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Não imaginava de nenhuma maneira que este ano meu Galo estivesse disputando uma das gloriosas vagas do rebaixamento.
Não imaginava de nenhuma maneira que este ano meu Galo estivesse disputando uma das gloriosas vagas do rebaixamento.
É verdade que não assisti ao jogo entre Palmeiras e Vasco no domingo. Terminou 0 a 0, a exemplo do que ocorreu no primeiro turno. Quem assistiu, não gostou.
Não teve muito futebol. Luiz Felipe Scolari continua falando em pensar em 2011. Apesar de haver mais atacantes em campo, não houve meio de campo para levar a bola. No chutão, na trombada, nada aconteceu. A marcação vascaína resolveu. Incômoda 13ª posição.
É o pior desempenho desde 2002, o ano do trágico rebaixamento. Melhor mudar de assunto.
Durante encontro da cúpula executiva da ONU em um resort austríaco, o manguaça chinês Sha Zukang (foto), subsecretário-geral para Assuntos Econômicos e Sociais da instituição, pegou o microfone lavou a alma contra seu chefe (ah, os chefes!), o coreano Ban Ki Moon, e os estadunidenses (ah, os EUA!):
- O vinho me afetou um pouco, mas eu quero dizer algumas coisas que estão na minha cabeça. Eu sei que você nunca gostou de mim, sr. secretário-geral... Bom, eu também nunca gostei de você. Eu não queria vir para Nova York. Era a última coisa que eu queria fazer. Mas eu comecei a amar a ONU e estou começando a admirar algumas coisas sobre você. Você tem tentado se livrar de mim. Você pode me mandar embora a qualquer hora, pode me demitir hoje.
Não satisfeito, resolveu falar de outro alto diplomata da ONU, o estadunidense Bob Orr. "Eu realmente não gosto dele: ele é americano e eu realmente não gosto de americanos."
Pronto, virou meu herói!
Santos, Botafogo, Pacaembu. A junção das três palavras traz, há 15 anos, más lembranças ao torcedor peixeiro, e ontem não foi diferente. Num jogo em que as duas equipes erraram muito, o Botafogo acabou sendo mais eficiente e fez com Loco Abreu o 1x0, que levou a equipe do Rio ao terceiro lugar do Brasileirão. Já o Santos interrompeu uma sequência de seis jogos sem derrota e ficou distante dos líderes do torneio.
Seria possível dizer que o jogo de ontem seguiu o preceito do "quem não faz, toma" - principalmente se levarmos em conta que o Botafogo marcou seu gol aos 45 do segundo tempo. Mas, apesar de adequada, tal determinação seria injusta. O Santos até criou mais do que o adversário, mas não atuou de maneira encantadora o suficiente para dizermos que o resultado de ontem foi injusto.
O time foi a campo no 4-4-2. Arouca e Danilo como volantes, Marquinhos e Zezinho na armação e Neymar e Keirrison na frente. Não foi uma boa opção, principalmente por causa dos meio-campistas. Zezinho até se movimentou e criou uma ou outra chance; mas Marquinhos foi péssimo, sofrível. Está nitidamente fora de forma. Não consegue criar jogadas, dar bons passes, tentar o gol.
O resultado foi um Santos opaco no primeiro tempo. Neymar tentava suas jogadas, mas não podia fazer milagre com o resto do time desorientado.
Aí, no intervalo, Dorival Júnior acabou sucumbindo às pressões da torcida e sacou Keirrison e Marquinhos, para colocar Madson e Zé Eduardo. Bobagem: o ex-Coritiba e Palmeiras até que não estava tão mal assim e Zé Eduardo foi péssimo. Além de colocar um jogador que não rendeu (e tirar um que precisa do tal "ritmo de jogo" para render), Dorival acabou queimando uma alteração e descartando o fator-surpresa.
Com isso, em todo o segundo tempo o Santos foi um time demasiadamente desordenado. Parecia que havia uma distância de 15 quilômetros entre meio-campo e ataque. Neymar não jogou mal, mas posicionou-se de maneira errada - ficou na ponta esquerda, isolado, pedindo bola o tempo todo. Madson só corria, sem produzir, e Zé Eduardo estava nulo.
No final, o castigo. Loco Abreu acabou marcando um belo gol e fazendo a festa dos poucos botafoguenses que estavam no Pacaembu ontem.
Ganso
Ao ler que o Santos fica distante dos líderes e que o principal motivo da derrota de ontem foi a desarticulação em campo, é meio inevitável lembrar da contusão de Paulo Henrique Ganso e decretá-la como a principal responsável pela "saída" do Santos da briga pelo título.
Além do Santos ainda não estar fora da disputa (claro que a situação está complicadíssima, mas o Flamengo do ano passado tinha pontuação semelhante à do Santos a essa altura do campeonato), é preciso mentalizar que o Ganso não faz mais parte do elenco do Santos para 2010 e que o time tem bons jogadores, que podem suprir - claro que não com a mesma eficácia - a sua ausência.
O que menos contribuirá para o Santos agora é adotar a postura de lamentar a lesão do camisa 10 e passar o restante da temporada chorando o leite derramado. É possível fazer mais, as vitórias sobre Avaí e Goiás vieram sem Paulo Henrique, o Santos segue vivo.
Mais do que o alívio pela vitória, a partida de ontem no Morumbi valeu para marcar duas homenagens da diretoria do São Paulo, pela carreira de 20 anos no clube de Rogério Ceni e pelos 200 jogos de Jorge Wagner. Num elenco em que Washingtons, Léos Limas, Andres Luíses e companhia indesejada vêm e vão, são marcas que merecem destaque. No grupo tricolor, o segundo mais longevo é Richarlyson, com cinco anos e mais de 230 partidas - bem longe dos 925 jogos do goleiro capitão. Porém, faço uma ressalva aqui: dizem que ele tem 90 gols quando, na verdade, fez 92. É que a Fifa não computa dois gols de falta em partidas não-oficiais contra um combinado Santos-Flamengo, em 1998, e contra o time russo Uralan Elista, em 2000. Até aí, tudo bem, é um critério. Mas, se esses dois jogos estão incluídos no total de 925 completos ontem, torna-se um contrasenso. Ou retiram todos os jogos não-oficiais da soma e consideram 90 gols, ou os incluem e elevam a artilharia de Ceni para 92 tentos. De acordo?
Quanto ao São Paulo no Campeonato Brasileiro, mantenho minha opinião de que ainda é muito cedo para soltar fogos e dizer que o time vai brigar pela Libertadores ou que afastou completamente o fantasma do rebaixamento. Volto a dizer que os Atléticos de Goiás e de Minas estão na zona dos rebaixados, vivendo profundo momento de crise, e que o Flamengo caminha para a mesma situação, com o pior ataque do torneio e sem oferecer qualquer perigo para seus adversários. Por isso, é perigoso achar que vitórias sobre times tão combalidos e perdidos sejam "a volta do campeão". Os próximos compromissos do São Paulo são contra o ótimo Botafogo, no Rio de Janeiro, e o excelente Internacional-RS, que segue no embalo total que pegou após o recesso para a Copa do Mundo e que não diminuiu nem um pouco após a conquista da Libertadores.
Só depois desses jogos mais difíceis, para emprestar uma expressão utilizada outro dia pelo camarada Nicolau (referindo-se ao Corinthians), é que nós vamos ver se o tricolor do Morumbi tem mesmo garrafa pra vender. Mas, que o Marcelinho é boleiro, isso é! Casemiro promete e ontem tivemos a estreia de outro garoto, Zé Vítor. Graças a Deus! O caminho é a molecada, coisa que o Santos mostrou há muito tempo.
Depois de sair perdendo no Barradão, o Palmeiras conseguiu empatar o jogo contra o Vitória na abertura do segundo turno. O futebol exibido foi ruim de doer, com lances especialmente toscos a partir dos 40 minutos do segundo tempo, quando os visitantes de camisa cada vez mais verde-limão-siciliano só estavam preocupados em dar chutões para longe.
Foi muito diferente tanto do jogo de ida quanto de volta da Sul-Americana. Foram realmente poucos os momentos de inspiração. Do lado do Vitória, isso ocorreu na quarta-feira, 8, com Ramón em chutes de fora e cobranças de falta. No Palmeiras, ficou só em um lance ou outro nas laterais ou no meio de campo, nada muito produtivo.
Luiz Felipe Scolari escalou mal o Palmeiras. Novamente com cinco volantes no meio de campo, com Rivaldo pela esquerda e Marcio Araújo pela direita, o time era pouca coisa. Dependia apenas de Kléber para trombar e tentar a sorte. Não aconteceu, de fato. Com exceção de um pênalti em Luan e um chute do camisa 11 Rivaldo, o time não criou nada.
O Vitória foi melhor na etapa inicial. Além do gol de Elkeson em uma bobeada da zaga, estava melhor em campo. Ramon e Evandro deram dor de cabeça para a defesa adversária. É que o meio de campo palmeirense era só marcador, defensivo mesmo.
No segundo tempo, Valvívia e Tadeu foram a campo nas vagas de Pierre e de Luan. O time passou a jogar com um meia após muito tempo. Melhorou, mas não chegou a ser um marco de virtuosidade. Com o camisa 30 menos preso na frente, abriram-se outras opções para se jogar. É bastante óbvio, mas contrastante o suficiente para ser digno de nota.
O empate ocorreu no segundo chute em direção ao gol tentado pelo Palmeiras. Ou melhor, no rebote dessa tentativa. Edinho arriscou de fora da área, quando a defesa do Vitória deu brecha. Viáfara bateu roupa e Tadeu marcou no rebote. Depois disso, o alviverde poderia ter rendido mais, criado mais, chutado mais. Como não o fez, não conseguiu virar. Passados os 35 minutos, o time desistiu e recuou, na base de chutões para espantar o perigo de revés.
Além da falta de capacidade ofensiva e do excesso de dependência de Kléber, preocupam os exageros de faltas dos volantes. Assustou ainda Deola em duas falhas, uma de comunicação com Maurício Ramos que quase rendeu o segundo do rubro-negro e outra em um recuo de bola em que o goleiro por pouco não se embananou.
Valdívia foi melhor jogando apenas nos últimos 45 minutos. Mas não se acertou plenamente no time, em meio a tanta limitação. Felipão consertou a equipe depois de ter começado com uma escalação ruim. Arriscou um pouquinho mais ao manter menos volantes em campo, mas nada que produza tantas esperanças de apresentações melhores. Amarga 12ª posição.
Das duas, uma: engenharia Tabajara ou sacanagem pura e simples.
HINO NACIONAL DOS CACHACEIROS DO BRASIL
(Composição: Elton Saldanha)
Cairon e Gustavo
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
Amigo me dá licença, mas preciso me benzer
Arado não lavra sem boi e eu não canto sem beber
Atraca uma talagada, me dá um trago de água benta
Um lisão de pinga pura pra nós regular a lenta
Certa vez eu fiz promessa de deixar a pinga em paz
Mas esqueci da palavra e cada vez eu bebo mais
Eu sei os dez mandamentos, eu rezo e tiro o chapéu
O corpo se vai pro chão e alma se vai pro céu
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
Amigo sou biriteiro, me serve sem cerimônia
Diz que a cachaça dá sono e eu to sofrendo de insônia
No concurso de pinguço sou eu que escrevo o exame
Eu vou ficar muito rico se vender meu vasilhame
Minha mulher pra me agradar toma banhos de licor
Mulher com cheiro de pinga dá mais tesão pro amor
Fui batizado com mé na festa dos bodegueiros
Eu canto de quatro pé, o hino dos cachaceiros
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil
Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
(Do CD "Sertanejo Universitário Ao Vivo", Independente, 2009)
Sugestão de Moriti Neto
A teoria do cartunista Angeli é simples. "Maconha é socializante, todo mundo fuma no mesmo baseado e dá risada depois. Cocaína, não. É de quem tem, e você se submete a esse poder pra cheirar uma fileirinha no cantinho do mármore do banheiro." Por isso, em entrevista à revista Trip de agosto, ele disse que "cocaína é de direita e maconha é de esquerda".
Autorretrato/Grafar
Em semana de festa, o Corinthians naõ decepcionou os 34 mil torcedores que lotaram o Pacaembu no sábado (inclusive este que vos fala) e sacolou de virada o lanterna Goiás por impiedosos 5 a 1. De quebra, a semana mais corintiana do século trouxe a derrota do Fluminense par ao Guarani, por 2 a 1, deixando o Corinthians apenas 1 ponto atrás do tricolor e com um jogo a menos.
O Timão, como parece ter se tornado praxe da equipe nos últimos jogos, entrou meio devagar na partida. E novamente pagou o preço. Aos 7 minutos, Alessandro e Ralph não conseguiram marcar o veterano Júnior que um chute no ângulo oposto de Júlio César.
O 0 a 1 não desanimou a Fiel, que recomeçou imediatamente a cantoria. E o time respondeu, pressionando o visitante, que só parava as jogadas com faltas. Em três delas, Bruno César exigiu defesas difíceis do goleiro Harlei – que levou cinco e ainda recebeu nota 7 do Lance pra se ter uma idéia do massacre. Jorge Henrique e Iarley, este em sua melhor apresentação com a camisa alvinegra, ainda meteram uma bola na trave cada um.
Tudo isso antes dos 37 minutos da primeira etapa, quando o excesso de faltas dos goianos levou à expulsão de Amaral, pelo segundo amarelo. De onde eu estava, merecido. Se o Timão já dominava, daí pra frente virou atropelo.
Adilson Batista demonstrou mais uma vez uma diferença em relação ao antecessor ao trocar Paulinho por Defederico logo após a expulsão. Mano, aposto, esperaria mais. O empate saiu aos 43 minutos, quando JH aproveitou belo passe de Jucilei e colocou na cabeça do artilheiro do campeonato Bruno César, que mais uma vez jogou muito.
Mas a chuva de gols estava guardada para a segunda etapa. O que foi muito bom, já que vi os quatro gols na meta que estava bem na minha frente. Aos 10 minutos, Iarley recebeu passe de Bruno César, driblou o ex-colega Harley e tocou para as redes. Aos 15, Jorge Henrique marcou o dele aproveitando rebote de cabeçada de Ralph.
A vitória já estava garantida, mas a torcida queria mais. E o time acompanhava o ritmo do bando de loucos, que começou a gritar “olé” antes da metade da primeira etapa. Numa dessas sequencias, o Timão tocou a bola por mais de dois minutos com a torcida acompanhando. Até que a bola acabou nos pés de Bruno César, que invadiu a área pela linha de fundo e sairia na cara do goleiro, não fosse derrubado por Romerito (em lance considerado polêmico, mas que de onde eu vi, foi claro). Pênalti batido por Iarley aos 29 minutos, tornando a vitória em goleada.
Ela ainda viraria chocolate com o gol contra de Marcão, que desviou chute de Boquita de fora da área (“Ele é meu vizinho!”, comemorou um corintiano perto de mim e de meu pai). 5 a 1, fora o baile. A torcida comemorou com um “parabéns pra você” o presente dos jogadores na semana do centenário.
O segundo turno começa com uma sequência das mais difíceis. Primeiro, Atlético PR fora de casa. Depois, Grêmio no Pacaembu. E ainda tem Santos, Inter e o duelo dos líderes com o Flu, todos fora. Hora de, diria o sábio, ver quem tem garrafa vazia pra vender.
O Palmeiras perdeu do Cruzeiro de virada em pleno Pacaembu. No primeiro tempo, fez 2 a 0 de pênalti e em cobrança de escanteio. No segundo, tomou três, todos dos pés de Roger Chinelinho. Pior do que perder no encontro de Palestras Itálias, é o revés com mando de campo. Ainda mais trágico é ter como algoz o atleta ex-Corinthians, ex-Grêmio, ex-Adriane Galisteu... Resultado: 3 a 2 para os mineiros.
A etapa inicial foi boa, com vontade e chances produzidas. O segundo tempo foi ruim, com quase nenhuma capacidade criativa. E, mais uma vez, a torcida palmeirense apoiou o time, mesmo depois da virada. A compreensão com Luiz Felipe Scolari continua a mil, o que é bom. Seria melhor se o time correspondesse mais.
Valdívia ainda precisa jogar de verdade. Ele até ficou bravo ao ser substituído, chutou a sombra e tudo. Kléber mostrou a determinação habitual, mas acaba exigido demais em função da pouca criatividade dos volantes que compõem o meio campo.
Uma notícia até que boa foi a atuação de Pierre na marcação de Montillo. Como ele vinha mostrando falta de ritmo em partidas anteriores, a disposição é positiva, embora ainda esteja distante do marcador e ladrão de bolas do campeonato de 2008. A parte ainda mais trágica é a contusão de Marcos, o Goleiro, que sofreu pancada no joelho.
E assim, acabou o primeiro turno para o time verde. Em 19º lugar, no limite da classificação para a Sul-Americana de 2011. Para o Palmeiras, é muito pouco. Para o que tem sido mostrado em campo, o esperado. Considerando-se algumas das peças à disposição, deveria ter mais pontos.
Se tem uma coisa que me espanta, no São Paulo, é o sossego da diretoria em relação ao Campeonato Brasileiro. Eles parecem ter uma certeza inabalável de que o time é imune a rebaixamento. E não é! Ontem, conseguiu segurar uma vitória suada contra o combalido Atlético Goianiense, em casa, num jogo em que o placar mais justo seria o empate. Está claro para todo mundo que Sérgio Baresi não será mais nada além de um esforçado interino, com resultados pífios. Já disse aqui e repito: não há time titular, nem esquema tático, nem lateral direito, nem meio campo e nem linha de ataque definida. E faltam só três meses para a competição terminar! O que estão esperando para trazer um técnico de verdade? Se o cidadão vier quando faltar apenas um mês e meio para o fim, não conseguirá fazer nada, por conta da pressão, e será tarde demais. Grêmio e Atlético Mineiro não vão ficar vendo a banda passar, vão reagir desesperadamente. O São Paulo não tem time para vencer duelos decisivos, clássicos ou qualquer partida contra qualquer um dos dez primeiros colocados. Na sorte, segura um empate, como no domingo, contra o relaxado Fluminense. Isso é muito perigoso, muito mesmo. E, para a diretoria tricolor, parece que nada acontece. Não sou a Regina Duarte, mas tenho medo. Muito medo de que meu time dê para os corintianos o melhor presente do centenário deles...
Sem encantar, o Santos venceu o Avaí ontem por 2x1, na Vila Belmiro. Assim, o Peixe registra uma boa sequência de cinco vitórias consecutivas - quatro pelo Brasileirão e uma "vitória-derrota" contra o mesmo Avaí, pela Sul-Americana.
Neymar foi o principal jogador em campo. Pelo que mostrou de futebol propriamente dito - fez um gol aos 55 segundos, quando certamente muitos santistas ainda tomavam a última dose nos bares que circundam a Vila - e por mais uma vez ser tema de "polêmicas".
O Palmeiras empatou com o Fluminense com gol aos 48 minutos do segundo tempo para selar a igualdade. Um suadouro, final emocionante até, mas verdadeiro castigo para o líder do campeonato, que apostou tudo no contra-ataque mas criou menos do que poderia.
No dia do aniversário de 100 anos do Corinthians, o empate ao mesmo tempo em que não deixa os arquirrivais alviverdes tão felizes e ainda tira pontos do Tricolor Carioca. Mesmo mantendo a liderança nesta rodada, a diferença em relação ao segundo colocado deixou de se expandir.
O mais impressionante é que o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari mostrou determinação admirável. Novamente pecou por falta de meias, apostava tudo em ligações diretas entre os volantes e o atacante Kleber ou em arrancadas de Rivaldo e depois de Luan. Mesmo com tanta previsibilidade, a equipe de Muricy Ramalho não conseguiu oferecer uma despedida do Maracanã mais merecedora de orgulho para a torcida.
As chances criadas foram poucas por todo o jogo, principalmente depois que o time da casa abriu o placar, com Emerson a 15 minutos de jogo. Mas após a desistência do Fluminense de marcar a saída de bola, as trocas de passes palmeirenses renderam pouco em termos de finalizações.
Com faltas nas proximidades da área, Marcos Assunção era a esperança. Kleber correu muito, mas Valdívia continuou apagado. Ele precisa de mais jogadores com quem tabelar ou ter espaço para puxar contra-ataques. Na trombada, ele não se compara ao que é capaz o camisa 30 – que, na versão pós-Copa de 2010, reitere-se, vem sem cotovelos.
As opções do banco Tinga, Luan e Ewerthon, que entraram nas vagas de Pierre, Fabrício e Valdívia, ofereceram possibilidades de variação tática. Não era a variação que eu gostaria – uma que teria meias de criação, peças indisponíveis no elenco – mas permitiu ao time disputar até o fim.
O autor do gol, Ewerthon, marcou novamente depois de inicar a partida no banco. Parece que ele rende melhor assim, quantro entra. O gol saiu na raça, na trombada, sem técnica, brilho e muito menos habilidade. O zagueiro Leandro havia sido expulso minutos antes, o que ajudou a abrir um espacinho para o balão de desespero estilo "último minuto" encontrar Edinho, que escorou para o atacante empurrar para o fundo das redes.
Foi pior do que ter vencido o time de Vanderlei Luxemburgo do fim de semana. Claro, no domingo o alviverde trouxe três pontos, enquanto hoje veio o empate. Mas foi muito bom ver o Palmeiras dominar o jogo contra a equipe de Muricy Ramalho.
Às 19h30 desta terça-feira, eu estava trabalhando. Enquanto eu, com a atenção brutalmente desconfigurada, fazia o bastante para manter meu ganha-pão, milhares de corintianos já estavam no Vale do Anhangabaú – 110 mil segundo sites de notícias. Há quem diga que o vale não recebeu tantas pessoas desde o histórico comício das Diretas Já, em 1984.
A comparação é absurda (é?), sem dúvida. E antes mesmo de chegar ao histórico Vale, ouço do escritório na Libero Badaró os primeiros ruídos da festa alvinegra. Da sacada dói prédio, se ouve a dicotomia da existência corintiana: da direita, vem o som de Ronaldo e os Impedidos, banda roqueira que animou o princípio da festa; da esquerda, o que se ouve é a Fiel Torcida Corintiana, ignorando a atração e gritando hinos em honra de sua maior paixão, que é também sua propriedade.
O Corinthians não é um clube com uma torcida, mas uma torcida que tem um clube. A maioria deve achar graça disso, dessa impossibilidade, ainda mais em tempos de economicismo, de falta de humanismo, de não assumido elitismo, de direitismo, enfim. Mas Corinthians, de nascença, é coisa de esquerda. De revolucionário anarquista espanhol. De comunista italiano. De operário de todas cores e tamanhos que decidiu montar um time para jogar futebol em 1910. Ano em que nasceu meu avô, José Benício dos Santos, alagoano que se radicou em São Paulo e na República Popular do Corinthians, para onde levou seus filhos. E onde minha mãe, Maria Neusa, fiel não praticante, encontrou meu pai, Manoel Ribeiro, mineiro, comunista de linha chinesa, poeta e corintiano.
Todos trabalhadores, como os que primeiro se reuniram na rua Cônego Martins, esquina com a José Paulino, onde hoje está o marco de fundação do clube. Foram no Bom Retiro e enfiaram goela baixo de São Paulo que um time de operários podia disputar e ganhar os torneios da época. Foram para a Zona Leste e mostraram que um bando de piões poderia construir um estádio (o companheiro Miguel conta que seu bisavô jogou no Corinthians nos anos 1920 e doou tijolos para a construção do Parque São Jorge) e brigar como gente grande (como se dinheiro fosse condicionante para amadurecer e crescer). Foram para o mundo todo nas costas dessa Fiel Torcida que é sua alma.
Os outros, ora, são os outros, rivais com maior ou menor graça. Acreditem, não precisamos de vocês para existir, talvez, quem sabe, da dissidência que habita a rua Turiasssu, já que as dualidades resumem melhor os detalhes da vida humana e dão melhores enredos de faroeste, como deixaram claro Sérgio Leone e John Ford.
O santista Xico Sá em crônica da Folha de S. Paulo resumiu bem, e aqui abro espaço para alguns parágrafos do mestre:
“No meio do espetáculo que é a juventude roqueira, um cavaleiro solitário, rosto só vincos como um Samuel Beckett dos pobres, ajeitou os poucos cabelos, pediu uma cerveja, grudou o nariz na TV que parecia uma caixa de fósforo, de tão pequena, e dali por diante não conseguia enxergar nem mesmo a Karine com suas pernas de oncinha.
Foi neste momento solene que o cronista que ronda a cidade pensou mais uma vez: como SP precisa do Corinthians em campo. O tio ficou hipnotizado por 90 minutos diante da volta do seu time.
E não se tratava de um torcedor barulhento. É um daqueles fundamentalistas silenciosos. Sabe aquele cara que celebra ou morre por dentro sem alterar as feições?
No máximo, ele mexia um pouco com a perna esquerda, como se ajudasse a bola a correr mais depressa para o gol. Coisa de quem manja da arte da sinuca.
Um sábio. Essa história do centenário sem Libertadores, vê-se pelos seus gestos, não significa nada. Não trabalha com obsessões nem morte a crédito. Só um pouco de dinheiro vivo.
O cavaleiro solitário me confessaria depois da partida: "Essa molecada não sabe o que é o Corinthians. Ser Corinthians não significa ganhar. Basta existir. Pronto"."
Coisa linda de se sentir e se ler. Mais linda ainda de se ver, às 21h e pouco, depois de uma cerveja e um sanduíche no bar da esquina. Eram milhares, milhões os alvinegros presentes à festa do Anhangabaú. Da janela do trampo já havia ouvido Ronaldo e seus Impedidos, que ora contavam com Badauí e Japinha (do CPM 22), Paulão (da gloriosa Banda das Velhas Virgens) e o auxílio do rapper X, todos corintianos da mais pura lavra. Passearam também pelo centro Paula Lima, Xis, Rappin Hood, Negra Li e Nuwance.
Mas o verdadeiro mestre de cerimônias foi outro, um que com a camisa 10 e uma canhota precisa trouxe o primeiro Campeonato Brasileiro, em 1990. José Ferreira Neto, seguidas cervejas na cabeça, resumiu no palco a grandeza dos pequenos corintianos. Para deixar claro o que só a vivência pode declamar, em certo momento uma galera conseguiu subir em cima de um dos telões instalados no Pacaembu, quer dizer, Anhangabaú (perdoe a falha nossa). Um cabra pede pra descer, um outro diz que vai atrapalhar. Neto não perde tempo: “Desce daí, porra!!”, grita o ídolo. Não sobra um em cima da bendita TV. Quer dizer, tem mais um. “Pega esse cara, tira ele daí! Sai, porra!”
À parte os ousados manguaças, pouco incidentes podem comprometer os mais de 100 mil corintianos. Uma briga começa perto de mim, mas não se alastra. O que amigos indicam ser membro do grupo da Rua São Jorge se desentendem com um cabra da Gaviões. A tensão passa rápido, já que os brigões pulam todos a cerca e se resolvem fora da aglomeração.
A noite passa e os cantores são Maria Cecília & Rodolfo, que ficam mais do que o esperado. Na maioria das músicas, a Fiel faz questão de mostrar quem é que manda puxando gritos corintianos. A comemoração conta ainda com Ronaldo, Roberto Carlos, Dentinho, Andrés Sanches. Todos foram saudados com gritos de “Timão eo!” e assemelhados. Neto até puxou o nome de Andrés Sanches, chamando-o de “maior presidente da história corintiana”. Silêncio na galera. Agora chame por Biro Biro, Casagrande, Ataliba, Marcelinho Carioca , e ouça a Fiel entrar no clima.
A brincadeira acabou com a apresentação da e Bateria Unificada das Torcidas corintianas. À meia-noite, Neto chama os jogadores do atual elenco que estão no palco para frente. “Vem pra cá, hoje a torcida não vai xingar ninguém, não! Vem Souza – ta precisando melhorar, hein Souza!”. Contagem regressiva para a meia-noite. O Corinthians começa a viver seu centésimo ano.
Em certo trecho do livro "Elisete Cardoso - Uma vida" (Lazuli Editora, 2010), o autor Sérgio Cabral recupera um episódio de 1970:A presença de Elisete Cardoso em São Paulo levou o produtor Abelardo Figueiredo a convidá-la a cantar na mansão - também conhecida como Palácio de Mármore - do empresário Jorgito Chammas, acompanhada de grande orquestra, numa festa que o prefeito Paulo Maluf oferecia a numeroso grupo de empresários árabes. Lá pelas tantas, o prefeito, empolgado com o uísque que bebera, saiu da plateia e sentou-se ao piano para acompanhar a cantora. Acompanhou, de fato, uma música. Quando ensaiava acompanhar a segunda, Elisete fez-lhe o pedido que, com toda certeza, era o de todo o público presente:
- Prefeito, prefiro o senhor sentadinho na plateia.
Então parece que agora é oficial: o Corinthians finalmente terá seu estádio - que, de quebra, será também a arena que abrigará os jogos paulistanos da Copa de 2014.
A história mostra que temos que ter certo ceticismo ao falar de "estádio do Corinthians" (Sócrates que o diga) mas nunca a situação foi tão sólida quanto a atual. Há a necessidade de se resolver a questão de São Paulo e a Copa do Mundo, e o projeto tem o apoio das três esferas da administração.
Tenho visto por aí uma série de críticas em relação aos valores gastos (que enfatizam que, no fim da história, a conta será paga pelos cidadãos), e também pela politicagem que acabou fazendo com que o São Paulo Futebol Clube, dono do melhor estádio da cidade até então, fosse bizarramente preterido na hora de uma decisão tão importante.
Endosso a maioria das críticas. E, cá entre nós, não queria que o Futepoca fosse mais um depositário de todas elas - que, apesar de sábias e precisas, são bem repetitivas às vezes.
Gostaria de destacar outro ponto. É que, sendo utópico (daí o título do post), acredito que o tal estádio em Itaquera pode representar um bem danado para a cidade.
Saindo do hipermercado, decidi dar uma passada na banca de jornais para conferir com os próprios olhos a tal pesquisa do Ibope, divulgada pelo Estadão, mostrando que Dilma Rousseff tem 51% das intenções de voto para as eleições presidenciais, contra 27% de José Serra, o segundo colocado. Pelo burburinho a minha volta, deu pra perceber que aqueles que iam - ou em algum momento consideraram a hipótese de - votar no candidato do PSDB, agora negam, disfarçam ou simplesmente se calam. Satisfeito com a informação, desisti de comprar jornal mas, antes de deixar a banca, notei um CD do Chico Buarque (foto) na prateleira, por R$ 7,90. Um CD que já tenho, mas, além do preço convidativo, era uma nova edição, com um encarte especial. Comprei.
Trata-se de uma coleção da Editora Abril, que trará a discografia quase completa do Chico (se não me engano, vai ficar faltando só o "Chico Canta", de 1974). Buenas, cheguei em casa, abri o pacote e dei uma olhada por cima no livreto do CD. E, surpreso, me deparei com uma foto enorme do José Serra na página 11, página ímpar, de maior destaque. Assim, do nada, totalmente gratuita. Procurei no texto alguma coisa que justificasse, e a menção é tão gratuita quanto a imagem (o grifo é nosso) : "Embora a anistia só viesse a ser promulgada no ano seguinte, parte dos exilados políticos, entre eles José Serra, já havia retornado ao Brasil".
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À direita (opa!), José Serra esboça um quase sorriso. Escaneamento torto faz jus à publicação. (Reprodução) |
Goleada em casa é triste. No dia do aniversário, pior. Foi por 3 a 0 a derrota do Palmeiras para o Atlético-GO. Ou melhor, para Elias, autor de todos os tentos goianos.
O time parece sofrer apagões em algumas partidas. Depois do 0 a 0 contra o Guarani no fim de semana, nesta quinta-feira, nem a defesa funcionou.
O Palmeiras só jogou nos primeiros cinco minutos, parecendo que ia impôr um ritmo ótimo para a partida. Mas parece que gastou todo o futebol que tinha separado. Os visitantes crescera, Diguinho que estreiava mostrou serviço e criou boas chances para Elias resolver.
Valdívia criou jogadas, mas foi andorinha solitária, daquelas que não fazem verão. O trabalho pela esquerda fez Rivaldo aparecer mais, mas não a ponto de resolver. A melhor jogada foi justamente em um passe do chileno para o volante que vem jogando na ala esquerda, aos 11 minutos do segundo tempo.
O jogo foi mesmo de Elias, que abriu o placar de pênalti cometido por Gabriel Silva. Ampliou dez minutos depois, aos 37, em chute cruzado. Depois, na etapa final, o camisa 10 marcou de novo quando o relógio marcava 38. E o Atlético-GO ainda perdeu chances com Marcão.
A torcida, que pediu raça e empenho, terminou a partida cantando o hino do Palmeiras, sonhando com a defesa que ninguém passa e a linha, atacante de raça.
O Campeonato Brasileiro da Série D - a popular quarta divisão - terá o início de sua fase de mata-matas no dia 5. Agora, são 20 times na busca das quatro vagas de acesso à Série C e, claro, também na luta por um título nacional - para repetir a façanha que o São Raimundo do Pará conseguiu no ano passado.
São dois os times de mais tradição envolvidos na disputa: Remo, do Pará, que encara o Vila Aurora-MT, e o Santa Cruz, de Pernambuco, que pega o Guarany-CE. Há um duelo entre duas equipes mineiras - Uberlândia e Tupi, de Juiz de Fora - e nenhum paulista segue vivo na disputa da competição. Botafogo de Ribeirão Preto e Oeste de Itápolis eram os representantes bandeirantes no certame.
Um confronto, em especial, chama a atenção. Principalmente por evocar lembranças da saudosa Copa Conmebol, disputada no continente entre 1992 e 1999. Falo de Sampaio Corrêa-MA e CSA-AL - respectivamente, semi-finalista (1998) e vice-campeão (1999) da competição sul-americana.
Tanto CSA e Sampaio jogaram a Conmebol por algo que acabaria por se tornar a desmoralização derradeira do torneio. À história: a Conmebol nasceu em 1992 para ser uma equivalente sul-americana da Copa da UEFA. Em tempos de Libertadores restrita (com apenas dois representantes por país), a copa reuniria os melhores colocados nos campeonatos nacionais, com a exceção óbvia dos classificados para a Libertadores.
O Brasil acabou imprimindo um domínio no torneio que jamais mostrou em nenhuma outra competição internacional. Nas três primeiras edições, três títulos - com Atlético-MG, Botafogo e com o time reserva do São Paulo. Viriam depois outro título (1997) e um vice-campeonato (1995), ambos também com o Galo.
Acontece que a Conmebol não pegava no tranco. Aqui, no Brasil, ninguém (talvez com exceção dos atleticanos) se importava com o campeonato. Sabe o desprezo que os times dão atualmente à Copa Sul-Americana? Multiplique isso por mil e você terá o que acontecia com a Conmebol na metade da década passada.
A CBF percebeu o desinteresse dos clubes do Brasileirão e viu aí uma oportunidade de fazer moral com seus filiados. Que tal distribuir as vagas na Conmebol aos melhores colocados em torneios à época disputados, como a Copa do Nordeste e a Copa Norte?
Foi assim que, em 1997, o Rio Branco-AC jogou a Conmebol, classificado por ter vencido a Copa Norte no ano anterior; em 1998, foi a vez do Sampaio Corrêa chegar ao certame internacional pela mesma via (sim, sabemos que o Maranhão fica no Nordeste, mas os times de lá jogavam a Copa Norte). E em 1999, uma prova do "prestígio" de que dispunha a Conmebol: campeão, vice e terceiro colocado da Copa do Nordeste (Vitória, Bahia e Sport, respectivamente) abriram mão da vaga no torneio, fazendo com que o CSA a herdasse.
Bizarrices à parte, o fato é que por conta disso Sampaio e CSA podem se orgulhar de terem feito bonito em um campeonato continental. O Sampaio foi semifinalista após derrotar América de Natal e o glorioso Deportes Quindío, da Colômbia. Já o CSA chegou à decisão em 1999 superando Vila Nova de Goiás, Estudiantes da Venezuela e São Raimundo do Amazonas. É, não eram realmente times de maior expressividade, precisamos reconhecer.
Agora Sampaio e CSA se enfrentam pela Série D nacional. Algo menos midiático do que um mata-mata sul-americano. Mas, cá entre nós, acredito que o nível do futebol não deve ser tão diferente assim. Que vença o melhor!
Pra fechar o post, um vídeo com o gol do título do Talleres, o algoz dos alagoanos na disputa de 1999. Estádio cheio, belas imagens.
Confrontos da Série D
Vila Aurora-MT x Remo-PA
Depois de escapar de uma goleada histórica contra o Corinthians, graças a Rogério Ceni, o São Paulo não conseguiu fazer um golzinho sequer no Vasco da Gama, em pleno Morumbi. Perder fora e empatar em casa, nessa altura do campeonato, é caminho certo para a Série B. Pra piorar, enfrenta no próximo domingo o líder Fluminense, que está voando baixo, num Maracanã (provavelmente) lotado. Sem Ricardo Oliveira, contundido. Sem zagueiros confiáveis no elenco. Sem lateral direito de ofício. Sem volantes em boa fase. Sem um bom meia de ligação. Sem ataque definido ou entrosado. Sem esquema tático, sem padrão de jogo. Sem motivação. Sem rumo. A diretoria é incompetente, o técnico é interino, o patrocínio é temporário. O time é uma vergonha. O futebol é horrível. Palpite fácil: massacre. Muricy Ramalho, Andre Luís e Washington não têm motivos para serem condescendentes. Eu também não teria.
Não me falem de futebol no domingo, por favor. Nem na segunda-feira.
A Sociedade Esportiva Palmeiras completa 96 anos.
O desempenho na Brasileirão e dentro de campo é abaixo da média de sua história. E, mesmo temendo que, passadas as eleições gerais no Brasil, um certo candidato palestrino mude de presidência pleiteada – da República para a do Palestra Itália – há frentes a comemorar.
Até para os torcedores que vêem o copo meio vazio, o fato de Mustafá Contoursi não ser o presidente do clube é um deles. Isso até pode piorar em dezembro, quando há eleições, mas é outra história. Os que preferem o copo meio cheio têm a a Arena que aguarda alvará e vai sair.
Como prefiro o copo inteiramente cheio, neste 26 de agosto, comemoro o aniversário do clube, os 96 anos dedicados ao futebol. Parabéns aos palmeirenses.
O Santos x Grêmio de ontem será daqueles jogos de que lembraremos por anos e anos. Não tanto pela importância da partida em si - a não ser que o Santos seja campeão e/ou o Grêmio rebaixado, e assim esses três pontos farão uma diferença danada - mas sim pelas circunstâncias do jogo.
Quando a partida ainda estava pegando no tranco, o Grêmio abriu o placar. Fábio Santos (de apagada passagem pela Vila) recebeu ótima bola e fez ótimo também cruzamento para Borges, que tocou para as redes com muita qualidade.
O.k. parece campanha e pode até ser, mas é fruto de uma coincidência.
Lendo "Memórias de um cafajeste" (Geração Editorial, 1996), do emblemático, polêmico e recém-falecido ator/diretor Jece Valadão, encontrei considerações curiosas sobre o chamado Cinema Novo, movimento vanguardista dos anos 1960 que trouxe uma leva de novos cineastas. Valadão teve um pé nessa história, quando idealizou, financiou e produziu, com direção de Ruy Guerra, o clássico "Os cafajestes" (foto), com Daniel Filho e Norma Bengel, que conquistou a admiração mundial a partir de um festival na Alemanha.
Mas, depois disso, se sentiu excluído por uma "panelinha" que passou a dar as cartas no cinema brasileiro. Algo parecido com o que aconteceu com muitos cantores e compositores após o Tropicalismo de Caetano Veloso e Gilberto Gil, figuras que ainda "organizam o movimento e orientam o Carnaval" no mercado pop do país. Tal postura, algo como "somos gênios, o resto não presta", me remete à figura patética de Arnaldo Jabor comentando política na Rede Globo, como um "iluminado", um "farol", um "sábio", um "especial". Pela análise de Jece Valadão, parece que foi sempre assim:
Exclusão
Surgiram diretores como o Bruno Barreto, o Cacá Diegues, o Jabor, o Domingos de Oliveira, entre vários outros. Eles fizeram uma panelinha e eu simplesmente fui excluído por não concordar com o tipo de filme que eles faziam: um cinema político, de protesto, de contestação. Eu sempre quis fazer cinema-arte, cinema-cultura; ou então, um cinema para ganhar dinheiro.
Cu de touro
Depois dos "Cafajestes", enquanto eu produzia filmes como "Boca de Ouro", "Navalha na Carne" e "Dois Perdidos Numa Noite Suja", o pessoal do Cinema Novo fazia um cinema que mais parecia o Cu do Touro. Mais sério que cu de touro não existe.
Atuação
A minha exclusão da panelinha do Cinema Novo tinha um lado engraçado, porque eu atuava, ao lado deles, no meio político cinematográfico, mas não era aceito no meio cultural. E cultural, aqui, eu coloco entre aspas...
Discriminação
Fui discriminado por toda a panelinha do Cinema Novo durante muito tempo, apesar de ter feito filmes como "Rio, Zona Norte", com o Nelson Pereira dos Santos; um filme respeitado pelos intelectuais até hoje. O que havia realmente era uma desinformação, pontos de vista políticos diferentes; mas puramente políticos. Eles não entendiam a minha postura de não querer fazer política e eu não entendia a postura deles de fazer política através do cinema.
Pois é. Que Jece Valadão não era santo, parece óbvio. Mas, pelo menos, ele assumia a intenção de fazer cinema "para ganhar dinheiro", o mesmo que todos os "iluminados", "políticos" e "intelectuais" do Cinema Novo passaram a fazer assim que ganharam notoriedade com o movimento. E um deles ganha dinheiro até para distribuir sua "sapiência" e "iluminação" como "comentarista político", em rede nacional. Eu preferia a cafajestice assumida e sincera do Jece...
UM CHOPE PRA DISTRAIR
(Paulo Diniz)
Paulo Diniz
Ela passou
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana...
Ela parou
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor
Eu sei, chorei de amor
E um chope pra distrair...
Um chope pra distrair,
Um chope, chope, pra distrair...
(Do LP "Quero voltar prá Bahia", Odeon, 1970)
O Santos venceu - e bem - o Atlético-MG na Vila ontem. O resultado foi motivo de muita festa na Vila, por três motivos: o primeiro, por ser um desfecho perfeito para a novela Neymar, já de final feliz desde a quinta-feira, quando foi anunciada a permanência do garoto na Vila - ele foi o melhor em campo, com um gol, um passe decisivo e outras jogadas. Os outros dois motivos de celebração foram a retomada do time no Campeonato e o terceiro foi que a vitória acabou sendo mais uma cutucada santista no "pofexô" Vanderlei Luxemburgo, que deixou o estádio sob os gritos de "uh, mercenário" e "1, 2, 3, o Luxa é freguês".
Mais que a vitória peixeira, o que aconteceu na Vila foi um bom jogo de futebol. Principalmente na primeira metade do jogo, quando Santos e Atlético mostraram apetite de bola. O Peixe entrou em campo com um 4-4-2, diferente do 4-3-3 habitualmente utilizado na temporada. E com duas surpresas entre os titulares: Zezinho no meio-campo e Marcel na frente (havia a expectativa que a 9 fosse vestida por Keirrison desde o pontapé inicial).
Com a formação, o Santos mostrou coesão no meio-campo e pouca fragilidade nas alas. O Galo lançava mão da velocidade e dos rápidos contragolpes para complicar a vida do Santos. Mas apesar das boas chances criadas, nada de gols.
Veio a segunda etapa e Keirrison estreou no Santos. E, seguramente, seu momento de maior visibilidade na peleja foi quando esteve na lateral do gramado para entrar em campo. Ele não jogou nada ontem. E "nada" no sentido mais literal do termo - não se pode dizer que ele jogou mal, visto que praticamente não pegou na bola. Não, não estou fazendo nenhuma análise rígida sobre o atleta e seu futuro no Santos, só estou dizendo que, ontem, ele não jogou nada.
O Atlético estava mais frágil na segunda metade do jogo e foi aí que o Santos chegou aos gols. O primeiro em um pênalti contestável. Que foi mão do zagueiro, foi; mas cabem discussões daquelas intermináveis sobre se ele teve intenção de levá-la à bola ou não. Neymar, que já vinha bem no jogo, cobrou com seriedade e assim abriu o placar. Minutos depois, ele daria um passe decisivo para Danilo (que estava mal no jogo até então) fazer o segundo e decisivo gol.
A vitória deixa o Santos com 21 pontos. 12 a menos que o líder Fluminense, mas é preciso ressaltar que o Peixe tem um jogo a menos. Num campeonato em que o Santos nada mais tem a almejar senão a taça, a perspectiva é de um time que lutará enquanto os matemáticos deixarem as chances em aberto. Quarta-feira, contra o Grêmio em Porto Alegre, será o caso de deixar claro se essa reação é para ser levada a sério ou não.
O comediante inglês Tom Scott, em seu espaço virtual, resolveu propor advertências para o conteúdo da grande mídia. "Parece um pouco estranho que a mídia cuidadosamente alerte e rotule qualquer conteúdo que envolva sexo, violência e linguagem pesada - mas não há sistema de rotulação semelhante para, digamos, jornalismo desleixado (sloppy journalism) e outros conteúdos questionáveis", observou Scott. "Daí especulei que era tempo para consertar isso, então fiz alguns adesivos. Eu os tenho grudado em cópias de jornais gratuitos que encontro no underground londrino. Você provavelmente vai querer fazer o mesmo", acrescentou. Ele tem razão: aqui no Brasil, os textos do PIG (Partido da Imprensa Golpista) bem que merecem advertências como essas:
Ps.: Se a visualização estiver muito ruim, clique na imagem.
“O freguês voltou!”, cantava a Fiel torcida no Pacaembu, já com o 3 a 0 sobre o São Paulo anotados e a fatura devidamente liquidada. Elias marcou dois, Jucilei fechou a conta, e o baile só não terminou em goleada histórica pela boa atuação de Rogério Ceni. O goleiro fez pelo menos três defesas dificílimas, uma delas num lindo voleio de Bruno César, que mesmo sem marcar manteve a ponta na artilharia do torneio.
Adilson mudou o esquema alvinegro para um 4-2-2-2, como virou moda descrever, com Bruno César e Elias nas meias, Jorge Henrique e Iarley no ataque, Ralph e Jucilei de volantes. O esquema é bastante ofensivo, menos pela formação que pela agressividade com que o time marca no campo do adversário e procura atacar. Funcionou também por conta da tarde pra esquecer do Tricolor, que errou quase tudo que tentou. Seria ainda melhor com pelo menos um atacante matador.
Do lado sãopaulino, Sérgio Baresi escalou um time meio estranho, com Ricardo Oiveira isolado no ataque, Fernandão indeciso entre ser atacante e meia, e Cleber Santana com a responsabilidade de armar o time. Não sei quem falou pro pessoal do Morumbi que Santana é meia. Destacou-se como segundo volante no Santos.
O time do São Paulo, para mim, está dado: é Fernandão articulando pelo meio, com Fernandinho e Marlos nos lados e Oliveira de centroavante. Volante, pega dois dos trocentos que tem por lá e bota pra jogar. Mas o pessoal insiste em formações mais defensivas, desde Ricardo Gomes. Desde Muricy, aliás.
Voltando ao Corinthians, já escrevi aqui mais de uma vez, especialmente no segundo semr]estre de 2009, após a as´da de Douglas, que Elias não é meia. De fato, mantenho a posição se que o camisa 7 não serve para a função de Douglas. Não é um articulador, não dá cadencia, não prende a bola no meio, não faz lançamentos. Hoje, continua não fazendo nada disso, funções desempenhadas com muita competência pelo ótimo Bruno César. Elias é outro tipo de meia, de infiltração. Chega mais à frente, dá o último passe e finaliza. Um jogador mais vertical. Aí, ele está indo muito bem.
As mudanças de Adilson fazem o Corinthians chegar com mais gente ao ataque. Mas acabam desprotegendo um pouco a defesa, que tem mostrado problemas. William talvez não tenha velocidade para jogar desse jeito. Ou talvez com Ralph se adaptando melhor e Jucilei ficando mais preso, dê pra organizar a coisa.
Sentimos ainda falta de um atacante que, bem, faça gols. Jorge Henrique jogou muita bola ontem, nas costas de Júnior César, foi um dos melhores em campo, ao lado de Elias. Saíram pelo seu lado as melhores jogadas, inclusive os passes para os dois últimos gols. Mas faz tempo que não marca. Os gols têm saído dos pés dos jogadores de meio-campo. Não tem problema um ataque em que as responsabilidade de marcar estejam divididas, mas em gente que não anda cumprindo com sua parte nessa divisão. Quem sabe com a volta de Dentinho a coisa melhora.
Quarta-feira, tem o Cruzeiro no Mineirão. Jogo difícil, mas importante. Precisamos aumentar bastante os pontos ganhos for de casa para brigar pelo título. E no domingo, Vitória no Pacaembu. Com a possível volta de Ronaldo. A saber se para o bem ou para o mal.
(Plagiando, às avessas, o post do Nicolau de QUASE 3 ANOS ATRÁS...)
Tudo bem, tudo bem. Político pagar micos é algo relativamente comum (que o diga o Suplicy) ainda mais em época de campanha. Mas o candidato a presidente José Serra (PSDB) passou um pouco do limite ao "fazer" uma aula de ginástica em uma cama elástica. Em vista da última pesquisa Datafolha, a piada pronta do título do post fica fácil...
O ator José de Abreu esteve presente no I Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. Militante e twiteiro, ele contou que precisa driblar as censuras oficiais e oficiosas para manter-se ativo na internet. Por isso, altera seu perfil no Twitter constantemente. Se surgir um nome que você não conhece na sua timeline, são altas as chances de tratar-se de um pseudônimo de José de Abreu.
Assim como Paulo Henrique Amorim, ele não se furtou a dar seus pitacos sobre os temas tratados neste blogue. Confira abaixo:
Foto: Galeria Pública dos Blogueiros Progressistas
No I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, o Futepoca conversou com Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, sobre os temas tratados nesse espaço internético. Confira abaixo a rápida entrevista.
No 500º jogo de Marcos, o Goleiro, com a camisa do Palmeiras, quem operou milagres foi... o imponderável. Ou talvez a torcida. Do contrário, como explicar dois gols de Tadeu e um de Marcos Assunção, aos 44 minutos do segundo tempo? O alviverde bateu o Vitória por 3 a 0 na segunda partida da Copa Sul-Americana.
Com o placar, o Verdão reverteu a vantagem de 2 a 0 que o time baiano tinha obtido na partida de ida, no Barradão. Realmente poucos palmeirenses com quem conversei nos últimos dias acreditavam no feito. Todos estavam seguros de que algum resultado positivo viria, mas nenhum apostaria a sério na classificação.
Luiz Felipe Scolari conseguiu convencer a torcida a apoiar ensandecidamente durante toda a partida. Bastou um pedido com o "carinho" que é peculiar ao treinador gaúcho. O futebol apresentado indica que o time não exatamente respondeu à "festa no chiqueiro".
É que foi uma partida de poucas chances criadas e muitos passes errados. Mas o resultado é o que importava para quem estava nas arquibancadas vestindo verde (ou verde-limão-siciliano). Foi a segunda vitória (e consecutiva, diga-se) do treinador no comando da equipe.
Ainda sem meias de criação, já que Lincoln segue de molho e Valdívia continua sem inscrição para o torneio continental, as jogadas dependiam de Tinga e Marcos Assunção. O 3-5-2 que deu certo na última partida, foi mantido, e funciona melhor.
Mas tampouco dá para falar em grandes testes superados, porque o arqueiro alviverde não teve trabalho. Teve de sair para se antecipar em dois cruzamentos. E também precisou torcer, claro. Mas o fato é que o Vitória não criou muito perigo, dispensando o goleiro de operar milagres.
O placar foi aberto aos 47 minutos do primeiro tempo, com Tadeu. Mais ou menos 15 minutos antes, o mesmo atacante havia mandado no travessão de Viáfara. Trabalho para o goleiro visitante só tinha ocorrido ainda alguns minutos para trás, quando Rivaldo, na lateral-esquerda, finalizou com perigo.
Na segunda etapa, os passes tortos repetiram-se, mas o mundo ficou melhor. Primeiro com 12 minutos, quando Viáfara quis sair jogando fora da área, mas errou o passe. O ataque conseguiu aproveitar e, em um breve momento pinball na área, Tadeu conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes – com um desvio na zaga. Era a sorte sorrindo.
Com o segundo tento, o jogo caminharia para os pênaltis. Era mais do que os pessimistas acreditavam e menos do que um time que joga em casa deve fazer. Era hora de pressionar, apertar, só que o time não conseguia. Parava na defesa rubro-negra (e na baixa qualidade do passe, especialmente nas proximidades da área).
Então, Tinga sofreu uma falta que poderia ser classificada como desnecessária. Em disputa de bola, o defensor do Vitória empurrou o palmeirense. A bola estava, então, nos pés de Marcos Assunção, justo no pênultimo minuto do tempo regulamentar.
O chute do camisa 5 foi no ângulo, na forquilha, onde a coruja faz o ninho. Com efeito, numa parábola perfeita e indefensável, o terceiro gol palmeirense garantia a classificação.
Fazia tempo que o Palmeiras não dava uma satisfação, pequena que fosse, para o torcedor. Quem olhar de fora, vai achar que é muita alegria para muito pouco, que vaga nas oitavas da Sul-Americana não vale tanto contentamento.
Ante o primeiro semestre, o resultado é um sinal de que as coisas melhoram. Alguma hora isso tem que começar. É essa esperança que essa vaga representa. Longe de fazer do time de Felipão favorito na competição e menos ainda no Brasileirão, resta torcer para que essa evolução se confirme.
Resultado da 4ª Pesquisa Lance!-Ibope de torcidas, com 7.109 pessoas de 141 municípios, a partir de 10 anos de idade. A margem de erro é de 1,2 ponto percentual, para mais ou para menos. Por isso, clubes separados por pelo menos 2,4 pontos estão empatados tecnicamente. Análise do jornal: "Pela primeira vez, a representatividade do Flamengo caiu (ainda que dentro da margem de erro), e o São Paulo não pode mais ser considerado em empate técnico com Palmeiras e Vasco. A partir dali todos os clubes estão em empate técnico com quem está imediatamente abaixo".
Ranking...........Torcedores........Parcela
1º-Flamengo.......33,2 milhões........17,2%
2º-Corinthians....25,8 milhões........13,4%
3º-São Paulo......16,8 milhões.........8,7%
4º-Palmeiras......11,6 milhões.........6,0%
5º-Vasco...........7,9 milhões.........4,1%
6º-Grêmio..........7,7 milhões.........4,0%
7º-Cruzeiro........6,8 milhões.........3,5%
8º-Santos..........5,2 milhões.........2,7%
9°-Atlético-MG.....5,0 milhões.........2,6%
10º-Inter-RS.......4,8 milhões.........2,5%
11º-Sport..........3,3 milhões.........1,7%
12º-Bahia..........3,1 milhões.........1,6%
-Botafogo-RJ....3,1 milhões.........1,6%
-Fluminense.....3,1 milhões.........1,6%
15%-Vitória........2,3 milhões.........1,2%
16º-Fortaleza......1,5 milhão..........0,8%
17º-Atlético-PR....1,2 milhão..........0,6%
-Ceará..........1,2 milhão..........0,6%
-Santa Cruz.....1,2 milhão..........0,6%
Pronto, registrei.
E deu Inter de Porto Alegre na final da Libertadores, de virada, sobre o Chivas Guadalajara. O segundo título continental do Colorado coloca o time ao lado de Santos, Cruzeiro e Grêmio. Gols de Rafael Sóbis, Leandro Damião e Giuliano garantiram o 3 a 2 para o time da casa. O gol marcado no fim do primeiro tempo por Fabián deu mais dramaticidade ao Beira-Rio, mas nada que matasse torcedor do coração – talvez porque eu não tivesse nenhum colorado por perto.
Dez em cada dez secadores de plantão alimentavam poucas e vãs esperanças de sucesso no intento de querer bem aos mexicanos. Muitos paulistas já consideravam que o caneco havia sido conquistado na semifinal, contra o São Paulo, mas ter saído atrás no marcador nas duas partidas indicam que as coisas não foram tão simples. O começo cheio de nervosismo e o gol sofrido pelos gaúchos na noite de quarta-feira permitiriam levar a partida para a prorrogação, já que a diferença de gols marcados fora de casa não conta na final do torneio. Mas logo as coisas se resolveram.
Ao final, o capitão Bolívar, autor do segundo gol vermelho na partida de ida, em Guadalajara, levantou a taça da Libertadores da América. Com o general Símon Bolívar entre os homenageados pelo nome da competição, a menção trocadilhesca é praticamente inevitável. Quando Pelé apareceu de paletó vermelho, alimentei uma esperança de ver Hugo Chávez – ou outro representante da República Bolivariana da Venezuela – entre os celebrantes da conquista.
Sóbis foi heróico ao empatar. Seu substituto, Leandro Damião, ainda fez o segundo, numa arrancada de meio campo. O último gol do Inter, também em contra-ataque, e o segundo do Chivas foram coadjuvantes.
Ficou feia a confusão que se deu entre jogadores de ambas as equipes, mas só para quem não estava envolvido emocionalmente com a conquista. O mundo ainda é mais bonito para piás, gurias e guascas adeptos do Internacional porque o Grêmio está a um ponto da zona de rebaixamento no Brasileirão.
Para a nação colorada, é hora de ir para o bar. Ou, como entoava a paródia de "Pelados em Santos" cantarolada nas arquibancadas, com "minha camisa vermelha, com a cachaça na mão", o Inter é campeão.
Durante as transmissões da final da Libertadores da América, a TV Globo de São Paulo colocou o candidato à Presidência da República da oposição, José Serra (PSDB) por três vezes no ar. No "Show do Intervalo", foram 11 inserções relacionadas ao horário gratuito de propaganta na TV. Além de uma entrada dedicada à corrida ao Palácio do Planalto, o tucano apareceu por duas outras vezes durante o tempo que seria dedicado aos deputados federais do PSDB.
Foto: TSE/Divulgação
Trata-se de um estilo de cerveja bem antigo, com mais de 400 anos, e que quase desapareceu na década de 1950. Felizmente, a fábrica Hoegaarden reavivou o estilo, muito por influência de Pierre Celis. Desde então, a popularidade das Witbiers belgas tem crescido constantemente. A cor pálida, opaca e o gosto refrescante são características transmitidas pelo trigo. O sabor também é influenciado pelos toques de limão e casca de laranja. Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, sâo excelentes para acompanhar queijos ou mexilhões. Para experimentar: Hoegaarden White, Brugs Tarwebier e Celis White (foto).