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O Santos venceu - e bem - o Atlético-MG na Vila ontem. O resultado foi motivo de muita festa na Vila, por três motivos: o primeiro, por ser um desfecho perfeito para a novela Neymar, já de final feliz desde a quinta-feira, quando foi anunciada a permanência do garoto na Vila - ele foi o melhor em campo, com um gol, um passe decisivo e outras jogadas. Os outros dois motivos de celebração foram a retomada do time no Campeonato e o terceiro foi que a vitória acabou sendo mais uma cutucada santista no "pofexô" Vanderlei Luxemburgo, que deixou o estádio sob os gritos de "uh, mercenário" e "1, 2, 3, o Luxa é freguês".
Mais que a vitória peixeira, o que aconteceu na Vila foi um bom jogo de futebol. Principalmente na primeira metade do jogo, quando Santos e Atlético mostraram apetite de bola. O Peixe entrou em campo com um 4-4-2, diferente do 4-3-3 habitualmente utilizado na temporada. E com duas surpresas entre os titulares: Zezinho no meio-campo e Marcel na frente (havia a expectativa que a 9 fosse vestida por Keirrison desde o pontapé inicial).
Com a formação, o Santos mostrou coesão no meio-campo e pouca fragilidade nas alas. O Galo lançava mão da velocidade e dos rápidos contragolpes para complicar a vida do Santos. Mas apesar das boas chances criadas, nada de gols.
Veio a segunda etapa e Keirrison estreou no Santos. E, seguramente, seu momento de maior visibilidade na peleja foi quando esteve na lateral do gramado para entrar em campo. Ele não jogou nada ontem. E "nada" no sentido mais literal do termo - não se pode dizer que ele jogou mal, visto que praticamente não pegou na bola. Não, não estou fazendo nenhuma análise rígida sobre o atleta e seu futuro no Santos, só estou dizendo que, ontem, ele não jogou nada.
O Atlético estava mais frágil na segunda metade do jogo e foi aí que o Santos chegou aos gols. O primeiro em um pênalti contestável. Que foi mão do zagueiro, foi; mas cabem discussões daquelas intermináveis sobre se ele teve intenção de levá-la à bola ou não. Neymar, que já vinha bem no jogo, cobrou com seriedade e assim abriu o placar. Minutos depois, ele daria um passe decisivo para Danilo (que estava mal no jogo até então) fazer o segundo e decisivo gol.
A vitória deixa o Santos com 21 pontos. 12 a menos que o líder Fluminense, mas é preciso ressaltar que o Peixe tem um jogo a menos. Num campeonato em que o Santos nada mais tem a almejar senão a taça, a perspectiva é de um time que lutará enquanto os matemáticos deixarem as chances em aberto. Quarta-feira, contra o Grêmio em Porto Alegre, será o caso de deixar claro se essa reação é para ser levada a sério ou não.