Destaques

quarta-feira, agosto 05, 2009

Surpreendente homenagem

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Ter gente cujo nome é uma homenagem a um jogador de futebol que fora ídolo dos pais não é nada muito surpreendente. O Brasil está cheio de pessoas nessas condições. Inclusive entre os próprios atletas - Clemer, ex-goleiro do Internacional, tem esse nome porque seu pai era fã do inglês Clemence, arqueiro como o seu filho viria a ser tantos anos depois.

Uma vez eu conheci um cidadão cujo nome era Romerito, e que tinha irmãos chamados Washington e Assis. Precisa dizer pra que time o pai dele torcia? O curioso é que o meu conhecido Romerito acabou traindo o pai e preferiu escolher o Tricolor de São Paulo...

Sem contar o mais célebre de todos os nomes desse tipo, o já lendário Tospericargerja, cuja "graça" homenageava, de uma vez só, seis craques do tricampeonato da seleção - Tostão, Pelé, Rivelino, Carlos Alberto, Gerson e Jairzinho.

Mesmo com todo esse contexto, me surpreendi ao ver uma comunidade do Orkut chamada Meu nome é Lineker. Sim, leitores: não há apenas um cidadão chamado Lineker, e sim uma comunidade de pessoas que carregam esse nome - que, atualmente, já tem mais de 250 inscritos.

O nome de todos, evidentemente, é inspirado em Gary Lineker (foto), atacante inglês que ganhou fama ao fazer sucesso em duas copas - foi o artilheiro de México/86 e um dos principais nomes da Inglaterra no Mundial de 1990, na Itália, quando o English Team fez sua segunda melhor campanha na história das copas. (Parêntese: apesar da obviedade, a discussão mais consistente na comunidade é "Qual a origem do seu nome?". Os jovens se esforçam, gramaticalmente, para darem tons diferentes à mesma resposta. Vale conferir.)

Além do Lineker convencional, há no grupo "Lynekers", "Lyneckers", "Lynyker" e outras variedades. Fica a dúvida se as derivações se deram por originalidade ou desconhecimento da grafia correta do nome do inglês - vale lembrar que Gary Lineker se destacou em temos pré-internet.

Por essas e outras que insisto em gostar do Orkut. Onde mais poderíamos ter um agrupamento desse tipo?

Em Assis, desemprego é motivo de cadeia

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Fico com medo de dar divulgação a esse tipo de coisa, para não dar idéia pra bandido, mas aí vai. Uma notinha no Estadão de hoje dá conta de uma nova “política social” aplicada em Assis, no interior paulista.

A polícia da cidade decidiu utilizar-se do crime de vadiagem, previsto no artigo 59 da Lei de Contravenções Penais. A lei prevê pena de 15 dias a três meses de prisão para o ato de “entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita”.

Em 30 dias, 51 pessoas já foram fichadas pela polícia de Assis e estão sendo monitoradas pela prefeitura – comandada por Ézio Spera, do DEM (espero que o Kassab não ande conversando com ele). Elas têm 30 dias para conseguir emprego ou poderão ser presas. Simples, não?

Se fizessem a mesma coisa no país todo, 15,6 milhões de pessoas ou 8,1% da população deveriam estar sob monitoria, segundo a taxa de desemprego do IBGE de julho.

Saideira nº 3

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Simon, Renan e Collor: le rendez-vous

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Genial. Não há outro adjetivo que exprima com tanta clareza o bate-boca entre Pedro Simon (PMDB-RS), vestal e profeta dos pampas que prega contra os maus costumes; seu colega de partido Renan Calheiros, ex-presidente do Senado cujas relações privadas foram expostas até em revista masculina; e Fernando Collor, senador alagoano pelo PTB que dispensa apresentações.

Na primeira sessão depois do recesso da casa (não, ninguém teve a ideia de prolongar o ócio por conta da gripe suína), o senador Simon pediu a renúncia de Sarney da presidência do Senado. Eufóricos devem ter ficado as pseudo-celebridades do Twitter, "hey, esse velhinho tá dizendo uma parada que tá falando um lance certo", deve ter exclamado o dublê de músico e metade de dupla popstar ao sapear o controle remoto.

Mas Renan Calheiros abordou o colega em defesa da honra do dono do Maranhão. Especializado que se tornou no desnudamento dos vícios privados, resolveu revelar o que só é sussurrado nas coxias e bradou que o parlamentar gaúcho sofria do mesmo mal que acometeu o alucinado Bentinho, aquele da Capitu. Simon sofria de ciúmes de Sarney por ter perdido a vaga de vice-presidente na chapa de Tancredo Neves.

A reação gaúcha foi a trivial. "Mentira", repetiu algumas vezes o ofendido. E, para manter o nível de erudição elevado, resolveu atacar pelo mesmo flanco dizendo que Calheiros havia abandonado seu colega Fernando Collor quando este era presidente da República, entregando-o aos vermes pouco antes do conterrâneo ser apeado da cadeira presidencial. Também citou um tal acordo feito na China, o que levaria a uma série de trocadalhos e ilações que não merecem espaço nesse post.

Mal sabia o franciscano senador que mexia em um vespeiro. O furioso Collor tratou de expor seu ferrão por meio de olhos vidrados, arregalados, tal qual Lugano quando jogava no São Paulo. Arfava como um amante no meio do coito e vociferava: "Suas palavras, o senhor vai ter que as engolir. E digira como quiser". Ameaçou revelar mais intimidades que comprometeriam seu oponente, nomeou-o de parlapatão mas não deu sequência ao diz-que-me-disse que caracterizava o alegre convescote.

Resumidamente, vale a pena ver o vídeo. Uma  aula que em poucos botecos brasileiros se pode ver. 

terça-feira, agosto 04, 2009

Segunda fase do Paulista de Futebol Feminino começa neste final de semana

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O Campeonato Paulista Kaiser (vixe!) de Futebol Feminino chega a sua segunda fase nessa semana. Entre as oito equipes classificadas estão duas grandes, Santos e Corinthians. O parceiro Jornalismo Esportivo considera a equipe peixeira como grande favorita, o que é corroborado pela campanha da primeira fase, quando as moças santistas conquistaram 30 pontos, 7 à frente da equipe corintiana, segunda colocada.

Veja aqui a análise do Jornalismo Esportivo

Outra vitória. Outra vez, Dagoberto

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Por Moriti Neto

Prometi (para mim mesmo, claro!) que a cada jogo do São Paulo faria um texto para que os tricolores/futepoquenses pudessem manter-se informados sobre o desempenho do time. Por causa da gripe – que me pega pela segunda vez em 20 dias, não é a suína, está mais para a “gripe manguaça”, do Anselmo – escrevo este post com certo atraso em relação à última partida.

Bem, vamos ao que interessa. O São Paulo parece que engrenou mesmo uma trajetória de recuperação. Com os três pontos obtidos contra o Vitória, em pleno estádio do Barradão, na Bahia,  são quatro vitórias e um empate nos últimos cinco jogos. 13 pontos ganhos em 15 possíveis, sendo que três contendas foram disputadas fora de casa. A equipe  já se aproxima dos adversários que disputam uma vaga na Libertadores.

 

Quanto ao jogo, o que se viu foi uma partida disputada no primeiro tempo, com os dois times mantendo a posse de bola, mas pouco chegando à área adversária. Ainda assim, quem se aproximou mais do gol foi o tricolor, com Dagoberto e Jorge Wagner, este em cobrança de falta que fez o goleiro colombiano Viáfara se esticar todo para defender, bater a mão no travessão, lesionar um dos dedos e ser substituído por Gléguer., que não teve culpa alguma no golaço de Dagoberto (de novo!) aos 28 minutos da segunda etapa. Justiça. O São Paulo era melhor no jogo quando o atacante recebeu a bola  na esquerda, driblou o  marcador e mandou um chute de curva no canto direito. Daí em diante, os são-paulinos seguraram o time baiano, invicto como mandante até então, e ainda tiveram algumas oportunidades para ampliar.

Fora a subida na tabela, três fatos animadores para a torcida: o time, novamente, jogou com a bola no chão, insistindo nas tabelas e nas chegadas dos laterais pela linha de fundo, sem os cruzamentos vindos da intermediária. Alguns valores individuais vêm mantendo bom  nível de atuação e dão a impressão de que podem continuar crescendo, casos de Hernanes, Jorge Wagner , Júnior César  Jean e Dagoberto. A marcação encaixou e, a equipe, muitas vezes, marca forte a saída de bola dos rivais, o que demonstra progresso no  preparo físico.

Agora, são três jogos até o final do turno. O próximo contra o limitado Botafogo, quarta-feira, às 21h, no Morumbi, o seguinte, frente ao bom Goiás, também em casa e, o último, enfrentando o combalido Sport , na Ilha do Retiro. Tabela boa. Partidas em que o tricolor paulista tem ótimas condições de vencer para começar o returno com tudo, inclusive contando com reforços, principalmente Rogério Ceni.

Ah, sim. Para quem diz que o São Paulo não tem torcida no Nordeste, os são-paulinos ocuparam mais espaço do que lhes era destinado no Barradão. A carga de ingressos para os tricolores dobrou por causa da boa procura.

Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, agosto 03, 2009

Saideira nº 2

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"Cúpula da cerveja" de Obama contribui para o "manguaça-cidadão"

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O professor de Harvard Henry Louis Gates Junior voltava de uma viagem de uma semana à China para sua casa em Cambridge, no estado de Massachusetts. Por algum motivo, o morador mais o motorista que o conduzia não conseguiram abrir a porta. A polícia teria sido chamada porque dois negros estavam tentando arrombar uma casa.

O sargento James Crowley foi ao local, abordou Gates. O professor terminou preso por desacato e a mídia dos Estados Unidos passou uma semana discutindo racismo.

A jornalistada foi ouvir Barack Obama:

– A polícia de Cambridge agiu de forma estúpida ao prender alguém quando havia prova de que ele estava em sua própria casa

"Estúpida"? Crise à vista. Como superá-la?

Foto: Pete Souza/Casa Branca


Obama chamou Joe Bidden, seu vice, e os dois envolvidos na crise. Mandou vir uma Budweiser light, da multinacional belgo-brasileira Inbev – o que causaria outra dose de polêmica – e teriam brindado a Mussum como forma de solucionar o impasse.

Manguaça-cidadão
Que Lula é "my man" para Obama, isso já rendeu demais. Mas se fosse aqui, talvez o presidente brasileiro fosse acusado de promover o consumo de bebida alcoólica ou de ser cachaceiro (que, se estivesse no Futepoca, soaria como reconhecimento de bons serviços prestados).

O fato é que boa parte dos conflitos políticos nacionais poderiam ser mais livremente discutidos na mesa do bar. O problema seria a relatoria das conclusões...

Em tempo
Larte Braga levou a Cúpula mais a sério. Ele critica o fato de Obama não ter insistido em um pedido de desculpas ou alguma forma de retratação da parte do sargento acusado de racismo. "O presidente foi apenas o garçom", declarou Gates.

Acho que faltou mais uma rodada para Obama chegar lá.

Jogo duro, mas 3 pontos salvam

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Renan Oliveira

Foto: Estado de Minas/UAI

Ontem, por compromissos familiares, assisti apenas ao segundo tempo de Atlético-MG e Coritiba. Vendo os lances do primeiro tempo no replay, deu para notar que o time do Paraná teve duas chances, não marcou e daí veio o imponderável: gol de Jonílson de cabeça (vou queimar a língua com esse, que quando foi contratado achei que era um bonde e está se revelando um dos jogadores mais importantes do time). Depois, gol do Tardelli, também de cabeça, o que também é incomum.

O Coxa regiu em cobrança de escanteio e, já no segundo tempo, com gol de contra-ataque. O Galo estava ganhando mas, na empolgação, foi todo para a frente para fazer o terceiro e tomou o empate. Deu para ver mais uma vez que o problema do time é a falta de um armador. Evandro começou como titular e não convenceu. Júnior entrou no começo do segundo tempo, melhorou o ataque, mostrando que talvez renda jogando apenas a segunda metade da partida.

Agora, o que valeu no jogo foi começo da redenção de Renan Oliveira. O menino tem 19 anos. No ano passado foi destaque do time junto com o volante Serginho. Foi com a seleção sub-20 para o sul-americano, não se saiu tão bem, voltou machucado, demorou a se recuperar, entrou mal contra o Botafogo e não jogou mais por conta da teimosia do Roth.

Ontem, entrou aos 37 minutos do segundo tempo, quando o Coritiba acabara de empatar. Na primeira bola que recebeu na área, mostrou talento, livrou-se dos zagueiros e marcou com um chute perfeito. Coisa de quem sabe jogar bola. Se ele se voltar bem, aumentam as chances de o Galo ir para a Libertadores.

Agora pausa de dez dias para o Galo no campeonato por conta do adiamento do jogo contra o Inter e a transferência da partida contra o Palmeiras de domingo para quarta por conta da "programação" da Globo (para transmitir para SP). Com isso prejudicou o Galo, já que Tardelli poderia participar da partida na data original, antes do embarque para o amistoso da seleção.

Copa BH de juniores
Só para não passar batido, o Galinho ganhou o segundo torneio mais importante do país nas categorias de base ao vencer o Inter por 1 a 0 na preliminar de Galo e Coxa, no Mineirão. O time começou mal, classificou-se na primeira fase em terceiro no seu grupo, por índice técnico e, depois, passou por Cruzeiro nas oitavas-de-final ganhando de 4 a 0, nas quartas pelo Botafogo, nos pênalties, na semi pelo Grêmio, também por pênalties, depois de sair perdendo por 2 a 0, e na final pelo Inter.

Destaque para o goleiro Renan Ribeiro, que na disputa contra o Grêmio defendeu duas cobranças e tocou em outros dois tiros dos adversários. A única bola que não acertou foi para fora. Contra o Botafogo também defendeu e levou o time nas costas. Tem tudo para ser um grande goleiro...

domingo, agosto 02, 2009

Tá bom, tá bom, é reconstrução

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Hoje, o corintiano assiste ao Brasileirão 2009 mirando mais longe. Não que vivamos o pior dos mundos. Ao final da partida contra o Avaí, um horripilante empate em 0 a 0 em pleno Pacaembu, o Corinthians oscila para cima (da 6ª para a 5ª posição), sem poder ser ameaçado pelos resultados dos jogos que ainda faltam nesta 16ª rodada. Mas o principal significado da partida é que o momento é de se segurar, pois quem tem entrado em campo é só meio time, pelo menos em relação ao grupo que começou o campeonato. Enquanto esperamos o retorno do Gordo lipoaspirado (e acho que essa cirurgia vai servir só pra compensar o sobrepeso que o Ronaldo sempre ganha quando fica alguns jogos parado), a incorporação ao elenco de Edu (que se entrar bem pode ocupar a lacuna deixada por Cristian), a volta do Dentinho (suspenso), e as contratações “à altura dos jogadores vendidos” (o boato atual é que vem o Riquelme, o que seria perfeito, mas entre o perfeito é um tempo verbal que não existe no futuro), resta-nos acreditar que estamos nos preparando para o próximo ano.

Quer dizer, como já enfatizei o “lado vazio do copo”, resta agora ver o lado cheio. Se eu acreditar que o Corinthians é agora um time em preparação, que usa o Brasileiro apenas como um campo de testes e experimentos para o próximo ano, começo a achar que esta temporada ainda tem um importante papel a cumprir. Que outra equipe terá condições de testar reservas e esquemas alternativos como o Corinthians? A série A deste ano, neste sentido, seria para o time como a série B do ano passado: sem apresentar por si grandes dificuldades – no ano passado pela sobra de qualidade, neste, por não ter a responsabilidade de vencer –, o time põe a bola no chão e se estrutura para a temporada seguinte.

A novidade mais interessante até agora, a meu ver, é o Jucilei. O garoto de 22 anos, formado na base do Corinthians Paranaense, tem mostrado que pode se tornar uma figura importante no meio campo, seja como um segundo volante, seja como meia. Ele sabe conduzir, tem tamanho e força para disputar bem as divididas, acerta bons passes, sabe cruzar. Terá qualidade para ser titular? É possível, embora minha experiência tenha me ensinado a não exagerar na esperança. Mano Menezes tem demonstrado que tem boa intuição para encontrar a posição em que jogadores rendem mais. Tem que ver, tem que ver...

Nos melhores momentos do empate com o Avaí, vejo que muitas jogadas passaram pelos pés de Jucilei, e em diferentes posições do campo. Ele cruzou da direita, armou pela meia esquerda, roubou bola no meio e criou contra-ataque. No momento, ele está cobrindo a vaga de Cristian, mas a tendência é que seja escalado mais à frente. Não sei se o garoto segura a bronca de substituir Douglas, sendo a referência de distribuição de bolas na meia. Além do que, ele tem mais arrancada, minha impressão é de que ele funciona melhor vindo de trás do que recebendo e distribuindo as bolas na frente. Quer dizer, sua posição seria a de segundo volante, mas não vai tirar a vaga do Elias (se ele não for vendido). É um bom problema para se resolver, e o Brasileirão está aí para isso, para experimentar, testar...

Dois receios

Tenho dois receios com relação ao momento que vive o Corinthians. O primeiro é saber se na remontagem do time o Mano Menezes vai ser tão bem sucedido quanto foi na montagem. Ele vinha construindo um trabalho, que dava resultados em grande medida pela continuidade, mais que pelos talentos individuais (exceção feita a Ronaldo e Felipe). Vai saber retomar o passo após essa quebra de ritmo?

O segundo receio é um pouco mais estrutural. Toda uma expectativa cresce em relação ao "ano do centenário" do Corinthians. Outros times tiveram desempenhos medíocres, a ponto de se falar em "maldição do centenário", acreditando que a efeméride dá um peso a mais à camisa. Quando vejo o Corinthians cheio de dívidas, vendendo jogadores de baciada e pensando em contratar jogadores caros (além do caríssimo Ronaldo), temo pela solução populista que pode estar reluzindo nas mentes de dirigentes do clube – populista por buscar agradar a torcida num curto prazo sem estar assentada em bases consistentes.

Qual seria esta solução? Contratar um timaço para disputar a Libertadores de 2010, enfiar o pé na jaca em dívidas, e depois, seja lá qual for o resultado – conquistas ou frustrações –, ter que se desfazer correndo do time, talvez com algum lucro, talvez com prejuízo, mas tendo como cenário geral uma quase bancarrota. Receio... ou será paranoia?

Quando as coisas vão bem, até gol contra mantém liderança

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O Palmeiras venceu o Sport na Ilha do Retiro, em Recife (PE) e mantém a liderança a três rodadas do final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória foi marcado por Bruno Telles contra, em cruzamento de Obina. Foi a segunda vitória consecutiva pelo placar mínimo na segunda partida sob o comando de Muricy Ramalho. Se continuar assim, por mim, tudo bem. O time da casa teve Hamilton expulso antes do único gol do jogo.

Na quinta partida contra os pernambucanos no ano, foi a terceira vitória palmeirense. O Leão (não o Leão) impôs apenas um revés aos alviverdes na temporada, diferente do que ocorreu nas quatro partidas de 2008 (quando o Sport venceu três confrontos). Sem a disputa Nelsinho Baptista versus Vanderlei Luxemburgo e com o rubro-negro na zona de rebaixamento, o embate tem menos complicadores.

Os próximos adversários são Grêmio, Atlético-MG e Botafogo, 10º, 2º e 13º respectivamente. Vencer o primeiro turno seria um importante feito, embora Celso Roth e o Grêmio tenham liquidado com a tradição da era dos pontos corridos.



Em tempo, preocupa saber que o volante Pierre teria proposta para jogar no mundo árabe. A coisa parece mais concreta do que com outros jogadores como Diego Souza e Cleiton Xavier. É curioso pensar o camisa 5 como coração do time como define Muricy. Mas tendo a achar que falta maior fariam os outros meias citados.

Mas como os clubes precisam vender jogadores para fechar as contas do ano, surge a figura do torcedor de negociações. Por um lado, ele quer que o time tenha um troco para se reforçar, mas ressente a perda de figuras importantes que nem sempre são repostas à altura.

sábado, agosto 01, 2009

"Espirros de porquinhos", pra relembrar

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Isso já foi notícia faz tempo e o Futepoca também deu. Mas ainda não tinha visto o vídeo. Aí, passeando pelo Conversa Afiada, me deparei com isso. É hilariante! Nem muito bêbado o Lula conseguiria igualar. E a ideia do Serra era tranquilizar as pessoas... que medo!

Saideira nº 1

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sexta-feira, julho 31, 2009

O campeão voltou?

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O companheiro Moriti escreve colaboração sobre o glorioso Tricolor paulista, até para esclarecer os futepoquenses são-paulinos que estão fora do Brasil a respeito do seu time. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Por Moriti Neto

“Ôooo, o campeão voltou”! Na noite chuvosa da última quinta-feira, esse era o grito entoado pela torcida são-paulina, no Morumbi, durante o jogo em que o tricolor paulista venceu o Grêmio por 2 a 1, com dois gols de Dagoberto. O canto dos torcedores é um exagero. Mas, que o time evoluiu é evidente.

É só observar os últimos quatro jogos. Primeiro, vitória no clássico contra o Santos. Depois, empate contra o Inter, no Beira Rio, após o adversário sair ganhando com dois gols em posição de impedimento. A seguir, o primeiro sucesso fora de casa, contra o bem montado time do Barueri.



Para quem, há quatro rodadas, estava perto da zona de rebaixamento, esse retrospecto é um progresso. Porém, outros aspectos podem ser apontados como positivos: o São Paulo está jogando com a bola no chão, sem tantos chuveirinhos na área e parece menos manjado pelos adversários. Jogadores de boa qualidade técnica como Hernanes, Jorge Wagner e Jean são favorecidos por isso. Não à toa, Dagoberto marcou dois gols com belas assistências dos dois primeiros e o ataque paulista teve diversas oportunidades de ampliar o placar. Até os 30 minutos do segundo tempo, só deu São Paulo e, o melhor, com bom futebol.

Se é o estilo de Ricardo Gomes aparecendo, com mais toque de bola, é cedo para dizer. Simplesmente, pode ser que alguns jogadores insatisfeitos com Muricy tenham resolvido começar a jogar. No domingo, a parada é dura, contra o Vitória (que foi goleado pelo Avaí por 4 a 0, também na quinta). A partida é na casa do adversário e há desfalques dos dois lados. O São Paulo não terá Miranda e Washington. Já o time baiano não contará com a zaga titular. Se o tricolor vencer, dá para gritar que o campeão voltou? Não. Mas, será possível pensar seriamente em Libertadores.

Ah, sim. Ponto positivo para Ricardo Gomes, que, em entrevista coletiva, disse não ter como comparar o trabalho dele com o de Muricy, que fez história no São Paulo, sendo tricampeão brasileiro. E, apesar dos dois gols, ponto negativo para Dagoberto, que criticou o ex-técnico tricolor. Se havia ambiente ruim no clube, ao menos Washington e Borges tiveram a coragem de manifestar insatisfação antes da mudança de treinador .

Esporte, soberania e "xenofobia"

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Deu na Trivela: o sindicato dos jogadores profissionais de futebol de Portugal, na pessoa de seu presidente Joaquim Evangelista, protestou ontem contra a quase certa naturalização do atacante brasileiro Liédson. O ex-atleta de Corinthians, Flamengo e Coritiba caminha para se tornar português e, assim, ser companheiro de seleção de Cristiano Ronaldo.

Os protestos do sindicalista (ô, raça!) português se baseiam no fato de que Liédson, ao integrar a seleção lusa, tirará do time uma vaga que deveria ser ocupada por um atleta nascido e criado na terra de Roberto Leal. "O atleta português está em extinção. Deve-se refletir sobre o perigo que representa para o futuro [a naturalização]. Nada tenho contra o jogador estrangeiro, mas temo pela tendência de desvalorização do futebolista português, que tem como consequências a descaracterização dos clubes e a perda da identidade das seleções nacionais", disse Evangelista, na matéria reproduzida pela Trivela.


A questão da naturalização de esportistas é das mais polêmicas e difícil de ser resolvida. Eu, admito, não consigo chegar a uma conclusão definitiva. Por que há os seguintes aspectos a serem levados em conta:

- Liédson mora e trabalha em Portugal desde 2003. Já são seis anos. Tempo suficiente para uma pessoa criar identidade com um país, desde que isso seja de seu interesse. Não pode ser chamado - nem ele e nem os demais que têm interesse em sua naturalização - de oportunista, visto que há, sim, uma relação forte entre o atleta e o país que agora ele quer passar a defender.

- Por outro lado, há distorções que, realmente, assustam. Lembram-se de Aílton, aquele centroavante que virou deus na Alemanha? Também sem chances na seleção brasileira (e tampouco na alemã), ele chegou a ser cortejado por pessoas do Bahrein (ou Qatar? Alguém lembra direito?) que queriam tê-lo jogando por lá. À época, a Fifa vetou a "transação", dizendo que não permitiria naturalizações descaradas como essa.

- Mas aí eu me pergunto: se um país, dotado de sua soberania, quer dar cidadania a uma pessoa, pode a Fifa ou qualquer outra entidade esportiva vetar o processo? Se o sheik do Bahrein resolve determinar que um fulano é cidadão do seu país, tendo os mesmos direitos de quem lá foi nascido, como que se pode negar essa possibilidade? Até concordo que seja "mancada", "pô", "apelação", "parou aê", "os caras são foda", mas não consigo ver uma razão técnica que impeça esse tipo de processo.

De qualquer forma, boa sorte ao Liédson, um cara de carreira meteórica (em 2001 jogava no Prudentópolis, em 2003 estava no Sporting) e que merecia, mesmo, atuar por uma seleção de ponta. Seja do país em que nasceu, ou do que adotou.

A liderança durou até demais...

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A crônica dos muitos erros de Flamengo e Galo pode começar assim. O time carioca perdeu um gol incrível com 2 minutos de jogo. Depois, errou uma saída de bola e tomou 1 a 0, com menos de 10 minutos. Em lugar de ficar acuado, o rubronegro foi para cima e reverteu para 2 a 1 ainda no primeiro tempo.


O Flamengo foi melhor, mas ajudou muito o fato de o Galo errar muitos passes na saída de bola, permitindo a pressão. Júnior, o ex-lateral responsável pela armação do time, perdeu-se completamente, não entrou em campo. Parece que sentiu fazer dois jogos por semana. Éder Luís fez o gol, mas também não jogou no primeiro tempo. Aranha, que salvou o Galo em outras partidas, ontem tomou todas, falhou mesmo...

Vem a segunda etapa e Roth (repito, ainda tem crédito) também erra. Júnior tinha de sair, mas pôr Evandro é abusar da paciência de qualquer atleticano. Não gosto de pegar no pé de um jogador, mas este desde que chegou ao Galo não acertou um passe (com exceção do gol contra o Santos) e entra em todos, sempre... Aí vem a falta de critério. Renan Oliveira jogou meio tempo contra o Botafogo e foi mal, nunca mais entrou. Evandro joga mal todas as vezes que entra e continua... Vai entender. Deve se muito bonzinho ou arrebentar nos treinos (na melhor das hipóteses.

Vai começar a choradeira...
Agora, mesmo com essa atuação muito ruim, O Galo teve chances. E perdeu pela ruindade de seus atacantes nas conclusões. Pedro Paulo, outro que entrou sei lá por quê, perdeu gol incrível sem goleiro, conseguindo chutar de canela na trave. Como disse a companheira Simone, parecia videocassetada.

Outro aspecto importante, (vai começar a choradeira, Glauco, pode descontar uns pontinnhos daqueles lances em que você diz que o Galo foi beneficiado), foi a atuação de Gaciba. Até hoje minha dúvida é se apenas falta coragem de marcar contra times grande em casa ou se é venal mesmo? Deixou de dar pênalti claríssimo em Tardelli, na sua frente, a poucos metros, impossível não ver. No terceiro gol do Falemengo, também houve duas irregularidades. Falta no lateral Marcos Rocha e impedimento do Adriano antes de dar o passe. Não marcou nada. Mas pior é a falta de critérios ao inverter faltas, não marcar para um um lado o que dava para o outro. O que faz pender o pêndulo para a segunda alternativa...

Resumindo porque está longo demais. O Flamengo ganhou com méritos, jogou melhor, apesar de tudo que houve na partida. O Galo, continuo achando a mesma coisa desde o começo, não tem time para o título, mas vai brigar entre os cinco, seis primeiros. Pode ser que volte a se recuperar porque depois da partida contra o Coxa, domingo no Mineirão, terá dez dias sem jogar por conta do adiamento da partida contra o Inter.


quinta-feira, julho 30, 2009

Santos vence disputa do "menos pior" em campo

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"O placar está 0x0... e essa é a nota do jogo". Foi assim que José Maia, narrador da Rádio Bandeirantes, pela qual eu ouvia Santos x Náutico, encerrou a transmissão do primeiro tempo da partida. No segundo tempo vieram os gols, nos últimos minutos o da vitória - que deu três pontos ao Santos, mas que deve motivar apenas celebrações contidas.

Não vi o jogo (ouvi no rádio, como avisei no início do post). Então as observações que se seguem são mais do que passíveis de retratações. Mas acredito que não errarei muito a mão.

O Santos entrou em campo ontem com um 4-5-1 que foi usado por Vágner Mancini em algumas ocasiões; em algumas deu certo, em outras não. Menos mal que o 4-5-1 de ontem não se fez com três volantes, e sim com dois (Souto e Germano) e três meias (Paulo Henrique Ganso, Róbson e Madson). Na frente, Kléber Pereira, que retornou ao time após contusão.

Não dá para esperar muita coisa desse combalido e "em formação" (desculpa na qual quero acreditar) Santos. Mas, se um jogo é ruim, a culpa é dos dois times que estão em campo. Então é o caso de dividir o "mérito" da pelada de ontem com o Náutico - que ao menos por enquanto é, com sobras, o pior time desse Brasileirão e que vai precisar de uma arrancada histórica para escapar de um aparentemente inevitável rebaixamento.

Neymar fez o primeiro gol peixeiro numa linda cabeçada, mostrando que seu futebol não é só firula. Mais uma vez, o time melhorou com sua entrada no segundo tempo, o que nos faz ficar com uma bela dúvida - ele tem que começar jogando ou é um "jogador de segundo tempo"? O goleiro Felipe facilitou a vida do Timbu ao cometer um pênalti dos mais idiotas no ex-santista Gilmar, que converteu; e, quando parecia que os dois times deixariam o gramado com um ponto cada, Rodrigo Souto mostrou que é realmente bom no jogo aéreo (um dos melhores volantes que já vi nesse quesito) e decretou a vitória do Santos.

Além dos três pontos, outro aspecto positivo de ontem foram as estreias de Eli Sabiá e Felipe Azevedo. Não que ambos sejam craques e tenham chegado para resolver os problemas do time; mas é que eles já estavam no Santos há algum tempo (foram contratados na gestão Mancini) e ainda não tinham entrado em campo. Ora, se o cara tá no elenco, que seja colocado pra jogar!

No final de semana, o Santos não joga. O adversário da rodada, Internacional, vai para o exterior para disputar amistosos. O retorno a campo do Peixe acontece na quarta-feira, contra o Coritiba, em Cascavel.


Na estreia de Muricy, 1 a 0 não compromete

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O Palmeiras venceu o invicto Fluminense no Palestra Itália por 1 a 0. O Tricolor carioca não vence há 10 jogos. O gol de Diego Souza aos 13 do segundo tempo coloca o alviverde na liderança pelo menos até a partida desta quinta-feira, 30, entre Atlético-MG e Flamengo.

O Fluminense mostrou uma defesa melhor armada, mas um ataque deficiente. Renato Gaúcho que se cuide. Não fosse a derrota do Náutico para o Santos no último minuto, o time do Rio de Janeiro estaria de volta à lanterna.

Outro resultado importante da rodada foi a terceira vitória seguida do Goiás. Depois de se impor diante dos atuais dois primeiros colocados da tabela, o representante da região Centro Oeste resolveu também diante de um dos últimos da tabela, o Atlético-PR. É a segunda arrancada mais impressionante, depois da do Avaí.



Tão importante quanto a colocação, é o fato de que a vitória na primeira partida de Muricy Ramalho como treinador mantém a tranquilidade que Jorginho impôs no clube. A torcida recebeu bem o novo dono do banco de reservas, em seu elegante agasalho verde com zíper, mas gritou o nome do auxiliar técnico, como homenagem.

O jogo em si foi bem mais ou menos, sem grandes oportunidades criadas e com Obina errando mais do que contra o Corinthians, o que é o normal. Souza e Pierre mais soltos para avançar eventualmente não renderam grandes coisas na criação. Como Ortigoza foi a campo no lugar de Souza, é provável que o repeteco de volantes armadores bem sucedido no São Paulo seja adiado.

Isso preocupa por outro motivo. O primeiro foi a profecia de bar que ensaiei ontem fora do boteco. Eu calculava que um gol de Pierre seria certeza de uma temporada vitoriosa, ao passo que um passe de Souza para o gol ou uma chute na trave ainda significariam esperanças. Como nada disso aconteceu, confio agora na minha absoluta falta de talento para profeta que, segundo fontes, não ultrapassa o comprimento das barbas.

O fato é que a vitória pelo placar simples é ótima, mas não garante um time que funcione durante toda a temporada e menos ainda um grande time.

Corinthians empata pelada com o Santo André

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O Ricardo do parceiro Retrospecto Corintiano descreveu o Corinthians dessa partida como "um time em reconstrução". Espero que ele tenha razão, ainda vejo apenas o time destruído. Para a descrição do jogo, recomendo clicar no link dele. Eu, por conta do trabalho, acabei não vendo o primeiro tempo e vendo mal o segundo (quer dizer, por cima da tela do laptop, enquanto trabalhava).

Mas foi o suficiente para me dar conta do nível da pelada. Os dois times perdendo muitas bolas bestas no meio de campo, às vezes até em seu campo defensivo, e sem conseguir articular jogadas realmente perigosas. (Depois, nos melhores momentos, vi que Felipe fechou o gol no primeiro tempo, o que nos salvou de um resultado deveras humilhante.) O resultado não podia ser outro: dois gols de bola parada, empate em 1 a 1. Valeu apenas pela belíssima falta batida pelo veterano Marcelinho Carioca, mostrando que não esqueceu sua maior arte.



Deu tempo de ver ainda a expulsão estúpida de Dentinho, que cavou o próprio amarelo por reclamação. Sem ele, a coisa fica ainda mais feia no próximo jogo. E é precio considerar ainda que este era um jogo que o Corinthians teoricamente tinha que ter aproveitado para fazer pontos... teoricamente. Na prática, acho que é isso o que vamos ver por um bom tempo, um Corinthians que vai se segurando como pode.

quarta-feira, julho 29, 2009

Mussum forevis ou 15 anos sem Mussum

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Não é por conta de uma efeméride semi-redonda que o Futepoca vai homenagear Mussum. Em nossas idas ao bar, inevitavelmente os blogueiros de cá brindam ao grande humorista que marcou a infância de muita gente com seu humor politicamente incorreto, sempre fazendo referência à cachaça (opa!) e às vezes desfilando com uma indecente cueca samba-canção. De qualquer forma, não poderíamos deixar tal data passar batida e publicamos alguns vídeos para lembrar do nosso grande muso inspirador (outros vídeos, em post de 2008 aqui).




Acima, um trecho de "Os Insociáveis", programa precursor do bom e velho "Os Trapalhões", que se eternizou na Rede Globo. Note-se que o efeito da manguaça ainda não tinha sido metabolizado pelo abdomem do nobre mangueirense.



Outra pérola: o velho Mussa no Originais do Samba, de onde saiu para fazer parte da trupe televisiva.



Esse é um vídeo sombrio. Um especial dos 25 anos do grupo em que há duas previsões trágicas para 2008: Mussum e Zacarias já estariam mortos (o que de fato ocorreu) e Renato Aragão e Dedé Santana, brigados, fariam as pazes no fatídico ano. Isso também acabou se confirmando.



Pra encerrar, Piruetas, a música feita por Chico Buarque especialmente para a versão cinematográfica dos Saltimbancos, vulgo Os Saltimbancos Trapalhões. Resume bem o espírito circense e hoje nostálgico dos Trapalhões. Um brinde ao Mussum eterno!

Decotes e roupas curtas: essa é a tática dos banqueiros para "conquistar clientes"

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A notícia foi publicada pelo Sindicato dos Bancários do Mato Grosso. Uma ex-funcionária do Unibanco ganhou na Justiça R$ 80 mil por danos morais. O motivo é de assustar: o banco obrigava a trabalhadora a se insinuar para os clientes para cumprir metas de vendas. Em algumas ocasiões a empregada era obrigada a participar de "happy hours" para se aproximar dos clientes, e era – sente o absurdo – obrigada a usar roupas decotadas e curtas.

A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho do estado e o processo teve como relator o desembargador Edson Bueno. O magistrado entendeu que a bancária teve "violada sua intimidade, sua vida privada e sua honra, ao ser obrigada a usar roupas curtas e a se insinuar para clientes masculinos, a fim de não perder o seu emprego".

Em entrevista ao jornal Diário de Cuiabá, o advogado da trabalhadora, Cássio Felipe Miatto, afirmou que "os atos giravam à beira da prostituição". Segundo o defensor, a orientação de se insinuarem aos clientes chegava via e-mail às funcionárias, sendo que elas eram incentivadas a chamar os clientes a boates e bares. O texto revela que uma testemunha chegou a dizer na Justiça que, numa festa em 2004, viu uma gerente garantindo a alguns clientes que poderiam "escolher qualquer empregada do banco, que tinha loira, morena e japonesa".

Percebam que o fato não aconteceu numa empresinha de fundo de quintal, mas em um dos cinco maiores bancos do país. Setor que se gaba de modernidade, excelência e, termo da moda entre os publicitários que atendem o setor, “responsabilidade social”.

Dado adicional: Uma pesquisa recente feita pela Confederação dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT, onde eu trabalho) e pelo Dieese com dados do Ministério do Trabalho revelou que o salário médio das mulheres contratadas pelos bancos no primeiro trimestre de 2009 foi de R$ 1.535,34, enquanto a remuneração média dos homens admitidos no mesmo período chegou a R$ 2.022,56 - uma diferença de 24,09% em prejuízo das bancárias. Além disso, houve uma redução de 11,2% no salário médio das mulheres contratadas este ano em relação ao primeiro trimestre de 2008, quando esse valor foi de R$ 1.729,37.

Schumacher no lugar de Massa

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Massa e Schumacher: substituição e

torcida para que o brasileiro volte
foto: Globo.com


Parece que a Ferrari acabou de confirmar, segundo o globo.com, que o alemão correrá daqui duas semanas e meia em Valência, no GP da Europa.

É ainda preciso checar, mas a volta de Schumi trará resposta a algumas questões interessantes.

Ele é tão acima da média que poderá fazer a Ferrari andar na frente?

Claro que é bom lembrar que o time de Maranello já está se recuperando e conseguiu pódio em duas corridas seguidas.

Outra questão é se um piloto parado há tanto tempo e presumivelmente fora de forma será capaz de dirigir em alto nível? Se não, será decepção para quem o considera o melhor de todos os tempos. Não é meu caso, divido-me entre Piquet e Senna.

Outro ponto a pensar é que, apesar da tentativa de otimismo global, é notar que o acidente de Massa foi realmente muito grave, provavelmente impedindo que ele volte este ano. Fica a torcida para que primeiro ele recupere a saúde, e depois possa voltar a correr um dia. Mas é apenas torcida.

A realidade é a volta do alemão... Vamos ver o que acontece

terça-feira, julho 28, 2009

Robério de Ogum fala ao Futepoca sobre Roberto Brum

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O médium Robério de Ogum falou ao Futepoca sobre o recente imbróglio envolvendo o volante Roberto Brum, Vanderlei Luxemburgo e o próprio espiritualista. Robério, que previu a volta de Luxa ao Santos em 2009, disse que o atleta "estava carregado" e atraía "energias negativas". A resposta do evangélico Brum veio no domingo, no programa Mesa Redonda da TV Gazeta, quando se afirmou "vítima de calúnias", acusou o jornalista Admeir Quintino e reafirmou a "vitória de Deus".

"O Roberto Brum tenta ser líder, mas não tem pujança pra isso", afirma. Quando perguntado se ainda é amigo de Luxemburgo, de quem esteve afastado inclusive à época em que concedeu sua primeira entrevista a esse prestigioso veículo midiático, foi evasivo. "Nesse caso não interessa se sou amigo dele ou não". Ainda para saber se o médium influenciou na posição do treinador santista, foi questionado se a avaliação acerca das energias negativas de Brum era um aconselhamento. "Não é um aconselhamento, é uma previsão", garantiu.


"Só retratei o momento dele, e quem viu a partida contra o Flamengo pode notar. Já viu um jogador tomar um cartão daqueles com um jogo importante na quarta?", questiona. Robério conta que não assistiu ao programa da Gazeta, embora amigos seus tenham ligado para alertá-lo a respeito. No entanto, criticou a postura do volante. "O que ficou exagerada é a forma que o Brum se pronunciou, não podemos falar de Deus à toa. A mão de Jesus tem que abençoá-lo pra não fazer mais essas besteiras", vaticinou.

Mesmo com a querela, o médium acredita na recuperação de Brum como jogador, mas não garante sua permanência na Vila Belmiro. "O Brum tem tudo para se recuperar. No Santos ou em outro clube. Ainda mais com a fé que ele tem. Mas como líder, não sei...". Apesar de não citar mais nomes, ele afirma que a "rachadura" que aconteceu no Santos também tem outros responsáveis. "Quando falamos de uma patota, falamos de mais jogadores. Um time que esteve pra cair no ano passado e consegue chegar à final do Paulista... Ali você percebe a falta de um líder consistente, faltou equilíbrio, paz, harmonia".

Quanto às esperanças santistas, ele vaticina. "O time pode chegar à Libertadores, se cortar o mal. A mudança já começou".

Mário Gobbi Filho, este intelectual

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O leitor Leandro mencionou em dois comentários (aqui e aqui) a recente declaração do dirigente do Corinthians Mário Gobbi Filho em resposta a protestos de torcedores pelo "desmanche" por que passa o time. O parceiro Vertebrais Futebol Clube mostrou com precisão um aspecto importante da "bola fora" de Gobbi, ou seja, como ele "errou" ao não esclarecer as reais razões por que um clube não consegue manter os craques no elenco por muito tempo, em vez disso perdeu a oportunidade de ficar calado e cuspiu grosserias à torcida.

Mas o "erro" de Gobbi vai um pouco além. Vamos ao que ele disse, em entrevista ao Globo Esporte:

– Não podemos cair nesse discurso medíocre e hipócrita de torcedor de arquibancada, que não tem cultura para falar disso. É ignorar que o objetivo final do futebol seja dar retorno financeiro ao clube. Não há desmanche, há um ciclo no futebol – opinou Gobbi.

O senhor Gobbi tem a si mesmo em tão alta conta, mas tão alta conta, que não se considera nem medíocre, nem hipócrita, nem inculto – portanto não é como esses corintianos favelados e ignorantes, esses que se autodenominam maloqueiros e sofredores. Que me perdoe este intelectual, mas na minha modesta opinião a sua segunda frase é uma pérola rara, para se gravar no bronze.

É incrível a inspiração de certos burocratas ao declarar o seu amor incondicional às atividades meio. Olha só que impressionante: o time de futebol é uma coisa que existe, segundo Gobbi, não para jogar futebol e ganhar títulos; até faz isso, claro, é inevitável, mas o seu objetivo final é outro, é gerar dinheiro para o clube.

Corrijam-me os semiólogos se eu entendi errado, mas minha impressão é de que o senhor Gobbi discordaria absolutamente de mim se eu dissesse que a a direção do clube tem a obrigação de fazer a sua boa gestão financeira, que inclui a compra e venda de jogadores, com o objetivo final (este sim) de manter o time jogando bem, garantir certo equilíbrio no elenco, sem grandes quebras entre os picos de qualidade. Num momento em que o clube dá mostras de que pode disputar e vencer o título do mais importante campeonato nacional, visando ainda a chegar em boas condições de disputar o continental, isso é crítico.

Uma discreta inversão de valores: o futebol existe para o clube, não é o clube que é uma estrutura administrativa que existe para o futebol. Me lembrei de uma célebre declaração do ditador João Batista Figueiredo (na foto) em resposta à ingênua pergunta de um repórter: "mas presidente, e o povo?". O que ele retrucou foi: "O povo?! Ora, o povo não me interessa, o que interessa é o Brasil".

Se a gente pensar a coisa pelo avesso, será que os medíocres, hipócritas e incultos "torcedores de arquibancada" não têm alguma razão em protestar quando veem metade do time (a metade melhor) ir embora? Independente da justificativa que se dê? Não seria este um erro ou pelo menos um problema de administração que deve ser explicado, justificado, pelos responsáveis?

O torcedor de arquibancada talvez não precise de muito mais que um futebol decente para ver e alguma esperança de que o time possa ser campeão. (Alguns precisariam apenas de uma cerveja.) No meu modo de entender (serei hipócrita? ou medíocre?), ele é uma importante razão de ser do espetáculo, e não um incômodo, uma excrescência com a qual os dirigentes infelizmente se veem obrigados a conviver. Mas, se os gênios proliferam no futebol de hoje, nós certamente não estamos entre eles.

segunda-feira, julho 27, 2009

E o Sport, hein?

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A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).

Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.

Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.

Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...


Eu sempre digo que encher muito a bola de "planejamento e profissionalismo" no futebol é algo que não me desce. Afinal, o senso comum chama de "planejado e profissionalizado" o time que mostra resultados em campo. O julgamento recebe a mão inversa - olha-se os resultados e aí se atribui o rótulo de "organizado". A imprensa daqui do Sudeste - que não acompanha o dia-a-dia do Sport - cansou de encher a bola dos pernambucanos em 2008, tratando o clube justamente como "planejado", principalmente pela manutenção de um novo técnico. Agora, que o Sport muito provavelmente passará o resto do Brasileirão lutando contra o rebaixamento, atacará a "falta de planejamento" do clube.

Será que não é mais negócio ver o dia-a-dia de uma equipe antes de fazer esse tipo de análise?

Roth prova de seu próprio veneno

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Iarley o autor do gol em foto do Estado de Minas/Uai

O Galo ontem no Mineirão provou mais uma vez que é time de um esquema só. Bloqueia bem o meio de campo com 3 ou 4 volantes e sai rapidamente no contra-ataque. Quando o adversário não vai para o ataque, o caldo entorna... Foi o que aconteceu contra o Goiás, no Mineirão.

Hélio dos Anjos, à la Roth, armou uma retrancona, com três zagueiros, seis no meio de campo e apenas o Iarley no ataque. Das duas chances que teve em toda a partida, o time verde marcou uma, o que foi suficiente para levar os três pontos.

O Atlético ficou com a bola quase o tempo todo, mas não teve inspiração. Tardelli e Éder estavam bem marcados, daí faltou a aproximação de um meia criativo, que o time não tem. A armação sobrava para os volantes, que erravam passes na hora decisiva ou davam chutes da entrada da área que iam fora do Mineirão.

Júnior também estava mal no papel de tentar municiar os atacantes, mas a entrada de Evandro mostrou que estamos de mal a pior nessa posição. O ex-palmeirense não fez absolutamente nada que não fosse um burocrático passe para o lado, o que explica por que o Palmeiras o deixou sair de graça.

Ainda quando estava 0 a 0, Roth fez outras substituições equivocadas. Tirou Éder Luís e pôs Alessandro, depois entrou o atacante Kléber no lugar do volante Serginho. Não adiantou nada ficar com três atacantes na área porque o problema estava no domínio do meio de campo. A partir daí o Goiás, que tinha seis jogadores contra três no setor, mandou no jogo e fez o seu gol.

Roth tem crédito, mas precisa armar alternativas para quando o adversário se fecha todo. Foi assim que perdeu pontos para Santo André, Botafogo e Goiás. E precisa testar um dos armadores talentosos que existem no elenco. Não dá para entender por que Renan Oliveira e Tchô não ficam nem no banco. Se os dois não prestam, que se contrate um jogador para armar jogadas e bater faltas e escanteios. Dá até raiva quando o juiz marca algo a favor do Galo, antes de bater já se sabe que não vai dar em nada.

E volta a realidade mascarada pela liderança, o Galo não tem time para ser campeão. Tem jogadores esforçados, mas se quiser pegar pelo menos a Libertadores tem de trazer pelo menos um meia e um zagueiro para serem titulares.

domingo, julho 26, 2009

Um 3 a 0 para Obina sobre o Corinthians

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O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0 em Presidente Prudente. Voltou a se igualar em pontos ganhos com o Atlético-MG, na liderança. Enquanto o Goiás aplicava a segunda zebra seguida contra os da ponta superior da tabela, o Palmeiras via o fim da era Jorginho com a sexta partida seguida contra os alvinegros paulistanos sem conhecer derrotas. Recuperou também o Verdão do tropeço do meio de semana em Goiânia.

O primeiro gol foi de peixinho, em um cruzamento perfeito de Pierre. O segundo de pênalti, cometido abestadamente por Chicão. O terceiro foi em um contra-ataque em que Obina dividiu no alto com Moradei, deixando a bola para Cleiton Xavier esperar e deixar o centroavante livre para completar o escore.



Ele não é melhor do que o Eto'o. Nem é melhor do que o Keirrison do começo do ano. Mas decidiu o jogo e tem marcado gols. E está mais magro do que o Ronaldo.

Aliás, foi a saída do gordo que mudou a cara do jogo. O primeiro tempo foi mais disputado até a contusão de Ronaldo que, ao sofrer falta de Souza, caiu de novo, desta vez sobre a mão direita, produzindo suspeita de fratura. A partir daí, o Corinthians murchou e o Palmeiras cresceu. Depois do segundo e do terceiro gols, a partida foi administrada pelo alviverde, com períodos de tensão sem sentido.

De presente para Muricy Ramalho, o interino que quase se efetivou deixa o artilheiro Obina e a equipe mais faltosa do campeonato. O time marca muito com dois zagueiros, dois ou quatro volantes (no caso de Cleiton Xavier se dedicar mais às funções defensivas), e também bate. Embora as pancadas mais sem noção da tarde em Prudente tenham ficado para Alessandro, expulso, e Jorge Henrique, que saiu ileso.

Depois de cinco dias sem sinal de celular nem acesso à internet (fui derrubando cada conexão por onde eu passava), eu ia escrever impropérios contra Vanderlei Luxemburgo, que já entregou o time como campeão das faltas e sem artilheiro, mas depois do post do Glauco, a cota "pau-no-Luxemburgo" pode ficar para os comentários.

Santos 1 X Flamengo 2 - Nem Robério de Ogum salvou...

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E o recordista de títulos brasileiros e dono de sensacional aproveitamento de pontos pelo Santos na Vila Belmiro conseguiu outro feito: participou da primeira derrota santista para o Flamengo no estádio desde 1976.

O histórico da atuação de Luxemburgo na partida foi mais fundamental na segunda etapa. A primeira mudança de Luxemburgo foi substituir Roberto Brum por Róbson. E aí, a evidência de como andam as coisas no Santos e a mostra que a habilidade do treinador em lidar com o elenco é algo questionável. O volante tomou o amarelo, foi cumprimentar Luxa, que se recusou a fazê-lo. Parece que o pastor-atleta não vai jogar mais no time, como ficou claro na coletiva do técnico. Difícil saber se a avaliação do médium Robério de Ogum, que disse que o jogador atraía “energias negativas”, influenciou na postura de Luxemburgo.

Se foi isso, a mística deu certo em um primeiro momento. Róbson, que entrou e salvou o time em outras oportunidades, fez o mesmo ontem. Parece ser o amuleto da vez, depois da saída de Molina. Mas nem só de sorte se faz uma equipe. O goleiro Felipe, bancado por Luxa, chegou a ter seu nome gritado na Vila Belmiro em uma defesa feita contra em finalização de Adriano dentro da área. Contudo, em outro chute do mesmo Adriano, de fora da área, jogada típica dele e nem por isso marcada pelos alvinegros, Felipe sofreu o gol de empate.

E, de novo, parece que os espíritos da bola não conspiraram a favor do “iluminado” Vanderlei. A maldição da lateral-direita santista se manifestou no gol contra de Pará, o ocupante da posição da vez.

O que esperar agora do time contra o Náutico, lanterna do campeonato brasileiro? Até quarta, nosso técnico achará alguns bodes expiatórios, rifará jogadores, e fará mudanças cosméticas que aparentarão ser radicais só para iludir a torcida. Certamente, desviará o foco da imprensa e dos torcedores, preservando-se.

Enquanto o Flamengo derrotava o Peixe, Jorginho, autor do gol 10 mil da história do Santos, comandou o espólio do time que Luxemburgo deixou desarrumado no Parque Antarctica para um belo 3 a 0 sobre o Corinthians. O balanço do Peixe pós- Mancini: um empate, duas derrotas e uma vitória. Será que o problema era o técnico anterior mesmo? Vale o investimento no atual? Ou seria melhor investir em um comandante menos custoso e aplicar em reforços?

*****

O Palmeiras anunciou Muricy Ramalho como técnico. Muitos dirigentes e assemelhados do Santos tentaram fazer disso um episódio que exemplificaria um menosprezo do ex-sãopaulino pelo Peixe. Balela. Antes de Mancini cair, Muricy já havia declarado que havia gostado muito da conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo e outros dois diretores palmeirenses. A diferença entre a proposta da Vila – melhor financeiramente – e a do Santos é fundamentalmente uma: a qualidade da administração de um e de outro clube, e não a tradição ou coisa que o valha. Muitas vezes o torcedor confunde a diretoria com a instituição, e cai nessa lenga-lenga dessas pessoas que se adonaram do Santos. Muricy fez o que qualquer um faria, foi para o lugar onde existe gente mais séria para poder desenvolver seu trabalho.

sexta-feira, julho 24, 2009

Noite dos goleiros no Mineirão

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Quando a fase é boa, a cada partida um jogador se destaca. Ontem, no Galo versus Flu, foi a vez do Aranha. O público de quase 56 mil pessoas viu um goleiro que não é tecnicamente perfeito, mas que estava numa noite inspirada e evitou pelo menos três gols do adversário.

Mérito também para Fernando Henrique, com defesas precisas em praticamente toda a partida, mesmo que muitas vezes com o pé, o que dificulta entender por que Parreira e seu substituto, o tal do Eutrópio, O Breve, insistiam no Ricardo Berna. Aquele que tomou três gols de fora da área do Goiás em pleno Maracanã.

Foi um grande jogo, com chances para os dois lados, mas resolvido em lances confusos no segundo tempo. No primeiro gol do Atlético a bola foi cruzada pelo lateral Thiago Feltri, bateu num zagueiro, bateu na cabeça do volante Serginho, bateu no chão, pegou efeito e entrou. Ressalva que é a segunda partida inteira do volante depois de ter ficado mais de um semestre parado por conta de operação no joelho. A primeira foi contra o São Paulo, em que fez um golaço.

No segundo gol contra o Flu, de novo cruzamento do Feltri, goleiro e zagueiro tentam cortar, não conseguem e a bola sobra para Tardelli, cuja maior dificuldade foi tirar o braço para que a bola não batesse.

No gol do Flu, Aranha soltou uma bola esquisita para o lado, ela foi cruzada e numa dividida entre o volante Renan e o atacante tricolor Kiesa acabou indo para o fundo das redes. O juiz Seneme, se quisesse, poderia ter assinalado gol contra, mas premiou de maneira correta o atacante.

E assim vai, partida a partida, uma liderança sofrida, conquistada em detalhes durante as partidas, agora que se ultrapassa 1/3 do campeonato. O Galo não está tendo nenhum jogo fácil, talvez até por suas debilidades, mas vem conquistando pontos importantes, muitas vezes pelo bom preparo físico.

Com a contratação do atacante colombiano Rentería, faltam ainda, pelo menos, um bom zagueiro e um armador que saiba bater faltas. Daí, se não perder ninguém, as chances de Libertadores passam a ser reais.

O tombo de Ronaldo: o lance da rodada

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Aos 15 minutos do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o Vitória, os deuses do futebol avisaram: até os grandes têm seu momento patético, ainda mais em um gramado molhado. Poucas vezes vi uma escorregada assim...

E não é que dessa vez deu?

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Felipe; Diogo, Chicão, Jean e Diego; Jucilei, Elias, Douglas (Moradei), Morais (Jorge Henrique) e Dentinho (Marcinho); Ronaldo. Foi com esse time que o Corinthians venceu o Vitória, no Pacaembu, por 2 a 1. Gols de Dentinho (um golaço, em passe açucarado de Ronaldo) e, pasmem, Jean, após passe perfeito de Douglas.



Do jogo, o padrão corintiano nas últimas rodadas. Pressiona no começo do jogo e marca. Duas vezes, nesse caso. Depois, dá uma recuada e leva gol (bela enfiada de William para o gol de Apodi). No segundo tempo, deu uma pressionadinha no começo e tomou calor no resto.

Percebam que o time inicial descrito lá em cima, sem considerar André Santos e Christian, tem três reservas. Foi com essa formação que o time fez dois a zero. No segundo tempo, Jorge Henrique entrou no lugar de Morais, mas o placar permaneceu o mesmo. Isso mostra que tem algum elenco ali e dá esperança pós-desmanche.

Por outro lado, o gol de Jean (?!?) foi 80% por conta do passe açucarado de Douglas. E nos dois tempos Felipe fez mais uma vez defesas monstruosas e garantiu o resultado. Vamos sentir falta dos demissionários.

A vitória sobre o Vitória – lembremos que, considerando o time titular da final da Copa do Brasil, sem cinco titulares – colocou o Corinthians na quarta colocação, 1 ponto atrás do Inter, 2 atrás do Palmeiras e 5 atrás do Atlético. Se ganhar o clássico do Palmeiras no domingão, ganha pelo menos mais uma. É difícil, vai ficar ainda mais, mas estamos aí.

quinta-feira, julho 23, 2009

Corinthians luta pra mostrar que ainda dá

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O Corinthians joga daqui a pouco contra o Vitória, em São Paulo, numa chance importante para chegar mais perto de ocupar um lugar no G4. Além disso, tenta acalmar os ânimos da torcida, que está bastante preocupada com o desmanche do time campeão Paulista e da Copa do Brasil.

A zaga que provavelmente entrará em campo preocupa: Diogo, Chicão, Jean e Diego. Apenas um titular e um lateral-esquerdo improvisado. Jogam com a proteção de Jucilei e Elias, que não estão entre os melhores marcadores que eu já vi. A esperança fica no ataque, que deve ser o titular. Se bem que Jorge Henrique é dúvida – em seu lugar jogaria Morais.

Será a primeira partida sem Christian e André Santos e, talvez, a última de Douglas (que pode ir para um time árabe) e Felipe, que teria proposta do CSKA. Além dele, Elias pode estar de saída para um “time médio” da Itália. Segundo Benjamin Back, do Lance!, o jogador quer ficar, mas pediu uma compensação financeira: R$ 1,5 milhão de luvas e R$ 150 mil mensais de salário. Se for isso mesmo, acho que vale pagar - só não sei de onde tirar dinheiro.

A coisa está ficando feia mesmo, mas ainda não estou desesperado. Já vi corintianos falando que o time vai acabar rebaixado. Não creio que chegue a tanto.

A resposta para essa dúvida da torcida começa a ser dada hoje. Depois desse jogo, vem o clássico contra o Palmeiras, que vem querendo mostrar serviço para o novo técnico, Muricy Ramalho. Duas pedreiras. Vamos ver o que Mano Menezes consegue com as peças que vão sobrando.

Outra saída - Essa deve deixar mais animada parte da torcida alvinegra: o Corinthians conseguiu arranjar um time para quem emprestar o meia Lulinha. Trata-se do Estoril, de Portugal, que contará com o atleta por dez meses. Não pagar o salário do garoto-prodígio pode ser um alívio para bancar outros jogadores - quem sabe Elias?.

Uma curiosidade a respeito do Estoril: cinco vezes campeão da segunda divisão portuguesa, segundo matéria do Uol, o clube enfreta crise financeira e ficou na quarta posição no ano passado. A solução encontrada foi claramente inspirada em casos tupiniquins: vender par a Traffic. "O Estoril é o time que a Traffic comprou em Portugal. Queremos que o Lulinha jogue. Entre jogador e Estoril já está tudo certo" explicou ao UOL Esporte o empresário de Lulinha Wágner Dinheiro, opa, Ribeiro. Quem disse que o futebol brasileiro não tem dinheiro?

A reestreia do "gênio"

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Quando vi a escalação do Santos, com três volantes (Paulo Henrique Ganso no banco) e somente um atacante nato com um meia improvisado na frente, em plena Vila Belmiro, contra um rival que era o primeiro depois da zona do rebaixamento, pensei: o que e isso? Mas aí lembrei que o novo técnico santista é “gênio”, claro que, embora os incautos torcedores alvinegros não saibam, ele nos proverá com sapiência e resultados frutíferos.

Mas no momento que vi os relacionados para a partida, virei para a editora de arte e eminência parda deste blogue, também é santista, e falei: esse time não vai dar certo, ele vai desfazer o esquema depois do intervalo e ainda vão dizer “puxa, como o Luxemburgo mexe bem no segundo tempo”. Não precisou nem esperar o começo da etapa final para um comentarista de rádio falar que “o Vanderlei enxergou muito bem o jogo” ao colocar Neymar e Ganso no intervalo. Como é bom contar com a mídia do lado...

A segunda etapa, que consegui ver pela TV, foi medíocre. Mas Neymar, em um lampejo daqueles que salvam o desempenho de um time, de uma torcida, de um “gênio”, deu a vitória ao Peixe. Merecida do ponto de vista da justiça ideal que não existe no futebol, já que o Alvinegro teve algumas pseudo-chances de marcar e o Atlético-PR, no auge da sua mediocridade e candidatíssimo à Série B, nem isso teve.

Vai ser essa a toada. Virão alguns reforços, talvez veteranos ganhando alto como Emerson e que não renderão nada ao clube quando saírem. Assim como Luxemburgo, que pode sair no fim do ano para ser candidato a senador pelo PT de Tocantins. Como já brincamos por aqui, nem ele conseguirá piorar o nível do Senado...

Enquanto isso, em Campos do Jordão...

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Acabei de coordenar a edição de um livro sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o mais importante evento de formação e difusão de música clássica da América Latina. Por conta disso, me convidaram a passar uns dias lá.

E para lá eu fui, na terça-feira. Estava então tomando uma sensacional Red Ale no bar da cervejaria Baden Baden (ao lado, na foto de Gonçalo Lopes). Na mesa ao lado, meia-dúzia de playboyzinhos com seus vastos óculos escuros comiam salsichões, quando uma loirona montada em botas de couro apareceu vendendo bilhetes da Mega Sena. "Só R$ 20", dizia, acho que por um bilhete com seis jogos, "está acumulada em R$ 45 milhões", e sorria. Os meninos estavam totalmente desinteressados. A moça insistiu e um deles resolveu explicar as suas razões, apontando um dos colegas: "É que ele já tem tanto dinheiro, mas tanto..."

Diante de um argumento desses, a moça apelou a um jargão mais adequado: "Comprem, vai, pra me ajudar". Sem dúvida, manter a escova progressiva e as luzes no cabelo não deve ser fácil, era justa a esmola. Mas antes que seus amigos se abalassem, o garoto finalizou com toda classe, sem chance de réplica: "Mas é só R$ 45 milhões... Meu pai é acusado de ter desviado mais que isso". Gente fina é outra coisa.

Adeus ao Brasileirão 2009, pelo menos

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Parece mesmo que o Corinthians vai passar por um desmanche completo. Que o clube precise abrir mão de um ou dois de seus destaques, tudo bem, ainda mais considerando que o histórico do Corinthians é de má administração, o que significa que sobram dívidas eternas pra pagar. (Não quero dizer com isso que as contas agoras estejam em boas mãos, não sei nada sobre as atuais finanças.) Mas vender três ou quatro jogadores do "núcleo duro" do time já é demais. Em particular, lamento muito a saída de Cristian. E se negociarem Felipe, como o Andrés Sanches vem anunciando, será também uma perda irreparável em curto prazo.

Não vejo mais chances para este ano, frustrando todas as esperanças que eu começava a alimentar. E, apesar dos bons resultados até aqui, minha confiança nesta administração é bem frágil. Espero que haja um bom plano de reposição, pois senão vai aumentar demais o roll dos que designo carinhosamente como "filhos da puta". Isso, claro, pensando no ano que vem. A menos que Mano Menezes surpreenda... mas acho bem difícil.

quarta-feira, julho 22, 2009

Aula prática de coronelismo

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Em um post a respeito da situação da governadora Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, o jornalista Leandro Fortes comparou as imagens da tucana chamando professores de "torturadores de crianças" com outra situação, vivida em 1986 pelo ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, o popular e falecido ACM.

Naquela eleição, o candidato do então Ministro das Comunicações do governo Sarney, Josaphat Marinho, viria a ser derrotado por Waldir Pires, do PMDB. A cena abaixo, que foi publicada por num comentário do leitor DKRC no post de Fortes, mostra o quanto a moral de ACM estava baixa naquele momento em seu estado/feudo.



Mas mais que isso, mostra a forma de um coronel lidar com críticas. O repórter em questão é Antonio Fraga, 19 anos, repórter-estagiário da TV Itapoan e colega de classe de Fortes no primeiro ano de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Na ocasião, como descreve Fortes, "com a audácia tão típica da juventude, ele furou o séquito de bajuladores carlistas e perguntou, à queima-roupa, na cara de ACM, o que ele achava de estar sendo vaiado. (...) Na aurora da redemocratização do Brasil, o garoto Fraga conseguiu mostrar para o país quem era, de fato, aquela triste e grotesca figura política que ainda iria reinar soberana nas colunas políticas da imprensa brasileira, por muitos anos, impune e cheia de prestígio."

Grandes tragédias e pequenas vitórias em um Brasil de absurdos cotidianos.

terça-feira, julho 21, 2009

Muricy Ramalho é o novo técnico do Palmeiras

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Confirmado: após ficar sem emprego por um mês (ou estaria de férias?), Muricy Ramalho será apresentado amanhã como novo treinador do Palmeiras. Desde já cravo o time alviverde como maior favorito ao título do Brasileirão de 2009. Será também uma oportunidade do ex-sãopaulino fazer um trabalho melhor que o antecessor, que quase conseguiu a façanha de deixar o forte time do Verdão fora da Libertadores na última rodada do Brasileiro de 2008.

A estreia deve ocorrer no domingo, contra o Corinthians. Parabéns ao Belluzzo, mas nada como concorrer em uma negociação com Marcelo Teixeira. Isso deve ter facilitado bastante a volta atrás de Muricy...

Serviço de inutilidade pública informa:

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Complementando o post anterior, o Real Madrid venceu o Shamrock Rovers por 1 a 0 ontem, com gol de Benzema aos 42 do segundo tempo. Cristiano Ronaldo (foto) não fez praticamente nada em sua primeira partida pelo clube espanhol. Ao chutar uma falta quase pra fora do acanhado campinho de Tallaght, a torcida irlandesa não perdoou e comecou a tripudiar: "Who are yah? - Who are yah?" ("Quem e voce? - Quem e voce?"). A derrota pelo placar mínimo soou como vitória para os 10 mil beberrões que viram o sonolento embate.

Uma cena, vários sentimentos...

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...no meu caso, nenhum deles é bom.

Clubes são barrigas de aluguel

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A venda de André Santos e Christian, pelo Corinthians, mostra mais uma vez a realidade em que os clubes tornaram-se verdadeiras barrigas de aluguel. Sem dinheiro, recorrem a "empresários" para contratarem os jogadores. Os que fazem sucesso são vendidos depois da "gestação" e o clube fica com uma pequena parte pela valorização que proporciona.


É fácil ver isso. Pelo que foi divulgado, os jogadores do Corinthians foram vendidos por cerca de 14 milhões de euros. Pela cotação atual, pouco menos de R$ 38 milhões. Foi divulgado que o clube receberá R$ 13 milhões, pouco mais de 35% do valor total. Para que a torcida não xingue, uma parte dos números vai em euro, outra em reais e ainda se dá a promessa de que o time ainda terá uma participação numa futura valorização.

Até hoje não vi ninguém ganhar com essas porcentagens para o futuro. Isso é escrito no contrato, mas quando o time estrangeiro vai vender dá um jeito de "trocar" um jogador por outro sem dinheiro envolvido, divulgar um valor menor ou simplesmente o atleta vai para lá e não tem sucesso.

Outra questão importante é que esse condomínio de "empresários" dividindo jogadores abre a possibilidade que entre os "investidores" esteja algum presidente, diretor ou mesmo técnico do clube. Como essas participações nunca são divulgadas, não é nada difícil que, na melhor das hipóteses, um desses entre com parte do dinheiro para trazer um jogador promissor e depois fique com parte da "valorização". Tendo mais interesse na venda do que em ver seu time campeão.

Mas o exemplo do Corinthians foi apenas um entre muitos. Até o final da janela de transferências, muitas equipes entrarão em negócios mil. Só depois disso é que se poderá ver quem realmente é candidato ao título do Brasileirão. O que se sabe até agora é que pelo menos o Corinthians estará menos forte sem dois titulares.

segunda-feira, julho 20, 2009

Em dia de Vitória, empate

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E o pior é que até foi bom resultado. No domingo o Atlético-MG fez uma de suas piores partidas neste ano ou, vendo pelo outro lado, o Vitória fez no Barradão um grande jogo.

No primeiro tempo os dois times tiveram chances, o Galo perdeu pelo menos duas na frente do goleiro e o Vitória deixou de marcar até em mais oportunidades. No segundo, foi verdadeiro massacre, com o time baiano perdendo gols incríveis. Num deles, o atacante Roger, sozinho, mandou na trave. Se Aranha não é o melhor goleiro do mundo, pelo menos tem sorte.

O que fica de bom é que num dia sem Tardelli e que se joga mal, mesmo assim consegue-se um empate e mantém-se a liderança, agora dividida com o Palmeiras. E que o Galo foi o primeiro time a tirar pontos do Vitória em casa nesta edição do Brasileirão. Enfrentando um gramado ruim e pesado e um time muito bem armado. Creio que tanto Atlético quanto o Vitória de Carpegiani ainda darão trabalho a muito time dito favorito.

Na quinta, contra o Fluminense, volta o Tardelli, que fez falta danada ontem. Em tese, um jogo mais fácil por ser em casa e contra um time na zona do rebaixamento, mas já perdemos pontos assim contra o Botafogo e é necessário deixar a barba de molho.

Agora, vi parte do jogo do Fluminense contra o Goiás no sábado. O time carioca até estava bem no primeiro tempo e saiu na frente. Quando tomou o empate, simplesmente deu um apagão geral. Antes de jogadores e técnico, está faltando confiança. Se continuar assim...

domingo, julho 19, 2009

A primeira fora de casa do Corinthians

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Um belo lançamento de Ronaldo e corte perfeito de Jorge Henrique, que deixou o goleiro pra trás e completou, deixaram o Corinthians na frente no Mineirão contra o Cruzeiro. Logo em seguida, em ataque rápido, Morais deixou Ronaldo na cara do gol, ele chutou e o Leonardo Silva deu uma de goleiro. Pênalti e expulsão. Ronaldo foi caminhando em passo de gordo, bem lentamente, e ainda quis dar paradinha – quer dizer, parar o devagar-quase-parando. Não deu certo, o goleiro Fábio esperou, e pegou bem fácil o chute fraquinho do Gordo. Depois disso, o Corinthians se segurou. Continuou atacando, chegando próximo, mas sem muito volume. O Cruzeiro com dez chegou muito mais, teve lances de perigo e, pela razão mesma de estar jogando em casa e atrás no placar, foi muito mais atrás do empate.

No contra-ataque, Ronaldo marcou, lá pelos 30 min do segundo tempo, aproveitando a assistência de Jucilei. No vídeo a seguir, o gol do Gordo:



Aos 38, Chicão fez pênalti em Kléber. Um pênalti bem tosquinho, por sinal. Ele foi no corpo, numa bola que bastaria se esforçar para fechar o caminho do gol. Nem pegou, mas o Kléber valorizou, com direito a pirueta, e a marcação foi, afinal, justa. O próprio Kléber completou. Para se redimir, aos 47 minutos, Chicão tirou uma bola na linha do gol, e depois Felipe prensou “no peito” com o Kléber, que já estava ali de novo pra completar. Resultado final é Cruzeiro 1 x Corinthians 2, na primeira vitória fora de casa do Timão no Brasileirão 2009, sobre o vice-campeão da Libertadores. Com a vitória do Barueri sobre o Náutico e os demais resultados, mantém-se na 6ª posição na tabela.

O Corinthians jogou com dois atacantes posicionados em linha, e em muitos momentos Morais fucionou como um terceiro atacante. Em três oportunidades, aliás, os três ficaram impedidos juntos, mostrando que estão unidos até nisso. Nesta partida, assim como na anterior, o setor que funcionou melhor é o meio-campo. Isso é importante, pois mostra que o time pode ser mais criativo que destrutivo, se quiser, sem o foco principal na defesa, como acontecia no início da temporada. Cristian e Elias são as duas principais figuras de articulação.

Os reservas que entraram também não fizeram feio não, o que é muito importante num campeonato de pontos corridos. Jucilei entrou muito bem, deu várias enfiadas de bola, tem qualidade este menino. Diogo pela lateral fez alguma coisa, embora ainda não substitua a garra e a “presença constante” de Alessandro, e Diego também não esteve mal no lugar do capitão William. Morais não parte tanto pra cima quanto Dentinho, mas deu alguns bons passes.

No estilo Mano Menezes, miudinho, o Timão está consolidando um bom elenco, inclusive com reservas. O time ainda precisa segurar o jogo mais na frente, por uma parte maior do tempo de jogo e tem condições de fazer isso. Quando faz isso, consegue chegar ao gol, não necessariamente no contra-ataque. Quer dizer, hoje o time tem condições de jogar pra frente, sobretudo porque o time inteiro (exceto o Gordo) marca também, então o apoio pode ser mais dinâmico. Com a bola no pé, é um time que cadencia o jogo e acerta mais do que erra os passes. Com a volta da zaga titular completa, Dentinho e Douglas, o time fica bala. Cabe à diretoria garantir a estabilidade do elenco e trazer alguns reforços para a próxima temporada, mas que não cheguem como “a salvação”, como costuma acontecer, mas sim peças para dar um talento extra a um esquema que está funcionando.