Destaques

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Nos primórdios do PT

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Com 30 anos recém-completos, o Partido dos Trabalhadores já acumula uma interminável lista de histórias folclóricas. Umas delas ouvi hoje: em uma cidade do Vale do Paraíba, o diretório local realizava sua primeira grande campanha de arrecadação de roupas, que seriam destinadas a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Foi então que um dos militantes do partido, ao chegar fora de hora em casa, foi expulso pela esposa, que jogou todas as suas coisas na rua. Sem ter para onde ir, juntou as trouxas e rumou para a casinha que servia como sede do PT.

No dia seguinte, acordou cedo e saiu procurando alguma pensão ou casa de amigo que o abrigasse uns dias. A secretária do partido apareceu logo depois, sem saber que o infeliz militante havia pernoitado ali. Nisso, uma kombi estacionou e o motorista perguntou onde estavam as roupas para o MST. A secretária apontou o único quarto da casa, onde o rapaz logo recolheu todas as roupas que encontrou. Depois de carregar a kombi, partiu para o acampamento, na outra ponta do estado, quase divisa com o Mato Grosso.

- Cadê as minhas roupas?, perguntou, ao voltar da rua, o pobre militante expulso de casa pela mulher.

- Suas roupas? O que tinha aí foi tudo para o MST, respondeu a secretária.

O resultado é que a segunda - e extraordinária - campanha de arrecadação do PT local foi de roupas para o tal militante...

Cara feia no quem é quem

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Por Moriti Neto

Se eu queria saber quem é quem no elenco do São Paulo antes dos jogos contra Palmeiras e Once Caldas, agora tenho as respostas. A partida desta quinta, pela Libertadores, foi óbvia para os tricolores (considerado o nível médio de atuação no ano). Ou seja, terminou com derrota e o time jogando mal.

Apesar de no início os colombianos não terem pressionado os brasileiros, o Tricolor não teve competência para resolver a contenda na primeira etapa. O São Paulo até tocava bem a bola e dominava o meio-campo, mas não traduzia a coisa em chances de gols. Então, num dos poucos lances ofensivos com objetividade, aos 33 minutos, o volante Jean fez jogada individual e sofreu falta. Rogério Ceni cobrou, a bola desviou na barreira, e inaugurou o placar na cidade de Manizales. O goleiro chegou a 11 gols pelo Time da Fé no torneio continental e se tornou o maior artilheiro do clube na competição.

Logo depois do tento de abertura, Marcelinho Paraíba teve chance pela esquerda, batendo forte, próximo da trave direita do goleiro Martinez. Aí, o Once Caldas resolveu dar as caras. Nos minutos finais, Núñez chutou uma falta para boa defesa de Ceni, e o atacante Dayro Moreno concluiu com violência, em jogada pela direita, exigindo outra intervenção do Capitão. Era o prenúncio do que ocorreria no segundo tempo.



Intervalo passado, e o Once Caldas, aos 4 minutos, aproveitou um vacilo de Jorge Wagner em cobrança de lateral e um presentão de Marcelinho Paraíba, que deixou a bola para Vélez. Uribe cabeceou e estufou as redes. Era o empate.

Com o gol, os colombianos foram para cima e Cárdenas mandou uma bomba no travessão são-paulino. E, aos 26 minutos, Moreno passou por Jean, tocou a bola entre as pernas de Miranda, e bateu no canto: golaço e merecida virada colombiana.

É certo que o técnico interino Milton Cruz demorou para alterar a equipe, mas Jorge Wagner, Marcelinho Paraíba e Cicinho estiveram péssimos na partida. Xandão, que eu começava a ver com bons olhos, disse até que estava queimando minha língua, já que critiquei sua contratação, e Miranda foram horríveis nos 45 finais, mostrando que a fase da defesa – esteio do time nos últimos anos – é de doer. Fora Rogério, Cléber Santana foi o único que se salvou. Rodrigo Souto, que estreou, jogou pouco para ser avaliado. Ao fim das contas, no quem é quem, o Tricolor dá mostras de que não tem cara ou de que as de que dispõe são um tanto feias.                

Robert faz mais dois, e Palmeiras goleia Flamengo-PI

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Até que enfim um jogo fácil. Na partida de volta da primeira fase da Copa do Brasil, o Palmeiras aplicou um 4 a 0 sobre o Flamengo-PI. Diferentemente da partida de ida, quando uma magérrima vitória simples não impediu o jogo de volta, na quinta-feira, 25, o time logo abriu o placar. No primeiro tempo, já estava 3 a 0.

Considerando-se que foi há oito dias que o Palmeiras tomou quatro gols do São Caetano, o saldo moral que fica é simples: não passou a ressaca. Tanto assim que o público no estádio não chegou a 7 mil pagantes. Claro que o frio contribuiu, mas todo torcedor preferia que o jogo tivesse sido evitado com uma vitória mais volumosa na primeira partida.



Sem sentir a falta de Cleiton Xavier, aos 2 minutos, Robert abriu o placar, em cobrança de pênalti sofrido por Deyvid Sacconi. Depois, em escanteio, Leo aproveitou a lambança do goleiro e a sobra de Danilo. É bem verdade que o autor do gol cabeceou bola e o adversário, deixando os dois sangrando. O terceiro saiu fácil em troca de passes de Diego Souza e Deyvid, que encontrou Robert para marcar seu segundo.

O quarto gol foi o mais bonito. Mas não é só pela plástica que é o mais difícil de se repetir. O técnico Antônio Carlos tirou Diego e colocou Ivo, meia trazido do Juventude (RS). Ele fez uma boa jogada pela esquerda e cruzou (chutou, porque foi forte) para o volante Edinho acertar um voleio. Como foi aos 29, foi só esperar acabar.

O time teve outras chances de gol, mas não fez falta.

Do lado do Flamengo-PI, o destaque Jardel, de três a sete quilos mais magro, a depender da fonte, nem chegou a participar. Nem por isso dispensou a ação do departamento médico em pleno banco de reservas. Deve ter sido a mistura de amendoim com cerveja sem álcool vendidos no estádio.

A vitória era esperada. A goleada, obrigatória. Agora é o Paysandu, com infinitamente mais tradição do que o time de Teresina-PI. Enfrentar o Papão em Belém exige mais cuidado e futebol.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

De virada é mais gostoso e dá caráter

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Falta perto do meio campo, bola jogada para a área. Roberto Carlos e William não cortam de cabeça. Chicão vacila e deixa Cauteruccio receber livre para finalizar quase na pequena área. Gol do Racing do Uruguai, no segundo de número 56 da participação corintiana na Libertadores da América de 2010, em pleno Pacaembu.

Nem o mais amargo secador palmeirense imaginaria começo pior para a jornada alvinegra no torneio que é o principal objetivo do ano de seu centenário. “Ih, agora o time se desespera, a torcida começa a xingar antes do fim do primeiro tempo, e já era esse jogo”, pensou o periquito de mau agouro, não sem o apoio de fatos passados.

Mas não foi assim. O Coringão se manteve firme e tranquilo, tocando a bola e esperando os espaços. E a Fiel fez jus ao nome, apoiando com paciência.

Com isso, Elias, melhor homem em campo, empatou e desempatou a partida, com um gol em cada tempo. O primeiro teve um lindo passe de letra de Tcheco, que também foi muito bem e parece ter mais recursos do que eu imaginava. O outro veio dos pés de Souza, que entrou bem na segunda etapa para brigar no meio dos zagueiros e deixar Ronaldo mais livre para atrair a marcação.



A virada aconteceu, mas o jogo foi bem mais difícil do que inicialmente se imaginava. O gol no início permitiu ao Racing se dedicar com mais afinco à retranca, que o Timão teve dificuldade de furar. Parte do problema vem da falta de jogadas pelos lados, com pouca participação de Roberto Carlos e Alessandro (substituído por Jucilei, que foi bem, como quase sempre). Outro ponto foi a atuação apagada de Jorge Henrique, talvez pouco afeito à posição de meia que lhe foi reservada por Mano Menezes.

Pelo que entendi, a intenção de Mano é jogar num 4-4-2, com Tcheco na meia direita e Danilo na esquerda, com mais liberdade. JH desempenhou o segundo papel, mas não conseguiu sair da forte marcação uruguaia. Outra característica do esquema parece ser dar mais liberdade para Elias aparecer como elemento surpresa para infiltração, contando com a proteção de Tcheco, jogada que gerou os dois gols em boas tabelas pelo meio. Mas tudo isso ainda precisa de muito entrosamento, especialmente entre meias e laterais.

E Ronaldo? Teve atuação discreta e reclamou da falta de ritmo. Mas mesmo assim, participou das duas jogadas de gol, meteu rolinhos em seqüência em dois jogadores do Racing (em jogada pouco útil) e fez um lance muito legal quase no final: parou na entrada da área, deu uma pedalada, e passou no meio de dois zagueiros, quase marcando um golaço. Ainda não entendi como aquele cara daquele tamanho passou naquele espacinho.

No geral, gostei principalmente da calma e paciência do time para se recuperar, características marcantes da personalidade de Mano Menezes. Se for pra ver ponto positivo em levar gol no comecinho, começar com uma vitória suada dessas no mínimo ajuda a baixar a bola e aumentar a seriedade da galera – jogadores e torcida.

Primeira dama

Registro a presença de diversos torcedores ilustres no Pacaembu. Estiveram lá a melhor do mundo Marta, a rainha do basquete Hortência, a também monarca das embaixadinhas Milene, acompanhada do príncipe Ronald, filho do Gordo, and last, but not least, a primeira-dama brasileira Marisa Letícia. Como diria Ibrahim Suede, sorry periferia!

Renda e conforto

A diretoria do Corinthians botou os preços dos ingressos na lua, deixando descontente grande massa de torcedores. O mais baratinho, de R$ 50, foi todo vendido antecipadamente aos sócios-torcedores, restando ao pessoal das bilheterias ingressos de R$ 200 e R$ 300, além do setor VIP, de R$ 500. Mesmo assim, mais corintianos compareceram à estréia que flamenguistas ao Maracanã. A renda então, nem se fala, como mostra comparação feita pelo parceiro Marcelo, do Vertebrais:

Flamengo – 24.301 pagantes e R$ 728.323,00 de renda
Corinthians - 31.035 pagantes e R$ 2.181.742,00 de renda

O Santos, que está cobrando R$ 80 no ingresso mais barato para o clássico, parece que gostou da idéia. No mínimo curioso ter tanta gente disposta a pagar valores europeus para entrar num estádio desorganizado e com tão pouco conforto.

Lugano sãopaulino, palmeirense e corintiano

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Ao chegar no caixa da padaria para pagar o pastel de vento, eis que vejo umas embalagens de chocolate com distintivos de futebol. Daí, a surpresa: o fabricante se chama Chocolate Lugano Ltda, de Gramado, Rio Grande do Sul. Como o estado faz fronteira com o Uruguai, não é descabido supor que a família que batiza o negócio possa ter ligação com a de Diego Lugano, ex-zagueiro do São Paulo. Lugano nasceu em Canelones, no país vizinho, e joga atualmente no Fenerbahçe, da Turquia. Confiram aí a descoberta (não sei se existe chocolate com o símbolo do Santos ou se estava em falta na padoca):

Pelada

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Felipe; Maranhão, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley e Paulo Henrique Ganso; Robinho, André e Neymar. Esse foi o time do que o técnico Dorival Júnior mandou a campo ontem, para o duelo entre Santos e Naviraiense-MS pela Copa do Brasil.


Quando, durante a semana, se confirmou a escalação, elogios pipocaram entre todos os santistas, inclusive este que vos escreve. Afinal, parecia que esse era o onze ideal do Santos, o melhor que se poderia fazer com o (bom) grupo à disposição do técnico. Enfim, um time de respeito, para consolidar o bom futebol que o Santos vinha mostrando neste curto 2010.

Mas quando a bola rolou... meu Deus do céu, o que foi isso. O jogo de ontem foi a pior partida do Santos nesse ano. Pior, inclusive, que a derrota para o Mogi Mirim (a única do ano até agora), e que o enjoativo empate em casa com a Ponte Preta.

Gramado ruim, retranca excessiva? Esses dois fatores existiram, mas não dá pra atribuir o mau desempenho a eles. Sou mais culpar quem é de direito, os próprios jogadores do Santos. Neymar fez ontem seu pior jogo com a camisa peixeira, sem sombra de dúvidas. Paulo Henrique também esteve apagado. Maranhão, que precisa se garantir como titular, foi tímido. E o goleiro Felipe estava louquinho pra entregar a fatura.

Apesar de tudo, não cabem análises apocalípticas. Reitero o que disse no início do texto: o time de ontem é ótimo e tem tudo pra ganhar todos os títulos que disputar. Só, como torcedor, espero que a cota de más atuações tenha sido esgotada ontem...



No fim das contas, o aspecto mais pitoresco do duelo de ontem foi a reação dos jogadores do Naviraiense quando do término da partida. O 1x0 a favor do Santos não eliminou precocemente os sul-matogrossenses, e eles virão a Santos tentar passar de fase. O que foi comemorado como um título entre os jogadores. Alguém que ligasse a TV e não soubesse do contexto da partida jamais entenderia o que estaria acontecendo.

Revolta no busão

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Agora há pouco, vindo de ônibus (Terminal Pirituba) da rua Teodoro Sampaio em direção à avenida Heitor Penteado, bairro Pinheiros, presenciei uma situação que nunca imaginei passar em todos os seis anos que já pago meus pecados nessa paulicéia alagada. Logo que subi no busão, abarrotado com umas 50 ou 60 pessoas, percebi um clima tenso de revolta. Todas as pessoas nervosas, resmungando, xingando. De orelhada, fui me informando de que, pelo que parece, diminuíram o número de veículos por linha.

- Agora tem cota de 21 ônibus por linha, não pode ter mais. E cortaram várias linhas diretas, tem que fazer baldeação nos terminais - comentava um rapaz que, pelo uniforme, parecia funcionário de alguma empresa de transporte.

- Onde já se viu? Esse homem é bizarro! E pensar que eu votei nele! Tive que acordar às 5 da manhã e ainda não cheguei. Não tem mais ônibus direto. Maldito Kassab! - reclamava uma senhora, muito transtornada.

- Mas ele vai pagar! - dizia outra. Meu dedinho tá coçando pra castigar ele na urna! Ele vai ver só!

- É vagabundo! Olha aí, tá tudo alagado, tudo sujo. Ele aumentou o IPTU, por que não limpa a rua? É vagabundo! Cachorro! Merece uma bela duma peia! - rosnava um homem de boné, os olhos saltados.

Nisso, a cobradora, que tentava dormir, despertou com o alarido das reclamações e não deixou barato, descascou um belo de um sermão:

- Vocês votaram tudo no Kassab, que eu sei! Vocês tem que se ferrar! A Marta fez corredor de ônibus, criou o bilhete único, trocou os ônibus velhos por novos, acabou com perueiro clandestino. E quando precisou de vocês, não teve nada! Vocês votaram no Kassab, tem mais é que se ferrar, mesmo!

Atônito, perplexo e sem palavras, eu ainda consegui ouvir duas coisas antes de me esgueirar para descer no ponto certo:

- Eu voto no PT. Eu sempre votei no PT, não votei no Kassab, não! - defendia-se um homem bem humilde, com o filho (ou neto) que levava para a escola.

- Mar-ta! Mar-ta! Mar-ta! - gritavam algumas meninas no fundo do busão.

Juro, isso aconteceu. Se o Kassab sair na rua hoje, apanha. Ou morre.

E se a Marta quiser fazer campanha para qualquer coisa, na rua, esse é o dia.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Questão de interpretação

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Depois da reunião entre Ciro Gomes e Lula, a mídia ainda parece confusa sobre a possibilidade de uma dobradinha entre PSB e PT na disputa do governo de São Paulo. Vejam dois exemplos:

Ciro admite desafio de disputar governo de SP (Site IG)

Ciro diz que possibilidade de disputar governo de SP é remota e improvável (Site G1)

E aí? Ciro vem ou não vem enfrentar os tucanos em seu ninho?

Crise em Brasília atrapalha até Copa do Mundo de 2014

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Em meio as fortes emoções na política brasiliense a lama esbarrou de vez na Copa de 2014.

Pelé veio a Brasília
em outubro de 2009.
Na ocasião, fez

dobradinha com o
ainda governador –
e sem sinais de que

seria encarcerado,
José Roberto
Arruda (ex-DEM
e
sem partido).


Em nota do Correio Braziliense de hoje, consta a informação de que a reforma do Mané Garrincha foi suspensa. Ou melhor, o Tribunal de Contas do DF aprovou a suspensão da licitação. O projeto tem o custo estimado de R$ 600 milhões e previa a demolição da estrutura atual, com capacidade para 41 mil lugares, para colocoar de pé o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. A capacidade seria de 70 mil pessoas, o que o tornaria o segundo maior templo do futebol brasileiro, atrás apenas do Maracanã.

Reconstrução do estádio que receberá os jogos da
Copa do Mundo de 2014 suspenso... E agora,
Josés? (foto: Mauro Sampaio/Acessepiaui)

A dúvida que paira é que a abertura dos envelopes da licitação, caso ocorressem nesta quinta-feira, 25, estaria apenas a quatro dias do limite oficial para o começo das obras das arenas esportivas das 12 cidades-sede do Mundial. Será que Brasília ainda será uma das cidades-sede do Mundial?

Afinal o projeto de construções e reformas estão planando sob grandes dúvidas. Um delas é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que irá fazer a ligação entre o Aeroporto de Brasília, o centro da Panetolândia e para os jogos no Mané Garrincha. O valor total da obra é orçado para R$ 1,5 bilhão e já teve suas obras interditadas, assim como os financiamentos, duas vezes.

Sem falar ainda no Estádio Bezerrão, empregado como centro de treinamentos das seleções. O espaço teve sua reforma iniciada em 2006 e só foi inaugurado no dia 19 de novembro de 2008, em partida amistosa em que o Brasil venceu Portugal.

A construção, no valor de R$ 51 milhões, está na mira do Ministério Público do DF. Em agosto de 2009, o órgão entrou com ação de improbidade administrativa contra o governador – que ainda não estava preso na superintendência da Polícia Federal, acusado de suborno a um jornalista – e o secretário de Esportes Agnaldo de Jesus. O motivo é o pagamento de R$ 9 milhões para uma empresa com ligações ao Daniel Dantas.

Enquanto isso, a Fifa está de olho, e já demonstrou preocupações com ritmo dos preparativos para Copa 2014. Seria ainda mais triste se os panetones do ano em que a Capital Federal completa cinco décadas interferissem também nos rumos do mundial de futebol no Brasil.

A propósito, não tem propósito

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Traçando um bife à cavalo com batata frita num sujão da vida (sujinho é buteco fresco), o nome do prato me lembrou "O rancho da goiabada", composição de Aldir Blanc e João Bosco imortalizada por Elis Regina. Vai daí, uma memória puxa outra e me veio à mente uma paródia que fiz dessa música, em 2005, quando conheci quase todos os manguaças e colaboradores que fazem esse blogue. Tem piadas internas, nomes próprios e de bares, situações e bizarrices que só a coletividade poderá identificar, mas serve como registro de uma fase pré-Futepoca - que surgiu, também, como extensão das noitadas de bar e dos "debates" que elas provocavam entre os membros desse grupo e outros frequentadores do Bar do Vavá (foto), Moskão, Minhoca, Primus, 666, Padrogas, Sinuca, Seu Nenê e outros fóruns não menos adequados. Quando, muitas vezes em uníssono, entoamos essa "canção". Peço perdão pelos palavrões, mas quis manter o "espírito" original (sem confundir com a cerveja). Vamos a ela:

O RANCHO DA MANGUAÇADA

Os jornalistas, quando tomam
Umas birita, espantando a moleza
Sonham com o Bar do Vavá, o Minhoca e a Sinuca
Mas tem certeza
Que é só ligar pro Moskão
Que vem cerveja
Depois costela, salsicha e o cigarro da estagiária
Chamada Leonor
Ou Bruna Rosa...

Pensar
Na porra do texto que o cliente quer
E que só nos adia o bar
Onde os açougueiros se encontram
Cantando a Moscuda pra poder suportar, ai

Mas os clientes, persistentes, são carniça
São uns veados, são dementes, vigaristas
Cabaços, muquiranas, animais, todos pirados
Pedindo e cobrando a pica do texto
E só aumentando a azia
Dos jornalista embriagado

Improvável. Mas perturbador

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Eu sei, é balão de ensaio. Mas bota uma pulga bem gorda atrás de nossas orelhas esquerdas (ou esquerdistas). A materinha que o IG soltou ontem à noite, sobre Ciro Gomes (foto à direita) bater o pé para manter a candidatura à presidência da República, contrariando o desejo do PT de trazê-lo para a disputa ao governo de São Paulo, deixou no ar uma perturbadora possibilidade: uma aliança entre PSB e PSDB na chapa majoritária para o Palácio do Planalto. Maluquice? É o que parece. Mas tem suas sutilezas.

Diz o texto que, ontem, Ciro parou no plenário da Câmara para cumprimentar o deputado Humberto Souto, do PPS mineiro. "Aposto com você que o (José) Serra vai desistir de ser o candidato do PSDB a presidente. Ele está caindo nas pesquisas. Não aguenta. Vai desistir, sim. E o seu governador (Aécio Neves) voltará a ser candidato", teria dito Ciro. No que Souto alfinetou: "Você sabe que o Aécio só será candidato a presidente se você aceitar ser o vice da chapa. Você aceita, Ciro?". Segundo a reportagem do IG, Ciro "parou por alguns segundos, sorriu e saiu rapidamente do plenário".

A improbabilidade dessa dupla acontecer é óbvia, pois a desistência de José Serra seria uma covardia muito perigosa para seu futuro político. Mas dá o que pensar. O deputado federal Márcio França (foto à esquerda), presidente do PSB em São Paulo, é um tucano indisfarçável. Políticos do PSB ocupam cargos de terceiro escalão no governo Serra e seus deputados o apoiam na Assembléia Legislativa. Segundo o IG, Ciro Gomes "se diz muito amigo de Aécio".

No exercício hipotético, é incômodo imaginar Serra disputando em São Paulo, para vencer com sobras, e Aécio enfrentando Dilma Rousseff com Ciro de metralhadora giratória a tiracolo. Isso também mexeria muito com as disputas estaduais. Hoje é o "Dia C" (de Ciro), quando o presidente Lula terá a conversa definitiva com o deputado do PSB para tentar convencê-lo a disputar o governo do estado paulista, com um vice do PT.

Mas tá difícil. Mesmo sabendo de suas parcas chances de ser presidente, Ciro parece intransigente. "Agradecerei a todos e direi claramente que não quero disputar o governo de São Paulo. Sou candidato a presidente da República e teria muito prazer em montar uma chapa com todos esses partidos para a eleição presidencial", garantiu ontem, segundo a matéria do IG.

Participam do encontro de hoje em Brasília representantes do PSB, PT, PDT, PCdoB, PTC, PRB, PSC e PTN. O PPL (Partido Pátria Livre), surgido do MR8 e ainda sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PHS e o PR também negociam a adesão ao grupo, que poderia chegar a 11 partidos.

Façam suas apostas. E suas preces!

Luxemburgo não vence um clássico há mais de um ano

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Como o Cruzeiro não perde para o Atlético-MG desde 2007 em estaduais, a imprensa, depois do triunfo azul sobre o Galo só falou do tabu entre os dois times. Mas se esqueceu de um que diz respeito ao técnico atleticano: a derrota de domingo foi a quarta seguida em clássicos e já são nove sem vencer por três times diferentes.

Era um 8 de fevereiro de 2009 quando Vanderlei Luxemburgo, então comandante do Palmeiras, tinha sua última vitória em um clássico regional. Foi um rotundo 4 a 1 no fraco Santos de Márcio Fernandes (no futuro, perguntarão "quem é esse?"). Depois disso, o Alviverde empatou em 1 a 1 com o Corinthians, com direito ao primeiro gol de Ronaldo, o Gordo, pelo Timão e, ainda na primeira fase do Paulista, perdeu para o São Paulo por 1 a 0. Nas semifinais, duas derrotas para o Santos que tinha Neymar (ou "filé de borboleta" para Luxemburgo): 2 a 1 na primeira partida e um novo 2 a 1 na segunda. Nesta, o "gênio" reclamou que a arbitragem protegia Neymar. Teve ainda um empate sem gols com o Tricolor paulista no Brasileirão.

Dispensado do Verdão, Luxa foi treinar o então time de Marcelo (quase) Eterno Teixeira e disputou três clássicos no segundo turno do Brasileirão. Perdeu todos com uma marca incrível: as três derrotas foram de virada. Um 2 a 1 para o Corinthians, 4 a 3 para o São Paulo e 3 a 1 para o Palmeiras. Foi embora no fim do ano, sem deixar saudades na Vila (com algumas cada vez mais raras exceções) e assinou com o Galo mineiro.

Agora, a sequência é coroada com a derrota do Atlético-MG para o Cruzeiro por 3 a 1 no domingo. Nove partidas, dois empates e sete derrotas. Mas não tem problema, desabafa-se com banana para a torcida rival (embora Luxa negue o gesto, dizendo ter feito algo semelhante ao "aqui é trabalho, meu filho", como pode se ver na imagem ao lado).

E, claro que em mais um arroubo delirante de imodéstia, o douto treinador não deixou de alfinetar o atual rival esbravejando: "E a verdade também é que eu saí do clube [Cruzeiro], e não ganharam mais nada lá. Para a torcida do Cruzeiro me gozar, tem de ganhar alguma coisa de mim". Ou seja, não só o treinador esquece que o time chegou a uma final de Libertadores em 2009 (algo inédito na carreira de Luxa) como também ignora os títulos mineiros que a Raposa conquistou, desrespeitando seus colegas de trabalho. O torcedor atleticano já sabe: se Luxemburgo for campeão estadual, não comemorem. Afinal, segundo ele mesmo, o título "não vale nada".

Campanha francesa vincula fumo a sexo oral forçado

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A ONG francesa Direito dos Não-Fumantes (DNF, Droits des Non-Fumeurs) lançou uma campanha que associa o cigarro à prática de sexo oral forçado. A saga antitabagismo, ou quase antitabagista, traz fotografias de adolescentes com cigarro nos lábios diante de um homem de terno, cuja mão está sobre a cabeça dos jovens fumantes. O site da organização passou o dia fora do ar.

 
"Fumar é ser escravo do tabaco", diz o slogan da campanha


A entidade garante que quis dizer que "o tabaco é uma "submissão". Vincular ao sexo oral foi uma forma de chamar a atenção de jovens e de chocar. Tudo porque o cigarro não desperta mais medo na molecada, segundo a organização.

O jornal Le Parisien ouviu organizações feministas e o Escritório francês de Prevenção do Tabagismo, e a ideia não agradou a ninguém. Antoinette Fouque, do Movimento de Libertação da Mulher, lembra que "felação não provoca câncer". Para ela, "a imagem de um homem velho com a mão sobre a cabeça de adolescentes é insuportável". Bertrand Dautzenberg, titular do órgão público de combate ao fumo, opina que o material só vai chamar a atenção de adultos.

A ONG La Moute considerou a ideia "abominável retorno de tudo o que se fez nos últimos 40 anos". A entidade considera que a publicidade banalisa a violência sexual. "O tabaco é uma droga, a violência sexual, um crime, agravado se a vítima do adulto é um jovem", prossegue.

A secretaria do Estado e da Família promete pedir a retirada da peça de circulação.

Desde dezembro de 2009, a França adotou a inclusão de imagens chocantes no verso do maço de cigarros. Até então, apenas alertas do tipo "Ministério da Saúde adverte" povoavam as embalagens. Como a medida acontece no país que tentou proibir o happy hour, é bom ficar atento.

A campanha também é composta de um vídeo que relaciona o fumo à ingestão de substâncias tóxicas. Mas ninguém nem presta atenção na peça (no Brasil fica mais difícil, porque não tem legenda).

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Torcida única e inteligência rara

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O quebra-pau entre palmeirenses e são-paulinos em diferentes pontos do estado de São Paulo no domingo - que terminou em morte - levantou, mais uma vez, o debate sobre a violência no futebol, as torcidas organizadas, aquela coisa toda.

O "desânimo" dessa minha primeira frase é motivado pela gigantesca modorra que cerca o assunto. É impressionante ver como não avançam as tentativas para coibir a violência entre torcedores no futebol brasileiro. Há 15 anos, desde 1995, iniciaram-se guerras jurídico-policiais contra as torcidas organizadas, houve modificação em um ou outro ponto (bandeiras seguem proibidas em São Paulo) e a situação segue incontrolável.

A bola da vez agora é a torcida única. Projeto de lei do deputado Ratinho Júnior (PSC-PR) - sim, ele é filho de quem vocês estão pensando - tenta tornar obrigatória a presença de uma só torcida nos estádios, e não só do futebol. A justificativa é a óbvia tentativa de reduzir a violência e ao benchmarking do parlamentar paranaense é a Argentina, onde a medida vigora para os jogos de divisões inferiores.

Não sei se Ratinho Junior frequenta estádios. Eu frequento, como tenho dito de maneira, confesso, até arrogante aqui no Futepoca.

E o que minha "sabedoria de estádio" diz é que o lugar mais seguro para evitar brigas com o torcedor rival é... dentro do próprio estádio. Sim, lá mesmo. Ainda que seja um chiqueirinho, um lugar pouco confortável, com péssima visão, é ali que está a segurança.

Lembro de quando fui, com amigos, assistir a Palmeiras x Santos no Parque Antarctica, pelo Brasileirão de 2008. Estava no papel do torcedor visitante. Passei relativos apuros até chegar no cantinho reservado aos santistas - incluindo ver uma moto na qual estavam duas pessoas usando roupas da Torcida Jovem ser derrubada e, seus integrantes, ligeiramente esmurrados.

Mas quando estava lá no estádio, pude cantar a plenos pulmões, xingar os palmeirenses, e tudo o quanto um torcedor tem direito.

Mais do que a minha experiência, as ocorrências desse fim de semana mostram que a coisa não se restringe às cercanias do estádio. Palmeirenses e são-paulinos se esmurraram em Jundiaí, em Santo André, na Zona Leste de São Paulo. Rigorosamente nada a ver com o Parque Antarctica, onde foi realizado o jogo. Pergunto: a torcida única, nesses casos, mudaria muita coisa?


Ainda mais porque estamos nos tempos atuais, onde acontecem as famigeradas "brigas marcadas pela internet".

Excluir parte dos torcedores do campo não representará rigorosamente nada para a redução da violência. Ainda permitirá que os brigões realizem o que realmente querem nos pontos de sua maior conveniência - e distantes do policiamento que ronda os estádios.

E, ainda por cima, representará um atestado de incompetência das autoridades brasileiras.

Torcida por um salto de qualidade

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Por Moriti Neto


Nesta terça-feira pela manhã, estava no metrô quando soube que o São Paulo anunciou, na segunda à noite, no Morumbi, o 12˚ reforço para a temporada. Óbvio, logo imaginei que era para o time de futebol. Afinal, depois de não ter visto meu time jogar em 2010 – até assisti aos jogos, mas o Tricolor entrou em campo 11 vezes este ano e não jogou nada – a expectativa por reforços, e digo reforços de verdade, não contratações meia boca, é inevitável.

No entanto a contratação não era para compor o “onze” que atualmente se arrasta pelos campos do Paulistão e da Copa Libertadores. A aquisição é a campeã olímpica do salto triplo Maurren Maggi (foto), que defenderá as cores do São Paulo no atletismo.

Desde o primeiro post do ano, disse que tinha maus presságios e que os são-paulinos não deveriam ter grandes resultados na temporada. Mas, como torcedor é bipolar, oscila o tempo todo, contratações de qualidade podem melhorar as perspectivas, principalmente se vierem para a armação das jogadas e ataque. Nada contra Maurren, ao contrário, muito a favor. Excelente atleta, não à toa foi medalha de ouro em Pequim. Porém a paixão futebolística forte e a esperança quase nula no atual time, às vezes pedem que a mente visualize jogadores de alto nível com a camisa do clube de coração.

Contudo, já que não foi desta vez, mesmo com a derrota para o fraco time do Palmeiras, o que só mostra o quanto o São Paulo é ruim também, o jeito é aprender a vibrar pelo atletismo ou, com perdão do trocadilho, torcer para que, inspirado em Maurren, o elenco dê um salto (que precisa ser mesmo triplo!) de qualidade.                                     

Segundo expediente

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Zagueiros de origem, um foi parar no hospital (Ricardo) e o outro (Antonio Carlos) massageou o - combalido - ego da torcida alviverde...

Time do São Paulo dá mais do que dor de cabeça...

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Depois do susto, o inevitável: o técnico Ricardo Gomes, do São Paulo, que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) logo após a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, ficará pelo menos quatro semanas afastado do cargo. Ele continua internado na capital paulista e será substituído durante a licença pelo auxiliar técnico Milton Cruz (foto). Que já deve estar preparando uma tomografia computadorizada antes de pensar em alguma solução para a confusa e apática equipe sãopaulina que disputa a Libertadores e o Paulistão. Missão impossível?

Ps.: Como sempre há males que vem para bem, esse AVC pode poupar a demissão de Ricardo Gomes caso o São Paulo seja eliminado da competição continental em seu resguardo. No caso, esse "bem" seria só para o técnico...

Bundão ou fanático de torcida organizada?

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(Colaboração de Luciano Tasso)

Corinthians define lista para a Libertadores e titulares da estréia

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O Corinthians divulgou a lista dos 25 jogadores que serão inscritos na Libertadores deste ano. As surpresas apareceram nas laterais, onde o garoto Dodô ganhou a disputa com o argentino Escudero, que fez muito mais partidas pela esquerda, e o recém-chegado Moacir ficou com a reserva de Alessandro, deixando para trás o paraguaio Balbuena. Além disso, a recuperação de Morais deixou de fora o prata da casa Boquita.

Sobre os laterais, vi vantagem na esquerda. Dodô é jovem, mas é habilidoso e tem potencial. Escudero, bem, sabemos o que esperar dele. Na direita, não sei. Balbuena fez partidas decentes defensivamente, mas nada demais. Já Moacir,m só vi jogar uma partida, na qual foi até bem, apesar de errar pelo menos dois cruzamentos lamentáveis. Espero que Mano Menezes saiba o que está fazendo.

Quanto a Boquita, fico até meio chateado pelo rapaz, mas creio que Morais e Defederico sejam melhores opções por suas características. Com Tcheco e Danilo, o time precisa de jogadores mais móveis e dribladores como opção.

Segundo o G1, Mano Menezes escalou o time titular do Timão para o jogo desta quarta contra o Racing no programa "Bem, Amigos" desta segunda-feira, no SporTV. “Provavelmente a equipe que inicia o jogo será Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Tcheco e Jorge Henrique; Ronaldo e Iarley ou Matías Defederico”, disse o treinador.

É um bom time. Deixa de lado o 4-3-3 ou 4-2-3-1 do ano passado e bota um 4-4-2, com um meia mais de toque, outro mais de arranque. Quanto à dúvida do técnico, eu escolheria Defederico e deixaria JH no ataque, mas acho que ele vai de Iarley. O ex-atleta do Goiás ainda não fez uma grande partida pelo Timão, mas atuou como centroavante na maior parte das vezes, o que não é a sua. Eu gosto muito do futebol do habilidoso Matias e gostaria de vê-lo numa sequência de jogos como titular. Entrosado com JH e Ronaldo, acho que sairiam belas jogadas.

Veja a lista:


GOLEIROS

1 - Felipe

22 - Julio Cesar

12 - Rafael Santos


ZAGUEIROS

3 - Chicão

4 - William

13 - Paulo André

14 - Castan


LATERAIS

2 - Alessandro

6 - Roberto Carlos

24 - Moacir

16 - Dodô


MEIO-CAMPISTAS

15 - Marcelo Mattos

18 - Jucilei

5 - Ralf

7 - Elias

25 - Edu

10 - Danilo

21 - Morais

8 - Tcheco

20 - Defederico


ATACANTES

9 - Ronaldo

17 - Dentinho

23 - Jorge Henrique

11 - Iarley

19 - Souza

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Petkovic defende socialismo na Ana Maria Braga

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Em face destas declarações, fica o convite público ao Pet para um papo no fórum adequado sobre suas impressões a respeito do socialismo. A gente paga a primeira rodada.



Cheguei até o video pelo Conversa Afiada, mas me falaram que saiu primeiro no blog do Altamiro Borges, que relembra os tempos de Cansei da apresentadora global.

Agora o DEM acaba?

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Até 2008, o Democratas, ex-Partido da Frente Liberal (PFL), tinha os prefeitos de duas capitais e um governador de estado. Muito menos do que no período em que compunha, como parceiro prioritário, o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A mudança de nome, em 2006, foi parte de uma estratégia de redefinir funções e superar o ranço anacrônico e desgastado que povoava o imaginário do eleitor sobre a turma que já foi Arena e PDS.

As coisas estão confusas para o lado do DEM

César Maia teve seu mandato encerrado, passando a bola a Eduardo Paes no Rio de Janeiro. Ficaram Gilberto Kassab, reeleito em São Paulo, e José Roberto Arruda, no Distrito Federal.

Este último sequer reside nas fileiras do partido. Em meio à maior crise político do DF, Arruda está preso há 11 dias, desde quando também se licenciou do cargo. Antes, havia se desfiliado para evitar uma expulsão. Era cotado para ser vice do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por analistas – o que deu origem ao "vote em um careca e leve dois".

No sábado, Kassab foi cassado. A decisão será publicada apenas nesta terça-feira, 22, no Diário Oficial. Os advogados de defesa tiveram já dois dias para preparar os recursos e reverter, por liminar, a sentença do juiz Aloísio Sérgio Resende Silveira, da 1ª Zona Eleitoral. Situação semelhante passaram 13 vereadores da capital, todos da base de Kassab – outros três aguardam julgamento.

O problema são doações de R$ 9,6 milhões, um terço do total arrecadado pela campanha, de fontes consideradas irregulares pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. Mesmo antes do anúncio, Kassab manifestava a assessores a certeza de que seria, de fato, cassado, mas poderia reverter tudo na segunda instância.

É no Tribunal Regional Eleitoral que moram as esperanças do DEM.

Seus dois expoentes em cargos do Executivo estão na berlinda. Os dois tiveram vínculos com Serra, até por estarem nessa posição de destaque. A possibilidade de o DEM indicar o vice de uma chapa tucana pode ser atrapalhada. Aliás, o Kassab formou chapa com o tucano na disputa à prefeitura, além de ter conseguido seu apoio informal mesmo com uma candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao cargo.

Elos com Serra à parte, dos 14 senadores do DEM, oito têm seus mandatos em disputa neste ano. Para um partido que viu sua bancada cair de 84 de 2006 para os atuais 56 em exercício (foram 19 eleitos a menos e nove abandonaram o barco desde então). Naquela disputa, o agrupamento miguou de um partido grande para um médio.

Em meio a sua maior crise pelo menos desde que mudou de alcunha e com riscos de não ter um nome de peso para compor uma chapa com um José Serra – que já acumula desgastes demais para um ano eleitoral que nem passou do segundo mês –, será exagero se perguntar se agora o DEM acaba?

Em tempo, ninguém aqui falou em "se ver livre dessa raça" e muito menos que está "encantado" com a sequência.

Em tempo 2: Kassab conseguiu efeito suspensivo da decisão. Até que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se pronuncie, ele mantém-se no cargo.

Só não vê quem não quer

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Quando entrevistei Paul Singer (foto), secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, para o site da revista Fórum, ele encerrou assim: "está havendo, sim, uma grande transformação social no Brasil. É meio invisível, pois a maior parte das pessoas não sabe. Mas essa transformação está acontecendo e é muito encorajadora. Muitos dizem que ela só será percebida dentro de dez ou 15 anos. Eu acho que não vai demorar tanto assim".

Profético. Menos de um ano depois, leio, na edição de ontem de O Estado de S.Paulo, o seguinte: "Classe A ganha mais 303 mil famílias". Vamos a dois trechos interessantes da matéria, que não mereceu nem chamada de capa:

Dados compilados pela MB Associados, com base nas estatísticas do IBGE, a pedido do Estado, mostram que o rendimento médio da classe A é hoje 48% maior que em 2002.

O crescimento da renda não foi muito diferente entre as categorias: dobrou na classe A, cresceu 116% na classe B e 142% para a C.


Em terra de cego, quem tem (pelo menos) um olho votará em Dilma Rousseff.

Supresa pelos 2 a 0 de Robert sobre o São Paulo

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O Palmeiras venceu o São Paulo por 2 a 0 na estreia do tecnico Antonio Carlos. Com dois gols de Robert e um jogador do Tricolor expulso, a torcida terminou gritando "olé" na troca de passes ao final da partida.

Torcedor muda de estado de espírito com mais facilidade do que bêbado para entornar um copo. A minha proposta de me licenciar de torcer não funcionou na prática.




O técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, no mesmíssimo estilo consagrado por figuras como Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Émerson Leão, Mano Menezes e tantos outros, culpou a arbitragem. O avanço foi reconhecer que o time jogou mal.

O jogo não foi grandes coisas. O São Paulo não fez valer o favoritismo nem a crise no rival. Jogou mal pra burro. O Palmeiras tampouco foi bem, mas fez dois gols no segundo tempo. Ganhou.

Os tentos só saíram depois da justa expulsão de Xandão, aos 8 e aos 23 da etapa final. Cleiton Xavier cruzou para o primeiro e Marquinhos, o esquecido, bateu escanteio no segundo.

Antonio Carlos Zago entrou com Lenny no ataque, Diego Souza e Cleiton Xavier como meias. Eduardo como lateral-esquerdo foi outra novidade.

Parênteses quase irrelevante: o confronto tinha dois ex-zagueiros no comando das equipes. Ambas jogaram com dois defensores, na base do 4-4-2. É só curioso.

Metáfora
O que me deixou mais preocupado em relação ao técnico foi a metáfora adotada. Para tentar dizer que nãoestá garantida a boa fase para o ano ou que não tem mistério para fazer o time funcionar – confesso que não entendi com precisão – a opção foi distante da usada em profusão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nada de metáforas de futebol com futebol, nem de futebol com cachaça. Foi assim:

– Aqui ninguém descobriu a fórmula da Coca-Cola. O mais importante foi a conversa que tivemos. Temos um bom time. Apenas três jogadores do Brasileiro não estão aqui mais. Procurei passar tranquilidade, dar confiança aos jogadores, para que eles pudessem entrar em campo pensando só no futebol. Eles responderam muito bem.

Da respota dos jogadores, qualquer torcedor gostou. Da metáfora com refrigerante, não.

Em tempo
Como comentou o Nicolau há pouco, já vi técnico cair depois de clássico. Ir parar no hospital é novidade. A piada só cabe porque as notícias são graves, mas nem tanto.

Ricardo Gomes teve, na noite de domingo, 21, um acidente vascular cerebral (AVC). As primeiras informações indicam que não há sequelas e que o sangramento é do tamanho de um grão de arroz, mas nenhuma previsão de alta para o treinador de 45 anos.

domingo, fevereiro 21, 2010

Mirassol 1 X 2 Santos - o palco não ajudou o show

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Se a ausência de Neymar e Ganso, suspensos, já indicava que a possibilidade de show seria menor do que em outros jogos, o gramado encharcado do estádio do Mirassol só sacramentou essa impressão. Ainda sem George Lucas e Léo, novamente Dorival improvisou nas laterais, com Roberto Brum na direita e Pará na esquerda. No lugar dos infantes terríveis da frente, entraram Marquinhos e Madson.

Na primeira etapa, domínio santista. Jogando do lado do campo menos danificado, a equipe conseguiu tabelar e tocar rapidamente a bola e coube ao mais que útil Wesley marcar o gol aos 26, graças à movimentação de Madson, que abriu espaço para a finalização do meia. Tento merecido pelo maior volume de jogo da equipe alvinegra, apesar de um número bem menor de jogadas plásticas que nas pelejas anteriores. Mas o destino quis que em uma jogada de fliperama, uma falta cobrada pelo Mirassol que bateu em dois atletas peixeiros, o empate viesse ao 34.



Já no segundo tempo, Madson conseguiu fazer aos 12, por meio de uma bela cobrança de falta. E depois, jogando no lado do campo onde era impossível trocar passes rápidos, o time não conseguiu mais pressionar. O Mirassol se animou e, com sucessivas ligações diretas (vulgo chutões) passou a levar perigo. A substituição de Marquinhos para a estreia do lateral-direito Maranhão, claramente sem ritmo de jogo, fez com que o time santista perdesse o meio e também passasse a apelar para os lançamentos compridos. Ainda assim, a equipe do interior não teve força ofensiva (leia-se técnica) para empatar e o Peixe saiu vitorioso.

Esta foi a sétima vitória seguida e o Peixe consolidou a liderança quatro pontos à frente do vice-líder e a oito do primeiro colocado fora da zona de classificação. Não dá pra reclamar.

*****

De positivo, a reestreia de Maikon Leite, esse sim um verdadeiro guerreiro, que retorna após outra gravíssima contusão. E, no primeiro lance, não teve medo e partiu para a dividida, mesmo em um campo pesado e encharcado. Em poucos lances, mostrou que pode ser útil a Dorival Junior, que hoje tem uma gama de opções ofensivas de dar inveja aos rivais, considerando-se ainda Zé Eduardo, Giovanni e o garoto Breitner. O problema é do meio pra trás, onde os alas titulares estão contundidos e as improvisações fragilizam a defesa alvinegra.