Destaques

sábado, abril 18, 2009

Não vai haver bicampeonato paulista em 2009

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É triste.

De Fábio Costa a Neymar, do atacante a Madson, e o Santos praticamente matou qualquer esperança do Palmeiras de ir às finais do Paulista aos 17 do primeiro tempo. Com a vantagem ampliada logo aos 5 minutos do segundo tempo, com gol de pênalti de Kleber Pereira, e um jogador a mais depois da expulsão de Maurício, o time visitante teve a capacidade de explorar contra-ataques com Madson e dizimar as esperanças do bicampeonato paulista.

Depois de três anos seguidos, o estadual não terá Vanderlei Luxemburgo no comando do campeão.

Sem Cleiton Xavier nem Willians, o Palmeiras esteve longe de conseguir traduzir o maior tempo de posse de bola em jogadas de perigo. No segundo tempo, o improdutivo Lenny deu lugar ao paraguaio Ortigoza, e o volante Jumar saiu para entrada do meia Deyvid Sacconi. Não resolveu. Com dois a zero, parte da torcida alviverde parou de apoiar o time. Mesmo o gol de Pierre, aos 29, não mudou os rumos da partida.

Aos 35 do segundo tempo, com bons motivos, Vagner Mancini já não tinha mais atacantes em campo. Foi só esperar.

Sobra correr atrás da Libertadores e pensar no Brasileirão. A força da arrancada inicial no Campeonato Paulista havia perdido intensidade desde a estreia do time no continental. A desclassificação na semifinal do Paulista reforça a imagem de um time com limitações no elenco e uma torcida impaciente, sem pegada ou concentração para uma sequência de jogos decisivos.

Diego Souza protagonizou ainda o início de um papelão. O clima tenso e as agressões que começaram só com Domingos se ampliaram. Despedida de time que se sentiu campeão e, diante da realidade, parece ter se descontrolado. E para o meia, a principal arma do Palmeiras na temporada, se instala uma grande ressalva.

Com a primeira desclassificação consumada do ano, Vanderlei Luxemburgo será colocado em xeque no comando do Palmeiras? E seu time? Um eventual novo revés na Libertadores tira-o do clube?

O Celeste que "dirigia melhor" bêbado

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Omniii at en.wikipedia
Celeste era um mecânico desses que não existem mais. Mas era um motorista peculiar, daqueles que nunca existiram. Vindo do interior, gostava de música caipira, até cantava. E não fazia feio.

Todo dia, depois de fechar a oficina, comparecia ao bar, jogava sinuca com os vizinhos. O pessoal bebia bem, só cachaça. A diferença é que os colegas de copo moravam a poucos metros do estabelecimento etílico, enquanto Celeste vivia longe dali, sozinho, e tinha de voltar dirigindo.

Quando era hora de ir embora, porque o dono do boteco também precisava voltar para casa, acontecia o previsível. Muito pior do que não acertar a chave na fechadura da porta do carro, era o que o Celeste fazia, que não conseguia passar pela porta aberta. Os outros bêbados é que precisavam ajudar o cidadão a se acomodar no carro.

Mas bastava ele se instalar para uma transformação acontecer. A dificuldade para abrir a porta até para passar por ela ia embora e Celeste despertava, dava partida e logo saía, como se estivesse sóbrio.

Ao ir para casa ou na manhã seguinte no cafezinho da padoca, os outros agora ressaqueados se preocupavam, o que seria do Celeste naquele estado? De tão bêbado, teria chegado inteiro? Rumo ao serviço, passavam em frente a mecânica e lá estava o Celeste debruçado sobre algum carro, nenhum sinal da cachaçada do dia anterior. Ou quase nenhum.

Os poucos que se aventuraram em todos os anos de sinuca a pegar uma carona no Fusca do mecânico saíram enojados. Celeste mal limpava o console do carro com os resultados do excesso de álcool. Nunca ninguém conseguiu explicar como o cara conseguia sobreviver àquela roleta russa, a não ser com a explicação de que ele dirigia melhor bêbado. Até porque, pelo que contavam, não pegava a direção sem estar calibrado. Parece que morreu de enfarte, há uns vinte anos, depois de outros 25 anos de álcool e direção todo dia.

sexta-feira, abril 17, 2009

Tipos de cerveja 33 - As Dunkel

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Estilo típico da Baviera, mais propriamente da região de Munique, na Alemanha, são cervejas suaves, mas muito complexas. Têm cores que variam do cobre até o castanho-escuro, sabor e aroma algo doces, próximo do chocolate, característica que lhes é conferida pelo malte. O teor amargo é médio-baixo, mas o suficiente para contrabalançar com o doce do malte. O lúpulo utilizado costuma ser de origem alemã e de boa qualidade, como o comprovam as espécies habitualmente usadas: o Hallertau e o Tetnang. O volume alcoólico da Dunkel varia entre 4% e 6%. Exemplos desse tipo de cerveja são a Ayinger Altbairisch Dunkel (foto), a Aldersbacher Kloster Dunkel e a Altenmunster Jubelbier Dunkel Spezial (Jubel).

O manual da Maria Chuteira

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A modelo Nives Celsius (à esquerda), célebre na Europa por ter revelado que tinha feito sexo com o namorado, o zagueiro croata Dino Drpic, em pleno gramado do estádio do Dínamo de Zagreb, escreveu em sua coluna semanal no jornal alemão Bild um texto que deve ter deixado feministas de cabelo em pé (e com razão). Ela resolveu dar dicas para as moçoilas sobre como “caçar” um jogador de futebol.

Na sua edificante dissertação, Nives dá conselhos preciosos como não esconder “as suas aventuras anteriores, pois você e a sua história vão ser reveladas”. Além disso, deve-se manter uma certa indiferença em relação ao parceiro, para que o mesmo mantenha o interesse. “Se um futebolista sente que já te conquistou, que não tens mais nada para oferecer, então procuram novos territórios por conquistar”, argumenta.

Há também um index daquilo que não se deve falar para um boleiro como, por exemplo, casamento e filhos. “Perguntas como Onde andas? ou Com quem estás? são proibidas”. E, o principal: dar apoio quando o atleta está na lona. “Confortar sexualmente após uma derrota é semp re bem pensado”, defende, completando que isso é “extremamente importante para os futebolistas”. Será que tais preceitos foram seguidos por figuras como Nereida Gallardo ou a Mulher Moranguinho, atual namorada de Adriano?

Traseiro pra torcida

O episódio da relação sexual no círculo central do estádio de Zagreb, o Maksimir, não foi o único polêmico do atleta dos Balcãs. Drpic (à direita) foi dispensado do Dínamo por conta de seu vício em jogos de azar. O clube teria inclusive pago, segundo rumores, um milhão de euros à máfia que perseguia o jogador por conta de dívidas.

Dada a situação, o central foi indicado para o Betsikas, da Turquia. Mas, depois que o atleta mostrou as nádegas em uma partida contra o Hajduck. O motivo do ato foi justamente a série de cânticos bastante amáveis dirigidos a sua esposa Nives Celsius.

Atualmente no Karlsruher Sport-Club, da Alemanha, último colocado na Bundesliga, parece que fica cada vez mais distante realizar a última fantasia declarada por Nives: fazer sexo no Santiago Bernabéu, estádio do Real Madri. Pra ele jogar lá, só em amistoso...

Por que a Copa do Brasil é boa para c...

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Ontem à noite acompanhei dois jogos da Copa do Brasil de dois times cariocas sem interesse direto.

Mais ou menos (risos). Claro que a quando meu time não está presente sempre torço pelo mais fraco. Foi assim que comecei a secar o Botafogo contra o Americano de Campos (RJ) e não tive muita dó do Fluminense do Parreira que jogava contra o Águia de Marabá (PA).

Resultados que ninguém poderia imaginar. O Americano desclassificou o Botafogo nos pênalties e o Parreira voltou com um 2 a 1 nas costas.

Esse para mim é o fascínio da Copa do Brasil, como times de segunda e mesmo de terceiras divisões podem surpreender os maiores.

Nada de dizer que no futebol não tem mais bobo ou qualquer outro lugar comum. Os times com mais recursos têm melhores jogadores e sempre serão favoritos, mas existe uma fórmula de times com pequenos investimentos e bem organizados que também, às vezes, funciona.

Foi o caso dos dois jogos, o Americano perdeu por 2 a 1, mas em contra-ataques poderia ter feito mais gols e só foi derrotado já na prorrogação. Nos pênalties foi mais competente. A ironia foi que o jogador do Bota que fez o gol quando nem havia mais esperanças, Maicosuel (foto), foi o único que perdeu a cobrança. Destino?

Já o Fluminense deixou de tomar uma goleada histórica porque o Águia perdeu boas chances e no segundo tempo se encolheu quando estava 2 a 0, com o Flu com jogador a menos, pela expulsão infantil de Thiago Neves, que atirou a bola no gandula na hora de bater um escanteio.

Agora é torcer para que também não sequem meu Galo contra o Guará na semana que vem, depois do 2 a 2 do meio de semana. O destaque foi uma das piores arbitragens dos últimos tempos, ruim para os dois lados.

Depois de rever o lance umas cem vezes, tenho de concordar que não foi pênalti para o Atlético no Tardelli, assim como não aconteceu o pênalti marcado para o Guará e a expulsão do goleiro Juninho (Galo) na hora de bater tiro de meta também foi exagerada. Vamos ver se melhora.

Até porque se a zebra vier contra o meu time não sei se acharei tão engraçada assim a imprevisibilidade dessa Copa. Mas que ela é do c... ela é...

Cerveja selou a paz entre Harrison e Clapton

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Patricia era uma modelo inglesa de 20 anos, em 1964, com cara de patricinha: loira, magrinha, saia curta, olhos azuis. Pra tirar um troco extra, topou fazer uma ponta no primeiro filme de uma bandinha de rock, os Beatles. O primeiro que passou uma cantada na moça foi John Lennon, mas foi a timidez de George Harrison que atraiu a também tímida Pattie. Dois anos depois, estavam casados. O beatle escreveu para ela canções como "I need you", "If I needed someone", "I want to tell you" e, principalmente, a eterna "Something" - que Frank Sinatra gostava de cantar nos shows e apresentá-la como sua canção predileta da dupla Lennon & McCartney...

Porém, apesar de ser um excelente guitarrista e fazer parte da banda mais famosa do planeta, George tinha um amigo ainda mais talentoso: Eric Clapton. O próprio reconhecimento disso foi o convite para que Clapton fizesse o (magistral) solo de "While my guitar gently weeps" em um disco dos Beatles. Mas a amizade teve um capítulo muito perigoso. Ao conhecer Pattie, Eric simplesmente pirou. Compôs a clássica "Layla" para ela e, em 1974, conseguiu tirá-la do amigo George. Outras músicas que Clapton compôs para a amada foram "Wonderful tonight", "Pretty blue eyes", "Golden ring", "Never make you cry" e "Pretty girl".

Nesse rolo, Pattie passou oito anos casada com George e mais 14 com Eric, com um pequeno namoro com outro guitarrista, o stone Ron Wood, em 1973. Aliás, pra não perder o hábito de "musa", o rompimento com Wood fez com que ele fizesse, para a moça, "Breathe on me". Mas voltemos aos amigos Harrison e Clapton: o "roubo" da mulher alheia foi tão constrangedor que, apesar de manterem a amizade, os dois só foram fazer totalmente as pazes a partir de 1988, quando Eric se separou de Pattie. A partir de então, os dois se encontraram, conversaram, beberam cerveja (acima, à esquerda) e esqueceram o assunto.

Pattie (foto recente, à direita) contou essas e muitas outras histórias no livro "Wonderful tonight". Apesar de ter inspirado tantos clássicos da música romântica e do rock'n'roll, ela é modesta: "Eu talvez fosse bonitinha, mas linda é outra coisa". Pois é, mas fez George Harrison dizer que o atraía como nenhuma outra, deixou Eric Clapton de joelhos e Ron Wood pedindo para que ela respirasse nele. E depois dessa loira fascinante (e inspiradora), só encontraram a paz na refrescante loira gelada...

É o cara!

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Com o gol marcado na derrota por 2 a 1 para o Independiente de Medellín, na quarta-feira, André Lima (foto) chegou ao honroso posto de 255º maior artilheiro de toda a história do São Paulo Futebol Clube: já são cinco gols (cinco gols!) em dez meses no elenco. No ranking, ele se igualou a nomes ilustres como Araken Patuska, Edcarlos, Éder Luís, Francisco Alex, Matosas, Mazinho Loiola, Neto (aquele mesmo, que hoje é comentarista), Ricardinho (outro ex-corintiano), Sarará e Válber, entre outros. Realmente, André Lima pode se felicitar por ter galgado tão disputado panteão! Um mito! Mas, falando especificamente sobre o São Paulo, que ainda não conseguiu confirmar a primeira posição de seu grupo na Libertadores, para ter vantagem na próxima fase, muitas dúvidas esquentam a cabeça de Muricy Ramalho. Wagner Diniz provou, no último jogo, que não tem condições de assumir a lateral-direita. Foi substituído pelo garoto Wellington, que não fez feio. O problema é que os dois volantes que vinham jogando improvisados na posição como titulares, Zé Luís e Arouca, estão machucados e não retornam tão cedo. Outra dor de cabeça: Renato Silva fez uma péssima partida na zaga e Rodrigo também não ajudou muito. Aislan é mediano, mas não serve para o time principal. Pior: além de suspenso da segunda partida semifinal do Paulista, por expulsão, André Dias se contudiu no mesmo dia que Rogério Ceni. E o meio-campo, tão ineficaz contra o Corinthians, é mais preocupação. Hernanes sumiu na semifinal, Jorge Wagner falhou duas vezes (no lance da expulsão de André Dias e do gol da vitória do Corinthians) e, contra o Independiente, Jean jogou muito mal, assim como as opções (?) Hugo e Richarlyson. No ataque, Borges perdeu um gol feito na cara de Felipe, no domingo, e Washington quase não pegou na bola. A coisa tá feia. Resta confiar em André Lima, este sim, um craque incontestável. Só o Muricy não vê...

Partido de Sarkozy chama jovens a a se filiar e a beber

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Um mês depois de fazer aprovar no Congresso francês uma lei que proíbe o open bar e dificulta a venda de bebida alcóolica a menores de 16 anos, a juventude do partido do presidente Nicolas Sarkozy decidiu que era hora de se mobilizar. Com promessa de presença de vários políticos, DJs e bebida, os simpatizantes da UMP no segundo grau organizaram uma noitada especial que prometia.

A notícia circulou a partir do Sandrine Blanchard, que até propôs o lema da balada: "Bebam, jovens, bebam e filiem-se". Não chegou a tanto, mas nem a lei foi empecilho, já que era necessário ter mais de 16 para participar da festa e se filiar.



Lei seca para adolescentes
Em março, o congresso aprovou a Lei Bachelot, que leva o nome do ministra da Saúde do governo Sarkozy, (que deu exemplo). Roselyne Bachelot propôs a proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos. Pelo texto, também fica interditada a possibilidade de oferecer gratuitamente goró para a molecada. É o fim do open bar, segundo alguns.

Em relação ao cigarro, os jovens fumantes só terão trégua a partir dos 18, dois anos depois do que valia até então. O argumento é o mais interessante: "às vezes é difícil de fazer distinção entre um jovem de 15 anos e meio e um de dezesseis anos". Na conta deles, a diferença dos 17 e meio para os 18 é bem mais fácil de se cumprir. Então tá.

O governo não conseguiu restringir como queria o comércio de bebida nas lojas de conveniência de postos de gasolina para o público em geral. Atualmente, compra-se etílicos das 6h às 22h, enquanto o governo queria reduzir para o período de dez horas, das 8h às 18h.

A publicidade de bebida, porém, permanece autorizada na internet por lá, desde que em sites não destinados à juventude. A decisão é contrária a decisão judicial anterior, que proibia até sites oficiais das marcas de bebida.

Enquanto no Brasil a venda de bebida e tabaco a menores é proibida pelo menos desde o Estatuto da Criança e do Adolescente, outros países europeus correm para "reduzir as consequências do consumo indevido do álcool". No caso dos anúncios, o tema é mais complexo quando envolve a criançada.

Em relação à distribuição de bebida em eventos políticos, só há restrições relacionadas ao período eleitoral, mas inclui shows e até fornecimento de comida gratuitamente, independentemente da idade. Já pensou se algum partido brasileiro organiza uma balada para conseguir filiados?

quinta-feira, abril 16, 2009

Lula dialoga com ETs

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Um dos desenhos animados mais politicamente incorretos do planeta colocou o presidente Lula como um interlocutor para estabelecer diálogo com... alienígenas! South Park faz críticas constantes e ácidas ao modo de vida estadunidense e no episódio Pinewood Derby, exibido ontem, 15 de abril, contou a com a participação do mandatário brasileiro.



No desenho, o pai de Stan, uma das crianças que protagonizam o seriado, faz contato com extraterrestres e alguns líderes mundiais tentam resolver a questão diplomática interplanetária. Lula aparece duas vezes como um dos manda-chuvas que tentam evitar o pior para o nosso pobre planeta...


Ideologias e torcidas à parte, talvez seja mais uma comprovação do que disse o presidente dos EUA Barack Obama no encontro do G-20. Além de Lula ser "o cara", como disse o democrata, o ex-operário é de fato um dos políticos mais populares do planeta. Embora isso talvez seja algo incômodo para o ex-presidente FHC, que se disse "contente" com a citação a Lula. Quem acredita nele?

Veja o vídeo aqui.

A questão existencial do meio de semana

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O Futepoca quer saber: qual o pênalti mais mandraque da rodada?

- O "sofrido" por Souza na partida Corinthians e Misto.

- A penalidade em favor do Atlético-MG) no jogo contra o Guaratinguetá, pela Copa do Brasil.

 - O que favoreceu o Palmeiras na peleja contra o Sport pela Libertadores.

Um a um para o Magrão

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A secagem funcionou, o ataque do Palmeiras não.

Um empate que tira parte do sentido da grande vitória da semana passada sobre o mesmo Sport. Em atuação impecável do goleiro Magrão, o Palmeiras não conseguiu aproveitar o pênalti inexistente a seu favor e a expulsão de Wilson por ter levantado a camisa para mandar recado com outra camiseta por baixo. Até tirar a camisa nos jogos apitados por árbitros brasileiros pode, e na estreia de Kleber pelo Cruzeiro, na própria Libertadores, por exemplo, não houve problema. A crise são as mensagens. É uma orientação da board que dá pano para manga.

Mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo e com alguma dose de pressão, o Verdão não conseguiu furar a retranca armada por Nelsinho Baptista, mais desafiada do que a montada por Vanderlei Luxemburgo na Ilha do Retiro, já que o Sport não chegou a pôr pressão.

Para se classificar, o time agora tem que vencer suas partidas contra LDU e Colo Colo e ainda fazer contas e secar os rivais.

Na prática, foi um a um para o Sport. Ou, mais precisamente, para Magrão.

quarta-feira, abril 15, 2009

'Rei posto, rei morto'

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Querendo garantir que pretende ver a ministra Dilma Rousseff na presidência da República, e que, depois de quatro anos, apoiará sua reeeleição, o presidente Lula (foto) afirmou hoje que não quer ser candidato nas eleições de 2014:

"-É bobagem imaginar que daqui a quatro anos a gente vai voltar. Rei posto, rei morto."

Será?

Luxemburgo pode encostar, mas não empatar

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A partida entre Palmeiras e Sport de Recife hoje, às 19h45, no Palestra Itália, marca mais um capítulo da disputa entre os técnicos Nelsinho Baptista e Vanderlei Luxemburgo (foto à direita). Segundo o DatAnselmo, com a vitória conquistada pelo alviverde sobre o rubronegro no jogo de ida, no início do mês, os confrontos entre os dois treinadores já são 33, com 11 vitórias de Nelsinho, 9 de Luxemburgo e 13 empates. Ou seja: se o Palmeiras vencer hoje, seu comandamente não conseguirá alcançar o mesmo número de triunfos que o rival, mas diminuirá a diferença para apenas uma vitória. A "briga" entre os dois se acirrou na decisão do Campeonato Paulista de 1990. Nelsinho Baptista, ex-lateral-direito de Ponte Preta (foto à esquerda), São Paulo e Santos, entre outros, era o técnico do Novorizontino. E Vanderlei Luxemburgo, ex-lateral-esquerdo de Flamengo (à equerda, abaixo), Internacional-RS e Botafogo-RJ, treinava o Bragantino, que venceu aquela decisão "caipira". Mais tarde, Nelsinho daria o troco na final do Paulistão de 1998, quando o São Paulo derrotou o Corinthians de Luxemburgo. A rusga entre os dois já rendeu muita polêmica. Me lembro de uma edição do programa "Cartão Verde", na TV Cultura, em que os dois partiram para a baixaria, com Luxemburgo dizendo que o rival "nem tinha jogado bola direito" e Nelsinho rebatendo com um "olha só quem tá dizendo". Hoje não sei se ainda guardam tanto rancor. Alguém viu se eles se cumprimentaram nos últimos confrontos? Bom, mesmo que sim, é inegável que Nelsinho tem mais um objetivo, na partida de hoje, além de devolver a derrota do Sport em Recife. Conseguirá?

Se a pessoa não quiser se ajudar, que morra!

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Os tucanos são bichos políticos que sempre conseguem me surpreender pelo cinismo, perversidade e estupidez. O projeto de Estado mínimo e de deixar a população ao Deus dará é explícito e registrado até em textos oficiais. Vejamos um trecho da introdução do "Plano Plurianual 2008–2011" (Lei nº 13123), da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, assinado pelo governador José Serra em 8 de julho de 2008 (o grifo é nosso):

Assistência e Desenvolvimento Social
Integrada às demais políticas públicas de cunho social, a assistência social visa a contribuir para a universalização dos direitos sociais, enfrentando a pobreza extrema e provendo condições mínimas para o atendimento a contingências sociais. O principal objetivo é garantir o acesso a bens e serviços aos cidadãos em situação de vulnerabilidade social e pessoal, procurando ajudar a quem se disponha a ajudar-se.
(págs.3 e 4)

Notem a sutileza: em vez de "O dever do Estado é garantir", eles substituem por "O principal objetivo é garantir" - ou seja, se não atingirmos o objetivo, pelo menos "tentamos" (e foda-se!). Mas o "tirar o corpo fora" fica mais explícito com o complemento hipócrita, dispensável e estúpido da frase. Em primeiro lugar, dizem que o Estado vai procurar "ajudar", em vez de assumir seu dever (é bom frisar isso, sempre). E o pior: só vão "tentar ajudar" quem quiser "se ajudar". Então fica combinado desse jeito, a gente chega para um morador de rua, estendido na calçada, e pergunta: "Você quer se ajudar?". Sem compreender o que passa, o cidadão responde: "Olha, nesse momento, só quero continuar dormindo". E aí o poder estadual fica desimpedido para arrematar: "Ah, é? Então morra! Vai cuidar da sua vida! Até nunca mais!".

A ciência da efi
Esse desapego, ou antes, despriorização dos programas sociais tem a ver com a visão economicista do PSDB. Não é a toa que seus slogans mais insistentes, nas campanhas, são a "gestão" e a "eficiência" (leia-se: contenção de gastos públicos, ou melhor, da verba para serviços prioritários à população). Exagero? Pois eu busquei o termo "eficiência" no texto desse Plano Plurianual e grifei duas dezenas de trechos, alguns na mesma página:

"A eficiência na gestão pública..." (pág.9)
"...eficiência, rapidez e simplicidade." (pág.9)
"...eficiência da gestão administrativa..." (pág.46)
"...eficiência nos processos de compra..." (pág.51)
"...aumentar a eficiência das iniciativas..." (pág.58)
"...para aumentar a eficiência e a efetividade..." (pág.59)
"...a eficiência e a acessibilidade do sistema..." (pág.65)
"...com o máximo da eficiência." (pág.73)
"...eficiência econômica e geração de emprego e renda..." (pág.88)
"...melhor eficiência no aproveitamento da produção..." (pág.98)
"A eficiência na gestão pública..." (pág.104)
"...eficiência no exercício da administração pública." (pág.106)
"...mais eficiência, eficácia e flexibilidade..." (pág.107)
"...características de eficiência, rapidez..." (pág.108)
"...baseada na questão da eficiência..." (pág.108)
"6.6 - Eficiência e eficácia do gasto público" (pág.110)
"...que buscam melhorar a eficiência..." (pág.112)
"...resultou em ganhos de eficiência..." (pág.115)
"...visando aumentar a eficiência e a transparência..." (pág.115)


Bonita peça publicitária, não? "Gerente e eficiente" é o que o Serra quer dizer que é. Mas impagável é o parêntese que enfiaram em uma frase da página 112:

O governo paulista tem investido e criado boas e inovadoras tecnologias de gestão, como o demonstram os bem-sucedidos casos das compras eletrônicas, dos centros de atendimento integrado e dos programas de qualidade. Existem ainda várias ações neste campo para a estruturação de centros de custos mais efetivos, capazes de melhorar a gestão da eficiência (aspecto no qual São Paulo vem tendo bons resultados).

"Eficiência", "gestão", "bons resultados". O melhor do PSDB é que a gente aprende. Aprende quem eles são - e o que querem para nós...

terça-feira, abril 14, 2009

Sem o Santos, não existiria

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Hoje, dia 14 de abril, o Santos faz 97 anos. Nas palavras de José Roberto Torero, o único time de bairro do mundo que é campeão mundial. De fato, para um clube que não é de capital, nem de província, estado ou país, encantar o mundo torna-se uma tarefa ainda mais significativa. Foi eleito o melhor do século passado nas Américas (o que equivale a dizer, o maior da História do continente) e o terceiro maior do mundo, mesmo diante de uma votação eurocêntrica.

Para celebrar essa data, não falo aqui sobre as glórias (talvez incontáveis) do primeiro ataque que fez cem gols no futebol paulista, do pentacampeão da Taça Brasil ou de um dos maiores jogos que um time já fez no ludopédio mundial. Mas digo que, na minha história pessoal, o amor pelo Santos precede a minha existência e é também responsável em parte por eu existir.
Meu avô materno é natural de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Tinha uma vida razoavelmente estabilizada lá, mas começou a sentir-se mal em determinadas situações. Foi diagnosticada hipertensão e, à época, o tratamento não consistia na ingestão de remédios que hoje controlam o mal. Era à base de dieta e recomendava-se que o doente vivesse a nível do mar para minorar o problema (hoje se sabe que isso é um mito).

Para onde ir? Espírito Santo, Rio de Janeiro ou São Paulo? Digamos que um fator pesou na decisão de meu avô para levar a família a São Vicente na década de 40. Seo Benedito Faria era torcedor fanático do Santos, fã de Antoninho Fernandes, o “arquiteto” que jamais foi campeão como jogador pelo Alvinegro. Daí, a chance de ficar perto do clube do coração foi cabal para a mudança de endereço.

Graças à decisão do meu avô, minha mãe pode conhecer meu pai, duplamente santista, de nascimento e de coração. Por isso, pra mim, não é exagero de torcedor apaixonado dizer que devo minha vida ao Santos. Obrigado e parabéns, Peixe!

Em busca do marafo perdido - Capítulo 7

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Festa de metalúrgicos, show do Zé Geraldo. Quatro e quinze da madrugada e eu com o boné azul marinho de uma das duas meninas que havia beijado naquela bebedeira. Ela entrou num Fusca bem velho e abarrotado, com umas oito pessoas. Queria que eu fosse com ela para Nova Odessa, Estiva Gérbi - ou algo semelhante. Declinei. Uma turba de bêbados jorrava pelas escadarias do ginásio de esportes. Ainda não havia ônibus circulando. "Hora de tomar a saideira", pensei. Mas aonde? Como? Sem um puto sequer, completamente embriagado e perdido, o que fazer? Meu cérebro latejava.

Os três companheiros que chegaram comigo ao recinto, no início da noite, haviam desaparecido há horas, cada um com uma mulher. Olhei ao redor: tudo deserto. Nisso, outra moça apareceu, como que por encanto, e me deu um beijo de cinco minutos. Pegou o boné azul marinho e simplesmente sumiu. Fiquei ali, meio aéreo, na mais completa solidão. Para onde ir num horário desses, sozinho? Foi aí que me lembrei do convite para almoçar na casa de uma amiga de faculdade, quase namorada. Não sabia como ir, mas ia.

Andei, andei, andei e, aturdido, percebi que havia contornado o ginásio de esportes e retornado ao mesmo lugar. Decidi que precisava ir para o Norte, como se soubesse onde ele ficava. Andei mais, muito mais. Completamente entorpecido, a boca grudada, as narinas ardendo. O sol nasceu. Me lembro que um ônibus parou e o motorista perguntou para onde eu ia. Respondi que não fazia a mínima ideia e continuei andando, na contramão. Andei mais e cheguei ao bairro onde morava minha amiga.

Oito e meia da manhã - ou coisa do gênero. "A casa tá fechada, todo mundo dormindo", refleti. Reparei que não havia ninguém na rua e me sentei na calçada, escorado no muro. A única opção era aguardar que alguém, na casa da minha amiga, acordasse. "Umas três ou quatro horas de espera", calculei. Bati a mão no bolso: a carteira ainda estava ali. Para não ser assaltado, joguei a dita cuja na varanda da casa, por sobre o muro. Desabei. E dormi o sono mais profundo de todos os 19 anos que tinha vivido até aquele dia.

Acordei com alguém me cutucando. Deitado na calçada, olhei pra cima, contra o sol forte, e vi três ou quatro velhinhos, curiosos e assustados. Dei um pulo e todos se afastaram. Tentei explicar alguma coisa, mas raciocinei (com muita dificuldade) que a minha longa saga etílica só espantaria ainda mais a vizinhança. Inventei qualquer besteira, que havia perdido o ônibus, que tinha passado três dias sem dormir, acompanhando minha tia no hospital, uma lorota dessas. Fingiram que acreditaram. Eu também - e sorri.

Naquele exato momento, a mãe da minha amiga abriu o portão e começou a varrer folhas secas para a rua, junto com a minha carteira. Me abaixei, peguei a dita cuja, botei no bolso e me apresentei: eu era o amigo da filha dela e estava convidado para o almoço. Ela me avaliou de cima abaixo, bem séria, fechou o portão com um cadeado e correu para dentro da casa. Os velhinhos olharam todos para mim, muito tensos e raivosos. Vi um ônibus saindo do ponto final. Consegui correr e alcançá-lo. Sorte de principiante...

(Continua quando o autor estiver sóbrio o suficiente para escrever...)

O cinema de Marguerite Duras chega ao Rio

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Um tempo atrás escrevi uma matéria para a revista Fórum sobre os 10 anos da morte da escritora francesa Marguerite Duras. Na verdade, nunca dediquei tanto tempo de vida a estudar alguma coisa como a ela. Rendeu um doutorado em literatura na USP, um ano em Paris... É para mim uma referência constante, não só intelectual como de vida.

Agora tive a oportunidade de fazer a curadoria de uma mostra com os filmes que ela dirigiu – sim, ela dirigiu filmes, foram 19, 16 dos quais trouxemos ao Brasil, além do clássico Hiroxima meu amor, dirigido por Alain Resnais com roteiro de Duras, que este ano completa o seu cinquentenário.

Aqui vão as informações principais:






















Mostra Marguerite Duras: escrever imagens


14 a 26 de abril

CAIXA Cultural
Av. Almirante Barroso, 25
Centro - Rio de Janeiro
(No edifício da agência da Av. Rio Branco)

Quem pensa que isso não tem nada a ver com futebol, política e cachaça engana-se. Não tenho notícias quanto ao futebol, mas Marguerite foi uma manguaça das fortes. Ela tinha a cara inchada do uísque cotidiano, mas, segundo ela, este aspecto lhe era natural: "Essa cara de alcoólatra eu tinha antes do álcool. O álcool só veio confirmá-la". Dizia também que é muito difícil passar uma noite sem uísque, e conviver com a vontade de se matar.

Mas não só de depressão vive uma manguaça. Ela era também famosa por promover em sua casa grandes noitadas com intelectuais e artistas franceses – ou de outras procedências, de passagem por Paris. Merleau-Ponty, Blanchot, Bataille, Godard e Italo Calvino eram seus habituês. Ela tinha aliás um senso de humor fantástico, uma língua ferina... e um incrível talento para a cozinha!

Duras teve também uma atividade política intensa. Mas a pressa (a abertura é daqui a pouquinho, às 18h30...) exige que eu deixe este assunto pra uma próxima (mas não distante) oportunidade.

Assim manguaças cariocas – ou de outras procedências, de passagem pelo Rio –, não deixem de conferir esta oportunidade singular de conhecer o cinema único de Marguerite Duras.

segunda-feira, abril 13, 2009

Sobre "planejamento e profissionalismo"

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Andei um pouco sumido nas últimas semanas por conta de merecidas férias. Acompanhei à distância o que aconteceu no mundo do futebol, e por isso deixo a reta final do Paulistão por conta dos outros futepoquenses - o que posso falar, por ora, é que festejo a vitória do meu time sobre o Palmeiras e também o fato das semis do Estadual reunirem os quatro grandes. Claro que é legal ver uma ou outra zebra pintando, mas já era hora do Paulistão ter uma final entre dois de seus maiores clubes, o que não ocorre desde 2003.

Gostaria de chamar a atenção para outro assunto, falado en passant aqui no Futepoca e em outros lugares da mídia esportiva. Refiro-me à queda do Guaratinguetá. Juntamente com Marília, Guarani e Noroeste, o clube do Vale do Paraíba ficou entre os piores do Campeonato Paulista e jogará a A2 no ano que vem.



A queda de um time pequeno seria algo a ser considerado banal não fosse o 2008 do Guaratinguetá. No Paulistão do ano passado, o jovem clube terminou a primeira fase na liderança (à frente de todos os grandes) e sucumbiu perante à Ponte Preta nas semifinais. Talvez, se superasse a Macaca, engrossaria a rapadura alviverde de maneira mais concreta do que fez o time do coração de Luciano do Valle.

E a excelente campanha do ano passado levou os olhos da imprensa esportiva ao Guaratinguetá. Todos queriam saber o segredo do pequeno e novo clube. Como aquele humilde time conseguia superar os interioranos mais tradicionais e até mesmo os gigantes do futebol estadual e terminar o Paulistão nas cabeças?

Tal indagação fez dos dirigentes do Guaratinguetá figurinhas carimbadas nos programas esportivos. Respondendo a perguntas que mais soavam como um repertório de puxa-saquismos, os cartolas valeparaibanos falavam obviedades como "fazemos um trabalho bem feito", "pagamos salários em dia", "aqui o compromisso é respeitado" e por aí vai. Os jornalistas adulavam os dirigentes e repetiam de maneira incontrolada que o Guará era um exemplo a ser seguido, que a receita estava disponível a todos, bastava seguir, e etc...

Pois bem, quando chegar 2010 o Guaratinguetá estará jogando a segundona estadual. Deve ter havido algum motivo plausível para a queda - nenhum time vai de líder a rebaixado de um ano para o outro sem uma explicação coerente. Agradeço se alguém souber.

Mas, para mim, a principal lição que fica da queda do Guará vai para a imprensa esportiva: na hora de elogiar "planejamento e profissionalismo" de um time, aguardem uns dois ou três anos pra saber se a coisa realmente é boa ou foi fogo de palha. Só assim pra se ter certeza da "continuidade de um trabalho", pra reforçar outro chavão da área que tanto se gosta de dizer.

Boca maldita

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Depois das seguidas - e bisonhas - falhas de Rogério Ceni contra São Caetano, Defensor e Corinthians, eu comentava ontem, durante o primeiro jogo da semifinal do Paulistão, que o goleiro, envergonhado, arrumaria alguma desculpa para sair do time. Sua má fase está provocando insegurança nos zagueiros. Podia ter uma distensão, luxação, sei lá, algo que disfarçasse sua saída por deficiência técnica. Eu defendia a entrada do Bosco mesmo antes da última partida pela Libertadores. Mas agora fiquei com medo da minha boca maldita: menos de 24 horas depois de eu ter insinuado que Rogério Ceni procuraria uma solução elegante para dar lugar ao reserva, ele prendeu o pé no gramado do CCT da Barra Funda e deixou o campo com forte suspeita de fratura no tornozelo esquerdo. Pô, eu queria que Rogério Ceni deixasse, mesmo que temporariamente, a posição de titular. Mas fratura também já é sacanagem. Juro que não urubuzei, mas, por remorso, peço desculpas ao nosso capitão. Força, Rogério! E cata tudo, Bosco! Agora é com você!

Rogério Ceni sendo medicado após contusão no treino do São Paulo

A segunda semifinal: a (rara) ousadia de Mano Menezes

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O Corinthians entrou em campo buscando a vitória, enquanto o São Paulo fez o que pode para manter o empate. Venceu o mais ousado – que dessa vez, surpreendentemente, foi Mano Menezes. Ele escalou o time quase num 4-3-3, com Dentinho e Jorge Henrique abrindo o jogo pelos lados e Ronaldo centralizado. Douglas – que não fez partida ruim – aramava o jogo, auxiliado por Elias. O São Paulo veio recuado, buscando o contra-ataque e as chances de bola parada. No entanto, a presença dos atacantes pelos lados prendeu os alas sãopaulinos Júnior César e Arouca, que mais marcaram do que apoiaram. Como Hernanes não apareceu pra jogar, o time ficou com poucas opções.

Mesmo assim, apareceu a principal arma do Tricolor nas últimas temporadas: a bola cruzada de Jorge Vagner, especialmente em bolas paradas. Falta boba de Dentinho na lateral esquerda da defesa corintiana, cruzamento do meia e gol de cabeça de Miranda, em falha de marcação de Chicão (teve impedimento de Miranda – por centímetros e totalmente desculpável ao bandeira – e reclamaram de empurrão do sãopaulino no defensor alvinegro, mas Chicão marca a bola e não o jogador, que aparece sozinho).

Minutos depois, Elias, o melhor em campo, recebeu bola de Jorge Henrique na entrada da área, passou por dois zagueiros e mandou um bico de esquerda no canto de Rogério Ceni, que nem se mexeu. Golaço e justo empate, para o time que tinha mais posse de bola (em certo momento, vi 63% para o Corinthians a 37% para o São Paulo), apesar de não ter criado chances tão claras. Elias ainda salvou bola em cima da linha em outra cabeçada de Miranda – em falha idêntica de Chicão.

No segundo tempo, a toada seguiu a mesma, com mais posse de bola do Corinthians e contra-ataques do São Paulo. Até que Elias – sempre ele – roubou bola mal passada na defesa sãopaulina e foi obstruído por André Dias, que levou o segundo amarelo e foi expulso. A bola ainda sobrou para Douglas que deixou Ronaldo na cara de Ceni, que fez bela defesa em jogada que o centroavante não costuma perder.

Daí pra frente, o São Paulo se fechou totalmente atrás, fazendo o jogo virar praticamente ataque contra defesa. Algumas escapadas ainda obrigaram Felipe a boas defesas (pegou muito), mas o domínio era alvinegro. O Corinthians, no entanto, tocava a bola, mas criou poucas chances. Jorge Henrique teria feito o gol da virada se fosse 10 centímetros mais alto, em cruzamento de Dentinho. Ronaldo foi travado por Miranda em arremate dentro da área. André Santos teria saído na cara do gol após passe do centroavante, não fosse a bizarra participação do árbitro.

Ceni até tentou frangar, soltando bolas estranhas em chute de Elias (bateu no pé da trave) e Chicão. Mas a coisa se encaminhava para mais um empate – dessa vez com gosto de derrota. Meu pai, com quem via o jogo, estava puto desde uns 25 minutos. Eu joguei a toalha aos 43 e já preparava o discurso mental de que tem que ser difícil, que vai ser melhor jogar no Morumbi sem a vantagem (pra frear o retranquismo de Mano), essas coisas. Só quem acreditava era a aniversariante Angélica, amiga da minha mãe, que se mostrou mais torcedora do que eu imaginava. Foi com empurrão dela que Christian roubou a bola de Jorge Vagner e acertou aquele canudo no canto de Rogério aos 47 minutos. Presentão para Angélica (parabéns de novo!) e para o volante corintiano, que vem jogando muita bola.



Classificação aberta – A vitória foi boa, emocionante, um grande jogo. Mas nada está definido. O São Paulo deve mudar o esquema e pressionar no Morumbi. O Corinthians pode aceitar essa pressão e tem que agredir o rival. Se Mano Menezes – que já disse que “talvez precise de mais alguém no meio” na segunda partida – resolver retrancar pra segurar resultado, vai atrair o São Paulo e as faltas na intermediária se multiplicarão, dando chances aos cruzamentos de Jorge Wagner e Hernanes. Não vai ser toda hora que Elias vai estar em cima da linha. Mas creio que Mano pensa em colocar Boquita no meio, no lugar de Jorge Henrique. Não chega a ser uma retrancada em termos de escalação, mas reforça a marcação no meio. Vai depender da postura do time para determinar até que ponto o Timão vai aceitar a pressão que deve vir do Tricolor.

De olho na redonda - Árbitros que apanham e os que deixam bater

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Pedro Santilli foi auxiliar de Leão na seleção brasileira e em outros times pelos quais o treinador passou, como o Santos. Agora, era o técnico do Comercial e ontem, na derrota por 1 a 0 para a Catanduvense, que decretou a queda do clube para a Série A-3, perdeu a cabeça. Deu um chega-pra-lá em um atleta adversário e depois acertou um belo gancho no rosto do árbitro Flávio Rodrigues de Souza. Confira no vídeo abaixo o destempero.



Na terceira

Por falar em rebaixamento, na penúltima rodada da Série A-2 do Paulistão foram definidos os times que vão disputar a terceira divisão do estadual.Além do Comercial, outras três equipes tradicionais caíram: Juventus, Ferroviária e, a que me doi, Portuguesa Santista, a mais Briosa de Ulrico Mursa. Já em relação aos oito classificados que disputarão o acesso pra primeira divisão, três vagas estão em aberto, sendo disputadas por Flamengo de Guarulhos, São Bernardo, América, Sertãozinho e Taquaritinga.

Ronaldo pode?

Dois momento dos jogo ontem foram significativos em relação aos pesos e medidas da arbitragem tupiniqui. O primeiro lance foi a falta de Ronaldo em André Dias, que lhe rendeu o cartão amarelo. Para Gérson Sicca, do Limpo no Lance, Sálvio Spínola Filho não teve peito pra fazer o que tinha de fazer: expulsar o atacante. Ronaldo sola a canela do zagueiro sãopaulino, em um lance onde a maldade fica bem caracterizada, já que a bola havia passado.

Embora possa haver divergências a respeito da punição mais adequada, o rídiculo é ver gente como um tal Paulo Lima, comentarista na Globo News, citar o lance como exemplo de “disposição” do atleta. Aí a cara de pau e o puxa-saquismo já ultrapassaram o limite do aceitável... Mas e aí? Era pra expulsão mesmo? Se você não viu, confira o lance aqui.

Precisava mesmo comemorar assim?

Djalma Vassão/Gazeta Press

Ao fazer o gol nos últimos segundos da partida, o volante Cristian comemorou mostrando os dedos médios em direção à torcida do São Paulo. O corintiano Marcelo Lima, do Vertebrais, critica a atitude do jogador, que inflama ainda mais o jogo de volta. E faltou um cartão amarelo para Cristian, já que a orientação da Fifa é advertir atletas quando fazem comemorações provocativas (e essa foi além da simples provocação)... O volante pediu desculpas na coletiva após o clássico, mas mesmo assim pode ser punido e ficar de fora de uma eventual final.

Pelas altas temperaturas das semifinais, corremos o risco de termos finais com muitos desfalques sejam quais forem os vencedores.

Vai uma escolta aí?

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Como bom brasileiro, resolvi não desistir. Depois de acompanhar o jogo do Clube Atlético Taquaritinga (CAT) contra o Juventus, na Mooca, dia 4, gastei a manhã do Domingo de Páscoa em novo compromisso da Série A-2 do Campeonato Paulista. Precisando de apenas três pontos para garantir vaga entre os oito finalistas do torneio, o CAT recebeu no estádio Taquarão o União São João de Araras - adversário que, por já estar classificado, entrou em campo com seis reservas. O primeiro tempo foi medonho, mas o pior estava guardado para a etapa final.

Favorecendo descaradamente o time da casa, o juiz expulsou dois jogadores do União São João. Mas nada disso conseguiu compensar a ruindade dos anfitriões: sem marcação, o time de Araras abriu o placar num contra-ataque e só não não ampliou porque o árbitro camarada deixou de marcar um pênalti. Aos trancos e barrancos, o CAT chegou ao empate, mas tomou um inacreditável gol de falta logo em seguida. No sufoco, o Taquaritinga ainda empatou novamente, dando números finais ao (injusto) placar: 2 a 2. Excluído do G-8 com esse empate, o CAT tentará a sorte contra o Rio Preto, fora de casa. Mau presságio, pois, em campos adversários, perdeu os dois últimos jogos, contra Juventus e São Bernardo.

A torcida cateana, revoltada com o resultado pelo fato de o time ter jogado quase metade da partida com dois a mais, foi ao alambrado xingar os jogadores na entrada dos vestiários. Houve bate-boca e princípio de briga, a polícia precisou intervir. Nisso, meu cunhado, o santista e oftalmologista Beis, que atuou como médico do União São João na partida, também se dirigia aos vestiários. Foi então que seu genro, o sãopaulino Dô (que lhe daria carona), chegou no alambrado e gritou: "Beis, eu te pego lá fora!". Pensando que aquilo era uma ameaça, um policial chegou para o meu cunhado e disse: "Ô, doutor, se quiser, a gente providencia uma escolta!".

Pé redondo na cozinha - Nêgo Rato, o batera

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MARCOS XINEF*

Tudo começa em Amsterdan (na Holanda) e com um rato apelidado de Osbourne (na boca de alguém). Reza a lenda que Ozzy Osbourne, o roqueiro, comia morcegos no palco, mas eles eram de plástico. Um dia, um fã atirou um de verdade, o cantor mastigou e se transformou no todo poderoso rock star. Já não se pode dizer o mesmo do nosso personagem, batera de uma banda brasuca que foi tentar a sorte em Amsterdan. O local escolhido para morar, ou seja, a residência da banda, era tão "bom" que um dia nosso querido Nêgo estava dormindo e um rato entrou em sua boca, ficando só o rabo para fora. Ele acordou e, esbaforido, foi correndo lavar a boca - mas é logico que não foi com água, pois, segundo o mesmo, isso enferruja. Ele desinfetou a boca com uísque. No outro dia, ao acordar, morrendo de fome, ele abriu a geladeira e observou que a única coisa que tinha para comer era um macarrão com carne de três dias atrás. Nêgo se lembrou do rato e imaginou o macarrão com a carne do bicho. Botou pra fora até as tripas. Foi daí que nasceu nossa receita. Tome coragem, tome nota e pode tomar uma dose de uísque também (hehehe):

CACHAÇARRÃO À NÊGO RATO
(macarrão no uísque com iscas de carne)

Ingredientes:
1 litro de uísque vagabundo
1 litro de água
1 colher de sopa de sal
1 pacote de macarrão
1/2 cebola picada
2 tomates picados
300 gramas de isca de contra filé
azeite extra virgem
1 colher de chá de pimenta calabresa moida
sal a gosto

Preparo:
Misture em uma panela a água, o uísque e a colher de sal e ferva. Depois, adicione o macarrão e deixe ferver por 7 minutos. Enquanto a massa fica pronta, pegue uma frigideira e refogue a cebola, a carne, os tomates e a pimenta, até dourar as iscas de filé. Escorra o macarrão, misture o molho colocando as pitadas de sal e sirva.


Quem quiser substituir o filé por carne de rato, fique à vontade. Abraços!

*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

domingo, abril 12, 2009

A primeira semifinal: os "caras" e os "carinhas" do Santos

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Estava em São Vicente quando li no tablóide Expresso Popular uma matéria sobre o clássico de ontem dizendo que Fábio Costa e Kléber Pereira eram os “caras” do Santos, que poderiam determinar a vantagem do time contra o Palmeiras. Quase profético, o texto relembrava como os dois foram fundamentais para a classificação santista às semifinais. E, ontem, decidiram de novo.

O Palmeiras tem melhor elenco, com mais opções e um ataque rápido. Luxemburgo colocou Keirrison e Ortigoza para serem as “flechas” estilingadas por Diego Souza e Cleiton Xavier, que também se revezavam à frente nos perigosos contra-ataques alviverdes. Proposta parecida com a do meio de semana: time atrás, esperando um vacilo da zaga adversária. Nada que lembre qualquer futebol super-ofensivo praticado por equipes comandadas pelo treinador outrora.

E deu certo. Um lindo passe de Diego Souza para Xavier, uma defesa que não conseguiu fazer a linha de impedimento e sai o gol de Keirrison. O Santos, que encurralava o Palmeiras no seu campo, teria que sair ainda mais e oferecer o contragolpe para o adversário. Poderia ser mortal.

Mas dez minutos depois de tomar o gol, aos 18, Kléber Pereira apareceria. Em uma cobrança de escanteio, o atacante vai se deslocando para trás, ficando sozinho na entrada da área, quando a bola chega nele. Chute preciso que muda a história da partida. Pereira fez o quinto gol na terceira partida seguida: todos os tentos decisivos. Como já escrevi outra vez , ele fica períodos sem marcar, perde muitas oportunidades em uma partida, mas ontem, quando teve sua chance fez. Vida de artilheiro é assim.

A balada continuou a mesma, o Santos acuando o Palmeiras, que trazia perigo nos contra-ataques se aproveitando do confuso sistema defensivo santista, que estreava André Astorga atrás. Foi ali que Fábio Costa, mais magro e atento depois da chegada de Manicni, começou a aparecer, com defesas importantes e saídas providenciais.

No início da segunda etapa, depois que os “caras” peixeiros já tinham dado o ar da sua graça, apareceram os “carinhas”. Neymar, sempre marcado por dois, três ou até quatro rivais, recebeu a bola de Roberto Brum, que errava muitos passes durante a partida até aquele momento. De costas para dois marcadores, girou, gingou, achou o espaço e bateu no canto direito de Marcos. Outro moleque, Paulo Henrique Ganso, fez uma bela jogada em cima de Fabinho Capixaba que incendiou a Vila Belmiro. Diga-se, aliás, que o meia marcou muito e correu o tempo todo em que esteve em campo.

Naturalmente, o Santos foi recuando e o Palmeiras se lançou ao ataque. Fábio Costa começou a aparecer mais, não só com defesas cruciais como também atuando praticamente como homem da sobra quando a equipe adiantava sua linha de marcação. Após o primeiro terço do segundo tempo, com um time inferior tecnicamente e com seus garotos no banco, sobrou para o Alvinegro o mesmo elemento que fez a diferença em favor do Palmeiras na quarta-feira: a entrega.



O contra-ataque santista só funcionou em um jogada em que o meia Robson encontrou Marcos fazendo uma grande intervenção, de resto, o Palmeiras pressionou, mas não chegou às redes. Um grande jogo, típico de decisão, e a expectativa de outros 90 minutos de nervos à flor da pele no próximo fim de semana.