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Claro que, para o torcedor santista, restará a reclamação do pênalti pra lá de duvidoso que deu a vitória ao Vasco ontem. Mas, sinceramente, vendo a postura do time e se o próprio treinador alvinegro, ainda no gramado ao fim do jogo, se eximiu de comentar e reclamar da penalidade, não dá nenhuma vontade de falar contra o árbitro.
Todo mundo sabe o que é enfrentar o Vasco em perigo em São Januário e todos os fatores do campo e extra-campo que podem fazer a diferença em um momento assim. Afinal, o Santos foi campeão brasileiro em 2004 graças a vitória do clube carioca, na penúltima rodada, contra o líder Atlético (PR), o que garantiu sua permanência na primeira divisão. E o time da Vila, ao invés de tratar a partida como decisiva, só se deu conta disso depois de sofrer o gol. Já era tarde.
Durante todo o primeiro tempo e até metade do segundo o Santos jogou trocando passes, aceitando a pressão. As seguidas “contusões” de Fábio Costa durante esse período me deram nos nervos, um artifício típico de time pequeno. O Alvinegro, com mais time que o Vasco e podendo explorar o nervosismo alheio, se apequenou. Parecia mais importante e prioritário fazer o tempo passar do que aproveitar os buracos da defesa cruzmaltina. E as chances, como em uma oportunidade onde o Santos tinha quatro jogadores contra dois defensores vascaínos com Molina errando grotescamente o passe final, eram desperdiçadas.
E o Vasco, tão nervoso que Leandro Amaral chegou a chutar a bandeirinha em uma cobrança de escanteio, ao menos mostrava vontade. E com a vantagem no placar reconheceu sua inferioridade em relação ao Santos e se fechou, garantindo a vitória. Venceu quem teve ambição. O Peixe, como na partida contra o Palmeiras, não quis sequer tentar vencer. Talvez, quando precisar fazê-lo, tenha até perdido o hábito. De novo, após três partidas sem vitória, estamos preocupados.
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Virou moda jogadores quererem fazer média com ex-clubes, mesmo que nunca tenha havido uma identidade de verdade entre um e outro. O que eles não percebem é o quanto isso pode prejudicá-los e passar uma péssima impressão para os torcedores de seu clube atual.
Exemplo disso foram as juras de “amor e respeito” de Rodrigo Souto em relação ao Vasco, clube que o formou mas que não o valorizou, são de doer aos ouvidos do torcedor santista. Ainda mais com a pífia atuação do meia, que errou passes em profusão e deu contra-ataques perigosos a seu ex-time.
Claro que Souto é profissional e não dá pra falar em corpo mole, mas as suas declarações dão margem para o torcedor pensar bobagens. Se fosse um pouco mais inteligente com as palavras, passaria por essa situação de forma bem mais tranqüila...
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Pará entra no lugar de Wendel. Entra no lugar de Lima. Entra no lugar de Molina. Se é tão bom e versátil assim, por que não é titular? Ou na verdade ele não é nada disso e só entra porque o treinador é pouco criativo?