Destaques

terça-feira, outubro 02, 2007

Equilíbrio: sete décadas de SP x Palmeiras

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Leivinha, Chicão, César Maluco, Ademir da Guia, Piau e Pedro Rocha na decisão do Brasileiro de 1973: zero a zero e Palmeiras campeão (Morumbi, 20/02/1974)

Outro dia postei um histórico do confronto entre São Paulo e Santos e não me toquei de que o tricolor também não enfrentaria mais, neste ano, o Palmeiras. Por isso, faço o balanço agora e, depois do fim de semana (e de mais um "majestoso"), será a vez do "raio-x" contra o Corinthians.

Buenas: de 1936 a 2007, Palmeiras e São Paulo se enfrentaram 272 vezes, com 90 vitórias do alviverde (355 gols), 87 empates e 95 vitórias do tricolor (368 gols) - 0 que demonstra equilíbrio, no geral. O mesmo não acontece, no entanto, em duas competições distintas.

No Campeonato Brasileiro, o Palmeiras reina absoluto: 42 jogos, 16 vitórias, 20 empates e só 6 derrotas. Fez 57 gols e levou 44. Já no Campeonato Paulista, a situação é inversa: em 148 partidas, o São Paulo venceu 63, com 42 empates e 43 derrotas. Marcou 224 gols, contra 179 dos palmeirenses.

Pelo Rio-São Paulo, também dá Palmeiras: 24 jogos, 10 vitórias, 7 empates e 7 derrotas (45 gols pro, 34 contra). Já pela Libertadores da América, dá São Paulo: 8 confrontos, 6 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota (12 gols pro e 4 contra). Em torneios nacionais, os dois clubes se enfrentaram 28 vezes, com 12 vitórias para o Palmeiras (37 gols), 12 empates e 4 vitórias do São Paulo (20 gols).

O verdão também foi melhor nos amistosos: 12 partidas, 6 vitórias, 1 empate e 5 derrotas (fez 19 gols e levou 20). Em torneios internacionais, venceu os únicos dois jogos, fazendo 4 gols e levando só 1. Pelo Roberto Gomes Pedrosa, em 4 jogos, foram uma vitória para cada lado e dois empates (5 gols do Palmeiras e 4 do São Paulo).

O tricolor dá o troco na Copa do Brasil, onde venceu os dois únicos confrontos, fez 5 gols e levou 3. Por fim, no portentoso Supercampeonato Paulista, um empate e uma vitória são paulina, com 2 gols dos palmeirenses e 4 do adversário.

Quanto aos dois estádios onde mais se enfrentaram, o Palmeiras leva vantagem no Pacaembu: 120 jogos, 43 vitórias, 39 empates e 38 derrotas (180 gols pro e 168 contra). E o São Paulo é superior no Morumbi: 105 partidas, 42 vitórias, 38 empates e 25 derrotas (151 gols pro e 115 contra).

Em finais, também há equilíbrio. O Palmeiras levou a melhor nas decisões dos Paulistas de 1942, 1950 e 1972 e do Brasileiro de 1973, enquanto são-paulinos venceram os Paulistas de 1946, 1971 e 1992.

Figuras do Bar do Vavá (e do 666)

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Já há alguns anos que alguns futepoquenses conhecem o "cidadão da foto" (como pergunta o texto que reproduzo abaixo) lá do Bar do Vavá e também do 666, buteco para onde costumamos nos dirigir quando o primeiro fecha. Sem saber seu nome, e assustados com seus habituais rompantes e gritos solitários, apelidamos de "são-paulino maluco" - sintomaticamente, o texto abaixo também usa os termos "lunático" e "maluco beleza". Só depois descobrimos que ele se chama Cidão.
Domingo, dia de São Paulo x Inter, eu o encontrei perto de casa, quase na esquina do 666. Devidamente uniformizado, queria me vender um chaveiro do clube. Me contou que o João (irmão do Vavá) o expulsou do bar, dizendo que estava bêbado, e por isso ele quer que "aquela porcaria feche de uma vez!". Bom, eles que se entendam...
Mas Cidão é famoso: no DVD "Tetra", lançado pelo São Paulo após a conquista do Brasileirão de 2006, ele aparece três vezes respondendo sobre seu fanatismo pelo clube. E no blog "Torcedor São Paulo" descobri, além dessa foto e de um pequeno perfil, a informação de que sua imagem está "eternizada até no Memorial do São Paulo". Vejam o texto que copiei do blog:

LENDAS DO MORUMBI: CIDÃO
Você conhece o cidadão da foto? Para alguns, Aparecido. Para outros, simplesmente Cidão. Para muitos apenas um lunático, para outros uma verdadeira lenda das arquibancadas. Esse é o maluco beleza Aparecido, o "Cidão"! Cidão, torcedor sexagenário, foi um dos fundadores da Dragões da Real. Figura lendária no meio da multidão "vermelha" da DDR desde os anos 80, participava com afinco de programas extintos como a disputa de torcidas organizadas na TV Gazeta, na época que ainda se podia juntar duas torcidas para um programa de auditório. Após muitos percalços da vida, Cidão perdeu sua majestade e atualmente vive de sua fama e carisma vendendo bonés, chaveiros e gorros do tricolor nas imediações do estádio. Lógico, sempre antes ou depois dos jogos. Cidão, atualmente, também tem momentos de glória em participações especiais no programa Estádio 97 FM quando, segundo algumas testemunhas, costuma até babar de emoção no microfone, lembrando de seu tricolor querido! Cidão, para quem não sabe, tem sua imagem eternizada até no Memorial do São Paulo: Basta entrar no computador do Museu e procurar por "torcedor símbolo"... Dá-lhe Cidão!

Obrigado aos colegas do blog "Torcedor São Paulo", espero que não se incomodem pela reprodução de texto e imagem. O post tem data de 11/07/2007. Um abraço - e outro ao popular Cidão!

Nossa, Ermírio de Moraes elogia economia brasileira sob Lula!

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Um dos mais contumazes críticos do governo Lula e um dos mais conservadores representantes do chamado “setor produtivo” da economia, o empresário Antonio Ermírio de Moraes, presidente do conselho de administração do Grupo Votorantim, deu uma entrevista surpreendente ao Estado de S. Paulo de hoje.

Ao responder a primeira pergunta da entrevista assinada por Milton F. da Rocha Filho (“O sr. disse que esta seria uma entrevista diferente. Por quê?”), Ermírio de Moraes afirmou: “há um sentimento diferente em relação às outras vezes, quando eu dava entrevista e tinha que reclamar de muitas coisas erradas na economia. Hoje, as coisas andam bem, com mais equilíbrio e mais possibilidades de desenvolvimento do que de surgimento de problemas”.

Disse mais, sobre seu estado de ânimo: “Esta entrevista talvez seja a mais calma dos últimos 15 anos. Não há o que reclamar agora (...) Não há perigo de inflação de demanda por aqui. A indústria está atenta e há muitos investimentos em andamento”, analisou o empresário, que também falou de câmbio: “está indo bem. Acho que está em uma marcha bem razoável”, disse. “Nem a turbulência do mercado externo conseguiu perturbar a economia nacional”.

Acesse a entrevista.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Cachaça do Pai Nilson salva o Timão?

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Para tentar sair da zona nebulosa onde hoje se encontra e superar as óbvias dificuldades dentro das quatro linhas, nos escritórios da Polícia Federal e no Judiciário brasileiro, matéria do Terra diz que o Timão conta agora com "prestador de serviços espirituais".

A matéria “Pai Nilson usa cachaça e velas para salvar Corinthians” não deixa claro se há algum dirigente do clube na empreitada, mas para a Fiel surge mais uma esperança.

Leia aqui.

Nova campanha: FICA, NELSINHO!!!

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Considerando o sucesso da campanha VOLTA, NELSINHO!, saboreando o primeiro resultado obtido em sua reestréia no Curíntia (2 a 1 para o Sport, no Pacaembu), antegozando o calvário que serão as últimas dez partidas do time no Brasileirão e já prevendo um possível pedido de demissão por parte desse nobre treinador, lançamos aqui a campanha FICA, NELSINHO!!! Com hino e tudo:


Fica, Nelsinho!
Que você é da Gaviões
Eternamente
És a pior das opções

Fica, Nelsinho!
De vexame e derrotas mil
Foi quem levou
Mais goleadas no Brasil

Tua defesa é uma peneira
Teu ataque, negação
Vai cair com esse timinho
Pra segunda divisão

Nelsinho, fica!
Não tem mais jeito!
És do Curíntia
O treinador mais que perfeito!

Governador demite "gerúndio"

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O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), emitiu um decreto que entra pra lista dos mais bizarros da pátria amada, idolatrada. Ele demitiu o "gerúndio" dos órgãos do DF. Isso mesmo, deveras preocupado com o gerundismo (eu vou estar providenciando ou vou ver se vou poder estar providenciando), o governador resolveu acabar com a farra.

Óbvio que não são poucos os que se incomodam com essa moda tão praticada nos telemarketings e que se espalhou por todo o país. Pegou certa vez até mesmo o então ministro da Saúde José Serra, hoje governador de São Paulo, que falou em rede nacional de "outra vacina que vamos estar aplicando amanhã". Sua assessoria nega que ele seja marqueteiro ou telemarqueteiro.

Arruda diz, por meio da assessoria de imprensa, que "o ato é uma provocação e que a idéia é acabar com a típica burocracia dos governos". Não entendi a relação de uma coisa com a outra. Quem souber, que explique.

Segue abaixo a íntegra do decreto:

DECRETO Nº 28.314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007.

Demite o Gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA. Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007. 119º da República e 48º de Brasília JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Sobre rebaixamento

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Como nesse Futepoca eu e Anselmo somos os especialistas no tema, por torcermos para dois ex-segundona, da minha parte aqui vão os palpites:

Até a semana passada tinha certeza que desta vez meu Galo escaparia. Hoje, nem tanto. Apesar de ainda achar que o time do Atlético é melhor que os que estão na disputa (nada demais, é a história de ser mais alto que Nelson Ned). O alento é que o Galo joga ainda com Améria (RN), fora, mas esse é o time bônus do campeonato. Pega ainda Sport, Paraná, Juventude e Goiás em casa. Tem de ganhar de qq jeito essas partidas e conseguir mais alguns empates nas outras. Dá para escapar, mas hoje não aposto nada.

Sobre o Curinthia, desta vez parece que a vaca vai para o brejo. Além de estar em 18 tem pela frente neste mês de outubro Fluminense (RIO), em que pode até ganhar, São Paulo (xiiiii), Internacional, Náutico (em Recife), Figueirense em casa, Flamengo (fora). Se nesses cinco jogos não fizer pelo menos 8 pontos a coisa fica brava.
E nada parece que vai mudar. A não ser que o centroavante de pebolim, o Finazzi, dispare a fazer gols.

Sobre os outros times não vou escrever longamente, mas Paraná, Atlético (PR), Goiás, Náutico e até o Inter ainda correm sérios riscos na definição dessas duas últimas vagas classificatórias para o título da série B em 2008.

Não é praga, mas se o Botafogo não reagir logo, daqui a pouco estará perto da zona também. Perder para o Goiás de 3 a 0 no Maracanã é extremamente preocupante... Acho que não correrá esse risco, mas não sei não...

Prefeitura, bicicleta, “filhos”, “netos”...

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Gerardo Lazzari (esq.)/ Joice Oliveira (dir.)
Pelo que se lê na coluna da Mônica Bergamo de hoje, a amizade da vereadora Soninha (ex-PT, ingressando no PPS de Roberto Freire) com o governador José Serra (PSDB) vai de vento em popa.

Diz a nota da Mônica: O governador José Serra está preocupado com a candidatura de Soninha à Prefeitura de SP pelo PPS. "Ele me ligou e disse: ‘Tem certeza de que você agüenta? Você acha que vai fazer sua campanha de bicicleta e que vai ter tempo de ver sua filha?'". Soninha diz que já ouviu "todo tipo de tese" sobre sua candidatura -entre elas, a de que se lançaria para dividir a esquerda (NR: como já se observou neste blog) e ajudar a reeleição de Kassab, candidato de Serra. "Isso é bizarro. Serra é um amigo com quem converso sobre futebol, filhos e netos, religião e cinema. Outra coisa são as divergências políticas. Ele vetou vários projetos meus quando era prefeito."

Alguém quer apostar uma caixinha de cerveja em lata que a vereadora será secretária do governo Serra, em alguma pasta que lhe dê visibilidade e mais cacife para sair candidata em 2008?

domingo, setembro 30, 2007

Sobre contratações de técnicos

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"Belas" estréias tiveram os técnicos Nelsinho Baptista, no Corinthians (derrota de 2 a 1 para o Sport em pleno Pacaembu) e Mário Sérgio, no Botafogo-RJ (lambada de 3 a 0 do claudicante Goiás em pleno Maracanã). Agora vai!

Pé de cana

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Sexta-feira, 28 de setembro, fui cobrir a visita do presidente Lula a Santo André, quando ele vistoriou as obras do campus definitivo da UFABC (Universidade Federal do ABC) no município, adiantou em um ano o prazo para entrega da instituição, anunciou a compra do terreno para instalar um campus em São Bernardo e prometeu mais uma unidade da UFABC ou da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em Mauá. Sem perder a oportunidade, lembrou que, entre 2003 e 2007, o número de vagas nas universidades estaduais de São Paulo aumentaram apenas 16%, enquanto que as vagas federais, no Estado, aumentaram 76%. Para completar, falou sobre nossa imunidade econômica frente a crise nos Estados Unidos e também sobre a importância do investimento em biodiesel. Nesse momento, Lula disse:


- Qualquer analfabeto pode fazer um buraquinho e plantar um pé de mamona, um pé de girassol, um pé de dendê...

Daí, alguém na multidão que acompanhava o discurso gritou:

- Pé de cana!

E o Lula, impávido:

- Pé de cana principalmente, companheiro!

Esse é o meu presidente. (Foto: Luciano Vicioni/ ABCD Maior)

sábado, setembro 29, 2007

O jogo em que um pênalti foi batido quatro vezes

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Êta semana inusitada para quem gosta de futebol. Os dribles e gols de Marta lembrando a juventude do futebol, em que o inusitado habitava os campos. O tango encenado pelo Botafogo e, agora, o incrível pênalti batido quatro vezes.

Para quem não viu o jogo, Coritiba e Ipatinga empatavam até os 44 do segundo tempo em 0 a 0. No último minuto, o juiz marca pênalti (sei lá se foi, mas não é o que importa).

Na hora de bater, vai Ânderson Lima, lateral direito veterano. Bate a primeira, o goleiro Fred defende, mas se adianta, o bandeirinha marca e manda voltar. Segunda batida, mesmo canto, mesmo enredo. Terceiro, Ânderson bate mais no meio, o goleiro defende de novo e dá rebote, o lateral chuta de novo e marca, mas mandam voltar. Quarta vez, o goleiro acerta o canto, mas a bola entra.

A comemoração do Coritiba e de Ânderson é intensa. Do time porque abre vantagem de seis pontos para o Ipatinga, até então segundo colocado, consolidando o caminho de volta do Coxa para a primeirona. Do jogador, para não ter dois pontos em débito em seu fim de carreira.

Quem viu esta semana viu, o resto é história...

Observação: escrevo antes de começar a rodada do final de semana... Então, seja qual for o resultado de Atlético e Flamengo, não sei nem quero saber.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Sobre demissões de técnicos

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Oficialmente, Cuca (foto) não é mais o técnico do Botafogo. As informações davam conta que o técnico havia pedido o boné imediatamente após o vexame de ontem, no que fora demovido pela diretoria alvinegra; mas, após insistir e muito, Cuca finalmente teve sua demissão aceita e agora ingressa a lista dos desempregados do país.

Sem entrar na questão da culpa do técnico ou não pela eliminação do Botafogo, proponho um debate sobre a demissão dos técnicos - porque acho que, no Brasil, esse assunto é discutido de maneira muito precipitada.

Sabemos que por aqui não há técnicos com emprego "fixo" como os europeus, que passam, via de regra, no mínimo dois anos no cargo. Aqui, o cara que vira uma temporada no comando do mesmo clube já pode ser considerado um herói.

E essa postura imediatista na demissão dos técnicos é atacada de maneira feroz pela imprensa. "Tem que dar tempo pro cara trabalhar!", é o que mais se diz. O ruim é que a frase, que não é errada, virou um mantra infalível. De uma hora pra outra a imprensa se tornou uma opositora incorruptível de toda e qualquer demissão de técnico; trocar treinador é errado. "Tem que dar tempo pro cara trabalhar".

Eu contesto essa "verdade absoluta". E até apresento dados para embasar minha opinião. Os dois clubes brasileiros que faturaram o duo Libertadores-Mundial, o Inter/06 e o São Paulo/07, não tinham técnicos "de longo prazo" quando obtiveram a conquista. Abel Braga havia assumido o Colorado a cerca de seis meses e, no caso do Tricolor, a mudança foi ainda maior, com a troca de Émerson Leão por Paulo Autuori.

(E não venham, pelo amor de deus, me falar que o time do São Paulo foi fruto de um "planejamento a longo prazo, que teve início com o Cuca". Mentira. Se fosse isso, o Cuca não teria pedido pra sair após a eliminação para o Once Caldas, nem o São Paulo teria mudado significativamente seu time, com as contratações das peças-chave Mineiro, Josué, Luizão e Amoroso.)

Na contramão, temos os exemplos de Santos e Grêmio, que têm o mesmo técnico há quase dois anos e o máximo que conseguiram foram títulos estaduais - tá, OK, o Grêmio foi vice da Libertadores, mas a chegada à decisão foi mais circunstancial do que resultado de um projeto a longo prazo, e os próprios gremistas sabem disso.

É claro que não defendo a demissão prematura de técnicos. Acho que o Palmeiras, por exemplo, foi muito infeliz ao criar as condições para que Tite pedisse o boné no ano passado. Assim como o Flamengo não lucrou rigorosamente nada ao dispensar Ney Franco para trazer o eterno Joel Santana.

Mas minha receita para avaliar esse tipo de situação é muito mais simples: "cada caso é um caso". E pronto. Sem fórmulas prontas, nem pra um lado, nem pro outro.

CBF promete campeonato feminino

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Como sói acontecer quando a seleção brasileira feminina de futebol consegue alguma proeza, a CBF anunciou a criação de um campeonato nacional, nos moldes da Copa do Brasil. De acordo com o comunicado oficial da Confederação, há meses Ricardo Teixeira ordenou o início de um estudo para levantar os clubes que mantêm equipes femininas em atividade. O início da I Copa do Brasil Feminino deve acontecer no final de outubro, assim que o levantamento acabar.

Para apoiar a iniciativa, a CBF conta com o apoio do Ministério dos Esportes. Ricardo Teixeira, inclusive, faz questão de mostrar que, sem ajuda estatal, nada feito: "Estamos trabalhando firme e com seriedade para que a Copa do Brasil de Futebol Feminino se torne realidade. Para tanto, está sendo fundamental o apoio do Ministério do Esporte e o empenho pessoal do ministro Orlando Silva."

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério dos Esportes, o tipo de apoio à CBF ainda não está definido. Uma reunião na próxima semana deve oficializar o acordo entre as partes.

O papelão do Botafogo

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Aos 28 minutos do segundo tempo, o River Plate tem um jogador expulso. São 9 contra 10, os botafoguenses podem até tomar dois gols que se classificam para a fase seguinte da Sul-americana. Tomam um no minuto seguinte. Tomam outro cinco minutos depois. A crueldade é tomar o gol da desclassificação no último minuto de jogo. O sonho internacional do time carioca desaba de um forma vexatória.

O site Canal do Botafogo publica um texto de um autor intitulado Xiita do Fogão. Vale ler o desabafo:

Do alto dos meus quase 50 anos, a maior parte deles acompanhando o Botafogo, tive várias tristezas, mas igual a de hoje jamais.Sofri com o título roubado pelo Flu em 1971, com a Era Borer e o desmanche do Glorioso, com as goleadas de 6X0 e 6X1 para o "Império do Mal", com a perda do título estadual desse ano, com o Campeonato Brasileiro roubado pelo São Paulo no Morumbi durante os anos 80, com tantos outros dissabores, mas hoje teve um componente especial na minha tristeza. Estou triste porque entramos em campo predestinados a perder. Não porque algum atleta seja venal ou esteja vendido, mas, pela ausência de sangue, de atitude e pela repetição de erros antigos. Não perdemos a classificação no último segundo comos diz o noticiário, nós perdemos assim que entramos em campo. Se o River precisasse de 80 gols, 80 gols eles fariam sob o olhar atônito dessa defesa de autistas.

Acabo de saber que a delegação continuará em Buenos Aires treinando, faz sentido...

Esse time é trágico e melancólico, feito um tango.

"Eu mesmo sou carente", admite Jucá

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O mundo da pós-modernidade, da falência ideológica, da extinção da escatologia e do desamparo total e infinito é muito cético. Frio, distante, resulta em um mal-estar perene para quem nele vive.

Assim, logo que vemos um ato de pseudo-rebeldia, como o realizado pelo PMDB ao derrubar a criação da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo e de 660 cargos de confiança, já pensamos o pior. Os maldosos de plantão tiveram a ousadia de dizer que o partido queria mais algumas benesses do governo federal, como um ou outro carguinho, uma diretoria de estatal ou coisa parecida.

Nada disso. A seca Brasília precisa de amor. E o líder do governo Romero Jucá, do partido rebelde, matou a charada:

“É preciso um pouco mais de cuidado do governo com o Senado. Aqui se nota um pouco de carência. Todo mundo busca sentimento. Eu mesmo sou carente.”

Como diria uma antiga publicidade da Placar, todo animal precisa de carinho.

quinta-feira, setembro 27, 2007

É com Fernando e Afonso que a gente vai

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Saiu hoje a convocação do Dunga para a estréia do Brasil nas eliminatórias para a Copa de 2010. Nenhuma surpresa nos nomes. Infelizmente, o atacante Afonso e o volante Fernando (a pergunta continua: quem?) estão na lista. Seguem os nomes:

Goleiros:

Doni (Roma/ITA)

Júlio César (Inter de Milão/ITA)

Defensores:

Alex Costa (Chelsea/ING)

Alex Silva (São Paulo)

Daniel Alves (Sevilla/ESP)

Gilberto (Hertha Berlim/ALE)

Juan (Roma/ITA)

Kléber (Santos)

Lúcio (Bayern de Munique/ALE)

Maicon (Inter de Milão/ITA)

Meio-campistas:

Diego (Werder Bremen/ALE)

Elano (Manchester City/ING)

Fernando (Bordeaux/FRA)

Gilberto Silva (Arsenal/ING)

Josué (Wolfsburg/ALE)

Júlio Baptista (Real Madrid/ESP)

Kaká (Milan/ITA)

Mineiro (Hertha Berlim/ALE)

Ronaldinho Gaúcho (Barcelona/ESP)

Atacantes:

Afonso (Heereveen/HOL)

Robinho (Real Madrid/ESP)

Vágner Love (CSKA/RUS)


Quem poderia ter sido lembrado e não foi? Alexandre Pato? Ceni e Diego Cavallieri? Qualquer volante melhorzinho? Qualquer atacante que exista?

E com essa lista? Dá para garantir a vaga sem sustos?

Beber para esquecer não funciona, sugere pesquisa

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Beber para esquecer não é uma boa estratégia. Segundo a Agência EFE, o estudo é de pesquisadores da Universidade de Auckland, e foi divulgado pelo jornal neozelandês New Zealand Herald. O excesso de bebidas alcóolicas, apesar de impedir o desenvolvimento de células cerebrais, reforça a lembrança de estímulos altamente emotivos e memórias negativas.

A constatação de que há um reforço na memória sob efeitos excessivos de álcool, leva a pesquisadora Maggie Kalev a pensar "que é pouco provável que a idéia de beber para esquecer esteja certa".

Pior: o consumo moderado de vinho, o equivalente a um ou dois copos ao dia, pode melhorar a memória.

A partir da pesquisa, se começa a entender por que se discute tanto aquela partida de 1976 do campeonato paulista, ou ainda a política de comunicação do governo Lula, ou a mídia golpista em geral.

Tudo isso até agora só vale para ratos, as cobaias do estudo. A pesquisadora acrescentou que novos estudos poderiam servir no desenvolvimento do tratamento de problemas da memória, como os causados pelo mal de Alzheimer.

Cinco anos de um clássico inesquecível

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Amanhã faz 5 anos de um jogo inesquecível. Era a 15ª rodada do Brasileiro (turno único) e o Santos de Diego e Robinho, que começara o campeonato desacreditado e “candidato” à segunda divisão (mas terminou campeão), fazia um jogo emocionante, como são quase todos os Santos x Palmeiras.

Àquela altura do campeonato o Santos já era favorito. Mas, apesar do início que até prometia uma goleada, com um golaço de Robinho aos 21 do primeiro tempo, o Palmeiras regiu no segundo tempo, pressionou, teve um gol de falta de Zinho que bateu no travessão, entrou e o juiz não deu e, finalmente, o Alviverde empatou aos 42 minutos de segundo tempo, em falta batida por Arce.

Vale lembrar que, naquele jogo, o goleiro Marcos fez uma partida espetacular, como sempre fazia contra o grande Santos de 2002/2003. Resultado: 1 a 1.

Dias: o mais são-paulino que atuou pelo S.Paulo

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Os jogadores do São Paulo enfrentaram o Boca Juniors com faixas pretas no braço, numa justíssima homenagem àquele que foi, talvez, o jogador mais são-paulino que já atuou pelo seu time de coração: o ex-zagueiro/volante/meia/lateral Roberto Dias, que sofreu uma parada cardíaca quando treinava as categorias de base do clube, no domingo, e faleceu ontem, aos 64 anos. Na foto (amostra da Gazeta Press), ele aparece recebendo de uma checrete o troféu Velho Guerreiro, no programa do Chacrinha, da TV Record, em março de 1976
A causa mortis não surpreende, pois Dias foi um dos primeiros jogadores brasileiros a encerrar a carreira precocemente por problemas no coração. Depois de perder um filho pequeno, em 1969, ele passou mal em um treino e ficou um ano e meio parado, com risco real de morte. Porém, o destino resolveu fazer justiça com o único jogador de nível do fraco São Paulo da década de 1960 e ele conseguiu voltar ao campo para levantar seu primeiro título como profissional, o Campeonato Paulista de 1970. Ainda jogaria no México e no Nacional (SP) antes de pendurar as chuteiras aos 28 anos.

"Nasci perto do Canindé, quando era estádio do São Paulo, e um amigo me levou para jogar no clube. Eu já era são-paulino e estreei no time principal aos 16 anos, em 1959. No ano seguinte, disputei as Olimpíadas de Roma", contou Roberto Dias, recentemente, durante um encontro de ex-jogadores do Tricolor. Dias era tão refinado que está entre os poucos zagueiros que o próprio Pelé destaca como os melhores que enfrentou. E também era artilheiro: é o 24º maior goleador do São Paulo, com 76 gols, ao lado de Rogério Ceni. Pena, porém, que a maior parte de sua carreira no clube foi carregando piano ao lado de cabeças-de-bagre. Ao ser questionado sobre quando o time estaria pronto para ganhar um título, um técnico da época fez um trocadilho fantástico: "-Dêem-me dez Dias...".
Cresci ouvindo histórias sobre suas façanhas, Dias sempre foi um herói mitológico para mim. Talvez por ter livrado o São Paulo de muitos vexames na época mais precária do clube. Porém, por ter jogado numa época em que o futebol não dava dinheiro e o Tricolor priorizava a construção do Morumbi (além de ter encerrado a carreira antes da hora), Dias sofreu dificuldades financeiras. Por isso, nos anos 1980, o clube o chamou para treinar a molecada. "Tudo o que sou e o que tenho devo ao São Paulo", confessou, certa vez. Para todos os verdadeiros são-paulinos, Roberto Dias significará, eternamente, o próprio distitinvo do clube. O símbolo máximo do que é torcer pelo São Paulo. Valeu, Dias! Que esteja em paz.

Cena insólita

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Futebol também vive de maniqueísmo e generalizações e, aqui no Brasil, os são-paulinos convivem com o rótulo de "time de elite" (estou esperando minha riqueza há anos...) e os curintianos, "time do povão". Pois então: ontem, por volta das 8 da noite, peguei um busão em São Bernardo e desci na inóspita e escura praça que dá acesso à estação Pedro II do metrô. Meio ressabiado (porque, repito, o lugar é meio barra pesada), tratei de apressar o passo quando, de longe, notei que um grupo discutia aos berros ao lado de uma banca de revista. Em pé, um "burguês" de meia idade, careca, de óculos, roupa fina, casaco de couro, celular último tipo, limpo e perfumado, discutia apoplético com quatro mendigos que estavam sentados em uma mureta, no canteiro do gramado elevado. Que, como a maioria dos mendigos, estavam sujos, rasgados, mal-cheirosos e alegremente bêbados. Pensei: "-Isso vai dar merda, a polícia vai aparecer daqui a pouco pra proteger o 'cidadão de bem' - o careca". Mas não podia evitar de passar pela confusão, pois eles estavam parados em frente a única entrada do metrô a que eu tinha acesso. Quando fui me aproximando, percebi que a inusitada "briga de classes" era por causa de futebol. E, para meu espanto, um dos mendigos se levantou e enxotou o careca, gritando: "-Vai embora, curintiano! Cai fora! Aqui você tá na ala são-paulina!". E os quatro mendigos ficaram gritando "-É tricolor!" enquanto o "burguês" entrou na banca de revistas resmungando alguma coisa parecida com "bambis". E eu segui meu caminho, ruminando essa cena digna de Buñuel...

Soninha, a ambiciosa, do PT rumo ao PPS

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Soninha é uma figura alegre, espontânea, talentosa. E, no trato pessoal, adorável. Votei nela em 2004 para a vereança paulistana. Mas as indicações – dadas por ela mesma durante seu mandato na Câmara Municipal – de que é uma personalidade política mais ambiciosa do que o recomendado a quem se diz interessado em causas sociais, se confirmaram com a sua mudança de partido, do PT pro PPS. "Passei a vida colecionando idéias de roteiro. Passei vários anos, especialmente os últimos, pensando o que eu faria se fosse prefeita", disse ela, segundo a Folha On Line de hoje.

A proximidade com Serra há tempos é comentada nas rodas políticas, assim como a demonstração, dada por ela mesma, de que sua ambição é ser do Executivo. Duas coisas que se encaixam.

Ela deve ser candidata à prefeitura em 2008. Não vai levar, mas vai servir de instrumento dos candidatos direitistas de São Paulo para dividir a esquerda, apesar do falso discurso que já ensaia, de que não “concordo com o consenso paulistano de que Alckmin foi um bom governador” e blablablá. Porque, obviamente, fará um discurso de esquerda. Talvez como o velho Fernando Henrique Cardoso nos anos 70 e 80.

Soninha vai dar uma refrigerada nas catacumbas da direita de São Paulo.

Brasil faz história

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A seleção brasileira feminina fez história. Pela primeira vez chega à final de um Mundial, e com um futebol de encher os olhos. As jogadas e a atuação de Marta, com somente 21 anos e a melhor do mundo, é de deixar muito marmanjo embasbacado. Hoje, no quarto gol contra a poderosa seleção norte-americana (com todas as titulares, ao contrário do Pan, cuja vitória brasileira foi tratada com desdém pelos céticos de plantão), ela simplesmente inventou um novo drible.


A bola chega, ela toca do pé direito pro esquerdo sem deixar a bola cair, e, com o calcanhar, dá um "drible da vaca no ar". Mais um drible que deixa uma segunda gringa no chão e o chute fulminante para o gol. Inacreditável. Não é à toa que no caminho pro trabalho, todos os botecos sintonizavam a partida e a freguesia não tirava os olhos do televisor.

Vi outro dia os melhores momentos de Santos e Corinthians, um 3 a 3 no Paulista de 1957. Foi o jogo em que o Timão ganhou a Taça dos Invictos. Cláudio, Baltazar e Gilmar dos Santos Neves (que teve atuação sensacional) de um lado; Zito, Pagão e um menino chamado Pelé, que marcou os três tentos do Peixe. Um jogo com grandes lances, belos gols, lançamentos, passes inesperados. E assistir às partidas do futebol feminino lembram um pouco essa época do futebol.

Lembram simplesmente porque naquela época a força física era um fator que não contava tanto para se fazer parte de uma equipe. Por isso os volantes habilidosos, os atacantes que sabiam matar a bola, os zagueiros que saíam com desenvoltura de trás. Hoje, o atleta precisa ser aplicado, correr muito, chegar junto, dividir todas as bolas, obedecer ao "professor". Tem que ser "exemplo", mas é preciso também ser macho. De preferência, não pode fazer firula, porque isso é coisa de gente irresponsável. E futebol, ele precisa realmente saber jogar?

Esse é o motivo, acredito, que muitos homens ainda resistam ao futebol feminino. De fato, às vezes ele parece uma mera brincadeira, como nos parecem igualmente falsos os teipes das décadas de 50 e 60.

Prefiro, sem sombra de dúvidas, a brincadeira.

Noite gloriosa

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Dane-se que a Copa Sul-americana vale só para encher os cofres dos clubes. O jogo entre São Paulo e Boca Juniors ontem à noite me fez vibrar como na época em que eu comecei a torcer pelo Tricolor. Terminei o jogo tremendo, com o coração acelerado e a alma lavada. Nem a vitória em cima do Atlético Paranaense na final da Libertadores de 2005 se compara com esse jogo. Talvez o jogo contra o Liverpool, na final do Mundial. Como me arrependi de não ter ido ao Morumbi!

O jogo começou quente. O Boca quase marcou aos 30 segundos. No contra-ataque, foi a vez do São Paulo desperdiçar uma boa chance. Mas nessa altura eu ainda estava no ônibus, tentando voltar para casa. Pelo que ouvi, o primeiro tempo foi praticamente dominado pelo São Paulo, que criou algumas chances, mas ficou no zero. Já o Boca catimbava e tornava o jogo lento.

No início do segundo tempo (já estava em casa), Aloísio - que acabara de substituir Borges - ganha da zaga na força e faz o gol tricolor. Ouvi mais tarde que ele levou a bola no braço, mas não vi isso não. A partir daí o Boca parou de demorar 20 segundos para cobrar um lateral e teve que sair para o jogo. Foi só emoção. 40 minutos - contando os acréscimos - de nervosismo e tensão. Teve bate-boca na área do são Paulo, pelo menos 5 escanteios seguidos para o Boca entre os 35 e 40 minutos, 3 jogadores do São Paulo contundidos ao mesmo tempo (Souza, Aloísio e Leandro contribuiram para que o jogo ficasse parado uns 5 minutos). Aloísio aguentou até o fim com um problema muscular, e mesmo assim deu arrancadas, marcou e foi fundamental para prender a bola quando o jogo apertou.

Aos 49 minutos e 20 segundos, o juiz apitou e o Morumbi - e eu também - soltou o grito que estava entalado contra o Boca fazia tempo. As imagens de torcedores do São Paulo chorando na arquibancada estão aí para provar que eu não estou exagerando.

Eliminar o Boca: eu recomendo!

Por conta da "batalha", Souza e Aloísio preocupam para o jogo contra o Inter no Brasileiro, o campeonato que importa. Mesmo assim, a confiança está em níveis estratosféricos hoje. A minha, pelo menos. Alguns membros desse blog conhecem a minha teoria, de que se o São Paulo eliminasse o Boca, ninguém mais segurava no Brasileiro. Eliminou. Agora é contar as rodadas para ser campeão.

Posso até queimar a língua, mas hoje tá difícil de segurar!

30 anos de um título histórico

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Juntar as expressões "quebra de jejum" e "1977" na mesma frase é algo que, para nós, paulistas, traz de imediato à mente nomes como Basílio, Corinthians, Ponte Preta, Rui Rei e outros. Mas em outro lugar do país 1977 também é sinônimo de quebra de fila. Trata-se do Rio Grande do Sul, quando, em 25 de setembro daquele ano - 30 anos, portanto - o Grêmio levantou o título estadual após oito anos de jejum.

"Mas oito anos nem é tanto assim", dirão os amigos leitores, em especial os palmeirenses, cuja fila chega a exatos oito anos nesse 2007. Oito anos podem não parecer tanto para nós, mas para os gremistas, que viram cada um dos títulos estaduais parar na mão do rival Internacional, esses oito pareceram uma eternidade.

Que foi rompida com o gol de André Catimba, cuja comemoração está na foto (e também no vídeo aqui). Aliás, essa comemoração merecia um post à parte. Catimba pulou para dar uma cambalhota, o que era sua marca registrada; mas no meio do salto percebeu que não conseguiria executar o movimento e se estatelou com tudo no chão. Tanto "com tudo" que ele precisou deixar a partida. Imaginem se o Grêmio perde o título?

Mas não perdeu. Pelo contrário, venceu, interrompeu a série de oito títulos seguidos do rival e iniciou um momento tido pelos gremistas como um dos melhores de sua história. É só pensarmos que quatro anos depois dessa taça o Grêmio seria campeão brasileiro; e seis depois, da Libertadores e do Mundial. Sem contar o bi-gaúcho de 79/80 e a assombrosa sequência de seis títulos entre 1985 e 1990.

A façanha tricolor ganha ainda mais peso se levarmos em conta que o rival Inter tinha, para repetir a frase feita, também um dos maiores (senão O) times da sua história, a base bicampeã nacional em 1975/6.

Ficha técnica da peleja:

Grêmio 1x0 Internacional
Final do Campeonato Gaúcho de 1977
25 de setembro de 1977
Gol: André Catimba, aos 42 do primeiro tempo

GRÊMIO
Corbo, Eurico, Cassiá, Oberdan, Ladinho, Vitor Hugo, Tadeu Ricci, Iura (Vilson), Tarciso, Andre (Alcindo), Éder.
Técnico: Telê Santana

INTERNACIONAL
Benitez, Bereta (Batista), Marinho, Gardel, Vacaria, Caçapava, Escurinho, Batista (Jair), Valdomiro, Luizinho, Santos (Dario)
Técnico: Gainete

quarta-feira, setembro 26, 2007

Dualib, sobre o título de 2005: "- Roubado!"

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Tá, tudo bem, o assunto já foi tratado aqui. Mas merece um post exclusivo e, por isso, cumpre-me o árduo dever de registrar, com o devido destaque, o diálogo de Alberto Dualib (foto), ex-presidente do Curíntia, admitindo para o empresário Renato Duprat que o título de 2005 foi garfado. Segue a transcrição do grampo da Polícia Federal (o grifo é meu):

Dualib: Eles vão falar: 'Mas como é que ganhou ano passado?'. Ganhou porque, se não fosse aquela p... de anulação de 11 jogos, nós estávamos fora. Porque campeão de fato e de direito seria o Internacional. Porque nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente e chegamos, entendeu, um ponto só. Roubado!

Essa fica para a posteridade.

Embaixadora da ONU, tenista e mais o quê?

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Sharapova e LeBron James
A tenista russa Maria Sharapova, por quem muitos amantes do tênis e de todos os outros esportes em geral suspiram, não é só rica, famosa e bela.

Tem sido também requisitada para boas causas. Embaixadora da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), a tenista acaba de posar ao lado do astro da NBA LeBron James (do Cleveland Cavaliers) para uma sessão de fotos (acima) que teria (ou tem, sei lá) o objetivo de usar a imagem dos atletas para arrecadar fundos ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas contra a pobreza, a exploração infantil e as doenças.

Sharapova é atualmente quarta colocada no ranking da WTA. Ela tem 3.235 pontos, atrás de Justine Henin (5.200), Svetlana Kuznetsova (3.609) e Jelena Jankovic 3.445).

Ao contrário da ex-musa do tênis Anna Kournikova, que sempre foi bela e nunca ganhou quase nada (mas somou prêmios de, no total, U$ 3,5 milhões), Sharapova já conseguiu três títulos top: Wimbledon (2004), o Mundial (2004) e o US Open (2006). Ela já embolsou a quantia de U$ 9,7 milhões.
Na carreira de simples, como profissional, Sharapova tem um retrospecto de 269 vitórias e 64 derrotas. Este ano, a tenista não foi bem em Grand Slams. Mesmo assim, chegou à final do Aberto da Austrália, mas perdeu para a norte-americana Serena Willliams. Em Roland Garros (Paris), caiu na semifinal, derrotada pela sérvia Ana Ivanovic.
Ainda nesta quarta-feira, ficou confirmado que Sharapova vai mudar seu calendário de 2008 para jogar pela Rússia na Federation Cup, condição para as tenistas ganharem condições de disputar as Olimpíadas.

Os amantes do tênis, esse esporte que impulsiona multidões, podem obter mais informações no site da WTA ou mesmo no de Maria Sharapova.

Mais uma má notícia para o Curinthia

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Não vai dar em nada, provavelmente, até porque parece que esse procurador quer dar uma de Zveiter e só aparecer, mas Paulo Schmitt prometeu pedir a abertura de inquérito para investigar a parceira Corinthians/MSI.

E o principal alvo será a declaração do ex-presidente corintiano Alberto Dualib de que o título daquela temporada foi roubado dos colorados.

"...porque campeão de fato e de direito seria o Internacional...", diz Dualib a Duprat.

Como se vê, essa parceiria pode render muito ainda. Se comprovada a fraude, dificilmente o time do Parque São Jorge perderá o título, mas há risco de punição (mais que merecida) aos dirigentes e até mesmo de rebaixamento do time, o que ainda pode ser conseguido no campo...

terça-feira, setembro 25, 2007

Portuguesa bate Vitória em jogo de viradas

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Torcida do Vitória deixa o Barradão
Sou obrigado a atualizar a notícia. A proeza de que falei abaixo aconteceu e a Portuguesa conseguiu uma excelente vitória contra o Vitória, dentro do Barradão.

O jogo foi tecnicamente fraco, mas o que faltou em técnica sobrou em luta e emoção. O jogo começou 1 a 0 para a Lusa (em falta cobrada por Preto), mas o time de Vágner Benazzi levou o empate ainda no primeiro tempo. No segundo, virada do Vitória. Parecia ser a confirmação da lógica (o time da casa tinha o apoio da torcida que lotou o estádio), mas Diogo empatou para a Lusa num cruzamento, contando com a falha da zaga adversária.

Pressionada, a Portuguesa dava a impressão de que não resistiria à pressão dos baianos. Mas o domínio do Vitória era desorganizado. Numa roubada de bola na defesa, Vaguinho recebeu no melhor estilo de seu homônimo corintiano dos anos 1970, mas pela esquerda, conduziu até a área e, quase sem ângulo, de canhota, chutou no canto oposto (foto). Nova virada, 3 a 2, e o time do Canindé deu importante salto rumo à volta à elite, principalmente por vencer fora de casa um adversário que disputa com ela uma das vagas. Precisa saber se a famosa instabilidade não volta.
No outro jogo, em Campinas, a Ponte Preta levou 2 a 1 do Marília.
A classificação passa a ser a seginte (até o 10°):

Classificação

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Portuguesa -44 (um jogo a mais)
4 - Vitória – 41 (um jogo a mais)
5 - Criciúma - 41
6 - Marília – 40 (um jogo a mais)
7 - Brasiliense/DF - 40
8 - Ponte Preta – 38 (um jogo a mais)
9 - Grêmio Barueri -38
10- Gama - 37

Lusa: agora vai ou agora não vai?

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No Brasileiro da Série B, a Portuguesa está tão próxima da zona de acesso (onde estava antes da rodada passada) que seus torcedores mais ferrenhos têm motivos para ficar com um pé atrás. Como a Lusa gosta de fazê-los sofrer.

Antes da 27ª rodada (hoje e sexta-feira), o time do Canindé está em quinto lugar, com o mesmo número de pontos (41) de Vitória e Criciúma. Poderia estar em terceiro, se tivesse conseguido os três pontos contra o São Caetano na sexta-feira, 21, mas ficou no 0 a 0.

Daqui a duas horas, a Portuguesa tem um adversário indigesto: o Vitória, na Bahia, no chamado duelo de seis pontos. O empate é um bom resultado, mas com ele a Lusa pode terminar a rodada em 7° lugar, se o Brasiliense ganhar do Fortaleza em Brasília (na sexta) e a Ponte Preta bater o Marília em Campinas por 2 a 0 ou mais (hoje). Mesmo se perder logo mais, apenas a Ponte e o time da capital federal podem superar a Lusa na rodada. Se ela vencer (o que seria uma proeza), supera o Vitória e entra no G-4 de novo.

Depois, outro jogo fora, dessa vez contra o Paulista em Jundiaí, na terça, 2. Vai ou não vai, Lusa?

Série B
Classificação antes da 27ª rodada

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Vitória - 41
4 - Criciúma - 41
5 - Portuguesa -41
6 - Brasiliense/DF - 40
7 - Ponte Preta - 38
8 - Grêmio Barueri -38
9 - Marília - 37
10-Gama - 37

Agora, vai...

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Como os corinthianos futepoquenses não se manifestam, uma notícia da busca da tão almejada série B, o projeto campeão dos aflitos 2008. Assume hoje Nelsinho Batista, que acabou de ser dispensado da Ponte Preta.

Isso não é nada, nada mesmo. Nelsinho é um técnico B que um dia se perdeu no caminho.

Pareceu que se tornaria grande técnico, dirigiu os maiores times brasileiros, agora não serve nem para o Ponte, mas vai para o ex-timão. Melhor retrato do momento atual do Parque São Jorge é difícil.

Por falar no santo, até ele deve estar envergonhado da confissão do ex-presidente Dualib, aqui reproduzido em diálogo publicado pelo portal G1, da Rede Globo.

“- Nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente (do Inter) e chegamos (N.R.: faltando cinco rodadas a vantagem era de seis pontos e não de 14), entendeu, um ponto só... roubado - diz Dualib, durante conversa com Renato Duprat, empresário ligado ao grupo MSI, ocorrida no ano passado.”

“- Olha se não tivesse aquela m... daquela anulação de 11 jogos, nós estaríamos fora... porque o campeão de fato e de direito seria o Internacional - completa Dualib.”

São Jorge que se explique...

Argentinos mostram força no Mundial Gay

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Começou ontem o Mundial de Futebol Gay, promovido pela Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (IGLFA) em Buenos Aires, na Argentina. Essa é a oitava edição da competição, iniciada em 1997 e 28 equipes disputam o título.

Os selecionados que representam o país-sede já mostraram toda sua força na primeira rodada. Diante de três adversários norte-americanos os argentinos levaram a melhor. Os Dogos SN venceram por 7 a 0 o Atlanta Hot, já os Dogos RN ganharam por 5 a 2 dos DC Feds. Outro representante portenho, o Amerika, venceu por 2 a 0 o SF Spikes.

Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o subsecretário de Esportes de Buenos Aires, Claudio Andrilli, o presidente da Comunidade Homossexual, César Cigliutti, e o representante da Associação de Futebol Argentina (AFA) Daniel Pellegrino. A Argentina é o primeiro país da América Latina cuja federação de futebol reconhece de forma oficial uma seleção homossexual.

Ainda durante a abertura foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Aids e todos os membros das 28 equipes se reuniram em torno da bandeira do arco-íris, símbolo dos movimentos homossexuais.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Com a voz da experiência

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No programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o apresentador Flávio Prado perguntava aos presentes se o São Paulo já é campeão brasileiro. Como se desse um recado aos dirigentes do Cruzeiro, o conselheiro curintiano Romeu Tuma Júnior (foto) respondeu: "- Só perde se houver uma reviravolta muito grande. Precisava aparecer outro juiz igual aquele de 2005 (referindo-se a Edílson Pereira de Carvalho), daí mudava tudo". Juro: ele usou a expressão "precisava", mesmo. E falou isso sério, pensativo. Ninguém deu risada ou entendeu a coisa como brincadeira. Preferiram fingir que não ouviram e mudaram de assunto.

Empate de erros

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Nada a comemorar no jogo do Galo contra o Inter no Mineirão.

O alvinegro fez bom primeiro tempo, perdeu uns cinco gols claros, inclusive um pênalti. A tragédia começou no segundo, em que em duas bobeiras da defesa o time gaúcho fez dois gols de cabeça, num deles com todo mundo olhando o Fernandão subir sozinho de cabeça.

Quando tudo parecia perdido, com mais de 40 minutos do segundo tempo, a torcida em casa gritando olé para o adversário e o Inter pedendo várias chances de fazer o terceiro, eis que numa cobrança de falta o zagueiro sobe, a bola chora, o goleiro tira de dentro da linha, mas o juiz felizmente marca corretamente o gol.

Saída, aos 44, o lateral do galo invade a área pela direita, cruza e Vanderlei, que entrara há pouco tempo, empata. Nova saída e, aos 47, o Galo tem a chance de fazer o terceiro e ganhar o jogo. O goleiro Renan, que falhara antes, se redime e defende.

No festival de erros que foi o jogo, acabou sendo um empate justo.

Mas alguns destaques. Primeiro, nenhum time que queira algo no campeonato pode perder tantos pênaltis. Lembrem-se do perdido contra o São Paulo aos 45 do segundo tempo.

Segundo, nunca vi dar certo, mas ontem, no desespero, o Leão chegou a botar quatro atacantes, três deles centroavantes. Teve de corrigir porque um dos atacantes, Éder Luiz, o melhor até então no jogo e o único de velociodade, se machucou, e ele pôs um meia, o Tchô. Mas ficou com três atacantes e só um volante.

Terceiro, nada disso teria dado certo se a defesa do Inter não errasse tanto. Parece muito maltreinada. E entrega no final do jogo.

Conclusão com uma historinha. Quando o Galo caiu, em 2005, eu vi que a coisa daria errado no dia em que estava ganhando de 2 a 0 do Fortleza, em casa, aos 20 minutos do segundo tempo e tomou uma virada para 3 a 2.

Ontem, pela situação, fiquei com a sensação que este ano não cai. É daqueles empates, que mesmo proporcionado por erros do próprio time, dão moral.

Outro dado interessante deste campeonato. Existem nove times entre os 33 e os 36 pontos. Com uma vitória é possível chegar ao 12, 13 lugar. Com duas derrotas, o Inter, o nono, pode ir para o G4 fatal.

Se na parte de cima da tabela os Bambis já são campeões, o título da segundona em 2008 ainda será muito disputado.

Carros como armas

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Reprodução
Não tenho nada a ver com a vida do ótimo ex-centroavante Casagrande (na foto, socorrido pelos bombeiros), mas a cobertura de seu acidente na chamada mídia televisiva é “blindada” por um corporativismo ridículo. Até a concorrência fez uma cobertura lamentavelmente acrítica: no programa Bate Bola de domingo, o estridente pretenso narrador Paulo Andrade, da ESPN Brasil, deu vivas às boas notícias da noite, segundo as quais o acidentado já estava bem melhor. Não que eu quisesse que o cara tivesse se dado mais mal ainda, mas não tem questionamento nenhum, não?

Quem conhece a região onde se deu o acidente de sábado à noite há de se perguntar: como ele pode ter capotado um Jeep Cherokee ali daquele jeito? A rua Tito – paralela à rua Coriolano, próximo às ruas Camilo, Aurélia e Catão –, é tranqüila, estreita e tem pouco movimento à noite. É difícil imaginar como alguém pode ter batido e arrastado quatro automóveis, sendo que dois ficaram “completamente destruídos”, e ainda ter capotado naquele local da Vila Romana, entre a Lapa e a Vila Pompéia, na zona Oeste da capital.

Já que ninguém pergunta, pergunto eu: como?

O próprio ex-atleta, segundo as reportagens que li, disse aos policiais que toma tranqüilizantes e havia ingerido pequena quantidade de vinho. Ah, tá.

A sorte é que, justamente por ser um local tranqüilo, o acidente não feriu nem matou ninguém. Sorte de quem, por fatalidade, não estava ali.

Se não tenho nada a ver com a vida do Casão, como cidadão acho terrível que celebridades usem seus carrões nas ruas como se usassem armas. E ninguém fala nada.

Duro de assistir...

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Gostaria de discordar do tom do post do Anselmo sobre o Derby de ontem, mas não posso. O Corinthians praticamente não jogou. O Palmeiras, que também fez muito pouco, foi mais alto que o Nelson Ned, numa comparação politicamente incorreta. O jogo foi duro de assistir, óbvio que ainda pior para os corintianos.

É uma tristeza ver o meu time tão desorganizado, tão sem pé nem cabeça. Ficou todo mundo lá atrás quase o jogo todo e mesmo assim não conseguia se defender de forma segura, estourava tudo em Felipe. Os contra-ataques morriam numa enxurrada poucas vezes vista de passes errados.

Meu pai disse que falta atitude para os jogadores do Corinthians. Talvez, mas eu acho que o problema é de limitação técnica e tática mesmo.

Sobre tática, levanto uma questão. Depois do gol alvi-verde, o Timão resolveu ir para a frente e passou a sofrer menos. Não teve nenhuma chance claríssima, mas tomou menos sufoco. É praticamente consenso que, quando seu time é ruim, monte uma retranca. Será que isso sempre se aplica?

Bêbado em ladeira

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A vitória de 1 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians no Morumbi, no domingo, 23, teve resultados extremados na tabela. Enquanto o alviverde foi parar entre os quatro primeiros, o alvinegro de crises mil, foi para o G4 que ninguém quer estar: o do rebaixamento.

Vitória foi magra, mas foram quatro as defesas de Felipe, o arqueiro instável. Apenas uma de jogada individual de Caio. O restante, embora em importantes jogadas, saíram de escanteios e quetais. O próprio tento verde-limão-siciliano saiu em cruzamento a partir lance de bola parada.

A questão é que, se o Palmeiras não foi brilhante, fez o suficiente para criar a impressão de que foi bem superior ao adversário sem-estádio, sem-técnico, sem-presidente. É a comparação com um time bêbado em ladeira, devidamente empurrado.

Mesmo assim, é bom ganhar do Corinthians. Vida longa à ladeira e à embriaguez alvinegras.

sábado, setembro 22, 2007

Reprise

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A imagem é do blog Peixe-Palhaço e a Placar de fevereiro de 1971 mostra que escândalo no Corinthians não é propriamente uma novidade...

sexta-feira, setembro 21, 2007

João Paulo Cunha, mídia, ‘mensalão’ e CPMF

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Eduardo Metroviche
Esta semana, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) deu uma entrevista ao repórter Leandro Conceição, do jornal Visão Oeste, de Osasco, que por acaso eu edito. Um dos temas sobre os quais ele falou, claro, é um dos que mais abordamos aqui no Futepoca: mídia. “Aquela faixa na comemoração da vitória do Lula na Paulista era e é uma frase emblemática: ‘o povo derrotou a mídia’. É verdade, a mídia continua fazendo o papel que a oposição não consegue fazer”, disse.

Evidentemente, ele é questionado sobre o chamado “mensalão” e diz por que é a favor da CPMF. Ser contra a CPMF hoje é um dos lugares-comuns mais difundidos, embora a maioria que diz ser contra não saiba explicar a não ser com os chavões de sempre.

Enfim, a quem interessar possa, a entrevista está aqui.

Movimento Fica, Dualib sofre Golpe

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Ainda não é mortal, mas o movimento Fica, Dualib sofreu grande golpe nesta sexta-feira. Segundo o ex-jornalista e atual sei-lá-o-quê Juca Kfouri, nosso herói enviou nesta sexta-feira carta de renúncia à presidência do clube.

Hoje à tarde, o presidente do Conselho Deliberativo formalizará a decisão e convocará eleições.

Que pena, como farão agora os adeptos do movimento com o ex-presidente saindo do Curinthia antes de terminar sua obra, o time na segundona?

Mas acho que o próximo habitante da presidência do Parque São Jorge conseguirá o feito ainda neste ano...

Adriano bebia até para dormir

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Mostra de que dois dos pilares do Futepoca andam muito juntos são as notícias sobre o comportamento do centroavante Adriano, da Inter de Milão e titular da seleção brasileira na Copa de 2006. Nesta sexta-feira, 21, ele admitiu, segundo a Agência EFE, que bebia até para dormir.

O figura havia sido flagrado molhando a palavra por diversas vezes, e exagerando outras tantas. Os efeitos soníferos do álcool não são conhecidos pelos autores do Futepoca exceto por meio da literatura, já que reina aqui o comedimento.

De tantos problemas com a água que passarinho não bebe, Adriano não foi inscrito na Liga dos Campeões. Mesmo não sendo um problema exclusivo o brasileiro, o fato é que as noitadas reduziram o desempenho do "Imperador".

Adriano reconheceu ter perdido um ano e meio de sua vida, mas explicou que são coisas que podem ocorrer com qualquer um. E que o importante é que a gente aprende com essas coisas. De volta aos gramados, ninguém sabe se ele voltará a ser ídolo do clube italiano.

A distância do filho e da mãe, até este ano, e outros motivos que ele não revela por completo o deixaram deprimidos. Felicidade o salário milionário não garantiu. "É claro que o dinheiro ajuda, mas a felicidade não pode ser comprada. Quando você está mal, o dinheiro não te ajuda", ensina.

O diagnóstico da família do atleta é de que ele é uma boa pessoa, o que faz com que muita gente queira se aproveitar disso para enganá-lo. Ele não explicou quais foram os contextos em que ele foi enganado nem quantas ele tinha tomado antes desses episódios. Mas a existência desses aproveitadores reforça a teoria do mestre Mouzar Benedito, ex-jurado de concursos de cachaça, de que, para o pessoal parar de beber, teria que, antes, melhorar o mundo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ana Paula só volta aos gramados em 2008

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira foi reprovada no teste físico anual da Fifa na tarde desta quinta-feira, 20. Ela está com uma inflamação óssea no tornozelo. A recuperação deve durar mais do que cinco dias, prazo para o próximo teste, na terça-feira. Por isso, ela só deve retornar aos gramados em 2008, no Campeonato Paulista.

Na terça-feira, ela teria uma última chance. A contusão teria ocorrido na preparação e, não fosse a motivação, ela declarou que nem tentaria participar. A reprovação instiga a polêmica a respeito da capacidade ou não das mulheres acompanharem os 90 minutos de um jogo. Como ela adiou o teste da semana passada, fica claro que a inflamação existe.

Na primeira parte, de seis tiros de 40 metros em 6,4 segundos, Ana Paula conseguiu. Mas na fase seguinte, parou na sétima das 20 repetições de corrida. Ela teria 35 segundos para correr 150 metros, seguido de 45 segundos para andar 50 metros e disparar novamente.

A última partida que teve a moça abrilhantando as laterais foi a semifinal da Copa do Brasil, em maio. Na ocasião, a partida entre Botafogo e Figueirense, quando anulou dois gols da equipe carioca e foi posta na geladeira.

Os fãs da bandeirinha terão de se contentar em vê-la na edição de extra da Playboy ou em alguma aparição relâmpago, como o desfile de moda na semana passada.

Divulgação

Desprendimento

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Um grupo de austríacos está tentando mostrar ao mundo, de forma radical, que o que interessa no futebol é a arte, não interesses políticos, econômicos ou coisa que o valha.

Criaram o site Rueckgrat (não sei o que significa) para realizar um abaixo assinado online. Querem que a Áustria desista voluntariamente de jogar e sediar a Eurocopa 2008. O motivo? É nobre:

"A performance da seleção da Áustria é um insulto ao seu senso estético assim como da sua expectativa em relação a esse esporte. A participação deles na Euro 2008 é, para você, uma contradição em si mesma" (tradução porca)

Os voluntários confeccionaram uma camiseta para a campanha. Estranhamente, o formulário para assinar a petição não traz o Brasil (ou qualquer país não europeu, como alertou o comentarista Guillermo) na lista de países. Não podemos ajudar no movimento, oras?

O exemplo dos autríacos nos forçaria a pensar em algo parecido para o campeonato brasileiro?

Cerveja salva vida de dona do bar

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Deu no Diário do Grande ABC. A maior chacina do ano no estado de São Paulo, que vitimou oito pessoas em um bar de Ribeirão Pires, só não teve um desfecho ainda mais trágico por conta de uma cerveja. “Eu só sobrevivi porque estava pegando uma cerveja no freezer na hora em que os tiros começaram”, conta R., de 30 anos, dona do estabelecimento. Como o refrigerador fica na parte de trás do bar, a moça não foi vista pelos atiradores.

O bar foi uma herança do marido, morto há cinco meses. Nas redondezas, sua fama não era muito auspiciosa: o local era conhecido como "bar dos nóias". No entanto, R. nega que houvesse tráfico de drogas ali. “Lá não tinha tráfico como foi falado. Algumas pessoas usavam, mas fora do bar.”

O atual namorado de R., Reinaldo Teodoro de Souza, foi apontado como um dos principais alvos dos criminosos, mas a comerciante nega a possibilidade. “Ele não usava drogas. Eu consumia cocaína e ele ficava bravo comigo. No dia da chacina, eu tinha usado escondida dele. Até o cigarro ele queria que eu largasse.”

Para lamento dos manguaças de lá, o bar não abrirá mais.

Fim do momento programa policial.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Fotógrafo (e manguaça) João Colovatti vira livro

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Colovatti em pleno expediente, descansando seu barrigão entre mendigos em frente ao Diário do Grande ABC (Foto de Luciano Vicioni)

"Como fotógrafo, ele tinha um olhar voltado para as pessoas simples, uma visão muito humanista. Mas sem qualquer posição política. O Colovatti não era engajado em questão nenhuma que não fosse a cachaça". Com estas observações, o repórter fotográfico Marcello Vitorino resume o folclórico colega de profissão João Colovatti, falecido em 2001, aos 56 anos.

Manguaça assumido e empedernido, Colovatti trabalhou no Diário do Grande ABC, em Santo André (SP), entre 1971 e 1993. Todos os que trabalharam com ele contam histórias absurdas sobre porres e palhaçadas. Vitorino, que trabalhou no DGABC entre 1997 e 1999, sempre ouvia esses causos. Por isso, resolveu escrever o livro "Revelações de um anti-herói".

"Entrevistei umas 20 pessoas, inclusive familiares e o próprio Colovatti. Estou fechando os textos e negociando com uma gráfica de São Caetano", revela, com exclusividade, ao FUTEPOCA. Um de seus principais entrevistados foi o repórter fotográfico Luciano Vicioni. "O Colovatti era louco, escondia pinga no meio dos produtos químicos de fotografia e encheu o laboratório de gaiolas com passarinhos", lembra Vicioni, às gargalhadas.

"Um dia, no meio do expediente, ele me perguntou se eu duvidava que ele ia dormir no meio dos mendigos, na rampa de grama em frente ao Diário do Grande ABC. Eu disse que ele tava louco, mas fui atrás. E ele deitou lá com os caras e tirou uma soneca, eu até fotografei", acrescenta. "Teve uma vez que ele foi fotogarafar uma casa abandonada com fama de mal assombrada, em Mauá. Ele entrou sozinho, deu uma cagada no meio da sala e voltou dizendo que, depois disso, nenhum fantasma ia voltar lá!", diverte-se o "discípulo" Vicioni.

O jornalista Walter Venturini também guarda lembrança das loucuras de Colovatti: "Às 10 da manhã ele já parava no primeiro boteco e pedia meia cerveja e um copo de Velho Barreiro. Era a conta. Uma vez, no meio de uma pauta, ele me convenceu a roubar abacate dentro do cemitério da Vila Assunção, em Santo André. Quando a gente tava em cima da árvore, o coveiro apareceu e expulsou todo mundo".

No início dos anos 80, a partir da esquerda: os fotógrafos Luciano Vicioni, Ricardo Hernandes e João Colovatti (Foto do arquivo do Diário do Grande ABC)

Entre as dezenas de histórias compiladas em 150 páginas de entrevistas, Marcello Vitorino destaca uma contada pela repórter Sônia Nabarrete, formanda da primeira turma de Jornalismo da Metodista, de São Bernardo. "Ela lembra que um dia uma mulher foi até o balcão do Diário do Grande ABC reclamar que a vizinha tinha feito um despacho contra ela. E, para provar, carregava o 'kit macumba' embaixo do braço: galinha morta, pipoca, pinga, vela preta e tudo mais", narra Vitorino.
"A mulher dizia que ia botar fogo naquilo. Nesse momento, o Colovatti estava voltando de uma pauta com a Sônia e, ao ouvir a ameaça, passou a mão no litro de cachaça e disse: '-Se vai queimar, então deixa a pinga. É minha!'. E levou embora, não tava nem aí!", conclui o fotógrafo/escritor.
Por essas e outras, "Revelações de um anti-herói" promete uma ótima leitura para os apreciadores da "marvada". Sua benção, João Colovatti! E um gole pro santo!

Uma obra absurda

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Foto: Eduardo Maretti
Lembram do famoso buraco do Metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007, quando um desabamento destruiu um quarteirão inteiro em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo)?
Alguém se lembra de um pronunciamento importante do governador José Serra sobre o caso? A culpa, segundo ele e segundo a imprensa, foi do Consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez).


Hoje, nova notícia (Na Folha de S. Paulo, para assinantes). “Erro no metrô causa desencontro de túneis”. Isso mesmo, túneis escavados a partir de pontos diferentes, e que deveriam se encontrar, se desalinharam em 80 centímetros nas obras da Via Amarela, no local de conexão dos túneis Caxingui/Três Poderes, (mesma zona oeste). O consórcio responsável diz que não é grave.

A matéria da Folha não cita sequer uma vez os termos “governador”, “José Serra” ou mesmo “governo de São Paulo”. Provavelmente eles não têm nada a ver com isso. São observadores privilegiados da imensa obra.

Mas deu certo alívio ao ler a matéria, porque, pelo menos por enquanto, ninguém atribuiu a culpa pelo desencontro dos túneis ao presidente Lula.

Sábado, 22, dia da virada de copo

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Fora o truco, a sinuca e o dominó, esportes de buteco que todo futepoquense conhece as regras e já praticou na vida, dá uma preguiça danada dessa virada du Kassab, no dia 22, que inclui até declamação de poesia e batalha de DJs. Parece coisa de Kassab...

Como coincide com o dia sem carro, vai aí a sugestão aos manguaças futepoquenses e associados e associadas.

Praticar um esporte recordista em adesão.

A virada de copo.

Não tem regra, só precisa de um conteúdo líquido, necessariamente alcoólico, se possível praticado em grupo na mesa de boteco.

O Vavá pode até organizar o treinamento dos atletas desde hoje.

Aliás, essa história de dia sem carro é plágio do Dia sem Busão e não afeta muito os futepoquenses empedernidos, que têm no bilhete único o passaporte de acesso aos butecos.

Bebamos, pois...

Cerveja faz mais bem a saúde até 15 dias depois de fabricada

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As substâncias benéficas à saúde contidas na cerveja só vão parar no copo até 15 dias depois da data de fabricação. A conclusão que deve nortear a vida dos ébrios de plantão é do mestrado da pesquisadora Priscila Becker Siqueira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seis meses, a cerveja perde metade de seus compostos benéficos.

Foto: Jornal da Unicamp/Divulgação
O cerne do trabalho da pesquisadora eram as substâncias antioxidantes. Segundo o Jornal da Unicamp, a cada oito ou dez dias, Priscila colhia amostras e realizava cinco testes bioquímicos diferentes para verificar as mudanças decorrentes do envelhecimento.

Ao mesmo tempo, eram feitas as análises sensoriais para quantificação do aroma e sabor. Infelizmente, nenhum dos autores do Futepoca foi convidado, mas os resultados foram alarmantes. Quanto mais passa o tempo, mais aumenta o aroma e o sabor de papelão, o principal indicador sensorial do processo de oxidação da cerveja, e menor quantidade de compostos fenólicos na cerveja mais envelhecida. O prazo de validade médio da cerveja é de seis meses.

A cerveja, ao que consta, é antioxidante e tem compostos fenólicos, quer dizer, previne doenças cardiovasculares e tem atividade antiinflamatória.

terça-feira, setembro 18, 2007

O Triângulo das Bermudas do Palmeiras

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Meu irmão Paulo, palmeirense roxo, costuma reclamar e dizer que o departamento médico do Palmeiras é incompetente. Quem entra ali, não sai mais, diz ele. Eu diria que é uma espécie de triângulo das Bermudas. Já ouvi até comentários de que Osama Bin Laden pode estar escondido lá, e não nas montanhas ou cavernas onde todos acham que está.

O cara que vai para o DM do Alviverde corre risco de desaparecer ou tirar longas férias dos gramados. O caso mais recente é o chileno Valdívia, que já era considerado a arma para o clássico contra o Corinthians domingo, mas... Ao contrário do que previam os médicos, o atacante voltou a sentir dores lombares e virou dúvida para o clássico. Ele está contundido desde 29 de agosto, dia do jogo com o São Paulo.

Um cara com dores lombares no Palmeiras fica tanto tempo no DM quanto um que tem distensão muscular em outro clube.

Mas tem uma boa notícia para os palmeirenses. O goleiro Marcos, depois de um tratamentozinho de seis meses, finalmente está pronto para voltar, segundo os médicos do clube. Deve ficar no banco, domingo. Mas é bom esperar, porque pode voltar ao tratamento antes disso.

'Quadrilha' furta camisa do Palmeiras

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Quando eu digo que na minha cidade só tem palmeirense, tem quem não acredita. Pois vejamos essa nota da Tribuna de Taquaritinga:

Ladrões são filmados furtando camisas de times

O gerente de uma loja de calçados e artigos esportivos registrou o furto de 11 camisetas de clubes de futebol e de passeio, na tarde da última terça-feira (11), na Rua Prudente de Moraes. De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens e uma mulher entraram na loja e, enquanto a moça distraía a vendedora, os rapazes furtavam as camisas, dentre elas, uma do Palmeiras. Segundo as informações do gerente, o sistema de segurança flagrou e registrou as imagens através das câmeras no momento do furto. A Polícia Civil de Taquaritinga investiga o caso.

Ps.1: Taquaritinga fica no interior de São Paulo.

Ps.2: E quem disse que a Polícia Civil de Taquaritinga não trabalha, hein?

A sutileza da grande mídia

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Como diria a filósofa e futepoquense honorária Brunna, se você fica prestando muita atenção nas coisas realmente não dá vontade de fazer mais nada. Mas os chatos já nascem assim e só aprimoram sua verve durante a estada no mundo material. Assumindo plenamente a condição e não tendo a mais tênue intenção de mudar, não dá pra não se sentir idiota lendo os jornalões brasileiros. Hoje a Folha On Line traz um claro exemplo disso.

A matéria é intitulada "Ministro atuou no mensalão mineiro, diz PF", destacando que o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (PTB), para indicar políticos que receberiam dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB). O esquema é tucano, pra campanha tucana, feita por tucano e o destaque é... o ministro do Lula. Que, à época, era aliado... dos tucanos.

Vamos relevar isso. Relevemos também o fato do envolvimento de Aécio Neves, figura de proa do tucanato, estar escondido depois do meio da matéria. Vamos às questões semânticas. O site/jornal já definiu o marcador "mensalão mineiro". Sim, o tal esquema pertence ao estado, não a um partido. No texto, a expressão "mensalão mineiro" aparece cinco vezes.

Já quando se faz analogia ao similar petista, as expressões são mais, digamos, "assertivas". A expressão "mensalão petista" aparece duas vezes e "esquema petista" aparece uma. Ainda que a notícia se relacione com o partido de Azeredo, a sigla PSDB aparece duas vezes, o mesmo número de PT. Em nenhum trecho pode ser lida a palavra "tucano". Nem Goebbels faria melhor. E parece que é muito natural isso, fazem sem qualquer esforço.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Parada Lésbica pede: "seja lésbica por um dia"

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A 3º Parada Lésbica de Brasília, realizada no domingo, 16, reuniu 6 mil pessoas, segundo a Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, organizadora da manifestação. A partir do lema "seja lésbica por um dia", o objetivo foi combater o preconceito e a discriminação contra homossexuais e bissexuais.

Para a diretora da Coturno de Vênus, Kelly Kotlinski, a receptividade foi positiva por parte da população. Segundo ela, a adoção de uma pauta mais política, desde 2006, contribuiu para ampliar a visibilidade lésbica, objetivo principal da manifestação.

Ela foi entrevistada pela revista Fórum.

"Prova dos nove" OU "Chupa, Estadão!"

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Ainda inconformado com a ótima avaliação do governo Lula, em pesquisa feita pós-linchamento do "apagão aéreo", o jornal Estado de S.Paulo decidiu tirar a prova dos nove. O resultado, publicado na edição de hoje, é hilário. A pesquisa Estado/Ipsos perguntou quem era o maior responsável pela estabilidade da economia. Resposta: Lula, com 67%, e Fernando Henrique Cardoso (sempre dão um jeito de ressucitá-lo!) com 7%. Depois questionaram os pesquisados sobre quem teve o melhor desempenho no apoio aos pobres. E deu Lula de novo (80%), deixando o sociólogo que falava francês comendo poeira (9%). Aí perguntaram sobre melhoria do poder de compra do brasileiro: Lula 73% x 16% FHC. Não satisfeito, o Estadão quis saber sobre o custo da cesta básica. Pra variar, deu Lula outra vez (73% acham que está melhor nesse governo, contra 15% no anterior). E, pra salgar a terra de vez, 66% dos pesquisados acham que o controle da inflação (bandeira-mor - ou única - de FHC) está muito melhor agora, e 19%, no governo passado. Os resultados pró-Lula foram tão acachapantes que, de candidata a manchete do jornal nesta segundona, o levantamento mereceu apenas uma discreta chamada de capa. O que será que o Estadão vai inventar agora?

O ronco e a derrota

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A derrota do Palmeiras contra o Atlético-PR na Arena da Baixada deixou o Verdão fora da área de classificação para a Libertadores, sem a zaga titular – Gustavo e Dininho suspensos – e ainda sem Edmundo, em tratamento de mais cinco semanas por motivo de fratura. Valdívia volta contra o Corinthians, em um jogo encardido. Apesar de acreditar na vitória como é recomendado ao torcedor, a certeza de que clássico é clássico recomenda prudência. Além disso, o Timão (sic) quer vitórias assim para esquecer um pouco a crise da investigação da Polícia Federal sobre a gestão Alberto Dualib e a parceria com a MSI. Aliás, esse princípio seria suficiente para os corintianos também torcerem por uma vitória verde, para que as denúncias não sejam aplacadas por nada e que se vá até o fim, se possível, até a série B para mostrar como Dualib foi ruim.

Feita a introdução propositiva, descrevo a melhor parte do que assisti do jogo.

Domingo que tem almoço na casa dos sogros tem aquela fartura e, dali um pouco, eram 16h. A TV é ligada, canal de cá, canal de lá, meu sogro sintoniza Luciano do Valle com comentários de Neto e Oscar Roberto Godoy. Coragem. O jogo começa, uma cabeçada ameaça o gol de Diego Cavalieri. De resto, caneladas, entradas duras, divididas, chutão. No nível do Campeonato Brasileiro.

Eram jogados uns 15 minutos, as quatro horas de sono na sexta e as cinco no sábado – tudo sem ressaca – começaram a cobrar seu preço pós-almoção.

Os olhos pesam, percebo que vou cochilar em instantes. Não é comum ficar até esse horário nem assistir futebol com ele, então um constrangimento surge por conta disso. Afinal, na primeira partida do lado de um parmeirense do Pari – quase da Mooca – mesmo que ele não siga o padrão torcedor-doente, seria uma lástima, uma derrota para a reputação de qualquer genro bem-intencionado e torcedor do mesmo time.

Aumento a concentração, inspiro profundamente para oxigenar o cérebro e permanecer acordado. Não mexo a cabeça para não evidenciar o sono que eu imaginava estar estampado na testa. Conto até dez.

Antes de chegar ao número nove na minha contagem silenciosa, ouço uma respiração alta. Mais alta: é um ronco. E o áudio do sono vai se aprofundando cada vez mais à vontade.

Eu ainda continha o riso quando saiu o gol de Netinho, em falta cometida por Dininho. A coisa ficou sem graça e fui embora para não correr mais riscos.

Balanço completo dos 71 anos de San-São

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Disputa de bola no polêmico 1 x 1 do Paulistão de 2007


Comos os dois clubes não se enfrentam mais este ano, aproveito para fazer um balanço geral dos 71 anos de confronto entre Santos e São Paulo. De abril de 1936 até a partida do último sábado, foram 254 jogos, com 84 vitórias do alvinegro praiano, 61 empates e 109 vitórias do tricolor. O Santos marcou 356 gols e o São Paulo, 418. As duas maiores goleadas do clássico ocorreram no Pacaembu: em 7 de março de 1963, o Santos venceu por 6 a 2, pelo Torneio Rio-São Paulo, e, em 18 de junho de 1944, o São Paulo goleou por 9 a 1, pelo Campeonato Paulista. Os maiores artilheiros do confronto são: Pelé, pelo Peixe (31 gols), e Serginho Chulapa, pelo Sampa (21 gols).

A maior parte dos jogos entre os dois clubes aconteceu pelo Paulistão: em 152 partidas, 42 vitórias do Santos (208 gols pro), 42 empates e 68 vitórias do São Paulo (271 gols pro). Em seguida, vem o Brasileirão: 41 jogos, 17 vitórias santistas (51 gols pro), 6 empates e 18 vitórias tricolores (52 gols pro). No Rio-São Paulo, foram 18 duelos, 8 vitórias do Santos (que fez 36 gols), 3 empates e 7 vitórias do Sampa (33 gols). Em outros torneios nacionais, 17 partidas, 8 vitórias do alvinegro praiano (28 gols), 3 empates e 6 vitórias do time da capital (21 gols).

Em 16 amistosos, houve 6 vitórias do Santos (20 gols pro), 2 empates e 8 vitórias do São Paulo (26 gols pro). Completando a lista, 4 jogos pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (uma vitória do Santos, e 3 empates), 2 pela Copa Sul-Americana (1 vitória santista e 1 empate), 2 pela Supercopa da Libertadores (1 vitória do São Paulo e 1 empate) e 2 por outros torneios internacionais (1 vitória pra cada lado). Em todos estes jogos, 8 gols do Peixe e 11 do tricolor.

Já em decisões de campeonato, o Santos leva vantagem: venceu os Paulistas de 1956, 1967 e 1978 contra o Sampa. E o tricolor bateu o alvinegro praiano nas decisões do Paulistão de 1980 e 2000. Ainda em partidas decisivas, os são-paulinos não se esquecem do gol de Darío Pereyra aos 46 do segundo tempo (2 x 1), na primeira partida semifinal do Paulista de 1983, e os santistas saboreiam até hoje as duas vitórias nas oitavas-de-final do Brasileirão de 2002 (por 3 a 1 e 2 a 1), que despacharam o tricolor do campeonato e abriram caminho para a conquista do Peixe.

Por fim, o Morumbi é o estádio que mais recebeu o clássico: em 86 partidas, 20 vitórias do Santos, 41 do São Paulo e 25 empates. Em seguida vem a Vila Belmiro: 82 jogos, 38 vitórias santistas, 26 são-paulinas e 18 igualdades. E o Pacaembu sediou outras 71 partidas entre os dois clubes, com 21 vitórias do Peixe, 38 do tricolor e 12 empates.

Beleza pura

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Dois lances de encher os olhos na última rodada do Brasileirão: o drible de bate-pronto do Dagoberto sobre o Domingos, no sábado, e o elástico do Dodô pra cima do Fábio Braz, no domingo. Nem falo do Kerlon, que apanhou do Coelho, porque seu "drible de foca" não é novidade. Mas não tem jeito: habilidade com a bola no pé é coisa, prioritariamente, de brasileiro.

4 a 3, mas podia ser melhor para o Galo

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Claro que o título explica-se pela parcialidade do autor. Mas vale a pena refletir sobre algumas coisas do clássico de ontem entre Atlético e aquele time de azul (nunca escrevo esse nome).

Tentando ser justo, eles começaram melhor, fizeram dois gols em descuido do Atlético. Claro que no segundo gol o pênalti foi cometido fora da área (a regra mudou?), mas isso já estou acostumado. Podem falar que é choro, mas acho que o juiz errou também no pênalti para o Atlético. O Fábio saiu na bola e o Danilinho tropeçou nele. Aliás, aí, outro erro. Se foi pênalti, o jogador do Galo ia sair livre para fazer o gol, o Fábio tinha de ser expulso, ou não?

Mas não é sobre isso que quero escrever. Na realidade, depois dos dois gols o Galo jogou como nunca neste campeonato e empatou, passou à frente jogando mais. Ao final, pelo esforço, faltaram pernas, até porque entraram três jogadores que não estavam atuando em nenhuma partida (Carpini, Marcinho e Marinho). Com o esforço, o time morreu nos últimos 20 minutos.

Outra diferença foi que os azuis tinham o Guilherme no banco, que será craque, ou pelo menos um atacante muito bom, e o goleiro do Galo não jogou nada. Nem vou culpar o Edson, porque a m... foi não ter dinheiro e vender o Diego e o Bruno por qualquer trocado em menos de um ano.

O último lance polêmico foi a entrada do Coelho no "foquinha". Tendo tomado a virada, com o Galo perdendo, ele foi fazer foquices na lateral e levou um encontrão do Coelho, que acabou expulso. Acho que tinha de expulsar mesmo e que não se pode impedir o Kerlon de fazer jogada de habilidade. Mas que ele corre muito risco pelo momento e pelo nervosismo do jogo, ele corre. Como disse um torcedor do Galo no Orkut, por que ele não fez isso quando estava 4 a 0 para o Galo no jogo do começo do ano?

De resto, sobrou um time perigosamente perto do rebaixamento, a 1 ponto, e outro que vai morrer na montanha de Minas (porque não tem praia), já que o São Paulo ganhou o título. Sobre o rebaixamento, estou menos preocupado porque o Galo, embora perdendo, está jogando bem, depois de nove meses afastado por contusão voltou o artilheiro Marinho e existem times bem piores nesse campeonato. É pouco, eu sei, mas o que fazer...

domingo, setembro 16, 2007

Ninguém segura o Tricolor

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Ontem o campeonato brasileiro poderia até ter ganho um pouco mais de graça. Pros torcedores rivais do São Paulo, claro, porque os sãopaulinos estão rindo à toa. Não deu. O Santos até vazou a defesa tricolor mas a diferença entre um time que tem conjunto e outro que vai trocando de jogadores no meio da competição sem qualquer tipo de planejamento ficou evidente.



O esquema do "gênio" Luxemburgo foi o mesmo de qualquer treinador de time pequeno. Jogou atrás, com marcação forte no ataque e meio-campo adversário, trazendo o São Paulo para atuar quase todo o tempo em seu campo. Assim, tentava-se tirar um dos três zagueiros do adversário e aproveitar o contra-ataque.


O sistema ruiu no início do segundo tempo. O Santos conseguiu trazer um dos três beques tricolores pro ataque. Mas não pra aproveitar sua lacuna e sim para tomar gol. O excelente Breno fez boa jogada, com direito a "drible de joelho", mostrando que zagueiro, mesmo bom, ainda assim é zagueiro. Deixou seus "marcadores" Pedrinho e Petkovic pra trás para fazer seu gol. O lance deixa claro que meia ofensivo, mesmo quando tenta marcar, é meia ofensivo.


E o meio-de-campo mostrou não apenas a diferença de qualidade técnica entre as duas equipes como também duas posturas absolutamente distintas, em função de como cada técnico armou seu time. Se o meio sãopaulino não tem nenhum craque, conta com jogadores que conseguem tanto marcar como chegar com força no ataque, variando inclusive as posições nas alas. Tanto que boa parte das jogadas do time no primeiro tempo nasceram dos pés de Richarlyson, que atuou mais pela esquerda. O Santos tem o excelente defensor, Maldonado, que apóia muito mal. Rodrigo Souto ficou preso na marcação e os outros dois meias se perdem quando tem que defender. Deu no que deu.


Se Luxemburgo tivesse sido mais ousado e colocado Rodrigo Tabata e Vitor Junior antes, a história poderia ter sido outra. Mas sobrou a pequeneza para o comandante santista. Poderia não ter dado em nada, mas nem mesmo os times medíocres que o Santos teve nos anos 1990 jogavam como ontem no primeiro tempo. Um clube que é o maior fazedor de gols da história do futebol profissional no mundo merecia um pouco mais de ousadia ofensiva. Mesmo que fosse pra perder.