serviço, vai rodar.

Nico Rosberg (5,5) - Vamos dar um desconto, pois o filho do campeão Keke Rosberg teve nas mãos uma das piores Williams de todos os tempos. Algo incompatível com o passado de uma das equipes mais vitoriosas e tradicionais da história da categoria. Nico até se esforçou. Conquistou dois pódios, um 3º lugar na Austrália e um 2º em Cingapura, mas colecionou uma infinidade de quebras e abandonos. A Williams jogou água na gasolina da Petrobras, que, em 2008, comemora uma década de fornecimento de combustível para a equipe que deu a Piquet seu terceiro título mundial.

Rubens Barrichello (5,0) - Rubens Barrichello certamente será assunto desta coluna daqui a algum tempo. Ao que tudo indica, e por mais que relute, seu ciclo acabou. Final melancólico para um piloto que, durante alguns anos, carregou no cockpit a esperança de milhões de brasileiros ávidos por mais títulos mundiais. E esse peso parece ter vergado sua carreira. Para piorar de vez sua situação, a Honda lhe entregou uma verdadeira cadeira elétrica. De bom, mesmo, só o 3º lugar no GP da Inglaterra, quando o mundo despencou em Silverstone. Temporada para ser esquecida. Ao contrário do piloto, que, para o bem e para o mal, tem o seu nome gravado na história do automobilismo brasileiro.

Kazuki Nakajima (5,0) - Este é um sobrenome que está na memória dos fãs brasileiros mais velhos da F-1. Filho do lendário bração Satoru Nakajima, Kazuki, pelo menos, tem se mostrado menos trapalhão que o pai. Em sua segunda temporada na F-1, o Nakajima son não se envolveu em grandes acidentes e barbeiragens. Assim como Nico Rosberg, foi vítima da debilidade da Williams. Fechou o ano com 9 pontos na carteira. Parece pouco. Mas o carro também não permitiu muito mais do que isso.

David Coulthard (8,0) - Você pode estar estranhando a alta nota para esse playboy escocês que, na maioria das vezes, brincou de ser piloto de Fórmula-1. Mas é justamente por isso que ele a recebeu. Coulthard parece ter sido o último piloto à moda antiga da categoria. Era do tipo "perco a corrida, mas não a farra" - e o que viesse junto com ela. Mulherengo, biriteiro, bon vivant e querido por todos, o escocês vai fazer falta ao circo. Com ele se vai o que restava de romantismo, picardia e leveza em um negócio cada vez mais profissional e politicamente correto. E, conseqüentemente, cada vez mais chato.

Sebastien Bourdais (4,0) - Há quem diga que esse francês nascido numa cidade referência do automobilismo mundial, Le Mans, palco das míticas 24 horas, não é tão ruim quanto os seus resultados na temporada sugerem. Mas uma coisa é inegável: ele foi atropelado e engolido pelo companheiro de equipe, seu xará Sebastian Vettel. A superiodade do alemão foi tamanha que não há argumentos para defendê-lo. Fechou o ano com míseros quatro pontos, contra 35 de Vettel. Não é preciso dizer mais nada.

Jenson Button (1,0) - Ok, a Honda era uma desgraça. Tudo bem, ninguém contesta. Mas Jenson Button fez jus ao carro que guiou. Poucas vezes se viu um piloto tão desinteressado e apático quanto ele. E pensar que a imprensa inglesa um dia imaginou vê-lo campeão do mundo. Sorte deles que surgiu Lewis Hamilton para devolver a coroa da F-1 aos súditos da rainha. Pois, se fossem depender de Button, estariam mais perdidos do que o goleiro inglês Seaman naquele chute do Ronaldinho Gaúcho no Brasil e Inglaterra da Copa de 2002. Prova de sua fraqueza foi a superioridade imposta por Rubens Barrichello sobre ele, tanto em treinos como nas corridas. Um legítimo fracasso.

Giancarlo Fisichella (3,0) - O que dizer de um piloto que participou das 18 provas do campeonato e não marcou um mísero pontinho sequer? Pois esse foi o desempenho do italiano Giancarlo Fisichella na temporada 2008. Está certo que ele prestou serviço à pior equipe da temporada, a Force India, do milionário indiano Vijay Mallia, que, por não ter onde gastar seus bilhões de dólares (por que não manda um pouco pro Futepoca?!??!?), resolveu tirar onda na F-1, sob pretexto de divulgar sua imensa e miserável nação. Ao menos, quando teve chance, Fisichella mostrou que continua sendo o bom e velho piloto ruim de ultrapassar. Quando, por alguma razão, Massa, Hamilton, Kubica e Raikkonen disputavam posições com ele, a diversão era garantida.

Adrian Sutil (2,0) - Acho que nunca um nome foi tão adequado a perfomace de um piloto. Com o perdão do infame trocadilho, Adrian foi tão Sutil que poucos perceberam sua passagem pela temporada. Pudera. Das 18 provas do ano, este alemão conseguiu a proeza de abandonar, nada mais nada menos, do que 11. Das que conseguiu terminar, seu melhor resultado foi um 13º lugar no GP da Bélgica. E foi mais por abandonos dos adversários no dilúvio de SPA-Francorchamps do que propriamente por habilidade e méritos próprios. Só não fica com o título de marcha lenta da temporada porque Button conseguiu ser pior com um carro um pouquinho melhor.

Takuma Sato/ Anthony Davidson (sem notas) - Pois é. Alguém pode estar se perguntando: "- Quem são esses caras e o que estão fazendo aí?". Acredite: a dupla participou da temporada 2008. O inglês e o japonês disputaram as quatro primeiras provas do ano pela Super Aguri, equipe do nipônico e braço duro Aguri Suzuki, que, de 1988 a 1995, atemorizou seus adversários na F-1 - entre eles Nelson Piquet, Ayrton Senna, Alain Prost e até mesmo o destrambelhado Nigel Mansell. Mas problemas de patrocínio e a saída de um parceiro tiraram a equipe das pistas. Sua última corrida foi o GP da Espanha, disputado em abril, em Barcelona. Mas, das quatro corridas que participaram, nenhuma merece registro. O melhor resultado foi o 13º lugar de Sato no GP da Espanha, o que marcou o fim do sonho japonês da F-1.

Os troféus da temporada
Nelson Piquet (melhor piloto) – Robert Kubica
Ayrton Senna (revelação) – Sebastian Vettel
Satoru Nakajima (bração) – Jenson Button
Michael Schumacher (campeão) – Lewis Hamilton

*Chico Silva é jornalista, wilderista (fanático por Billy Wilder) e nelson-piquetista. Em futebol, 60% santista, 40% timbu pernambucano. Bebe bem e escreve semanalmente a coluna F-Mais Umas para o Futepoca.

Cigarro, cerveja e gordura garantem longevidade

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Assim como o inglês Buster Martin, a brasileira Olívia Franco da Silva (à direita) está comemorando seus 100 anos, hoje, em Alvorada (RS), com um cigarro na mão e um copo de cerveja na outra. Segundo o jornal Zero Hora, além de fumar e beber, a idosa segue uma dieta repleta de gorduras: não dispensa toucinho, torresmo e morcilha (espécie de lingüiça feita com sangue de porco). Outra semelhança com o centenário inglês Buster Martin é a prole de Olívia, 10 filhos. A anciã garante que nunca ficou internada em um hospital.

Especulações

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Ok, especulação é só isso mesmo, especulação. Mas não é em qualquer dia que leio que o Adriano pode voltar para o São Paulo (ou ir para Corinthians ou Fluminense) assim que a janela de transferência se abrir, em janeiro, e que Amauri, o atacante da Juventus que está metendo gol a três por quatro no Italiano, é são-paulino e quer jogar pelo time do Morumbi quando voltar da Europa.

O Adriano pode não ter feito muito bem coletivamente ao São Paulo no início desse ano, além de ter sucitado galhofas da imprensa, mas a situação era bem específica. Eu gostaria de tê-lo novamente no time. Talvez menos pelo seu desempenho e mais por não querer vê-lo em um rival.

Sonho

Outro que podia vir (essa especulação só existe na minha cabeça mesmo) era o Washington, do Flu. O cara faz miséria sempre que joga contra o São Paulo, então melhor se juntar a quem não se pode vencer. Não é só isso, claro. Ele é um baita atacante. Esse é mais um motivo para minha torcida contra o Fluminense. Se o time cair, além de rolar um desmonte, me vingo pela eliminação na Libertadores e ainda vai acontecer uma justiça histórica, já que o clube nunca voltou à elite depois do rebaixamento sem virada de mesa.

Que ataque, einh?