Destaques

quinta-feira, novembro 22, 2007

Os melhores do brasileirão, segundo a CBF

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A CBF divulgou, nesta quinta-feira, a lista dos concorrentes a melhores do brasileirão. É a hora das injustiças e das queixas. O prêmio será entregue no dia 3 de dezembro, no Rio de Janeiro. O colégio eleitoral foi formado por jogadores, ex-jogadores, técnicos e jornalistas.

Como foi o treinador da seleção brasileira Dunga quem anunciou os concorrentes, ao lado de Jorginho (foto), cabe um apontamento. Apenas o lateral-esquerdo santista Kléber foi relacionado pelo xará de anão de conto de fadas para as Eliminatórias da Copa do Mundo.

CBFNews


Além da surpreendente categoria de melhor árbitro, há outras curiosidades. Acosta, atacante uruguaio do Náutico, o único do time pernambucano, está entre os craques do Brasileiro, ao lado do campeão Rogério Ceni e do chileno Valdívia. Dois estrangeiros e um goleiro. Outro detalhe é a categoria Craque da Torcida, que tem dois goleiros entre dos três concorrentes : Felipe, o único que se salva no (e salva o) Corinthians e Rogério Ceni de novo.

O São Paulo é o que mais tem nomes na lista, 13, incluindo duas das três revelações. A liderança nas indicações do campeão poderia até ser esperada, mas é bastante para um time cuja principal qualidade é o caráter coletivo. O Santos, segundo colocado, tem três, mesmo número do Corinthians (todas do goleiro Felipe) e menos da metade das indicações do Palmeiras, que briga para se manter em quarto.

O Verdão chega a 7 indicados, sendo que Valdívia está em três categorias. Caio Jr. disputa, surpreendentemente, como melhor técnico, ao lado do campeão Muricy Ramalho e de Joel Santana, responsável pela virada flamenguista. Vanderlei Luxemburgo ficou de fora. O Flamengo tem cinco, e o restante vai nas exceções.

À lista.

Goleiro
Diego ( Palmeiras)
Felipe (Corinthians)
Rogério Ceni (São Paulo)

Lateral-direito
Coelho (Atlético-MG)
Léo Moura (Flamengo)
Joílson (Botafogo)

Zagueiros
Breno (São Paulo)
Thiago Silva (Fluminense)
Fábio Luciano (Flamengo)

Zagueiros
Juninho (Botafogo)
Alex Silva (São Paulo)
Miranda (São Paulo)

Lateral-esquerdo
André Santos (Figueirense)
Juan (Flamengo)
Kléber (Santos)

Volantes
Maldonado (Santos)
Pierre ( Palmeiras)
Hernanes (São Paulo)

Volantes
Martinez (Palmeiras)
Rodrigo Souto (Santos)
Richarlyson (São Paulo)

Meia-direita
Ibson (Flamengo)
Diego Souza (Grêmio)
Paulo Baier (Goiás)

Meia-esquerda
Valdívia (Palmeiras)
Thiago Neves (Fluminense)
Jorge Wagner (São Paulo)

Atacante
Acosta (Náutico)
Dagoberto (São Paulo)
Leandro Amaral (Vasco da Gama)

Atacante
Aloísio (Sâo Paulo)
Josiel (Paraná)
Dodô (Botafogo)

Treinador
Caio Júnior (Palmeiras)
Muricy Ramalho (São Paulo)
Joel Santana (Flamengo)

Árbitro
Leonardo Gaciba (RS)
Paulo César Oliveira (SP)
Heber Roberto Lopes (PR)

Revelação
Breno (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Hernanes (São Paulo)

Craque da torcida
Rogério Ceni (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Valdívia (Palmeiras)

Craque do brasileiro
Acosta (Náutico)
Rogério Ceni (São Paulo)
Valdívia (Palmeiras)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Vitória que envergonha

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Duvido que alguém consiga negar que o Uruguai jogou melhor pelo menos 80 minutos da partida. Duvido que alguém ache que sem as defesas do Julio César a gente não teria levado uma goleada. Duvido que haja algum maluco que não veja que sem os milagres do Luiz Fabiano a gente teria perdido. Alguém achou essa vitória justa?

O.k. goleiro está lá para defender, atacante para fazer gols. Mas dá vergonha quando uma seleção brasileira joga encolhida como time pequeno e não acerta nenhum passe dentro de casa e com os ditos melhores jogadores do mundo.

Pois desafio qualquer São Paulino a achar uma jogada certa do Kaká durante toda a partida. Desafio qualquer admirador do Gilberto e do Mineiro (se os há) a achar um passe que eles tenham acertado. Desafio até mesmo a maioria santista deste blog a achar alguma jogada digna do talento do Robinho nesta noite. Ronaldinho também foi mal, mas era o único que ainda tentava correr e foi substituído quando o Brasil empatava dentro de casa com o Uruguai por um volante. Medo do Dunga de perder?

Pode ter até algum maluco ache que ele acertou a marcação com a entrada do Josué. O ex-volante São Paulino até entrou bem, mas pela comparação com Gilberto Silva e Mineiro, que nada fizeram de útil.

Dunga hoje para mim mostrou um lado que não conhecia. Acho que não entende de tática, não sabe arrumar o time etc. Mas a surpresa foi descobrir que ele é medroso. Não tirou o Kaká provavelmente porque estava em São Paulo. Pôs um volante para segurar o empate.

O.k. ganhou o jogo. Mas pelo menos eu não tenho nada a comemorar.

Homenagem só para Júlio César e Luiz Fabiano. Vocês mereceram. Os outros deviam ter vergonha do que fizeram em campo. Sorte que não consegui ingresso para ver essa partidinha. Já pensou gastar R$ 100 (podia ser R$ 300, dependendo do cambista) e ainda ter de aturar os Vips globais e orquestra tocando hino no início da partida só para a Globo se promover com essa seleçãozinha.

Afe, pelo menos vou dormir feliz, não gastei meu dinheiro.

Dor de cotovelo

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Incomodado com os holofotes sobre o atacante Adriano, da Inter de Milão, que passa por tratamento no Reffis do São Paulo, o ex-vice de futebol do Corinthians, Roque Citadini (foto), soltou a seguinte pérola em seu blog: "Só o oportunismo sem freios do SPFC é que explica a luta por trazer um atleta nestas condições. Ou aquilo ali não é mais Refis (sic), mas um departamento do AAA, um tal AAF (Associação de Alcoólicos Famosos)".

Credo!

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Terça-feira, feriado na capital paulista (Dia da Consciência Negra), e o São Paulo FC promove outra "festa do penta" numa casa de espetáculos da Zona Sul. As atrações "musicais": Nando Reis, Jairzinho, Kiko do KLB e os jogadores Dagoberto e Souza "tocando" pandeiro e cavaquinho. Presenças políticas: José Serra, Gilberto Kassab e ministro Orlando Silva. Piadinhas sem graça: Marco Aurélio Cunha. Desfile de "moda": Leandro com aplique de cabelo comprido e Richarlyson de óculos ray ban lilás. Ou seja, tirando o motivo da festa (o título são-paulino) e a Solange Frazão, foi mesmo uma verdadeira noite dos horrores...

terça-feira, novembro 20, 2007

Qual o melhor campeão brasileiro da História?

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Depois de promover a escolha do pior campeão brasileiro da História, com vitória do Corinthians de 2005 (48% dos votos dos mais de 8.500 participantes), agora o Futepoca, com sua nova "agenda positiva", quer saber: qual o melhor campeão brasileiro já visto em terrras nacionais?

A escolha não é fácil, como já previa o Conselheiro Acácio. Os critérios adotados para indicar os times são variados: pode ser aquele que deu espetáculo, quem impressionou pela regularidade e teve pinta de campeão desde as primeiras rodadas ou o clube que foi tão superior aos demais na fase final ou no decorrer do campeonato que virou barbada em qualquer aposta de esquina ou boteco do país. No geral, as equipes aqui listadas combinam um pouco ou muito de cada um desses requisitos.

Confira abaixo os indicados, xingue porque seu time não está entre eles, mas não deixe de escolher o melhor:

Palmeiras de 1973

O primeiro bicampeão do torneio que teve início em 1971 era um esquadrão. A chamada "segunda Academia" havia sido campeã dos cinco campeonatos que disputou em 1972, e tinha o divino Ademir da Guia, Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha e César Maluco. No quadrangular final, foram duas vitórias sobre o Cruzeiro (fora de casa) e Inter. Na última rodada, bastou o empate com o São Paulo para garantir o título. No total de 40 partidas disputadas, o Verdão ficou dez pontos à frente dos dois segundos colocados (na época, vitória valia dois pontos) e sofreu apenas três derrotas, com um incrível saldo de 39 gols. Não é à toa que, dos atletas vencedores daquele ano, cinco estavam na seleção que disputou a Copa de 1974

Internacional de 1979

O que falar de uma equipe campeão invicta? Esse foi um caso único na história do campeonato, 23 jogos, 16 vitórias e 7 empates. O clube de Ênio Andrade era o primeiro a conquistar três títulos brasileiros e contava com Mauro Galvão, Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio. Venceu o Vasco nas duas partidas finais, tanto no Beira-Rio como no Maracanã. No ano seguinte, chegaria à final da Libertadores, mas perderia o título para o Nacional de Montevidéu. Talvez a conquista de 2006 tenha vindo com 16 anos de atraso...

Flamengo de 1983

Poderia estar aqui o Mengão de 1980 ou de 1982, mas os erros - e supostos erros - de arbitragem que influenciaram essas duas edições faz com que o time de 1983 represente a maior torcida do Brasil nessa escolha. Não que nessa final também não haja reclamação por parte dos santistas, mas o Flamengo tinha um timaço. Raul no gol, Leandro e Júnior nas laterais, Adílio e Zico no meio fizeram parte de um escrete que encantou o Brasil e o mundo no início dos anos 80, tendo sido, em um curto período, campeão estadual, nacional, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Nas duas partidas finais, perdeu do forte Santos de Pita e Serginho Chulapa em São Paulo por 2 a 1, mas superou os paulistas no Maracanã por 3 a 0.

Palmeiras de 1994

O time havia saído da fila de 17 anos sem títulos no ano anterior, com um Paulista e um Brasileiro. Agora, era novamente campeão atropelando seus rivais na reta final. O time de Vanderlei Luxemburgo tinha Velloso, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edmundo, Evair e Rivaldo e terminou a primeira fase em quarto lugar. Mas, na hora da decisão, foi inconteste. Venceu duas vezes o Bahia nas quartas-de-final, fez o mesmo com o forte Guarani de Edu Lima e Luisão e, na finalíssima, bastou uma vitória e um empate contra seu maior rival, o Corinthians de Viola e Marcelinho Carioca, para ficar com o título. Teve ainda o melhor ataque com 58 gols em 30 partidas.

Corinthians de 1998

Mais uma vez à frente de um grande time, Vanderlei Luxemburgo podia contar no meio de campo com atletas do nível de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho. Meias que sabiam tocar a bola e eram incisivos quando chegava a hora de atacar. E eram eles que davam o tom da equipe que terminou em primeiro lugar a fase de classificação. Em seguida, o Timão fez valer o regulamento e, nos play-offs, desclassificou o Grêmio com duas vitórias, bateu o Santos nas semifinais e superou o Cruzeiro do goleiro Dida, Müller e Fábio Junior. Contando o geral de partidas disputadas, ficou a dez pontos do vice, uma bela vantagem.


Santos de 2002

Um time em formação do qual não esperava muita coisa. Essa era a equipe do Santos daquele ano que, embora tenha tido lampejos de grande futebol no decorrer da competição, não passava a segurança necessária para o torcedor, tanto que se classificou em oitavo na primeira fase. No entanto, na fase final se agigantou e fez os fãs de futebol delirarem. Venceu duas vezes o São Paulo, chamado à época de "Real Madri brasileiro" e que tinha Ricardinho, Kaká e Luis Fabiano. Nas semis, a vítima foi o Grêmio do artilheiro da competição Rodrigo Fabri e de Danrlei, que ameaçou "dar porrada" em Robinho. Na finalíssima, duas vitória contra o Corinthians sagraram o título e o fim da fila santista de 18 anos. A equipe de Leão contava com Fábio Costa, Léo, Renato e os hoje selecionáveis Alex, Elano, Diego e Robinho.

Cruzeiro de 2003

Na primeira edição da competição disputada por pontos corridos, o Cruzeiro não só fez cem pontos em 46 jogos como também chegou a 102 gols. O time terminou 13 pontos à frente do Santos, segundo colocado, e teve o fantástico aproveitamento de 72,5% (o melhor da era dos pontos corridos e que não pode ser superado pelo São Paulo de 2007) no ano em que obteve a chamada "Tríplice Coroa", sendo campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileiro. Novamente um campeão nacional tinha Luxemburgo como treinador e, desta vez, a estrela da companhia atendia pelo nome de Alex, o meia canhoto que só não fez chover naquele 2003.

São Paulo de 2007

Pode não ter dado espetáculo, mas na era dos pontos corridos ninguém se mostrou tão à frente dos rivais como o São Paulo de 2007. Superioridade em pontos, em jogos decisivos e com uma incrível marca de 15 gols sofridos em 36 partidas. Mesmo sem um craque daqueles de encher os olhos - exceção feita a Rogério Ceni -, o Tricolor contou com uma defesa firme e um meio de campo que sabe tanto marcar como atacar, com todos desenvolvendo essa dupla função. Foi tão fácil para o São Paulo que os adversários acharam sem graça o título. Mas existe mais graça para o torcedor de um time que ser campeão de forma tão superior aos demais?

Atualização 21/03/2012 - O leitor Marcelo Colorado sugeriu também a inclusão do Internacional de 1975/1976. Vai aqui o link sobre o bicampeão.

Qual o melhor campeão brasileiro da História?


segunda-feira, novembro 19, 2007

Três rebaixados definidos na série B

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Faltando apenas uma rodada, a série B já tem três rebaixados definidos. Ituano-SP, com 33 pontos. Remo-PA, com 36. E Santa Cruz-PE, com 42, que não terão a chance de enfrentar o Corinthians na disputa do título da segundona em 2008.

Falta o último degolado, que ficará entre Paulista-SP, com 45 pontos e 12 vitórias. Avaí-SC, com 48 pontos e 12 vitórias. Santo André, com mesmo número de pontos e vitórias, mas com saldo de gols melhor (0) contra (-7) do Avaí. A chance do Paulista é vencer o Ipatinga em Jundiaí e torcer para que os concorrentes diretos percam. É difícil... O Gama, (48 pontos e 13 vitórias ainda corre poucos riscos) .

De destaque, a queda do Santa da primeira para a terceira em dois anos (se cuida, Parque São Jorge) e o Paulista, que já chegou à Libertadores e agora pode ir para a terceirona.

Sobre os que subiram, pouco a destacar, apenas a volta do Coxa provavelmente no lugar do Paraná, do Ipatinga no lugar do Juventude, da Portuguesa (no lugar do Corinthians?, mais provável no do Goiás), e do Vitória no lugar do América (RN).

A não ser que o STJD resolva aprontar, mas isso fica para outro post.

Palhaçada

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Sport campeão brasileiro de 1987 (CBF) - Em pé: Betão, Estevam Soares, Flávio, Rogério, Marco Antonio e Zé Carlos Macaé; Agachados: Robertinho, Ribamar, Nando, Zico e Neco (Técnico: Jair Picerni)

Essa história de troféu "das bolinhas" (foto ao lado) para o São Paulo, de Flamengo pentacampeão brasileiro ou Sport campeão de 1987 já está beirando as raias do absurdo. Leio agora, nos jornais, que o Sport está preparando uma grande festa para seu último jogo na Ilha do Retiro este ano, contra o Cruzeiro, no sábado (24/11) - com direito a exibição do troféu de campeão brasileiro de 1987. Não sei não, mas acho que vai ter até volta olímpica (!). Para mim, o Flamengo é penta. Mas, por considerar o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputado entre 1967 e 1970, como um legítimo Campeonato Brasileiro, o primeiro penta foi o Palmeiras, que depois tornou-se hexacampeão (1967/ 1969/ 1972/ 1973/ 1993/ 1994). Portanto, por culpa única e exclusiva da CBF, que não reconhece o Robertão e que promoveu as confusões em 1987 e 2000 (a estapafúrdia Copa João Havelange), temos de agüentar agora essa palhaçada do Sport, do Flamengo e do São Paulo. Quer saber? Desmontem o troféu e entreguem meia dúzia de bolinhas para cada time! E chega de conversa mole!

Flamengo campeão da Copa União de 1987 - Em pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho; Agachados: Bebeto, Aílton, Renato Gaúcho, Zico e Zinho. (Técnico: Carlinhos)

domingo, novembro 18, 2007

Mal acostumados

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Já estamos ficando mal acostumados. Porém, no sentido inverso do que a expressão costuma ser usada. Já vemos a seleção brasileira jogando fora contra times de qualidade técnica inferior - caso do Peru hoje - e escutamos dos atletas canarinhos:"tínhamos o objetivo de vencer, mas não podemos desprezar um empate fora de casa". Não???

Pois eu desprezo totalmente. O Brasil jogou, o tempo todo, para empatar com o Peru. Quando à frente no marcador, não se preocupou em atuar aproveitando os contra-ataques que a seleção peruana o presenteava. Os laterais de Dunga são laterais mesmo, não alas, e avançam pouco. Quando defendem, ainda conseguem comprometer, como é o caso do canhoto Gilberto. Seu lado foi a avenida peruana, e suas falhas defensivas só não causaram uma tragédia porque Juan estava inspirado demais. Maicon pouco desceu. Se isso não era orientação técnica, que ambos fossem substituídos.

Os volantes não atacam. Se Mineiro, quando no São Paulo, aparecia próximo à área adversária em momentos cruciais para o Tricolor, na seleção ele não avança. Quanto a Gilberto Silva, melhor que não vá para frente mesmo. Como seu xará de equipe, sua permanência como titular é um enigma.

Quando está zero a zero, Dunga tem um esquema. Quando está um a zero, o esquema é o mesmo. Quando o Peru empata, Dunga substitui. Coloca Elano para jogar no lugar de Robinho, mas na função de Ronaldinho Gaúcho, que ocupa a esquerda que era do atleta madrilenho. Pouco antes, troca Vágner Love por Luis Fabiano. O esquema? Rigorosamente o mesmo. Não consegue fazer uma alteração que seja de fato tática. Por que? O empate fora de casa é bom.

PS: Revi "Pelé Eterno" ontem. O Rei recebe passes de Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval... Vendo ontem os passes dados por Vagner Love a Robinho, Kaká e Gaúcho, fico pensando se Pelé seria o Rei caso tivesse que fazer tabelas com o atleta do CSKA.

sábado, novembro 17, 2007

A importância de "uns goles de saquê"

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Quarta-feira, tivemos uma espécie de "A volta do boêmio" lá no Bar do Vavá: depois de muito tempo, o consultor internacional Fernando Dourado (foto) reapareceu com suas "pirotecnias". Figura carimbada do boteco, esse conterrâneo do presidente Lula (também nasceu em Garanhuns) já percorreu quase 200 países em suas andanças. Fala seis idiomas, sempre com o inconfundível sotaque pernambucano. Entre os vários livros que escreveu, Fernando diz que o negociante brasileiro muitas vezes passa vergonha lá fora.

Um exemplo, segundo ele, ocorre no Japão: "O desavisado tende a pensar que quem está dando as cartas numa reunião com japoneses é o camarada que fala em nome da delegação. Só que lá o elemento-chave fica calado o tempo todo", comenta Fernando Dourado. "Também no Japão vi muito brasileiro recusar um jantar, contentando-se com as reuniões do dia. Um erro grave. De dia, tudo que se diz é tatemae, uma espécie de encheção de lingüiça", acrescenta.

Nesse tatemae, segundo Fernando, ocorrem coisas como o executivo japonês dar um presente caríssimo e pedir perdão pela modéstia de sua oferta ou o dono de uma trading multimilionária dizer ao interlocutor que tem uma empresa humilde e insgnificante em relação aos demais. Ou seja: tudo papo furado para preparar o terreno para o jantar, quando os japoneses vão direto ao assunto e fecham negócios.

"À noite, depois de uns goles de saquê, no jantar que muitos brasileiros recusam para ficar no hotel reclamando da falta de objetividade dos japoneses, é que se passa para a dimensão honne, da verdade. A agenda é refeita e fica mais real", completa Fernando Dourado. Ah, só mais um detalhe: no feriado de 15 de novembro ele viajou para Pequim. Ou seja, daqui a pouco ele será mais um que "veio da China"...

sexta-feira, novembro 16, 2007

Nenê e Leandrinho: Brasil entre os melhores da NBA

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Este blogue não vai se tornar Basquete, Política e Cachaça, mas vai lançar mais uma campanha.

Os brasileiros Nenê, do Denver Nuggets, e Leandrinho, do Phoenix Suns, estão entre os 120 atletas da liga norte-americana de basquete, a NBA, na votação popular para definir o time titular do All-Star-Game de 2009. Outros dois brasileiros Anderson Varejão e Rafael Araújo ficaram de fora.

A partida, marcada para 17 de fevereiro, reúne os jogadores mais populares das Conferências Leste e Oeste – ou da Esquerda e da Direita, segundo a tradução da página da liga em portuguêsO Brasil não chega a uma Olimpíada na modalidade masculina desde Atlanta, em 1996. A escolha dos brasileiros para o evento, que é puro marketing, garante visibilidade ao esporte por aqui e aumenta um eventual interesse de patrocinadores.












Leandrinho (à esquerda) é armador, tem 25 anos, e joga em Phoenix, sede da tal partida, desde 2002. Nenê (à direita) faz aquela função que de ala-pivô que alguém pode explicar melhor. Está na liga gringa desde 2003.

Como o voto é livre para qualquer pessoa do mundo, engrosse a campanha. Clique aqui, acesse a página da NBA e vote nos brazucas.


Vereadora é presa por torturar suposta amante um dia depois da eleição

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Ouroeste, cidade a 602 quilômetros da capital paulista, assistiu a uma prisão dentro da Câmara Municipal. A vereadora Maria Claudina (PSDB) foi detida na quarta-feira, 14, acusada de sequestro e tortura a uma funcionária pública em 4 de outubro de 2004. Atualmente com 52 anos, ela acreditava que Marilei dos Reis Machado fosse amante do marido.

A agressão ocorreu no dia seguinte ao pleito que lhe garantiu o segundo mandato no cargo, com 260 votos. Se Marilei era ou não amante, importa em nada. A condenação foi a cinco anos de reclusão em regime semi-aberto por seqüestro, constrangimento ilegal e injúria pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Cabe recurso. Duas outras pessoas acusadas como cumplices também foram condenadas.

Marilei foi obrigada a entrar no carro da vereadora, que seguiu a um motel. No local, o grupo teria agredido fisica e psicologicamente a funcionária pública, além de raspar seu cabelo e deixá-la nua na praça da Matriz da cidade vizinha Meridiano.

O presidente da Câmara, José Fábio da Silva (PSB), disse à imprensa que vai esperar o julgamento dos recursos para decidir se pede a cassação da colega. Por enquanto, segundo ele, a vaga da vereadora ficará vazia.

Enquanto os acusados planejam recorrer, a acusação pleiteia 700 salários mínimos a título de indenização por danos morais e materiais.

E depois é só Congresso Nacional que migrou pro noticiário policial.

Zé Roberto "com muita cerveja na cabeça"

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Muito infeliz a resposta de Carlos Augusto Montenegro, dirigente do Botafogo-RJ, ao jogador Zé Roberto (foto), já negociado com o clube alemão Schalke 04, que o acusou de "incorreto e mentiroso":
" - Sinto que o Zé Roberto já está em ritmo de férias e com muita cerveja na cabeça."
Ué, isso é motivo para desqualificar uma pessoa? Chorô, parô! Eu acho, sinceramente, que alguém "com muita cerveja na cabeça" deve ser respeitado integralmente no seu direito de opinião. Esse Montenegro deve ser, com o perdão da palavra, um tremendo de um SÓBRIO. Pronto, xinguei.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Interesses e favorecimentos

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A balbúrdia, os interesses globais e os favorecimentos “inexplicáveis” jamais abandonarão o futebol brasileiro.

Exemplos desta semana:

1 - o Flamengo, que tinha sido condenado, como mandante, a jogar sem torcida contra o Atlético-PR pela penúltima rodada do Brasileiro, conseguiu efeito suspensivo (um eufemismo muito utilizado no futebol nacional, que quer dizer maracutaia) e pretende lotar o Maracanã no tal jogo. A pena “cassada” tinha sido imposta devido a uma lata de cerveja (cheia) e um artefato tipo foguete atirado ao campo na partida contra o Grêmio, uma atitude bastante leve, como se vê.
Entre 2004 e 2005, o Santos perdeu o mando de campo de inúmeras partidas (tantas que nem sei), cumpridas até 2006, e jamais o Alvinegro foi beneficiado com esse favor espúrio concedido ao time do RJ nesse momento de decisão do BR 2007.

Qualquer coisa jogada no gramado deveria ser objeto de punição. Mas, reconheçamos, copos de plástico e sandálias Havaianas são bem menos perigosos à integridade física das pessoas do que latas de cerveja cheias e fogos. No entanto, o Flamengo foi “absolvido” temporariamente pelo digníssimo Rubens Appropato Machado, presidente do intocável STJD, e provavelmente cumprirá a pena num jogo que nada valerá. O técnico do Palmeiras, Caio Jr., vulgo Harry Potter, entre os diretamente interessados no assunto, se manifestou de maneira importante sobre o episódio (o vídeo não roda muito bem, mas veja aqui). No mundo jornalístico, o programa Sportscenter, da ESPN Brasil, também criticou (ironizando) essa absolvição casuística e ridícula.

2 - Os interesses da Rede Globo adiaram os jogos Corinthians x Vasco e Atlético-MG x Goiás para quarta-feira, dia 28, três dias depois da data original em que acontecem todas as partidas da penúltima rodada. Além de Goiás e Corinthians (os beneficiários dos interesses da Rede Globo), Paraná e Náutico também tentam fugir do rebaixamento. O Paraná, com toda a razão, quer que seu jogo contra o Santos também aconteça no dia 28, no mesmo horário dos outros dois.

Só um palavrão poderia definir os caras responsáveis por esses atos e decisões. Mas é melhor não falar palavrão.

Garçom quebra recorde de transporte de copos de cerveja

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Deu no UOL Tablóide. E só lá.

Um garçom em Sidney, centro econômico australiano, carregou 20 canecos de cerveja por 40 metros no bar onde trabalha. Reihard Wurz transportou quatro a mais do que o recorde mundial de até então. Pela foto de Rick Rycroft/AP, cada caneco tinha pelo menos um litro.

Segundo fontes, ele não tinha bebido nos dias anteriores ao teste. Não se pode dizer a mesma coisa do fotógrafo. E, possivelmente, nem dos autores do Futepoca.

Como o Palmeiras não perde para carioca, respira no G4

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A vitória do Palmeiras diante do Fluminense no Palestra Itália na noite de quarta-feira, 14, é um respiro para o alviverde depois de dois tropeços diante do Juventude e do Sport. A vitória simples da noite foi obtida com gol de Rodrigão. Sem o chileno Valdívia, o time de Caio Jr. (ou Harry Potter ou Milhouse) teve a volta de Edmundo, que deu o passe para o gol, sofreu pênalti não-marcado e teve chute defendido por Fernando Henrique.

Montagem Futepoca






Caio Jr., Milhouse, Homem Fluido e Harry Potter,
não necessariamente nesta ordem: quem é quem?



Classificado para a Libertadores via Copa do Brasil, o time carioca vai cumprindo tabela até o fim do campeonato, embora siga bem na foto e na classificação, em Mesmo assim, com o gramado molhado da chuva pré-feriado na capital paulista, não foi tão simples.

A torcida xingou até a quadragésima sexta geração de Thiago Neves. O papelão de ter assinado pré-contrato com o clube paulista para desfazê-lo mediante renovação com o tricolor carioca, deixou corneteiros, turma do amendoim e alviverdes em geral ressentidos. Ouviu o que não gostou, e quase devolveu em campo, mandando uma bola na trave.

O respiro no G4 da Libertadores pode durar só até domingo, quando o Cruzeiro vai a Recife tentar o que o Verdão não conseguiu. O problema é todo palmeirense, já que a partida da penúltima rodada será contra o Inter no Beira-Rio. Em agosto, em casa, deu empate. O Grêmio mesmo se vencer o lanterna América-RN ficaria um ponto atrás.

Os colorados deveriam assegurar que o rival também dispute a Sul-Americana, dando mole aos paulistas garantirem vaga (doce ilusão).

Carioca é freguês
Enquanto nada está garantido no que importa, no retrospecto contra times do Rio, o Palmeiras não perdeu. Tudo bem que fazer os outros de freguês exigiria só vitórias, como aconteceu duas vezes com o Fla e com o Flu. Contra o Vasco, uma vitória e um empate, enquanto a estrela solitária – ou cavalo paraguaio – arrancou duas igualdades no marcador.


Atualizado às 18h12 de 15/11

quarta-feira, novembro 14, 2007

Oposição santista se une em movimento "Santos Eterno"

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A associação Resgate Santista, que disputa (e perde) as eleições do Santos desde 2001, anunciou que em 2007 encarará o pleito numa aliança com um grupo de conselheiros anteriormente simpáticos ao atual presidente Marcelo Teixeira. A aliança criou o grupo "Santos Eterno".

O "Eterno" do nome do grupo é uma referência ao que a chapa quer combater: a "eternidade" da gestão de Marcelo Teixeira à frente do Santos. Teixeira é presidente do clube desde 2000 (não contando sua passagem anterior, em 1992-93). Para o mandato atual, foi eleito pela primeira vez em 1999 e venceu todos os pleitos nos anos ímpares seguintes. Para isso, articulou uma mudança no estatuto do clube, que só previa uma única eleição para o presidente. Agora, não há limites para essa possibilidade. A modificação também alterou a carência para que novos sócios votem na eleição - de um ano, passou para três (não tenho certeza dessa informação, mas acho que é isso).

Os opositores alegam que o continuísmo faz mal ao clube. E exemplos para isso não faltam: Mustafá Contursi no Palmeiras, Eurico Miranda no Vasco e, o mais falado nos últimos tempos, Alberto Dualib no Corinthians. São três dirigentes indiscutivelmente vitoriosos, mas que nos anos finais de suas gestões levaram suas torcidas a vexames únicos.

Há certa semelhança no caso do Santos. Marcelo Teixeira é o presidente mais vencedor desde Athiê Jorge Cury. Dois campeonatos brasileiros, dois paulistas e um vice da Libertadores. Não é pouca coisa. Como torcedor, afirmo que não se pode comparar o Santos de hoje com o pré-geração Robinho, quando o respeito pelo Peixe minguava.

Mas contesto a qualidade de Teixeira como administrador pelo seguinte: de posse da mais fantástica geração do futebol brasileiro, o que ele fez com o Santos foi pouco. O time hoje tem situação financeira delicada e seus balanços são aprovados com atitudes meio mandrakes. Falta ao Santos maior capacidade de inserção internacional, de viabilidade econômica e mesmo uma noção de que futebol é, essencialmente, um negócio.

Simpathy for the Fluminense

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Não é provocação ao Palmeiras, que hoje enfrenta o Fluminense no Palestra Itália, em São Paulo. Mas, sim, um dado curioso: passando pelo Blog'n'Roll e pelo site Torcida Tricolor, descobri que pelo menos três dos Rolling Stones têm simpatia pelo Flu: o vocalista Mick Jagger, o baterista Charlie Watts e o guitarrista Mick Taylor (que integrou a banda entre 1969 e 1974, substituindo Brian Jones e dando lugar a Ron Wood). O blog provoca: "It's not rock'n'roll (but they like it)".
Taylor chegou ao Rio em janeiro de 1974 e visitou também Manaus. Neste período, tirou uma foto com a camisa do Fluminense, publicada no ano seguinte na edição especial sobre os Rolling Stones da revista “Rock, A História e a Glória” (ver reprodução acima). Charlie Watts foi o próximo a desembarcar no Rio de Janeiro, no dia 11 de julho de 1976, com a esposa Shirley, a filha Serafina e o cunhado Stephen.
Uma semana depois, no dia 18, um domingo, a família Watts esteve no Maracanã para assistir o clássico Flamengo x Fluminense, que terminou em 1x1, num jogo recheado de confusões e de expulsões. Poucos dias antes, Watts tinha sido flagrado fazendo compras em uma loja de material esportivo, deixando clara sua preferência ao presentear a filha Serafina com uma camisa do Fluminense (na reprodução ao lado, os dois aparecem, na loja, à esquerda).
Já em 1984, Mick Jagger fez sua quarta visita ao Brasil, para as filmagens do longa metragem Running Out Of Luck. Muitas cenas foram gravadas na sede do Fluminense, no bairro Laranjeiras. Ele freqüentou um treino (foto abaixo) e no filme há cenas gravadas no salão nobre do clube e seqüências dentro de um caminhão frigorífico que estava estacionado ao lado do estádio. Em 16 de dezembro daquele ano, o líder dos Rolling Stones marcou presença no Fla x Flu que decidiria o campeonato carioca.
Acomodou-se na tribuna de honra do estádio e, no intervalo da partida, encontrou-se com o então presidente do Fluminense, Manoel Schwartz, que presenteou Jagger com um escudo do clube, grudado na lapela de seu blazer preto. Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, o stone disse estar gostando do jogo, cuja movimentação, segundo suas palavras, se assemelhava muito ao futebol jogado na Itália. No segundo tempo da partida, mesmo estando em companhia de Neusinha Brizola, rubro-negra fanática, Jagger torcia pelo Fluminense. “O Flamengo tem bons valores, como Bebeto e Fillol, mas o Fluminense está melhor”, analisou. Palpite certeiro: Assis fez o gol da vitória para o tricolor.

Portuguesa está de volta à Série A. Junto com Vitória e Ipatinga

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Mesmo perdendo de 2 a 0 para o Coritiba, a Portuguesa de Desportos finalmente volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, de onde caiu em 2002. A classificação foi confirmada depois da derrota do Fortaleza em casa para o São Caetano, por 1 a 0, jogo que o elenco ficou esperando acabar por cerca de uma hora no vestiário em Curitiba.

Os méritos, como se comenta no Canindé, são do técnico Vagner Benazzi (na foto, em entrevista ainda no estádio), que chegou à Lusa no ano passado, quando o clube estava ameaçado de cair para a Série C e cogitava até mesmo encerrar suas atividades no futebol. Ele acabou sendo o responsável, segundo declarações de seus próprios comandados, como o goleiro Tiago, por manter a tradicional Lusa na Série B e pela ascensão que se seguiu. Neste ano, o time conquistou o título e o acesso à primeira divisão do Paulista. Ainda no vestiário do Couto Pereira, perguntado sobre se continuará no comando da Portuguesa em 2008, Benazzi desconversou e não disse que sim nem que não.

Na campanha ainda incompleta, a Lusa, em 36 jogos, somou 16 vitórias, 11 empates e 9 derrotas, 59 gols pró e 44 contra. Parabéns à Portuguesa e a todos os lusitanos de São Paulo! Incluindo o amigo Roberto. A foto (da Carmem) foi feita no último sábado, 10, no aniversário da amiga Mayra. O manguaça e lusitano roxo (e freqüentador do Futepoca) ignorou as características de uma festa noturna, os figurinos pretos e mais austeros, e não teve dúvida: compareceu já comemorando antecipadamente o acesso da velha Portuguesa.


Vitória e Ipatinga
E também parabéns ao Vitória, que, depois da goleada de 4 a 1 sobre o CRB, igualmente volta à elite. Hoje, a parte rubronegra de Salvador (ai, que saudade) entoa muitos cânticos a Padim Padi Ciço.
Então, os tradicionais Coritiba (que já tinha subido), Vitória e Portuguesa voltam ao lugar onde merecem estar. Ou pelo menos onde suas torcidas merecem vê-los. Junto ao Ipatinga, que também comemora o acesso, formam o G4 da Série B de 2007.

terça-feira, novembro 13, 2007

Inter-RS ou Grêmio decide último rebaixado

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Sinceramente, não creio que Juventude e Paraná escapem da Série B. No frigir dos ovos, o "pega-pra-capar" está entre Vasco, Sport, Náutico, Corinthians e Goiás. O Sport enfrenta o Cruzeiro em casa e encerra o campeonato contra o Juventude, fora. Para mim, consegue uma vitória e um empate, soma 52 e se safa (com dois empates iria a 50 e também escaparia). Já o Corinthians, em minha opinião, perde para o Grêmio no Olímpico. E acho que vai precisar, no mínimo, de um empate.

O Vasco vai entregar no Pacaembu, pois pega o Paraná na última rodada, em São Januário, e tem tudo para vencer, chegar a 51 e ficar na série A. O problema é que, vencendo os cariocas e perdendo no Sul, os corintianos chegariam a apenas 46 pontos. Ou seja: nada garantido. O Náutico, por exemplo, pega o Figueirense fora e o Flamengo no Maracanã. A situação é mais complicada, com perspectiva de um empate e uma derrota (ou duas derrotas). Porém, mesmo encerrando com os mesmos 46 pontos do Corinthians, fica com mais vitórias.

E o Goiás? Pega o Atlético-MG fora e encerra em casa contra o Internacional-RS. Acredito em um empate e uma vitória (o Inter já está fora da Libertadores). Daí também chegaria a 46 pontos - e também com mais vitórias que o Corinthians. Moral da história: ou o time do Parque São Jorge evita derrota contra o Grêmio ou torce para o Internacional-RS, no mínimo, empatar com o Goiás no Serra Dourada. Caso contrário, já era.

Cachaça: o popular "embelezador"

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"Não existe mulher feia. Você é que bebeu pouco." (sabedoria popular)

Site do Paraná alimenta picuinha política

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Espera-se que a página de um governo estadual traga informações a seus munícipes, dados sobre o estado, acessos rápidos a secretarias e outras instâncias do poder público, certo? Pois é. O site do governo do Paraná até que tem isso. Mas, como "complemento", tem uma página que alimenta a forte disputa entre o atual governador, Roberto Requião (PMDB), e seu antecessor, Jaime Lerner (DEM).

Confiram aqui, em Quanto Lerner gastou em propaganda.

Para quem quiser acessar o site principal, é só ver os quadradinhos do lado direito, denominados "Destaques".

No mínimo, estranho.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Lusa x Santos abrem Paulistão 2008

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Portuguesa (campeã da segunda divisão em 2007) e Santos (bicampeão estadual) abrem o Campeonato Paulista de 2008, dia 16 de janeiro, em São Paulo, uma quarta-feira (vai saber por quê). A Lusa, que volta à chamada elite em SP, está virtualmente também na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, como já registrou Thalita.

Aliás, um amigo meu torcedor da Portuguesa, o Roberto, daqueles que vão a festas noturnas vestidos a caráter, de verde e vermelho, o qual encontrei no último sábado, teceu elogios rasgados à mulher do blog (do qual se diz fã), já que ela é um dos raros bastiões a registrar as coisas da Lusa na imprensa paulista.

Eu também tenho minha simpatia pela Portuguesa e que tenha vida longa na primeirona. Mas, como Marcão, só torço para um time e, se der certo, estarei no Canindé dia 16 de janeiro, com a gloriosa camisa branca número 7. No domingo seguinte, 20, o Palmeiras desce a serra para enfrentar o Peixe na Vila.

PS: só pra acrescentar: o estadual repete o regulamento de 2007: todos jogam entre si em turno único e os quatro melhores fazem as semifinais, das quais saem os finalistas.

- atualizado às 19:54

A primeira rodada do Paulistão 2008 (16/01/2008)

Portuguesa x Santos (São Paulo) - 16h
Guaratinguetá x São Paulo (Guaratinguetá) - 16h
Palmeiras x Sertãozinho (São Paulo) - 16h
Corinthians x Guarani (São Paulo) - 16h
Rio Preto x São Caetano (Rio Preto) - 16h
Rio Claro x Paulista (Rio Claro) - 16h
Juventus x Noroeste (São Paulo) - 16h
Ponte Preta x Ituano (Campinas) - 16h
Mirassol x Barueri (Mirassol) - 16h
Bragantino x Marília (Bragança) - 16h

Tropa sem elite

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Damião Ferreira da Cruz (foto), baiano de Lauro de Freitas, tem 72 anos e, segundo ele, fugiu de casa aos 13 para escapar da brutalidade dos pais, que batiam nele com "cipó de cabo". Clandestino, viajou num navio em direção ao Rio de Janeiro. Chegando, foi morar na zona de prostituição. Entrou para a Marinha, mas continuou freqüentando bordéis e explorando mulheres como "cafetão". Nessa vida desregrada, desertou de um navio e foi morar com uma prostituta em uma palafita. Refeito do porre, tentou voltar para o quartel, onde foi condenado a um ano de prisão (um mês na solitária). Ali, aprendeu a "tocar" violão e transformou-se em Damião Experiença.

Fora da cadeia, a Marinha o aposentou depois que caiu do mastro de um navio e bateu a cabeça. Voltou a trabalhar como "cafetão" e, com o dinheiro, começou a bancar seus próprios discos. O primeiro, em 1974, chamou-se "Planeta Lamma". Ele gravou com um violão de uma corda só, um chocalho de tampinhas de garrafa, gaita e letras no "dialeto" do tal planeta. Mais tarde ainda gravaria outros álbuns, como "Damião Experiença Planeta Roça", "Damião Experiença Chupando Cana Verde no Planeta Lamma" e "Damião Experiença Cheirando Alho no Planeta Lamma" - muitas vezes usando uma banda de apoio (tudo está disponível no link http://www.damiaoexperienca.net/downloads.htm).

No disco "Comando Planeta Lamma", de 1992, há uma música com o sugestivo nome de "Bar", em que Damião denuncia a violência da polícia: "Os bicho da cara preta/ Querendo me prendê/ Me dando tanta pancada/ E me prendendo/ Quando lá cheguei/ Tive que me defendê/ Mas não adiantô/ Fui mesmo pro xadrez". E prossegue: "Os bicho da cara preta/ Tão pegando e tão matando de escopeta/ Não tem medo de careta/ Eles são os bicho mais feroz do planeta". Usualmente vestido como um mendigo, Damião deve saber, na pele, como é tratado um negro pobre (e meio maluco) pelos policiais do Brasil. E particularmente do Rio de Janeiro, onde vive.

Felipe, de novo, salva o Corinthians

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O Corinthians não jogou mal no equilibrado jogo do Serra Dourada, dominou o início do segundo tempo e até poderia ter saído com a vitória. Dois personagens, no entanto, que assombram o Corinthians nos últimos jogos, resolveram dar as caras: a Zica e o Iran.

O gol de Paulo Baier quase me levou ao desespero. Era o monstro da Zica outra vez, uma bola espirrada sobra para o melhor jogador do adversário. Claro que há uma falha de marcação aí, Baier está sozinho, mas aquela bola precisava mesmo ir parar no pé do cabra?

Minutos depois, cabeçada certeira do mesmo Fábio Ferreira, que até aquele momento eu culpava equivocadamente pelo gol do Goiás. O goleiro podia ter pegado, mas não chegou a tempo, dando mostras de que a Zica goiana está mais forte que a alvinegra.

O Corinthians voltou melhor no segundo tempo, pressionou e teve boas chances com Dentinho e Lulinha, mas o gol não saiu. O Goiás se reorganizou lá pela metade da etapa e começou a apertar, mas sem criar grandes oportunidades. Até que apareceu a segunda assombração do calvário corintiano. Iran resolveu dar uma bicicleta no meio da área para tirar uma bola e acertou um chute quase na cara de Harison. Penalti.

O ridículo da jogada só abrilhantou o que veio depois. Felipe, sempre ele, que já tinha feito pelo menos umas quatro defesas importantíssimas, pegou a cobrança de Paulo Baier e saiu comemorando como se tivesse feito um gol. Detalhe: na comemoração, abraçou o infeliz do Iran, dando força para o companheiro. Atitude de gente grande, de líder, de ídolo.

Arce ainda meteu uma bola na trave no final, numa bela jogada que teria aumentado ainda mais a catarse da minha sofrida tarde. O resto, foi o resto.

Felipe está hoje entre os melhores goleiros do Brasil e já é ídolo da Fiel Torcida (que levou 18 mil pessoas ao Serra Dourada, segundo a PM, de um público total de cerca de 40 mil). Tem tudo para fazer história no Corinthians, se decidir ficar mais uns anos. Espero que a diretoria faça sua parte para segurá-lo.

Agora, o Corinthians pode escapar definitivamente do rebaixamento na próxima rodada. Precisa ganhar do Vasco e que Goiás e Paraná percam respectivamente de Atlético MG e Santos (o Peixe pode até empatar). Eu pretendo estar no Pacaembu no jogo conta o Vasco e acho que o Corinthians tem condições de levar essa. Depois da derrota para o Flamengo, o Santos precisa do resultado para se garantir de vez na Libertadores. O Atlético precisa dos pontos se quiser disputar a Copa Sul-americana ano que vem. Pois que façam sua parte e vamos ver se dá pra resolver essa questão antes da última rodada.

Nova campanha

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Depois de ver Corinthians e Goiás, só consigo pensar em uma coisa:

na Campanha Fora Felipe!

A idéia é que torcedores dos adversários do Corinthians façam uma grande vaquinha para comprar o passe do jogador. O que fazer com ele depois eu não sei. Mas já seria um adianto para acabar de vez com as pretensões do time da Marginal sem número.

Lusa quase lá

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A goleada de 6 a 2 pra cima do Barueri deixou a Portuguesa a um pontinho do acesso à série A do Brasileiro de 2008. O placar dilatado foi o melho resultado da Lusa no campeonato, que até então não tinha marcado mais que 3 gols em um jogo. Os destaques foram Diogo, que fez 3 gols, e Souza, que participou da jogada de cinco. A torcida marcou presença no Canindé e deu aquela força para o time. (Não acho o público total em lugar nenhum.)

Nas próximas três rodadas, a Portuguesa pega Coritiba e Brasiliense, fora de casa, e fecha a participação no campeonato no Canindé, contra o Cricíuma.

Agora vai! Em 2008, terei dois times para torcer na Primeira Divisão.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Long neck Nova Schin a 17 reais

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Foi em Londres, em 2004. Eu morava naquelas bandas, uns camaradas músicos iam tocar samba num bar "brasileiro" chamado Guanabara, em Covent Garden, no centro. Lá fomos eu, a patroa da época e um camarada, o George, que estudava inglês e trabalhava de garçom num bufê de festas para os chiques britânicos. O Alemão, outro amigo nosso, fez as pick-ups e tocou samba-roque na entrada e nos intervalos. Até aí, tudo conforme.

Vamos comprar a cerveja. Quem conhece a capital inglesa sabe que isso não é exatamente uma preocupação. Qualquer canto tem o seu Pub, com lager ultragelada ou bitter em temperatura mais ou menos ambiente, a tradicionalíssima irlandesa Guinness e outras tantas variedades. A cerveja é servida em pints, um copo que praticamente corresponde a uma de nossas garrafas, com seus 568 ml, ou em half pints.

Aconteceu, no entanto, que os cabras acharam que a cerveja tinha que ser "a caráter". Só tinha long neck Nova Schin, ao custo de 4 libras. Cada libra na época valia uns R$ 4,40, totalizando R$17,40!!! Ninguém vai deixar de beber, mas o camarada George registrou sua análise, sem contestações: "Os caras acham que bar brasileiro é o que vende cerveja brasileira. Bar brasileiro é o que vende cerveja barata". Opa!

"Estou ameaçado de morte"

Mas isso não foi o mais surpreendente da noite. Conhecemos o produtor da banda, cujo nome nenhum manguaça vai exigir de mim que me lembre, mesmo considerando que o preço e a revolta impediram que eu bebesse o suficiente pra fazer a cabeça. Mas o cara tinha história pra contar.

Era mais um de tantos paulistanos de classe média que vão a Londres viver a liberdade de andar sem documentos, comprar "cogumelos mágicos" (magic mushrooms) no mercado, ganhar uns trocados em subempregos. Ele trabalhava como entregador de pizza, e pra isso comprou uma moto. Na hora de registrar o veículo, não pedem documento, apenas perguntam o seu nome. A dele estava em nome do Silvio Santos, um dos maiores proprietários de motos na Inglaterra. A brasileirada acha então que não precisa cumprir nenhuma lei de trânsito, pois as multas vão pra conta do Silvio. E o cara abusou um pouco.

Mas se o registro é apenas pro forma, o mesmo não se pode dizer do seguro obrigatório, que exige apresentação de passaporte e comprovante de endereço. Pra encurtar a história, pegaram o cara e ele foi convocado a se apresentar aos tribunais ingleses, que estão entre os mais tradicionais do mundo, onde os juízes usam até peruca branca.

Encurralado, o manguaça resolveu arriscar tudo. Diante das Royal Courts of Justice, confessou: "É verdade, eu falsifiquei o registro e tomei as multas todas. Mas vocês não podem me mandar de volta pro Brasil". Pausa entre os magistrados. Eles trocam olhares. Finalmente, perguntam a razão de tal impedimento. O cara, que nunca deve ter saído da Vila Madalena, truca: "Sou do MST, estou ameaçado de morte. Se voltar ao meu país, vou morrer."

Conseguiu asilo político, e deve estar por lá até hoje.



Leão e Pelé unidos na formatura

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Fuçando pela internet, encontrei uma raridade do site oficial do Santos (reproduzida pelo Globo Esporte): Leão e Pelé juntos no dia em que se formaram no curso de Educação Física na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), em 1974. Mas outros famosos passaram pela instituição. Segundo o site, a pró-reitora Rosinha Viegas lembra que a primeira geração de alunos foi formada por grandes nomes do futebol. "Pelé graduou-se ao lado de Pepe, Chico Formiga, Leivinha, Cabralzinho, Émerson Leão, entre outros. Uma curiosidade é que a cantora Simone também compunha essa turma", arrematou Rosinha.

Programa precursor do Manguaça Cidadão

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Ex-advogado do Sindicato dos Metalúrgicos na década de 1970, Maurício Soares foi o primeiro prefeito - e único, até o momento - eleito pelo PT em São Bernardo, no ABC Paulista, berço da carreira política de Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, pouco depois de se eleger, em 1988, trocou o PT pelo PSDB, passou para o PPS e, finalmente, desaguou no PSB. Mesmo assim, manteve a amizade com o companheiro Lula. Tanto que, recentemente, houve uma reunião entre os dois em Brasília para tratar sobre uma possível reaproximação com o PT. Não houve acerto e Soares disputará a Prefeitura em 2008 contra o petista Luiz Marinho, atual ministro da Previdência.

Buenas: Maurício Soares lançou um livro chamado "A emoção de governar", sobre seus dois primeiros mandatos em São Bernardo (1989-1992 e 1997-2000). Lá pelo final, há um subtítulo "Atenção ao idoso", narrando suas "ações" para esse público específico. O texto é meio poético: "O abandono do idoso, suas horas a fio em frente à tv, jogando dominó, fazendo tricô, acabam abalando sua alma e acelerando a decadência física". Isso é preâmbulo para introduzir o que Soares chamou de "programa do idoso", para "reintegrá-lo ao convívio social" e "alterar o seu cotidiano sem graça".

E como isso foi possível? Simples: com passeio, baile, caminhada, piscina e ... cachaça! Diz o livro, textualmente: "A assistente social entrega: 'O idoso toma sua caipirinha, seu vinho, como qualquer pessoa. Deixa de tomar remédio ... para poder beber'. No grosso, contudo, os profissionais de saúde não têm do que reclamar. Médicos e psiquiatras falam por nós. 'Nossa! Melhorou tanto que diminuí a carga de remédios, outros deixaram de tomar medicamentos para depressão, para uma série de coisas'. O texto foi tirado da revista 'Transformando Sonhos em Realidade', editado pela Sedesc" (in "A emoção de governar", página 162).

Esse projeto revolucionário para a terceira idade foi, portanto, um precursor do Manguaça Cidadão, programa social idealizado pelo Futepoca para complementar o leque de ações do Bolsa Família (basicamente, uma cota mensal de bebida alcoólica provida pela União, com contrapartida a ser estudada). O melhor da história, no final, é que o próprio Soares é defensor da "causa": na foto abaixo, de seu arquivo pessoal, ele aparece à esquerda segurando uma garrafa de cerveja, tendo ao lado o companheiro Lula (de perfil), Dona Marisa (em pé) e Fidel Castro, na cabeceira da mesa, fardado e com cara de quem já tomou umas e outras. A quantidade de garrafas na mesa nos renova a esperança de que, um dia, o companheiro presidente se sensibilize e aprove nosso projeto. Manguaça Cidadão já!

quinta-feira, novembro 08, 2007

Sem CPI do Corinthians, brecha para o Volta Dualib

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Com assinaturas retiradas pelo PMDB, PCdoB (5 de 13) e outros partidos – mineiros em massa –, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Corinthians foi arquivada nesta quinta-feira, 8. O pedido protocolado pelos tucanos Álvaro Dias e Sílvio Torres no final de outubro. Dr. Rosinha (PT-PR) também encampou a corrida. O pedido chegou a contar com 38 senadores e 209 deputados. Com isso, o campo está mais aberto para a volta de Alberto Dualib ao Corinthians do que a presidência do Senado a Renan Calheiros.

Ou pelo menos para a troça correr solta: Volta Dualib fase 2: sem escalas para a série C!

De olho em ser sede da Copa de 2014, o governador do PSDB Aécio Neves moveu os palitinhos para tirar apoios à comissão. Os 41 deputados que debandaram fizeram faltar três nomes para abrir a investigação. A MSI e o clube alvinegro seriam o alvo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) disse não ter o que dizer a respeito. Dias acusou a pressão de cartolas. A imprensa lembrou dos governadores de Minas Gerais e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).

Rosinha denunciou na quarta da semana passada: "É um movimento suprapartidário. Em todos os partidos tem gente pedindo a retirada de assinaturas. Dizem para o deputado: ou você tira a assinatura, ou sua cidade não será sede de jogo."

A lista dos que tiraram o nome está aqui.

Tropa de Elite e a criminalização da favela

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Na sua coluna semanal no Valor Econômico, Maria Inês Nassif escreve hoje sobre a violência policial, tendo como gancho o filme Tropa de Elite. Vale a pena ler (infelizmente, só pra assinantes).

Uns trechos:

– “O filme Tropa de Elite, de José Padilha, é assustador porque sua intenção de retratar uma realidade - o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Rio é violento, porém não é corrupto - acabou trazendo à luz do dia uma radicalização que estava latente na chamada opinião pública. Se antes existia um certo recato de defender a violência policial como um ‘mal necessário’ numa sociedade violenta, parece que esse prurido caiu definitivamente por terra”.

– “A visão de que há uma guerra em curso, e que faz parte da guerra a morte de inocentes - foi esse, em última instância, o argumento usado pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para justificar as ações de sua polícia no Complexo do Alemão e na Favela da Coréia - é empunhada com surpreendente naturalidade por aqueles que gastaram papel e saliva para defender o direito do apresentador Luciano Hulk de ter um Rolex sem ser importunado por ladrões."

– “A favela e a periferia passam a ser, nessa visão autoritária e elitista, a personificação do crime - é o que se chama de criminalização da pobreza. O efeito colateral de uma repressão violenta a esses espaços geográficos de exclusão - a morte de inocentes - é menos condenável do que o roubo de um Rolex de propriedade de uma celebridade.”

Assunto recorrente OU mais do mesmo

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Estive afastado da civilização por uns dias, em Taquaritinga (SP), motivo pelo qual não pude acessar o Futepoca. Além do mais, lá na pacata cidade da Alta Araraquarense, além de acompanhar o Clube Atlético Taquaritinga pelo rádio (último colocado na Copa Energil C!), quase nada me atraiu a atenção no cenário esportivo. Mas, para minha surpresa, descobri que, no domingo (4/11), a polêmica assistente Ana Paula de Oliveira (foto) estaria em Taquaritinga apitando as finais de um tal "Mini-Campo" no Clube Náutico. Depois, pra variar, participaria de um desfile. Não tive paciência de gastar tempo e dinheiro com isso - nem fiquei sabendo o resultado das partidas (decisão do 3º lugar e final). Mas, como a Ana Paula é assunto recorrente no Futepoca e o Nicolau apóia qualquer oportunidade de publicar foto de mulher pelada, deixo aqui o registro.

Contribuição tricolor

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Tentando se redimir da derrota para o Corinthians no segundo turno do Campeonato Brasileiro, o São Paulo resolveu dar uma mão para os adversários diretos do Timão (sic) na luta contra o rebaixamento. Depois do Palmeiras, o Tricolor perdeu por 2x0 para o quase sem esperanças Juventude.
Agora, vejam só, uma equipe que já dava como favas contadas o seu rebaixamento, volta a sonhar com a permanência na Série A. O Juventude tem agora 38 pontos, apenas 3 atrás de Paraná e Goiás e 4 atrás do Corinthians.

Vai Juventude! Vai Paraná! Vai Goiás (principalmente)!
Fica Nelsinho!

Vício!

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Como boa viciada em joguinhos de computador, não sosseguei enquanto não completei o Flash Pops de escudos de times de futebol. Só consegui com uma tarde inteira de pesquisa mais as dicas de pessoas que já tinham completado, é verdade. O negócio é difícil!
Eu recomendo!

O endereço é www2.uol.com.br/flashpops/jogos/escudos.shtml

Reprodução

Entendeu?

terça-feira, novembro 06, 2007

Vavá rompe fronteiras

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Pelo que podemos constatar, a marca Vavá já rompe fronteiras. É impossível saber há quanto tempo. E não sei exatamente quantas fronteiras, mas a reportagem mostra que, pelo menos na Bahia, a grife já se impõe.


Esta foto foi feita do lado de lá da Baía de Todos os Santos, em relação a Salvador. Depois de mais de uma hora de barco, chega-se à Ilha dos Frades, onde moram entre 70 e cem pessoas, segundo dizem tanto os soteropolitanos como os moradores da ilha. E ali está localizada esta barraca do Vavá.

Nesta filial não tomamos nenhuma.

Presidente do Corinthians adere ao Fica, Nelsinho!

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A campanha lançada pelo Futepoca tem cada vez mais adesão. Nesta terça-feira, segundo o UOL Esporte, o presidente do Corinthians André Sanchez garantiu a permanência do técnico em 2008.


"O Nelsinho está fazendo um belo trabalho, mas o futebol é dinâmico. Em 2008 vamos começar um planejamento e quem não for se enquadrando irá saindo, mas o Nelsinho começará o ano como nosso treinador", disse o presidente, em entrevista à rádio Bandeirantes.

Está certo a declaração é para lá de sabonete, mas a manutenção de Nelsinho tem sentido. Afinal ele tem experiência de série B. Estava lá este ano com a Ponte Preta. Os resultados, ora os resultados...

Para conhecer a campanha Fica, Nelsinho! clique aqui

Governo parcela dívidas e cariocas estão aptos para a Timemania

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A loteria que alivia o caixa dos clubes de futebol brasileiro tem oito novos aptos, todos cariocas. Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, América, Americano, Bangu e Olaria assinaram termo de parcelamento de dívidas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), condição mínima para se beneficiarem da Timemania. A assinatura ocorreu na segunda-feira, 5, e parcelou em até dez anos as dívidas vencidas até 15 de agosto de 2007.

O prazo foi uma concessão do governo, que queria, na Medida Provisória editada em maio de 2005, resolver tudo em cinco anos.



Os 98 times na mira do governo devem a bagatela de R$ 2 bilhões ao fisco, dos quais R$ 155 milhões são do FGTS. Essa lista é a dos que aderiram a nova modalidade de jogatina oficial em setembro, junto à Caixa Econômica Federal. A nova loteria pretende pagar 22% do volume apostado a título de direitos de imagem. De tantos "a pagar", só recebe quem estiver em dia com o governo. Ou quem deixar sua parte para abater o rombo.

Em outras palavras, quando estiver disponível, a loteria vai servir para o governo receber o que é devido pelos clubes e arrecadar um troco para o Ministério dos Esportes, Santas Casas etc. Por isso apenas alivia e não reforça o caixa administrado pela cartolagem nacional.

Com a assinatura dos cariocas, o Flamengo apresenta uma irregularidade a menos no contrato mantido há 23 anos com a Petrobras, patrocinadora das camisas do time, já que os signatários receberam o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF), documento obrigatório para quem quer obter dinheiro público por empréstimos ou patrocínio. Em tempo, o Flamengo mantém sua dívida com o INSS em R$ 239 milhões, segundo dados de junho.

Que beleza.

P.S.: Desafio aos comentaristas: citar um terço dos 98 aptos, sem consultar o Google.

Futebol, Política e Cachaça - from Salvador

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Há coisas muito mais interessantes na Bahia (algumas das quais, inclusive, indescritíveis) do que cachaça, até porque a cachaça que vale mesmo é a mineira, como até os baianos sabem.

Mas os rótulos das embalagens (foto) cujo conteúdo eu não provei são de uma banca no Mercado Modelo. Nâo sei se as cachaças são boas, mas os rótulos são.

Em Salvador, a julgar pelo número de camisas de times de futebol não-baianos que vi, são três as maiores torcidas, pela ordem: Flamengo, São Paulo e Fluminense. Claro que tirando Vitória e Bahia, porque na cidade se torce primordialmente ou pra um ou pra outro. Claro. Mas vi muitas camisas do Mengo e do SP, e várias do Fluminense. Do Santos vi duas, uma de um cara que vi passando ao meu lado, e outra a minha própria. De Palmeiras e Corinthians não vi nenhuma camisa.

E em Salvador, segundo a voz do povo (taxistas, motoristas, jogador de tarô, vendedores, garçons etc), o governo de Jaques Wagner ainda não começou, mesmo entre os críticos da dinastia ACM. Não ouvi ninguém falar bem do governador baiano.

Bom, voltarei ainda com Bahia. Saravá.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Sobre o pior da campeão brasileiro da História

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Foram muitos comentários (173 até o momento desse post ter sido escrito) a respeito do pior campeão brasileiro da História. Uns indicando votos, outros questionando o porquê de um time ou outro não ter entrado na lista e outros ainda contestando a inclusão de algumas equipes no rol de votação.

Claro que a lista é subjetiva, mas com critérios que ficaram claros no post, a saber: o clube está lá ou por ter tido ajudas extra-campo ou por ter sido pífio tecnicamente ou por ter participado de campeonatos com fórmulas e viradas de mesa que ferem logo de saída a competição. Todos os listados combinam pelo menos dois desses critérios. Agora, se um campeão é ruim porque o time não joga bem ou se é pior se ele venceu "roubando", a escolha é de quem vota.

Mas se os anti-corintianos são fundamentais para dar ao Timão a liderança da votação até agora, os anti-flamenguistas babam por não ver seu rival ali, acusando até mesmo o escriba de ser rubro-negro. Alguns esclarecimentos: muitos estão confundindo a semifinal da Libertadores de 1981, em que José Roberto Wright fez um show de expulsões que prejudicou o Galo, com a final de 1980. Nesta, o lance polêmico foi a expulsão de Reinaldo por reclamação, obra de José Assis de Aragão. Muitos atleticanos contestam o lance mas, dado o histórico do atacante, useiro e vezeiro em tomar vermelhos (vide expulsão antes da final de 1977), não seria um erro do tipo escandaloso como o da final de 1995, o pisão de Chicão em Ângelo em 1977 ou o pênalti não dado para o Inter com a expulsão de Tinga no ano de 2005. Isso se considerarmos erro a dita expulsão. Claro que os atleticanos consideram, os flamenguistas não.

Se isso fosse considerado, a lista não pararia. O atacante santista Viola foi expulso em um lance em que reclamou de falta (real) em uma semifinal do campeonato brasileiro de 1998 contra o Corinthians. O mesmo Santos foi prejudicado contra o Flamengo na final de 1983, quando Arnaldo César Coelho marcou falta fora da área em um pênalti claro em Pita. Erros do gênero serão encontrados aos montes, na lista foram considerados os clamorosos e tidos por uma grande maioria como incontestes.

E por que não entrou o título de 1987? Simples. Alguns comentários pediram a inclusão do Sport como pior campeão, outros, que o Flamengo estivesse na lista. Simplesmente por isso que nenhum dos dois foi incluído. O Clube dos Treze, que organizou o campeonato, considera o Flamengo campeão, a CBF considera o Sport. Se o São Paulo tivesse sido o clube vitorioso da Copa União, a polêmica seria a mesma, pois não disputaria contra Sport e Guarani. E isso vale para todos os outros do Clube dos Treze. Esse é um campeonato que foge a qualquer parâmetro mesmo em meio à barafunda da história do futebol brasileiro. Por isso não entrou nem o time do Rio, nem o pernambucano.

Enfim, óbvio que o assunto é polêmico. Mas a lista é essa aí.

Segunda-feira...

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Hoje de manhã, ainda meio dormindo, vejo na mesa da sala a Folha de hoje com entrevista com o cientista político Charles Murray que defende que testes de QI apontam para uma diferença do nível de inteligência entre as raças, com vantagem para os brancos (que surpresa!).

Murray, hoje membro do American Enterprise Institute, chamado pela Folha de “conservador”, publicou em 1994 o livro “The Bell Curve” (A Curva do Sino, editora Free Press), escrito com o psicólogo e professor de Harvard Richard Herristein, falecido no memso ano. No livro, afirmam que testes de QI apontavam diferenças entre raças, com brancos se saindo em média melhor do que negros.

Segundo ele afirma, “existem dados vindos de muitos países africanos e de diversos testes”, com resultados “muito confiáveis: ao longo dos países da África Sub-Sahariana, são extremamente baixos”. Ele considera a demissão de Watson do Laboratório Cold Spring Harbor e o cancelamento de uma palestra sua no Museu de Ciências de Londres “uma desgraça”: “Afinal, o homem está discutindo uma questão intelectual polêmica. É isso que a ciência deve fazer”.

O cara tem a pachorra de dizer que o aumento da desigualdade no econômica é fruto da desigualdade de inteligência, o que equivale a dizer que os estúpidos negros nasceram para servir os inteligentes brancos: “são os cérebros! Não só a educação, mas cérebros estão se tornando cada vezes maia valiosos no mercado de trabalho”.

Na televisão, sou avisado que um trio de cretinos universitários foi preso no Rio por agredir uma prostituta. Os caras pararam o carro, chamaram a moça e jogaram espuma do extintor do carro nela. Foram soltos após algumas horas.

Minutos depois, vejo do ônibus publicidade de um produto para cabelos que diz (a citação é de memória): “Todos têm direito a cabelos lisos e naturais. Alcance a beleza da vida”.

E ainda é só segunda-feira...

PS.: A Folha, no abre da entrevista com o tal Murray, diz que a polêmica criada pelas declarações do geneticista James Watson continua. Pergunto: que polêmica? O cara falou uma bobagem racista e, segundo o resumo da história feito pelo próprio jornal, centenas de cientistas se manifestaram, a maioria contrários, e Watson foi demitido e se retratou em artigos posteriores. Fim. De que polêmica o jornal está falando? Polêmico é desenterrar um cara que lançou um livro em 1994 em que defende essa tese da superioridade intelectual dos brancos. Qual o interesse em dar destaque para esse cara? Será que as declarações dele contrárias ao sistema de cotas adotado nos EUA tem algo a ver com isso?

Corinthians fora da zona de rebaixamento

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O Corinthians saiu da zona de rebaixamento depois de uma porrada de rodadas. Saiu por um pontinho, sofrido, chorado, com gol aos 47 do segundo tempo, mas saiu. De resto, sem ter visto o jogo, rezo para que a zica do Goiás seja de fato maior que a alvinegra e dê pra arrancar uma vitória lá em Goiânia, o que é difícil de acontecer.

Mais uma vez, o gol salvador foi de Finazzi, que subiu e muito de produção. Tem agora 12 gols no campeonato. Os primeiros sãopaulinos na lista de artilheiros são Dagoberto e Borges, com 7 gols cada. O centroavante do time Aloísio tem 5, menos da metade de Finazzi e um a menos que Rogério Ceni.

Com esses números, respondo tardiamente ao Marcão, que disse, em comentário a minha defesa do centroavante, esperar que Finazzi fique no Timão ano que vem. Pois eu também espero que ele fique.

Palmeiras se esforça para entregar de graça a vaga da Libertadores

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Duas derrotas seguidas contra times na ponta de baixo da tabela. Enquanto o Juventude está rebaixado e ganhou um jogo de presente do Palmeiras no Palestra Itália, O Sport do Recife venceu por 3 a 1 na Ilha do Retiro. Jogos diferentes, um sem Valdívia, outro de trapalhadas de Carlos Simon para todo lado. O ruim é achar que mesmo sem esses fatores não melhoraria muito. Duas derrotas.

Tentei lançar a sarcástica teoria de que as derrotas tinham por objetivo sórdido atrapalhar o Corinthians, mas fui o primeiro a lamentar a troça, porque não faz sentido.

Pior do que sair do G4 é o impacto que isso tem para os próximos jogos. Em geral, quando um time se dá mal assim, ou é jogador querendo derrubar técnico, ou querendo quebrar a diretoria. Diante do episódio do pré-contrato de R$ 400 mil assinado com o Thiago Neves, que depois renovou com o Fluminense, provocou protestos de jogadores como o zagueiro Dininho. Ele alegava luvas atrasadas.

Ainda que seja precipitado fazer a afirmação sobre as causas, continua a haver uma necessidade de o ataque do Verdão tomar juízo e de a defesa não dormir tanto. E isso já na próxima partida, contra o Fluminense, em casa, daqui uma semana e meia. Fácil, né?

Senão, a vaga fica de bandeja pra Cruzeiro e Flamengo.

E o Coxa subiu

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Os resultados da última rodada garantiram, matematicamente, o acesso do Coritiba. O Coxa é a primeira equipe a garantir vaga na elite nacional em 2008.

O torcedor do Coritiba não pode reclamar da falta de emoções nesses últimos anos. Em 2003, primeiro ano dos pontos corridos, o alviverde ficou entre os melhores do Brasileirão e garantiu vana na Libertadores. Teve fraca campanha no continental, é verdade, mas também em 2004 faturou o bi-paranaense. Caiu em 2005, por pouco não subiu em 2006 e agora garante matematicamente a vaga na primeira divisão. O que pode ter ainda um gostinho maior, já que o rebaixamento do rival Paraná é uma hipótese bem plausível.

Quem comanda o Coritiba é Renê Simões (foto). É um técnico de certo nome, famoso, mas mais célebre por trabalhos "exóticos" do que realmente por desempenhos históricos no futebol de elite. Ele que levou a Jamaica à Copa de 1998 e que comandou a seleção feminina brasileira na prata de Atenas em 2004. E em 2005, passou vexame sendo rebaixado, com o Vitória, para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Uma dupla de garotos é o principal destaque do Coritiba: o atacante Kenrisson e o meia Pedro Ken, ambos com passagens pelas seleções brasileiras de base. Há ainda dois veteranos que somam muito à equipe, o goleiro Edson Bastos, ex-Figueirense, e o lateral Ânderson Lima, ex-Santos, São Caetano, São Paulo e Grêmio.

Parabéns ao Coxa, que agora corre para ficar também com o título. Será que, se confirmar a conquista, o Coritiba colocará uma estrelinha prateada em seu escudo, para provocar o rival Atlético, que mantém uma referente ao título da Série B de 1995 ganho sobre o próprio Coxa?

quinta-feira, novembro 01, 2007

Qual o pior campeão brasileiro da História?

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E o São Paulo é campeão. Os tricolores estão eufóricos com uma campanha irretocável, uma conquista obtida com antecedência e tranqüilidade incomuns. Alguns times ensaiaram jogar bonito, como o Botafogo e o Cruzeiro, mas não tiveram uma seqüência digna de nota. Sobrou para o pragmático clube do Morumbi que, se não deu show, deu um banho de competência nos adversários.

A dita "ausência de show" é justamente o argumento utilizado por boa parte dos rivais para desmerecer o título sendo que alguns chegaram a dizer – como o comentarista Fernando Calazans – que o São Paulo seria o "pior campeão brasileiro da História". Discordo da tese e acho que quem pensa assim oscila entre a mais pura dor de cotovelo e o desencanto dos que têm saudades de um tempo não tão remoto em que o futebol era mais bem jogado.

Mas a discussão pode gerar celeumas interessantes (ou não). Qual seria o "pior campeão brasileiro da história"? Com uma diversidade de fórmulas que faria corar qualquer literato adepto do realismo fantástico, o Brasileirão teve diversos campeões contestados. Ou por desobedecer um suposto critério de "justiça" ("ah, o campeão deveria ter sido o outro que jogou melhor o tempo todo...") ou porque chegou lá com ajudas extra-campo, ou até mesmo porque não deixaram sequer um atleta na memória do torcedor no ano seguinte. Aqui, uma lista dos campeões mais contestados da história dos 500 anos deste país. Escolha o seu "pior campeão" e dê seu voto na nossa enquete.

O São Paulo de 1977

A equipe não era brilhante e a fórmula do campeonato era esdrúxula. Tanto que o vice, Atlético (MG), perdeu o título sem ter perdido uma partida sequer, assim como o Botafogo, quinto colocado. A decisão foi em partida única, no Mineirão. No tempo normal, Chicão pisa em cima do mineiro Ângelo, já caído, e não é expulso. O São Paulo levou na decisão por pênaltis, com Valdir Peres se adiantando nas cobranças. O árbitro era Arnaldo Cézar Coelho. A regra não parecia muito clara.

O Coritiba de 1985

A gloriosa final do Coxa foi contra o Bangu. Que duelo! Os 20 clubes mais bem colocados num tal ranking da CBF foram reunidos em dois grupos A e B, e o campeão e o vice da Taça de Prata (similar à segunda divisão), mais 22 clubes de 22 estados estavam em outros dois. Todos tratados de forma igual. É como se hoje classificassem times da segunda e terceira divisão para uma fase final. Um espetáculo ímpar.

O Botafogo de 1995

Uma final que relembrava os anos 1960, Santos e Botafogo. Na primeira partida da final, três impedimentos mal marcados impediram que o craque do campeonato, Giovanni, saísse na cara do gol de Wagner. No segundo jogo, um assalto que repercutiu até no exterior, com um gol irregular de Túlio e outro mal anulado de Camanducaia. O ábitro, Márcio Rezende de Freitas, daria uma mão para outro campeão contestado dez anos mais tarde.

O Vasco de 2000

A CBF não podia organizar o campeonato brasileiro e sobrou para o Clube dos 13, outra organização impoluta, tal tarefa. Surgiu a Copa João Havelange, a maior competição das terras tupiniquins, com 116 clubes em uma única divisão. A fórmula era assustadora e não me arriscaria a descrevê-la. São Caetano, vindo direto do que seria a “segunda divisão” chega à final com o Vasco, que nas oitavas desclassificou o Bahia (rebaixado no ano anterior e guindado de volta com o Fluminense), e nas quartas superou o Paraná (outro da “segunda divisão”). A segunda partida da final, disputada em São Januário (como?), teve como coroação um estádio com mais gente do que pdoeria suportar. Grade de arquibanda desabando, gente pisoteada... Punição para o Vasco? Não, o castigo foi ter sido campeão.

O Atlético (PR) de 2001

No ano seguinte à famigerada Copa João Havelange, a decisão foi um confronto com ares épicos entre o campeão e o convidado São Caetano – aliás, o de melhor campanha na primeira fase.. No mata-mata, as quartas e semifinais foram em partida única. A final, ida e volta. Junto do time do ABC, o Paraná e o Botafogo de Ribeirão Preto foram vips. Detalhe: o time que revelou doutor Sócrates e Raí havia sido rebaixado em 1999.

O Corinthians de 2005

Na manhã de domingo, o Internacional, líder do certame, acordava vice. Onze jogos anulados que renderam quatro pontos a mais para o Corinthians. Na partida decisiva contra o Inter, Fábio Costa faz pênalti em Tinga. Márcio Rezende de Freitas (aquele de 1995), não marca e dá o segundo cartão amarelo para o melhor atleta em campo. O título, então sob judice, foi conquistado com uma derrota em que os atletas, perdidos, não sabiam se podiam ou não comemorar de fato.

O São Paulo de 2007

Por mim, não entraria na lista. Mas, pra satisfazer os birrentos e justificar o post, está aqui também. Aparentemente, só se justificaria pela baixa qualidade do nível técnico da competição. Até aí, mais culpa dos outros times do que dele.




VOTE:

Palavra de quem entende do assunto

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Na linha do post acima, sobre o "pior campeão brasileiro", o ex-centroavante Careca (foto) estava ontem no Morumbi e deu entrevista à TV Bandeirantes. Questionado por Nivaldo Prieto sobre qual geração era melhor, a do bi-campeonato 2006/2007 ou a que conquistou o Brasileirão de 1986, Careca ficou meio sem jeito, tentou fugir da sinuca com a velha desculpa de que "o futebol da época era diferente", "hoje a marcação é mais forte" etc. Porém, no final, cravou: "Nosso time era muito mais forte". De fato, cheguei a assistir jogos daquela campanha no estádio e a linha de ataque Müller-Silas-Careca-Pita-Sidney foi a melhor que já vi no São Paulo.

Provocação manguaça

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O meia Souza, do campeão São Paulo, respondeu à frase do seu amigo e volante corintiano Vampeta, que havia dito que a equipe do Morumbi só poderia vencer o Corinthians no ano que vem. Porém, atrapalhou-se nas datas:

“Infelizmente só vamos conseguir dar o troco em 2008, porque em 2007 eles estarão na segunda divisão”, disse. Efeito do título ou expectativa da manguaça de comemoração?

Incoerências da provocação futebolística

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Uma das mais constantes "armas" que os são-paulinos têm na hora da brincadeira com os corintianos é ironizar o Mundial de Clubes que foi realizado no Brasil em 2000. O Corinthians foi campeão, de forma justa e indiscutível, mas o que se ataca é se esse torneio pode ser realmente considerado um campeonato mundial. Os alvinegros dizem que o campeonato teve a incontestável chancela da FIFA, a entidade maior do futebol, e se a FIFA falou, tá falado. Já os tricolores alegam que o Corinthians foi campeão sem vencer a Libertadores, assim contrariando o Mundial (ou Intercontinental, ou Copa Toyota) que já se jogava desde 1960.

E assim a discussão segue, de maneira repetitiva e até mesmo chata.

Por que estou falando desse assunto? Pelo seguinte: já vi muitos são-paulinos se vangloriarem dizendo que a conquista de ontem faz do São Paulo o "primeiro penta". Desprezam solenemente a conquista do Flamengo de 1987. Naquele ano, lembram os são-paulinos, a CBF reconheceu como campeão brasileiro o Sport. Mas na prática todos viram o Flamengo de Zico como campeão brasileiro.

Ora, precisamos de critério. Se o São Paulo é o "primeiro penta", se o título do Fla de 1987 não vale, se o que importa é a chancela da CBF, então o Corinthians é o incontestável campeão do Mundo de 2000. É a mesma lógica. De acordo?

É penta!

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Tenho a difícil tarefa de escrever o post mais óbvio dos últimos dois meses.

O São Paulo confirmou o enorme favoritismo e conquistou o Campeonato Brasileiro com quatro rodadas de antecedência, ao bater o América-RN (obrigada Victor) por 3 x 0, com gols de Hernanes, Miranda e Dagoberto. O jogo marcou o recorde de público pagante, quase 70 mil pessoas. As arquibancadas tremeram.

É campeão. Penta!

Se o futebol não foi lá grande coisa durante o ano, os números mostram que só o São Paulo poderia vencer a disputa, dada a superioridade estatística. O time tem o terceiro melhor ataque do campeonato, com 51 gols, atrás apenas de Cruzeiro e, surpreendemente, do Náutico. Foram apenas 5 derrotas. E 22 vitórias. O time foi regular. Não tem nenhum artilheiro, nenhum grande destaque individual, mas em compensação todos os jogadores marcam gols.

E tem a defesa. Esse é, disparado, o setor mais importante do time. Foram incríveis 13 gols tomados em 34 jogos, média de 0,38 gol por jogo. A segunda melhor defesa até agora, do Fluminense, tomou 33 gol, quase três vezes mais.

Essa é a diferença do São Paulo, o resto é bobagem. Breno, Miranda, Alex Silva e André Dias se revezam para compor uma defesa quase intransponível. Os dois primeiros poderiam fácil estar na seleção. Juntos. E o assustador é saber que o Breno tem idade para jogar duas Olimpíadas.

Além dos zagueiros em si, todo o esquema tático é voltado para a marcação. O Muricy conseguiu fazer com que todos os jogadores marquem com consciência e competência. Ver a aplicação do time no estádio, não pela TV, impressiona. Podem xingar de retranquiro à vontade. É isso que todo o técnico tenta fazer e não consegue.

E, apesar da obviedade, não dá para não citar Rogério Ceni, definido pelo Glauco como O Cara. E é mesmo. Se não fosse Ceni, o São Paulo não teria conseguido todos os títulos dos últimos anos. Talvez nenhum. É quem decide. Craque.

Título merecidíssimo. Falem o que quiser. Não tem um time que chegue perto da eficiência tricolor. Quem reclamar receberá a pecha de mau perdedor, ok?

Ah, sim. Ir ao estádio e presenciar a conquista de um título é sensacional. O Morumbi estava lindo. E acho que a proibição de bandeiras foi uma das coisas mais tristes para os estádios. Aquelas pequinininhas plástico já fizeram uma baita diferença.

Mas... era tão óbvio, tão óbvio, que até perdeu um pouco da graça. (Juntando isso ao comportamento um tanto apagado da torcida, em todos os jogos, dá pra entender a minha pequena frustração). Tomara que daqui pra frente os títulos sejam definidos na última rodada.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Corinthians: zica de rebaixado

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O Goiás perdeu para o Vasco por 3 a 2, com direito a gol evitado em cima da linha. Tudo conspirava a favor de um certo alvi-negro paulistano.

Já eram os acréscimos do "clássico das multidões". Para ser preciso, 46 minutos do segundo tempo. Bate-rebate na pequena área do Flamengo, e o Corinthians tentava o empate, depois de tomar a virada do desafeto Roger. Gustavo Nery chuta cruzado, Finazzi tenta. Faria o gol, mas Héverton joga de zagueiro e salva o rubro-negro. No rebote, Bruno Octávio chuta para fora quase sem goleiro. Placar final, 2 a 1 para a equipe carioca.

Sinto muito, isso é zica de rebaixado.

P.S.: O post do campeão fica para a Thalita, que foi no estádio, e tem autoridade moral para isso.