Destaques

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

46 finalizações e nenhum gol

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Raramente escrevo para justificar derrotas, até porque chororô não resolve nada.

Mas ontem foi inusitada a incompetência dos atacantes do Galo.

Ocorreram 46 finalizações e nenhum gol. O goleiro do Social disse que nunca trabalhou tanto na vida, mas deve esse seu momento de glória à falta de pontaria dos atacantes. Até porque a maioria dos chutes foi no meio do gol, onde ele estava. Quando não ia a suas mãos a bola batia na trave, jogador dentro do gol tirava em cima da risca.

Se existe consolo, é que poderia jogar mais 2 horas e nada aconteceria...

E, como sempre, quem não faz toma, o goleiro Edson, do Atlético, aceitou um chute que veio da intermediária. Alías o único que foi ao gol. Ele estava adiantado, o jogador adversário talvez nunca mais acerte um chute daqueles etc. Nada disso importa, o que vale são os 3 pontos perdidos e a constatação de que se não falhou o goleiro do Galo, pelo menos, não tem sorte, o que é fatal para a posição.

Para não dizer que não falo daquele outro time de Minas, o Cruzeiro suou para ganhar do Guarani de Divinópolis no sábado. O jogo estava 2 a 2 quase no final do segundo tempo, quando Wagner acertou um chute de fora da área. O meio de campo e o ataque do time estão bem ajustados, com Ramires e Wagner fazendo a diferença. Mas a defesa está tomando gols bobos, inclusive os dois do Guarani.

Curioso é que o atual técnico, Adilson Batista, era zagueiro.

Sharon Stone e o 11 de setembro

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Mais conhecida por atributos não-políticos consagrados no filme “Instinto Selvagem” (1992, direção de Paul Verhoeven), a atriz norte-americana Sharon Stone disse, em entrevista ao semanário “Laha” (editado pela revista árabe internacional 'Al Hayat'), duvidar da versão oficial dada pelas autoridades de seu país aos atentados de 11 de setembro de 2001.
"Nunca cheguei a crer na versão oficial dos atentados contra as Torres Gêmeas em Nova York e também não acho que as guerras do Afeganistão e do Iraque são são uma conseqüência direta deles”, afirmou ela, que fez uma visita recentemente a Dubai (Emirados Árabes Unidos). "Fico com medo quando me dou conta de que os meios de comunicação em meu país ocultam ou manipulam a informação" continuou.
Pelo que achei na internet sobre o tema, a atriz não disse qual seria a sua versão sobre os ataques. Mas é bem interessante tais declarações partirem de uma celebridade de Hollywood.

Uma pesquisa realizada pelo instituto Opinion Research Corporation, para a rede de TV "CNN" por ocasião do quinto aniversário do 11 de setembro, revelou que 45% dos 1.004 adultos entrevistados disseram acreditar que a administração de George W. Bush teve de "muita culpa" a uma "culpa moderada" pelos ataques.

Ótimas notícias do 4 a 0

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Desde maior de 2007 o Palmeiras não marcava quatro gols numa única partida. Na anterior, o adversário tinha um pouco mais de prestígio do que o Juventus, o palco era maio e o contexto prometia uma temporada e tanto (era o Flamengo, na estréia do Brasileiro, no Maracanã).

No sábado, os 4 a 0 sobre o Moleque Travesso em Ribeirão Preto foram ótimos porque:

- Aconteceu no seguinte à publicação, pelo Estado de S.Paulo, de uma entrevista de Vanderlei Luxemburgo afirmando que Valdívia não é craque por não saber fugir da marcação e das polêmicas pancadas que sofre, quer dizer, concordei com o técnico verde pela primeira vez em uns dois anos, mesmo sendo fã do Mago chileno.
- Denilson entrou em campo aclamado pela torcida e deu passe para o quarto gol.
- Os laterais jogaram bem e arejaram, ainda mais do que nas partidas anteriores, a criação de jogadas, como bem lembra a Folha, a bola foi carimbada por Leandro em três e por Élder Granja no outro gol contra o Juventus. Jogar pelas laterais em um time com dois meias bem acima da média do campeonato.
- Nenhum outro grande venceu. O São Paulo perdeu a invencibilidade, o Corinthians comemorou empate e o Santos está em antepenúltimo.

Claro que poderia ser melhor se não fossem os tropeços de até duas rodadas atrás, porque o time estaria entre os quatro. Sem exagerar na confiança, o time sobe na tabela.

Uma coincidência e o jogo do Timão

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Leio no blog do Juca Kfouri que serão lançadas camisetas "retrô" relembrando a passagem do doutor Sócrates no Corinthians. Paulo Velasco, publicitário que trabalha com Raí e pai da idéia, teria se impressionado ao ver, de passagem em Londres e Berlim, em "bairros jovens, descolados, camisetas de Che Guevara ao lado de camisetas com o rosto de Sócrates", e se associou à Topper para produzir as camisetas por aqui. Se coincidências querem dizer alguma coisa, ontem fui ao jogo com Andrew e Rebecca, um casal de artistas ingleses em temporada no Brasil, e Andrew fez exatamente a mesma associação entre o Sócrates e Guevara. E ele falou com aquele tom de cumplicidade de quem está dizendo uma coisa óbvia, tendo a confirmação definitiva em saber que o Doutor era assim chamado por ser médico, como o revolucionário argentino.

Sobre o jogo, o pouco que eu li por aí foi que o Timão e o Bragantino mereceram o 1x1. Não acho. Não vou falar de uma grande qualidade técnica, mas o Corinthians de fato dominou todo o primeiro tempo e boa parte do segundo, criou muio mais oportunidades e perdeu alguns gols fáceis. Se quem perde gols fáceis não merece ganhar, então vá lá, mas o Bragantino pouco fez além daquele golzinho que pegou o Corinthians meio disperso na volta do intervalo.

Pra quem tinha uma expectativa baixíssima, o time me convenceu de que será possível não fazer feio neste ano. E se o Lulinha se firmar como o bom jogador que merece ser, junto com o Dentinho, já terá sido um bom ano de reestruturação.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A Arena do Santos terá 52 mil litros de cerveja por jogo?

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Segundo matéria do Diário do Grande ABC, o secretário de Esportes de Diadema (SP), o ex-lateral-esquerdo do Corinthians Wladimir Rodrigues dos Santos, disse que a pedra fundamental para a construção da Arena de Diadema, que seria o novo estádio do Santos, está perto de ser lançada. “Ainda não temos um dia certo, mas fecharemos o contrato até o final de fevereiro. As reuniões que tivemos com a diretoria do Santos neste ano dão boas mostras de que está perto”, garantiu o secretário.

Se o projeto ultrapassar o plano do papel, que é onde ficam muitas das idéias de estádio já anunciadas para breve no Brasil, a Arena de Diadema terá capacidade para 40 mil pessoas e custará R$ 250 milhões. Se vingar, será decorrente de uma parceria iniciada em 2005 entre a Prefeitura de Diadema, o Santos e a construtora alemã Hellmich, que construiu o estádio (é tão bonita a palavra estádio!) em Gelsenkirchen, casa do Schalke 04, da Alemanha.

A matéria do Diário do Grande ABC traz um dado muito interessante sobre a Arena alemã. "os 15 restaurantes e 35 bares existentes no local [da Arena alemã] recebem, por jogo, 52 mil litros de cerveja enviados por um cano com cinco quilômetros de extensão que liga o estádio a uma cervejaria". Já pensou? Preparem-se, santistas!

PS: o companheiro Olavo, sempre alerta, me alertou para um fato preocupante. No Brasil, isso seria proibido. Ora, mude-se a lei!


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10 mandamentos para apreciar melhor a cerveja

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1 - Ela sai pronta da cervejaria: não pede, portanto, envelhecimento. Quanto mais jovem for consumida, melhor será seu sabor. Dura, em média, 90 dias;


2- Deve ser guardada em pé, em lugar fresco e protegido do sol, para evitar oxidação prematura;

3- Deve resfriar na geladeira sem pressa. Não coloque no freezer, pois a violência no congelamento prejudica a bebida;

4- Depois de gelada, deve ser consumida e jamais voltar à geladeira;

5- A temperatura ideal para saborear as do tipo pilsen é entre quatro e seis graus. Tomá-las "estupidamente geladas", como se diz, prejudica tanto a formação de espuma na cerveja quanto "adormece" as papilas gustativas, comprometendo o sabor;

6- Copos e canecas pequenos e de cristal são os ideais, pois mantém melhor a temperatura e a espuma. Evite canecas de alumínio, que, além de feias, tiram o prazer de apreciar o visual do líquido dourado;

7- Resíduos de gordura no copo são fatais para a bebida, acabam com o colarinho e liberam o gás carbônico, deixando o líquido meio choco;

8- Tomar cerveja sem colarinho é uma heresia. Dois dedos de espuma são ideais para reter o aroma e evitar a liberação do gás carbônico;

9- A espuma cremosa revela a persistência e bom estado da cerveja. Para aproveitá-la melhor, sirva derramando uma dose. Depois, espere baixar o colarinho. Em seguida, incline o copo até 45 graus, despejando o líquido devagar enquanto o colarinho sobe;

10- Com 90% de água, a bebida é hidratante. E com apenas três a cinco graus de álcool, como as do tipo pilsen, a cerveja estimula o metabolismo - pelo menos quando ingerida moderadamente. Além disso, é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Apesar disso, não engorda. É folclore associar o consumo de 80 calorias de um copo de 200ml com a formação de barriga. Os acompanhamentos gordurosos é que engordam.

(Fonte: site República da Cerveja)
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Lá vai Roth, lá vai o Grêmio

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O Grêmio anunciou ontem a demissão de Vagner Mancini, que comandava o time desde o início do ano. O técnico não estava fazendo o time decolar e também se envolveu com problemas no extra-campo. Para seu lugar, a diretoria do tricolor gaúcho agiu rápido e trouxe um técnico que já passara anteriormente pelo clube: Celso Roth.

É, ele mesmo, Roth. Aquele que seguramente é um dos técnicos mais odiados do Brasil. Já treinou Flamengo, Botafogo, Santos, Palmeiras, Goiás e, tirando raríssimas exceções, é desprezado por todos os torcedores desses clubes. Seu trabalho mais recente foi no Vasco, onde fez um ótimo início de Brasileirão no ano passado - quando foi elogiado inclusive por esse colunista - e depois viu seu time degringolar e até mesmo namorar a zona do rebaixamento.

Mas se tem um estado que já viu trabalhos bons de Celso Roth esse estado é o Rio Grande do Sul. Lá, em 1997, Roth teve sua primeira passagem por um clube grande - e que, para muitos, é a melhor de sua carreira. Ele comandou o Inter e montou o time que fez a melhor campanha do Colorado na década de 1990, com o terceiro lugar no Brasileirão e a revelação de nomes como Christian, hoje na Portuguesa. No ano seguinte, treinando o Grêmio, Roth mais uma vez ficou entre os oito melhores do Campeonato Brasileiro.

Acontece que esse fulminante início de carreira foi apagado pelos maus trabalhos de Roth e, hoje, sua contratação está longe de ser algo celebrado. O Grêmio terá dificuldades para engrenar um bom 2008. A contratação de Vagner Mancini já foi estranha - o técnico parecia inexperiente demais para fazer um bom trabalho num time com o porte do Grêmio -, sua dispensa também e a contratação de Roth, mais ainda. Boa sorte aos gremistas...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Poderia ser mais que empate...

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Se fosse se levar em conta a classificação da última Libertadores, Santos e Cúcuta fizeram ontem o jogo de mais elevado nível técnico desta primeira rodada do torneio sul-americano. Afinal, o terceiro e o quatro colocados de 2007 estavam em campo. Mas o que se viu é que tanto um como o outro estão bem longe das equipes que quase decidiram a Copa no ano passado. E o jogo foi sofrível tecnicamente.

Para se ter uma idéia do nível das mudanças em relação a 2007, dos atletas que disputaram a Libertadores como titulares no ano passado, apenas Fábio Costa, Adaílton e Rodrigo Souto estiveram em campo (Domingos era reserva). No jogo, o primeiro tempo foi equilibrado, sem muitas chances nem emoção. Jogo parado no meio e os adversários sem criatividade.

Na segunda metade da partida, Leão tirou o tosco Quiñonez e colocou Wesley. Nos dois minutos iniciais, deu quatro dribles pela esquerda e criou duas chances de gol. Fez mais nesse período que o equatoriano em todo o primeiro tempo. Aliás, fez mais do que ele próprio em todas as partidas que entrou quando Luxemburgo era treinador.

A partir daí, o Santos comandou as ações da partida, mostrando mais segurança na defesa e no meio, e não sofrendo pressão por parte do time da casa. Poderia até ter tido sorte melhor do que o 0 a 0, mas o árbitro anulou um gol legítimo de Kléber Pereira, naquele tipo de lance que nem dá pra falar do bandeira porque foi dificílimo mesmo. Mas, pra variar, o centroavante perdeu um gol cara a cara com o goleiro.

Os outros brasileiros

Flamengo e Cruzeiro também estrearam ontem. O primeiro empatou em 0 a 0 com o Coronel Bolognesei no Peru, enquanto o time mineiro faturou por 3 a 0 o boliviano Real Potosí. Concordo com a crítica do Lindomar, mas, como já havia dito em outro post, nem sempre a gente consegue acompanhar times de outros estados. Pra se informar sobre o Cruzeiro, recomendamos o Sou Cruzeirense. Mas se você quer saber mais detalhes sobre o jogo do Flamengo, acesse o Bla Bla Gol ou o Confio no Mengão Blogger.

A esquecida Copa do Brasil

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Tá certo que a maioria futepoquense só fala de Libertadores, mas para os torcedores de times que não têm adversários com nome em espanhol, começou a Copa do Brasil.

Falem o que quiserem, mas é campeonatinho interessante, principalmente pelos nomes inusitados dos times e pelas zebras que aparecem derrotando os favoritos.

Na primeira rodada, sem grandes surpresas, mas os jogos foram equilibrados. Das 16 partidas de um lado da chave, apenas Volta Redonda (contra Roma-PR), Vitória (contra Souza-PB) e Corinthians (contra Barras-PI) conseguiram eliminar a segunda partida. Lembrando que, pelo regulamento, se ganhar fora de casa por dois gols ou mais nas duas primeiras rodadas elimina-se o jogo de volta.

Destaque negativo para o Santa Cruz-PE, que conseguiu perder de 3 a 0 para o Fast (AM), o Guarani que perdeu de 3 a 1 para o Chapecoense. Veja todos os resultados e tabela aqui.

Corinthians lança canal de TV amanhã

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Como destaca o novo parceiro Vertebrais FC, entra no ar amanhã, dia 14, o Timão TV, canal do Corinthians pela internet. É uma das várias iniciativas de marketing criadas pela nova gestão.

O canal será tocado pela empresa DB4, de Diogo Boni, irmão do Boninho da Globo. A mesma empresa desenvolveu um site semelhante para o Flamengo. O site do time da Gávea já contabiliza 12 milhões de acessos e 430 mil cadastros, o que me parece bom.

A idéia é vender assinaturas do canal, que terá conteúdo exclusivo, como entrevistas, filmagem nas concentrações, treinos, cobertura das divisões de base e outras coisas. A mensalidade deverá ser de R$ 10,00, o que se não é muito, também não chega a ser pouco.
Na Europa, vários times (o Vertebrais cita Arsenal, Manchester, Barcelona e Real Madrid) ganham uma grana com serviços do tipo.

Na minha opinião de leigo intrometido, os times de futebol brasileiros deveriam investir em produtos para o pessoal de renda mais baixa. Camisetas, DVDs e outros trens que você gostaria de dar de presente pro seu pai alvinegro, com preços menos extorsivos. Mas, como todas as outras idéias lançadas, espero que dê certo e ajude a encher os cofres do Timão. Pelo menos, são iniciativas novas nos clubes.

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Palmeirenses pedem boicote a rádio em São Paulo

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Blogues de torcedores palmeirenses defendem que a torcida do clube boicote a rádio Jovem Pan AM, de São Paulo. O motivo foram declarações do narrador Rogério Assis e o comentarista Cláudio Carsughi na partida entre o time e o Guarani, no sábado, 9. A principal acusação é a de "perseguir" o meia chileno Valdívia, incluindo a incitação a violência dentro de campo.

O Só Palmeiras publicou uma lista de frases proferidas pela transmissão que sugeriam agressões contra o jogador. “Não quero incitar à violência, mas se eu fosse atleta do Guarani dava uma porrada no Valdívia”, teria dito o locutor.

Além disso, o Planeta Palmeiras relata um tópico de um fórum de discussão de torcedores na internet, o Palmeiras Todo Dia. Um conselheiro do clube, o ex-deputado federal Nelo Rodolfo, estaria veiculando na emissora de rádio um comercial com o hino do clube de fundo em que acusa o diretor financeiro Luiz Gonzaga Belluzzo de tentar impedir a transmissão de jogos do time pela Jovem Pan. Rodolfo é apresentador do programa Jornal Hora da Verdade da Jovem Pan.

A vinheta do boicote é "Sou Palmeirense, não escuto besteira", e o selo (ao lado) foi desenvolvido pelo mesmo Planeta.

Perseguição
O parceiro Observatório Verde vem municiando os torcedores com críticas à imprensa em geral, tendo como alvos prediletos Juca Kfouri, Vitor Birner e o Painel FC, da Folha de S.Paulo. Numa paródia ao que faz Paulo Henrique Amorim em seu Conversa-Afiada ao criar a figura do PIG – Partido da Imprensa Golpista, o Observatório trabalha com o Partido da "Imprensinha Gambambi".

Autores do Futepoca já se manifestaram diversas vezes sobre o comportamento da mídia, avaliada como sãopaulina pela maioria. Até o comentarista e blogueiro Mauro Beting, quando conversou com os manguaças no bar, admitiu o fenômeno sem explicar com clareza os motivos da preferência que atinge até um alviverde de berço como ele.

O estopim apontado pelos blogues parmeristas foram os comentários que incitariam agressões contra o jogador.

E aí? Perseguem o Valdívia pelo que ele representa para a meia-esquerda?


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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

O vinho e a barbárie

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Esses dias revi um documentário genial. Chama-se Mondovino.

O diretor Jonathan Nossiter chega próximo a cada personagem que compõe o complexo, apaixonado e conflituoso mundo do vinho. Temos o velhinho da Toscana que com um largo sorriso fala do vinho que produz como herdeiro de uma milenar tradição civilizatória: o vinho é o que alimenta os laços da comunidade, que rega as amizades e produz a festa. É o vinho contra a barbárie. Mas há também os produtores do Napa Valley, na California, em particular os megaprodutores da família Mondavi, que sonham um dia, quando já sentirem que a Terra é pequena, poder produzir vinho em Marte...

É na proximidade com essas pessoas que o filme realiza sua proeza, e desenha um dos retratos mais nítidos do meio cultural em que estamos mergulhados, ao qual damos o nome difuso de “sistema”. De um lado, uma diversidade enorme de pequenos produtores, em geral em idade avançada, e particularmente fortes na França, defende os chamados terroirs (os territórios vinícolas) e os vinhos feitos numa relação de intimidade entre o homem e a natureza, únicos a cada safra, e que ganham complexidade de degustação e personalidade em lentos processos de envelhecimento.

De outro, os seguidores da “filosofia” Mondavi, de produzir vinhos jovens, vibrantes e expansivos, de fácil apreciação pelo “bebedor comum”, mas sem a riqueza de aromas, cores e sabores dos vinhos mais “lentos”. Em vez dos territórios, que produzem sabores singulares em cada localidade, resultado do clima, do solo e do trato com as uvas, valorizam recursos tecnológicos que permitem homogeneizar a produção e, em tese, gerar o mesmo vinho em qualquer lugar do mundo onde cresçam uvas.


Os degustadores


Nossiter vai então desvendar os mecanismos que permitiram aos Mondavi tornarem-se o modelo de sucesso no mundo do vinho contemporâneo. Percebe-se como umas poucas pessoas acabam determinando o mercado vinícola mundial. Para começar, um degustador chamado Robert Parker, famoso por seu virtuosismo técnico, que tem influência direta nos preços internacionais. O preço da garrafa acompanha as notas dadas por Parker. Este homem gosta de vinhos jovens, de sabor vibrante, exatamente como os que são produzidos pelos Mondavi, e começou a dar notas baixas aos vinhos de Bordeaux e Borgonha, pelo menos desde os anos 1980.

Isso só não bastaria. Há um enólogo francês chamado Michel Rolland – que presta consultoria a mais de 300 produtores em todo o mundo, como os Mondavi e outros dentre os maiores. Ele é quem sabe produzir vinhos de notas altas. O filme acompanha Rolland em suas visitas às vinícolas, e o seu conselho é um só: “microoxigenação”. Seu bordão é “precisa microoxigenar este vinho”, e é curioso que todos os vinhos precisem da mesma coisa. Outro recurso que se difunde são as chamadas barricas de madeira jovem, que dão sabor de baunilha ao vinho. É também algo que valoriza (e uniformiza) os produtos ao redor do mundo.

Esse mesmo Michel Rolland será o principal consultor dos produtores argentinos e chilenos, que tanto cresceram no mercado mundial nos últimos anos. E muitos produtores mesmo nos rincões mais tradicionais começam a entrar na onda, e aproximar seus vinhos do chamado “gosto moderno”. E são eles que vão chamar os "resistentes" de "terroiristes", quando fazem campanha pelas práticas tradicionais e pela preponderância dos terroirs sobre as marcas.

Mas o que me parece mais belo (e terrível) neste filme é como ele mostra o que significa esse estabelecimento de um mundo dominado pelos interesses comerciais, que começa a se habituar e se moldar por um vocabulário publicitário (que chama de “filosofia”) e já não reconhece mais as coisas genuínas e complexas. Mais que isso, percebemos o quanto se deve compreender a uniformização, o já tediosamente chamado “pensamento único”, como a própria imagem do fascismo. O fascismo não é um regime de Estado nem um conjunto de práticas, é precisamente um estado de anulação do indivíduo em nome de uma massificação que avança subterrânea mas evidentemente e que se dissemina na exata proporção de sua simplificação do que seja o ser-humano, a vida e a cultura. “Fascismo não é impedir de dizer, é obrigar a dizer”, alertou Rolland Barthes, mostrando que não é na repressão, mas na proliferação que o verme se instala.

Mais que diversidade, valores ou o que quer que seja, perdemos é intensidade de vida, o contato com coisas insubstituíveis, que valem por si, pela experiência que proporcionam, e não pelo que são capazes de comprar. Lembrei muito de As Invasões Bárbaras, realizado pelo canadense Denys Arcand, selecionado em Cannes em 2003, um ano antes de acontecer o mesmo com o filme de Nossiter. Nesse filme, há uma geração (ali com os seus 60 anos), cuja intensidade estava no sexo e no pensamento livre, e a geração aos 30 anos, cuja intensidade se encontra na heroína e no “gerenciamento de risco dos investimentos em petróleo no mundo”.

É isso. Paro por aqui, recomendando vivamente a todos que assistam a Mondovino.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Humanos e líquidos direitos

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Desde já lanço a candidatura dele para patrono do Futepoca e símbolo da preservação dos direitos humanos, inclusive o de beber cachaça.

É notícia hoje das agências que a Justiça mandou soltar o catador de papel Reginaldo Pereira da Silva, preso por furtar uma garrafa de cachaça no valor de R$ 1,50.

Na realidade, ele foi condenado a oito meses e 16 dias de reclusão, como já passou sete meses preso, recebeu o direito à progressão para o regime aberto.

Embora a defensoria pública tenha pedido a absolvição por insignificância do delito, o juiz Adevanir Carlos Moreira da Silveira o condenou, alegando que “a atual conjuntura social está a exigir do Estado, aqui personificado no Poder Judiciário, resposta concreta à criminalidade que hoje grassa e que semeia perigosa crença na impunidade”.

Quer dizer, o catador virou exemplo para acabar com toda a criminalidade que existe no país...

Além do juiz merece um prêmio também o supermercado Pão de Açúcar, onde ocorreu o fato e que manteve a denúncia. Mesmo com o réu nem tendo saído do supermercado com a mercadoria, tendo sido preso antes por segurança , quando pedia para que outros clientes pagassem a bebida.

É desses exemplos que o Brasil precisa, né juiz, né Pão de Açúcar?

Eu, por meu lado, prometo, nunca mais comprar a marvada nesse supermercadinho.

Sem contar que, mesmo ganhando mal como ganha um catador de papel, sete meses por R$ 1,50 não é um pouco de mais?

Tevez já foi sanfoneiro

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E usava o sugestivo nome artístico de Ney. Reproduzimos acima a capa do LP gravado em dupla com Kety. Parece que tocavam cumbias.

Denilson e a produtividade. Não me venham com piadas fáceis

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Um resultado cala minhas reclamações? Em noite inspirada, Alex Mineiro fez os três da vitória sobre o Guarani, que só marcou um. Precisa mais para que Vanderlei Luxemburgo convença este torcedor alviverde de que é o melhor para comandar o elenco. Mas sigo esperando esse convencimento todo.

Juca Kfouri, concorrente do Futepoca no Ibest, chamou-o de "ex-melhor técnico do Brasil", com especial ênfase ao criticar a volta de Marcos cotra o Guaratinguetá, o que o comentarista considerou como falta de respeito ao que o goleiro representa para o Palmeiras. Foi temerário, mas seria muito pior deixar Marcos no banco de Diego Cavalieri, porque a tendência seria o veterano canonizado pela torcida, passados um ou dois anos, se aposentar ali, no banco. Teve gente que quis aposentá-lo. Tudo bem. Nem acho que a volta dele contra o líder do campeonato depois de uma sequência ruim tenha sido boa idéia, mas escrever isso depois não vale. Luxemburgo está apostando em quem tem muita moral com a torcida.

Contra o Guarani, Marcos voltou à normalidade, fez boas defesas. O time se deu bem.

Mas aí, tem Denílson, magoado com o ex-time São Paulo, recebido pelo departamento médico do Palmeiras, que assina contrato de produtividade, a exemplo de Leo Lima – e de outros atletas no Santos do mesmo treinador.

Denilson produtivo? Piada pronta para os que, como eu, não são fãs do ex-Flamengo, ex-Betis, ex-Bordeaux, ex-Al Nasr, ex-Dallas. Com tantos carimbos na carteira de trabalho, o maior vínculo é com o vizinho de centro de treinamento da Barra Funda, mas jogar bola pode resolver. Também ajuda tirar do ar o destaque: "Confira quem levou a Camisa Oficial do São Paulo Futebol Clube" de seu site.



"Não é um contrato de risco, mas de produtividade", avisou Luxemburgo na sexta, 8. "Ele só vai receber o total do salário se produzir bem e se jogar um determinado número de partidas. O fato de ele ter aceitado esse contrato mostra que está motivado e disposto a mostrar que pode dar um algo a mais." à Folha de S.Paulo, o atleta diz que quer fazer do Verdão trampolim para a lista de Dunga. Não é a primeira vez em que ele se convoca.

Ver uns dribles, mesmo que não tão produtivos como eu gostaria, não vai ser ruim. Porque, em uníssono, a crônica esportiva de jornalões, blogões até bloguinhos se acostumam a criticar o campeonato pela falta de qualidade. Mas também não salva a competição.

Para ser sincero, só tenho mais medo das eventuais narrações de Galvão Bueno, caso se ressuscite os temidos "Denilson neles" e "Pra cima deles, Denilson".

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Georgi Asparuhov, um mito

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Eu nunca tinha ouvido falar do cara, admito. Mas é pra isso que o Orkut, e mais precisamente a Futebol Alternativo, servem: para trazer a nós histórias do futebol que passam longe do nosso dia-a-dia.

Foi postada lá uma enquete bizarra de um site desconhecido que tinha como meta definir o melhor jogador da história do futebol. O líder da votação é o húngaro Puskas; em segundo lugar vem o turco Sukur (!) e, em terceiro, o nosso amigo Georgi Asparuhov.

A votação bizarra serviu para conhecer a interessante história desse jogador. Asparuhov foi um búlgaro que atuou nos anos 60 e começo dos 70, e é tido como um dos principais jogadores da história do seu país. Aparentemente, não fosse o mito Stoichkov, Asparuhov seria o número 1 desse simpático país do leste europeu.

Asparuhov atuou quase toda a sua carreira no Levski Sofia, um dos principais times da Bulgária. Lá, foi campeão nacional três vezes e quatro da Copa da Bulgária. Pela seleção, disputou três Copas do Mundo (1962, 66 e 70), jogando 50 partidas e anotando 19 gols.

Sua fama de mito consagrou-se com uma frase histórica. Procurado por dirigentes do Milan que queriam contratá-lo, Georgi Asparuhov teria respondido dessa seguinte forma: "há um país chamado Bulgária, e nesse país há um time chamado Levski. Talvez vocês não o conheçam, mas foi nesse clube que nasci e é lá que morrerei".

Asparuhov morreu precocemente, aos 28 anos, em 1971, em um acidente de carro. Não viu a queda do comunismo nem seu país ser transformado por completo. E, graças à internet, essa invenção tão capitalista, teve seu nome exaltado, nem que por um instante pequeno.

Sem Ibope

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Não queria passar à frente dos posts sobre os jogos dos nossos gloriosos, mas não posso deixar de anotar um fato que ocorreu ontem.
Estava eu ao computador, na sala de minha casa, cuja janela dá direto para a rua. Apareceu uma mocinha e não gritou nem o "ó de casa", foi logo dizendo que era do Ibope e fazia uma pesquisa de opinião política. "Quer dar a sua?", ofertou. Antes de responder, perguntei se alguém tinha contratado a pesquisa. Ela parou um segundo e sem mais perguntou se eu era universitário. Não entendi a relação, mas respondi que sim. Ela então disse que só podiam ser pessoas com até segundo grau, que a cota de universitários já tinha sido cumprida, e foi se dirigindo à vizinha. Já de lado, indo embora, gritou "uma empresa contratou a pesquisa". Não consegui saber qual era a empresa, que, afinal, não quis saber minha opinião.

Corinthians: Um pouco de sorte não faz mal

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A respeito da vitória por 2 a 1 do Corinthians sobre o Ituano, ofuscada com justiça pelo clássico nas manchetes e fóruns futebolísticos em geral, é importante ressaltar, antes de qualquer coisa: gol cagado também vale. Passado esse ponto crucial, vale dizer que o Corinthians criou mais chances de gol que em outros jogos, principalmente com os dois bons alas (destaques do time até agora) e, no segundo tempo, com o surpreendente Perdigão, que toca bem a bola e conseguiu acertar alguns dos lançamentos que sempre tenta.

O ataque, com Herrera no lugar de Acosta, passou em branco de novo, mas teve mais chances. Lulinha precisa dar um jeito de tirar essa ansiedade com o primeiro gol. Ele sozinho desperdiçou umas três boas chances de marcar. E ainda acho que vale dar tempo a Acosta. Enfim, vamos tocando o barco, e invictos há seis partidas.

Mudando de assunto, vi ontem umas matérias dando conta de que o Coelho estaria pedindo para sair e que já teria um esquema feito com o Atlético-MG. Se isso for verdade, mostra a qualidade no planejamento (sic) da diretoria do Timão. O time começou o ano com Eduardo Ratinho e Amaral na lateral-direita, contratou Alessandro para o meio, mas que poderia jogar por ali, e ficou com Coelho após negociação fracassada. Agora, se essa história se concretizar, pode começar a Copa do Brasil apenas com Alessandro para a posição, o que significa perder um bom nome para o meio campo. Dificulta...

domingo, fevereiro 10, 2008

San-são polêmico (mais um)

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Buenas, como ninguém se adiantou, dou início aos comentários sobre o São Paulo x Santos deste domingo, no Morumbi. Minha opinião sincera: pelo o que o tricolor fez no primeiro tempo (dominou amplamente) e pela reação do alvinegro praiano na segunda etapa (anulou o adversário), um empate seria o resultado mais justo. Muricy Ramalho acertou ao revezar Jorge Wagner e Richarlyson em jogadas ofensivas pela esquerda e Leão merece aplausos, justamente, por ter colocado Marcinho Guerreiro e Adriano e anulado essas jogadas, além de mandar Alemão cair no espaço deixado por Reasco, de onde cruzou para o gol de Rodrigo Souto. Porém, Carlos Alberto, desafeto de Leão, entrou no final para decidir a partida (na foto de Gaspar Nóbrega, da Vipcomm, aparece comemorando com os reservas). E o empate, resultado justo, não aconteceu. Por isso, vamos às polêmicas:


1 - Teve o tal pênalti cometido por Miranda e não marcado pelo juiz. Na Rádio Bandeirantes, o repórter de campo gritou pênalti no ato e o comentarista, que estava no estúdio, viu a imagem pela TV e disse que não tinha sido nada. A melhor imagem que vi, mais tarde, foi a da Globo. A bola pinga na grama, pinga em cima do braço do Miranda e o Rogério Ceni voa nela. Eu acho que tanto poderia ser marcado como não. Num caso, o Muricy choraria. No outro, chora o Leão.

2 - O Fábio Santos empurrou de forma grotesca a barreira do Santos no gol de falta de Juninho. Pelo o que entendi dos comentários na RedeTV e na ESPN, o juiz deveria ter mandando voltar a cobrança e dado cartão amarelo para o são-paulino. Quanto a isso, concordo plenamente.

3 - O Muricy, pra variar, diz que houve dois pênaltis sobre o Aloísio. Um foi numa jogada em que o juiz deu vantagem, pois a bola sobrou para o Jorge Wagner, que chutou para fora. O outro o técnico chorão não especificou e também não constou nada parecido nos VTs dos programas esportivos.

4 - O Rodrigo Tabata sofreu falta de Carlos Alberto no lance de sua expulsão. É nítido. Não sei se ele tinha cartão amarelo. Se não, a própria expulsão também foi injusta. Depois, o Adriano invadiu a área e, antes de se jogar na linha de fundo, levou um peteleco na orelha, desferido por Domingos. Aceitou a provocação, deu a cabeçada e foi expulso. Merecido.

Deve ter mais uns 300 lances polêmicos. Comentemos, pois.

Ps.: Deixo bem claro aqui: concordo totalmente com o Leão de que o chororô são-paulino pós-clássico com o Corinthians deu certo. Se o pênalti do Miranda tanto poderia ter sido marcado como não, o fato de o juiz não ter tido "peito" para marcar diz muita coisa mais do que mera "interpretação"...


A celebração egípcia

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A comparação é um pouco absurda, mas funciona "a nível de ilustração": imaginem que, aqui na América do Sul, o time com a soberania local fosse, por exemplo, o Paraguai - a despeito das glórias mundiais e jogadores consagrados de Brasil e Argentina.

Cito o exemplo para falar do título que o Egito conquistou, hoje, na Copa Africana de Nações, ao vencer Camarões por 1x0 na final. É o sexto do país - que assim se isola na lista dos campeões continentais, superando Camarões e Gana em duas conquistas.

O Egito não tem jogadores badalados, diferentemente da maioria de seus rivais na CAN. Tampouco se destacou em alguma Copa do Mundo. Só esteve no principal evento do futebol mundial duas vezes, em 1934 (quando se tornou a primeira nação africana a jogar uma Copa) e 1990 - quando obteve a façanha de emaptar com a Holanda da histórica trinca Van Basten, Gullit e Rikjaard.

Já seus oponentes se destacaram com boas campanhas em Copas do Mundo - notadamente, Camarões de 1990, Senegal de 2002 e Nigéria em 1994 - e ajudaram, involuntariamente, a construir o estereótipo do "futebol africano alegre, divertido, mas irresponsável e ingênuo".

Estereótipo esse que certamente será invocado para falar sobre um triunfo - o terceiro consecutivo - da "África branca" sobre a "África negra". Melhor falar sobre os méritos da equipe egípcia, depositados principalmente em seu comandante de ataque, o eficaz Aboutrika (foto).

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o Egito disputará na primeira fase o Grupo 12, contra Malawi, Djubouti e a República Democrática do Congo (ex-Zaire). Não deverá ter muitas dificuldades para superar essa etapa; resta saber se terá fôlego para ficar entre os cinco africanos (mais a anfitriã África do Sul) que jogarão a Copa de 2010. Fica a torcida para isso - ao menos por parte desse colunista.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Marcos é um ex-goleiro em atividade?

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Gerardo Lazzari
Palmeirenses amigos meus já estão de saco cheio do goleiro Marcos, ex-São Marcos. Até um ano e pouco atrás, quando eu dizia que o cara tem muito crédito no clube, alguns balançavam e acabavam concordando. Hoje, ninguém mais concorda: "o crédito dele já acabou faz tempo", me disse um alviverde ontem. Outro, meu irmão, já me dizia que o crédito havia acabado muito antes dos 11 meses de estaleiro terminados na última quarta-feira.

Deve ser muito difícil para um jogador de futebol do valor do Marcos abandonar a carreira. O que ele já deveria ter feito, diga-se, sob pena de terminá-la sob protestos e de maneira ridícula. O segundo gol que tomou nos 3 a 0 do Guaratinguetá foi bizarro. O cara nem pulou, deitou mesmo.

Mais impressionante (o que foi motivo de chacotas e longas risadas aqui na redação) foi a desculpa que, segundo o Uol, ele deu para justificar a falha, que admitiu: "Dei um passo para a direita e, na hora em que fui voltar, meu pé afundou na terra". Ah tá. Agora eu pergunto: o que foi culpado pelo gol: o pé ou a terra?

(Acho que o Marcos merece todo o respeito, mas tirar o Diego Cavalieri substituindo-o por Marcos, nas atuais circunstâncias, prejudica o time, é injusto com o ex-jovem titular e vai expor o ex-goleiro em atividade ao ridículo.)

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Trocadalhos OU onde é que nós vamos parar?

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A edição de hoje do Lance! caprichou nos títulos:

Sobre o São Paulo: "RIPA NO CHULAPA"

Sobre o Curintia: "TIMÃO COM 'EMPATITE' "

Quem entende o Luxemburgo?

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Em texto do repórter Carlos Padeiro, do UOL, ao justificar a fase de seu Palmeiras, Luxemburgo soltou a seguinte pérola, entre aspas, como bem sabem os jornaleiros de plantão recurso usado para frases citadas literalmente.

"Pela experiência que tenho, sei que este time ainda vai dar muita alegria para a torcida. O time está jogando bem e nada me assusta, até pela postura dos jogadores. Precisa encaixar o primeiro jogo, a bola está caprichosa e vai contra nós. Falta ela entrar, bater na 'bunda' de alguém e entrar... quem sabe sábado [contra o Guarani]", comentou o treinador, após o revés para a equipe do Vale do Paraíba, líder do Estadual.

O negrito é por minha conta. O bom gosto da frase é do dito e autoproclamado melhor técnico do Brasil (tristes trópicos)...

Sobre reforço do Santos

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Do blog do Torero:

Michael Jackson e os Meninos da Vila

O Santos contratou Michael Jackson Quiñones, do Equador. As piadas serão inevitáveis.

Os maldosos, por exemplo, dirão que Michael Jackson vai estar à vontade, pois o time está cheio de garotos.

Já os pessimistas dirão que, depois da chegada de Betão, Marcinho Guerreiro e Michael Jackson, está completo o elenco de Thriller.

Globo vê audiência despencar em transmissão do Corinthians

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A informação é de Ricardo Feltrin, colunista do UOL e autor da saudosa coluna Ooops!, da Folha Online.

O jogo entre Corinthians e Barueri, ontem à noite, registrou uma das piores audiências em futebol na Globo. Em todos os tempos. De quebra, a novela Caminhos do Coração, da Record, venceu a emissora carioca por todo o capítulo.

A nota:

"A transmissão do jogo Corinthians x Barueri (1 a 1) jamais será esquecida pela Rede Globo. E a lembrança será dolorosa, segundo os dados de ibope, antecipados nesta quinta-feira por Ooops!.

De acordo com o "minuto a minuto", o jogo teve uma das piores audiências já registradas em um jogo de futebol exibido pela Globo, em São Paulo.
" (link para a nota completa aqui)

Estaria a Fiel abandonando o Timão? Até pela TV?


Corinthians: atacar também faz parte do jogo

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O Corinthians empatou mais uma, trazendo à memória dos alvinegros a desastrosa campanha do Brasileiro passado. O zagueiro Ávalos abriu o placar para o Barueri aos 30 min. Do primeiro tempo. Dentinho empatou para o Timão aos 36 min. E ficou por isso mesmo.

O Corinthians mais uma vez padeceu de um meio-campo sem criatividade. A formação colocada em campo por Mano Menezes foi, mais uma vez, extremamente recuada, com sete jogadores preocupados antes em defender que atacar. O treinador também insistiu em colocar Alessandro na lateral, barrando Coelho. O ex-santista rende mais jogando pelo meio-campo, já que sua característica mais positiva (talvez a única) é o toque de bola.

É claro que as opções do técnico são poucas e não muito boas. Claro também está que ele prefere garantir uma campanha medíocre no Paulista que arriscar tomar umas biabas ao escalar um time menos retrancado. Mas acho que o tiro pode sair pela culatra. Em vários momentos, a formação defensiva atraiu o Barueri para o campo do Corinthians, forçando Felipe a umas duas defesas difíceis.

Se o Corinthians agredisse mais, poderia manter o adversário mais longe de seu gol. E não estou pedindo muito: com três zagueiros, dois volantes e dois laterais descendo só na boa, acho que soltar um pouquinho mais o time não seria nenhum exagero de ousadia.

Um atenuante para o empate de ontem: o Barueri parou todas as jogadas com falta. Foram, segundo o blog do André Kfouri, 29 faltas contra apenas 8 do Corinthians. Mesmo assim, os dois times saíram de campo com três cartões amarelos cada (dois do Corinthians por reclamação).

PS.: Do mesmo André Kfouri, sobre a falta de gols corintianos: "Mano Menezes avisou que seu time seria construído de trás para a frente, no que está certo. A torcida, que não conhece o cronograma de obras, gostaria de ver pelo menos um esboço do ataque."

PPS.: Bobô na seleção foi mais surpreendente pra mim do que quando convocaram o Jô...

É oficial: Ana Paula Oliveira volta no sábado

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E saiu a escala de árbitros e auxiliares para a quinta rodada da Série A-2 do Paulistão. Até aí, nada excepcional, se não fosse a presença da bandeirinha mais famosa do país, Ana Paula Oliveira. Ela vai retornar aos gramados no sábado (9) na partida entre o São José e o Taquaritinga, clube da cidade do Marcão, às 16h.

A cidade do Vale do Paraíba será palco da reestréia de Ana Paula, afastada de jogos oficiais desde 24 de maio de 2007, após a polêmica partida entre Botafogo e Figueirense pela Copa do Brasil. Depois da partida que os botafoguenses choram até hoje, no ano de 2007 a bandeirinha foi reprovada em dois testes físicos feitos pela Federação Paulista de Futebol.

Já no ano de 2008, Ana Paula não conseguiu completar 20 tiros de 150 metros em 30 segundos, e fez somente 9 tiros nas avaliações do dia 21 de janeiro. Por conta disso, só pôde se qualificar para atuar nas séries A-2 e A-3. Entretanto, vai ter que completar 12 tiros no próximo teste da Federação. Caso contrário, serão 40 dias de gancho até completar os testes físicos.

Negando boatos e versões sorrateiras que pulularam na imprensa, que mencionavam sua exclusão do desfile da vice-campeã do carnaval do Rio, Salgueiro, Ana Paula diz em seu site que pediu dispensa dos festejos de Momo. Ela alega que o foco “neste momento está em se dedicar única e exclusivamente a seus treinamentos”. De acordo com site, “[Ana Paula] teve que tomar uma atitude muito difícil, o que para muitos é loucura, para outros é paixão pelo que faz”.

Mesmo assim, a bandeira garante que um dia poderá desfilar no carnaval mais bonito e importante do país e realizar mais um “sonho”. "Eu amo os cariocas e nunca vou me esquecer deles" afirmou.

3 a 0. Meu problema é não aguentar mais Luxemburgo

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Vai soar a bordão do Hardy ("Isso não vai dar certo), mas eu juro que não é a mesma coisa. Quando Vanderlei Luxemburgo foi contratado, escrevi que não acreditava que a relação custo-benefício valeria a pena. Meu problema era com os limites que um técnico tem para, de fato, decidir, já que isso passar por outros fatores dentro e fora de campo. Consta lá que queria ser calado por resultados.

Desde então, mudei um pouco de opinião. Patrocinador novo de um lado, parceria com gigante de marketing esportivo trazendo reforços de outro e um distanciamento da leitura diária de notícias da imprensa -- pra me informar pela mídia palestrina -- tiveram impacto sobre meu humor.

Apesar das derrotas, a idéia de que o time precisa ser arrumado estava confortável. Então, comecei a perceber que tanto quanto a falta de resultados, neste momento, o que mais cansa é o técnico. Não o esquema tático, erros de posicionamento ou qualquer outra coisa que esteja na lista de afazeres do cargo. Claro que a defesa não se resolveu e o ataque precisa mostrar serviço.

Mas o problema é a figura de terno aberto e grava balançando. Os percentuais de responsabilidade e a visão de melhoras na derrota. Um técnico cuja empresa WL assina contrato de "consultoria técnica" com o Joinville, mas até o clube catarinense fica cheio de dedos. Que entra numas de defender jogador que não está rendendo o que poderia e não pensar em formas de livrar o time da marcação (ou das pancadas, que seja).

É birra. Claro que é. A diretoria alviverde não vem atribuindo responsabilidades ao técnico. Surpreendente diante da cultura futebolística, mas nada mais natural do que todo mundo negar que haja pressões sobre o técnico. Tampouco atribuo-lhe a responsabilidade pela 14ª posição no Paulista, nem pela derrota para o líder Guaratinguetá. Só não aguento mais o cidadão como técnico do meu time.

Ah, a oposição sem proposta. E a quarta-feira de cinzas.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

A geografia dos parceiros do Futepoca

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Muitas vezes este blogue já foi acusado de bairrismo e de só falar dos grandes times de São Paulo. E isso é uma verdade, embora até já tenhamos diversificado bastante, falando do futebol do interior do estado e de outros lugares, como o Piauí. Mas o caso é que o tempo disponível só nos permite falar daquilo que apuramos e que temos mais afinidade, no caso, o nosso quintal.

Contudo, o leitor do Futepoca não precisa se preocupar, já que o blogue conta com uma série de parceiros que têm como foco o futebol de alguns estados ou regiões e times que nem sempre têm cobertura nacional.

Pra quem quiser acompanhar o futebol nordestino, é só acessar o Tribuna dos Esportes e ver o que rola no futebol da região. Mas se você tiver mais interesse no tradicional trio de grandes pernambucanos, o Extracampo traz as novidades da terra natal do presidente Lula. Ainda na parte setentrional do país, o Futebol do Amazonas deixa você inteirado sobre o ludopédio do estado, com detalhes sobre os times que disputam o campeonato estadual.

Aqui do lado do estado dos bandeirantes, no belo Rio de Janeiro, o pessoal do Blá Blá Gol fala dos times do Rio sem papas na língua, com uma saudável convivência democrática entre os autores rivais. Já em Santa Catarina, o Blog do Castiel faz uma ótima cobertura das equipes locais.

Fanáticos
Mas há também os fanáticos, aqueles que fazem blogues falando quase exclusivamente do seu time do coração. É o caso do famoso Blog do Santinha, que se dedica ao Santa Cruz, de Pernambuco, e se prepara para enfrentar as desventuras da Série C em 2008.

A maior torcida do Brasil também está presente entre nossos parceiros, com o Confio no Mengão Blogger. Já o clube azul de Minas Gerais está aqui com o Sou Cruzeirense – blog e o Sou Cruzeirense – Site.

E, claro, existem também os torcedores paulistas, que dão uma bela força – ou, às vezes, bronca - pro seu time do coração. É o caso dos santistas Blog da Bia, sempre com textos muito bem escritos, e Glorioso Alvinegro, com análises táticas e notas aos jogadores do Alvinegro Praiano. O Blog do Menon não trata só do São Paulo, time do autor, mas é uma grande pedida para os tricolores.

Os palmeirenses marcam presença com o Observatório Verde, que está sempre alerta em relação à mídia esportiva; o cotidiano do clube pode ser checado no Parmerista!, Palmeiras Todo Dia, Palmeiras Net, Só Palmeiras e Terceira Via Verdão. O torcedor do Timão pode acessar o Retrospecto Corintiano e ver análises e novidades do Alvinegro.

Pelo Mundo
Mas o Futepoca também tem parceiros fora dos limites da Pindorama. É o caso dos lusitanos A Magia do Futebol, Apenas Futebol, Bola na Trave, Futebol Acima de Tudo, Futebol Bonito e Ouriço Cacheiro. Os hermanos argentinos estão por aqui, com o El que no corre vuela; assim como os chilenos com En La Cancha.

Além destes, outros parceiros também estão na lista ao lado, e vale acessá-los. Aliás, como nós, alguns disputam também o prêmio do IBest como melhor blogue esportivo. E é possível votar em mais de um na mesma categoria, portanto, dê uma olhada e vote naqueles que você achar que merecem sua força.

PS: Blogues que se enquadram nas características acima, mas que não tiveram atualização em 2008, não foram citados, mas podem ser acessados na lista de parceiros à direita. Quem tiver algum blogue que cubra o futebol de um estado ou região, ou um time específico, e queira trocar links com o Futepoca, entre em contato pelo futepoca@yahoo.com.br ou pelo formulário.

Retrospectivas de campeonatos estaduais

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É do José Roberto Torero, em sua coluna na Folha de S.Paulo de terça-feira, 5, a avaliação. Até agora, ter ganho o estadual de 2007 não fez bem. Ocorre que do Paranavaí (PR) ao Coruripe (AL), passando pelos Atléticos Goianense (GO) e Mineiro (MG), pelo Santos (SP), Chapecoense (SC) entre outros campeões em seus estados estão na metade de baixo da tabela.

"Já do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. Nos quatro principais campeonatos latinos, Porto, Internazionale, Lyon e Real Madrid caminham para o bi", escreve o santista e parceiro do Futepoca sem se importar em comparar competições nacionais com regionais.

Ele também faz uma série de ressalvas, por exemplo, ao fato de o campeonato mineiro estar na segunda rodada e nada estar decidido nos demais. É só divertido.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Milk Garden e outras psicodelias de buteco

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O nome oficial do Bar do Vavá, em Pinheiros, São Paulo, é um primor de originalidade (e psicodelia): Garden Burger. Na placa que existia antes da Era Kassab, havia ainda dois complementos abreviados: Lanch. Rest. - muito provavelmente, Lanchonete & Restaurante. Mas um amigo meu, o Chico, sugeriu uma vez que Garden Burger Lanch. Rest., numa "liberdade poética", poderia ser Jardim do Descanso dos Lanches de Hamburger (o que, convenhamos, daria um puta título de disco dos Beatles!). Bom, mas escrevo porque hoje, em plena terça-feira "gorda" de Carnaval, descobri um outro buteco com nomenclatura no mesmo estilo: o Milk Burger, em Diadema (SP). Será que alguém aqui comeria hamburguer tomando leite?

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Presidenciável dos EUA defende uso de álcool de maconha

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Se por essas bandas o presidente Lula se tornou o mais ferrenho defensor do etanol derivado da cana de açúcar como forma de inserir o Brasil na onda dos biocombustíveis, o pré-candidato à presidência do Partido Republicano, Ron Paul, defende que os EUA utilizem álcool derivado cânhamo. Pra quem não sabe, a plantinha é uma variedade da Cannabis Sativa, de onde se faz a maconha.

O único problema do presidenciável, guardião máximo dos valores liberais da redução ao máximo do Estado, é que a plantação de cânhamo é proibida nos EUA, assim como na maioria dos páises do planeta. Segundo ele, o etanol da erva psicotrópica é mais "fácil e limpo" do que o álcool derivado do milho, bastante produzido nas plagas do Tio Sam.

Apesar de parecer um corpo estranho em seu partido, notadamente conservador em questões como as drogas, a postura de Paul é coerente com o ideário liberal e com a defesa dos direitos individuais. Ele crê que “a proibição das drogas causa o crime” e prefere delegar às pessoas a responsabilidade de seus atos, sem prejuízo, obviamente, das pesadas penas de uma lei específica para as drogas e o seu consumo.

Como congressista representando o Texas, terra dos Bush Ron Paul, já havia aparesentado em duas ocasiões projeto que legalizaria a agricultura do cânhamo nos Estados Unidos, mas só encontrou apoio de rivais do Partido Democrata. Para ele, a mudança poderia ajudar "os agricultores estadunidenses e reduzir o déficit comercial - tudo isso sem gastar um único dólar do contribuinte". Como se vê, o homem pode ser de direita, mas não peca pela incoerência. Será que está aí o futuro do Gabeira?

domingo, fevereiro 03, 2008

Leão, Fábio Costa e 1 a 1 com o Paulista

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Eduardo Metroviche
Ao que parece, pelo menos temporariamente, foi fumado o cachimbo da paz entre Émerson Leão e Fábio Costa. Há quem diga que o próprio Itamarati – via emissários enviados pelo ministro Celso Amorim em pessoa – influenciou as partes a chegarem a um armistício.

Contra o Paulista de Jundiaí, o Santos começou bem, mostrou certa evolução (os jovens jogadores da base demonstraram mais segurança), e acabou fazendo 1 a 0 num belo gol: Alemão, que recebeu um cruzamento de Rodrigo Souto à la Kléber, de pé esquerdo e tudo, colocou de cabeça com categoria aos 33 min do primeiro tempo. Mas 4 min depois, uma bola cruzada quase despretensiosamente da direita passou por toda a área santista, pingou na frente do portentoso Betão, que (como não viu a bola) tentou agarrar o ar, e o grande Thiago Tremonte executou. 1 a 1. Acreditem: o melhor zagueiro do Santos atual é o Domingos. O Betão, francamente, dá dó. Mas é um homem do Leão. E o Adaílton, que cometeu pixotadas ao longo de todo 2007, quando é discreto não compromete, como hoje.

Depois do gol de empate do Paulista, o jogo ficou fraco, mas com alternativas. Parece cada vez mais claro que o Santos tem que mandar Rodrigo Tabata embora. É impressionante, nada que passa pelos pés do "Samurai" resulta em algo. Ele é nulo, zero. E finalmente, o Santos só não perdeu o jogo porque Fábio Costa estava lá. Perguntado depois do jogo por repórteres sobre como estava a relação entre ambos, Leão e Fábio Costa responderam assim:

O treinador Leão disse que, por ter feito uma grande partida, o goleiro santista tinha sido até cumprimentado no vestiário.

Fábio Costa afirmou que não tinha que declarar nada, e sim jogar bola. "O que tinha que falar, o presidente [Marcelo Teixeira] já disse", concluiu o goleiro.

Nenhum dos dois mencionou o Itamarati.


sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Vagner Love nega participação em vídeo erótico

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O atacante Vagner Love negou que seja ele a pessoa que faz sexo com uma atriz pornô em um vídeo que tem circulado na internet. Segundo a assessoria do atleta, ele sequer viu as imagens, gravadas em um celular, mas garante que não fez nada com Pamela Butt, estrela de filmes voltados para o mercado onanista.

Já a loira diz ser "amiga colorida" de Love e afirma que a festinha teria acontecido no começo de 2007, já que agora ela tem namorado e não se dá mais a esse tipo de desfrute, a não ser no dia-a-dia da sua profissão.

Butt também assegura que vai entrar na Justiça para impedir que o vídeo continue em páginas da rede. Para ela, uma coisa são os filmes dos quais participa; outra é a invasão de sua vida pessoal, afetada pela circulação do tal filminho. Ela também nega que soubesse que estava sendo filmada durante o tal convescote erótico.


Você já votou no Futepoca no IBest? Não? Então clique aqui, faça o cadastro e dê seu voto pra gente.

Isso é que é apoio

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Pra quem ainda não viu, a peça publicitária do pré-candidato à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Mike Huckabee. O governador do Arkansas (de acordo com um professor de Inglês local, pronuncia-se "Arcanssó"), apresenta o apoio do mitológico ator Chuck Norris.

Não se pode dizer que o ex-pastor evangélico não tem senso de humor, porque no curto vídeo brincou com a fama do ator de "durão". Claro que não é uma brincadeira inocente, trata-se de tentar angariar apoio de um eleitorado conservador, adepto da política do "grande porrete".

Já pensou se a moda pega no Brasil? Imagino um governador chegando na televisão e falando: "Obras do metrô? Tenho o apoio do homem certo para questão. Duas palavras: Didi Mocó".

Alguém tem mais sugestões de campanha?

Desrespeito às tradições

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A consolidação dos patrocínios nas camisas do futebol brasileiro, lá no início da década de 1980, é vista até hoje como uma ofensa aos imaculados mantos dos clubes. Alguns torcedores, como o nosso colega Marcão Palhares, se recusam a comprar uma camisa na qual o nome de um patrocinador tem mais espaço que o distintivo do time.

Mas tem um time novo brasileiro, com passagem pela elite nacional, que se notabilizou justamente pelo contrário: por ostentar patrocínios a rodo no seu uniforme. Falo do Brasiliense, o "simpático" time do ex-senador Luiz Estevão. Nos dois momentos de maior glória da equipe - o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2002 e a participação na Série A em 2005 - o clube da capital federal se destacou pelo uniforme de gosto duvidosíssimo (isso existe?) numa forte cor amarela e a presença de, literalmente, uns 10 logotipos de patrocinadores, todos vinculados ao Grupo OK, do já citado Luiz Estevão.

Agora vejam essa camisa do Brasiliense na foto ao lado. Reparem: não tem patrocínio! Uma camisa do Brasiliense sem milhões de patrocínios é como imaginar o Grêmio jogando de vermelho, o Atlético-MG de azul, o Corinthians de roxo! Ops, esse último já tem.

Com esse desrespeito às tradições, onde vamos parar, meu Deus?

P.S.: vocês reconhecem o sujeito da foto?

quinta-feira, janeiro 31, 2008

E assim se vão os garotos

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Está no ar a 12ª contribuição do Futepoca à revista Papo de homem:

"E assim se vão os garotos", do Glauco, sobre ida prematura de craques ao exterior, a partir do rolo com Alemão, do Santos, envolvendo o empresário Wagner Ribeiro.

Como a gente, inadvertidamente, não pôs link pras outras 11, aí vão:


Imperdível.

E a camisa do São Paulo?

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Inspirado no post da companheira Thalita sobre a camisa roxa do Corinthians me trouxe uma inquietação: qual seria a cor "ousada", nos termos de alguns jornalistas, da terceira camisa do São Paulo? Em debate com outros membros deste fórum, chegamos a algumas sugestões, que ficam para votação na enquete. Se não gostou de nenhuma e quiser sugerir opções para os estilistas são-paulinos, fique à vontade:


Rosa-choque – Como o laranja (Fluminense) e verde-limão (Palmeiras) já foram usados, sobrou essa cor de marca-texto para o São Paulo. E é só esse o motivo da sugestão.

Amarelo-pipoca – Seriviria para dar um chute na pecha de amarelão do time do Morumbi. Exige coragem botar seu maior medo na camisa desse jeito.


Roxo-Collor – A cor é parecida com a do Corinthians, mas a justificativa é toda outra. Enquanto os diretores do Timão querem homenagear os corintianos roxos de sua torcida, a camisa do São Paulo lembra o roxo discursivo-anatômico do ex-presidente, deixando claro que o Morumbi é casa de macho.


Verde-ressaca – Uma homenagem ao Imperador Adriano, cujo hábito tanto alegra os futepoquenses.




Furta-cor – Essa tonalidade é uma dupla referência. Por um lado, às éticas e cordiais relações costumeiramente mantidas pela diretoria do São Paulo com os outros clubes na negociação de jogadores. Por outro, lembra a nebulosa relação do time com a arbitragem, que quase nunca ajuda.



Vote:

Qual será a cor "ousada" da terceira camisa do São Paulo?





PS.: Só para constar, sabe que eu nem achei tão feia assim a camisa do Corinthians?

Com colaboração de Anselmo e Glauco

Pare de beber: ameaças aos manguaças com mais ou menos confiabilidade

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Uma vacina contra a dependência química. É o que anunciaram pesquisadores de Psiquiatria e de Neurociência Baylor College of Medicine, em Houston (Texas, sul dos EUA), segundo a AFP.

A substância sintetizada consiste em uma cópia inócua em termos de barato de uma determinada droga combinada a uma proteína. Ao ser introduzida na corrente sangüínea do cidadão ela faz com que o sistema imunológico a trate como corpo estranho e trate de se livrar daquilo. Depois de tomar a vacina, ao consumir a droga o corpo humano não sentiria mais os efeitos.

Os testes realizados desde 1995 chegaram a resultados mais promissores para a cocaína do que para outras substâncias. "A vacina diminui, progressivamente, a quantidade de cocaína que atinge o cérebro", relatou Kosten, acrescentando que "é um processo lento, e os pacientes não sofrem síndrome de abstinência". Nesses casos, foram cinco injeções em três meses.

Outras semelhantes estão em estudo contra a nicotina e a heroína. Ninguém falou do álcool na matéria, mas se a fórmula der certo, eles chegam lá. Como ninguém do Futepoca tem problemas com álcool, que produzam a vacina, só não apliquem na gente.

Pra lá de alternativo
Outra fórmula para eventuais candidatos a uma vida abstêmia aparece em um e-mail desses mais confiáveis do que promessa de bêbado. Com o assunto "Pare de beber bebendo", os remetentes prometem um princípio 100% natural que provoca "enjôo, vômito e purgativo" criando "nojo e repulsa, a quem faz uso da bebida".

A substância seria o Spiritus Glandium Quercus, um medicamento fitoterâpico descrito em um monte de páginas da internet de homeopatia para o tratamento de alcoolismo, depressão e outros males. A partir de consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2002, a produção do medicamento dispensa registro.

Por não ter gosto, "a pessoa não precisa saber que está tomando o medicamento", diz a mensagem. Ainda segundo as instruções, as 12 gotas diárias podem ser diluídas em qualquer bebida, exceto café – neutralizador de um monte de principios ativos da homeopatia.

Então, se algum dos leitores do Futepoca começar a se sentir meio mal no bar, não culpe a ressaca antecipada. É só tomar uma xícara de café forte, porque você pode ter sido sabotado. Se não funcionar, bom, talvez seja o caso de falar com um médico. Ou culpar a cebola da porção de calabresa...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Manutenção do elenco ou de padrão tático?

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Tricampeões mundiais - Em pé: Rogério Ceni, Danilo, Lugano, Fabão, Edcarlos e Amoroso; Agachados: Aloísio, Cicinho, Josué, Mineiro e Júnior

Muito se fala no mérito do São Paulo de manter a maioria dos jogadores de uma temporada para outra e que essa "base" seria responsável pela conquista de títulos. Concordo em termos. De um ano para outro, muita coisa tem mudado. Vejamos aqui, por exemplo, quantos sobraram do título mundial conquistado em Yokohama, em dezembro de 2005 (foto acima): do time titular que começou os jogos contra Al Ittihad e Liverpool, há pouco mais de dois anos, só restaram Rogério Ceni, Júnior e Aloísio (que, na época, tinha acabado de chegar).
Logo após o título, em janeiro de 2006, saíram Amoroso (para o Milan, mas hoje está no Aris Salônica, da Grécia), Cicinho (para o Real Madrid, hoje no Roma) e o reserva Grafite (Le Mans, da França), além do técnico Paulo Autuori, que se mandou para o japonês Kashiwa Reysol. Um ano depois, sairiam Fabão e Danilo (ambos para o Kashima Antlers, do Japão), Mineiro (para o alemão Hertha Berlim) e o reserva Denílson (para o inglês Arsenal). Ou seja: Muricy Ramalho teve de montar praticamente um outro time.
Porque, logo depois, Lugano iria para o turco Fenerbahçe. E, em 2007, Josué foi para o alemão Wolfsburg e Edcarlos, para o português Benfica. Tudo bem que os outros clubes - e entre eles os três grandes rivais paulistas - possam até ter trocado mais titulares no mesmo período. Mas acho que é possível afirmar que, mais que manter jogadores, o São Paulo tem mantido um padrão tático - a partir de Cuca, em 2004, passando por Leão, Autuori e Muricy.

O dia em que o Corinthians se igualou à ECA

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Uma agremiação que joga de roxo. Cuja melhor frase para descrever os resultados é "jogamos como nunca, perdemos com sempre". Que consegue vitórias heróicas contra adversários mais fortes, mas que vacila contra os mais fracos e, no fim, não ganha nada. Que, no maior título já conseguido em toda sua história, teve uma baita ajuda do tapetão. Tudo dentro das regras, é verdade, mas evidentemente no tapetão.

A partir de hoje, essa descrição vale para duas associações esportivas.

A primeira é a ECA - gloriosa Escola de Comunicações e Artes de USP -, onde joguei por longos seis anos. O uniforme roxo - e amarelo - era nosso orgulho. O problema é que era também motivo de chacota por parte dos adversários. Mas o problema maior, na verdade, era esportivo mesmo. Times pífios. Quando deixavam de ser pífios continuavam perdendo, por razões não facilmente explicáveis. Dizem que quem entra na ECA ganha de brinde um espírito de perdedor. Eu acho uma droga, mas depois de tantos anos, só posso concordar. A única vitória nossa no campeonato mais importante do ano - o JUCA, Jogos Universitários de Comunicações e Artes - aconteceu porque o Mackenzie, grande bicho papão, perdeu pontos e mais pontos na contagem geral porque esqueceu as carteirinhas dos atletas de dois times em São Paulo.

A segunda agremiação... bem, as imagens podem responder.




















ps: a ECA é a escola de origem de pelo menos metade dos futepoquenses.
ps2: a ECA adotou a cor roxa porque o modelo estava em promoção no momento da primeira compra de uniformes. Será essa mais uma semelhança?

terça-feira, janeiro 29, 2008

Preconceito persegue Valdívia

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Eduardo Metroviche/ Visão Oeste
Lembro de ter assistido a um Palmeiras e Corinthians, em 2005, em que o zagueiro Nen, então no time do Parque Antarctica, só entrou em campo por um motivo: para bater no argentino Tevez, na época o grande ídolo da Fiel. Bateu mesmo.O argentino, como é comum entre seus conterrâneos, não é adepto do chamado “cai-cai”, por isso ficava em pé o quanto podia, mas não saiu de campo com grave contusão porque sabia como ninguém “absorver” os golpes, como se diz no boxe.O chileno Valdívia, destaque do Palmeiras de hoje, sofre da mesmo perseguição que, para mim, tem um nome: preconceito. Valdívia é manhoso, catimbeiro, cava faltas e provoca. Mas há muitos jogadores brasileiros manhosos, catimbeiros, que cavam faltas e provocam o adversário e nem por isso são caçados em campo como o camisa 10 do Alviverde. Muitas das pancadas contra Valdívia se devem ao fato de ele ser chileno, como ocorria com o argentino Carlitos Tévez. Isso é inaceitável. Por isso, a diretoria do Palmeiras deveria tomar alguma atitude junto ao TJD-SP para defender seu atleta. Menos malicioso do que Tévez, uma hora dessas ele vai se machucar feio.

(texto publicado originalmente no jornal Visão Oeste)

Partido catalão cria perfume para disputa eleitoral

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Cansado das promessas vazias e do cheiro de pobre que paira sobre o noticiário político? O Partido Socialista da Catalunha (PSC) pode ter uma solução. Ou um arremedo preocupante.

A seis meses de completar 30 anos, a sigla social-democrata, associada ao Partido Socialista Obrero Español (PSOE), do primeiro-ministro José Luiz Zapatero, lançou uma fragrância para os eleitores. O objetivo é associar a imagem do grupo a "uma sensação olfativa única". A base é de chá branco (Camelia sinensis) combinado com Bergamota, Artemisa e outras notas.

No site do partido, a descrição do perfume é um aroma "fresco e relaxante, associado aos valores que representam os socialistas catalãos”. Há ainda um dossiê de seis páginas, com todos detalhes da fragrância. A vice-presidente do PSC, Manuela de Madre (foto), comemorou a novidade.

Inicialmente, foram produzidos 4 mil frascos, vendidos na lojinha do partido. Os parlamentares, mesmo de outros partidos, vão receber uma amostra.

Lembo
O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (DEM), lamenta a adoção da estratégia de marketing que denuncia o esvaziamento dos partidos. Em sua coluna no Terra Magazine, ele escreveu: "É melhor que não se adote o novo instrumento de comunicação. As confusões estão no horizonte. O prazer do olfato pode se transformar em exercício desagradável. Até repugnante."

Num divertido exercício, Lembo sugere os aromas adotados por cada legenda brasileira, caso a moda pegue por aqui:

O PSDB, com seu conhecido internacionalismo, se reportará a Paris. Lá, na Cidade Luz, escolherá o melhor aroma do socialismo déjà vu. Fino. Discreto. Aristocrático.

O DEM optará por algo local. Ingredientes recolhidos na flora nativa. Difícil escolher a região de origem da essência. Antes um partido tipicamente nordestino, poderá optar pela flora do centro-oeste.

O PTB, partido dos trabalhadores urbanos, terá que percorrer as lojas especializadas. São tantas. Em São Paulo, há rua específica do setor. Oferece todas as essências.

O PDT voltará às suas origens. Lá, nos Pampas, nas cuias de chimarão recolherá perfume forte. Próprio para pugnas. Ou, nas churrascadas ricas de prendas e peões.

Imensos problemas enfrentarão os marqueteiros do PT. Depois do mensalão, escolher aroma para a agremiação será difícil. Aos publicitários a indagação: Aroma sutil ou odor agridoce?
Faltou o PMDB, o PP, o PPS, o PSB, o PCdoB, o PSTU, o PCO, o PSol, o PR, o PAN etc. Alguém tem sugestões?

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Coritiba goleia e o destaque é o goleiro

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Aqui vai um vídeo do YouTube de uma série estupenda de defesas do goleiro Edson Bastos, do Coritiba. O Coxa goleou o Real Brasil por 4 a 0. Confira aqui o momento Rodolfo Rodrigues de Edson Bastos.

Momento do mé: Dobrada

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No final de ano, aproveitei uma viagem à minha cidade natal, Taquaritinga (SP), para rever um de seus simpáticos distritos, Jurupema, onde vivi muitos bailes, churrascos e bebedeiras na adolescência. Fui com três amigos a um dos dois únicos bares do lugarejo e ficamos por ali bebericando e observando a ausência absoluta de automóveis ou pessoas na rua. Lá pelas tantas, resolvi comprar um cartão telefônico e o dono do bar, sem troco (pois devíamos ser os únicos fregueses em semanas), perguntou se eu não aceitava algum produto em troca dos R$ 1,50 que me devia. Pensei que seria um salgado ou meia-dúzia de chicletes, mas o que ele me deu como troco foi uma garrafinha de plástico com um rótulo vermelho. Abri a tampa e o líquido, pretensamente cachaça, tinha mais cheiro de álcool Zulu. No rótulo, além do nome "Dobrada", só o didático slogan "Vale por duas". E necas de procedência, CNPJ, teor alcoólico etc. Por essas e outras, ninguém se atreveu a provar. Confiram com os próprios olhos as fotos do companheiro Márcio Sala (que previu, no momento, que ninguém acreditaria na história):


Clássico equilibrado no Morumbi

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Vamos direto ao assunto, já que é disso que a galera quer falar: na minha opinião, foi falta do Adriano e não foi pênalti do Chicão no Dagoberto. O Adriano coloca as duas mãos no ombro do William no lance do gol anulado. No lance do alegado pênalti, a bola era mais do zagueiro corintiano, o Dagoberto que trava o chute dele. Democraticamente respeito as opiniões contrárias, mas é isso que eu acho.

Sobre o jogo, foi equilibrado e nada exuberante em termos de qualidade técnica. Os dois times priorizaram a marcação, como já se esperava do Corinthians e tem sido o estilo do São Paulo desde o ano passado.

O tricolor dominou as ações em boa parte do jogo, mas sem muita contundência. O Corinthians jogou mais recuado, mas teve mais chances de marcar, inclusive dois gols feitos desperdiçados por Finazzi e Lulinha, além de bola na trave de Alessandro.

O São Paulo parece meio desencontrado neste começo de temporada. As entradas de Joílson e Adriano mexeram mais com o time do que parecia no papel. Continua um bom time, mas vai levar um tempinho para se acertar.

O Timão tem problemas no meio de campo, onde falta criatividade. É uma opção de Mano Menezes, que prefere garantir a defesa antes de acertar o ataque, como a maioria dos treinadores brasileiros. Mas também é um problema do elenco, que não tem opções. Quem sabe o Dinelson não ganha espaço, quando se recuperar.

Com a entrada de Coelho na lateral e o retorno de Alessandro na meia, o time deve ter pelo menos uma boa opção de jogada por ali. Com André Santos na esquerda, teremos duas alas fortes. Parece até que pode virar um time.

Acosta não jogou bem, ainda não se acertou com Finazzi no ataque. Se Mano Menezes conseguir um meia para a posição que ele achou que Acosta desempenharia bem, o gringo deve ir para o ataque, mandando Finazzi para o banco. Aliás, o artilheiro do time no ano passado precisa de uma calibragem. Não dá para perder tantos gols assim.

PS.: Falei mais do Corinthians por motivos óbvios. Sofro de limitação de torcedor em jogos do meu time: só vejo o Corinthians jogar, não vejo o adversário direito. Os sãopaulinos por favor complementem, depois de me xingarem por conta dos lances polêmicos.

Pérola pós-clássico

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Do corintiano Lulinha, comentando como perdeu um gol feito no clássico após lambança de Rogério Ceni, à reportagem da TV Gazeta:

- A gente tenta fazer a coisa certa, na hora certa. Infelizmente , não deu certo.

Pra que tanto lucro?

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a) Ou a gente vive pouco.

b) Ou a gente bebe pouco

c) Ou o Bradesco lucra muito.

Responda à enquete quem se habilitar. Mas pelo menos três manguaças do blogue entraram nesse dilema existencial após ser anunciado o lucro do Bradesco em 2007, que chegou aos R$ 8 bilhões.

A constatação é simples. Com esse lucro, é possível tomar 2 bilhões de garrafas de Original lá no bar do Vavá.

Na melhor das hipóteses, se cada manguaça do Futepoca beber por mais 50 anos 10 garrafas de cerveja por semana, o coletivo aqui presente consumirá 260 mil garrafas até o fim da vida. Sobrará 1 bilhão, 999 milhões e 740 mil cervejas.

Pergunta ao Bradesco: quem vai beber tudo isso no nosso lugar?

domingo, janeiro 27, 2008

Manguaças até debaixo d'água

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Com uma semana de atraso (o evento ocorreu no sábado, 19 de janeiro), registro aqui a reunião de metade dos futepoquenses - Anselmo, Glauco, Maurício, Marcão e Olavo - com o diretor de redação do site do Le Monde Diplomatique no Brasil, Antônio Martins, lá no velho e bom Bar do Vavá. Em pauta, um possível projeto em parceria que, futuramente, será detalhado aqui neste blogue. Mas o inusitado do encontro foi a chuva, que, apesar de torrencial e insistente, não conseguiu afugentar os manguaças da mesa. Como comprovam as imagens abaixo, cada um abriu seu guarda-chuva e o papo prosseguiu noite adentro, regado a muitas cervejas - e risadas.

A partir da direita: Maurício Ayer e Antônio Martins (encobertos), Marcão Palhares, Glauco Faria, Olavo Soares e Anselmo Massad (de costas)


Antônio Martins com o guarda-chuva pra não molhar a mesa na calçada da Fradique Coutinho (em Pinheiros, São Paulo)


Numa pausa do aguaceiro, o palmeirense Ansermo de Malsad faz a "ata" da reunião e Maurício Ayer flexiona os braços cansados de segurar guarda-chuva

Entre uma cerveja e outra, o alviverde Antônio Martins e o santista Glauco Faria confabulam sobre o clássico do dia seguinte na Vila Belmiro, em outra pausa da chuva


São-paulino Marcos Palhares tenta proteger o uniforme do Clube Atlético Taquaritinga com um guarda-chuva que teimava em não abrir (e também não fechar)



Alvinegros praianos Glauco e Olavo discutindo se Ivete Sangalo é ou não uma deusa