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Se a presença de Robinho desde o início da partida, junto com os prodígios Neymar e Ganso, faziam do torcedor peixeiro um otimista, ainda mais frente a um dos piores times do campeonato, também havia sinais de preocupação. Fora as estrelas, coadjuvantes importantes não puderam entrar em campo hoje. Léo, contundido, deu lugar ao jovem Wesley Silva, que fez sua estreia na equipe profissional. Já o outro Wesley, que vem se destacando e jogou na lateral-direita contra o São Paulo, suspenso, foi substituído pelo temerário Pará, que, como já dito aqui, não tem condições de ser titular. Arouca, um dos melhores em campo no clássico, deu lugar ao claudicante Germano.
Com essa formação, o Peixe teve dificuldades ao fazer a transição para o ataque. O Rio Claro durante boa parte do primeiro tempo marcou justamente a saída de bola alvinegra, não com uma formação preparada para sair no contra-ataque, mas sim com o único objetivo de prejudicar a ligação do meio alvinegro.Durante quase todo o primeiro tempo, a tática interiorana deu certo. O Santos não conseguia chegar, a não ser em lances individuais improdutivos, e o Rio Claro também não ameaçava. Dorival Junior preparava a entrada de André, e uma das opções seria tirar um dos volantes e recuar Marquinhos para fazer a transição. Mas justamente o oito se machucou em um lance na área rival e foi sacado. Depois disso, aos 39, o Santos tomou o gol em uma falha de posicionamento de Pará, que marcava o vento e depois tomou uma finta que resultou no cruzamento fatal.
Na volta, o Rio Claro assustou aos 15 segundos, mas o Santos respondeu na sequência. Teve um pênalti não marcado grotescamente, assinalado como falta fora da área. O Rio Claro já não dava sinais de que iria suportar a pressão quando, aos 16, Dorival resolveu ousar. Aliás, como seria obrigação para qualquer técnico que tinha no banco mais opções ofensivas do que defensivas, dadas circunstâncias. Madson na ala esquerda no lugar do menino Wesley, e Giovanni substituindo Germano. E foi aos 23, depois da “parada para hidratação”, que G10 deu um belo passe para Neymar chutar e André completar, como típico centroavante.
A partir daí, se intensificou o jogo de ataque contra defesa. Ainda mais depois da expulsão de Ernando, aos 35. Chance após chance, Neymar finalmente recebe a bola aos 44, pela esquerda, como no primeiro gol. Dá um drible sensacional e chuta. Defesa do goleiro Sidney, que teve ótima atuação, e a bola procurou a inteligência em campo, a cabeça de Giovanni, o Messias, que escorou para o gol.
E assim, salvou-se o carnaval santista. Um gol de Giovanni, de bico, de canela, de cabeça, como for, vale muito para o apaixonado torcedor alvinegro e faz qualquer um ter vontade de sambar. De resto, Neymar confirmou a fase, Ganso mostrou inteligência tática ao atuar praticamente como segundo volante metade do segundo tempo e Dorival mexeu bem. Quinta tem mais.